Estudo
feito na Amazônia indica que áreas com falhas na cobertura de pasto
emitem mais metano, um dos principais gases de efeito estufa
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Editorias: Ciências Ambientais - URL Curta:
jornal.usp.br/?p=266555
Pasto de pequeno proprietário nas
imediações da Floresta Nacional do Tapajós, Pará, com a área de
preservação ao fundo; na região amazônica, 60% a 80% das áreas
desmatadas são ocupadas por pastagens – Foto: Leandro Fonseca de
Souza/Cena-USP
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Recuperar a cobertura vegetal de
áreas degradadas utilizadas como pastagem tem potencial de reduzir o
impacto da atividade pecuária na emissão de gases de efeito estufa, em
especial o metano. A conclusão é de pesquisa do Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba, realizada na
Amazônia, região onde é comum a substituição da floresta por pastos. O
estudo traz indícios de que áreas com a vegetação degradada, com falhas
na cobertura de pasto, emitem mais metano e mostra que medidas adotadas
para melhorar a qualidade do solo favorecem o crescimento das plantas
usadas para pastagem e reduzem a presença de micro-organismos que
produzem metano.
O metano é um dos gases de efeito estufa, responsáveis pelo
aquecimento global. “Quando há a floresta, esse gás é retirado da
atmosfera e retido abaixo das árvores, por meio de micro-organismos
presentes no solo”, afirma o biólogo Leandro Fonseca de Souza, que
realizou a pesquisa. “Com o desmatamento e a substituição da floresta
por pastos, há emissão de metano para a atmosfera, produzido inclusive
por micro-organismos, o que agrava o efeito-estufa”.
O biólogo foi até a região amazônica para medir as emissões e o fluxo de gases no solo, comparando o que acontece na floresta e nas áreas de pastagem. “Os solos amazônicos são naturalmente ácidos. A queima da floresta e incorporação das cinzas no solo reduzem essa acidez”, relata. “A medição aconteceu em áreas diferentes, no Pará e em Rondônia. Foram feitas várias medições ao longo do ano, para avaliar os períodos de seca e de chuva. Ao mesmo tempo, houve a coleta de amostras de solo para analises microbiológicas, que serviram para entender o comportamento dos micro-organismos em cada uma das áreas.”
A análise das emissões de gases confirmou que a floresta retira o metano da atmosfera, o qual é retido por micro-organismos que ficam no solo, e também demonstrou a importância dos micro-organismos junto às raízes das gramíneas neste processo. “O estudo identificou quais são esses micro-organismos e como muda sua abundância com as mudanças no ambiente”, explica Fonseca de Souza. “O objetivo é entender como o manejo da pastagem pode reduzir as emissões de metano.”
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O biólogo foi até a região amazônica para medir as emissões e o fluxo de gases no solo, comparando o que acontece na floresta e nas áreas de pastagem. “Os solos amazônicos são naturalmente ácidos. A queima da floresta e incorporação das cinzas no solo reduzem essa acidez”, relata. “A medição aconteceu em áreas diferentes, no Pará e em Rondônia. Foram feitas várias medições ao longo do ano, para avaliar os períodos de seca e de chuva. Ao mesmo tempo, houve a coleta de amostras de solo para analises microbiológicas, que serviram para entender o comportamento dos micro-organismos em cada uma das áreas.”
A análise das emissões de gases confirmou que a floresta retira o metano da atmosfera, o qual é retido por micro-organismos que ficam no solo, e também demonstrou a importância dos micro-organismos junto às raízes das gramíneas neste processo. “O estudo identificou quais são esses micro-organismos e como muda sua abundância com as mudanças no ambiente”, explica Fonseca de Souza. “O objetivo é entender como o manejo da pastagem pode reduzir as emissões de metano.”
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Manejo de pastagem
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Infografia: Jornal da USP
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Maisinformações: e-mail leandro_fonseca@usp.br, com Leandro Fonseca de Souza
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