segunda-feira, 10 de junho de 2013

De louco a gênio e doutor, Herbert Arnold Bartz



Há 40 anos Herbert Bartz adotou o plantio direto, sistema usado hoje em 70% da área de grãos

Tachado de louco, um agricultor de Santa Catarina revolucionou o plantio no Brasil. Seu nome: Herbert Arnold Bartz, 76 anos, que acaba de receber o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Estadual de Londrina, em 30 de abril. “Eu nem tenho diploma universitário e me homenagearam com título de doutor”, comenta.
Na década de 70, quando a erosão causava perda média anual de solo de 20 toneladas por hectare no país, Bartz introduziu o sistema de plantio direto na palha (SPDP). Inconformado com a perda de terras férteis para a erosão, em sua propriedade em Rolândia, no Paraná, o agricultor viajou à Europa e aos EUA em busca de um sistema que permitisse a conservação do solo.

Quando começou a plantar sem retirar da terra a palha da safra anterior, foi tachado de louco. Hoje o plantio direto está em 85% da área plantada no país. “A história da agricultura brasileira, sobretudo do cultivo de commodities, pode ser dividida em antes e depois do plantio direto”, defende Henrique Debiasi, da Embrapa Soja.
Depois de 40 anos, experiência é uma das bases da agricultura sustentável no Brasil. “Essa foi a maior revolução agrícola do final do milênio, porque retira o gás carbônico da atmosfera e o retém no solo, transformando-o em matéria orgânica”, avalia a Embrapa.

Técnica - A técnica dispensa o revolvimento da terra com o uso de grades e arados e trabalha com rotações de culturas, aumentando a matéria orgânica. A semeadura é feita na palha da cultura anterior, o que impede a queima da área. Sem a massa vegetal queimada, o dióxido de carbono (CO2) não é liberado.
Com o plantio direto, estima-se a ampliação da área atual em 8 milhões de hectares da Agricultura de Baixo Carbono (ABC), passando de 25 milhões para 33 milhões de hectares, em menos de 10 anos. Esse acréscimo vai permitir a redução da emissão de 16 a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.
Além disse, o plantio direto é exemplo de agricultura conservacionista, com preservação da qualidade dos recursos naturais, como água e solo. “Preservamos o solo e conseguimos fazer com que praticamente não se fale em erosão. A água que sai das lavouras para os rios é limpa, sem lama”, enfatiza José Eloir Denardin, pesquisador da Embrapa Trigo. O local de plantio também é beneficiado com maior número de nutrientes.

É o melhor sistema, diz a FAO



A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação reconhece o plantio direto como o melhor sistema de produção agrícola. O Brasil é líder mundial no uso da tecnologia e tem colaborado na difusão desse sistema em países da África, Europa e Ásia.
No Brasil, de 48 milhões de hectares ocupados pelas plantações só de grãos, mais de 30 milhões são pelo plantio direto (ver quadro). A maior parte está concentrada na região Sul, com cinco milhões de hectares no Paraná. “O PD possibilitou o desenvolvimento de tecnologias e sistemas de produção, que resultaram na competitividade e eficiência da agricultura e pecuária”, disse o agrº Carlos Pitol.


Herbert Arnold Bartz, o pioneiro


O catarinense de Rio do Sul Hebert Arnold Bartz, 76 anos, foi chamado de “alemão louco e cabeça dura”. Hoje é exemplo no Brasil e exterior. Assim pode ser resumida a trajetória do pioneiro do plantio direto na palha no país (PDP). “Sempre fui teimoso. Em condições normais, talvez seja defeito. Para mim foi decisivo para pesquisar e dar continuidade ao PD”, enfatiza.
Tudo começou em 1960, quando Bartz arrendou a propriedade do pai para enfrentar as adversidades climáticas e operacionais que colocavam a fazenda Rhenânia, em Rolândia (PR), em risco. Expandiu a produtividade e arrendou terras para criar porcos, plantar milho, arroz, trigo e soja. Porém, com o desafio da erosão, saiu em busca de um sistema de plantio capaz de solucionar a perda de solo.
Em 1972, viajou para os Estados Unidos e visitou a propriedade de Harry Young, pioneiro americano do PD. O conhecimento e a constatação técnica lhe renderam o apelido de louco. “Novas tecnologias começaram a mudar o cenário do plantio direto, em 1976, na região dos Campos Gerais do Paraná. Os produtores Nonô Pereira e Franke Dijkstra percorriam caminhos paralelos ao de Bartz, buscando conhecimento nos EUA.

fonte correio riograndense

domingo, 9 de junho de 2013

Severino aos 88 anos conduz Propriedade Agroecológica - Sertão Santana - Rio Grande Rural

Você vai conhecer a trajetória de vida de um médico reformado do Exército, que encontrou na fruticultura uma forma de se manter sempre ativo aos quase noventa anos. O sítio do Severino Fin, em Sertão Santana, é uma propriedade modelo de diversificação, produção e sustentabilidade ecológicas.

sábado, 8 de junho de 2013

Como Cuidar de Orquídeas - Aprenda a tirar muda







A jornalista Carol Costa explica o que são keikis e mostra como tirar mudas de uma orquídea Dendrobium. Aprenda também a esterelizar corretamente os instrumentos de jardinagem, para não passar doenças, fungos ou bactérias de uma planta para outra. Para mais dicas simples e práticas sobre orquídeas, acesse o portal Minhas Plantas (http://www.minhasplantas.com.br).

sexta-feira, 7 de junho de 2013

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Fossas Sépticas Econômicas Pindamonhangaba



Após o sucesso da implantação do sistema de fossas sépticas econômicas no bairro da Cerâmica, a Prefeitura de Pindamonhangaba faz o lançamento oficial do programa no loteamento Queiroz, no bairro Bom Sucesso, no próximo dia 11 de junho, com a presença da secretária de Saúde, Ana Emília Gaspar.
A “fossa séptica econômica” é um sistema desenvolvido pelo s técnicos da prefeitura, atendendo a solicitação do prefeito João Ribeiro, como forma de resolver problemas de saneamento básico em regiões que tenham população de baixa renda e não conte com infra-estrutura de captação de esgoto.
O sistema utiliza de dois a três tambores plásticos interligados formando os estágios do sistema de decantação do esgoto captado. Este tipo de fossa possui uma vida útil igual a fossa feita em alvenaria, mas sua instalação é mais simples e bem mais barata.
O Programa de Fossas Sépticas Econômicas, idealizado pelo prefeito João Ribeiro, conta com o apoio de empresas privadas que fazem a doação dos tambores plásticos utilizados como fossas, aos moradores.
Investindo em saneamento básico, a prefeitura de Pindamonhangaba ajuda na prevenção de cerca de 50 doenças que podem ser adquiridas por meio de contato com esgoto, entre elas a diarréia, hepatite, verminose, entre outras.
O Programa de Fossas Sépticas Econômicas será levado a todas as comunidades carentes da cidade, e mais informações, inclusive as plantas de instalação do sistema, podem ser adquiridas no Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de Pindamonhangaba.
Bairro Cerâmica
A comunidade do bairro Cerâmica que sofreu por muitos anos com a falta de saneamento básico e o esgoto corria a céu aberto. Com o forte trabalho desenvolvido pelo prefeito João Ribeiro, através do Fundo Social de Solidariedade, casas foram reformadas e a comunidade ganhou vários cursos profissionalizantes, dentre eles o projeto “Cerâmica”, no qual jovens aprendem produzir peças de cerâmica.
O projeto Cerâmica modificou o dia-a-dia dos moradores. As Secretarias de Meio Ambiente, Saúde e o Departamento de Habitação conscientizaram as pessoas do local a respeito da importância do saneamento básico, e com a doação do material necessário, foram implantadas fossas sépticas econômicas em 36 casas.
Os tambores utilizados na construção das fossas sépticas econômicas instaladas no bairro Cerâmica foram doados pela empresa Rogama.

FONTE:http://www.pindamonhangaba.sp.gov.br/noticias_0607.asp?materia=1693

terça-feira, 4 de junho de 2013

Agricultura orgânica em Guaxupé


Caravana Agroecológica vai ao encontro de famílias que resistem ao avanço do agronegócio em Minas


Cerca de 100 pessoas de todo o Brasil percorreram mais de 1,6 mil km para visitar 17 municípios da Zona da Mata mineira
Gleiceani Nogueira - Asacom
29/05/2013
Entre uma comunidade e outra, passando por estrada de asfalto, de barro, de terra, subindo e descendo morros, adentrando a Mata Atlântica, a Caravana Agroecológica e Cultural da Zona da Mata – MG percorreu durante três dias (22 a 24 de maio) em torno de 1627 quilômetros. Para se ter uma ideia, essa distância equivale a sair de São Luiz, capital maranhense, a Salvador, na Bahia, no extremo sul da região Nordeste. A iniciativa faz parte do processo preparatório do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), previsto para o primeiro semestre de 2014. 

O percurso foi dividido em três rotas (Muriaé, Araponga e Acaiaca), que se subdividiram em sete grupos. Ao todo, foram visitados 17 municípios da Zona da Mata Mineira: São Miguel do Anta, Canaã, Araponga, Divino, Ponte Nova, Acaiaca, Abre Campo, Diogo de Vasconcelos, Simonésia, Sem Peixe, Conceição de Ipanema, Visconde do Rio Branco, Ervália, Muriaé, Pedra Dourada, Espera Feliz e Alto Caparaó. 

Estudantes da Escola Família Agrícola (EFA)Paulo Freire receberam participantes da caravana com música | Foto: Gleiceani Nogueira
Os participantes, vindos de todas as regiões do País, conheceram experiências de agricultores e agricultoras em produção agroecológica, sistemas agroflorestais, sementes, educação do campo, acesso à terra, manejo dos recursos naturais e acesso a mercados, mobilizadas e articuladas pelo Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), em parceria com entidades locais.

Para o representante da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e coordenador do Centro Sabiá, Alexandre Henrique Pires, a caravana conseguiu fazer uma boa mobilização de organizações e movimentos sociais de todo o Brasil e mostrou uma capacidade de articulação de experiências bastante interessante dentro da proposta do III ENA, que é de reafirmar a agroecologia como a principal estratégia para o desenvolvimento rural.
“As experiências mostram capacidade de produção de alimentos, de geração de renda, de conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, de geração de trabalho, de perspectivas para a juventude rural, de força e visibilidade do papel das mulheres camponesas”, avalia Pires, que também está na comissão nacional de preparação do ENA. 

Território de disputa

Granada (MG) - Além de conhecer experiências agroecológicas, os participantes tiveram a oportunidade de visitar projetos do agronegócio, perceber suas contradições e efeitos negativos na vida das famílias, em contraposição à realidade da agroecologia.

Participantes se indignaram com placa colocada ao longo da barragem| Foto: Gleiceani Nogueira
No município de Abre Campo, os contrastes entre os dois modelos são bastante evidentes. Na comunidade foi construída a barragem de Granada, no rio Matipó, bacia hidrográfica do Rio Doce. O processo de licenciamento teve início em 1995, mas a licença de operação e instalação foi concedida em 2002. Durante todos esses anos, as famílias contam que eram procuradas dia e noite pelo representante da empresa, que eles chamam de “homem da mala preta”. 

“Se há uma represa que deu lágrima foi essa. Aqui todo mundo saiu chorando. Quando eu sai da minha casa, fui parar num barraco de maderito. Fiquei 10 anos no barraco de maderito e não é coisa de gente morar não. Pra quem tinha uma casa como eu tinha, de madeira, de tábua”, desabafa Carminha, uma das atingidas pela construção da barragem. “A gente tinha fartura de tudo. A gente comprava um sal, um óleo, pouca coisa. Hoje, o que eu tenho, é tudo comprado”, compara Carminha.
No semblante das famílias, ainda percebe-se um olhar triste. Na lembrança, as memórias de ‘um tempo que não volta mais’ ainda são muito presentes. A construção da barragem desterritorializou centenas de famílias, acabou com a agricultura da região, com as fontes de água, com a vegetação e com o campinho de futebol, principal espaço de lazer da comunidade. Contraditoriamente, no entorno da grande obra, a Brookfield, empresa canadense que comprou a barragem em 2008, espalhou placas com a seguinte frase: Preserve o meio ambiente! 

Veio (casaco vermelho) explica o funcionamento do seu sistema de produção | Foto: Gleiceani Nogueira
Apesar do sofrimento, as famílias da comunidade Granada estão aos poucos conseguindo reestruturar suas vidas e encontraram na agroecologia uma grande aliada. Com o apoio do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), o casal Alzira e Veio implantou um sistema de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS) onde combinam espécies arbóreas com cultivos agrícolas, em hortas circulares. No centro é instalado um galinheiro, cujas fezes servem de adubo para o plantio.


 
Além das barragens, o território sofre com os efeitos na mineração, da monocultura do eucalipto, da cafeicultura e tantas outras expressões do agronegócio. Ao mesmo tempo, a caravana mostrou que há um grupo significativo de famílias que estão resistindo a esse modelo, através de práticas que valorizam o conhecimento local e respeitam a natureza.
“Quando os agricultores têm consciência do seu papel enquanto sujeitos políticos, eles criam um conjunto de estratégias de independência do mercado, gerando um grau de autonomia econômica, cultural, produtiva, bastante diferente daquelas famílias que não têm acesso a esses conhecimentos ou que não se reconhecem como sujeitos desses conhecimentos”, avalia Pires.  
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Caravana agroecológica em Minas Gerais rumo ao III ENA

domingo, 2 de junho de 2013

Dia de Campo: cultivo de base agroecológica

A agricultura familiar no Brasil exerce um importante papel como principal fonte de abastecimento de alimentos do Mercado Interno. Mas, os produtores necessitam sistemas de produção adequados as suas capacidades produtivas. Num Dia de Campo, realizado em Pelotas/RS, agricultores familiares de Piratini e Santa Vitória do Palmar puderam conhecer e receber incentivo para o cultivo de base agroecológica.

Reportagem: Jonas Kicköfel
Edição: Jonas Kicköfel
Imagens: Rafael Dias

Pragas resistentes a milho transgênico mostram a ineficiência da tecnologia

Pragas resistentes a milho transgênico mostram a ineficiência da tecnologia
A Syngenta, um dos maiores fabricantes de pesticidas do mundo, informou que as vendas de seu principal inseticida para o milho mais do que dobrou em 2012. O diretor financeiro, John Ramsay, atribuiu o crescimento à “consciência maior do produtor” sobre a resistência da larva nos EUA. As vendas de inseticidas da Syngenta subiram 5% no primeiro trimestre, para US$ 480 milhões.

fonte Pratos limpos

sábado, 1 de junho de 2013

Aprenda a Poda da Pereira - embrapa



A poda é uma prática fundamental para que se obtenha frutos e qualidade..
Pesquisador da Embrapa de Pelotas José Francisco demonstra a maneira correta...

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