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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Como o manuseio com a terra pode melhorar a qualidade de vida nas cidades

Veja exemplos de quem construiu uma horta, mesmo em pequenos espaços, e algumas dicas para fazer a sua própria

Como o manuseio com a terra pode melhorar a qualidade de vida nas cidades Bruno Alencastro/Agencia RBS
Foto: Bruno Alencastro / Agencia RBS
Suba as escadarias do viaduto da Avenida Borges de Medeiros. Entre no número 727. Vá até o terraço. O que irá encontrar é inusitado para o prédio de nove andares, encravado na região mais quente e barulhenta da cidade. Uma horta com culturas agrícolas reúne borboletas, passarinhos e minhocas, reproduzindo um cenário campestre em meio ao concreto do centro de Porto Alegre.
Em um antigo prédio do INSS, ocupado por moradores de baixa renda por meio de um financiamento de crédito solidário do governo federal, 42 famílias dão exemplo de como o verde pode ganhar espaço em meio ao cinza. No alto do residencial Utopia e Luta, o local a céu aberto, antes em desuso, recebeu antigas banheiras transformadas em vasos onde estão plantados tomate, rúcula, figo, alecrim, radite, uva e muito mais.
A iniciativa surgiu a partir de uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que auxiliou na escolha dos gêneros alimentícios, no plantio e na irrigação. A partir dali, foi diagnosticada a necessidade de uma cobertura para proteger a horta das variações rigorosas do clima gaúcho. Os responsáveis são os próprios moradores. Há três anos, o projeto foi contemplado por um edital da Petrobras para geração de renda. Então, as famílias conseguiram financiar e construir o primeiro jardim hidropônico em terraço do Brasil.
— As alfaces estão um pouco sofridas, mas rúcula, radite e manjericão estão indo de vento em popa — diz a socióloga Anna Simão, umas das administradoras do local.
Fertilizar a terra e espantar as pragas também fazem parte da lida. O trabalho requer paciência. O fato de estar na cidade não dispensa os cuidados da roça, mesmo sob o sol de quase 40°C. E como nem todos os vasos são irrigados pelos dutos automáticos da hidroponia, é necessário regar manualmente três vezes por dia. Anna transpira enquanto põe as mãos na terra para mostrar, orgulhosa, as plantas que já cresceram por ali. Depois de germinadas, as mudas podem servir para doação, venda e consumo próprio. Para os moradores do prédio, elas representam muito mais do que apenas plantas.
— Queremos mostrar que é possível transformar o cenário e o convívio entre as pessoas das grandes cidades — diz Anna.
O jardineiro fiel
Foto: Adriana Franciosi/Agência RBS 

Para compensar a saudade que sente da casa onde nasceu, em Itapuã, o bioconstrutor Clístenes Souza decidiu criar na área de serviço do apartamento em que mora, na Rua Duque de Caxias, um verdadeiro jardim. Com pedras, fontes, leguminosas, plantas medicinais, ornamentais e temperos, ele conseguiu dar ao local um ar fresco e suave de mato.
— É o lugar preferido de todos que vêm aqui. Quem passa pela porta vem direto ao jardim — diz.
Dois anos experimentando mudas de diferentes espécies e ele conseguiu desenvolver variedades de manjerona, cerejeira, pitangueira, alecrim, entre muitos outros. Hoje, são quase cem plantas que vivem no seu apartamento. No meio do caminho, alguns testes deram errado, e a ideia de ter um pé de maracujá e uma parreira, por exemplo, teve de ser abandonada:
— Faz parte de agricultura urbana. A gente vai testando, errando, acertando. A questão é não deixar de cuidar.
No dia a dia do jardineiro, não pode faltar a rega, a poda, o replantio e a adubação. Mexer na terra é uma terapia que torna a vida de Clístenes mais alegre morando no centro da cidade. Filho de agricultores, ele cresceu plantando de tudo um pouco. Depois de adulto, trabalhou em uma propriedade onde fazer jardins foi uma das suas principais missões. As plantas são quase como filhas para ele. Por isso, cuida delas até quando não está em casa, deixando um amigo ou vizinho responsável pela rega quando vai viajar.
Sofá depenado
Luz de menos, calor demais, frio extremo, viagens, pragas, desconhecimento. São vários os desafios de manter um jardim produtivo em grandes cidades. Em bairros da região central, um fator extra desafia o crescimento das hortinhas: os larápios. Na Cidade Baixa, por exemplo, uma horta comunitária de temperos foi criada pelos donos do Consultório Culinário, na Rua da República. Mesmo já tendo sido replantado diversas vezes, o jardim público, instalado dentro do assento de dois sofás na calçada, enfrenta problemas de desenvolvimento devido à ação de vândalos.
— Ou são os mendigos que sentam e dormem ali, enterram coisas, fazem o que não devem, ou são ladrões que vandalizam os temperos — diz Patrícia Guedes, sócia do restaurante.
No bairro Jardim Botânico, a horta comunitária dos moradores do Residencial Paineiras só não está ainda mais bonita porque um homem, já identificado nas câmeras de segurança do prédio, insiste em aparecer na calada da noite para passar a mão nas mudas de manjericão e espinafre.
Mais lúdido do que econômico
Você mora em apartamento ou casa? A horta será colocada em local de muito ou pouco sol? Só depois de responder a essas perguntas será possível começar o cuidadoso planejamento da sua horta. O menor espaço de cultivo pode ser um vaso pequeno. No livro O Prazer de Cultivar, os consultores de planejamento, execução e manutenção de jardins José Arimateas da Silva e Lisandre Figueiredo de Oliveira dão dicas de como você pode amar ter uma horta.
"Uma vez que você tenha ideia do que vai cultivar na horta, será preciso pensar em como monitorá-la. Aperfeiçoe sua capacidade de observação e saiba agir no momento certo", dizem os autores.
Antes de começar, lembre-se de que a função da horta urbana é muito mais lúdica e educativa do que alimentar, explica o engenheiro agrônomo João Manuel Linck Feijó, da Ecotelhado. Levando em conta o espaço, diz Feijó, tempo de cuidado e materiais, produzir alimentos em casa acaba sendo mais caro do que ir no súper e comprá-los. Mesmo assim, o aspecto filosófico justifica a sua execução:
— Um dos principais motivos para construir uma horta é o fato de ter em casa a possibilidade de produzir 5% a 10% da alimentação que se consome. É uma forma de não perder o contato com a natureza e saber de onde vêm os alimentos.
Com o ritmo apressado da vida contemporânea, a comida passou a ser adquirida embalada, congelada, ultraprocessada. Por isso, explica Feijó, a horta tem uma função lúdica e educativa, principalmente para as crianças.
Mesmo nas cidades, as hortas podem ser individuais ou coletivas. Quando em escala reduzida, normalmente no pátio de casa ou no interior dos apartamentos, o plantio ocorre em vasos, potes, latas e bacias. Mas o cuidado compartilhado de uma plantação pode unir as pessoas. É comum ver uma horta surgir ao redor de uma associação comunitária ou de bairro.
Segundo o engenheiro agrônomo Gabriel Specht, a maioria dos tratos culturais que são realizados nas cidades obedece aos preceitos da agricultura orgânica, uma vez que as áreas de cultivo são pequenas e permitem a eliminação de pragas de forma manual, sem o uso de pesticidas. Outra função da horta, esta mais social, é em relação ao significado da produção agrícola.
— Ter de respeitar o ritmo de crescimento de uma alface vai na contramão da lógica da sociedade imediatista em que vivemos, que nos ensina a simplesmente ir ao supermercado e, após passar o cartão, obter em menos de dois minutos a mesma alface — pondera.
Jardim de parede
Para quem quer começar uma pequena horta em casa, separamos três tipos simples, que podem variar de tamanho e preços, ou ser feitos por você mesmo, utilizando material reciclável. Confira, abaixo:


COMO PLANTAR
Escolha vasos com profundidade
Forre o fundo com pedrinhas ou cacos de cerâmica
Fure o fundo
Acrescente a terra ou substrato
Introduza a muda (sem destruir em volta da raiz)
Coloque terra adubada
Aperte com os dedos, sem compactar a superfície
Regue e deixe em local iluminado
COMO CUIDAR
Espaço
A horta pode ser iniciada em vasos ou pequenas bacias, mas preferencialmente deve ser montada em jardineiras. Para uma "horta interna", é importante pensar no espaço que se tem à disposição: se for restrito, o uso de temperinhos é o mais indicado. Se tiver uma boa área, alface, rúcula, espinafre, cenoura, beterraba podem ser opções (até tomateiro também).
Luminosidade
A instalação deve ser perto de uma janela ou na sacada, para permitir boa luminosidade às plantas. O ideal é de três a quatro horas de sol por dia. As hortaliças precisam de mais sol do que alguns temperos.
Água
Cada planta tem suas necessidades próprias, de acordo com espécie, tamanho, habitat e estações do ano. No inverno, recomenda-se que as regas sejam mais espaçadas. Para avaliar a necessidade de rega de modo bastante simples, basta pressionar o solo com os dedos e sentir a umidade da terra.
Podas
Em geral, as podas são feitas com finalidades estéticas, de rejuvenescimento, para dar forma, controlar o crescimento da planta e estimular a floração e a frutificação.
Adubação
Adubo orgânico é o mais completo alimento para as plantas. O adubo químico geralmente tem somente NPK, isto é, nitrogênio, fósforo e potássio, que são os três principais, mas muito pouco daquilo de que as plantas precisam para crescer.
Controle de pragas
Se a sua horta atrair bichinhos em torno das plantas, pode ser um indicativo de qualidade ambiental, pois eles só aparecem em ambiente são. Se tiver praga atacando as suas plantas, é importante controlar para que ela não destrua a produção.
Isto pode ser feito de forma manual ou com o uso de alguns fertilizantes. Há opções químicas e orgânicas.
Fontes: Gabriel Specht, engenheiro agrônomo, José Arimateas da Silva e Lisandre Figueiredo de Oliveira, no livro O Prazer de Cultivar (2009, editora Casa da Palavra)
Confira dicas de como montar uma horta em apartamento:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vida/noticia/2014/02/como-o-manuseio-com-a-terra-pode-melhorar-a-qualidade-de-vida-nas-cidades-4413473.html
http://videos.clicrbs.com.br/rs/zerohora/video/geral/2014/02/dicas-para-montar-uma-horta-apartamento/62147

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Horta de temperos na casa de #praia, cultive!!!

Exige cuidado redobrado com sol e ventos

 o ideal é que as ervas tenham até quatro horas diárias de exposição ao sol e nada maisDevido às correntes de vento típicas da região litorânea, a horta de temperos precisa ser construída em um lugar protegido, como atrás de um muro.
Incidência do sol 
Qualquer tipo de planta, inclusive os temperos, não sobrevivem sem os raios solares. No entanto, se eles forem muito fortes ou incidirem por muito tempo sobre a horta, podem queimar as folhas das espécies cultivadas. Por isso, no litoral, o ideal é que as ervas tenham até quatro horas diárias de exposição ao sol e nada mais.
Correntes de vento 
Devido às correntes de vento típicas da região litorânea, a horta de temperos precisa ser cultivada em um lugar protegido, como atrás de um muro, por exemplo. Isso porque a ação constante dos ventos sobre a planta resseca e pode até queimar suas folhas, além de levar areia para a terra do vaso ou canteiro, prejudicando o seu desenvolvimento.
Regas
Os ventos típicos da região litorânea também influenciam diretamente na quantidade de regas que a horta de temperos deve receber. Nos locais que sofrem muito com as correntes de ar, a dica é fazer a rega duas vezes ao dia para evitar o ressecamento das espécies cultivadas. “No entanto, para ter certeza se é ou não hora de molhar suas plantas, coloque o dedo na terra para averiguar se ela está úmida ou seca”, ressalta Silvia Jeha, herborista do viveiro Sabor de Fazenda, de São Paulo.
Nutrição
Independentemente do ambiente, a nutrição da horta de temperos é fundamental para o seu desenvolvimento. Por isso, aplique humus de minhoca ou adubo orgânico. Sucesso! Saiba como aqui.
http://donaflorgarden.com.br/horta-temperos-casa-praia-exige-cuidado-redobrado-sol-ventos/

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Mudas de flores em troca do que muitos consideram lixo !!

 

Fonte:jornal de floripa

No projeto Harmoniza Chapecó a população tem incentivo para descartar corretamente o resíduo orgânico. Entenda como funciona o processo de compostagem

Quem faz o trabalho de transformar os resíduos em adubo são as minhocas que “moram” na composteira, neste caso o processo é chamado de vermicompostagem – Foto: DivulgaçãoQuem faz o trabalho de transformar os resíduos em adubo são as minhocas que “moram” na composteira, neste caso o processo é chamado de vermicompostagem – Foto: Divulgação

Cascas e sobras de alimentos descartados diretamente nas hortas e pomares como um adubo para as plantas. A técnica ainda é usada hoje, mas quem tem algumas décadas de vida deve lembrar que era muito comum antigamente. A decomposição desses materiais resulta num fertilizante natural e é resultado de uma técnica chamada compostagem, que pode ser feita de várias maneiras. Hoje as composteiras cabem até nos apartamentos ou ocupam um cantinho da casa.

O engenheiro ambiental e sanitarista Eduardo Olivo separa corretamente todos os resíduos da residência e também faz compostagem num recipiente com duas caixas, nos fundos da casa. Duas vezes por semana, ou conforme vai enchendo a lixeira da cozinha com os materiais orgânicos, ele “alimenta” a composteira. “Ela é bem simples de operar, ela vai duas frações de seco – serragem, jornal ou folhas e gramas secas, para uma porção de úmido – que é o orgânico.”

Quem faz o trabalho de transformar os resíduos em adubo são as minhocas que “moram” na composteira, neste caso o processo é chamado de vermicompostagem. A cada quarenta dias o fertilizante natural está pronto. “A parte sólida tem uma cor bem escura e nenhum odor”, mostra o engenheiro. A parte líquida, que escorre na parte inferior da composteira, é o chorume.  Ambos são usados para nutrir as plantas da horta e do jardim da casa.

Em Chapecó, para quem ainda não tem uma composteira, o município desenvolve o projeto piloto Harmoniza Chapecó – laboratório de compostagem, que fica no horto florestal, dentro do Parque das Palmeiras. A população pode levar os resíduos orgânicos três vezes por semana: segundas, quartas e sábados, das sete e meia às dez horas da manhã. Ao fechar doze entregas, que são registradas num cartão fidelidade, o morador recebe em troca cinco mudas de flores.

A aposentada Marilis Helena Wagner participa ativamente, inclusive divulgando a ideia e agregando adeptos: “eu trago pra mim, pra minha cunhada que trabalha fora, pra minha vizinha e já falei para outras amigas trazerem também”. A gerente de saneamento do município Graciela Hackler comemora: “é disso que o projeto precisa, de gente engajada, para que possamos multiplicar esta experiência em outros locais”.

Por isso, o Harmoniza Chapecó também é divulgado nas escolas. A compostagem representa economia para o município e para o consumidor, já que todo material que deixa de ir para o aterro sanitário é um custo a menos para o poder público reverter na tarifa do lixo e é um ganho para a saúde do planeta.

No amplo canteiro de compostagem do projeto, o que vem das casas é misturado e cuidado e 6 meses depois vira adubo para as flores do horto florestal. Parte dessas flores é a recompensa para quem traz o resíduo e a outra parte vai embelezar as ruas da cidade, nos canteiros e rótulas. O servidor municipal Helton Schefer,  cuida de tudo, com muita dedicação, ele trabalha com compostagem há 4 anos: “eu tenho amor, eu aprendi a amar. E aí as pessoas perguntam pra mim como é amar o lixo e eu respondo que não é o lixo, é o que você faz que tem que fazer com carinho e com amor e que vai refletir em toda a cidade”.

Vale a pena fazer uma visita. Para quem pensa que no local, só porque tem resíduo orgânico tem mal cheiro, está enganado. E uma composteira sem odor e sem moscas é sinal de que está bem feita. Mas para isso é preciso a colaboração de todos. Existem materiais, mesmo sendo orgânicos, que não podem ir para a compostagem: frutas cítricas, carnes e derivados do leite, por exemplo. O Helton também alerta que, ainda vem muito material que não deveria: plástico molhado, tampas de embalagens, caixinhas…” tudo aquilo que deveria ser lavado e depositado no material reciclável.

É como lembra dona Marilis: “depende sim, da conscientização de cada um” . E, não há desculpa para falta de tempo e conhecimento, a informação está disponível para todos e as facilidades só aumentam.


quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Horta comunitária: saiba como organizar e o que plantar

 

horta comunitária

Hortas comunitárias são espaços coletivos para plantio e cuidado de várias culturas cujos frutos são compartilhados coletivamente para a promoção de uma alimentação mais variada e saudável. Mais que isso, é uma boa maneira de ocupar de forma inteligente espaços públicos, reduzir a produção de lixo e aproveitar todos os benefícios de estar em contato com a terra.

Aqui, explicaremos como e por que organizar uma horta comunitária. Você verá que é possível economizar com a compra de alimentos, ao mesmo tempo em que consome produtos fresquinhos, saborosos e saudáveis, resultado de seu próprio trabalho e dos seus vizinhos. Além de ser uma iniciativa de consciência social, ela é uma forma inteligente de segurança alimentar e preservação ambiental!

Como organizar uma horta comunitária

Não há dificuldades em pôr em prática uma horta comunitária. Basta ter criatividade e organização. No caso de condomínios, fica bem fácil separar um local para isso. Contudo, se não for esta a situação, os vizinhos podem fazer o plantio em uma escola ou pedir autorização na prefeitura para utilizar um espaço em alguma praça ou terreno cedido.

O apoio de ONGs voltadas à segurança alimentar, à agricultura familiar ou à redução da produção de lixo, por exemplo, pode ser útil no caso desta etapa de encontrar um terreno ficar mais complicada. Para conhecer os outros passos a serem dados, siga com a gente!

1 – Reúna as pessoas interessadas

Para que tudo fique em comunidade desde os estágios iniciais do projeto, é fundamental conversar com a vizinhança e propor a ideia. Neste passo, aproveite para apresentar os benefícios da ideia. Logo que tiver um grupo de interessados, uma atitude interessante é pesquisar e conhecer outras hortas comunitárias para saber como elas funcionam e se organizam.

2 – Encontre o terreno ideal

Com o grupo formado, é hora de todos buscarem um local para plantar. Há pouco, citamos ideias de terrenos que podem ser utilizados, porém, é preciso saber que nem todo canto é aproveitável. O ideal é que o espaço seja plano e receba luz solar por, pelo menos, seis horas diárias. Esses são requisitos básicos para que a maior parte das culturas se desenvolva adequadamente.

3 – Escolha quais culturas serão cultivadas

Cada membro do grupo responsável pela horta comunitária pode sugerir o que deseja plantar. É interessante que se tenha uma boa variedade de espécies, mas lembre-se de respeitar o distanciamento entre as plantas, adequando essa variedade ao espaço existente.

A escolha sobre o que plantar também deve considerar clima, solo, época do ano, região (que interfere em questões como temperatura e umidade) e viabilidade. Sobre este último ponto, não adianta plantar algo que exige muitos cuidados se não houver mão de obra e recursos para isso. Opte, então, por variedades mais simples de manter. Aqui no blog temos um artigo com dicas sobre o que plantar em uma horta. Vale conferir!

4 – Delegue funções

Lá na fase de convencimento dos interessados já é importante deixar claro que todas as tarefas serão divididas. Não importa se uma ou outra pessoa não tem habilidade para mexer na terra ou se alguém não tem tempo para cuidar da horta comunitária durante o dia. Há trabalho para todo mundo, independentemente da familiaridade com a rotina de plantio ou do tempo disponível.

Por exemplo, quem tem mais disponibilidade, pode cuidar da horta, remover as plantas daninhas, observar a ocorrência de alguma praga e realizar a manutenção. Àqueles que o tempo é mais escasso, é possível tirar um tempinho no início da manhã ou no fim de tarde para fazer a rega. E para quem não tem tempo algum, é possível contribuir financeiramente com a compra de fertilizantes, equipamentos e sementes.

Há ainda um papel muito útil: o fornecimento de matéria orgânica para produção de adubo. Em vez de destinar ao aterro sanitário, cascas de frutas, restos de alimentos e borras de café podem servir para compostagem e se tornar um elemento fundamental na nutrição da horta comunitária. Com isso todos podem contribuir e, de quebra, realizar uma efetiva ação de consciência ambiental.

5 – Busque informações

Para que o trabalho dê certo, todos precisam ter um mínimo de orientações no trato cultural das espécies que serão plantadas. É fundamental saber como preparar a terra, quais os cuidados são importantes na manutenção da horta comunitária, quais nutrientes precisam ser adicionados, como lidar com as pragas e de que forma aplicar os fertilizantes, tanto industriais quanto orgânicos.

Esta etapa precisa vir antes do início dos trabalhos, mas também deve ser reciclada a todo instante. Afinal, todos querem uma boa produção e que o trabalho seja compensador, não é mesmo? Para isso, informação é essencial!

Como pôr em prática tudo o que foi planejado

Com todas as definições prontas, é hora de pôr a mão na terra! Tudo começa com o preparo dos canteiros ― espaços delimitados para o plantio das culturas escolhidas e preferencialmente mais alto que o terreno, de modo a permitir o escoamento da água. Nesses canteiros, a terra deve ser revolvida para ficar fofa e, em seguida, receber o adubo.

Entre os canteiros é recomendável que se formem corredores. Eles facilitam a circulação das pessoas para trato e colheita sem que seja necessário passar por cima da horta, prejudicando o desenvolvimento das plantas.

Já sobre os canteiros, deve-se depositar as sementes e, se for o caso, as mudas, respeitando os espaçamentos indicados para cada espécie. Em seguida, regue a horta, mas sem encharcar a terra. Seguindo a rotina de cuidados aprendida na fase de busca por informações, é só aguardar para fazer a colheita no tempo correto.

É interessante que os produtos resultantes da horta comunitária sejam aproveitados por toda a vizinhança, de modo a fazer com que o componente social seja o principal motivo de mantê-la. Mas se for melhor para organização, ela pode ficar restrita ao grupo que cuida desse espaço.

Então, ficou animado em pôr em prática uma horta comunitária? Converse com seus vizinhos sobre o assunto e leve adiante esta ideia! Compartilhe este texto para ajudar a convencê-los e já resolver a primeira etapa que apresentamos aqui. Lembre-se que esta iniciativa pode trazer ainda mais variedade e qualidade à sua mesa do que plantar dentro de casa e, principalmente, do que comprar tudo no supermercado!

Esperamos que este artigo tenha sido útil e esclarecedor. Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto ou quiser orientações sobre fertilizantes e outros produtos para cuidar da saúde das plantas da horta comunitária, entre em contato conosco! Se preferir, fique à vontade para deixar o seu comentário no espaço abaixo!

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Em 7 dicas, saiba o que plantar na horta - blog belagro

 


o que plantar na horta

Entre as preocupações de quem pensa em cultivar hortaliças ― para consumo próprio ou para fins comerciais ― podemos destacar duas: em quais espécies investir e quais são os cuidados para manter a saúde e a vistosidade da lavoura. Estas são questões que podem impactar diretamente nos resultados. Por esta razão, apresentamos este texto com dicas sobre o que plantar na horta e como fazer da maneira correta.

A primeira dica para ter sucesso nessa empreitada é olhar com atenção o seu arredor. É evidente que, com as técnicas adequadas, é possível plantar qualquer coisa em qualquer lugar. Entretanto, os melhores resultados são aqueles obtidos ao cultivar culturas compatíveis com a biologia existente e, por isso, podem extrair daquela terra e clima as condições mais favoráveis para crescer.

Contudo, é claro que apenas isso não basta na hora de colocar a semente na terra. Para decidir o que plantar na horta, também é preciso observar quais variedades têm o trato mais adequado à sua rotina, ao espaço existente e ao objetivo que você almeja. Vamos lá, então?

O que plantar na horta

A decisão sobre o que plantar na horta depende do espaço que você tem. Raízes, como batata ou cenoura, rendem melhor em espaços maiores. Já os temperos, como a pimenta, o manjericão e o orégano, não demandam um grande pedaço de terra.

Em contrapartida, se a intenção for comercializar, os ganhos podem ser mais interessantes ao vender cenoura do que manjericão. Logo, tudo depende do seu objetivo!

Para saber reconhecer quais culturas são mais interessantes para o fim que você pretende dar para a horta (consumo próprio, plantio comunitário, venda em pequena ou grande escala), vamos listar alguns cultivos que são mais interessantes e algumas dicas básicas de cuidados para cada um. Confira!

 1 – Alface

Quando pensamos em hortaliças, sem dúvida a alface é uma das mais lembradas. Normalmente plantadas em um substrato a partir de mudas ― pois o plantio direto com as sementes costuma ser menos produtivo ―, elas demandam irrigação frequente (mas sem encharcar o solo), alto teor de matéria orgânica no solo e iluminação constante. A colheita pode ocorrer de 55 a 130 dias após a semeadura, dependendo do tipo que for plantado e da época do ano.

2 – Couve

Fácil de plantar, esta hortaliça rende melhor em espaços maiores, pois as folhas variam de 60 centímetros a 1 metro. Como a alface, é imprescindível ficar sob alta luminosidade, com sol direto, e solo constantemente úmido (não encharcado). O clima frio é ideal para o crescimento, pois o calor interfere negativamente no desenvolvimento, aparência e sabor.

Para o plantio, a semente deve ser posta diretamente na terra com aproximadamente 1 centímetro de profundidade. Brotos laterais retirados de plantas adultas também podem servir como método de cultivo. O corte da ponta do caule principal facilita o manuseio e a colheita e favorece o desenvolvimento de brotos laterais. Após 70 dias e em até 112 após o plantio, a colheita pode ser feita.

3 – Brócolis

Cultura que não exige muito espaço, o brócolis pode ser plantado em sementes ou mudas diretamente na terra. O ideal é iniciar o plantio em uma época de temperatura mais amena, apesar de ela se desenvolver razoavelmente o ano inteiro.

O único cuidado fundamental é com a nutrição do solo, já que o brócolis é extremamente exigente em nutrientes e requer muita matéria orgânica e adubagens frequentes. A colheita pode ocorrer de 60 a 110 dias após o plantio, dependendo da espécie.

4 – Repolho

Pode ser plantado por meio das sementes no local definitivo ou transplantado com aproximadamente 10 centímetros de altura depois de iniciar o desenvolvimento em algum substrato à parte. A produtividade desta hortaliça é bastante impactada pelo espaço disponível: quanto maior ele for, maiores serão as cabeças. O plantio pode ocorrer o ano inteiro.

Como as outras culturas que apresentamos até aqui, a luz direta é fundamental e a irrigação constante é outro requisito. De dois a quatro meses após o plantio, as cabeças já devem estar bem formadas e firmes: este é o ponto ideal para colheita.

5 – Abóbora e abobrinha

Esses dois cultivares têm recomendações bem parecidas para o plantio. Ambos exigem solo rico em matéria orgânica e se desenvolvem melhor em épocas quentes. Portanto, iniciar o cultivo no início da primavera é a melhor decisão! As sementes podem ser colocadas diretamente na horta ou em substratos à parte. Neste caso, o transplante deve ocorrer quando os ramos tiverem três folhas.

O solo úmido com irrigações frequentes é um cuidado essencial. No caso da abóbora, a colheita acontece aproximadamente quatro meses após o plantio. Já a abobrinha está pronta para ser colhida de 45 até 80 dias depois de plantada. Aqui, uma dica é observar os frutos: eles já devem estar bem desenvolvidos, mas ainda não maduros.

6 – Batata

Nós já apresentamos um artigo detalhado sobre como plantar batata aqui no blog. Confira o texto completo aqui! Mas repetimos porque ela não poderia ficar de fora da lista de quem está querendo saber o que plantar na horta. Então, lá vai um resumo de como cultivá-la: usando uma batata em broto, plante diretamente no local que ela vai se desenvolver em um período ameno do ano e em um solo bem ventilado e não muito úmido, nem mesmo compacto demais.

Quando as plantas estiverem amareladas ― o que ocorre entre 14 e 16 semanas após o plantio ―, a batata já está boa para colheita. Uma dica interessante é parar a rega duas semanas antes de colher. Embora a dependência da água seja uma característica dos tubérculos, em excesso a umidade pode apodrecê-los.

7 – Tomate cereja

O tomate cereja aparece como uma opção a quem quer saber o que plantar na horta por que ele tem um trato mais fácil do que outros tipos de tomate. As sementes desta variedade podem ser plantadas diretamente na terra ou em sementeiras e transportadas ao atingirem aproximadamente 10 centímetros de altura. A melhor época para o cultivo é o início da primavera.

Uma dica importante é escorar o caule com varas de bambu ou madeira para que ele não envergue com o nascimento dos frutos. A luz do sol direta por algumas horas do dia é essencial para que a produtividade seja boa. O solo precisa ser mantido sempre úmido. Enfim, após 90 ou 100 dias do plantio, ele pode ser colhido, mesmo se não estiver totalmente maduro.

Para cuidar da sua horta, conte com a Bel Agro!

Além de saber o que plantar na horta e como fazer isso da forma correta, é essencial contar com o apoio de soluções que garantam os nutrientes necessários à lavoura e outras que protejam o seu cultivo de pragas e tantos outros inimigos indesejáveis. A Bel Agro tem produtos eficazes para todas essas necessidades. Conheça nosso portfólio e garanta a sua produtividade!

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Esperamos que este artigo seja útil e auxilie de maneira efetiva na decisão sobre o que plantar na horta. Em caso de dúvidas ou se você tiver alguma informação para contribuir, fique à vontade para deixar o seu comentário no espaço abaixo. Aproveite para compartilhar este artigo com seus colegas e, se quiser, entre em contato conosco! Estamos sempre à sua disposição.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Aprenda a eliminar as formigas da sua horta de forma biológica: dicas úteis

Fonte: site  


Artigo de opinião de Rosa Moreira, Eng.ª Agrónoma, promotora do site A Cientista Agrícola

Para quem tem uma horta ou jardim, é importante saber o que fazer para ter a sua horta bonita e saudável. Como  o crescimento das plantas da sua horta e o aumento das temperaturas,  é normal que as formigas apareçam nas suas hortas, uma vez que o ambiente é mais propicio a tal.

Não é que as formigas não sejam essenciais à sua horta, mas quando elas aparecem  em milhares de colónias, tornam-se uma autêntica praga para as nossas culturas.


Neste artigo, trago-lhe algumas dicas que irão permitir  com esta praga. Fique a conhecer quais as minhas sugestões para acabar com este problema.

1- Faça os seus próprios repelentes naturais

Sabia que pode fazer os seus próprios repelentes naturais de formigas. Não sabe como?

Dou-lhe abaixo algumas receitas:

  • Solução aquosa de água+ alho

Sabia que os compostos de enxofre e o cheiro forte do alho parecem ser muito incómodos para as formigas? Pois é, uma das soluções para acabar com esta praga na sua horta é junta estes dois ingredientes, a água e o alho.

Para tal deve fazer o seguinte, usando esta receita:

Como fazer a água de alho?

Como fazer?

  • Triture  vários dentes de alho e coloque-os num tacho com água, deixando a solução repousar por um período mínimo de 24 horas.
  • Após o período anteriormente indicado, leve esta solução ao lume em fogo brando para potenciar a acção da mesma por um período de 15 minutos.
  • Coloque a solução feita posteriormente num pulverizador e borrife nos locais mais atacadas pelas formigas.

Acabar com elas é uma das questões que mais dor de cabeça nos trás… Por isso, a utilização de produtos adequados, naturais, biológicos, baratos e que tragam a melhor resolução ao problema é essencial.

aprenda-a-eliminar-as-formigas-da-sua-horta
Fonte da imagem:melhorcomsaude.com.br
  • Use detergente biodegradável para acabar com as formigas

Use um copo de 200ml e reparta a sua capacidade por 100ml de água e 100ml de detergente. A solução criada através destes ingredientes pode ser uma solução eficaz para ajudar nesta praga das hortas. Coloque o conteúdo da solução elaborada num borrifador, e aplique nos nos locais mais afectados. Pode optar também por misturar o detergente com vinagre para combater esta praga. As quantidades a usar destes ingredientes são as seguintes:  ½ copo de água, 2 colheres de detergente biodegradável, 2 colheres de vinagre. Utilize também um borrifador para aplicar esta solução.

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Água e detergente podem ser uma boa alternativa para combater formigas na horta
  • Use borras de café para afastar as formigas

Usar  borra de café usado (não solúvel) para além de enriquecer o solo, ajuda a afastar as formigas.  Para maximizar o efeito das borras de café nas formigas, espalhe-a pelo seu jardim. Esta operação vai confundiar as  formigas operárias, uma vez que atrapalha o seu olfacto, acabando por se perder e morrer de fome.Espalhe um pouco de pó nos formigueiros e na sua casa. Isso deve ser suficiente para confundir as formigas operárias, pois atrapalha o olfacto delas. Assim, as formigas se perderão e morrerão de fome.

  • Insista e seja paciente ao usar o café. Os efeitos podem levar alguns meses para surgir.
  • Reaplique o pó pelo menos uma vez no ano para reforçar o cheiro do café e acelerar os efeitos.

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  • Plante ervas aromáticas ao longo da sua horta

Sabia que algumas ervas aromáticas têm efeito repelente de formigas? Algumas das melhores plantas aromáticas para este efeito são:

  1. lavanda;
  2. oregãos;
  3. hortelã-pimenta;
  4. alecrim;
  5. entre outros;
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Os agricultores sempre conviveram com plantas aromáticas, intercalando-as nas suas plantações. Dessa forma, pretendem criar associações de plantas que protejam as culturas  de forma natural e biológica: aumentar a biodiversidade parece ser um bom caminho a seguir. Esta é uma forma de repelir naturalmente insectos ou pragas não desejadas. Ter uma horta biológica requer cuidado e dedicação. Uma boa forma de mantê-la natural, sem utilizar produtos químicos como pesticidas, é plantar perto (ou dentro!) das nossas culturas, ervas aromáticas para repelir insectos (neste caso formigas).

  • Use as cascas de laranja para afastar as formigas

Sabia que as cascas de laranja têm uma substância natural (D-limoneno) que  é também utilizado como um componente em insecticidas orgânicos? Quando a casca de laranja começa a decompor-se liberta um óleo essencial que se torna letal para as formigas acabando por diminuir as colónias desta praga.

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O aroma das cascas de laranja e limão espantam as formigas temporariamente. No entanto, elas devem ser trocadas todas as semanas, pois perdem a sua frescura e benefícios para combater pragas. As cascas podem ser espalhadas pelos cantos do seu jardim ou horta.

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