sexta-feira, 25 de março de 2011

Horta Caseira incentivada na Pastoral da Criança

Ações Básicas

Nos últimos anos, o aumento da população mundial fez com que a produção agrícola crescesse num ritmo acelerado. Para tanto, os produtores rurais, em sua maioria, lançaram mão de grande quantidade de agrotóxicos, adubos e fertilizantes químicos e máquinas.

Os resultados foram muito ruins: contaminação da água dos rios, contaminação do solo e também dos alimentos, por causa dos venenos usados nas lavouras. Isso sem falar da contaminação das pessoas que mexem com esses agrotóxicos. Muita gente perdeu a saúde por causa disso.

Para incentivar a alimentação saudável entre as famílias acompanhadas, a Pastoral da Criança está orientando as famílias para que façam uma horta caseira. Alimentos mais saudáveis, sem agrotóxicos e sem custos.
Confira as dicas abaixo:

É necessário ter espaço ou quintal para ter uma horta em casa?
Não. Somente é necessário usar a criatividade para aproveitar recipientes como latas de óleo de cozinha, garrafas pet, vasinhos, bacias e outros vasilhames que estejam sem uso em casa que podem ser aproveitados para o cultivo de algum tempero, alimento ou erva medicinal.

Qual a importância das Hortas Caseiras?
A horta caseira é importante, porque tem muitas vantagens, como:

1) melhora a alimentação da família - um tempero verde como salsa, cebolinha ou coentro tirado da horta e acrescentado na comida, significa que esta comida tem mais vitaminas, está enriquecida nutricionalmente;

2) a família tem acesso a alimentos de qualidade, ela sabe o que ela come, ela cuidou daquele alimento;
3) diminui o acúmulo do lixo, pois restos de alimentos crus não aproveitados na alimentação, como algumas cascas de frutas e verduras, além das folhas secas servem de adubo;

4) resgata conhecimentos populares de cultivo e uso das plantas, legumes e verduras;

5) a horta ainda tem a vantagem de embelezar a casa e a comunidade e estimula o convívio entre os vizinhos através das trocas de mudas e sementes.

Como é uma horta saudável?
É aquela que é cuidada com carinho, adaptada à região e ao clima, que aproveita o adubo natural, como restos de alimentos crus, esterco e não utiliza produtos químicos. É preciso também que ela esteja protegida de cachorros, gatos e outros animais que possam prejudicar a horta.

Como o líder da Pastoral da Criança pode incentivar ou pode começar este trabalho na comunidade, com as famílias, para o cultivo de uma horta caseira?

O líder da Pastoral da Criança pode começar pela identificação de pessoas na comunidade que já cultivam pequenas hortas, pois isto é fundamental para animar e incentivar outras famílias acompanhadas e também pode começar uma em casa.

Conversar com as famílias na visita para aproveitar os espaços e valorizar aquelas que já têm uma pequena horta. 
 
fonte: http://pastoraldacrianca.org.br/images/stories/pdf/ok%20jornal%20172_maro_web.pdf
http://pastoraldacrianca.org.br/images/stories/pdf/alimentacaoehortas.pdf

quarta-feira, 23 de março de 2011

Estudo aponta agrotóxico em leite materno

23/03/2011 - 05h30



O leite materno de mulheres de Lucas do Rio Verde, cidade de 45 mil habitantes na região central de Mato Grosso, está contaminado por agrotóxicos, segundo uma pesquisa da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), informa a reportagem de Natália Cancian e Marília Rocha publicada na Folha desta quarta-feira (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL). Foram coletadas amostras de leite de 62 mulheres, 3 delas da zona rural, entre fevereiro e junho de 2010. O município é um dos principais produtores de grãos do MT.


A presença de agrotóxicos foi detectada em todas. Em algumas delas havia até seis tipos diferentes do produto.


Essas substâncias podem pôr em risco a saúde das crianças, diz o toxicologista Félix Reyes, da Unicamp. "Bebês em período de lactação são mais suscetíveis, pois sua defesa não está completamente desenvolvida."

Ele ressalta, porém, que os efeitos dependem dos níveis ingeridos. A ingestão diária de leite não foi avaliada, então não é possível saber se a quantidade encontrada está acima do permitido por lei.


OUTRO LADO

A Associação Nacional de Defesa Vegetal, representante dos produtores de agrotóxicos, diz desconhecer detalhes da pesquisa, mas ressalta que a avaliação de estudos toxicológicos é complexa.

Leia a reportagem completa na Folha desta quarta-feira, que já está nas bancas.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/892662-estudo-aponta-agrotoxico-em-leite-materno.shtml

quinta-feira, 17 de março de 2011

ON« Un autre pain de qualité est possible »… "Outro pão de qualidade é possível" ... temos experimentado em Dakar! G SOLIDARITE

Para pensar


"O direito à alimentação não é permitido para ser alimentado, é o direito de acesso aos meios para produzir alimentos ou gerar renda para comprar comida suficiente ... A As políticas públicas devem ajudar a construir a resistência dos grupos mais vulneráveis ​​a todas as formas de alterações de risco e política. Isso é bem diferente e mais eficiente do que a ênfase ultrapassada e equivocada no sentido de aumentar a produção de alimentos ".

Olivier de Schutter, relator da ONU para o Direito à Alimentação

Veja mais sobre o trabalho da Solidarité no Senegal no site abcBurkina, do Padre Maurice Oudet (que aparece nas fotos). Ou no blog da Solidarité.


Produzir e comer pão feito de grãos local!


« Un autre pain de qualité est possible »… nous l'avons goûté à Dakar ! "Outro pão de qualidade é possível" ... temos experimentado em Dakar!

Em Dacar, à margem do Fórum Social Mundial e em conjunto com a Feira Internacional de Agricultura e Recursos Animais (FIARA), alimentos muito interessantes inovações foram testadas com sucesso.  Até agora, era comumente aceito que não foi possível incorporar mais de 15% de farinha de cereais locais a farinha de trigo na panificação.

Mas desta vez, no âmbito da associação " Solidariedade "dois padeiros, Michael e James, têm mostrado que é possível incorporar local mais cereais. - Eles fizeram isso com a técnica de outra padaria base sobre o fermento, melhoradores sem e com uma proporção muito pequena de levedura, também baseado em um processo lento de amassar e descansar o tempo (incluindo o 'score') muito tempo, e cozinhar calor para baixo - para produzir pães de retenção uma boa estrutura (aeração do miolo), tendo um valor nutricional ea vida útil significativamente superiores aos da vara de trigo 100%.

 Eles primeiro produzido pães de 30% (de milho painço, ou mandioca) e 40% (de milho ou milho) e 30% de milho e 10% de amendoim e outros, 50 % de milheto ou milho e milheto, com 25% e 25% da mandioca. Tous ces pains ont été très appréciés. Todos estes pães eram muito populares. Personnellement, j'ai goûté un pain fabriqué à partir de 50% de farine de blé, et 50% de farine de maïs. Pessoalmente, eu provei pão feito de farinha de trigo 50% ea farinha de milho, 50%. Il était excellent ! Foi excelente!

 Estes produtos têm gerou um entusiasmo como o seis padeiros que são treinados em novas técnicas (três mulheres e três padeiros profissionais iniciantes) e os consumidores, funcionários agrícolas, e até mesmo os pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Alimentos, Dakar ( ). ITA preço, 150 francos para um pão de 220 ​​gramas, foi apreciada: a venda de pão não poderia atender a demanda, e ninguém reclama do preço. Ce dernier est à comparer au 175 F d'une baguette de 210 g à 100% de blé. Isso se compara a 175 F com uma vara de 210 g para 100% do trigo.

Les deux boulangers ont également produits des biscuits à 100% de mil ou 100% de maïs. D'autres étaient composés de 40% d'arachide (ce qui leur donnait un goût agréable), plus 20% de blé et enfin, 40% soit de mil, soit de manioc, soit de maïs. Ambos os padeiros também produziram biscoitos a 100% ou 100% do milho painço. Outros foram compostas de 40% de amendoim (que lhes dava um sabor agradável), mais 20% de trigo e, finalmente, 40% ou milho, ou mandioca ou de milho.
Elle a aussi produit des tortillas de maïs, de petit mil et de manioc. Ele também produz milho tortilhas, milho e mandioca.

Durante as horas de produção para FIARA, dezenas de pessoas - principalmente mulheres - veio um olhar mais atento sobre a produção, e estavam particularmente interessados ​​em tortilhas de milho e mandioca e pediu para ser treinado para fazer tudo. tortillas de milho e de mandioca foram imediatamente consumido e apreciado pelos visitantes.

Tous ceux qui s'intéressent à la « justice alimentaire » devrait manifester concrètement leur intérêt pour une telle expérience. Todos os interessados ​​na "justiça dos alimentos" deve demonstrar concretamente seu interesse nesse tipo de experiência.

Ouagadougou, le 26 février 2011 Ouagadougou, 26 de fevereiro de 2011

Maurice Oudet Maurice Oudet

Président du SEDELAN Presidente da SEDELAN


Pour plus d'informations, vous êtes invités à visiter le blog de Solidarité consacré à cette action. Para obter mais informações, você está convidado a visitar o blog da Solidariedade consagrado a esta acção.
https://picasaweb.google.com/neide.rigo/SenegalAlternativasAoTrigo?feat=flashalbum#

Mais fotos do Senegal http://come-se.blogspot.com/2011/03/mais-fotos-do-senegal.html


A méditer


"Le droit à l'alimentation n'est pas le droit d'être nourri, c'est le droit d'accéder aux moyens de produire de la nourriture ou d'avoir des revenus permettant d'acheter une nourriture adéquate... Les politiques publiques doivent permettre de construire la résilience des groupes les plus vulnérables face à toutes formes de risques et aux changements de politiques. C'est bien différent et plus efficace que cette insistance dépassée et mal placée en faveur de l'augmentation de la production alimentaire."

Olivier de Schutter, rapporteur de l'ONU pour le droit à l'alimentation

terça-feira, 15 de março de 2011

PRÁTICAS PARA QUALIDADE DOS FRUTOS citros


Eng. Agr. Paulo Lipp João

PODA DE FRUTIFICAÇÃO

Na citricultura fatores como coloração, tamanho e sanidade dos frutos, entre outros, são fundamentais e devem ser trabalhados de forma a atender o desejo dos consumidores. Neste sentido, a poda visando equilibrar a frutificação com o crescimento vegetativo em plantas cítricas vem sendo utilizada há várias décadas em países como Itália, Espanha, EUA, e outros e, mais recentemente no Uruguai, onde também já é prática rotineira.

A produção de frutas por árvore depende de uma relação adequada entre seiva bruta e seiva elaborada, o que sugere manter uma proporção favorável entre a absorção de nutrientes pelas raízes e fotossíntese realizada pelas folhas.Com a poda buscamos ter na planta uma relação ideal de folhas/madeira/frutos, pelo princípio básico de um melhor aproveitamento da luz e de estímulos ao crescimento de novos ramos.

Uma luminosidade adequada no interior da copa permite um maior número de brotações, com, conseqüentemente, maior número de frutos nesta área. É comum verificar que, em laranjeiras e bergamoteiras, copas muito sombreadas deixam de produzir no seu interior, ficando a área produtiva restrita a camada superficial da planta. Além disto, a poda de produção efetuada logo após a caída natural dos frutos terá o efeito raleador de frutos, diminuindo ou tornando desnecessária esta prática.

Ao mesmo tempo que este raleio de ramos permite corrigir ramos mal situados, a maior quantidade de luz evitará doenças como rubelose (Corticium salmonicolor) e camurça (Septobasidium pseudopedicellatum) que causam o secamento de galhos. Para o planejamento e realização da poda dos citros, no que tange a época e intensidade, é importante levar em conta fatores como variedade copa e porta-enxerto, idade das plantas, clima, época de brotações, solo, carga de frutos e tamanho final dos frutos a ser buscado.

A poda deve começar pelos ramos secos, doentes, velhos e mal localizados. Deve-se evitar cortes que venham a deixar um “vazio” na planta, cortes na área superficial que só irão gerar brotações onde já há muita vegetação, sombreando ainda mais o interior da copa e também a própria descontinuidade anual desta prática. A poda de produção é, portanto, uma prática de grande auxílio ao citricultor, equilibrando o crescimento vegetativo com a frutificação, evitando alternâncias de produção e melhorando não só a qualidade, como a produtividade dos pomares.



RALEIO DE FRUTOS

O raleio de frutos é uma prática fundamental, especialmente em bergamotas, com resultados altamente positivos como se descreve a seguir:

- Evitar a alternância de produção de um ano para outro.

- Aumentar o tamanho dos frutos colhidos.

- Evitar quebra de galhos com muita carga.

- Favorecer o crescimento adequado de plantas novas.

- Aumentar a rentabilidade do citricultor.

As variedades mais sujeitas a alternância de produção e que mais necessitam de raleio são: Bergamotas Comum/Caí, Montenegrina, Parecí, Murcott, Ponkan, Satsuma, Clemenules, Marisol, Dancy, entre outras.

Em laranjas, embora esta prática seja menos necessária, em anos em que há excesso de carga o raleio pode ser vantajoso. A época de fazer o raleio é que vai determinar o maior ou menor resultado desta prática.
A maneira geral quanto antes, ou seja logo após a caída natural de frutinhos que ocorre, em nossas condições, em novembro/dezembro, o citricultor fizer a retirada dos frutos em excesso, melhor será o resultado obtido. Muitos citricultores esperam para ralear os frutos entre fevereiro e abril a fim de venderem os frutinhos às indústrias de óleo essencial. Este atraso retira a maior parte dos benefícios do raleio especialmente quanto ao tamanho dos frutos e principalmente em evitar a alternância de produção.

Esta operação, normalmente, em nossas condições, é feita manualmente embora também exista a possibilidade de raleio químico com produtos à base de etileno. Na execução do raleio, o ideal é o produtor deixar cerca de 15 cm entre frutos, deixando em média dois frutos por ramo de ano ao mesmo tempo que aproveita para fazer uma seleção, retirando primeiro os frutinhos manchados e os menores.

A intensidade do raleio vai depender da carga que a árvore apresenta. Em anos de alta produção o raleio pode chegar até 80 % do total de frutinhos e em anos de baixa produção pode até ser dispensado. Finalmente pode-se afirmar que para as variedades de bergamotas citadas o raleio é prática obrigatória para a comercialização de frutos no mercado de mesa, cada vez mais exigente em qualidade.

sexta-feira, 11 de março de 2011

CARAVANA COPA ORGÂNICA

Projeto mira Copa de 2014


“Caravana Copa Orgânica” promoverá difusão de conhecimento sobre a produção e o desenvolvimento do mercado de alimentos orgânicos, percorrendo os 12 estados do país onde ficam as cidades-sedes, passando por 44 cidades e com programação para produtores, empresários e consumidores.


Cursos e Palestras

A Caravana Copa Orgânica realizará Cursos e Palestras sobre Produtos Orgânicos para todos os públicos (produtores, empresários e consumidores). Confira a programação da sua cidade e participe!





"A CARAVANA COPA ORGÂNICA tem como objetivo desenvolver ações mobilizadoras no contexto da Copa, visando contribuir para a geração de serviços sustentáveis e de qualidade através dos produtos orgânicos, para a sociedade brasileira e turistas. O projeto estará a campo em Caravana com veículos personalizados a partir de Fevereiro, percorrendo as 12 sedes da Copa e alguns municípios ao redor promovendo 60 eventos totalmente gratuitos para empresários, consumidores e produtores rurais. Um conteúdo mais detalhado do projeto, com atualizações semanais, podem ser obtido pelo: http://www.caracavanacopaorganica.com.br/"



Para Porto Alegre estão programadas duas palestras gratuitas e abertas ao público que serão realizadas no auditório da FEPAGRO, Rua Gonçalves Dias, 570, Bairro Menino Deus das 10-12h



16/03 10-12h (4ªf): palestra para empresários, produtores rurais



19/03 10-12h (sáb): palestra para consumidores para levar informações sobre o produto orgânico e seus benefícios.



Cursos de Noções Básicas de Agricultura Orgânica:

16/03 13h Centro de Eventos Qorpo Santo Av. Bolívia, s/nº Pitangueiras, Santo Antônio da Patrulha-RS

17/03 13h Plenário da Câmara de Vereadores, Av. Jorge Dariva, 1211, Centro, Osório-RS

18/03 13h Sindicato Rural de Viamão, Rua Luiz Rossetti, 331, Centro, Viamão-RS



Minicurriculo dos palestrantes e integrantes do Instituto BioSistêmico: http://www.caravanacopaorganica.com.br/equipe/

MILHO transgênico na ração para cães

Em Porto Alegre, muitos fabricantes de rações para cães, já estão usando milho geneticamente modificado como matéria prima. Percebi isso vendo o simbolo T nas embalagens, aliás olhando rapidamente o rótulo, até pensei que não tinha transgênicos, pois em baixo do T amarelo, estava escrito "não contem soja", engraçado....
Por enquanto consegui um fabricante que não consta na embalagem, vou tentar descobrir se utiliza ou não, pois isso pode ser usado como propaganda positiva, caso ele use milho não modificado.
bom final de semana!
alexandre

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sementes Livres em Portugal

Bom dia! Um movimento de resgate de sementes, está surgindo em Portugal. Bela iniciativa!
alexandre

Portugal já perdeu dezenas de variedades de cereais, frutos e legumes, devido à globalização de sementes híbridas, transgénicas e às monoculturas.

Apesar do abandono agrícola e da cupidez de grandes multinacionais, que estão decididas a alcançar o controlo mundial da produção e comércio de sementes, algumas associações e estudiosos têm-se dedicado a ressuscitar e a proteger variedades tradicionais.
Em 2011 a Comissão Europeia vai propôr uma nova regulamentação relativa à reprodução e comercialização de sementes, a chamada “Lei das Sementes”. As novas regras, que terão força de lei e sobrepor-se-ão às leis nacionais de cada estado-membro, vão limitar drasticamente a livre circulação de sementes, impedir os agricultores de guardar sementes e ilegalizar todas as variedades de plantas não homologadas.

O que podemos fazer para que isto não aconteça?
Uma das soluções é participar nas jornadas internacionais de acção pelo primado das sementes em Bruxelas dias 17 e 18 de Abril de 2011. Mais informaçes neste site: Sementes Livres.


Outra solução é promover e associar-se a uma das associações que mais tem feito pela protecção da biodiversidade em Portugal, a Colher para Semear.

Conheça a agrobiodiversidade em Portugal neste Biosfera.


sexta-feira, 4 de março de 2011

Biofertilizantes - Huertas Familiares - video da faculdade de Agronomia do Uruguai


Biofertilizantes from Huertas familiares on Vimeo.


Biofertilizantes Por Fernando Rebouças


A biodigestão gera um subproduto referido como “biofertilizante”. O biofertilizante é considerado um produto final de toda reação, e não somente um subproduto de grande importância para a agricultura.



Em geral possui alta concentração de nitrogênio e baixa concentração de carbono, fatores provenientes da biodigestão ocorrida dentro do biodigestor. O biodigestor libera carbono nos elementos de CO2 e CH4, propiciando a geração de um biofertilizante rico em nutrientes.



Uma das principais vantagens do uso de biofertilizantes na agricultura é o baixo custo. Os biofertilizantes não geram problemas referentes à salinização do solo e muito menos níveis de desestruturação como ocorre com o uso de fertilizantes químicos.







FOTO: BIOJUCA http://tiojuca.wordpress.com/2009/09/02/biofertilizante/




Auxiliam na autossuficiência da propriedade rural gerando uma produção mais saudável e propicia ao manejo agroecológico da área produtiva. Os biofertilizantes (também referidos como fertilizantes orgânicos) auxiliam na manutenção do equilibrio nutricional das plantas, maior defesa nelas perante às pragas, pois o biofertilizante propicia uma maior formação de proteínas e menos aminoácidos solúveis.



Outra positiva consequência em seu uso está na produtividade das culturas que, conjuntamente, oferece alimentos mais saudáveis com menor nível de aditivo químico e respeito ao meio ambiente.



Em geral, os biofertilizantes são compostos bioativos, formados a partir de resíduos finais de fermentação de compostos orgânicos com célular vivas, bactérias, leveduras, algas e fungos filamentosos. Também apresenta metabólitos e quelatos organo-minerais.



A produção de biofertilizantes nos biodigestores envolve a fermentação aeróbica e anaeróbica da matéria orgânica. Os compostos são ricos em enzimas, antibióticos, vitaminas, toxinas, fenóis, ésteres e ácidos.



Não há uma única fórmula padrão para a produção de biofertilizantes, há vários níveis de pesquisas e compostos sendo utilizados para fins específicos. No mundo, a China e a Índia são os maiores produtores de biofertilizantes e biogás (gás metano CH4).



No Brasil, o Centro de Agricultura Ecológica Ipê, situado no Rio Grande do Sul, patenteou um biofertilizante foliar rico em micronutrientes utilizado em plantações de maçã, pêssego, uva, tomate e hortaliças.



Na produção de biofertilizantes, a fermentação pode ocorrer em 30 dias no verão e 45 dias no inverno, pois a temperatura é um dos princiáis fatores. O biofertilizante de esterco, por exemplo, alcança a fermentação numa temperatura de 38°C.



Nesse processo, a decomposição bacteriana de uma matéria orgânica em condições anaeróbicas ocorre em três etapas:



1.Fase de hidrólise – Nessa fase as bactérias liberam enzimas extracelulares que transformarão as moléculas maiores em moléculas menores e solúveis ao meio ambiente;

2.Fase ácida – As bactérias produtoras de ácidos transformam moléculas de proteínas gordurosas e carboidratos em ácidos orgânicos como o ácido láctico e o ácido butílico;

3.Fase metanogênica – As bactérias metanogênias atuam sobre o hidrogênio e o dióxido de carbono, ambos os elementos químicos transformam-se em gás metano.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biofertilizante

http://www.unemat.br/proec/compostagem

http://www.prac.ufpb.br/anais/meae/Anais_II

quinta-feira, 3 de março de 2011

Colhendo os frutos!

Ontem fiz uma visita técnica no sítio Pasargada, onde graças a indicação de um amigo, dou consultoria na área agronômica há 5 anos. O local é ingrime, localizado na face sul de um morro, o que ocasiona baixa insolação no inverno. O solo é muito pedregoso e com acidez. Corrigimos o solo com calcareo e todos os anos aplicamos adubo orgânico e adubação verde principalmente com o amendoin forrageiro.
O pomar tem pereiras de mais de 30 anos, bergamoteiras com 5 anos, caquizeiros com 20 anos, jabuticabeiras, pessegueiros, amexeiras, araucária, mangueiras, araçazeiros, limoeiros e mais recentemente bananeiras. Aliás segundo as estimativas do caseiro, temos mais de 11 cachos de banana para colher nos próximos dois meses.A sombra no local é abundante, por isso temos que periodicamente podarmos alguns galhos para privilegiar as fruteiras com sol.
É gratificante percebermos a evolução de nossos trabalhos e orientações. O sítio é de lazer, mas o proprietário quer frutas, pois sabe o valor de um fruto colhido e apreciado na hora.
abraço
alexandre



eng. Agrônomo

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cultivos transgênicos agonizam na Europa



No mesmo dia do lançamento de uma nova pesquisa sobre a comercialização de transgênicos em escala mundial patrocinado pela indústria, um novo relatório da Amigos da Terra Internacional revela que os cultivos transgênicos continuam em queda livre, ao mesmo tempo em que aumenta o número de países que os proíbem(1).



O relatório “Quem se beneficia com os cultivos transgênicos” demonstra que em apenas 0,06% dos campos europeus são cultivados transgênicos, uma diminuição de 23% de 2008 para cá. Sete Estados-membros da União Européia proíbem o cultivo de milho transgênico da Monsanto pelas evidências cada vez maiores de seus impactos ambientais e sócio-econômicos, assim como pela incerteza de seus efeitos sobre a saúde. Três países proibiram o cultivo da batata transgênica da BASF por precauções sanitárias logo depois que seu plantio foi aprovado na primavera de 2010, e cinco Estados-membros levaram a Comissão Européia aos tribunais pela sua autorização(2). A oposição pública aos alimentos e cultivos transgênicos cresceu até chegar a 61% da população(3).



David Sánchez, responsável pela área de agricultura e alimentação dos Amigos da Terra-Espanha afirmou: “Os cultivos transgênicos não tem nenhum futuro na Europa por causa forte oposição social, seus demonstrados impactos ambientais, sociais e econômicos e pelos riscos que apresentam à saúde. É lamentável que o governo espanhol continue sem se dar conta e brinque com nosso meio-ambiente, nossa alimentação e com o futuro de nossa agricultura”.



Em escala global, o novo relatório mostra que inclusive os países que mais tem apostado nos cultivos transgênicos na América Latina foram forçados a tomar medidas para mitigar os impactos negativos sobre a agricultura, a cidadania e o meio-ambiente. Nesse sentido, o governo brasileiro lançou um programa de soja livre de transgênicos para facilitar aos agricultores o acesso a sementes de soja não modificadas geneticamente; na Argentina, novas evidências científicas mostram os graves impactos sobre a saúde do herbicida Glifosato (4), utilizado na imensa maioria das plantações de transgênicos a nível mundial, o que levou à proibição da fumigação próxima aos núcleos de população, e no Uruguai são cada vez mais as administrações locais que se declaram áreas livres de transgênicos.



A coordenadora de soberania alimentar dos Amigos da Terra Internacional, Kirtana Chandrasekaran acrescentou: “Os agricultores e a sociedade latino-americana sofrem as conseqüências de dez anos de cultivos transgênicos, com graves efeitos sobre a saúde e custos crescentes. Os mitos sobre os quais se baseiam toda a indústria dos transgênicos estão sendo derrubados, e os estragos causados em toda a América do Sul mostram claramente que essa tecnologia não serve. Trata-se de chamar a atenção a nível mundial para avançar em direção a uma agricultura mais responsável social e ambientalmente”.



O relatório “Quem se beneficia com os cultivos transgênicos? Uma industria baseada em mitos” demonstra, por sua vez, que:



· Uma nova geração de cultivos transgênicos desenvolvidos para promover o uso de perigosos pesticidas, como Dicamba e 2-4 D está pronta para liberação nos EUA. As multinacionais biotecnológicas a está promovendo como solução para o fracasso dos transgênicos atuais no controle das ervas daninhas e na redução do uso de agrotóxicos.



· A indústria dos transgênicos, com o apoio do governo dos EUA, procura novos mercados na África com a intenção de melhorar seus negócios. A Fundação Gates, que investe bilhões de dólares em projetos agrícolas naquele continente, tem comprado ações da Monsanto, manifestando seu interesse direto em maximizar os lucros da indústria dos transgênicos e não em proteger os interesses dos pequenos agricultores africanos.





(1) Novo relatório: “Quem se beneficia com os cultivos transgênicos? Uma indústria baseada em mitos” http://www.foei.org/en/who-benefits-from-gm-crops-2011/view



(2) Ficha de informações da Amigos da Terra-Espanha

http://www.foeeurope.org/GMOs/download/FoEE_Who_benefits_fact_sheet.pdf



(3) Comissão Européia (20l0), Eurobarômetro: Relatório sobre Biotecnologia, Outubro de 2010. http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_341_en.pdf



(4) Paganelli, A et al. Glyphosate-Based Herbicides Produce Teratogenic Effects on Vertebrates by Impairing Retinoic Acid Signaling, Chem.Rex Toxicol.., 2010, 23 (10), pp 1586-1595,

http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/tx1001749

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Pesticidas exterminam as abelhas

Jaqueline Falcão, O Globo, 21/012011.





Desaparecimento desses insetos ameaça a produção agrícola do planeta.



O misterioso desaparecimento de abelhas observado em vários países, inclusive no Brasil, pode estar associado ao uso de novos pesticidas. Os venenos matam esses insetos, segundo estudo do Laboratório de Pesquisa sobre Abelhas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgado no jornal britânico “Independent“.



A extinção das abelhas traz grande prejuízo à apicultura e contribui para a fome no planeta, pois 80% da produção de alimentos depende da polinização por abelhas e outros insetos.



Mesmo em dose muito baixa, os inseticidas, especialmente os neonicotinoides (como o imidacloprida) que imitam as propriedades da nicotina, matam as abelhas. Porém o laboratório Bayer, principal fabricante, insiste que eles são seguros para as abelhas, se aplicados corretamente.



O que se tem certeza é que os neocotinoides contaminam completamente as plantas, incluindo o néctar e o pólen, usados pelos insetos polinizadores. Assim o veneno acaba atacando o sistema nervoso dos insetos e as colméias entram em colapso.



Osmar Malaspina, professor do Centro de Estudos de Insetos Sociais da Unesp, alerta que a pulverização aérea – principalmente em plantações de laranja – é uma ameaça às abelhas.



Criador de um projeto de proteção aos polinizadores e autor de três livros sobre o tema, ele diz que a prática espalha inseticidas numa área muito grande, atingindo abelhas de apiário e as 1.500 espécies da natureza. Malaspina pesquisou de 2008 a 2010 a perda de 10 mil colmeias de abelhas africanizadas, mortas por inseticidas na região de Rio Claro, em São Paulo, num raio de 200 quilômetros. Em 800 a mil colmeias havia sinais de neonicotinoides.



Média anual de mortes nas colmeias atinge 30% Ele quer formar um grupo com representantes dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, do Ibama e de fabricantes para estabelecer políticas de aplicação e controle dos pesticidas:



– Não somos contra inseticidas, mas devemos estabelecer uma política adequada para minimizar seus efeitos. Na região Sul do país, as abelhas sumiram, mas por outro motivo, diz Malaspina. – Muitas vezes, a colméia diminui e não se veem abelhas mortas. Isso indica que elas migraram para outro ponto em busca de alimento. Quando um apicultor encontra abelhas mortas, é quase certo que morreram por inseticida.



Em países da Europa, como Itália, França e Alemanha, apesar da mortalidade de abelhas ter sido menor que nos Estados Unidos nos últimos três anos, alguns venenos foram proibidos. Nos EUA, a destruição das colmeias atingiu 23% de todas as criações entre 2006 e 2007. Na União Europeia o estudo “A saúde das abelhas melíferas” reforça a preocupação de cientistas e apicultores com a sobrevivência desses insetos.



A média anual de baixas nas colmeias chegou a 30%, quando a mortalidade natural é de 10%. O uso de pesticidas seria o motivo.



Há outras hipóteses para o sumiço das abelhas. Uma delas, da Universidade de Columbia, afirma que o fenômeno seria causado pelo vírus IAPV. Também se especulou que a causa seria radiação de celulares e aquecimento.



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No início de 2010, agricultores da Paraíba se mobilizaram para impedir a distribuição desse mesmo agrotóxico para controle da mosca negra do citrus.



Mais sobre o assunto:



“Exclusive: Bees facing a poisoned spring”, Michael McCarthy, The Independent, 20 January 2011, http://www.independent.co.uk/environment/nature/exclusive-bees-facing-a-poisoned-spring-2189267.html



Ban Neonicotinoid Pesticides to Save the Honeybee

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Azolla: uma alimentação sustentável para a pecuária

De: Revista LEISA • • 21,3 setembro 2005

Azolla: uma alimentação sustentável para a pecuária

por P. Pillai Kamalasanana, S. Premalatha e S. Rajamony


A demanda por carne e leite na Índia está criando um novo potencial na rentabilidade da Pecuária como uma ocupação. No entanto, ao mesmo tempo, há um declínio significativo na disponibilidade de forragem. A área sob floresta e Cerrado está diminuindo assim como a quantidade de resíduos vegetais diversos disponíveis para a alimentação, principalmente devido à introdução de variedades de alto rendimento anão. A escassez de forragem é, portanto, compensados com ração comercial, resultando em aumento dos custos na produção de carne e leite. Além disso, como ração comercial é misturada com uréia e outros impulsionadores do leite artificial, que tem um efeito negativo sobre a qualidade do leite e da saúde dos animais.



A busca de alternativas para Concentrados nos levou a uma planta maravilhosa, Azolla, o que mantém a promessa de fornecer uma alimentação sustentável para a pecuária. Azolla é uma planta  flutuante e pertence à família de Azollaceae. Azolla hospeda um algas simbióticas azul-verde, azollae Anabaena, o que é responsável para a fixação e assimilação de nitrogênio atmosférico. Azolla, por sua vez, fornece a fonte de carbono e ambiente favorável para o crescimento e desenvolvimento das algas. É esta relação simbiótica único que faz Azolla, uma planta maravilhosa, com elevado teor de proteínas.



Nutrientes e seu impacto no crescimento

Azolla é muito rica em proteínas, aminoácidos essenciais, vitaminas (vitamina A, vitamina B12 e beta-caroteno), intermediários promotor de crescimento e sais minerais como cálcio, potássio, fósforo, cobre, ferro, magnésio, etc Com base no peso seco, contém 25-35 por cento de proteína, 10-15 e 70-10 por cento de minerais por cento dos aminoácidos, substâncias bio-ativas e de bio-polímeros. O teor de carboidratos e gordura de Azolla é muito baixa. Sua composição de nutrientes torna um alimento altamente eficiente e eficaz para os animais . Pecuária facilmente digeri-lo, devido à sua alta proteína e baixo teor de lignina, e rapidamente eles se acostumam a ela. Além disso, é fácil e econômico para crescer.



O Projeto de Desenvolvimento de Recursos Naturais (NARDEP), Vivekananda Kendra, realizou ensaios em Tamil Nadu e Kerala utilizando Azolla como um substituto alimentar. Os testes em animais leiteiros apresentaram um aumento global é da produção de leite de cerca de 15 por cento Pls 1,5-2 kg de Azolla por dia foi combinada com a alimentação regular. O aumento está na quantidade do leite produzido foi maior que esperado pode ser baseado no conteúdo de nutrientes de Azolla sozinho. Portanto, presume-se que não é só os nutrientes, mas também outros componentes, como carotenóides, bio-polímeros, etc probióticos, que contribuem para o aumento global é a produção de leite. Azolla alimentação de aves aumenta o peso de frangos de corte e aumenta a produção de ovos de galinhas poedeiras. latas Azolla Também serem fornecidos para ovinos, caprinos, suínos e coelhos. Na China, o cultivo da Azolla juntamente com arroz e peixe é dito ter aumentado a produção de arroz em 20 por cento ea produção de peixes em 30 por cento.



fonte: http://kolamazolla.blogspot.com/

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