sexta-feira, 22 de julho de 2011

Amora-Preta: nova opção para a diversificação das propriedades frutícolas

A amora-preta tem, nos últimos anos, despertado a atenção dos produtores e do mercado consumidor mundial. Associada a tais vantagens, como alimentos funcionais, capazes de prevenir e controlar determinadas doenças, tem aumentado a procura por esse fruto.



Os alimentos funcionais com efeito antioxidante removem os radicais livres, e têm como principal função o controle e a prevenção dos processos oxidativos e degenerativos que ocorrem no organismo, encontrado em diversos alimentos, como: amora, cereja, jabuticaba, morango, uva e vinho tinto.

Extratos de amora-preta tem efeito anti-mutagênico e anticarcinogênico para as linhagens humanas de câncer de útero, câncer de cólon, câncer oral, câncer de mama, câncer de próstata e câncer de pulmão. A amora-preta contém pectina em abundância, uma fibra solúvel que ajuda a reduzir os níveis de colesterol no sangue, atuando na prevenção de enfermidades cardiovasculares e circulatórias, no diabetes e no mal de Alzheimer. É muito recomendável aos que têm o organismo saturado de ácidos, como os que sofrem de reumatismo, gota e artrite.

 
Seu alto teor de ferro, em combinação com o cobre, faz com que a amora seja especialmente indicada contra a anemia, possui também propriedades diuréticas por seu alto teor de potássio, além de ser reguladora da pressão sangüínea.
Por tanto, o consumo desta fruta é importante para prevenir e controlar diversas doenças, juntamente com uma alimentação variada e nutricionalmente equilibrada.

Assinado por: Karen Tavares e Luciana Pachec



A amora preta, assim como a framboesa, faz parte de um grande grupo de plantas do gênero Rubus. Este gênero pertence à família Rosaceae, onde existem outros gêneros de importância para a fruticultura (Malus – maçã, Prunus – pêssego e ameixa, Pyrus – pêra, Cydonia – marmelo, entre outros).

A amora-preta é uma espécie arbustiva de porte ereto ou rasteiro, que produz frutos agregados, com cerca de 4 a 7 gramas de coloração negra e sabor ácido a doce-ácido. Apresentam em suas principais variedades comerciais espinhos, que exigem do operador da colheita muito cuidado com sua integridade física e com a qualidade do fruto. São plantas que só produzem em ramos de ano, sendo após a colheita eliminados, enquanto alguns ramos estão produzindo, outras hastes emergem e crescem renovando o material para a próxima produção.

No Rio Grande do Sul, a amora-preta tem tido grande aceitação pelos produtores, devido ao seu baixo custo de produção, facilidade de manejo, rusticidade e pouca utilização de defensivos agrícolas. A produtividade pode alcançar até 10.000 kg/ha/ano sob condições adequadas. No Estado de São Paulo, a região de Campos do Jordão é a mais representativa e em Minas Gerais os primeiros plantios estão sendo realizados em Caldas, Baependi e Barbacena. Regiões de clima temperado de altitude (superiores a 1.000 metros) são as preferencialmente exploradas.

As frutas podem ser usadas para consumo ‘in natura’ ou industrializados na forma de sucos naturais e concentrados, fruta em calda, polpa para sorvetes, corantes naturais e produtos geleificados, como geléias e doces cremosos. Além dessa versatilidade, a tecnologia de industrialização é simples e acessível.



Existe um número elevado de espécies dentro do gênero, perto de 300. Sua origem não é muito definida (provavelmente da Ásia, introduzidas na Europa por volta do século XVII), possuindo características de adaptação climática muito variadas, podendo encontrar cultivaros com exigência de frio (abaixo de 7,2 C) desde 100 horas ate 1000 horas/ano para quebra de dormência.

A amora preta se desenvolve bem em diversos tipos de solos, mas bem drenados, com pH entre 5,5 a 6,5. Pode-se utilizar irrigação, desde que sem exagero. É de porte ereto ou rasteiro, podendo atingir ate 2 metros de altura. As podas são necessárias para limpeza e frutificação. A longevidade é de 15 anos.

Propagação

A propagação da amoreira-preta se faz através de estacas de raízes (CALDWELL, 1984) as quais estas, por ocasião do repouso vegetativo, são preparadas e enviveiradas em sacolas plásticas.

Podem também ser usados brotos (rebentos), originados das plantas cultivadas. O uso de estacas herbáceas é uma das alternativas viáveis (RASEIRA et al., 1984; PERUZZO et al., 1995). Além destes, a multiplicação através da cultura de tecidos já é bem conhecida.
A multiplicação através de perfilhos retirados das entrelinhas de cultivo pode ser realizada, em muitos casos não há número suficiente de mudas e estas normalmente estão com tamanhos irregulares, além do estresse que pode ser causado no sistema radicular da planta-mãe.

Quer saber mais sobre a amora preta;
 
http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=12361, às 21:59h; de 2 de fevereiro de 2008.http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/


Amora/ProducaodeMudasAmoraPreta/cap04.htm às 15:13 de 18 de março de 2008.

http://www.portaldoagronegocio.com.br/index.php?p=texto&&idT=935 às 13:45 de 16 de março de 2008.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Hortas urbanas utilizando pneus velhos

Hortas urbanas ou de telhados

por Martin Price.

É possivel fazer hortas em pequenos espaços, desde que a água (incluindo água já usada) esteja disponível. Cultive vegetais que adicionem sabor e nutrientes à dieta da família. Ervas, cebolas, tomates, pimentões e vegetais de folhas verdes escuras como espinafre são ideais.
Existem três factores principais para se fazerem hortas de telhado:



As hortas devem ser leves.

As hortas devem custar pouco ou nada.

Os métodos devem ser fiáveis – para que as pessoas desenvolvam a sua confiança no método.

De acordo com a nossa experiência, praticamente qualquer coisa pode crescer em uma sementeira rasa. A profundidade da sementeira determina com que frequência se deverá regar.

Os fertilizantes são um grande problema em áreas urbanas – é pouco provável que haja estrume disponível. Os fertilizantes inorgânicos podem ser conseguidos mais facilmente. Os adubos compostos também são mais difíceis de serem feitos em telhados devido ao cheiro, pragas de insectos e ratos.

Hortas em pneus

Hortas em pneus são fáceis de serem feitas e transportadas. Pneus velhos geralmente podem ser encontrados na maioria dos lugares. Coloque um pneu de carro deitado no chão. Corte a parte lateral superior com uma faca afiada ou um machado. Se disponível, coloque um pedaço de tela de arame na base (ignore isto se a tela não estiver disponível). Cubra com um pedaço de plástico suficientemente grande para cobrir toda a base e parte dos lados internos do pneu. A seguir vire a parte lateral superior (a qual for cortada) de cabeça para baixo. Ela se encaixará bem justa sobre a lateral inferior, mantendo o plástico firmemente no lugar.

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Feira incentiva preservação de sementes crioulas em Goiás

Pequenos agricultores de Catalão participaram de uma feira com produtores de 10 estados e até do exterior , para incentivar a preservação das sementes crioulas. Elas são nativas de uma determinada região e não sofreram melhoramento genético, nem transgenia.











“Deus dá a semente para o semeador, Também dará o pão em alimento; Para vocês multiplicará a semente,

E, ainda fará crescer o fruto da justiça que vocês têm.” ( 2Cor 9,10).

VOCE TEM SEMENTES CRIOULAS? SABE COMO PRESERVÁ-LAS?
LEIA A CARTILHA.

CARTILHA CASA DAS SEMENTES CRIOULAS
http://api.ning.com/files/OEtlLybTG9iubCJ4aCGwoO2Kwm-rKBisg0mI6t8Yv5Edo*oMlGm7I4nrBpI3Tm1cP3ByF1On8qALFVvBovURKXnv28UeLFn*/Casadesementescrioulas.pdf

terça-feira, 5 de julho de 2011

INCREMENTANDO A BIODIVERSIDADE NO AGROECOSSISTEMA

Boa tarde amigos internautas! Tenho incentivado muito, por onde ando, este aumento de biodiversidade. Seja no plantio de espécies condimentares, flores, folhagens e preservando as plantas rústicas do local. Observe na sua propriedade, no seu terreno, as plantas que possui e distribua as que estão monopolizando o local. Partilhe os seus excessos.
alexandre

A biodiversidade se refere a todas as espécies de plantas, animais e microrganismos que existem e interagem reciprocamente dentro de um ecossistema. Em todos agroecossistemas, os polinizadores, os inimigos naturais, as minhocas e os microrganismos do solo são componentes chaves da biodiversidade e têm papel importante ao mediarem processos como controle natural, reciclagem de nutrientes e decomposição.


Os monocultivos estão estabelecidos em grandes áreas e caracterizam-se pela homogeneização genética das variedades, aumento de densidade de plantas, eliminação da rotação de culturas, uso de fertilizantes, irrigação e outras modificações ambientais, como a diminuição do aporte de adubo orgânico. Todos estes fatores têm incrementado a presença de doenças e pragas.

Vários estudos têm demonstrado que o aumento da biodiversidade de agroecossistemas causa a diminuição de problemas de doenças e pragas pelo incremento da ação de predadores, parasitóides e antagonistas. Neste último caso, o controle biológico de patógenos é o fator determinante na redução das doenças.

O manejo adequado de plantas espontâneas também tem contribuído para o aumento da biodiversidade. Nem sempre uma planta espontânea é prejudicial e o manejo adequado pode levar ao maior aproveitamento da energia solar, à manutenção da cobertura do solo e de agentes de controle biológico e polinizadores, além de outras diferentes funções de importância para o equilíbrio do agroecossistema. Portanto, no manejo de plantas espontâneas há que se observar a função ecológica de cada espécie, quais são as plantas que são realmente problemáticas e quais as que não se pode conviver. De posse desta informação, se pode elaborar o manejo baseado em diferente estratégias de convivência.

O redesenho de agroecossistema para uma maior biodiversidade passa, obrigatoriamente, pela substituição paulatina de monocultivos por policultivos. Para cada caso há que se observar os aspectos inerentes à cada região. Entretanto, de um modo geral, a adoção de algumas práticas em conjunto contribuem grandemente para a melhoria da biodiversidade em diferentes situações:


• Manter as plantas espontâneas da bordadura da plantação e cinturões verdes de matas nativas;

• Utilizar adubação verde, orgânica ou compostagem para incrementar a população de microrganismos no solo;

• Manter o cultivo com cobertura verde, realizando somente a roça, quando as plantas atingiram uma altura excessiva;

• Incrementar a diversidade genética do cultivo (policultivos), realizando o plantio consorciado com outras espécies ou combinações de três ou quatro variedades de uma mesma espécie;

• Fazer rotações de culturas;

• Utilizar quebra-ventos e/ou árvores dentro do cultivo;

• Eliminar ou reduzir o uso de defensivos agrícolas.



Cristiane de Jesus Barbosa
Pesquisadora - EMBRAPA/CNPMF

quinta-feira, 30 de junho de 2011

AGRÔNOMO brasileiro é eleito novo diretor da FAO

O brasileiro José Graziano da Silva foi eleito neste domingo (26) o novo diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, da sigla em inglês). O anúncio foi feito por volta de 10h30 da manhã deste domingo.


Um brasileiro no combate à fome por afpportugues




Com o apoio de 90 países, ele ficou à frente de Miguel Ángel Moratinos, ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, na segunda e decisiva ronda do pleito.

Uma votação anterior incluindo outros quatro candidatos havia ocorrido logo antes, e Graziano já estava à frente. Eliminados os quatro candidatos com menos votos, o brasileiro conseguiu alcançar a maioria absoluta do quórum, que era equivalente a 90 votos.

Graziano, agrônomo, professor e escritor, foi ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome enquanto a pasta existiu, entre 2003 e 2004, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente. Ele coordenou o programa "Fome Zero" em seu início.

A FAO elegeu o substituto do senegalês Jacques Diouf no comando. Ele está à frente da organização internacional desde 1994, eleito a três mandatos seguidos de seis anos cada.

O futuro diretor geral terá que enfrentar um dos maiores desafios da Humanidade em sua tentativa de aumentar a produção de alimentos sem degradar o meio ambiente, com o objetivo de alimentar 9 bilhões de pessoas até 2050.

No total, seis candidatos -os outros são Franz Fischler (Áustria), Indroyono Soesilo (Indonésia), Mohammad Saeid Noori Naeini (Irã), Abdul Latif Rashid (Iraque)- apresentaram em abril, na sede central da entidade, seus programas de trabalho aos ministros e representantes dos 191 países membros.

A 37ª conferência da organização tem a participação de 179 países.

Esse é o novo diretor da FAO.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Graziano_da_Silva

quarta-feira, 29 de junho de 2011

cartilha agricultura urbana com enfoque agroecológico

Neste espaço disponibilizamos esta cartliha produzida pelo Cepagro,  de caráter informativo,  didático e de promoção das iniciativas comunitárias. Reprodução permitida, desde que citadas as fontes e creditados os autores.

fonte: http://www.cepagro.org.br/publicacoes-do-cepagro/






terça-feira, 28 de junho de 2011

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A AGRICULTURA BIODINÂMICA

O QUE É A AGRICULTURA BIODINÂMICA




Bernardo Thomas Sixel*



Rudolf Steiner (1861 – 1925), fundador da Antroposofia, colocou, durante o Congresso de Pentecostes, em 1924, a pedra fundamental do berço do Movimento Biodinâmico, em forma de um ciclo de 8 palestras para agricultores. Esse congresso teve lugar no castelo Koberwitz perto de Wroclaw/Breslau, que hoje abriga a prefeitura de Kobierzyce, Polônia.





O impulso da Agricultura Biodinâmica, sendo uno com a Antroposofia, tem como conseqüência natural à renovação do manejo agrícola, a sanação do meio ambiente e a produção de alimentos realmente condignos ao ser humano.

Esse impulso quer devolver à agricultura sua força original criadora e fomentadora cultural e social, força que ela perdeu no caminho à industrialização direcionada à monocultura e à criação em massa de animais fora do seu ambiente natural.

A Agricultura Biodinâmica quer ajudar aqueles que lidam no campo a vencer a unilateralidade materialista na concepção da natureza, para que eles possam, cada um por si mesmo, achar uma relação espiritual – ética com o solo, com as plantas e os animais e com os coirmãos humanos.

A Biodinâmica quer lembrar todos os homens que: “A Agricultura é o fundamento de toda cultura, ela tem algo haver com todos”.

O ponto central da Agricultura Biodinâmica é o Ser Humano que conclui a criação a partir de suas intenções espirituais baseadas numa verdadeira cognição da natureza.
Esse quer transformar sua fazenda ou sítio em um organismo em si concluso e maximamente diversificado; um organismo do qual a partir de si mesmo for capaz de produzir uma renovação. O sítio natural deve ser elevado a uma “espécie de individualidade agrícola”

O fundamento para tal é a integração de todos os elementos ambientais agrícolas como culturas do campo e da horta, pastos, fruticulturas e outras culturas permanentes, florestas, sebes e capões arbustivos, mananciais hídricas e várzeas etc.. Caso o organismo agrícola se ordene em volta desses elementos nasce uma fertilidade permanente e a saúde do solo, das plantas, dos animais e dos seres humanos.

 

A partida e a continuidade desse desenvolvimento ascendente da totalidade do organismo empresa é assegurado pelo manejo biodinâmico dos tratos culturais agrícolas e do uso de preparados apresentados pela primeira vez por Rudolf Steiner durante o Congresso de Pentecostes. Trata-se de preparados que incrementam e dinamizam a capacidade intrínseca da planta a ser produtora de nutrientes, seja por mobilização química, transmutação ou transubstanciação do mineral morto ou por harmonização e adequação na reciclagem das sobras da biomassa produzida. Preparados que simultaneamente apóiam a planta a ser transmissor, receptor e acumulador do intercâmbio da Terra com o Cosmo

 
Adubar na biodinâmica significa, portanto aviventar ou vivificar o solo e não fornecer nutrientes para as plantas.

A única preocupação que devemos ter é o que fazer para que isso aconteça. Nesse caso é possível abster-se de tudo que hoje em dia parece ser imprescindível. Na Agricultura Biodinâmica não se usam adubos nitrogenados minerais, pesticidas sintéticos, herbicidas e hormônios de crescimento etc. A concepção do melhoramento biodinâmico dos cultivares ou das raças esta em irrestrita oposição a tecnologia transigência. A ração para os animais é produzida no próprio sítio ou fazenda e a quantidade dos animais mantidos esta em relação com a capacidade natural da área ocupada.

O agricultor biodinâmico está empenhado a fazer somente aquilo pelo qual ele mesmo pode responsabilizar-se. a saber, o que serve ao desenvolvimento duradouro da “individualidade agrícola”. Isto inclui o cultivo e a seleção das suas próprias sementes como também a adaptação e a seleção própria de raças de animais. Além disso, significa uma orientação renovada na pesquisa, consultoria e formação profissional.

O agricultor biodinâmico aprende, dentro do processo de trabalho, ele a ser mesmo um pesquisador, aprende a participar e transmitir sua experiência a outros e formar dentro do seu estabelecimento um local de formação profissionalizante para gerações vindouras.

Uma renovação desta natureza desperta o interesse das pessoas que vivem nas cidades. Elas ligam-se com esta ou aquela fazenda ou sítio, apóiam e ajudam como podem, tornando-se fieis fregueses. Elas colaboram na formação de mercados regionais tornando-se como associados solidários mútuos. Há iniciativas novas de importância fundamental em toda parte para que a agricultura possa enfrentar com sua autonomia regional a globalização do mercado mundial. Agricultura não é somente profissão para ganhar dinheiro, mas é principalmente encargo de vida, é vocação.

Em mais de 50 países da Terra a Agricultura Biodinâmica é praticada ao serviço do cultivo do meio ambiente e alimentação saudável do ser humano. No mundo inteiro os produtos biodinâmicos são uniformemente comercializados sob a marca “DEMÉTER”. A marca DEMÉTER garante uma cultura agrícola baseada em medidas novas nos campos culturais – espirituais, políticos – legais, econômicos e ecológicos.

Para o desenvolvimento da agricultura e da cultura em geral no Brasil será de maior significação, achar personalidades suficientes que tenham a coragem e a força de iniciativa de se colocar ao serviço desta renovação da agricultura.

* Fonte: Sociedade Antroposofica Brasileira

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O agroecologista DODÔ - sitio dos herdeiros - Lami - Porto Alegre

O agricultor ecologista Salvador Rosa da Silva, o Dodô, que há 12 anos produz folhosas, frutas, ovelhas e vacas, numa área de 18 mil metros quadrados no bairro Lami. Foi entrevistado pela TVE, assista o vídeono endereço http://www.emater.tche.br/suporte/midia/video_tv_601.wvx

Ele tem, como preocupação, produzir para abastecer o mercado, “que pede alimentos mais saudáveis”, diz Dodô, que todo sábado de manhã comercializa seus produtos nas bancas 2 e 4 da Feira do Bonfim.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Visita a ECOCITRUS. Usina de Compostagem de Resíduos Agroindustriais!!!

Nesta segunda feira a turma da disciplina de produção orgânica de hortaliças, da faculdade de Agronomia da UFRGS, visitou a cooperativa Ecocitrus em Montenegro/RS. Esta usina surgiu da necessidade de suprir os agricultores com adubação orgânica nas suas produções agrícolas.

 Em 1995, para recuperar suas áreas, a cooperativa criou uma base de beneficiamento de adubos orgânicos, chamada de . Em parceria com 35 agroindústrias da região, os resíduos orgânicos destas empresas são destinados para a Usina de Compostagem da Ecocitrus, que os transforma em adubo orgânico.











Assim, os 107 associados plantam e colhem frutas sem o uso de agrotóxicos, poupando o meio ambiente da ação de venenos e produtos químicos. Ao todo, a cooperativa recicla 45 mil toneladas de resíduos industriais por ano e produz 15 mil toneladas de composto (sólido) e 15 mil toneladas de biofertilizante líquido por ano.










Em 2008, a Ecocitrus realizou um grande investimento na remodelação da estrutura da Usina de Compostagem, com a construção de novas valas e pavilhões. A usina, que ocupa 12 hectares de área útil, na localidade de Passo da Serra, no município de Montenegro, também foi modernizada, com a introdução de novas tecnologias, como a aceleração do processo de compostagem, melhorando a qualidade do adubo orgânico. Com a ampliação da estrutura, será possível triplicar a produção.

 

A usina possuía uma licença de operação para 3,4 mil metros cúbicos mensais. Na renovação desta licença, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental autorizou recentemente o processamento de 12 mil metros cúbicos mensais de resíduos Classe II (LO 3203/2009).




Para entrar em contato

Área comercial de resíduos

ademar@ecocitrus.com.br

Área técnica

adriana@ecocitrus.com.br

Área comercial de adubo

joana@ecocitrus.com.br



fonte: http://www.ecocitrus.com.br/index.htm

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Vídeo - Bases Agroecologicas para Conversão a Agricultura Orgânica

O que é a Agroecologia ?




Os defensores da Revolução Verde sustentam que os países em desenvolvimento deveriam optar por um modelo industrial baseado em variedades melhoradas e no crescente uso de fertilizantes e pesticidas a fim de proporcionar uma provisão adicional de alimentos as suas crescentes populações e economias. Mas, como analisamos anteriormente a informação disponível demonstra que a biotecnologia não reduz o uso de agroquímicos nem aumenta os rendimentos. Também não beneficia nem aos consumidores nem aos agricultores pobres. Dado este cenário, um crescente número de agricultores, ONGs e defensores da agricultura sustentável propõe que no lugar deste enfoque intensivo em capital e insumos, os países em desenvolvimento deveriam propiciar um modelo agroecológico que coloque ênfase na biodiversidade, na reciclagem de nutrientes, na sinergia entre cultivos, animais, solos e outros componentes biológicos, assim como na regeneração e conservação dos recursos naturais (Altieri, 1996).

Uma estratégia de desenvolvimento agrícola sustentável que melhore o meio ambiente deve ter por base princípios agroecológicos e numa metodologia de maior participação para o desenvolvimento e difusão de tecnologia. A Agroecologia é a ciência que tem por base os princípios ecológicos para o desenho e manejo dos sistemas agrícolas sustentáveis e de conservação de recursos naturais, e que oferece muitas vantagens para o desenvolvimento de tecnologias mais favoráveis ao agricultor. A Agroecologia se baseia no conhecimento indígena e em seletas tecnologias modernas de baixos insumos capazes de ajudar a diversificar a produção. O sistema incorpora princípios biológicos e os recursos locais para o manejo dos sistemas agrícolas, proporcionando aos pequenos agricultores uma forma ambientalmente sólida e rentável de intensificar a produção em áreas marginais (Altieri et al, 1998).

Estima-se que aproximadamente 1,9 a 2,2 milhões de pessoas ainda não foram atingidas direta ou indiretamente pela tecnologia agrícola moderna. Na América Latina a projeção era de que a população rural permaneceria estável em 125 milhões até o ano 2000, mas, 61 por cento desta população é pobre e a expectativa é de que aumente. As projeções para a África são ainda mais dramáticas. A maior parte da pobreza rural (cerca de 370 milhões de pessoas) vive em zonas de escassos recursos, muito heterogêneas e sujeitas a riscos. Seus sistemas agrícolas são de pequena escala, complexos e diversificados. A maior pobreza se encontra com mais freqüência em zonas áridas o semiáridas e nas montanhas e ladeiras, que são vulneráveis desde o ponto de vista ecológico. Estas propriedades e seus complexos sistemas agrícolas se constituem em grandes desafios para os pesquisadores.

fonte: http://cabiouel.files.wordpress.com/2010/04/altieri-biotecnologia-mitos-e-riscos-ambientais.pdf

terça-feira, 7 de junho de 2011

Entrevista/José Lutzenberger

"A natureza é algo divino, e nós humanos somos apenas parte dela."



José Lutzemberger.


Pioneiro do movimento ecológico do Rio Grande do Sul, José Lutzenberger é símbolo de contestação. Das lutas contra os agrotóxicos, nos anos 70, ao combate aos transgênicos e à globalização, nesse início de século, é reconhecidamente um dos nomes mais importantes no país no trabalho de preservação do planeta e dos que vivem nele.

Às vésperas de completar 75 anos, Lutzenberger continua combativo, voltado para promoção do desenvolvimento rural sustentável, difusão da agricultura regenerativa e educação ambiental, dando assessoramento através da Fundação Gaia, que fundou em 1987 e preside. O ecologista e agrônomo com mais de 40 prêmios no currículo, tem sua marca na criação da lei de Agrotóxicos do Rio Grande do Sul, primeira do país, na criação da AGAPAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural - e em projetos contra o desmatamento, extinção da fauna e poluição ambiental. Foi Secretário Especial de Meio Ambiente entre 1990 e 1992, durante o governo Collor, contribuindo para a demarcação dos territórios indígenas, entre outros projetos.

Nessa entrevista, Lutzenberger fala sobre as perspectivas da agricultura sustentável, dos agricultores familiares e dos transgênicos e a perda da autonomia do agricultor.
 
 
E a questão dos transgênicos, então?

Lutzenberger - O transgênico é mais uma manobra para tirar uma das últimas coisas que o agricultor ainda tem domínio próprio,que é a semente. Na Alemanha, hoje, se um agricultor trocar a semente com seu vizinho já é punido. Se nós deixarmos entrar os transgênicos, não demora, vamos poder plantar somente as sementes registradas. Hoje, já não se consegue crédito para milho que não seja híbrido.

Revista - O governo do Rio Grande do Sul quer que o Estado seja livre de transgênicos.

O senhor acha que é possível?

Lutzenberger - Claro que é possível. Temos como fazer isso. Não precisamos nem proibir os transgênicos. É só não aceitar as patentes e pronto. Aí eles não oferecem mais essa semente. Baseada nas patentes, a Monsanto já processou mais de quatro mil agricultores nos Estados Unidos. Isso significa que a lavoura deles é destruída, eles são obrigados a pagar multas de dezenas de milhares de dólares e acabam entregando a propriedade ao banco.

Essas grandes empresas querem o controle total dos insumos. Agricultura moderna é isso. E nem o agricultor, nem o consumidor têm como se defender. Temos que olhar o panorama completo, em vez de simplesmente bater palmas para a globalização, achar que isso é bom.

O agricultor e o consumidor não têm mais escolha. Esta se estruturando um governo mundial tecnoditatorial, que não precisa fazer repressão. Não precisa soldados. Não precisa proibir. Através de infra-estrutura tecnoburocrática legalizada, cada vez mais abrangente, criam-se contingências tecnológica inescapáveis.

Revista - Como está a formação dos profissionais das ciências agrárias?

Lutzenberger - Eles aprendem pacotes tecnológicos prontos. Em geral, eles não aprendem a pensar e não têm horizonte científico amplo. Aqui vai meu apelo aos jovens profissionais: ampliem seu horizonte intelectual em ciências naturais, tecnologia e filosofia.

Isso não significa trabalho árduo, ao contrário, as ciências naturais são a maior aventura do espírito humano. Não tem prazer maior que o prazer de desvendar os mistérios da natureza. A verdadeira revolução, a verdadeira contestação é ampliar o horizonte científico, técnico e filosófico. Só quem tem esse horizonte tem condições de se dar conta do que está acontecendo.

"O que realmente houve na agricultura dita moderna foi uma desapropriação do camponês. (...) Agora, o agricultor moderno é um tratorista, nada mais, um espalhador de veneno."

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...