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terça-feira, 17 de maio de 2016

Physalis PT - fisális combate a diabetes, o reumatismo crônico, doenças de pele, bexiga, rins e fígado.

Physalis_02
A physalis é uma fruta bem interessante: considerada exótica, é encontrada no mercado a preços elevados, mas, apesar disso, no Norte e Nordeste do nosso país ela é comum nos quintais e chamada por nomes bem brasileiros:camapum, joá-de-capote, saco-de-bode, bucho-de-rã, bate-testa e mata-fome.
Esta fruta é conhecida por purificar o sangue, fortalecer o sistema imunológico, aliviar dores de garganta e ajudar a diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado.
 A planta tem sido estudada também por fornecer um poderoso instrumento para controlar o sistema de defesa do organismo, diminuindo a rejeição em transplantes e atacando alergias.
Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da Bahia identificaram substâncias com esse potencial na Physalis angulata e já solicitaram patente sobre o uso delas. Testadas por enquanto em camundongos, espera-se que as fisalinas (chamadas de B, F e G) tenham um efeito tão bom quanto o das substâncias usadas hoje para controlar o sistema imune, mas com menos efeitos colaterais, quando forem usadas em pacientes humanos.
Dicas de consumo: Consumir a fruta in natura, chá, molhos, compotas, doces e geleias. Suas folhas, frutos e raízes são utilizados na medicina popular da Amazônia para combater diabetes, reumatismo crônico, doenças de pele, da bexiga e do fígado. Porém, a cada novo estudo sobre a sua fruta, novos componentes de interesse funcional e nutracêutico aparecem.
Gostou? É só me seguir para receber diariamente dicas de nutrição e saúde.
Fonte: http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/A46physalis.htm








É rica em ácidos orgânicos (cítrico e málico), caroteno, alcalóides, saponinas, physalina, alto teor de vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de flavonóides, alcalóides e fitoesteróides, alguns recém descobertos pela ciência.
A physalis é cicatrizante, purifica o sangue, diminui a albumina dos rins, fortifica os nervos ópticos, limpa as cataratas, alivia problemas de garganta. É indicada como coadjuvante no tratamento do carcinoma de próstata e colesterol elevado. 

Combate a diabetes, o reumatismo crônico, doenças de pele, bexiga, rins e fígado. Favorecem a dissolução dos cálculos de sais úricos e eliminação de areias através da ingesta de bagas frescas ou secas.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Fepagro lança batata-doce viola


Variedade se destaca pela alta produtividade e versatilidade

Uma variedade de batata-doce de alta produtividade que pode ser usada para consumo humano e produção de biocombustível. Assim é a BRS fepagro viola, fruto da pesquisa da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e a Embrapa, lançada na Expoagro, na segunda 21.
Atividades de melhoramento de batata-doce funcionam desde 1942 na Fepagro, Vale do Taquari, com variedades sendo utilizadas pelos agricultores locais há décadas. Em conjunto com a Embrapa, pesquisadores da Fepagro coletaram amostras dessas variedades utilizadas pelos produtores.
Nova cultivar

Nova cultivar 
Foto: Luis Suita/Divulgação/CR
No processo de seleção, foi realizada a limpeza clonal e multiplicação dos materiais mais promissores em termos de vigor e produtividade.
Dos mais de 50 materiais testados a campo, a BRS fepagro viola se destacou pela alta produtividade e versatilidade. “É uma cultivar que responde bem a qualquer trato cultural e produz de 60 a 80 toneladas por hectare”, detalha o pesquisador da Fepagro Zeferino Chielle.

Raiz
Outro diferencial da cultivar, de acordo com Chielle, é a diversidade no tamanho da raiz, que pode ter formatos diferentes e, por isso, diferentes aplicações. “Serve para consumo humano, para produção de biocombustível e até para ração animal, devido a seu alto valor energético”, enumera o pesquisador.
Zeferino Chielle ressalta que a massa aérea da planta, produzida em abundância pela BRS fepagro viola e com teor de proteína de 16%, também pode ser aproveitada para alimentação animal e produção de biocombustível.

Produção de biocombustíveis
Para a produção de biocombustíveis a batata-doce é uma cultura importante. “Sabe-se que uma tonelada de cana-de-açúcar produz  80 litros de etanol, enquanto a mesma quantidade de batata-doce, produz 158 litros”, informa o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Luis Antonio Suita de Castro.
No Brasil, este processo esbarra na baixa produtividade das cultivares e na falta de mecanização das lavouras.
Segundo Suita de Castro, as cultivares registradas pela Embrapa e recomendadas à produção,  especialmente a BRS fepagro viola, obtiveram médias superiores a 3,0 kg/planta, o que indica produção de 75 t/ha em lavouras corretamente conduzidas.
Características
- Alto vigor e grande produtividade;
- Forma alongada, pele púrpura (vinho);
- Polpa na cor creme;
- 35,79% de amido (100 g).
Redação Jornal Correio Riograndense

segunda-feira, 4 de abril de 2016

PANCS Ora-Pro-Nobis – O Superalimento Proteico Pouco Conhecido!

Ora-pro-nobis
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Algumas pessoas poderão ter em suas casas uma planta chamada Ora-pro-nobis, bastante utilizada como cerca viva, devido aos seus espinhos pontiagudos, mas extremamente bela, que carrega o ambiente com suas flores. O que muita gente talvez não saiba é que a Ora-pro-nobis, além de tudo, também é comestível, sendo utilizada na região de Minas Gerais como alimento, rica em proteínas, bastante conhecida por lá como o “bife dos pobres”.

Propriedades da Ora-pro-nobis 

Suas propriedades já são bastante conhecidas, principalmente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais, e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes cidades, ainda de forma bastante tímida, mas já é um bom começo.
Por ser bastante popular em Minas Gerais, a Universidade de Lavras realizou um estudo sobre suas propriedades, constatando que seus princípios ativos são eficientes para o tratamento de várias doenças, tanto de origem inflamatória, quanto gastrointestinais, circulatórias, etc.

Benefícios da Ora-pro-nobis

  • Seu alto teor de fibras ajuda no processo digestivo e intestinal, promovendo saciedade, facilitando o fluxo alimentar pelo interior das paredes intestinais, além de ajudar a recompor toda a flora intestinal. Isso evita os estados de constipação, prisão de ventre, formação de pólipos, hemorroidas e até tumores;
  • Pessoas com anemia deverão passar a utilizá-la com mais frequência, pois os índices de ferro são essenciais para o tratamento desse quadro;
  • O chá, feito a partir de suas folhas, tem excelente função depurativa, sendo indicado para processos inflamatórios, como cistite e úlceras;
  • Esse poder depurativo associado ao chá também está ligado ao tratamento e prevenção de varizes;
  • As grávidas deveriam consumir Ora-pro-nobis nesse período, pois ela é rica em ácido fólico, essencial para evitar problemas para o bebê;
  • A alta concentração de vitamina C ajudará a fortalecer o sistema imunológico, evitando uma série de doenças oportunistas;
  • Ótima para a pele, devido à presença de vitamina A (retinol) em grande quantidade;
  • O retinol também é fundamental para manter a integridade da visão em dia;
  • Mantém ossos e dentes fortalecidos, pela boa quantidade de cálcio.

Composição nutricional da Ora-pro-nobis

COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM 100 GRAMAS DE FOLHAS:
Energia26 kcal
Proteína2,00 g
Lipídios0,40 g
Carboidratos5,00 g
Fibras0,90 g
Cálcio79,00 mg
Fósforo32,00 mg
Ferro3,60 mg
Retinol250,00 mcg
Vitamina B10,02 mg
Vitamina B20,10 mg
Niacina0,50 mg
Vitamina C23,00 mg
É uma planta com alto teor de proteína (aproximadamente 25% de sua composição). Entre seus aminoácidos, teremos a lisina e o triptofano em maior quantidade. Seu elevado teor de vitamina C supera a laranja em 4 vezes. Além dos minerais e vitaminas, também é rica em fibras.

Como consumir Ora-pro-nobis?

A parte comestível da planta são suas folhas. Seu preparo é extremamente simples, como qualquer verdura que adquirimos. Obviamente, devemos lavá-las bem. É preciso que se utilize uma grande quantidade, pois, após o preparo, seu volume se reduz bastante.
Seu sabor é neutro, ou seja, não é picante, nem ácido, nem amargo. Tem uma textura macia, fácil de mastigar. Ela poderá fazer parte de recheios, saladas, refogados, sopas, e onde mais sua imaginação de culinarista permitir.

Como preparar Ora-pro-nobis?

Para servir como incentivo, e mesmo matar a curiosidade, vamos passar algumas receitas simples com Ora-pro-nobis. É extremamente simples o preparo e manuseio das folhas.

1. Batatas ao pesto de Ora-pro-nobis

Ingredientes:
  • ½ quilo de batata bolinha, ou algum outro tipo, mas que sejam pequenas;
  • 1 xícara de folhas de Ora-pro-nobis rasgadas com as mãos;
  • ½ xícara de queijo meia cura ralado;
  • 1/3 de xícara de castanha do Pará;
  • ½ xícara de azeite de oliva extra virgem;
  • ½ dente de alho;
  • Sal e pimenta.
Preparo:
Faça primeiramente o pesto, batendo todos os ingredientes no liquidificador, com exceção das batatas. Caso tenha um processador, tecle na função pulsar, pois você não quer que vire um suco. É importante sentir a textura dos alimentos presentes no molho pesto. Reserve.
Cozinhe as batatas, mas deixe-as firmes. Coloque-as numa forma e regue com um fio de azeite e salpique sal e pimenta. Leve-as ao forno médio, pré-aquecido, até que estejam coradas.
Assim que retirar as batatas do forno, despeje o molho pesto sobre elas, e sirva imediatamente.

2. Pão vegetariano de Ora-pro-nobis

Ingredientes:
  • 50 gramas de fermento para pão, aproximadamente 3 tabletes;
  • ½ copo de água morna;
  • ½ copo de água fria;
  • 2 colheres de sopa de manteiga ou margarina;
  • 2 ovos;
  • 1 colher de sopa de açúcar;
  • 1 colher de sobremesa rasa de sal;
  • Farinha de trigo até dar o ponto (que poderá ser substituída por farinha integral);
  • 100 gramas de folhas de ora-pro-nobis
Preparo:
O fermento deverá ser dissolvido juntamente com o açúcar, até formar uma pastinha. A seguir, adicione a água morna, mas tenha cuidado para que não esteja quente, pois fará com que o fermento não se desenvolva. Faça um teste no dorso da mão.
Aguarde alguns minutos e verá que a fermentação se inicia, levantando pequenas bolhas. Essa etapa é importante para saber se o fermento está bom. Caso isso não aconteça, descarte e reinicie.
A seguir, junte os ovos, a manteiga e o sal. Deixe aguardando enquanto bate as folhas de Ora-pro-nobis com a água fria no liquidificador.
Agora, junte à massa. Deixe a farinha para o final, onde deverá ser adicionada aos poucos, até começar a soltar das mãos.
Nesse momento, cubra com um guardanapo e deixe essa massa descansar até notar que dobrou de volume.
Divida em duas partes, modele os pães no formato que preferir. Pincele com gema e leve ao forno para assar, em forno pré-aquecido, até dourar.

3. Farinha enriquecida com Ora-pro-nobis

Essa farinha irá enriquecer suas receitas. É feita a partir das folhas desidratadas. Para isso, será preciso colher muitas folhas. Deixá-las em local seco e fresco, até que estejam totalmente desidratadas. Nesse momento, basta triturá-las ou e adicioná-las a seus pratos culinários. Essa farinha é rica em proteínas, aminoácidos, vitaminas, sais minerais, e fibras. Guarde num vidro com tampa e utilize nos pães, bolos, tortas, panquecas, etc.

Ora-pro-nobis ajuda a emagrecer?

A princípio, sim. Um dos fatores favoráveis ao emagrecimento está diretamente ligado à grande quantidade de fibras que a planta apresenta. Numa dieta equilibrada, as fibras são essenciais para dar a sensação de saciedade, o que nos faz comer menos nas refeições.
Além do mais, elas ajudarão no esvaziamento intestinal mais rápido, evitando que toxinas estejam circulando por nosso organismo, nos livrando de inchaços e retenção de líquidos. Se essas fibras forem ingeridas cruas, mais eficientes serão.
É claro que não basta comer Ora-pro-nobis. Ela é uma aliada entre uma série de outros que precisamos para nos manter magros.

Contraindicações

Até onde se sabe, não há contraindicações ao seu consumo, a não ser por pessoas que apresentem algum tipo de alergia a ela, porém, seus índices de toxicidade são praticamente nulos.

Onde encontrar?

Nos estados do Sudeste é mais fácil, por ser mais abundante nessa região. Em Minas Gerais, é facilmente encontrada, fresca, desidratada, em saquinhos. Costumam vender um saquinho com 200 gramas por algo em torno de R$ 1,00.

Conhecendo melhor

Quem não se apaixonar por seu sabor, seguramente se apaixonará por sua beleza. Incluímos um vídeo amador, onde é possível apreciá-la, em plena floração, cercada de abelhas em processo de polinização. Infelizmente não será possível desfrutar de seu perfume. Confira:

Considerações finais

É uma pena que não se leve a sério o cultivo de Ora-pro-nobis em grande escala. Seguramente, seus valores nutricionais poderiam acrescentar muito aos hábitos alimentares dos brasileiros, principalmente através da farinha enriquecida, que poderia chegar facilmente à nossa mesa.
Sendo possível seu cultivo em ambiente doméstico, uma vez que pega bem em qualquer tipo de solo, não exige cuidados específicos, se propaga com facilidade.
Quem nunca provou e gostaria de adquirir uma muda, dê uma vasculhada pela internet. É possível encontrar generosos doadores. Vale a pena!
Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite - (no G+)

sexta-feira, 18 de março de 2016

DIVULGANDO: ALMOÇO CAMINHOS RURAIS DE PÁSCOA

Prezados amigos,
Dia 27 de março estaremos servindo um delicioso almoço de Páscoa no Sítio Santa Clara! Os ingressos são limitados! Reserve já o seu por e-mail ou por telefone 51 8055.5876 - PORTO ALEGRE RS

sexta-feira, 11 de março de 2016

Projeto PANCs - Plantas alimentícias não-convencionais - video completo



Valdely Kinupp - Plantas Alimentícias Não-Convencionais
Para os que conhecem o Doce Limão de longa data, já sabem que em 2013 estamos empenhados em FACILITAR o consumo consciente de mais plantas não convencionais...
E olha a vida entrelaçando tudo: a nossa Assinante Rachel Zacharias nos enviou este material que está a partir de agora sendo compartilhado com todos os leitores do site. Mágico!!!
Leia abaixo esta entrevista do professor e biólogo Valdely Kinupp, que em sua tese de doutorado estudou cerca de 1.500 espécies de plantas e apontou cerca de 311 com potencial alimentício. E que pelo menos 100 delas podem (e devem) enriquecer nossa alimentação, gerar renda e ainda conservar a natureza.
O que de especial te motivou a trabalhar com as Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANCs)?
Foi a questão econômica e de sustentabilidade, mas também o prazer de fazer um trabalho novo, praticamente inédito, da forma como foi feito. 
Pensando numa alternativa, desde a sobrevivência na selva, na lida no campo, mas também numa perspectiva de geração de renda, empregos, conservação da natureza, porque hoje vivemos uma monotonia alimentar
As PANCs, e nossa biodiversidade como um todo, seja ornamental, medicinal, madeireira são, muitas vezes, negligenciadas. Especialmente as alimentícias aqui no Brasil.
Se olharmos nossas refeições caseiras, o cardápio nos restaurantes, as ofertas dosself-services, nas gôndolas dos supermercados e nas feiras, praticamente tudo é exótico, pouco é local, com baixa importância regional, estadual e nacional. 
O Rio Grande do Sul, mesmo sendo considerado um estado celeiro do Brasil, não está adaptado às futuras mudanças climáticas. Contudo, vários estudos internacionais vêm mostrando que as plantas regionais, as ditas plantas "daninhas", as plantas espontâneas, são muito mais adaptadas [até por rotas metabólicas e fisiológicas diferentes] ao aumento do gás carbônico e da temperatura no ar, em comparação com as commodities agrícolas. 
Não estamos preparados para catástrofes e desastres ambientais,
porque as pessoas não sabem mais o que comer do seu quintal. 
E isso é um ciclo vicioso. As crianças deveriam aprender desde cedo nas escolas e com os pais que existem milhares de plantas que podemos comer.  
Muitas vezes, nas saídas de coletas que realizamos periodicamente, sempre aparecem curiosos. Já aproveito para fazer uma educação informal, mostrando o que é comestível, e mesmo assim, alguns ainda pensam que sou uma pessoa que está passando necessidade, porque estou catando um frutinho qualquer ali no mato. 
Precisamos quebrar essa tabu.
Sabendo que determinada planta é comestível, você não mais a verá como mato. 
É preciso aprender isso: tudo foi mato um dia, até nossos ancestrais descobrirem que certas plantas eram comestíveis, inaugurando um novo paradigma alimentar para o reino vegetal. 
A preocupação da sociedade só ocorre quando secas drásticas (ou excesso de chuvas) reduz a oferta de uma planta folhosa local: precisamos trazer de outras regiões...  
Se, por exemplo, estivéssemos plantando bertalha (e.g., Anredera cordifolia, A. krapovickasii – Basellaceae), como hortaliça aqui no RS e não o alface, os agricultores não estariam passando tantos problemas, porque são plantas que toleram o período de estiagem e co-evoluíram neste ambiente.
A bertalha foi um dos carros-chefe na minha pesquisa, ou espinafre-gaúcho, como preferi registrar popularmente, que você pode comer as folhas, muito rica em zinco, ótimo para memória, uma planta perene, mas que possui outra boa vantagem: além das folhas como verdura, tem as batatinhas áreas e também os tubérculos subterrâneos na pequena batata que ela produz que são legumes, com usos similares ao da batata-inglesa. 
Destes órgãos amiláceos foi descoberta uma substância nova, em 2007, de proteção para cavidade gástrica, que inibe a ação de tripisina [“Ancordin”]. 
Alguns estrangeiros queriam comprar cerca de duas toneladas desta 'batata' da bertalha. Cadê o produtor? Não há cultivos racionais desta espécie no Brasil... 
E continuamos falando da nossa biodiversidade, mas comendo a biodiversidade dos outros continentes/países. Plantamos trigo, arroz, café, laranja, eucalipto e soja, e nada disso é nativo do Brasil. Cadê o plantio de bertalha, ália, crem, jacaratiá... 
A domesticação do pêssego-do-mato? E tantas outras hortaliças e frutíferas silvestres com grande potencial agrícola e nutricional? 
Não existe. As pessoas valorizam tanto suas tradições em cada um dos nossos estados, falam bastante da biodiversidade, mas não a conhecem, e isso é riqueza abstrata. 
Se fala que a Amazônia vale trilhões. Vale nada. As pessoas estão passando fome lá. Muita gente vivendo precariamente, como aqui, na famosa Porto Alegre, com sua periferia cheia de pessoas comendo mal, sentindo frio ao dormir. 
Não adianta termos uma biodiversidade imensa na Região Metropolitana se não a comemos ou a utilizamos de forma sustentável para outros fins. Muito menos geramos divisas e empregos, porque ninguém planta. 
Nós somos xenófilos, gostamos do que é de fora, quando aceitamos de pronto e não conhecemos o nosso, não mantemos as nossas tradições.
Meu intuito é fazer a extensão, a popularização, dessas plantas nativas e subsidiar outras áreas do conhecimento, não ficar uma ação isolada. 
Que a Agronomia possa estudar isso no aspecto fitotécnico e horticultural;
Que a Nutrição pesquise a parte bromatológica;
Que a Química, a Bioquímica, a Farmácia pesquise a parte toxicológica e fitoquímica. 
Trazer à tona, RESGATAR e propor novas plantas para serem incorporadas na dieta humana, o que conduz aos estudos transversais. E aí a importância, num trabalho básico desse como o nosso, de detalhar as plantas nativas. 
Mas friso que não se pode entender isso como uma verdade absoluta. Trata-se de uma proposta em construção, que começa desde as experiências individuais dos pesquisadores envolvidos, dos relatos de pessoas que fazem uso tradicional, por dados de etnobotânica antigos. 
E será apenas um segmento da pesquisa, que servirá como subsídio para outras áreas de conhecimento. E, o mais importante disso é ponderar o uso e ter diversificação. Por isso a ciência é dinâmica. 
Todas as plantas têm seus prós e contras, seus modos de preparo adequados, períodos de consumo, com maior ou menor sensibilidade das pessoas. Mas nós não podemos blindar as plantas não-convencionais por acharem que são mais tóxicas que as comuns que você tem no dia-a-dia. 
Há carência de pesquisa, pois o comum é pesquisar só aquilo que está badalado: o morango ou tomate. E não se pesquisa nosso juá nativo, que tem tanto ou mais licopeno que o tomate, porque nem se conhece. 
Por isso a necessidade da transdisciplinaridade e de fazer essa passagem para o uso real e efetivo da nossa flora diversa. Nós não sabemos nem quantas espécies temos no Brasil: 50 mil?Pior ainda: restrito à Botânica? 
Não há consenso, nem uma listagem garantida. Há hipóteses, mas nem isso sabemos. 
Não só a biodiversidade vegetal, mas animal também, que é mais paradigmática e cheia de tabus, com legislação cada vez mais engessada, necessitando ser revista com urgência, para que a nossa fauna alimentícia possa e deva ser criada de forma ecologicamente correta.
Estamos em uma área muito boa de se trabalhar. Eu pude fazer uma pesquisa aplicada e transferir isso para as pessoas. 
Esse é um tipo de trabalho que desperta bastante interesse, de compartilhar aquilo que você pode fazer no ponto de ônibus e dentro dele, na divulgação corpo-a-corpo, porque as pessoas entendem, sendo gratificante para o pesquisador poder conseguir explicar o que faz. 
Falo que trabalho com as plantas que existem por aqui no chão, em todo o lugar, que não são aproveitadas, mas que dá para comer, seja verdura ou frutíferas, condimentos e por aí vai. 
No entanto, uma área, infelizmente, carente de pesquisa e de editais de financiamento no Brasil. 
Nós temos uma biodiversidade muito grande, mas não a CUIDAMOS, CONSERVAMOS, VALORIZAMOS E NOS BENEFICIAMOS...

Fonte: www.docelimao.com.br

quarta-feira, 9 de março de 2016

Frutas Raras- Repórter ECO 31/07/2011




UM CIDADÃO , APAIXONADO PELA NATUREZA, TRANSFORMOU UM SÍTIO 

ONDE VIVE EM UM BERÇÁRIO DE FRUTAS RARAS. 
MUITAS DELAS SÃO ESPECIES NATIVAS DO BRASIL, 
MAS SÃO POUCO CONHECIDAS PELA POPULAÇÃO.

terça-feira, 8 de março de 2016

FRAMBOESAS E AMORAS, Inusitada Fazenda de Frutas Vermelhas

www.baronesavonleithner.com.br
A Fazenda Baronesa Von Leithner fica localizada no bairro Alto da Boa Vista, uma área nobre de Campos do Jordão.Sendo a primeira e uma das maiores fazendas cultivadoras de frutas vermelhas de que se tem notícia no Brasil, a Baronesa Von Leithner possui as melhores geleias e compotas de todo o país. Venha conhecer o melhor e mais variado complexo gastronômico de região serrana de Campos do Jordão.Baroness Von Leithner Farm is located in Alto da Boa Vista district, an affluent area of Campos do Jordão.Sendo the first and one of the largest farms-growing berries that are no reports in Brazil, the Baroness Von Leithner has the best jellies and jams all over the country. Come experience the best and most varied gastronomic complex of the mountainous region of Campos do Jordao.
www.baronesavonleithner.com.br

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Cultivo de banana no Sul Gaúcho, como o sr. Maneco





Uma das frutas mais consumidas no mundo, a banana é produzida em regiões de clima tropical. Mas no sul do Rio Grande do Sul, onde o clima é temperado, alguns produtores têm conseguido produzir mesmo com temperaturas mais baixas.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Aprenda a fazer um #suco para reforçar o sistema imunológico

Suco para reforçar o sistema imunológico



Foto: Emilio Pedroso
A nutricionista Juliana Rocha, que acaba de voltar dos Estados Unidos, onde se formou chef de cozinha e instrutora de raw food (alimentação viva), preparou para vocês a receita de um suco para fortalecer o sistema imunológico.
Leia mais
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SUCO IMUNOLÓGICO
Ingredientes
1 copo de suco de laranja natural
Uma porção a gosto de gengibre
Espinafre
1 colher de chá de grânulos de pólen
BENEFÍCIOS
- Fonte de vitamina C, tem a capacidade de fortalecer o sistema imunológico e toda a função antioxidante do do nosso sistema.
- O espinafre, além de ser fonte cálcio e magnésio, é rico ainda em acido fólico importante para a função de defesa do nosso sistema imunológico e vias de inflamação.
- Chamo a atenção para o pólen, por ser um dos alimentos mais completos da natureza, aumenta a resistência, a força, a energia também sendo indicado para praticantes de atividade física, reduz a produção de histaminas no nosso corpo, melhorando a resposta a inúmeras alergias, em espacial as respiratórias
Quando tomar?
Nos dias de outono e inverno e sempre que mudar a estação.

Fonte: BLOG BARRA DE CEREAL

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Pesquisadora da UNICAMP obtém mirtilo em pó e passa.



Também conhecida como blueberry, fruta originária da América do Norte é rica em antioxidantes
LUIZ SUGIMOTO





O mirtilo é uma fruta muito pouco conhecida no Brasil, mas a mais rica em antioxidantes dentre as já estudadas, com conteúdo particularmente elevado dos polifenóis que conferem funções protetoras às paredes das células. Suas propriedades medicinais vão do combate aos radicais livres, efeito anti-inflamatório, melhora da circulação e redução do colesterol ruim, até a prevenção ou reversão de catarata e glaucoma. Seu nome em inglês, blueberry (cereja azul), pode soar mais familiar aos brasileiros. Nos Estados Unidos e Europa, o consumo é elevadíssimo e a fruta ganhou fama de promover a longevidade.



O que americanos e europeus talvez não conheçam é o blueberry nas formas de passa e em pó, produtos obtidos através de processos de secagem na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp. "Eles consomem muito o mirtilo in natura, como suco e adicionado a uma variedade de alimentos como sorvetes, biscoitos, geléias e muffins. Não encontrei a fruta em passa ou em pó na literatura, nem em recente viagem à Europa", afirma Graziella Colato Antonio, que é pesquisadora colaboradora da Feagri e chegou aos dois produtos em pesquisa de pós-doutorado supervisionada pelo professor Kil Jin Park e financiada pela Fapesp.



Graziella Colato informa que o mirtilo começou a ser plantado no Brasil apenas em 2002, a partir de
 sementes trazidas do Chile por um agricultor do Rio Grande Sul, que as distribuiu aos vizinhos. "Em pouco tempo, criou-se a Associação dos Plantadores de Mirtilo da Serra Gaúcha, em Caxias do Sul, visando principalmente à exportação. A nossa safra vai de meados de janeiro ao final de fevereiro, justamente o período de entressafra nos Estados Unidos, o que traz uma boa perspectiva de comercialização".


Segundo a pesquisadora, o mirtilo (Vaccinium myrtillus L.) é uma planta selvagem originária das matas da América do Norte e seu melhoramento genético ainda é alvo de pesquisas recentes. "A aparência da fruta é semelhante à do araçá, mas com a coloração roxo-azulada e o tamanho da uma uva pequena. O sabor é agridoce e de difícil comparação com outros alimentos. Além do consumo in natura, pode ser empregado tanto em pratos doces como salgados".



Por causa da quantidade de água, o mirtilo é bastante perecível, o que vem fazendo com que a associação de produtores gaúchos recorra ao seu congelamento em embalagens de 100 gramas para a comercialização. Daí, a ideia de estudar processos de desidratação da fruta como técnica adicional de conservação. "O professor Kil Jin Park, que é um dos maiores especialistas em secagem de alimentos do país, coordena o projeto no âmbito de um convênio de cooperação técnico-científica entre a Unicamp e a empresa Nutrisaúde Indústria e Comercio de Frutas Ltda., que teve a intermediação da Inova".



De acordo com a autora, seu estudo foi realizado a partir de lotes de três safras enviados pela empresa parceira, com a avaliação de três processos: a desidratação osmótica e a secagem convectiva (com a passagem de ar aquecido ascendente por bandejas contendo a fruta para retirada da água), para a obtenção da fruta em passa, e a secagem por atomização (utilizando o spray dryer) para a produção da polpa em pó. "A secagem é uma técnica milenar e largamente utilizada na indústria. O que buscamos foi o melhor processo de aproveitamento, custo e tempo de secagem. Alcançamos 25% de umidade do mirtilo em passa com cinco horas de processo, o que é pouco em comparação a outros produtos".


A pesquisa incluiu a análise sensorial do mirtilo em passa junto a consumidores potenciais, recebendo excelentes notas por seu sabor peculiar e agradável. "Registramos uma grande intenção de compra, apesar de não haver no Brasil o hábito de consumir frutas desidratadas devido à grande quantidade e variedade de produtos frescos disponíveis durante todo o ano. "Tanto a polpa em pó como o mirtilo desidratado poderão ser utilizados como ingredientes para outras formulações, como biscoitos, bolos etc.".



Antocianina

Graziella Colato Antonio adianta que o próximo passo pensado para o projeto é a extração da antocianina - pigmento vermelho, mas que de tão intenso torna-se violeta, dando a coloração roxo-azulada e que concentra as propriedades medicinais da fruta. "O mirtilo contém 25 tipos de antocianina, uma quantidade impressionante, maior do que em qualquer outra fruta ou legume. Pretendemos extraí-la para destinação a fármacos, estando aí o maior interesse da Nutrisaúde".



A propósito da antocianina, a pesquisadora da Feagri verificou que no processo de secagem para obtenção do mirtilo em passa houve uma redução de 46% do pigmento. Esclarece, entretanto, que isto não significa uma perda equivalente. "Quando retiramos a água da fruta, diminuímos a massa, mas concentramos as propriedades. Isto significa que é preciso consumir menos fruta seca do que a fruta fresca para obter os mesmos benefícios".



Ao seu estudo, Graziella Colato somou informações de análises realizadas por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) comprovando que o mirtilo produzido no Brasil possui as mesmas características do blueberry - a versão original do fruto cultivada nos Estados Unidos e na Europa. Os pesquisadores asseguram que a quantidade de pigmentos antocianos também é a mesma.



Quanto à composição nutricional, o mirtilo é indicado na literatura como uma fruta saudável, com teores baixíssimos de gordura e de sódio, e como boa fonte de fibra e vitamina C. Uma xícara de mirtilo fresco fornece 5 gramas de fibra - mais do que a maioria das frutas e legumes - e 15% da necessidade diária de vitamina C, com valor calórico de apenas 80 calorias.



A Embrapa Clima Temperado, que incentiva o plantio de mirtilo no Rio Grande do Sul e vem atuando no melhoramento das mudas, aponta diferenças na composição química entre produtos de algumas propriedades dos plantadores gaúchos. Contudo, atribui tais diferenças à variedade da planta, tipo de solo, tempo de cultivo e época de colheita.



 
Visão noturna

Além de todas as propriedades medicinais mencionadas no início deste texto, a autora da pesquisa leu sobre a possibilidade de que dietas contendo mirtilo podem prevenir problemas relacionados a doenças neurodegenerativas, o que inclui o mal de Alzheimer, o mal de Parkinson e a esclerose lateral. "Uma matéria publicada na revista Época destaca o sucesso que faz o blueberry entre os esportistas, depois de estudos sugerindo que as antocianinas ajudam na prevenção de câncer e combatem o envelhecimento".



Graziella Colato ressalta que um benefício comprovado está ligado a doenças da visão, como catarata e glaucoma, atribuindo-se ao mirtilo a capacidade de reverter ou evitar tais complicações, melhorando a capacidade de leitura e o foco visual. "O site Bluberries conta a história de que, na Segunda Guerra, os pilotos britânicos comiam a fruta antes dos vôos noturnos, acreditando que assim enxergavam melhor o alvo inimigo".


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