Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Aprenda a fazer um minhocário - até criança aprende.
A professora de culinária infantil Márcia Aruda, com a ajuda da pequena Lena María, ensina como se faz um minhocário. Com restos de comida, caixas plásticas e algumas minhocas, ele está pronto! Aí muita gente já pensa com nojo: "minhoca? argh!", e já torce o nariz para a pobre coitada da bichinha. Mas apesar de não ser um animal tão bonito que desperte uma simpatia imediata, as minhocas tem um papel bem importante na natureza: elas produze o húmus, um tipo de adubo que é um produto da digestão dela e tem muitos nutrientes para as plantas.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
quarta-feira, 17 de julho de 2013
30% dos alimentos têm agrotóxicos acima da lei
Nada menos que 29% dos alimentos in natura consumidos pela população
contém agrotóxicos acima do limite permitido por lei.
A revelação consta
em um estudo realizado pela Embrapa Meio Ambiente chamado “Análise das
violações encontradas em alimentos nos programas nacionais de
monitoramento de agrotóxicos”
“Em todos os anos de monitoramento é possível observar um número significativo de amostras classificadas como insatisfatórias, que englobam presença de agrotóxicos em níveis acima do Limite Máximo de Resíduos (LMR), com presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura (NA) e [ambos juntos]”, denuncia o estudo, assinado por engenheiros agrônomos e químicos (Robson Rolland Monticelli Barizon, Claudio Aparecido Spadotto, Manoel Dornelas de Souza, Sonia Cláudia Nascimento de Queiroz e Vera Lúcia Ferracini).
Os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), divulgado em dezembro de 2011, mostraram percentual alarmante de amostras com violações. Do total de 3.130 analisadas, 907 (29%) foram consideradas insatisfatórias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A maioria (23,8%) é referente ao uso não autorizado de agrotóxicos na cultura.
De acordo com o estudo, o percentual de violações variou de forma expressiva entre as culturas. As que apresentaram os maiores percentuais foram: pimentão, uva, pepino e morango. Os menores índices ficaram com banana, batata, feijão e maçã.
Para a Embrapa, os resultados são recorrentes e não podem ser atribuídos a fatores casuais. “O percentual de amostras insatisfatórias na cultura do morango, por exemplo, manteve-se acima de 35% desde 2002. As culturas de pimentão e da uva, incluídas no programa em 2008, também apresentaram percentual de violações bastante elevado, correspondendo a 64,36% e a 32,67% de amostras insatisfatórias”, afirma o estudo.
Rótulo e bula - Os resultados indicaram que uma parte dos agrotóxicos não está sendo utilizada de acordo com as informações que constam no rótulo e bula destes produtos. São desconsideradas orientações sobre a dose recomendada, o número de aplicações e o intervalo entre a última aplicação e a colheita, entre outras.
Outro fator que explica as violações é a falta de produtos adequados no mercado. Muitas empresas que desenvolvem ou formulam agrotóxicos optam por não comercializar substâncias para culturas com menor retorno financeiro. Com isto, os produtores utilizam agrotóxicos não autorizados, em razão da falta de produtos registrados.
“Em todos os anos de monitoramento é possível observar um número significativo de amostras classificadas como insatisfatórias, que englobam presença de agrotóxicos em níveis acima do Limite Máximo de Resíduos (LMR), com presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura (NA) e [ambos juntos]”, denuncia o estudo, assinado por engenheiros agrônomos e químicos (Robson Rolland Monticelli Barizon, Claudio Aparecido Spadotto, Manoel Dornelas de Souza, Sonia Cláudia Nascimento de Queiroz e Vera Lúcia Ferracini).
Os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), divulgado em dezembro de 2011, mostraram percentual alarmante de amostras com violações. Do total de 3.130 analisadas, 907 (29%) foram consideradas insatisfatórias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A maioria (23,8%) é referente ao uso não autorizado de agrotóxicos na cultura.
De acordo com o estudo, o percentual de violações variou de forma expressiva entre as culturas. As que apresentaram os maiores percentuais foram: pimentão, uva, pepino e morango. Os menores índices ficaram com banana, batata, feijão e maçã.
Para a Embrapa, os resultados são recorrentes e não podem ser atribuídos a fatores casuais. “O percentual de amostras insatisfatórias na cultura do morango, por exemplo, manteve-se acima de 35% desde 2002. As culturas de pimentão e da uva, incluídas no programa em 2008, também apresentaram percentual de violações bastante elevado, correspondendo a 64,36% e a 32,67% de amostras insatisfatórias”, afirma o estudo.
Rótulo e bula - Os resultados indicaram que uma parte dos agrotóxicos não está sendo utilizada de acordo com as informações que constam no rótulo e bula destes produtos. São desconsideradas orientações sobre a dose recomendada, o número de aplicações e o intervalo entre a última aplicação e a colheita, entre outras.
Outro fator que explica as violações é a falta de produtos adequados no mercado. Muitas empresas que desenvolvem ou formulam agrotóxicos optam por não comercializar substâncias para culturas com menor retorno financeiro. Com isto, os produtores utilizam agrotóxicos não autorizados, em razão da falta de produtos registrados.
Banidos lá fora e usados aqui
Para os pesquisadores, é fundamental o fortalecimento de canais de comunicação que possibilitem maior esclarecimento dos produtores, seja por intermédio dos serviços de extensão rural, da indústria de agrotóxicos ou de órgãos de capacitação, como o Senar. Além disso, a fiscalização deve ser exercida constantemente por parte dos órgãos competentes. “Neste quesito, a rastreabilidade é também um importante fator que pode agir conjuntamente com a fiscalização”, conclui o estudo.
fonte correio riograndense 10 de julho
terça-feira, 16 de julho de 2013
Gibi ou almanaque infantil da agricultura orgânica - EMBRAPA
Agricultura orgânica ganha páginas de almanaque infantil Publicado em: 09/07/2013 |
|
Criado para incentivar o consumo de hortaliças pelo público infantil,
o Almanaque Horta & Liça traz histórias em quadrinhos e diversos
passatempos que aliam lazer e informação. A proposta é estimular entre
os pequenos novos e bons hábitos – tanto o da leitura quanto o da
alimentação saudável – e tudo isso com uma abordagem lúdica e
descontraída. Em sua quarta edição, a publicação, idealizada pela Embrapa Hortaliças (Brasília/DF), explica como funciona o sistema de produção orgânico à turminha do Zé Horta e da Maria Liça. Quem não vai gostar nada do assunto é a Marina, que se assusta com as minhocas no solo, mas isso até descobrir que os túneis cavados por elas são essenciais para a ventilação das raízes das plantas e para a infiltração da água da chuva. Eles vão aprender que na agricultura orgânica o que vale é produzir sem prejudicar o meio ambiente, por isso, os produtos químicos são proibidos nesse sistema de cultivo. Assim, o modo de produção orgânica preserva a biodiversidade e garante uma salada mais saudável. Embrapa & Escola O almanaque Horta & Liça é distribuído para instituições de ensino e para as crianças que De acordo com Orébio de Oliveira, responsável pelo programa na Unidade, o almanaque tem uma aceitação muito boa entre os pequenos. “Eles ficam felizes com o brinde e logo começam a folhear as páginas para ler as histórias e preencher os passatempos”, conta. Ele ainda diz que a animação é tanta que o brinde tem que ser entregue no final para não atrapalhar o andamento da visita. Este ano, o período de visitação vai até novembro e as escolas interessadas podem fazer o agendamento pelo telefone (61) 3385.9110 ou cnph.sac@embrapa.br. visitam a Embrapa Hortaliças por meio do programa Embrapa & Escola. Em 2012, mais de 1300 alunos de escolas da rede pública e privada conheceram a Unidade, os campos experimentais, as casas de vegetação e uma horta demonstrativa com produtos como alface, pimenta, berinjela, cebolinha, tomate, cenoura, entre outros. Divirta-se! Nos links abaixo, é possível conferir as aventuras do Zé Horta e sua turma. - Almanaque Horta & Liça - Número 1 - Almanaque Horta & Liça - Número 2 - Almanaque Horta & Liça - Número 3 - Almanaque Horta & Liça - Número 4 Paula Rodrigues (MTB 61.403/SP) Assessoria de Imprensa Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO) Embrapa Hortaliças Tel.: (61) 3385-9109 E-mail: paula.rodrigues@cnph.embrapa.br |
segunda-feira, 15 de julho de 2013
agropellenz: Revista "Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sust...
agropellenz: Revista "Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sust...: Encontra-se disponível mais uma edição digital da revista "Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável", publicada pela Emat...
sábado, 13 de julho de 2013
Consea pede proibição de agrotóxicos vedados em outros países
O Brasil tornou-se o maior
consumidor de agrotóxicos do mundo com 19% do mercado mundial. A taxa de
crescimento do mercado brasileiro de agrotóxicos, entre 2000 e 2010,
foi de 190% contra 93% do mercado mundial.
http://www.unisinos.br/blogs/projeto-alerta/2011/03/30/agrotoxicos-nos-alimentos/
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA)
encaminhou à presidenta da República, Dilma Rousseff, Exposição de
Motivos (EM) com as propostas elaboradas pela Mesa de Controvérsias
sobre Agrotóxicos, realizada em Brasília, nos dias 20 e 21 de setembro
de 2012. A EM foi aprovada na Plenária do Conselho de junho deste ano,
depois de ter sido discutida nas Comissões Permanentes.
O documento é uma crítica ao processo de “modernização” agrícola
conhecido como “Revolução Verde”. Esta “modernização” transformou o
modelo de produção agrícola e o país em uma grande fazenda monocultora e
dependente de insumos químico-industriais. O governo de Ernesto Geisel
estimulou a “Revolução Verde” e esse padrão se mantém, sendo a diretriz
das políticas agrícolas governamentais.
Em 2007, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) realizou a Conferência Internacional sobre a
“Agricultura Orgânica e Segurança Alimentar” e concluiu que a
agricultura convencional esgotou sua capacidade de alimentar a população
global e que existe a necessidade de substituição pela agricultura
ecológica.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento
(UNCTAD), realizada em 2010, recomendou que os governos estimulassem o
uso de diferentes formas de agricultura sustentável, entre elas a
orgânica. Por sua vez, o Relator Especial sobre o Direito Humano à
Alimentação, Olivier de Schutter, afirmou na Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU) que a agroecologia é um novo
paradigma de desenvolvimento agrícola que pode efetivar rapidamente o
direito humano à alimentação adequada.
O Brasil tornou-se o maior consumidor de agrotóxicos do mundo com 19%
do mercado mundial. A taxa de crescimento do mercado brasileiro de
agrotóxicos, entre 2000 e 2010, foi de 190% contra 93% do mercado
mundial.
A evolução da taxa de consumo de agrotóxicos, em 2005, cresceu de 7,5
quilos por hectare para 15,8 quilos por hectare em 2010. O percentual
mais elevado se encontra entre os estabelecimentos com mais de 100
hectares dos quais 80% usam agrotóxicos
A Exposição de Motivos avalia o peso dos agrotóxicos nos custos de
produção, os incentivos e das isenções tributárias aos produtos químicos
que reduziu a zero as alíquotas, o impacto agroquímico dos produtos
transgênicos.
O documento coloca em dúvida a legitimidade dos estudos que são
feitos pelas próprias empresas solicitantes, para o registro de produtos
agrotóxicos.
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional apresentou à
presidenta Dilma Rousseff uma série de propostas, entre as quais se
podem destacar a de Proibir no Brasil os agrotóxicos já vedados em
outros países; Proibir as pulverizações aéreas de agrotóxicos; Definir
metodologia única de monitoramento em todos os órgãos ambientais nas
três esferas federativas; Criar penalidades, incluindo o pagamento de
ressarcimento financeiro, para os responsáveis pela contaminação por
agrotóxicos e por transgênicos de sistemas agroecológicos, entre outras.
O INESC faz parte da coordenação da Comissão Permanente 1 do Consea,
que trata do Sistema e da Política Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional. O Instituto contribuiu para a elaboração da Exposição de
Motivos e tem se posicionado nos diversos espaços institucionais contra a
maciça utilização de agrotóxicos e sementes transgênicas.
Edélcio Vigna (Consultor do Inesc)sexta-feira, 12 de julho de 2013
Nova York anuncia programa de reciclagem de resíduos orgânicos
Nova York pode se tornar um exemplo para outras cidades no mundo no quesito reciclagem. A prefeitura local prepara um projeto que tornará obrigatória a separação de resíduos orgânicos, que serão usados para a produção de energia.
Este é mais um dos esforços anunciados pelo prefeito Michael Bloomberg para reduzir a quantidade de lixo que é destinado diariamente aos aterros sanitários. Em abril deste ano, a população já havia sido informada sobre a expansão no sistema, que passou a coletar os plásticos rígidos. Agora, a atenção com a separação dos itens descartados deve ser ainda maior.
Os resíduos orgânicos serão destinados à compostagem. Em consequência disso, a cidade se beneficiará com um aumento na produção de adubo orgânico e com a produção do biogás, usado para a produção de energia limpa.
Conforme informado pela Folha, o sistema de reaproveitamento do material orgânico já acontece em cidades menores norte-americanas, entre elas San Francisco e Seattle. A principal mudança a ser feita, além do trabalho cultural, é de logística, mas Nova York já passa por reestruturações.
O prefeito Bloomberg explica que, inicialmente, o sistema será voluntário, mas é possível que com o desenvolvimento do programa, ele se torne obrigatório e resulte em multa para quem não cumprir a norma.
Redação CicloVivo
Criando obstáculos para os insetos - Dificultando sua chegada e ação nos cultivos - permacultura pedagógica
Antônio Roberto Mendes Pereira
Em muitas visitas que fiz durante o período do curto inverno que vem
acontecendo este ano às propriedades de alunos, percebi que em muitos
roçados havia ataque de lagartas. Em algumas propriedades pequenos
ataques, em outras intensos, podendo gerar safras de baixa qualidade.
Mas também percebi muitos enganos no manejo dados aos roçados que de
forma direta contribuem para aumentar os desequilíbrios do
agroecossistema facilitando que algumas espécies de insetos venham a
causar ataque as estas plantas cultivadas. Conversando com alguns
agricultores pais destes alunos investiguei qual seria para eles a causa
destes surgimentos de pragas nas suas lavouras. Para a maioria destes
agricultores o problema é do tempo, não conseguem relacionar estes
ataques a problemas de fertilidade de solo, de manejo errado utilizado
por eles no plantio. Sempre as causas são de outra natureza. Uns até
alegam que Deus quer assim, logo ele não pode fazer nada. Outros alegam
que ele resolve facilmente “é só colocar veneno que tudo se resolve”.
Quando falo que os insetos são indicadores de problemas que estão
acontecendo no solo ou em outros extratos, me olham com olhos de espanto
e de descrédito.
Os insetos precisam ser entendidos e compreendidos como aliados e não
como inimigos, eles são responsáveis por uma infinidade de funções nos
ecossistemas. Os insetos são também um dos responsáveis pelo equilíbrio
saudável dos agroecossistemas. Nos nossos cultivos sua presença em pouca
quantidade e em grande diversidade nos é favorável, mas quando sua
quantidade aumenta descontroladamente de forma única, estes com certeza
vão causar problemas irreparáveis. Todo excesso ou escassez trás
conseqüências que muitas vezes são desagradáveis.
Os insetos exercem várias funções nos ecossistemas naturais, porém
algumas nos chamam mais atenção. Em muitos momentos os insetos podem
ser indicadores de situação. Situações estas que nos mostram como se
encontra o ambiente, quer seja do solo, da planta, do clima, entre
outros onde possa se desenvolver formas de vida relacionada a produção.
Em
muitos momentos servem como fonte de alimento para muitas espécies de
animais inclusive o homem, servindo como grande fonte de proteína
altamente digestível. Esta função aqui no Brasil é pouco explorada,
poderia ser mais utilizada pelo menos nos ecossistemas cultivados como
fonte de alimento para muitos animais domésticos, mas a cultura do povo
termina por não aproveitar tal presente da natureza.
Entender e encarar os insetos como aliados exige conhecimentos que
muitas vezes nas escolas não são ensinados, quando se fala neste assunto
é de forma muito superficial dependendo da série. Fala-se em cadeia e
teia alimentar mais não se consegue trazer exemplos do nosso dia a dia,
ficando meramente uma idéia muito distante e vaga da compreensão de
muitas pessoas. É como se aquilo só acontecesse na floresta, na mata,
mas nunca nas nossas casas, nas nossas hortas. E este comportamento
termina por passar a idéia de que os insetos são os vilões das
plantações, são os responsáveis pelos danos nas lavouras e nos
prejuízos. Não consegue entender que os insetos são uma conseqüência de
erros ou desequilíbrios causados pelos seres humanos. Eles aparecem na
tentativa de concertar estes erros, e logo pode nos servir dependendo do
conhecimento que se tenha como indicadores, são como um sinal amarelo
de um semáforo nos chamando atenção. É como se quisesse nos dizer “Psiu,
você esta cometendo erros utilizando este manejo, repense”. Saber
entender estes sinais pode ajudar, observando e não repetindo mais tal
ou tais enganos.
Este texto tem a pretensão de mostrar algumas formas de se criar
obstáculos para que estes insetos não consigam efetuar ações nefastas e
tão devastadoras, até que você entenda e descubra os erros e enganos
cometidos, amenizando-os a tempo e evitando reincidir estes mesmos erros
nos próximos plantios. Que estas propostas sejam entendidas não como
soluções, mas como meros paliativos emergenciais e nunca como soluções
repetitivas de forma permanente. Procure descobrir as causas, os
porquês, o que vem contribuindo para que este desequilíbrio esteja
acontecendo. Seja o pesquisador da sua área de intervenção.
O QUE DEVEMOS OBSERVAR PARA ENTENDER AS POSSÍVEIS CAUSAS DE ATAQUE DOS INSETOS
· Local não adequado para a planta;
· Clima não tolerável para aquela espécie;
· Solo com desequilíbrios de nutrientes, ou excesso ou escassez de algum mineral;
· Falta de umidade suficiente para a espécie;
· Muita radiação solar para a espécie;
· Solo compactado, muito duro;
· Sementes provindas de outros espaços, climas e solos diferentes;
· Falta de matéria orgânica no solo;
· Superpopulação de plantas em um pequeno espaço;
· Monocultivo facilita o ataque de insetos;
· Área anterior de monocultivo;
· Sombreamento excessivo;
· Repetição da mesma espécie no mesmo local sem fazer rotação nem de área e nem da espécie da planta;
· Área com excesso de ventos inibe ou diminuem a fotossíntese.
CRIANDO OS OBSTÁCULOS
A diversidade de alimento provoca a diversidade dos insetos – logo com
toda certeza irá surgir insetos que tem a função de controlar possíveis
descontroles de qualquer outra espécie. Um dos grandes obstáculos para o
não crescimento demasiado e ou sem controle de vários insetos é
aumentando a biodiversidade de vegetais nos cultivos.
Tudo junto e misturado – É outra forma de aumentar os obstáculos, pois
quanto mais aleatório e disperso for o plantio mais dificuldade os
insetos irão ter para encontrar outra planta da mesma espécie para se
alimentar. O plantio em linhas com plantas da mesma espécie contribui
enormemente para a disseminação dos insetos com mais facilidade.
Plantas aromáticas – Muitos aromas também criam obstáculos para alguns
insetos, afugentando e ou afastando algumas espécies dos plantios.
Pode-se utilizar esta estratégia nos plantios, fazendo bordas ou
barreiras vivas com estas plantas aromáticas. Muitas plantas de cheiros
ativos e facilmente podem ser utilizadas, como exemplo podemos citar
arruda, determinadas hortelãs, entre outras.
Plantas trampas ou atrativas – É outra estratégia bastante interessante
para criar obstáculos para os insetos, tirando a atenção da cultura
principal. Estas plantas são escolhidas e plantadas no meio dos cultivos
ou até nas bordas atraindo os insetos como fonte principal de alimento,
deixando a cultura de lado. Estas plantas podem ser encontradas com
muita facilidade quando andamos pelos plantios fazendo inspeção
observamos plantas que não são as culturas sofrendo ataques intensos de
insetos. Este pode ser um grande indicativo para a escolha desta para
ser uma planta trampa.
Lâmpadas atrativas – Muitos insetos são atraídos pela luz, logo esta é
outra estratégia que pode ser utilizada nos plantios principalmente
durante as noites, como medida de controle através deste obstáculo
atrativo com morte certa. Pois próximo desta lâmpada ou luminosidade
deverá existir um recipiente com água para o controle de parte destes
insetos que foram atraídos. Precisa-se ter cuidado com este sistema,
pois podemos colocar em risco atraindo também insetos predadores tão
necessários nos ambientes de cultivos.
Iscas atrativas – Pode-se também utilizar-se de iscas de fácil montagem
para servir de controle nos cultivos. Estas iscas podem utilizar desde
açúcares, aromas, ou até feromônio atrativos. No comércio já existem
muitos elementos comerciais com estas características.
Barreiras verdes de vegetação nativa – Ótima estratégia deixando-se
entre uma faixa de plantio uma faixa de vegetação nativa, criando
avenidas de plantios alternadas com mato nativo, como fonte de alimento
para os insetos. Porém também pode correr o risco de estas faixas
servirem de abrigos para os insetos dificultando o controle nas faixas
de plantio. Logo, é uma ótima estratégia, porém exige certos cuidados e
observação atenta.
Pulverização com cheiro de insetos mortos – O cheiro de morte da mesma
espécie afugenta os indivíduos. Coletando-se certa quantidade de
insetos que estão causando transtornos nos plantios e fazendo-se um
macerado com os mesmos pode-se ter um ótimo espanta insetos.
Embalando os frutos – É uma estratégia de obstáculos muito eficiente,
porém trabalhosa dependendo da espécie que se está cultivando. Evita o
uso de agrotóxicos e necessita de alguns conhecimentos sobre a cultura
para saber em qual é o momento ideal para se fazer o ensacamento dos
frutos e com que material. A dificuldade de ter acesso aos frutos
diminui e impede o ataque.
Rotação de área e de cultura – Esta com certeza é uma das melhores
formas de controles de insetos/pragas. Pois a troca de área e de
cultivos quebra o ciclo não só dos insetos, mas também de problemas com
determinadas enfermidades. Lembre-se de quando for utilizar a troca de
cultura não escolher plantas da mesma espécie e da mesma família, este
procedimento facilitará a ataque dos insetos, que quando da mesma
família tem mais ou menos as mesmas preferências alimentares.
Disseminando predadores naturais criados – Atualmente muitas empresas
optaram pela biotecnologia. E muitos produtos estão sendo projetados
para serem industrializados como é o caso de predadores criados de forma
comercial. Já existe no mercado várias espécies de predadores para
algumas variedades de cultivos, principalmente para as commodities.
Funcionam bem, mas continua a mesma lógica apresentada anteriormente, se
estes insetos tão causando problemas é porque algo de errado está
acontecendo, necessitando-se descobrir as causas para sanar as mesmas no
mais curto período de tempo, pois de outra forma a compra destes
produtos vão se prolongar.
Como podemos ver existem muitas estratégias para criar obstáculos para
os insetos, porém a melhor forma de controlá-los é através de um manejo
ecológico dado ao ambiente em especial ao solo. Um solo com uma boa
bioestrutura, e com um permanente retorno de matéria orgânica
diversificada, cria um equilíbrio onde os insetos são aliados no manejo
saudável dos cultivos. Crie formas de dá alimento para este solo, o
ciclo deve ser: animais inclusive o homem alimenta solo, solo alimenta
planta e planta alimenta animais.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Quando se premia aos que geram fome
Esther Vivas
Vivemos em um mundo ao contrário, no qual se premia as
multinacionais da agricultura transgênica enquanto acabam com a
agricultura e a agrodiversidade. O Prêmio Mundial da Alimentação
2013, o que alguns chamam de Nobel da Agricultura, foi concedido
este ano para os representantes da indústria transgênica: Robert
Fraley, da Monsanto e Mary-Dell Chilton, da Syngenta. O terceiro
premiado foi Marc Van Montagu, da Universidade de Gante (Bélgica).
Todos eles distinguidos por suas investigações a favor de uma
agricultura biotecnológica.
E me pergunto: Como pode ser que se conceda um prêmio que,
teoricamente, reconhece “as pessoas que têm feito avançar (…) a
qualidade, a quantidade e o acesso aos alimentos” aos que promovem
um modelo agrícola que gera fome, pobreza e desigualdade. Os mesmos
argumentos, imagino, que levam a conceder o Prêmio Nobel da Paz aos
que fomentam a guerra. Como diz o escrito Eduardo Galeano, em seu
livro “Patas arriba” (1998), “se premia ao contrário: se despreza a
honestidade, se castiga o trabalho, se recompensa a falta de
escrúpulos e se alimenta o canibalismo”.
Querem que acreditemos que as políticas que nos conduziram à
presente situação de crise alimentar serão as soluções; porém, isso
é mentira. A realidade, teimosa, nos demonstra, apesar dos discursos
oficiais, que o atual modelo de agricultura e alimentação é incapaz
de dar de comer às pessoas, cuidar de nossas terras e daqueles que
trabalham no campo. Hoje, apesar de que, segundo dados do Instituto
Grain, a produção de alimentos multiplicou-se por três desde os anos
60, enquanto que a população mundial desde então apenas duplicou,
870 milhões de pessoas no mundo passam fome. Fome, pois, em um
planeta da abundância de comida.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
(FAO) reconhece que nos últimos cem anos desapareceram 75% das
variedades agrícolas. Nossa segurança alimentar não está garantida,
se depender de um leque cada vez mais reduzido de espécies animais e
vegetais. Definitivamente, são promovidas as variedades que mais se
adequam aos padrões da agroindústria (que podem viajar milhares de
quilômetros antes de chegar ao nosso prato, que tenham um bom
aspecto nas prateleiras do supermercado etc.), deixando de lado
outros critérios como a qualidade e a diversidade do que comemos.
Nos dizem que temos que produzir mais alimentos para acabar com a
fome no mundo e, em consequência, que é necessária uma agricultura
transgênica. Porém, hoje, não falta comida; sobra! Não temos um
problema de produção, mas de acesso. E a agricultura transgênica não
democratiza o sistema alimentar; ao contrário, privatiza as
sementes, promove a dependência camponesa, contamina a agricultura
convencional e ecológica e impõe seus interesses particulares ao
princípio de precaução que deveria prevalecer.
Marie Monique Robin, autora do livro e do documentário “O mundo
segundo a Monsanto” (2008), deixa claro: essas empresas querem
“controlar a cadeia alimentar” e “os transgênicos são um meio para
conseguir esse objetivo”. Prêmios como os concedidos a Monsanto e a
Syngenta são uma farsa ante a qual somente há uma resposta possível:
a denúncia. E ressaltar que outra agricultura somente será possível
à margem dos interesses dessas multinacionais.
*Fonte: http://www.adital.com.br
Espécies exóticas ao nosso ecossistema causam sérios riscos ao equilíbrio ambiental da natureza. RS
Publicado em 23/10/2012
Espécies exóticas ao nosso
ecossistema causam sérios riscos ao equilíbrio ambiental da natureza.
Principalmente porque estabelecem concorrência às espécies nativas.
Nesta reportagem vamos conferir alguns casos de plantas exóticas e
invasoras da flora gaúcha, presentes no nosso Bioma Pampa.
Jornalista Guilherme Castelli
Cinegrafista José Cabral
Viamão - RS
Jornalista Guilherme Castelli
Cinegrafista José Cabral
Viamão - RS
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Produtos orgânicos atraem atenção do consumidor brasileiro - ovos coloridos
O consumidor brasileiro está cada vez mais interessado em alimentos orgânicos. Para alguns produtos, inclusive, a demanda é maior que a oferta. Em São Paulo, isso acontece com a produção de um tipo de ovo diferente
terça-feira, 9 de julho de 2013
Produtora rural orgânica se especializa e cria galinhas caipiras que botam ovos azuis e verdes
A produtora rural Dona Inês fez um curso voltado ao agronegócio e se profissionalizou na área. Agora ela cultiva algumas frutas e também cria galinhas caipiras diferenciadas, que botam ovos azuis e verdes. Conheça um pouco mais desta historia.
Assinar:
Postagens (Atom)
Postagem em destaque
JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?
JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO? ...
-
As pastagens são as principais fontes de alimento dos rebanhos. No entanto, por diversos fatores, como o uso de gramíneas puras e a falta d...
-
FONTE: http://estratificandoafrio.blogspot.com.br/2013/10/como-germiar-e-pantar-sementes-de-pau.html Hoje vou mostrar como fiz p...
-
fonte: appverde CAROLINA – ADENANTHERA PAVONINA Nomes populares : Carolina, Saga, Falso Pau-Brasil, Olho de Pavão Nome...
-
Fonte: site http://flores.culturamix.com/ Os morangos são aquelas frutinhas vermelhas que todo mundo gosta de comer e se deliciar. Ela t...
-
Fonte: blog Nó de Oito Lara Vascouto Mesmo nas grandes cidades é possível experimentar algumas dessas delícias. Em...
-
Fonte: Globo Rural On-line por João Mathias. Plantados há oito anos, os três pés de ameixa na casa do meu pai nunca produziram um fruto se...
-
Hoje vamos falar de outra espécie muito conhecida no Brasil, a Pereskia grandifolia , de uso semelhante à Pereskia aculeata , que é a or...
-
Extraído do blog cadico minhocas Muita gente me escreve dizendo: Socorro! Apareceram larvas/vermes no meu minhocário! Por que a...
-
Mais uma utilização do amendoim forrageiro! Certamente vou testá-la nas hortas onde executo consultorias. Quem tiver mais novidades, envi...
-
Fonte: www.agronomicabr.com.br Excelente artigo. Pelo que identifiquei vegetal es...