quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Plantei uma muda de Sete capotes no sítio. Conheces?

http://www.huertasurbanas.com
Continuando a diversificação de espécies no sítio 5 irmãos em montenegro RS, plantei uma muda de "sete capotes" que ganhei do amigo Radalesque. Adubei a cova da muda com esterco de gado, vamos verificar seu crescimento.
alexandre 


CAMPOMANESIA GUAZUMIFOLIA
FAMÍLIA DAS MYRTACEAS

Flores
Frutos

NOME INDIGENA: AGUARICARÁ vem do guarani e significa “Fruto da arvore de tronco coberto de varias camadas de cascas e escavado” característica bem notória nos outros nomes populares mais comuns como Sete capotes ou Sete casacas.


Características: Arvore de 4 a 10 metros e tem copa arredondada quando em pleno sol e piramidal quando no interior da floresta. O tronco é tortuoso com pequenas cavas ou sucos e mede 20 a 30 cm de diâmetro, com casca muito suberosa ou grossa, formada de diversas camadas. As folhas são simples, opostas e verdes foscas, oblongas (mais longa que larga) com textura rugosa e coriacea (rija como o couro) medindo 6,5 a 12 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, com base é arredondada e o ápice é ovalado (com forma de ovo). As nervuras são bem distintas, pubescentes (coberta de pelos curtos) e salientes na face superior. As flores são hermafroditas, axilares (nascem na conjunção da folha com o ramo). O botão por abrir mede 1 cm de diâmetro e a flor depois de aberta mede 3 a 4 cm de diâmetro. O cálice (invólucro externo) é denteado e mede 9 mm de comprimento e a corola (invólucro interno) contém 5 a 7 pétalas brancas de 1,6 a 1,8 cm de comprimento, com margem crenada (dentes arredondados).

Dicas para cultivo: Arvore de crescimento rápido e muito resiste a geadas de -3 graus vegeta bem em qualquer altitude. O solo pode ser profundo, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho) com pH neutro e rico em matéria orgânica. A arvore inicia a frutificação a partir do 3 ano após o plantio. Também é muito resistente a seca.

Mudas: As sementes são de cor creme conservam o poder germinativo por mais de 1 anos após terem sido limpas e secas. Germinam em 40 a 60 dias se forem plantadas em substrato rico em matéria orgânica. As mudas atingem 30 cm com 6 meses de cultivo.

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol como em bosques com arvores grandes bem espaçadas. Abra covas  num espaçamento de 5 x 5 m; com dimensões de 40 cm de largura, altura e profundidade, misturando a terra da superfície com 500 g de calcário, 1 kg de cinzas e 8 kg de matéria orgânica bem curtida, deixando curtir por 2 meses. A melhor época de plantio é de setembro a outubro. Depois de plantada, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar chuva por mais de 1 mês.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco ou estiverem atrapalhando a formação da copa. Adubar com composto orgânico, pode ser 6 kg de matéria orgânica bem curtida + 30 g de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 4ª ano.

Usos: Frutifica de fevereiro a abril. Os frutos são consumidos in-natura, ou para fabricação de geléias ou sorvetes. As arvores não devem faltar em reflorestamentos de preservação permanente por terem rusticidade e crescimento rápido.

Fonte: http://www.colecionandofrutas.org/campomanesiaguazumi.htm

terça-feira, 20 de setembro de 2016

As árvores mais indicadas para plantar na cidade de São Paulo no Dia da Árvore

Extraído do blog árvores de são paulo

by Ricardo Cardim
A metrópole nasceu em berço de Mata Atlântica, Cerrado e araucárias. Cresceu, e hoje substituiu sua biodiversidade por plantas estrangeiras. Plantar as nossas árvores nativas é resgatar o equilíbrio ecológico, diminuir manutenção, trazer mais água, ter plantas que se desenvolvem melhor, atrair mais fauna e ensinar as pessoas sobre o nosso maior patrimônio: a natureza.
Assim, nesse Dia da Árvore, o blog traz uma seleção de espécies que acreditamos fundamentais em projetos de arborização e paisagismo em São Paulo. Todas são nativas do território.
  1. PARA CALÇADAS ESTREITAS:
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Pitangueira (Eugenia uniflora) - árvore frutífera de até 4 metros, tem Madeira resistente, e vira um buquê branco em setembro, ficando depois carregada de pequenos frutos que fazem a festa da passarada e pessoas.
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Palmito jussara (Euterpe edulis) (lugares de meia-sombra) planta-mãe da Mata Atlântica, alimenta inúmeros bichos do bioma, está em extinção e é muito elegante.
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Ipê amarelo (Handroanthus ochraceae) - cresce até uns 4 metros nas condições urbanas de São Paulo e fica totalmente florido em agosto. Madeira dura e resistente.
PARA CALÇADAS MÉDIAS:
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Cambuci (Campomanesia phaea) - árvore símbolo da cidade e que hoje está quase extinta por aqui. Já foi comum a ponto de nomear bairro e rio. Dá frutos muito saborosos, tem Madeira resistente e forma elegante. Na cidade altura média de 4 metros e tronco de 25 cm de diâmetro.
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Inga (Inga sp.)- árvore frutífera que recobria às margens dos rios paulistanos, cresce rápido e é muito ornamental.
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Tarumã do cerrado (Vitex polygama) - árvore escultural, produz frutos comestíveis semelhantes a uma azeitona preta. Muito rara hoje.
PARA CALÇADAS LARGAS:
Copaíba (Copaifera langsdorffii) árvore belíssima, de copa ampla e arejada, Madeira resistente, com folhas médias e frutos pequenos apreciados pelos pássaros, pode viver mais de dois séculos.
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Canelinha (Nectandra megapotamica)- copa redonda e cheia, folhas médias e frutos pequenos queridos pela fauna, foi a Madeira usada nas casas bandeiristas.
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Jacarandá-paulista (Machaerium villosum) - árvore de crescimento rápido e copa ampla, com raízes profundas, muito bonita.
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Praças e Parques
Araucária (Araucaria angustifolia) - espécie extinta na forma nativa na cidade, é escultural e emblemática. Cresce rápido e a sol pleno.
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Figueira-brava (Ficus organensis, Ficus insipida, Ficus enormis, Ficus gomelleira, Ficus guaranitica, entre outras espécies nativas com esse nome popular) - são as árvores-monumento da flora paulistana. Duram séculos, planta-las é deixar um legado para as próximas gerações. Tem muitas espécies nativas, sendo a mais indicada a Ficus organensis. Muitas crescem em frestas de muros, onde podem ser removidas com cuidado e plantadas em recipientes de mudas para depois ir para a cidade.
Jequitibá-branco (Cariniana estrellensis) - árvore-rei da floresta paulistana, dura séculos e forma uma enorme e bela copa. Muito rara atualmente.
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DICAS DE PLANTIO-
Consulte o manual de arborização da prefeitura de São Paulo:
Atente para o espaço e interferências próximas, abra um berço quadrado de no mínimo 50x50x50 cm, encha o fundo de água antes de por a muda com terra bem adubada, deixe o nível da muda alguns dedos abaixo da calçada e sem mureta para receber a água da chuva e nutrientes, espalhe matéria orgânica seca em volta para evitar ressecamento e coloque um tutor amarrado suavemente com cordinha degradável. A muda deve ter um tamanho mínimo de 1,5 metros para melhor sobreviver.
Para adquirir mudas, algumas sugestões:
  1. Fábrica de Árvores -  http://www.fabricadearvores.com.br/
  2. Viveiro Legado das Águas Votorantim - http://www.legadodasaguas.com.br/
  3. Tropical Plantas - http://www.tropicalpaisagismo.com.br/
  4. Ceagesp - http://www.ceagesp.gov.br/entrepostos/feiras-de-flores/
  5. Bioflora - http://www.viveirobioflora.com.br/mudas
  6. Sítio Raio de Sol - http://www.sitioraiodesol.com.br/
  7. Trees.com
  8. http://www.casadaarvore.com/
Bom plantio!
Ricardo Cardim

Você sabe realizar a poda adequada de uma árvore?download gratuito de Manual de poda de árvores

Prefeitura de SP disponibiliza download gratuito de Manual de poda de árvorespoda-arvores

      Você sabe realizar a poda adequada de uma árvore?
      Em uma cidade, em que a urbanização crescente está sempre em queda de braço com a arborização, o plantio e a poda de árvores no perímetro urbano merecem atenção especial. Nesse sentido, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente do estado de São Paulo lançou este Manual Técnico de Poda, cujo objetivo é adequar e padronizar os procedimentos de poda em logradouros públicos.
      O ponto mais relevante abordado nesta edição é a importância de podar a árvore enquanto esta ainda pode ser considerada jovem, pois o corte é uma injúria a um organismo vivo, e quanto menor for essa ação mais rapidamente a árvore irá responder, formando um indivíduo saudável que contribuirá para a consolidação de uma floresta urbana adequada.
      No manual, você pode conferir diversas técnicas (com ilustrações) para realizar com segurança a poda de árvores, principalmente em perímetros urbanos. Desde o corte de troncos e copas de árvores, até mesmo a poda de raízes.
      Um material muito interessante que vale a pena ter em sua biblioteca virtual.
      Clique na imagem abaixo para realizar o download do arquivo.
capa
Fonte – Prefeitura de São Paulo

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Redução de impactos ambientais de resíduos orgânicos com o uso da minhocultura e da vermicompostagem


A minhocultura e a vermicompostagem têm grande potencial na reciclagem de resíduos orgânicos com o objetivo de reduzir o impacto ambiental do lixo orgânico de feiras e residências, de aproveitar esses resíduos para adubação orgânica e utilizar o adubo em praças públicas, hortas escolares e propriedades familiares. 

Para falar sobre a redução de impactos ambientais dos resíduos orgânicos com o uso da minhocultura e da vermicompostagem, o Prosa Rural desta semana convidou o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju/SE), Joézio dos Anjos.
“A minhocultura é a técnica de criação de minhocas visando a produção de adubos de qualidade a partir de resíduos orgânicos, seja de origem animal, como estercos, ou de origem vegetal, como, por exemplo, resíduos de cozinha, como cascas de frutas e verduras”, destaca o pesquisador durante sua participação no Prosa Rural.
Ele explica que a reciclagem, utilizando-se as técnicas da minhocultura e da vermicompostagem, traz vários benefícios, dentre eles, a produção de adubos orgânicos de baixo custo, a obtenção de proteína de alta qualidade (proteína das minhocas) destinada à ração de pequenos animais na propriedade familiar, a diminuição da poluição do solo e da água pelo aproveitamento dos resíduos orgânicos provenientes de feiras e dos resíduos domésticos, além de representar uma oportunidade de valorização da pequena propriedade familiar.
Durante o programa, Joézio dos Anjos fala também sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, um conjunto importante de leis com preocupação ambiental que tem como um de seus objetivos resolver o grande problema dos lixões existentes em todo o Brasil. “Essa política considera o lixão um crime federal e destaca a necessidade da transformação dos resíduos antes de sua destinação final”, explica o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros.
Segundo ele, o trabalho de reciclagem pode ser feito pelas prefeituras, que têm áreas e máquinas necessárias, além de mão-de-obra, para montagem de pequenas áreas de reciclagem, em pontos estratégicos do município.
Saiba mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural desta semana, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
2012/07/23
Sayonara Marinho
Email: sayonara@cpatc.embrapa.br
Telefone: (79) 4009-1395
Embrapa Tabuleiros Costeiros
Colaborador URL

Embrapa Informação Tecnológica
http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2012/reducao-de-impactos-ambientais-com-uso-da-minhocultura-e-vermicompostagem

Grátis Manual de agricultura urbana, ensina o passo a passo.

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      Criado pelo Projeto Colhendo Sustentabilidade, a cartilha “Práticas comunitárias de segurança alimentar e agricultura urbana” traz diversas dicas para quem deseja iniciar uma horta, seja ela comunitária ou dentro de sua própria casa.
      O material, disponível gratuitamente on-line, começa falando sobre a importância da agricultura urbana para a produção de alimentos de qualidade e livres de agrotóxicos. Para que isso seja possível, no entanto, o projeto deixa claro que a participação das comunidades é essencial.
      O primeiro tópico abordado na cartilha é a compostagem. O manual fala dos benefícios desta prática para reduzir a quantidade de resíduos descartados inadequadamente e também de como os materiais orgânicos podem ser transformados em ótimos aliados no plantio. Assim, o leitor tem todos os detalhes de como fazer uma composteira caseira para produzir o seu próprio adubo ecológico.
      A segunda leva de dicas inclui a criação de um canteiro tradicionais para o início do plantio, bem como sugestões de um canteiro suspenso e uma horta vertical. Com o local preparado, o passo seguinte é plantar e com isso vem a preocupação com o controle de práticas. A cartilha mostra diversas opções naturais para substituir os venenos e agrotóxicos usados em plantações.
      Para quem quer dar um passo adianta e plantar em um espaço maior, o manual também disponibiliza as informações necessárias para a criação de uma agrofloresta, com os detalhes de quais espécies são ideais, como elas devem ser dispostas e quais resultados este sistema oferece.
      Por fim, o documento também disponibiliza receitas saudáveis e um guia prático sobre as plantas medicinais.
      Clique aqui para acessar a cartilha.               Fonte – Ciclo Vivo

sábado, 17 de setembro de 2016

Como criar uma horta orgânica no quintal de casa

Veja como é possível plantar frutos e verduras em casa

Já sabemos que a sustentabilidade está ligada a diversos fatores do nosso dia a dia: hábitos de consumo, mobilidade, estrutura física do prédio… A alimentação saudável também entra na lista de uma vida mais sustentável.  Por esse motivo, muitos estudiosos pregam que plantar os próprios alimentos é parte integrante desse processo, pois oferece uma comida mais fresca, limpa e livre de agrotóxicos. Mas a melhor parte mesmo é não precisar ir até o mercado para comprar, certo? Então hoje a gente mostra como um jovem americano resolveu aderir a esta prática substituindo o jardim que havia no quintal da sua casa por uma horta orgânica.
Confira a evolução da horta através das imagens abaixo:
Antes da horta, o jardim da casa era todo gramado. Colocando molduras de madeira, o proprietário montou pequenos espaços para as plantações e os encheu de adubo.
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Com o crescimento acelerado das sementes, que logo começaram a brotar, foi preciso adaptar um pouco o espaço: o chão foi preenchido com pedaços de madeira, no qual foram semeadas folhas secas.
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A irrigação é toda feita por um processo criado por ele. Na frente da horta, há também pedaços de concreto com sementes plantadas.
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Pouco mais de um mês se passou e os vegetais começaram a parecer… A rúcula foi a primeira folha a brotar. Em seguida, o espinafre, beterrabas, cenouras e diversos outros vegetais: cebolinha, ervilhas, pimentões, pepinos…
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E a plantação foi crescendo de forma incrível, o que o levou a doar aos vizinhos o excesso que não poderia consumir. Criou então uma caixinha especial na horta orgânica, com o título “Vegetais de graça” para que as pessoas da vizinhança pudessem colher dali mesmo.
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E não demorou muito para as flores começarem a brotar também, compondo o espaço e o deixando ainda mais verde e bonito.
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Viram que bacana o exemplo do americano? Hoje ele tem toda essa variedade de alimentos na porta de casa, fresquinhos e na quantidade em que desejar. Tudo isso de forma gratuita e que beneficia a natureza, uma vez que evita o consumo em excesso, a saída de carro para o supermercado, o uso de sacolas plásticas etc.
Quem aí tem um quintal em casa ou no prédio? Uma horta coletiva para condomínios é uma bela pedida! :)
*Fonte e imagens: imgur.com

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

“Do total de comida que se produz, 40% vai para o lixo, e isso é imoral”


Yolanda Kakabadse (Quito, Equador, 1948) é a presidenta da WWF internacional e ex-ministra do Meio Ambiente do Equador. Desde os anos 70, ele tem se dedicado a defender o planeta: foi fundadora e presidenta de várias ONGs e proferiu palestras no mundo inteiro em favor da natureza. Na semana passada, Kakabadse esteve em Madri para participar da segunda edição dos Diálogos sobre a Água entre a América Latina e a Espanha. “Existem muitas experiências positivas para ser compartilhadas”, diz ela, sorrindo. Kakabadse participou de uma mesa sobre o uso da água no âmbito urbano. “Perde-se muita água. E todos nós a vemos como algo inesgotável, mas de que me serve a água no oceano?”.
A entrevista é de Marya G. Nieto, publicada por El País, 13-09-2016.
Eis a entrevista.
O que se pode fazer, em termos de soluções práticas, para melhor a gestão da água?
Para começar, devemos fazer uma relação entre essa questão e a mudança climática, que acentua a possibilidade de ocorrência de secas e inundações. Outra coisa é que não existe um usuário principal de água. Na América Latina, por exemplo, o setor agrícolasempre se viu como dono da água. Isso é ruim. Principalmente porque, ao final, ocorre um desperdício de comida enorme. Produz-se mais comida do que podemos consumir, e 40% dessa comida vai para o lixo. Isso é imoral, é uma falta de ética e de solidariedade com o planeta. Pois para produzir essa comida consumiu-se muita água.
Quanto às responsabilidades, elas são do consumidor ou do produtor?
Todos nós vemos a água como algo inesgotável, mas de que me serve a água no oceano?
Acredito que os dois lados são responsáveis. Primeiramente, é preciso diminuir os níveis de ambição econômica do produtor e fazer com que ele seja mais responsável. Quanto ao consumidor, temos de aprender de novo a avaliar a qualidade de um produto pelo olfato, pelo tato ou pela aparência, e não apenas por meio da data de validade exposta no rótulo.
A senhora falou certa vez sobre a importância que as lideranças têm no sentido de divulgar orientações como essa. Quem, na sua opinião, impulsiona essas iniciativas?
Alguns líderes empresariais. Não todos, mas muitos. Os acordos de Paris, por exemplo, tiveram dois atores fundamentais: os líderes locais, como os prefeitos, e alguns do setor empresarial. Eles querem que as suas empresas durem 200 anos, não 20. É verdade que poderão ficar mais ricos em 20 anos, mas essa visão não pode prevalecer. A visão correta tem de ser de que o seu negócio perdure no tempo, para que várias gerações se beneficiem dele.
Então temos motivo para estar otimistas?
Do total de comida que se produz, 40% vão para o lixo, e isso é imoral, é uma falta de ética e de solidariedade com o planeta
Sou sempre otimista. Nós, ecologistas, somos otimistas, caso contrário já teríamos nos suicidado há muito tempo. Mas continuamos lutando, porque sabemos que existem novas maneiras de lidar com os problemas e novas respostas para eles.
Ainda há quem negue a existência da mudança climática. Como convencer essas pessoas?
É triste que certas pessoas só mudam depois de sofrer um golpe duro. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, por exemplo, dizia que não existia esta questão da mudança climática, até que o furacão Sandy atingiu a sua cidade. Depois disso, ele não teve outra saída a não ser mudar de opinião e pedir desculpas. O lamentável é que não admitamos o valor das previsões científicas. Mas o ser humano é assim mesmo. Somente com os golpes sofridos é que entendemos que existem realidades que não queremos admitir.
Um dos problemas do meio ambiente são os prazos. Os planos demoram muito para ser aplicados. Como fazer para diminuir esses prazos?
Os próprios acontecimentos nos obrigarão a encurtar esses prazos. Quando vermos que o nosso vizinho está sem água, então mudaremos. Somos tão céticos diante das evidências científicas, que custamos muito a mudar. E o problema é que não explicamos direito por que é preciso mudar. As pessoas precisam entender por que devem mudar o seu comportamento.
Nós, ecologistas, somos otimistas, caso contrário já nos teríamos suicidado há muito tempo
Qual é o papel das ONGs, como a WWF, que a senhora preside, nesse contexto?
É fundamental. Pois temos consciência de que devemos construir uma articulação entre a informação científica e o comportamento humano. Não se deve salvar a lince apenas por ela ser muito bonita, mas sim porque ela vive em um habitat que está sendo ameaçado. O mesmo acontece com o parque daDonãna [reserva natural espanhola]. Ele não é importante por causa da sua beleza, mas sim porque fornece água, garante o controle do clima, a segurança de um rio. E essas coisas precisam ser explicadas.
A senhora não acha que o fato de haver tantas ONGs com diversos campos de atuação faz com que sua mensagem perca força?
Não, porque cada grupo de uma população tem uma forma diferente de receber a mensagem. Há quem dê atenção para algumas ONGs do establishment, enquanto outros o fazem em relação a outras mais radicais. Ou o contrário. Cada sociedade conhece formas diferentes de receber ou emitir uma mensagem.
Na sua opinião, onde a WWF se encaixa? No establishment ou entre as radicais?
Acredito que estamos em uma zona intermediária. Nossa habilidade para conversar com governos, com o setor produtivo ou com os indígenas nos colocou em uma posição privilegiada, em que há muita gente que nos ouve. É verdade que há quem nos chame de corrompidos por falarmos com o setor produtivo, mas, para nós, trata-se de um valor agregado. Porque esse setor produtivo exerce um impacto enorme sobre o planeta, e, se não pudermos dialogar com ele, não conseguiremos acabar com o problema.
Acredita que ainda há tempo para reverter o estrago que fizemos ao planeta?
Ainda sofreremos impactos muito mais graves do que imaginamos. O impacto damudança climática sobre as sociedades humanas vai ser algo muito grave. Tomara que consigamos incrementar os esforços no sentido de reverter os processos antes que eles nos atinjam.
A maior ameaça que pesa sobre o ser humano é a mudança climática
A mudança climática é, então, o inimigo número um?
Com certeza absoluta. Neste momento, a maior ameaça para o ser humano é a mudança climática.

MUROS E CERCAS COMESTÍVEIS EM ÁREAS URBANAS E RURAIS




A maioria dos brasileiros vive hoje em áreas urbanas e periurbanas e precisa de comprar praticamente tudo
que come.

A violência é uma constante e a cada dia tem mais pessoas enjauladas em suas casas: muros de tijolo, grades de ferro e cercas elétricas. O mesmo ocorre nas escolas.

Quase não existe terreno livre e os lotes são cada vez menores, mas é possível aproveitar a estrutura dos muros e cercas e transformá-los em “canteiros” de hortaliças, frutas e remédios.

1 - Muro/cerca de seguranca: usar plantas cin espinho como os cactos (palma) comestiveis e o ora-pro-nobis, O que falta na abóbora (caloria, proteínas e ferro) está na semente e o que falta na abóbora e na semente (cálcio, e vitamina A) está na folha.



Ora-pro-nóbis

3 - Muro/cerca de alimentos: bertalha, cará-do-reino, cará-aéreo, abóbora, bambu, chuchu, cardeal, feijão
de metro, quiabo de metro, capim-cidrão (ervacidreira, capim-limão), palma.

4 - Muro/cerca de remédios: insulina, chuchu, guaco, maracujá, batata-de-purga, aveloz, coroa-de-cristo.

5 - Muro/cerca antipoluente:
- o uso do bambu (chega a crescer até 1,5 cm por hora) além de fornecer brotos como alimento pode eliminar a poluição visual, reduzir a poluição sonora e a fuligem e melhorar a temperatura. Exemplo: creches, escolas, residências ou fábricas ao lado das rodovias movimentadas podem, em alguns meses, contar com a proteção desse maravilhoso muro vivo.

6 - Cerca viva de árvores de pitanga, nin, leucena, sansão-do- campo (sabia), juca, palma.

Cára-do-ar

7 - O ora-pro-nóbis, de árvore, vive 60, 70, 80 anos ou mais, sem nunca ser adubada ou aguada, e, a cada ano, nos presenteia com inúmeros buquês de flores e folhas carnosas, cheias de vida. E quanto mais é podada, mais alimento fornece. Todo galho enterrado “pega”. Produz uma cerca viva belíssima.
É também uma proteção de fato por causa dos espinhos. Come-se crua, cozida, em sucos.
 
FONTE: LIVRO HORTAS PERENES
http://www.multimistura.org.br/livreto%20hortas.pdf

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Violetas são alegres e fáceis de cuidar



Embora não tenham perfume marcante, as violetas são preferência nacional. Além de alegres, essas flores são fáceis de cuidar. Para garantir que a beleza da planta dure por mais tempo, são necessários alguns cuidados, como água, luz e adubação.
Vaso ideal - Apesar de os vasinhos de plásticos serem charmosos, as violetas se dão bem mesmo nos vasos de barro, já que absorvem a umidade.
Água - Não molhar as folhas, pois elas apodrecem. Colocar água apenas no pratinho, fazer uma rega na terra uma vez por mês, para diminuir a concentração de sais minerais. Outro detalhe: as violetas detestam cloro. Para eliminá-lo, ferver a água e deixar esfriar antes de regar. No verão, molhar duas vezes por semana. No inverno, apenas uma.
Luz  - A violeta precisa de luz, mas não suporta o sol direto. O ambiente ideal é um local com temperatura em torno de 25º C, onde os raios solares sejam filtrados pelo vidro de uma janela, por exemplo.
AdubarHá fertilizantes químicos específicos para as violetas. Variar essa adubação periodicamente, alternando com farinha de osso e húmus de minhoca.
Plantio - Para plantar, deve-se colocar no fundo do vaso uma camada fina de pedrinhas. Encher até a metade com a seguinte mistura: 2 partes de terra comum, 2 partes de terra vegetal e 1 parte de vermiculita, remédio que combate pragas. Plantar a muda centralizando a raiz e completaaar com a mistura. A seguir, regar generosa, até que a água escorra para o pratinho.
Manchas queimadas: quando aparecem estas manchas, provavelmente a planta foi intoxicada por algum tipo de produto químico.
Folhas amareladas: o excesso de luz e a falta de nutrientes fazem com que as folhas fiquem amareladas.

Cada tipo de espécie pede vaso e tratamento distinto
Escolher o vaso correto é um fator crucial para determinar a vitalidade da planta. Por isso, na hora da compra o mais importante a se levar em conta é o tamanho. Deve-se optar um que tenha a dimensão adequada para o desenvolvimento de cada uma. Sendo assim, escolher primeiro a planta que sequer. Tendo-a em mãos, o vaso precisa ter espaço para que o torrão (a raiz) seja envolvido por terra em todos os lados, e não apenas na parte baixa do vaso.
Outras características indispensáveis são ter furo para a saída da água excedente da rega, ter prato um pouco maior do que a base do vaso (o prato deve ter pelo menos 5 cm a mais do que a base do vaso) e colocar rodízio caso o local precise ser limpo com frequência, já que o rodízio facilita a movimentação do vaso e a manutenção também. Além disso, permite que a planta seja virada para que ela receba sol por igual.
O material do vaso não influencia no desenvolvimento da planta, porém plantas com raízes fortes podem quebrar vasos, como vasos de terracota. Mais cedo ou mais tarde a raiz da primavera vai quebrar o vaso. A planta com flores não é uma condicional para retirá-la de um vaso. Por exemplo, o antúrio e outras espécies de pequeno porte podem viver em vaso durante muitos anos.
Há também sempre a dúvida de qual é o momento ideal para trocar uma planta para um vaso maior. Para isso é necessário conhecer o desenvolvimento de cada espécie para saber o momento certo. Uma planta que está há três anos ou mais no mesmo vaso, provavelmente precisará de um novo, devido ao crescimento de suas raízes e a necessidade de mais terra e nutrientes.
Redação Jornal Correio Riograndense

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JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...