Bom dia! Neste carrinho de mão, podem ver algumas mudas de capim elefante (Pennisetum purpureum) que coletei no sítio em montenegro.
São para revenda a clientes interessados em estabelecer esta espécie , como quebra-vento ou pastagem em produção olerícula.
Capim-elefante é o nome popular de uma planta, da família das Poáceas (VIDE), também chamado de erva-de- elefante e capim-napier.
O nome científico do capim-elefante é: Pennisetum Purpureum.
O
capim elefante é considerado uma das mais importantes forrageiras
tropicais devido ao seu elevado potencial de produção de biomassa, fácil
adaptação aos diversos ecossistemas e boa aceitação pelos animais,
sendo largamente utilizado na alimentação de rebanhos leiteiros sob as
formas de pastejo, feno e silagem. É também a forrageira mais indicada
para a formação de capineiras, para corte e fornecimento de forragem
verde picada no cocho, pois, além de uma elevada produtividade,
apresenta as vantagens de propiciar maior aproveitamento da forragem
produzida e redução de perdas no campo.
Existem
diversas cultivares de capim elefante sendo utilizadas para corte e
fornecimento no cocho, mas tanto a produtividade como a qualidade da
forragem estão mais relacionadas com o manejo do que com a cultivar
utilizada. Os resultados obtidos em termos de produção de leite são
bastante variáveis. Isso é causado, quase sempre, pela utilização de
forragem com diferentes idades e que apresentam valores nutritivos
variáveis, afetando, conseqüentemente o consumo diário dos animais. A
rápida perda de qualidade decorrente do aumento da idade da planta é um
fator observado no capim elefante e na maioria das forrageiras
tropicais.
Entre
as preferidas para corte em propriedades leiteiras pode-se citar a
variedades mineiro, napier, taiwan, cameroon e cultivar roxo, com
plantas que apresentam diferentes tipos morfológicos. Os produtores têm
usado características individuais da planta para orientar a melhor forma
de uso das cultivares. O custo de formação, características produtivas e
adaptação ambiental das cultivares disponíveis são referências
importantes para orientar a escolha. Cultivares com predominância de
perfilhos basais são as mais indicadas para uso em capineiras. Poucas
são as cultivares para uso específico sob pastejo, constituindo exemplos
a pioneiro e a mott.
Considerando
o problema de estacionalidade, sugere-se o uso de cultivares de
florescimento tardio, cujo fenômeno está relacionado com melhor
distribuição da produção de forragem ao longo do ano. As demais são de
duplo propósito. Várias
pesquisas em que se utilizou capim elefante sob pastejo, foram
desenvolvidas pela Embrapa-Gado de Leite. Foram avaliados os efeitos de
períodos de ocupação da pastagem de um, três e cinco dias, sobre a
produção de leite, com 30 dias de descanso do pasto. Constatou-se que
embora ocorram variações diárias na produção de leite nos três períodos
de ocupação num mesmo piquete, isso não afeta a produção média por
animal e por área. As produções anuais de leite atingiram 14.568, 14.448
e 14.352 kg/ha para um, três e cinco dias de ocupação, respectivamente.
Com
o pastejo de um dia por piquete, a produção de leite é mais uniforme,
pois nessas condições a variação na qualidade da forragem disponível é
minimizada. Entretanto, essa prática exige um grande número de piquetes.
Por outro lado, quando um piquete é utilizado por mais de um dia, a
qualidade, a disponibilidade e a ingestão de forragem é maior no primeiro
dia e menor no último. Nesse caso, a seletividade animal é exercida,
tendo como conseqüência uma maior oscilação na produção de leite.
Considerando a economia em cercas, facilidade de manejo e a baixa
oscilação da produção de leite por animal, recomenda-se utilizar três
dias de pastejo com trinta dias de descanso, em pastagem de capim
elefante.
Porque capim elefante?
O
capim elefante é uma gramínea de alta produtividade (de 30 a 82 t de
massa seca por ha/a) e ciclo curto. A primeira colheita pode ser feita 6
meses após o plantio, possibilitando assim 2 cortes anuais. Por ser uma
planta com metabolismo fotossintético C4, assimila mais eficientemente o
carbono e assim torna-se uma alternativa atrativa para os projetos de
MDL. Por causa da alta produtividade requer áreas menores, baixando o
investimento em terras.
Quais são as aplicações do capim elefante?
A
gama de aplicações do capim elefante é bastante extensa. Pode ser usado
em combustão direta em cerâmicas, pizzarias, padarias, etc, queimado em
forma de pellets e/ou briquetes para aquecimento domiciliar, distrital,
para geração de energia térmica ou elétrica e para outros usos
industriais e agrícolas que requeiram calor, como secagem, entre
inúmeros outros.
Serve
de matéria prima para carvão e pré carvão vegetal, em pó ou briquetado
para siderurgia, metalurgia de ferrosos e não ferrosos. O bagaço também
pode ser utilizado na indústria de papel e celulose, painéis
automotivos, industriais, para escritórios e residenciais.
Pode ser utilizado em tratamentos de esgoto domiciliar (Sabesp) e futuramente será matéria prima para combustíveis líquidos (etanol de segunda geração via hidrólise enzimática, ácida ou mista).
Dado
seu alto teor nutritivo (dependendo do conteúdo de N ou de proteína
vegetal), é usado como alimento para gado e outros animais.
Pode
ser usado também em biopolímeros, para produção de partes automotivas,
como painéis de automóveis, bancos e forros por exemplo.
Em relação a Credito de Carbono
O capim-elefante é uma gramínea perene natural da África introduzida no Brasil por volta de 1920. A
cultura de capim é altamente eficiente na fixação de CO2 (gás
carbônico) atmosférico durante o processo de fotossíntese para a
produção de biomassa vegetal.
Na
biomassa vegetal do capim elefante o teor de carbono é aproximadamente
42%, na base de matéria seca. Assim, uma produção média de biomassa seca
de capim elefante de 40 t/ha/ano, acumularia um total de 16,8 toneladas
de carbono/ha/ano. Pode-se
estimar que uma empresa com 100 ha de capim elefante seqüestraria o
equivalente a 1.680 toneladas de CO2/ano e poderia captar cerca de US$
4.200,00 a cada ano somente por este como credito de carbono.
Por
ser uma espécie de rápido crescimento e de alta produção de biomassa
vegetal, o capim apresenta um alto potencial para uso como fonte
alternativa de energia. A produção pode chegar a 45/60 toneladas/hectare/ano, o que é muito maior do que a floresta de eucalipto, além de possibilitar apenas uma colheita anual, enquanto o capim elefante possibilita até quatro colheitas anuais.
Fonte: www.bichoonline.com.br
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