quinta-feira, 17 de maio de 2018

IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES PARA TER ÁGUA DE QUALIDADE.

Pesquisadores explicam a importância das árvores para ter água de qualidade

Bacias hidrográficas recobertas por vegetação florestal fornecem água de qualidade durante o ano todo.
22 de agosto de 2016 • Atualizado às 18 : 08

A floresta ainda contribui para o equilíbrio térmico da água, reduzindo os extremos de temperatura e mantendo a oxigenação do meio aquático. | Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

Trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Florestal (IF) comprovam que a presença de cobertura florestal em bacias hidrográficas promove a regularização do regime de rios e a melhora na qualidade da água. Os pesquisadores científicos da Seção de Engenharia Florestal, do IF, Valdir de Cicco, Francisco Arcova e Maurício Ranzini, embasaram suas teses de doutorado em pesquisas sobre a relação entre a floresta e a água, elucidando dúvidas e provando com números as suas proposições.
“As bacias hidrográficas recobertas por vegetação florestal são as que oferecem água com boa distribuição ao longo do ano, e de melhor qualidade”, enfatiza Arcova, engenheiro florestal, doutor em Geografia Física, pela Universidade de São Paulo, no IF desde 1985. Segundo ele, parte da água da chuva é retida pelas copas das árvores, evaporando em seguida em um processo denominado interceptação. A taxa de evaporação varia com a espécie, idade, densidade e estrutura da floresta, além das condições climáticas de cada região.
“Em florestas tropicais, a interceptação varia de 4,5% a 24% da precipitação, embora tenham sido registrados valores superiores a 30%”, explica. Os pesquisadores ainda dizem que as pesquisas realizadas nos laboratórios em Cunha, no parque Estadual da Serra do Mar, estimam o valor de  18% de interceptação. O restante da água alcança o solo florestal por meio de gotejamento de folhas e ramos ou escoando pelo tronco de árvores. No solo, a água infiltra-se ou é armazenada em depressões, não ocorrendo o escoamento superficial para as partes mais baixas do terreno, como aconteceria em uma área desprovida de floresta.
“O piso florestal é formado por uma camada de folhas, galhos e outros restos vegetais, que lhe proporciona grande rugosidade, impedindo o escorrimento superficial da água para as partes mais baixas do terreno, favorecendo a infiltração. Também a matéria orgânica decomposta é incorporada ao solo, proporcionando a ele excelente porosidade e, consequentemente, elevada capacidade de infiltração.”

Ilustração: Maurício Ranzini
Uma parcela da água infiltrada contribui para a formação de um rio por meio do escoamento subsuperficial, e outra, é absorvida pelas raízes e volta para a atmosfera pela transpiração das plantas. “A interceptação e a transpiração, ou a evapotranspiração, fazem a água da chuva voltar para a atmosfera não contribuindo para aumentar a vazão de um rio.”
Em florestas tropicais, a evapotranspiração varia de 50% a 78% da precipitação anual. Na pesquisa realizada em Cunha, esse número é de aproximadamente 30%. Os pesquisadores explicam que o remanescente da água infiltrada movimenta-se em profundidade e é armazenado nas camadas internas do solo e na região das rochas, alimentando os cursos de água pelo escoamento de base, isto é, do subsolo onde se localizam os lençóis freáticos.
A relação entre árvores e água varia de acordo com o tipo de floresta
Embora os processos que determinam os fluxos de água sejam semelhantes para as diferentes formações florestais, a magnitude desses processos, que depende das características da floresta, da bacia hidrográfica e do clima, influencia a relação floresta-produção de água (escoamento total do rio). Em florestas tropicais, a produção hídrica nas microbacias varia de 22% a 50% da precipitação. “Em Cunha, onde a evapotranspiração anual da Mata Atlântica é da ordem de apenas 30%, a produção de água pela microbacia é de notáveis 70% da precipitação”, afirma Francisco.

Esse mecanismo, em que a água percola o solo e alimenta gradualmente o lençol freático, possibilita que um rio tenha vazão regular ao longo do ano, inclusive nos períodos de estiagem. Nas microbacias recobertas com mata atlântica em Cunha, o escoamento de base é responsável por cerca de 80% de toda a água escoada pelo rio, fato que proporciona a elas um regime sustentável de produção hídrica ao longo de todo o ano.
Consequências da falta de vegetação
Ao contrário, em uma bacia sem a proteção florestal, a infiltração da água da chuva no solo é menor para alimentar os lençóis freáticos. O escoamento superficial torna-se intenso fazendo com que a água da chuva atinja rapidamente a calha do rio, provocando inundações. E, nos períodos de estiagem, o corpo-d’água vai minguando, podendo até secar.
Um outro fator drástico é que, enquanto nas bacias florestadas, a erosão do solo ocorre a taxas naturais, pois o material orgânico depositado no piso impedem o impacto direto das gotas de chuva na superfície do solo, nas áreas desprovidas de vegetação há um intenso processo de carreamento de material para a calha do rio aumentando a turbidez e o assoreamento dos rios.
Segundo Maurício, na microbacia recoberta com Mata Atlântica em Cunha, a perda de solo no rio é da ordem de 162 kg/hectare/ano. “Esse valor é muito inferior à perda de solo registrada para o estado de São Paulo, que varia de 6,6 a 41,5 t/hectare/ano, dependendo da cultura agrícola, algo como 12 toneladas num campo de milho, 12,4 toneladas numa área de cana-de-açúcar, chegando a até 38,1 toneladas numa plantação de feijão”, informa em tom de alerta.
A floresta representa muitos outros benefícios para os sistemas hídricos. Contribui, por exemplo, para o equilíbrio térmico da água, reduzindo os extremos de temperatura e mantendo a oxigenação do meio aquático. Promove, ainda, a absorção de nutrientes pelas árvores, arbustos e plantas herbáceas evitando a lixiviação excessiva dos sais minerais do solo para o rio.
Fonte : CicloVivo

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Coração de Bananeira: Conheça os benefícios e aprenda 4 receitas!!!

 fonte: souvegetariano.com

Você sabe o que é Coração de Bananeira?

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O Coração da Bananeira é uma PANC que vem ficando cada vez mais conhecida. Também chamada de umbigo da bananeira, ou simplesmente de coração de banana, este “pedaço” da bananeira que normalmente era descartado, hoje vem sendo utilizado como alimento em muitos países.

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Coração de Bananeira / Foto: Marina Godward

É aquela parte bonita, bem roxa, que fica pendurada logo abaixo do cacho de banana. Normalmente é descartado, para não roubar os nutrientes da banana. Mas saiba que o coração da bananeira pode ser aproveitado (e muito bem!) em diversas receitas.

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Coração de Bananeira na bananeira / Foto: Marina Godward

Essa “pequena” PANC (planta alimentícia não convencional) rende receitas como caponatas, mexidos, escondidinhos e até XAROPE!

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Coração de Bananeira na bananeira / Foto: Marina Godward

Mas antes de te explicar como utilizar o Coração da Bananeira vamos te contar alguns benefícios:

• Popularmente o Coração de Bananeira é utilizado no preparo de xarope para tratar doenças respiratórias, como asma e bronquite
• Ele possui alto teor de carboidratos e de proteínas, associado à um baixo teor de lipídeos (gorduras) e calorias. Ou seja, o Coração de Banana te dá bastante energia e nada de gordurinhas e calorias.
• O coração de bananeira é uma boa fonte de fibras, que auxiliam na manutenção da saúde gastrointestinal. Por isso é bem comum ouvir por aí que o umbigo da banana ajuda a prevenir doenças, contribui para a redução dos níveis de colesterol, para a normalização da glicose sanguínea e facilita a motilidade intestinal, evitando constipação
• E por último, mas não menos importante, o coração da banana é relativamente barato. Então você pode aproveitar seus benefícios gastando pouquinho, e de quebra evitando o desperdício 

Aqui no nosso veggie office, nós inventamos um escondidinho de coração de bananeira. O início do seu preparo é basicamente o mesmo que você irá fazer em outras receitas. Olha que fácil.

Primeiro Você descasca o Coração de Bananeira.

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Coração de Banana descascado | Foto: Marina Godward

Esses pedacinhos brancos entre cada camada de casca também são utilizados.

Depois você corta o coração da banana em fatias

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Coração de Banana picado | Foto: Marina Godward

Cozinhe o coração de bananeira com bastante água e bicarbonato de sódio até ferver.

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Coração de Banana picado na panela| Foto: Marina Godward

Depois você escorre o Coração de Banana

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Coração de Banana pós ferver| Foto: Marina Godward 

E repete o processo com a água e o bicarbonato de sódio.

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Feito isso, é só misturar com outros tempeiros conforme a receita que você for fazer.

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Coração de Banana refogado | Foto: Marina Godward

A gente fez este Escondidinho

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Escondidinho de Coração de Banana| Foto: Marina Godward

Para pegar nossa receita completa é só clicar aqui.

Além de escondidinho. O Coração de Banana também rende outras super receitas (modéstia a parte, a nossa é de longe a mais bonita o/)

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Tem Antipasto
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Receita completa aqui.

Caponata
Caponata-De-Coracao-De-Banana
Receita completa aqui.

E até xarope
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Xarope caseiro | Foto: Blog Pilotando Fogão

Receita completa aqui.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Veja como tratar o lixo orgânico em casa. A composteira doméstica é uma boa alternativa!





A destinação do lixo orgânico é um problema nas grandes cidades. Para não poluir o meio ambiente, algumas pessoas estão tratando os resíduos em casa. A composteira doméstica é uma boa alternativa. Veja como combater prejuízos à natureza e diminuir a proliferação de lixões, como o da Estrutural, em Brasília, um dos maiores da América Latina.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Recuperação de nascente - Fonte modelo Caxambu - EPAGRI SC



Uma alternativa simples e eficiente para garantir a qualidade das fontes de água no meio rural. 







Para dúvidas envie e-mail para a equipe da Epagri de Curitibanos

e-mail: emcuritibanos@epagri.sc.gov.br

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Europa proíbe uso de neonicotinóide, agrotóxico mais usado no mundo todo


Fonte: conexão planeta


Europa proíbe uso de neonicotinóide, agrotóxico mais usado no mundo todo
Na última semana a União Europeia tomou uma decisão histórica: decidiu banir o uso do neonicotinóide,
substância derivada da nicotina e utilizada para controlar pragas.
O neonicotinóide é um dos pesticidas mais consumidos no mundo inteiro. O grande diferencial deste  
agrotóxico para outros tipos é ele ser sistêmico, ou seja, se espalhar por toda a planta: folhas, flores, ramos,
 raízes e até, néctar e pólen. Em geral, é colocado na semente e a partir daí, toda a planta fica com vestígios
dele.
Todavia, vários estudos internacionais já comprovaram seu efeito nocivo sobre polinizadores. Um deles,
publicado em 2016, conforme mostramos aqui, neste outro post, revelava que o neonicotinóide prejudicava
a habilidade das abelhas, sobretudo dos zangões, de vibrar e desta maneira, sacudir as flores para efetuar a
 polinização.
Em outro estudo – “Impacts of neonicotinoid use on long-term population changes in wild bees in England
 -, realizado pelo Centre for Ecology and Hydrology do Reino Unido, cientistas relacionaram o pesticida
com o declínio da população de 62 abelhas selvagens na Inglaterra, entre os anos de 1994 e 2011 – período
este em que a substância tornou-se bastante popular e sua utilização foi intensificada.
Desde 2013, havia uma moratória para o uso deste agrotóxico nos países da Comunidade Europeia. Mas na
sexta-feira (28/04), a European Food Standard Agency deu seu parecer final sobre a proibição de seu uso
 na agricultura. Todavia, ele poderá ser empregado em cultivos em estufas, o que gerou algumas críticas.
A decisão entra em vigor em seis meses, ou seja, até o final de 2018. Mais de cinco milhões de pessoas
 tinham assinado uma petição online pedindo para que o neonicotinóide fosse banido.
“Proibir esses pesticidas tóxicos traz esperança para a sobrevivência das abelhas”, afirma Antonia Staats,
da organização Avaaz. “Finalmente, governos estão ouvindo seus cidadãos, as evidências científicas e os
agricultores, que sabem que as abelhas não podem viver com esses produtos químicos e nós também não
podemos viver sem as abelhas.”
Obviamente, houve gritaria entre os fabricantes de agrotóxicos e algumas associações de agricultores, que
dizem que a proibição trará impacto sobre a produção de alimentos na Europa.

Agrotóxicos no Brasil

No Brasil, infelizmente, o neonicotinóide ainda é liberado. E na semana passada, a bancada ruralista da
Câmara dos Deputados, em Brasília, apresentou um projeto para derrubar restrições à aprovação de uso de
 agrotóxicos no país.
O texto do deputado Luiz Nishimori, do Paraná, prevê que estes produtos passem a ser chamados de
 “fitossanitários”. A intenção de mudar o nome é mascarar os efeitos dessas substâncias e assim, conseguir
 sua aprovação mais rápida.
Atualmente a liberação desses produtos no Brasil depende de autorização de órgãos do Ministério da
Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, processo este que pode levar até cinco anos. O projeto de Nishimori
faria com que o prazo fosse diminuído para 12 meses, caso nenhuma autoridade tenha se mostrado contrária
 a ele neste período.
O mais alarmante, entretanto, é um dos pontos do texto que revoga a proibição de agrotóxicos com
características teratogênicas, relacionadas com casos de câncer e anomalias no útero e mal formação
do feto.
A votação da proposta será feita no próximo dia 8 de maio. Se aprovado na comissão especial da Câmara,
seguirá para discussão no plenário.
Então a hora é da sociedade civil se unir e protestar com este absurdo!

sábado, 5 de maio de 2018

Ana Primavesi - Vida na terra



Depoimento da Dra. Ana Primavesi, sócia número 1 da AAO - Associação de
Agricultura Orgânica, homenageada em Ato Solene na Assembléia
Legislativa de São Paulo.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Faça adubo 100% natural para as plantas em 18 dias





Toda planta precisa de adubação para crescer bonita, mas ficará mais saudável se essa nutrição for 100% natural e orgânica. Nossa jardineira Carol Costa continua transformando o quintal de uma casa em Holambra e, com a ajuda dos amigos, vai mostrar o passo a passo para montar um tambor de biofertilizante — cabe até em apartamento!. Essa é uma forma inteligente e sustentável de aproveitar os resíduos orgânicos da casa como sobras de frutas, verduras e legumes, borra de café, cascas de ovos e muitos outros materiais naturais que iriam para o lixinho da cozinha.

Carol usa um tambor, um compressor de ar para aquários encontrado em qualquer pet shop, um puçá de pesca, alguns ingredientes da cozinha, água e um componente secreto: esterco de vaca fresco (não se preocupe, se você mora na cidade, pode substituir o esterco por húmus de minhoca). Fácil de montar, esse tambor de biofertilizante não tem cheiro ruim, pode ser feito num tamanho menor e deixa o adubo líquido pronto para usar em 18 dias.

Criada pela STIHL Ferramentas em parceria com o Jardim das Ideias, a série 50 Dias de Verde começou no dia 23 de Abril e terá um episódio novo de segunda a sábado, além de uma Live ao vivo aos domingos, até o dia 10 de Junho. Assista em primeira mão aos episódios da sua novelinha verde no canal Jardim das Ideias STIHL, no YouTube, e participe das Lives no Facebook da STIHL Oficial, todos os domingos, às 18h. Boralá deixar sua casa mais verdinha? É fácil, gostoso e faz bem pra toda a família. ;)

STIHL Ferramentas -
http://www.stihl.com.br
Jardim das Ideias -
http://www.jardimdasideias.com.br
Minhas Plantas -
http://minhasplantas.com.br

Conheça os outros apoiadores desse projeto:
BRA Digital:
http://www.bradigital.com.br/
Cobasi:
https://www.cobasi.com.br/
Leroy Merlin:
https://www.leroymerlin.com.br/locali...
Prefeitura de Holambra:
http://www.holambra.sp.gov.br/
Spagnhol Plantas Ornamentais:
http://www.spagnhol.com.br/
Instituto de Permacultura da Pampa 'Ipep':
https://www.ipep.org.br/

Um ótimo livro! Manual do Solo VIVO!




Um livro primordial que ensina a base de todo conhecimento para se lidar com a terra e para gerar mais vida. A consagrada pesquisadora e engenheira agrônoma explica, de maneira didática, as peculiaridades do solo tropical e suas diferenças de manejo com o solo temperado. A cor, o cheiro, a ação do vento, a colocação e ação da matéria orgânica, o exame das raízes, a adubação verde e o plantio direto são alguns dos diversos assuntos tratados por Ana Primavesi. 

Mais sobre Ana Primavesi:
https://medium.com/@expressaopopular/ana-primavesi-pioneira-do-solo-vivo-convers%C3%A3o-com-a-nova-gera%C3%A7%C3%A3o-da-feagr-bafdcfa90ebc 

Um livro primordial que ensina a base de todo conhecimento para se lidar com a terra e para gerar mais vida. A consagrada pesquisadora e engenheira agrônoma explica, de maneira didática, as peculiaridades do solo tropical e suas diferenças de manejo com o solo temperado. A cor, o cheiro, a ação do vento, a colocação e ação da matéria orgânica, o exame das raízes, a adubação verde e o plantio direto são alguns dos diversos assuntos tratados por Ana Primavesi.
Manual do solo apresenta o solo composto de vida transbordante. E é a partir dessa premissa que a autora desvenda o mistério da vida: um solo vivo consegue mobilizar os nutrientes que uma planta necessita e que serão utilizados pelo ser humano, ao contrário do solo doente que gera plantas doentes e suscetíveis à ação de insetos e agentes causadores de doenças. Com isto, a autora comprova que os agrotóxicos prejudicam a natureza e o ser humano, ao mesmo tempo em que não curam a planta doente.
Apenas a prática agrícola ecológica, capaz de oferecer alimentos saudáveis, tem como resultado imediato o resguardo da integridade do meio ambiente, garantia básica para a continuidade da humanidade.Um livro para estudantes de agroeconomia e agroecologia, professores, pesquisadores, camponeses e militantes sociais.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Pasto consorciado com amendoim forrageiro ajuda a aumentar produtividade em até 66%

Fonte:http://www.portaldbo.com.br/Revista-DBO/Noticias/Pasto-consorciado-ajuda-a-aumentar-produtividade-em-ate-66-/24781

Pesquisa da Embrapa Acre ainda mostra a diferença de resposta de bovinos Nelore e de cruzamento industrial Nelore + Angus em pastagem com amendoim forrageiro

Thuany Coelho
Uma pesquisa desenvolvida pela Embrapa Acre em 2017 mostrou a diferença de produtividade entre bovinos Nelore e de cruzamento industrial entre Nelore e Aberdeen Angus - muito comum no Acre - em pastos tradicionais e consorciados. Os animais foram observados na recria, no período da seca, de maio a setembro de 2017. Enquanto o ganho de peso do Nelore aumentou cerca de 27% na pastagem consorciada com amendoim forrageiro em relação à “pura”, o crescimento do cruzamento Angus/Nelore foi de 66%. “É uma diferença expressiva, que vem da adaptação desses animais”, diz Maykel Sales, pesquisador da Embrapa Acre.
O ganho de peso diário de animais Nelore foi de 219 g em pasto “puro” e de 278 g no consorciado. Já a média dos animais do cruzamento Angus/Nelore foi de 238 g/dia apenas com braquiária humidícola e de 395 g/dia no consórcio com 20% a 25% de amendoim forrageiro. Nessa pesquisa, a taxa de lotação foi de 2,2 UA/ha no pasto puro e de 2,4 UA/ha no consorciado. Além do ganho de peso, o pesquisador também fez uma avaliação de parâmetros sanguíneos para verificar como estava o aproveitamento da dieta pelos animais. Segundo ele, o Nelore não sente tanto a diferença entre pastos comuns e consorciados, já que está acostumado com uma dieta com pouco nitrogênio. “Por serem animais que vêm de uma região do mundo com gramíneas de baixa qualidade, estão adaptados a isso, então, durante a evolução, se especializaram em reciclar nitrogênio. Com isso, os níveis de nitrogênio no sangue desses animais são estáveis, na faixa de 17% a 20%, o que a gente considera próximos de ideais”, explica Sales.
Já a raça Angus, originária de regiões temperadas da Europa, onde há gramíneas de alta qualidade, não apresenta a mesma evolução. “Esse animal cruzado em ambiente com pouco nitrogênio sofre bastante, o que prejudica o ganho de peso, que fica muito parecido com o do Nelore. Mas quando você compensa com o pasto consorciado, ele é muito melhor”. O pesquisador da Embrapa Acre explica que no caso de pasto puro de braquiária humidícola, a vantagem do melhoramento genético vindo do cruzamento é anulada pela baixa qualidade do pasto. “É um animal que precisa de um ambiente melhor, suplementação proteica se for o caso ou de um pasto consorciado para você não “perder” o potencial genético dele”.


Consórcio com amendoim forrageiro - Sales realiza estudos em pastos puros e consorciados em 16 hectares da Fazenda Guaxupé, em Rio Branco, no Acre, desde 2010. A partir de 2015, quando ajustes no sistema foram feitos, as avaliações de Nelore na recria - animais de 8 a 10 meses de idade e 220 a 230 kg - sistemicamente têm apontado média de aumento no ganho de peso de pastos consorciados ante puros de 20% na época das chuvas e de cerca de 40% na seca - em números brutos, porém, o ganho de peso diário é maior nas chuvas nos dois sistemas. 
Além de aumentar o teor proteico da dieta na comparação apenas com o pasto de braquiária humidícola, o amendoim forrageiro é menos fibroso e de digestibilidade maior, resultando em melhora do desempenho animal. O consórcio, então, permite produzir mais carne em menos tempo e ainda reduz a dependência de insumos. “O produtor que trabalha com pasto consorciado não depende tanto de comprar ureia, que chega a preços altos no Acre, porque há reposição direta de nitrogênio pelo amendoim”, explica. Segundo o pesquisador, com 30% de amendoim forrageiro e 70% de capim, proporção considerada ótima, a quantidade de nitrogênio fixada no solo ficaria em torno de 80 a 120 kg de N/ha/ano, substituindo por volta de 200 kg de ureia. Apesar dos estudos serem focados no Acre, Sales acredita o sistema funcione bem em toda a região Amazônica e em áreas com estação de seca não tão prolongada.
Assistência técnica - Para o pesquisador, quem usa a tecnologia está satisfeito e expandindo a área, mas a adoção ainda é baixa. “Não conseguimos fazer a disseminação como queríamos, porque não temos perna para isso. A assistência técnica para a introdução é deficiente e você precisa de acompanhamento mais rigoroso para não perder controle do pasto”. Um dos cuidados é passar a aplicar herbicidas seletivos na pastagem em vez de apenas para folhas largas, mais utilizados no capim, porém que prejudicam o amendoim. Em relação a pragas, em geral, o amendoim forrageiro tem sido uma segurança, pois as principais atacam as gramíneas e ele consegue manter a qualidade da dieta enquanto isso. Em 2015, porém, quando houve uma seca mais duradoura, surgiu no Estado uma praga que ataca o amendoim: o ácaro vermelho. “Mas nos anos seguintes já não teve a mesma pressão, então não consideramos um problema. E já fizemos avaliações e temos uma estratégia para o controle”.
A maior dificuldade, contudo, está na implantação do amendoim forrageiro, já que a obrigatoriedade de plantio por mudas limita o uso da tecnologia. “Mas estamos desenvolvendo uma cultivar para ser plantada com sementes, o que vai facilitar o trabalho”. De acordo com o pesquisador, o material deve ser lançado até o ano que vem.

Fonte: Portal DBO


FORNECEMOS MUDAS;
agropanerai@gmail.com

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JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...