Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
No Semiárido baiano, famílias agricultoras fazem brotar vida no solo com água de tecnologias da ASA
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Desde que começou a produzir nos canteiros colocados ao lado do barreiro, a família de Minelvina conquistou o direito de consumir alimentos sempre frescos, cultivados sem o uso de agrotóxicos e adubos químicos. Cuidar das hortas todo dia à tarde passou a ser um momento lúdico com toda a família. Suas netas, a sobrinha e o esposo se envolvem na lida com os canteiros. “Pro meu marido mesmo, é uma terapia, pois ele não gosta de sair de casa. Deu quatro da tarde, pode procurar: tá ele aqui junto com a gente cuidando dos canteiros. Quando falo de viajar, ele diz que não vai, porque não ficaria ninguém pra cuidar das hortas”. A cinco quilômetros de distância da propriedade de Minelvina, mora seu Clemente, que também conquistou um barreiro-trincheira. Ele, que já cultivava feijão, fava e milho, passou a plantar também cebolinha, alho, couve, alface e girassol nos canteiros montados ao lado do barreiro. Ele também cria suas cabeças de gado e se orgulha da disposição que tem, mesmo aos 88 anos: “Eu cuido de três tarefas de roça aqui e mais outras ali embaixo, tem as hortas e o gado. Eu monto a cavalo, me ralo todo nos espinhos pra cuidar deles, e tudo isso com essa idade toda que eu tenho”. O barreiro-trincheira garante a água que faltava a seu Clemente, para cultivar fora dos períodos de chuva. “A máquina chegou pra abrir isso aqui. Mas rapaz, tinha muita pedra! Deu um trabalho arretado, mas no fim, (o barreiro) deu mais de 30 metros, e mais de três de fundura. Uma chuva só que deu encheu ele quase todo!”, relembra feliz, seu Clemente, da chuva ocorrida em janeiro, a única mais intensa ocorrida no inverno deste ano. A construção do barreiro está garantindo independência na labuta com seu pedaço de terra. “Isso aqui foi o maior benefício que eu já recebi na vida!”, afirma. A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) dissemina pelo Semiárido várias tecnologias sociais que captam e estocam a água da chuva, através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). O barreiro-trincheira é uma dessas tecnologias. Um tanque longo, estreito e fundo escavado no solo. De implementação simples, ele parte do saber tradicional acumulado pelas famílias do Semiárido. Construído em área plana, armazena no mínimo 500 mil litros de água. Como é estreito, ele sofre menos com a ação do sol e do vento, diminuindo a evaporação. Em Bom Jesus da Serra, 16 famílias conquistaram essa tecnologia social em 2012, por intermédio do Centro de Convivência e Desenvolvimento Agroecológico do Sudoeste da Bahia (Cedasb), que implementa na região o P1+2 com financiamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS). No total, foram 91 famílias atendidas com todas as tecnologias, que envolvem, além do barreiro: as cisternas-calçadão, cisternas-enxurrada, barraginhas, tanques de pedra e bombas d’água populares (BAP). Em 2013, mais 39 famílias conquistando meios de garantir água para o período seco. Mudança de mentalidade – Apesar das inúmeras experiências inspiradoras de convivência com a estiagem, a ideia geral que se tem acerca do semiárido brasileiro ainda está ligada as privações decorrentes da seca. Minelvina conta um exemplo ocorrido dentro da própria família. Seus filhos foram morar em SP, e eles duvidavam que fosse possível cultivar verduras e hortaliças na terra da mãe. Acreditavam que a falta de água inviabilizava qualquer possibilidade de se produzir qualquer coisa que pedisse água diariamente. Mas Minelvina provou o contrário. Com água armazenada no barreiro, comer com qualidade e diversidade se tornou algo comum na rotina da casa. Ela não ficou contente em apenas mostrar aos filhos as fotos, indo pessoalmente levar os frutos da sua terra. “Eu já ia visita-los em SP, e aproveitei pra mostrar a eles como estava a minha horta. Eu tirei bastante coisa pra levar. Couve, cebola, maxixe, quiabo, cenoura, fiz o tempero com o coentro... eles ficaram impressionados com o tamanho da cabeça da beterraba, foi uma festa!”. Aproveitando a carona de carreta dada por um conhecido, Minelvina viajou um dia inteiro com seu sortimento de verduras e hortaliças, que chegaram perfeitas, como ela mesma conta: “Eu levei as coisas assim não muito fechado, pra não abafar, e chegou tudo bonito lá, nada murcho. Mesmo a alface, que é mais fraca, chegou boa pra consumo. A família toda se reuniu só pra comer a feira que eu levei”. Desenvolvimento comunitário - Para a vice-presidente da associação comunitária, Gessi Soares, a comunidade onde mora experimentou um salto na produção de alimentos após a chegada das tecnologias sociais do P1+2. “Quase todas as famílias que receberam o projeto têm seus canteiros, suas hortaliças. Algumas têm mais, outras têm menos, mas todo mundo tem ao menos, a alface, a couve, o tomate em casa”, afirma. Para Everaldo Mendonça, presidente do Cedasb e agricultor da comunidade Pedra Branca, as tecnologias do P1+2 já fazem muita diferença para as famílias que as receberam. Ele afirma que é nítida a melhoria na qualidade da alimentação delas, e percebe a motivação para trabalhar em suas propriedades. O incremento na renda de algumas famílias é outro fator positivo, principalmente se levando em conta a escassez de chuvas nos últimos anos. “É de chamar atenção a diversidade no cultivo dessas famílias, que estão levando suas tradições adiante, de agricultores e agricultoras familiares. Ver as pessoas recuperando sua autoestima de gente do campo, garantindo a segurança alimentar e muitas outras famílias interessadas em conquistar suas cisternas de produção, seus barreiros, só demonstra que esse é um caminho bom para se seguir.” |
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Dia de campo na TV - Energia eólica como alternativa para pequenas propr...
O sistema de microaspersão acionado por cataventos permite uma aplicação freqüente de pequenas quantidades de água, que se ajusta à taxa de absorção de água pelas plantas cultivadas.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Sistema utiliza esgoto e chuva para regar paredes e telhados verdes de edifícios
Um novo sistema criado pela empresa brasileira Ecotelhado traz uma inovação para o mercado da construção civil mundial. Chamado de “Sistema Integrado Ecoesgoto”, ele trata todos os resíduos orgânicos do edifício, provenientes das descargas de sanitários, papel higiênico e restos de alimentos, e os reutiliza na irrigação de jardins, assim como nas coberturas e paredes verdes.
Enquanto nos EUA e na Europa, o sistema é alternativa sustentável para descentralizar o tratamento de esgoto e reaproveitar a água em caso de calamidade, no Brasil e em outros países da América Latina, África e Ásia, a tecnologia pretende resolver problemas de saneamento básico, ainda tão presentes. Além disso, hoje, a água vem de lugares distantes, e, após ser usada, é enviada também para longe para ser tratada, ou, simplesmente, é despejada em rios e córregos sem tratamento algum.
Imagem: Ecotelhado
O sistema integra o tratamento de resíduos orgânicos dentro do próprio empreendimento. A água tratada por um filtro biológico é utilizada para regar telhados verdes e jardins verticais. O sistema também prevê a captação e reutilização da água da chuva.
O projeto, que não usa produtos químicos e necessita de pouca manutenção, também economiza energia, pois o processo evaporativo – por meio da parede e da cobertura verde – cria uma barreira contra o frio e o calor, gerando economia em sistemas de condicionamento.
Por ser tão completo e sustentável, um edifício que utiliza o sistema integrado pontua em todas as exigências para obtenção dos principais selos de construção sustentáveis do mundo.
Veja nos vídeos abaixo como o sistema funciona:
http://ciclovivo.com.br/noticia/sistema-utiliza-esgoto-e-chuva-para-regar-paredes-e-telhados-verdes-de-edificios
fonte Ciclo vivo
domingo, 26 de janeiro de 2014
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Nuvens de veneno - assista o vídeo
Há uma grande disparidade no tratamento que o agronegócio dispensa à saúde da lavoura e à saúde dos trabalhadores. A preocupação com o aumento da produção sem economizar no uso dos agrotóxicos revela um descaso com os efeitos colaterais causados na vida da população e do meio ambiente. No estado de Mato Grosso – o maior produtor de soja, algodão e gado no Brasil –, apenas seis municípios possuem Programa de Saúde dos Trabalhadores. O estado detém também o recorde de maior consumidor de agroquímicos no país.
A reportagem é de Wellinton Nascimento, publicada originalmente no site Forest Comunicação e reproduzida por Envolverde, 23-01-2014.
A aviação agrícola despeja sobre as lavouras nuvens de endosulfan, tamaron, futrifol e outros inseticidas controversos já proibidos nos Estados Unidos, na Europa e até mesmo na China. Os produtos são exportados, mas os agrotóxicos ficam. Esse é o grande questionamento trazido pelo preciso curta “Nuvens de Veneno”, dirigido por Beto Novaes, aonde vão parar os milhões de litros de agrotóxicos que estavam nos vasilhames agora vazios?
Os inseticidas usados pelos grandes produtores tem afetado drasticamente a saúde e as lavouras de pequenos produtores familiares de assentamentos e comunidades rurais de Mato Grosso. Os insumos químicos levados pelas nuvens de veneno, andam quilômetros e tem chegado até as cidades.
Os pesticidas evaporam, se condensam na chuva e intoxicam pessoas, plantas, nascentes. Uma pesquisa realizada por Wanderlei Pignati, professor da Universidade Federal de Mato Grosso, na água de 10 poços artesanais das cidades de Lucas do Rio Verde e Campo Verde, durante dois anos, revelou que todos estavam contaminados com resíduos agrotóxicos. O curta mostra que, lastimavelmente, os insumos não tem surtido mais efeito contra as pragas, o que gera um ciclo destrutivo: a quantidade de veneno é aumentada à exaustão e depois substituída por outros agrotóxicos ainda mais nocivos.
Obediência aos códigos florestais, controle social e visão crítica da população são algumas das soluções apresentadas no vídeo. Reserve apenas 22 minutos da sua semana, assista “Nuvens de Veneno” e reflita.
Até quando vamos aceitar essa situação? Que qualidade de vida as futuras gerações terão, se tamanha irresponsabilidade persistir?
Consultório agrícola: uvas enferrujadas
Aspecto de ferrugem é causado por fungos; podas e tratamentos químicos devem ser aplicados para controlar a doença
A
antracnose é uma doença causada por um fungo que se desenvolve melhor
em condições de umidade e temperatura altas. Foto: Gilmar I. Stein
Gilmar I. Stein
Parobé (RS)
Muito comum em videiras, a antracnose é uma doença causada por um fungo que se desenvolve melhor em condições de alta umidade e temperatura na faixa dos 25ºC. Para evitá-la, faça uma poda retirando do vinhedo os ramos doentes e aplique calda sulfocálcica como tratamento de inverno. Produtos à base de cobre ajudam a controlar a doença, que é mais prejudicial em tecidos jovens e tenros.
Consultor: Rodrigo Monteiro, engenheiro agrônomo e analista de transferência de tecnologia da Embrapa Uva e Vinho.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Borra de café é ótimo para fertilizar e limpar flores e plantas
Vocês já
ouviram dizer que borra de café faz bem para as plantas? Pois não é que
faz mesmo! Fiz a experiência e está dando certo.
Para conhecimento, a borra do café é uma
excelente fonte de nitrogênio – um dos principais componentes do solo e o
mais consumido pelos vegetais -, mas para usar o material, temos
primeiro que preparar a terra.
Vou explicar alguns processos que auxiliam na nutrição e beleza das plantas.
O primeiro é simples, mas não imediato,
porque se a borra for colocada diretamente no solo, sem misturá-la a
outros adubos orgânicos, ao invés de fertilizar, ela roubará o
nitrogênio para se decompor, podendo criar fungos. O ideal é utilizá-la
com outros fertilizantes naturais, de preferência triturados – cascas de
legumes, de frutas, de ovos, restos de grama cortada – deixando secar
ao sol.
Após este processo, deixe fermentar por
aproximadamente 60 dias, mexendo sempre no composto até que se
transforme em uma ‘farinha’ homogênea, podendo então ser utilizada como
adubo.
Outra forma de adubação é misturar uma parte de borra de café – somente ela – com dez partes de terra.
Limpeza - A borra também é
ótima para limpar as folhas das plantas que ficam dentro de casa,
diluindo uma parte dela em cinco partes de água. Molhe um pano ou
algodão e passe na planta. As folhas ficam brilhantes!
Dica - Não guarde a borra do café por muitos dias porque ela vai criar mofo.
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- Separe a borra do café (após esfriar), a terra, uma pá ou colher e um vaso onde você fará a mistura
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Verão, estiagem, alternativa para horta neste período.
Bom dia!
Estamos atravessando mais uma semana escaldante em Porto Alegre, máximas de 40°C. Como cultivar nossa horta neste período?
Abaixo mais uma técnica, aproveitem.
alexandre
Devido a estiagem, criou-se a técnica
da HORTA VERÃO, que garante o cultivo de hortaliças mesmo em períodos de verão
intenso.
Horta Verão é uma técnica de
construção de uma horta utilizando lona plástica na profundidade da raiz da
planta a ser cultivada, tal procedimento tem como finalidade o baixo consumo de
água para o cultivo, possibilitando o desenvolvimento de determinadas culturas
mesmo na estiagem.
1º Passo: Demarcar a área a ser
confeccionada a leira com uma linha e piquetes.
2º Passo: Iniciar a escavação,
ficar atento para não quebrar os beirais, reservar a terra para repor a leira.
3º Passo: Após a escavação
colocar a lona deixando 0,20
cm de cada lateral e cabeceiras, com garrafas pet sem
tampas, com o fundo cortado, perfurado nas laterais e colocado uma dentro da
outra formando um tubo, coloca-lo no fundo em cima da área escavada sobre a
lona.
4º Passo: Após colocar a lona e
as garrafas, retornar a terra retirada, observando para não rasgar ou perfurar
a lona, pois isso garante o tempo útil da leira, colocando a terra acrescida de
adubo para preencher a leira. A sobra de a terra utilizar para cobrir as
laterais da lona de forma que determine o espaço da leira tendo atenção para a
lona não descer na leira e a água escorrer para fora .
5º Passo: Em seguida fazer o
plantio das sementes ou mudas a serem cultivadas.
Regar através da parte do tubo
que fica na parte de fora, lembrando que a maioria das hortas não desenvolve bem quando rega as
folhas.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Serviço de entrega de produtos de origem orgânica vira negócio no RS
Produtos orgânicos estão ganhando mercado em Porto Alegre.
Comercio eletrônico e entrega em casa são alguns diferenciais.
Daniel BittencourtDo G1 RS
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Negócios de entrega de produtos orgânicos ganham espaço em Porto Alegre (Foto: Bárbara Behs/Divulgação)
Considerados saudáveis, os alimentos orgânicos conquistam cada vez mais consumidores no Brasil. Em Porto Alegre, pequenos empreendedores resolveram apostar na entrega domiciliar desses produtos de olho em um público interessado em alimentos de qualidade, mas que não tem tempo para cultivar uma horta ou frequentar feiras e lojas especializadas.
Os alimentos orgânicos são considerados mais saborosos e saudáveis do que os inorgânicos, pois são produzidos sem o uso de agrotóxicos e sua produção respeita o meio ambiente, evitando a contaminação do solo, da água e da vegetação. Além disso, o consumo desses produtos costuma gera renda para pequenos agricultores.
Bárbara e Patricia uniram forças e montaram o
Cesta Feira (Foto: Bárbara Behs/Divulgação)
É com base nessas premissas que duas empresas de Porto Alegre vêm trabalhando com tele-entrega de cestas com diversos produtos certificados de origem orgânica. Uma delas é a Cesta Feira, empresa criada há poucos meses pelas sócias Bárbara Behs, de 23 anos, e Patrícia Rahde, de 25, que entrega cestas com produtos hortifruti orgânicos na capital gaúcha.
Bárbara é formada em zootecnia e Patrícia, em administração. Após a faculdade, as amigas seguiram caminhos diferentes, mas que viriam a se cruzar alguns anos depois por causa do empreendimento. “Foi na faculdade que estreitei minha relação com o meio rural e os produtores familiares. Depois que me formei, a Patrícia estava na Europa e eu resolvi visitá-la. E lá eu aproveitei para pesquisar algumas iniciativas de produtores orgânicos na França. Conheci alguns modelos de negócio e quando voltamos resolvemos abrir a Cesta Feira”, diz Bárbara.
Cestas com produtos orgânicos são entregues nas
casas dos clientes (Foto: Bárbara Behs/Divulgação)
Em agosto de 2013, elas começaram a se preparar para colocar a empresa na rua. Fizeram uma reunião com a Semente Negócios Sustentáveis, empresa de educação empreendedora que auxilia na abertura de novos negócios e encararam o desafio: em outubro de 2013 nasceu o negócio de assinatura de hortifruti orgânicos.
Hoje, a dupla entrega uma média de 15 a 20 cestas por dia de entrega, duas vezes por semana. Os fornecedores são, na maioria, da própria Região Metropolitana e de outros municípios do Rio Grande do Sul. Os produtos que entregam são todos orgânicos certificados e provenientes de agricultores familiares.
“Temos cestas com produtos específicos que vão desde cenouras e brócolis, até morangos e pães. Nossa ideia principal é de fomentar a agricultura familiar com esse projeto. Queremos tentar, aos poucos, mostrar para as pessoas que a agricultura familiar necessita de meios alternativos de escoamento da sua produção para se fortalecer e ajudar nossa região a se desenvolver social e economicamente”, explica Bárbara.
Negócio surgiu por causa da família
Outro negócio que aposta no comércio de produtos orgânicos é o Empório do Bem. Criado pela relações públicas Paula Defaveri, de 40 anos, e pelo administrador Rogério Adriano Oliveira, de 41, a empresa faz da internet sua principal ferramenta para levar até seus clientes produtos livres de agrotóxicos. O casal, que é vegetariano, estava de olho nesse mercado de orgânicos há um bom tempo, mas foi só depois que tiveram seu primeiro filho que mergulharam na alimentação mais saudável.
Paula e Rogério decidiram montar a empresa depois
que filho nasceu (Foto: Vera Alice Defaveri/Divulgação)
“Eu comecei a ver como era difícil para eu ir até as feiras de produtos orgânicos com uma criança pequena. Daí nós enxergamos o negócio da entrega de produtos. Estamos trabalhando com o sistema de delivery há uns três meses”, explica Paula.
As entregas são feitas em uma espécie de sacola de papel craft. O mix de produtos da Empório do Bem, além de englobar os hortifruti orgânicos certificados e produzidos por agricultores familiares, também conta com produtos orgânicos processados como farinhas, achocolatados, massas e comidas para bebês. Além dos pedidos, o casal entrega junto sugestões de receitas de pratos que podem ser feitos com o que compõem a cesta.
“Nosso diferencial é que entregamos produtos orgânicos processados, certificados e que são feitos por produtores rurais. Nosso critério é: 'Você tem certificação?' Sim? Então podemos revender seus produtos. Isso é o que dá garantia para o cliente de que ele está consumindo produtos livres de agrotóxicos”, explica Paula.
Empório do Bem comercializa seus produtos
através de site (Foto: Paula Defaveri/Divulgação)
A empresa faz entregas em Porto Alegre eViamão. O cliente pode pagar na hora da compra ou pode fazer uma assinatura, que dá direito a uma sacola por semana. São quatro modalidades de cestas oferecidas no site de e-commerce da Empório do Bem: a bebê, solteiro, casal e família, com quantidades pensadas para cada uma dessas realidades. E caso a pessoa queira pagar na hora do recebimento, basta baixar uma planilha de preços e fazer o pedido por telefone ou e-mail.
“A cada 10 pedidos, três são feitos por telefone, mas nosso foco é fazer a negociação pela internet, pelo site. Vejo que é o futuro. Em mercados maiores com no Rio de Janeiro e em São Paulo, isso é algo que está crescendo. Então, tem que ser persistente e investir na ideia. Tivemos que investir para fazer o mix e arrumar um espaço para armazenar e organizar os produtos que não são perecíveis”, conclui a empresária.
fonte: site G1
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/meu-negocio-meu-emprego/noticia/2014/01/servico-de-entrega-de-produtos-de-origem-organica-vira-negocio-no-rs.html
Revista Agriculturas V10, N3 - Construção do Conhecimento Agroecológico
Revista Agriculturas
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V10, N3 Construção do Conhecimento Agroecológico
Os artigos desta edição demonstram por que e como o enfoque agroecológico ganha sentido prático somente quando rompe com a perspectiva difusionista propalada pela modernização agrícola e restaura o protagonismo de agricultores e agricultoras na geração de conhecimentos contextualizados acerca do funcionamento ecológico- econômico de agroecossistemas de gestão camponesa. O exercício do diálogo horizontal entre as sabedorias locais/populares e os saberes universais/acadêmicos tem criado as condições para o desenvolvimento de novas perspectivas metodológicas a fim de colocar em prática ensinamentos deixados por Paulo Freire, entre eles, o de que o conhecimento é gerado entre os homens em uma relação social, onde existem vários sujeitos que pensam, dialogam e comunicam, os quais através dessas ações constroem o mundo e constroem a si mesmos.
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Aguas cinzas e negras, como aproveitar na horta !
Escrito por Eng. Agr. Míriam Stumpf
Aguas cinzas e negras, para sua horta !
Re-utilização das águas não tratadas
A reciclagem de águas é uma prática usada e significa o uso de águas sem qualquer tipo de tratamento, vindo direto da captação para o uso em diversas situações.Algumas delas: uso de água em parques, cemitérios, cinturões verdes, para efeitos paisagísticos apenas.
As águas não tratadas são usadas também na irrigação de plantas forrageiras para a alimentação do gado, na produção de grãos, como arroz,trigo e cevada, e na produção de plantas ornamentais.
A indústria usa muitas vezes estas águas não tratadas para resfriamento de caldeiras, captando direto de cursos d’água; para apagar incêndios, para descarga de vasos sanitários, lavagem de veículos, como frotas de ônibus e caminhões, lavagem de ruas.
Também para manter pântanos e áreas alagadas necessárias à vida selvagem de aves e outros animais em reservas.
A indústria de construções também usa água não tratada para o preparo de concreto e lavagem de veículos de transporte do mesmo.
Aguas cinzas e negras - Vantagens no re-uso das águas
Há várias vantagens no re-uso de águas.Ela deve ser bem direcionada de forma a beneficiar também o meio ambiente do local, pois propicia controle de poluição, efluentes de diversos tipos, inclusive com a reciclagem de águas provenientes de esgotos, diminuindo assim seu impacto nas águas de cursos hídricos.
Também com o reúso de águas a demanda das águas subterrêneas de aquiferos tende a dimiuir, preservando assim água limpa para outros usos.
As regiões onde a água das chuvas é mais escassa ou sazonal são assim beneficiadas.
No entanto devemos ter em conta que o uso destas águas não tratadas tem diversas necessidades de gerenciamento com técnicas adequadas para diminuir o risco de contaminações.
Não abra mão da água potável para as hortas
Numa propriedade a água de consumo potável,é fornecida pelas companhias de abastecimento do município.A água potável tem várias qualidades, que a tornam apta para consumo humano nas diversas funções necessárias, como limpeza, preparo de alimentos, higiene pessoal, etc.
Não deve ter gosto ou odor e seu pH deve se neutro.
Também não deve ter impurezas ou organismos prejudiciais à saúde.
Para regar a horta devemos usar a mesma água usada para beber, já que águas contaminadas também tornarão o alimento impróprio para o consumo, colocando em risco a saúde de todos.
Sustentabilidade e o re-uso das águas servidas ou águas cinzas
As águas servidas, também chamadas de águas cinza, são provenientes da lavagem de roupas, da pia da cozinha, do chuveiro e pias do banheiro.No caso da pia da cozinha estas águas contêm resíduos orgânicos, sabões, óleos, gorduras, defensivos agrícolas, adubos químicos e orgânicos, poluição oriunda do transporte e manuseio e, no pior dos casos, patógenos perigosos à saúde como viroses e coliformes fecais
As águas do chuveiro, da pia e do tanque ou máquina de lavar contêm também óleos, sabões e coliformes fecais e podem afetar seriamente a saúde caso estas águas sejam usadas sem a devida filtragem e despoluição.
A contaminação das plantas e do solo será inevitável sem a devida limpeza.
As águas cinza podem, depois da purificação e filtragem serem usadas para plantas ornamentais, sem problema.
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