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quarta-feira, 13 de julho de 2016

O que você precisa saber sobre o húmus de minhoca



 Húmus de minhoca








O húmus de minhoca é um produto resultante da decomposição de matéria orgânica 

digerida pelas minhocas. É um adubo orgânico natural, com pH neutro, sendo leve inodoro,

solto, fresco e macio, com aparência lembrando vagamente pó de café. Pode ser aplicado
 imediatamente no
 solo e, entre suas qualidades, merecem destaque as seguintes:

- Possui bons teores de macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre e magnésio) e 

de micronutrientes (zinco, ferro, cobre molibdênio e cloro);

- Apresenta rica e diversificada flora microbiana e uma enorme gama de fitorreguladores, 

concorrendo
 para a melhor fertilidade natural do solo;

- Recupera e fertilidade do solo cansado e não tóxico para as plantas, os animais e o

 homem.

- Proporciona um equilíbrio nutricional às plantas, pois as substâncias que contém são 

liberadas lentamente.
 Com isso, melhora a qualidade dos produtos agrícolas, tornando-os mais sadios e 
duradouros;

- Antecipa e prolonga os períodos de florada e frutificação.

 1 Kg de Húmus corresponde a 5 kg de esterco bovino

Dosagens médias para o uso de húmus de minhoca

CulturaPlantioCoberturaSulcoObservações
Citros300 a 500g/cova1000 a 1500 g/pé 2 vezes/ano
Citros Viveiros e Sementeiras50% de húmus, 50% terra800 g/m2 de canteiro, 3 vezes/ano
Uva300 a 500 g/cova1.000 a 1.500 g/pé, 4 vezes/anona cobertura misturar húmus com terra
Morango500 g/cova600 g/m2 durante o cultivo
Abacaxi400 a 500 g/cova
Milho Verde300 a 400 g/cova
Abóbora, melão, melancia, pepino400 g/cova
Árvores frutíferas de clima temperado400 a 600 g/cova1.000 a 1.500 g/pé, 2 vezes ao ano
Arbustos Frutíferos500 g/cova1.500 g/pé, 2 vezes ao ano
Hortaliças de folhas600 g/m2 ou 100 g/covaApós 60 dias da germinação ou durante o cultivo, 600 g/m2200 g/metro linear
Legume em Geral150 g/cova
Vasos de plantas (Avencas, samambaias, violetas e outros200 g/vaso200 g/vaso, 4 a 6 vezes/anoNa cobertura, mistura húmus com terra
Roseira e arbustos floríferos200 g/cova ou 500 g/m2400 g/pé no sulco, 4 vezes/ano
Jardins em geral500 g/m2 na preparação da terra e 500 g/m2 ou 200 g/cova no plantio
Gramados700 g/m2
Chá, café, cacau300 a 500 g/cova1.000 a 1.500 g/pé, 2 vezes/ano      
Cana-de-Açúcar700 a 1.000 kg/ha, incorporado à terra700 a 1.000 kg/ha500 g/m linearSoqueira - 500 kg/ha
Grãos500 kg/ha incorporados à terra5 ton/ha500 g/m linear
Forrageiras em geral, pastagens5.000 kg/ha incorporados à terra5 ton/ha500 g/m linear


segunda-feira, 25 de abril de 2016

Azolla: a planta que pode ajudar a combater o aquecimento global



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Azolla cultivada em laboratório. IRRI Images via Wikimedia Commons
Artigo original por Jennifer Huizen, em 15/07/14
Há 55 milhões de anos, quando os cientistas acreditam que a terra se encontrava em um estado de quase caos, perigosamente aquecida por gases estufa, o Oceano Ártico também era um lugar muito diferente. Era um grande lago, conectado com oceanos maiores por uma abertura primária: o Estreito de Turgai.
Quando este canal se fechou ou foi bloqueado cerca de 50 milhões de anos atrás, o corpo de água fechado se tornou o habitat perfeito para uma samambaia de folhas pequenas chamada Azolla. Imagine o Ártico como o Mar Morto de hoje: era um lago quente que se tornou estratificado, sofrendo por falta de trocas com águas externas. Isto significa que a água se tornou carregada de nutrientes em excesso.
Azolla tirou vantagem da abundância de hidrogênio e dióxido de carbono, dois de seus alimentos favoritos, e se espalhou. Grandes populações formaram tapetes grossos que cobriram todo o lago. Quando a precipitação de chuvas passou a aumentar, graças a mudanças climáticas, enchentes criaram uma fina camada de água fresca para a Azolla se espalhar para fora, em partes dos continentes nos arredores.
Azolla surgiu e desapareceu em ciclos por aproximadamente um milhão de anos, cada vez acrescentando uma camada adicional de sedimentos ao grosso “tapete” formado por eles, que foi encontrado em 2004 pela expedição Arctic Coring.
O fato de que esta planta só precisa de pouco mais de uma polegada (2,5 cm) de água para crescer faz com que todo o cenário pareça ter sentido – isto é, até você saber o quanto de dióxido de carbono esta planta faminta absorveu no decorrer destes milhões de anos.
“Cerca da metade do CO2 disponível na época” disse Jonathan Bujak, que estuda poeira e partículas finas de plantas como um palinologista. “Os níveis despencaram de 2500-3500 [partes por milhão] para entre 1500 e 1600 PPM.”
Enquanto o que acabou a era Azolla ainda é incerto, os 49 milhões de anos seguintes viram a terra cair em um ciclo que causou ainda mais quedas drásticas nos níveis de CO2.
Os continentes ao sul se separaram, e, enquanto a América do Sul e a Índia migravam para o norte, a Antártica se tornava isolada e cada vez mais fria, absorvendo mais CO2 e criando correntes de ar frio que perpetuavam o gelo. Uma sucessão de eras glaciais foi iniciada assim que o CO2 atmosférico caiu para menos de 600 PPM, há aproximadamente 26 milhões de anos, apenas 200 PPM acima da estimativa atual.
Eras glaciais cíclicas começaram, alternando entre 10 mil anos de glaciação massiva, seguidos de uma pausa de 10 mil anos. Na metade do século 18, o CO2 atmosférico estava a uma concentração de 280 PPM.

Encontrando usos modernos para uma planta heroica
“O que é realmente incompreensível”, disse Bujak, “é que os processos do nosso planeta de resfriamento e queda de CO2 levaram 50 milhões de anos para acontecer. Agora, estamos revertendo isso em uma questão de séculos”.
O que sabemos sobre as funcionalidades da Azolla ainda é superficial, mas pessoas ao redor do mundo, como Kathleen Pryer, uma professora da Duke que idealizou o sequenciamento do genoma desta pequena samambaia, vem encontrando formas criativas para explorar suas possibilidades. Alan Marshall, um ex-radiologista vivendo na Tasmânia, Austrália, é apenas um exemplo de cidadão-cientista que acredita queAzolla pode ajudar o planeta a encontrar um equilíbrio.
Após dois sofridos anos como um radiologista voluntário no leste africano, Marshall começou a ver que os avanços tecnológicos não são sempre conseguidos por um bom preço. Ele passou a pesquisar meios de empregar o que ele chama de tecnologia alternativa apropriada.
“’Alternativa’ significa que, em oposição á tecnologia industrial cara e que só pode estar disponibilizada quando se tem uma equipe de manutenção, você emprega um meio local e mais simples para realizar o mesmo trabalho.” disse Marshall. “’Apropriado’ leva em consideração o que o povo local vai aceitar de acordo com suas necessidades, tradições, religião, capacidade técnica, etc”.
Marshall estava procurando por um método de tratar a água das pias e da banheira de sua casa, para que pudesse ser usada em seu jardim, quando ele encontrou aAzolla.
“Eu estava no jardim de um vizinho, quando notei uma planta rosada nascendo na superfície de sua lagoa; peguei uma amostra, levei pra casa e pesquisei sobre ela na internet.” Disse Marshall. “Quando descobri que era uma espécie de Azolla, e que ela podia remover fosfatos e nitrogênio da água, pensei que isto poderia ajudar.”
Ele começou a experimentar com Azolla como parte de um sistema de filtragem e compartilhava seu projeto na internet com outros entusiastas da planta e de tecnologia alternativa. Marshall criou um sistema de filtragem de três partes que é efetivo em eliminar o cheiro da água suja, mas não em remover patógenos e vírus.
Ele disse que o desenvolvimento desses mecanismos simples e de pequena escala é ideal como uma tecnologia alternativa, mas também pode ser adaptado para um sistema maior. Este é o motivo pelo que se precisa tanto de profissionais da área para guiar trabalhos futuros.

Coma sua Azolla, faz bem pra você
Outros indivíduos experimentaram com os aspectos alimentícios da Azolla, incluindo Andrew Bujak, um chef, filho de Jonathan Bujak. Andrew vem cultivando-as em sua casa, no Canadá. Inicialmente interessado no conceito de slow-food, um movimento italiano que surgiu em oposição à crescente influência das empresas de fast-food, como o McDonald’s, Bujak pensou em um uso pessoal para a Azolla.
“Eu percebi que ela não era apenas uma boa fonte alimentar, sendo nutritiva e praticamente sem sabor, mas também pode ser cultivada por qualquer um, em (quase) qualquer lugar do planeta. Ela é fácil de encontrar, seja online ou em lojas de aquários. É só adicionar água, literalmente”, afirmou Bujak, com uma risada. Quando pedido para descrever o sabor da planta, Bujak a comparou com uma folha de grama.
Azolla cresceu não apenas no Canadá, mas quase em todos os lugares do mundo, segundo Bujak, então, ela é naturalmente adaptada para muitos climas e regiões diferentes. Isto faz com que seja fácil que as pessoas possam simplesmente pegar a planta e usá-la.
“Talvez você seja um pequeno fazendeiro em Alberta e você queira cortar gastos e diminuir a emissão de carbono”, disse Bujak. “Cultive Azolla. Agora você tem um fertilizante valioso, uma fonte de alimentos para seu gado e algo para você mesmo comer.”
Ele adicionou que Azolla também pode ser um superalimento no futuro, tanto por causa de seu valor nutritivo quanto pela quantidade mínima de espaço que ocupa.
“Mesmo se nós as cultivarmos em safra, nós não iriamos estar desperdiçando áreas agricultáveis. Ela seria simplesmente adicionada a sistemas já existentes, como as que são usadas agora em lavras de arroz”, declarou Bujak. “Em situações onde a terra para cultivo de alimentos é extremamente limitada, Azolla oferece muita nutrição para pouco terreno. Já está sendo pesquisado até mesmo seu uso no espaço!”
Bujak relatou que seu próximo projeto é recriar nori, tiras secas e compressas de algas marinhas, utilizando esta planta. Atualmente, Azolla pode ser encontrada como nutracêutico [junção de “nutricional” e “farmacêutico”] no Canadá, em cápsulas ou em pó, com a afirmação de ser um antioxidante e de trazer outros benefícios gerais à saúde, mas ainda não foi aprovada nos Estados Unidos. Bujak afirmou que não vai demorar até que isto aconteça.
“Essa planta é tão incrível, em todos os sentidos”, ele disse. “Eu não ficaria surpreso com nada que fosse descoberto sobre suas capacidades”

A China se torna favorável
Duas semanas atrás, o Instituto de Genômica de Pequim (BGI), dono da plataforma de sequenciamento mais sofisticada do mundo, concordou em adotar o projeto de Pryer para financiar o mapeamento do genoma da Azolla. Até este ano, os mistérios do passado desta planta e suas aplicações para o futuro poderão se tornar dados de acesso aberto.
Gane Ka-Shu Wong, uma das fundadoras do BGI, que também ensina na Universidade de Alberta, no Canadá, disse que a origem pouco ortodoxa do grupo combina, de algumas formas, com o projeto de Pryer. Enquanto trabalhava no projeto Genoma Humano, no final dos anos 90, Wong começou a pensar que o processo de ciência tinha se tornado muito institucionalizado.
“O sistema de recompensa de um governo típico ou de um laboratório universitário é muito focado no indivíduo, não na equipe”, declarou Wong. Se juntando com outros cientistas que pensavam o mesmo, Wong procurou um lugar para abrir suas portas.
“Nós decidimos que, se quiséssemos mudar essa cultura, nós precisaríamos ir para um lugar em que praticamente não houvesse competição, na época”, disse Wong. “Na década de 90, um lugar era muito, muito diferente do que é hoje – esse lugar é a China”.
Sabendo que o genoma humano estava prestes a ser decodificado, a equipe rapidamente se mudou para o outro lado do oceano. Para a surpresa de seus colegas, eles conseguiram terminar sua contribuição de 1% a tempo.
“Nós provamos que conseguíamos, então nós crescemos rapidamente. O governo ficou interessado, empresas privadas ficaram interessadas, e, de repente, nós nos tornamos importantes”, relatou Wong.
Agora fornecendo testes hospitalares, além de oferecer um enorme espectro de outros serviços biológicos, a empresa logo começou a gerar lucro.
“Começamos a usar dinheiro de projetos comerciais para financiar o que chamamos de ‘ciência divertida’”, disse Wong, se referindo aos projetos que despertam a curiosidade de cientistas apenas porque respondem a uma pergunta, não necessariamente servindo a uma função econômica.
“Basicamente, somos um bando de cientistas que amam a ciência e querem ganhar a vida. Até então, está dando certo”, disse Wong. “Nosso objetivo é levar estas informações ao público para que o máximo de pessoas possa ter acesso”.
O BGI também vai focar em desvendar a relação complexa entre Azolla e as cianobactérias que são suas companheiras próximas, algo que o BGI vê como um elemento chave no uso futuro da planta e na extensão dos estudos.
Outros que vêm trabalhando com Azolla por décadas estão entusiasmados com a notícia.

Uma fortuna no futuro de uma plantinha?
“Este conhecimento vai nos dar controle sobre a Azolla de um jeito que não tínhamos antes”, disse Francisco Carrapico, da Universidade de Lisboa. “Nós poderemos aumentar a captura de carbono e a fixação de nitrogênio, ou dar propriedades da Azolla para outras plantas. Até encontramos compostos químicos naAzolla que param a divisão celular. A questão quase chega a ser ‘precisamos encontrar o que esta planta não consegue fazer’”.
Esta planta tem, sim, um problema, que vem dando a ela uma má reputação em partes da Europa e a designação de erva-daninha na América do Norte. Azolla pode,como a maioria das algas, formar enormes proliferações, como ela fez há 49 milhões de anos, no ártico, asfixiando toda a vida de baixo.
Mesmo nesses casos, Jonathan Bujak argumenta, “a proliferação é um sintoma”, normalmente causado por níveis altos de nitrogênio.
Enquanto Pryer diz que suas motivações para pesquisar Azolla são, em maioria, acadêmicas, ela certamente vê o potencial para que o empreendedorismo cresça em volta da planta no futuro.
“Nós queríamos um genoma para o povo, pelo povo”, disse Pryer, com um sorriso. Mas, outros pensam em algo além do aprendizado acadêmico, aplicações ambientais ou industriais que serão possíveis com o trabalho de Pryer.
Azolla me fez perceber que as coisas na vida são muito diferentes do que nos ensinam que seja”, disse Carrapico. “A vida é como a internet: Tudo está conectado invisivelmente, mas nós nos esquecemos disso. Não vemos como impactamos uns aos outros. Podemos olhar para essas conexões e, através da biologia, investir em mudanças que irão melhorar o mundo que deixaremos para o futuro”.
A busca por financiamento para pesquisas adicionais já terminou*, mas este certamente não é o capítulo final na saga da Azolla, uma história que começou muito antes de os humanos habitarem o planeta e, provavelmente, continuará até bem depois de nós irmos embora.

*Azolla genome Project recebeu doações através deste site até o dia 17/07/2014, quando atingiu 147% do valor que era preciso.

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Artigo anterior(Sem) escape de Alcatraz

Oi. Tenho 17 anos e sou de Campina Grande, na Paraíba. Aficionado por biologia e (quase) tudo que ela engloba, pretendo me formar em biotecnologia.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Celeiro Sustentável: Compostagem orgânica doméstica é mais fácil do que...

Extraído do blog Celeiro Sustentável: Compostagem orgânica doméstica é mais fácil do que...:

Ligia Nicacio Santos, educadora ambiental, conduziu a oficina Minhocário Doméstico, no Planeta no Parque 2013
Ligia Nicacio Santos, educadora ambiental, conduziu a oficina Minhocário Doméstico, no Planeta no Parque 2013, evento do Planeta Sustentável
Com a mensagem inspiradora de que sustentabilidade começa em casa, o Planeta no Parque, evento do Planeta Sustentável realizado hoje (25) no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, teve início com a oficinaMinhocário Doméstico. Foi ministrada pela Morada da Floresta e levantou pontos importantes para a discussão sobre o meio ambiente, como a reciclagem de materiais orgânicos com o processo de compostagem.
Muitos ainda têm dúvidas e não sabem como colaborar na redução de lixo orgânico. A palestrante Ligia Nicacio Santos, educadora ambiental, mostrou como a compostagem orgânica doméstica pode ser uma saída fácil, prática e muito educativa para esse problema, por diminuir o volume do lixo levado aos aterros sanitários e gerar uma fonte de renda para as famílias.
Com um público diversificado, a oficina explicou como implantar esse sistema em casa através de três possibilidades: leiras – deixa o lixo empilhado em um espaço grande e fechado –, alambrado – também é realizado em um quintal de grandre – e minhocário – feito em três caixas e minhocas californianas, pode ser implantado tanto em espaços grandes, quanto pequenos.
A compostagem com os minhocários podem causar má impressão a primeira vista –justamente por usar as minhocas californianas – mas a Morada da Floresta garante: o processo não leva insetos inconvenientes para sua residência; recicla seu lixo e ainda possibilita a propagação da educação ambiental entre familiares e amigos.
Para fazer é necessário apenas de três caixas, que variam de tamanho de acordo com o espaço destinado a elas, e do lixo produzido pela família. Na primeira caixa e segunda caixa são colocados terra; componentes orgânicos molhados; secos; minhocas californianas e, pronto! É só esperar as minhocas realizarem o resto do trabalho com a transformação do material em adubo – o qual é despejado na terceira caixa.
A fim de incentivar a ação, a família de Júlia, de oito anos, veio em peso ao evento para mostrar aos colegas que é possível, sim, montar um minhocário em casa. “Sempre que posso ajudo a minha mãe a separar os compostos secos – como os papéis que eu junto da escola – dos molhados, e depois colocamos nas caixas e esperamos o resultado”, explica.
Para seu pai, o jornalista Renato Krausz, a implantação do sistema de compostagem doméstica ajudou a reduzir o lixo produzido pela família e contribuiu diretamente na educação de suas duas filhas. Ele aponta que “conscientizar as crianças sobre a importância do meio ambiente é pensar no futuro, e colocar essas ações em prática é uma maneira delas aprenderem em casa”.
Saiba mais sobre como montar um minhocário em casa no site da Morada da Floresta.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Vermicompostagem é um processo de reciclagem de resíduos orgânicos

Minhocultura

Minhocultura, ou vermicompostagem é o processo de reciclagem de resíduos orgânicos através da criação de minhocas em minhocários, oferecendo importante alternativa para resolver economicamente e ambientalmente os problemas dos dejetos orgânicos, como o lixo domiciliar. O produto final da vermicompostagem constitui num excelente fertilizante orgânico (húmus) capaz de melhorar atributos químicos (oferta, melhor retenção e ciclagem de nutrientes), físicos (melhoria na estruturação e formação de agregados) e biológicos do solo (aumento da diversidade de organismos benéficos ao solo).



Técnicas de Criação:

O local de construção do minhocário deve situar-se o mais próximo possível do mercado consumidor e da matéria-prima utilizada como substrato. Além de situar-se em uma área de fácil acesso, de preferência em locais parcialmente sombreados, mas com boa insolação, e em terrenos elevados, com pouca declividade, facilitando a construção dos canteiros e os sistemas de drenagem. Um fator limitante que devemos estar atentos na fase de elaboração do minhocário é a disponibilidade de matéria-prima e água em abundância e limpa no local, principalmente nos períodos de seca, quando é mais necessária para a irrigação dos canteiros.


Tipos de Criatórios:

- Caixas de madeira ou tonéis de 200 litros, cortados longitudinalmente, com furos na parte inferior.
- Canteiros de blocos, tijolos, madeira ou bambu, normalmente possuem 1 metro de largura por 0,30 a 0,40 cm de altura e o comprimento possível ou desejado. O piso do canteiro poderá ser cimentado ou terra batida.
- Sistema de montes com o piso em terra batida ou cimentado.


Fontes de matéria-prima:

Toda matéria orgânica de origem animal e vegetal passada pela pré-compostagem, ou seja, semi curado, livre de fermentação, pode ser usada na alimentação das minhocas. As minhocas exigem alimentações balanceadas, rica em nitrogênio, fibras e carboidratos. Quanto mais rica for à matéria-prima, maior será o sucesso econômico do seu empreendimento. Podemos utilizar como fontes de matéria-prima: estercos de boi, cavalo e coelho, restos de cultura (uma leguminosa, pois fixa nitrogênio, palha, folhas e cascas de frutas), resíduos agro-industriais (bagaço de cana), lixo domiciliar, lodo de esgoto.


Manejo do Minhocário:

A quantidade necessária de minhocas para iniciar a criação é de 1 litro, aproximadamente 1500 minhocas /m². Para um bom desenvolvimento do minhocário além de matéria-prima suficientemente rica para alimentar as minhocas, devemos proporcionar um ambiente adequado para o bom desenvolvimento e reprodução das minhocas, monitorando a temperatura (entre 20-25°C), umidade (70-85%), pH ( pH 7,0), aeração e drenagem do meio (o meio não deve ser compactado e nem encharcado). É interessante depois de preenchido os canteiros com as diferentes fontes de matéria-prima semi-curada, cobrir os canteiros com folhas de bananeiras ou restos de capina para manutenção de umidade e proteção contra incidência direta da luz solar, além de dificultar fuga das minhocas. A minhoca possui alguns inimigos naturais que devem ser controlados, dentre eles galinhas, sanguessugas, pássaros e formigas lava-pés. Se o ambiente natural não for favorável ao desenvolvimento das minhocas haverá fugas das mesmas, inviabilizando a produção do seu empreendimento.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Oficina de compostagem ensina a transformar lixo em adubo!



SEMANA DA PRIMAVERA

A atividade ocorre no Parque Natural Morro do Osso em Porto Alegre. 
Na tarde do dia 19 de setembro, das 14 as 17 hs. 

Na oficina, os participantes irão aprender a reciclar, por meio do sistema de vermicompostagem, as sobras de alimentos. O composto orgânico produzido a partir desse processo funciona como adubo natural quando misturado ao solo.

Aproximadamente 60% dos resíduos comuns descartados e coletados para reciclagem no País é de matéria orgânica. “A ideia é mostrar que há alternativas sustentáveis para a utilização desse material orgânico”.

Os interessados em participar da oficina, que é gratuita, poderão se inscrever pelo email: faunasilvestre@smam.prefpoa.com.br  (vagas limitadas)


Ingresso: 1 kg de alimento não perecível que será doado para a pastoral da criança

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Venda de Humus, pode render um bom dinheiro.


Boa tarde! Se o esterco dos animais é um problema na sua propriedade, se as frutas e ou verduras estragaram por problemas climáticos, a produção de humus é uma solução.
No sítio do meu amigo Roberto, estamos planejando o início de uma criação de minhocas da califórnia e produção de humus. Já tenho as matrizes em casa. Caso alguém queira adquirir alguns exemplares, podemos atender.ok

 O número ideal para início de uma criação é de mil (1.000) minhocas por metro quadrado de canteiro. Elas atingem a idade adulta com 60 a 90 dias e produzem de dois a dez ovos. O período de incubação é de 21 a 28 dias.

O minhocário deve ficar em local protegido de ventos, chuvas e de insolação direta. A alimentação, meio de cultura ou substrato pode ser feita somente com esterco curtido e sem contaminação, ou, se houver disponibilidade, também com palha de capim misturada ao esterco, em partes iguais e restos de hortaliças. A água deve ser pura (sem contaminação). A umidade ideal tem de estar em torno de 75%. Para verificar isso, é só encher a mão com o substrato e apertar. Se saírem pequenas gotas de água entre os dedos, está no ponto. A temperatura, por sua vez, pode variar de 18ºC a 23ºC.

minhocário caseiro


A criação deve ser feita em tanques, caixas ou montes. Para tanques, as dimensões devem ser de 40 cm de altura, 1 a 2 metros de largura e comprimento variável. As paredes podem ser feitas com tijolos e o piso com cimento, para facilitar o manejo, mas pode ser feito também na terra. Os pisos de cimento devem ter uma declividade de 2%, com drenos. Galinhas, pássaros e formigas são inimigos naturais e precisam ser controlados. Por isso, recomenda-se dispor uma pequena camada de capim em cima do substrato para proteger as minhocas. É preciso também evitar incidência de plantas invasoras.

 A transformação do substrato em meio de cultura em húmus varia de 45 a 60 dias. Após esse período, o húmus tem de ser retirado para que novo substrato seja colocado. Caso contrário, as minhocas podem morrer ou fugir. A produção média de húmus é de 350 kg por metro quadrado. A venda desse adubo natural é feita principalmente para floriculturas, viveiros de mudas, supermercados.

A criação em cativeiro tem como objetivo a venda de minhocas para reprodução, isca, produção de húmus ou alimentação para animais. A espécie mais adaptada às condições de cativeiro é a Vermelha da Califórnia (Eisenia phoetida), por ser bastante rústica e muito produtiva. Uma colônia com  mil e quinhentas minhocas está sendo vendida a R$ 80,00 em média, enquanto um saco com 50 kg de húmus custa de R$ 30,00 a R$ 50,00.





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JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...