sexta-feira, 18 de outubro de 2024

COMPOSTAR O LIXO DA COZINHA AJUDA A PROTEGER A CAMADA DE OZÔNIO

 


FAÇA SUA PARTE PARA DIMINUIR A PRODUÇÃO DE GÁS METANO


REDAÇÃO MAR 15, 2022    FONTE: VEGMAG

O ozônio encontrado nas partes mais altas da atmosfera funciona como uma camada de proteção contra a incidência em abundância dos raios solares na esfera terrestre, evitando um aquecimento excessivo, capaz de colocar em risco a segurança do planeta. Por isso a destruição desse anteparo é tão preocupante – gases, como o metano, já deixaram buracos onde havia uma maior concentração de ozônio. Os danos estão aí: derretimento das geleiras, tufões e tornados, períodos de seca e excesso de chuva.

Reduzir a produção de gás metano pode ser um começo para a recuperação da camada de ozônio, e você pode participar desse processo compostando o lixo da sua cozinha. Aliás, na Califórnia (EUA) a compostagem virou lei. A implantação do novo decreto será gradativa, de acordo com cada cidade. Mas, em breve, todo lixo orgânico das casas, instituições públicas e estabelecimentos deve ser encaminhado para a compostagem, onde será transformado em adubo ou em biogás para fornecer energia. 

As famílias também estão sendo incentivadas a montar a própria composteira, em casa, e usar a matéria orgânica final para adubar as plantas. Já as comunidades, terão um centro de compostagem e um programa de educação ambiental. Por aqui, os brasileiros preocupados com as alterações climáticas também podem fazer o mesmo.

compostagem doméstica é simples – quer dizer, desde que exista um pedaço de terra livre no jardim. Aí, sim, basta cavar um buraco para depositar os resíduos orgânicos do dia a dia e, em seguida, cobrir com uma camada de terra ou folhas secas. A cada 15 dias, é importante revolver a mistura de lixo em decomposição e terra com ajuda de uma enxada ou pá.  

Outra possibilidade, mais prática, é investir em uma composteira feita de caixas de plástico empilhadas, também conhecida como minhocário. Ocupa pouco espaço (existem modelos pequenos para apartamento), com a vantagem das minhocas acelerarem o processo de decomposição orgânica, além evitar mau cheiro e a visita indesejada de larvas e moscas.

Existem minhocários prontos, mas você pode montar o seu do zero. Material necessário:

- Três caixas de plástico, uma delas com tampa

- 1 torneira pequena (tipo de filtro de barro)

MONTAGEM DA COMPOSTEIRA

As três caixas devem ser empilhadas, sendo que as duas primeiras precisam de furos na base para que exista comunicação entre elas. O lixo orgânico deve ser colocado nas duas caixas superiores (quando a de cima estiver cheia, a de baixo deve vir para cima).

A torneira deve ser instalada na terceira caixa, que tem a função de coletar o chorume, resíduo líquido resultante da decomposição do lixo orgânico, que deve ser coletado frequentemente. Dilua cada parte do chorume em dez partes de água e use a mistura para regar as plantas uma vez por semana. Elas vão viçosas e saudáveis. 

ENTRA “LIXO” SAI ADUBO ORGÂNICO 

Forre a caixa superior com folhas secas, serragem e galhos. Em seguida, coloque terra preta com minhocas californianas (são mais vermelhinhas) para receber o lixo da cozinha (casca de ovos, casca de frutas e legumes, verduras, grãos crus, borra e filtro de café), que deve ser mantido sempre coberto por uma nova camada de folhas secas, serragem e galhos. A quantidade ideal de matéria seca (folhas, galhos e serragem) deve ser suficiente para cobrir completamente os restos de alimentos. 

O composto também precisa de oxigênio e umidade. A cada 15 dias, revire  cuidadosamente os materiais para arejar e facilitar a decomposição. Caso a mistura fique muito seca (é raro, mas pode acontecer), umedeça com um pouco de água. Quando a caixa do topo estiver cheia, troque-a com a caixa do meio e repita o processo.  

No fim de dois meses, o material que sobra na caixa do meio é o húmus de minhoca, um adubo com aspecto e cheiro de terra molhada, bastante nutritivo para plantas e para a horta. Para coletar esse composto sem perder as minhocas, coloque a caixa aberta no sol. Elas irão para o fundo, para fugir da claridade. O húmus pode ser misturado à terra dos vasos e canteiros a cada três meses.

 

Foto: Soluções Industriais

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terça-feira, 15 de outubro de 2024

Os efeitos da beterraba no coração, cérebro e exercício


Novas pesquisas científicas têm reforçado o status da beterraba
como um superalimento, graças à sua capacidade de aumentar
o fluxo de sangue para vários órgãos do corpo. Neste vídeo, a repórter Camilla Veras Mota lista quatro descobertas
sobre essa hortaliça e como elas beneficiam o cérebro, o coração
e até o desempenho em atividades físicas. Ao final, mostramos que a forma de preparo da beterraba faz
bastante diferença na quantidade de nutrientes que você vai ingerir.
Confira. Reportagem em texto: https://www.bbc.com/portuguese/curios... Curtiu? Inscreva-se no canal da BBC News Brasil!
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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Adubação com Pó de Rocha - Universídade de Brasília




Pesquisas em desenvolvimento no país buscam aprimorar a técnica de rochagem, que utiliza o pó de rochas como substituto dos fertilizantes químicos nas plantações

Quando ouve falar em rocha, a maioria das pessoas imagina um obstáculo, um objeto de estudo geológico ou mesmo ornamental. O que poucos sabem, no entanto, é que essa "pedra no caminho" pode ser também um potente fertilizante para a agricultura, rico em nutrientes capazes de desenvolver plantas mais fortes e saudáveis para o consumo humano. E isso tudo a um custo bem mais baixo que o dos produtos usados atualmente.

O Brasil precisa importar 90% dos fertilizantes utilizados na agroindústria, todos químicos. Isso porque o solo tropical é muito antigo e, por conta do processo dinâmico e natural do tempo, acabou perdendo importantes nutrientes, como potássio, fósforo, cálcio e magnésio, considerados a "base alimentar" das plantas. Uma alternativa para essa escassez e ótimo substituto para os produtos importados é a rochagem, técnica que utiliza o pó de rochas - especialmente das vulcânicas - para fortalecer o solo (veja arte).

As vantagens do método são muitas. Além de dispensar o uso de produtos químicos, a rochagem exige uma recarga de nutrientes do solo a cada quatro anos apenas, enquanto na adubação tradicional ela é feita anualmente. "É a fertilização da terra pela terra", resume Suzi Maria Córdova, pesquisadora da Universidade de Brasília (UNB). Segundo ela, o Brasil tem uma geodiversidade imensa, que pode suprir a demanda de fertilizantes importados.

O grande desafio está em identificar as rochas que contenham os principais nutrientes necessários à agricultura, assim como apontar aquelas com metais que possam contaminar o meio ambiente e, por isso, precisam ser evitadas no processo. "As rochas utilizadas devem ser fontes naturais de fósforo, potássio, cálcio e magnésio, além de possuir uma série de micronutrientes indispensáveis à nutrição vegetal", explica Suzi.

As que apresentam maior potencial para virarem fertilizante são as ricas em minerais silicáticos de solubilidade moderada. De acordo com Éder Martins, pesquisador da Embrapa Cerrados, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, se o pó de rocha for muito solúvel seus nutrientes se espalham pelo solo e a planta não consegue absorvê-los. "Esse é um dos problemas dos fertilizantes químicos. Eles são tão solúveis que os nutrientes se perdem na terra." Entre as rochas mais utilizadas na rochagem estão a biotita, flogopita, feldspatoides e zeólitas, encontradas em abundância nos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia e Tocantins.

Investimento

Segundo Martins, os estudos sobre a rochagem são uma demanda do governo federal, preocupado em reduzir os gastos com a importação de fertilizantes. Em 2008, o país gastou US$ 10 milhões com esses produtos. A adoção da nova técnica pode representar uma economia de até US$ 7 milhões por ano para os agricultores brasileiros. "A intenção não é acabar com a importação, mas diminuí-la", informa o cientista.

A rochagem ainda consegue aliar dois setores que, tradicionalmente, não possuem interação e são considerados grandes vilões ambientais: mineração e agricultura. O problema do primeiro (excesso de resíduos) pode se transformar em solução para uma necessidade do segundo (fertilizantes). "Os subprodutos ou rejeitos gerados em muitas minerações já se encontram, em sua maioria, triturados ou moídos, o que facilita a incorporação desses materiais aos solos", explica Martins.

Suzi Córdova ressalta que a técnica incorpora vários princípios da agroecologia, uma vez que não tem um foco exclusivo na produção, mas, também, na sustentabilidade ecológica e socioeconômica do sistema de produção. "A rochagem é uma técnica de baixo custo e acessível ao pequeno agricultor, o que viabiliza sua inclusão no mercado."

O Sul do país é a região que mais utiliza o método, por conta da diversidade de rochas ricas em nutrientes na região. Para Martins, é importante analisar a viabilidade econômica de transporte dessas rochas. "A utilização dessa técnica só é vantajosa se as rochas estiverem a uma distância de, no máximo, 200km da fazenda." Isso porque, para cada hectare de plantação, são usadas 2t de pó de rocha. Os cientistas esperam ainda a normatização da tecnologia pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. "É preciso estabelecer uma regulamentação comercial e classificatória dessas rochas, além da criação de créditos para financiar o uso da rochagem", diz Suzi.

O número

US$ 7 milhões

Valor da economia que a disseminação da rochagem pode representar por ano ao país.

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