quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Reaproveite o lixo orgânico e tenha um poderoso adubo caseiro. Saiba como

Compostagem doméstica não causa mau cheiro e pode ser lucrativo

Fonte: ZAP Imóveis


Compostagem doméstica produz um adubo de qualidade para o seu próprio plantio (Foto: Divulgação/Morada da Floresta)
Compostagem doméstica produz um adubo de qualidade para o seu próprio plantio (Foto: Divulgação/Morada da Floresta)

Você sabia que o lixo orgânico de sua casa pode ser reaproveitado? A composteira doméstica, ou minhocário, transforma o resíduo orgânico em adubo, que pode ser utilizado posteriormente em uma horta caseira ou, até mesmo, ser vendido. E o melhor, o sistema de compostagem não gera mau cheiro, se utilizado da maneira correta.
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De acordo com dados do IBGE, a matéria orgânica corresponde a 60% do total de lixo gerado no Brasil, causando impactos ambientais. Segundo Leopoldo Matosinho, gestor administrativo da Morada da Floresta, o reaproveitamento deste lixo produz nutrientes essenciais ao solo por meio do adubo orgânico, também chamado de húmus.
“A reciclagem de lixo orgânico, além de trazer economia para empresas, pode reaproximar as famílias da terra e do plantio, já que o produto gerado pela compostagem, o húmus, é essencial para o cultivo de plantas e alimentos”, explica Matosinho.


Composteira, ou minhocário, produzido pela Morada da Floresta custa a partir de R$ 161 (Foto: Divulgação/Morada da Floresta)
Composteira, ou minhocário, produzido pela Morada da Floresta custa a partir de R$ 161 (Foto: Divulgação/Morada da Floresta)

As composteiras domésticas comercializadas pela Morada da Floresta funcionam com três caixas de plástico empilhadas. As duas de cima, que contêm húmus e minhocas, digerem os resíduos orgânicos e a última recolhe o chorume, um fertilizante potente, que escorre das caixas de cima.
Essas caixas são furadas para facilitar o fluxo das minhocas e do chorume e a caixa coletora possui uma torneira para a retirada do líquido. Os compartimentos de cima servem para o descarte do lixo orgânico.
Este material se transforma em adubo e chorume em aproximadamente um mês após o preenchimento da primeira caixa. “O chorume deve ser diluído em água e o ideal é sempre utilizá-lo fresco. Ele é um adubo poderoso e, por ser líquido, possui alta absorção pelas plantas”, orienta Matosinho.


O chorume pode ser utilizado para regar as plantas, sem o uso de agrotóxicos (Fotos: Shutterstock)
O chorume pode ser utilizado para regar as plantas, sem o uso de agrotóxicos (Fotos: Shutterstock)

É importante destacar que a composteira não pode ficar exposta ao sol e nem pegar chuva. Deve ser colocada em um local arejado e sombreado para que o bem-estar e a vida das minhocas não sejam comprometidas. Ao descartar os resíduos orgânicos deve-se cobrir tudo com matéria vegetal seca, como folhas, serragem, palha ou grama.
“Existem diversas soluções caso tenha algum problema, desde uso de cinzas de carvão, borra de café, etc. A solução varia de acordo com o problema”, afirma Matosinho.
O que pode ser jogado na composteira – Frutas, legumes, verduras, grãos e sementes, saquinhos de chá, erva de chimarrão, borra de café, de cevada (com filtro), sobras de alimentos cozidos ou estragados (sem exageros), cascas de ovos, palhas, folhas secas, serragem, gravetos, palitos de fósforo e dentais, podas de jardim, papel toalha, guardanapos de papel, papel de pão, papelão, embalagem de pizza e papel jornal (em pouca quantidade).


Composteira pode ainda ser feita em casa, com outros materiais
Composteira pode ainda ser feita em casa, com outros materiais

O que não pode – Carnes de qualquer espécie, casca de limão, laticínios, óleos, gorduras, papel higiênico usado, fezes de animais domésticos, frutas cítricas em grande quantidade (laranja, mexerica, abacaxi), alimentos cozidos (em maior quantidade que os alimentos crus), temperos fortes em grande quantidade (pimenta, sal, alho, cebola).
Preços – Existe a possibilidade de produzir uma composteira em casa, sem a necessidade de gastar muito com os kits. Mas também é possível comprar as caixas coletoras, já com um pouco de adubo e minhoca, que se reproduzem com facilidade.
A Morada da Floresta oferece dois kits para residências. O primeiro, indicado para uma pessoa, custa R$ 161 e o segundo, indicado para quatro ou cinco pessoas, custa R$ 299.


Nada melhor do que comer os vegetais que foram plantados em casa
Nada melhor do que comer os vegetais que foram plantados em casa

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Embaúba - Regeneração Florestal







Desde pequena as embaúbas chamam minha atenção. Eram aquelas lindas árvores, com folhas grandes e tronco fininho, com galhos ondulados como as ondas do mar. Eu observava com atenção cada uma delas quando ia à praia com meu avô paterno e toda a família, na época das férias, no litoral paulista.
Sentia muito acolhimento ao passar por um caminho estreito de areia com estas árvores ladeando a passagem. Eu poderia passar mais tempo ali do que em qualquer outro lugar da praia. Sabe por que? Porque ali moravam alguns bichos-preguiça que viviam agarradinhos às embaúbas. Nessa época, nasceu meu amor – que é forte até hoje -, pelas embaúbas e suas amigas preguiças.

 
embauba-arvore-amiga
Desde pequena as embaúbas chamam minha atenção. Eram aquelas lindas árvores, com folhas grandes e tronco fininho, com galhos ondulados como as ondas do mar. Eu observava com atenção cada uma delas quando ia à praia com meu avô paterno e toda a família, na época das férias, no litoral paulista.
Sentia muito acolhimento ao passar por um caminho estreito de areia com estas árvores ladeando a passagem. Eu poderia passar mais tempo ali do que em qualquer outro lugar da praia. Sabe por que? Porque ali moravam alguns bichos-preguiça que viviam agarradinhos às embaúbas. Nessa época, nasceu meu amor – que é forte até hoje -, pelas embaúbas e suas amigas preguiças.
Árvore tão bela e tão pouco comum no paisagismo urbano. É costumeiro encontrar embaúbas de folha prateada quando fazemos os caminhos da Serra do Mar, em São Paulo. Tenho certeza que você já deve ter visto alguma. Elas parecem pontos de brilho em meio às copas verdes, são as estrelas da mata. Claro que nem todas têm folhas prateadas ou esbranquiçadas. Se você morar na cidade de São Paulo e for atencioso, pode ter visto alguns exemplares que foram recém plantados nas calçadas. Elas podem crescer, também, em terrenos abandonados, ou até mesmo podem ser vistas em projetos de paisagismo que quiseram aproveitar a estética e a arquitetura das curvas de sua copa.
Tem muita gente que confunde embaúba com cheflera (Schefflera arboricola) – árvore de origem australiana muito comum nas cidades brasileiras. Já vi gente confundir embaúba com mamoeiro, também. E há várias características que provocam essa confusão: a casca acizentada, o crescimento do tronco esbelto e longilíneo, as marcas de cicatriz na casca resultantes do desprendimento das folhas e dos galhos jovens e, finalmente, as folhas grandes com pontas ou compostas por várias folhas criando um desenho similar a um guarda-chuva.
Da família botânica Urticaceaeque inclui 13 gêneros, existem 20 espécies do gênero Cecropia ssp., entre as quais 5 são endêmicas do Brasil. Trata-se de um gênero presente em quase todos os biomas do território brasileiro – seja no Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica ou Amazônia, em terrenos áridos ou matas ciliares. Essa distribuição tão heterogênea do gênero é natural, ja que as embaúbas são espécies pioneiras.
embauba-arvore-amiga-avesE ser pioneira é uma responsabilidade enorme. Pioneiras são as árvores que, no processo de formação florestal, possuem características de alta resistência ao sol intenso e ao solo pobre de nutrientes. Geralmente, vivem menos, mas são essenciais para criar as condições adequadas de vida para outras árvores que podem viver mais de 200 anos ou mil anos. As espécies pioneiras têm vida muito próspera e abundante, estão sempre em interação com muitos animais oque promove uma grande capacidade de dispersão de sementes. No caso das embaúbas, isso acontece por meio dos frutos que são ingeridos por muitas espécies de aves e mamíferos – macacos, por exemplo. Seus frutos – ao menos a da espécie C. hololeuca – têm sabor similar ao da banana e suas sementes milimétricas são distribuídas pelo caminho onde aves, macacos e morcegos frequentam.
As preguiças, por exemplo, por terem alimentação quase praticamente folívora (à base de folhas), preferem as tenras folhas jovens das embaúbas e também adoram descansar em seus galhos ondulados. As formigas também gostam delas – principalmente da espécie C. glaziovii, como mostra o vídeo abaixo. Elas mantêm uma vida em simbiose com essas árvores, ou seja, uma troca saudável e equilibrada. A embaúba fornece alimento para as formigas que se alimentam de um composto doce presente nas “axilas” de suas folhas, produzido especialmente para atraí-las. Em troca, as formigas fornecem proteção contra predadores. Por isso, cuidado ao mexer nessa planta porque as formigas são bravas. Mas o bicho-preguiça é capaz de ignorar essa máxima e jantar as formigas, de modo que elas se tornam mais um atrativo para ele.

Cecropia (nome científico de boa parte das espécies de embaúbas, como destaquei acima) vem do grego Cecrops “filho da Terra, meio homem e meio serpente” – rei mítico de Atenas que reinou por 50 anos. Já embaúba, de origem tupi ambaíba, significa “árvore oca” ou “onde vivem as formigas”. Não é à toa que, com a madeira e o galho da embaúba, podem ser produzidos instrumentos.

A embaúba no meu (e no seu) dia a dia

Costumo coletar folhas de embaúba secas porque me parecem verdadeiras esculturas: das pequeninas e jovens até as enormes. Em casa, tenho uma parede inteira decorada com folhas de embaúbas e também uma luminária. Já usei muitas vezes as folhas pequenas como broche no dia-a-dia.
Certa vez, quando pedalava em uma trilha, notei que havia várias folhas de embaúba no chão, ao passar por cima delas. Parei assim que percebi, desci da bicicleta e procurei me manter com a bicicleta no canto da trilha, fazendo o maior esforço para preservar as folhas inteiras. Pra mim, elas são muito preciosas e eu sempre quero preservá-las e cuidar delas, mesmo no caso das folhas secas e soltas no solo, porque, assim, cumprem seu papel de fornecedoras de nutrientes no ciclo natural da floresta.
Encontrar essa árvore no caminho é como encontrar uma amiga, não importa o lugar. Em São Paulo, sempre que vejo ou revejo uma espécie dessa árvore, paro e fico admirando por um tempo, como se matasse a saudade. As embaúbas estão no meu cotidiano, não importa onde eu esteja.
No viveiro do Instituto Árvores Vivas, que criei em 2006 e dá nome a este blog, temos uma muda de embaúba crescendo no cantinho de um vaso já habitado por uma pata-de-elefante. A foto do sanhaço se refestelando nos galhos de uma embaúba – no meio deste texto -, foi feita na cidade de Palmas no Tocantins. Como podem ver, o que torna ainda mais especial essa amizade é que as embaúbas podem ser encontradas em quase todo o território nacional, na América do Sul e na América Central. Elas estão por aí, precisamos apenas deixar que toquem nossos corações.
Fotos: Wikipedia Commons e Juliana Gatti
Mestranda na área de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável, sua pesquisa dedica-se a avaliar a influência da natureza na qualidade de vida de crianças e sociedade. Idealizou o Instituto Árvores Vivas em 2006, onde promove ações de conexão com a natureza por meio de apreciação, restauração e fomento da cultura ambiental.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Dicas bacanas para evitar a erosão


Hoje é dia de dicas bacanas – e de lidar com o risco de erosão em terrenos que sofreram cortes


O pessoal que faz terraplanagem – ou terraplenagem? – geralmente não está nem aí. Quando fazem cortes no terreno como o da foto – que, inclusive, devem ser autorizados pela entidade ambiental oficial local, é bom lembrar -, deveriam pensar em um meio de evitar a erosão natural do terreno cortado. Fazem o corte e deixam tudo lá, aí o barranco cortado, a terra nua, vira literalmente um escorregador de água. E de terra. Estou falando isso porque no sítio de uma amiga minha ela estava enfrentando um problemão no barranco, quando chovia. A terra vinha abaixo mesmo, ajudando a assorear os cursos d’água da região. Com algumas dicas, inclusive do colaborador do Portal Orgânico, o Guaraci Diniz (que escreve todas as quintas-feiras neste blog, contando a rotina do seu sítio, o Sítio Duas Cachoeiras), está sendo possível evitar a erosão do barranco e ainda fazer um paisagismo bacana por ali. A foto mostra o barranco já em fase de recuperação, com degraus cortados na própria terra, que em breve receberão vegetação. Já falo da vegetação, aliás.

 
Amendoim forrageiro
Amendoim forrageiro
Bem, o jeito certo de fazer é o seguinte: deve-se medir a altura máxima do barranco, dividir esta altura em 4 e marcar as linhas onde deverão ser feitos vários degraus neste barranco. Com enxada mesmo é possível fazer isso. A largura do degrau deve ser de uns 40 centímetros. O grande segredo é que a plataforma de cada degrau deve ser inclinada para dentro do barranco. Isso porque quando a água desce morro abaixo e cai no degrau, em vez de escorrer pro próximo degrau (formando uma cachoeira na escada), ela fica represada no degrau e sua infiltração na terra fica facilitada. Ou seja, mais água escorre para o fundo da terra, o que ajuda a encher o lençol freático e facilita a conservação da água e o surgimento de nascentes. Essa inclinação também serve para diminuir a velocidade da água – água que corre veloz carrega mais terra e ajuda no processo da erosão.
gramado de amendoim forrageiro

Feitos os degraus, agora é hora de plantar. Guaraci Diniz recomendou semear, em linhas, aveia preta e amendoim forrageiro. Uma linha de aveia preta e na linha seguinte, a 20 cm de distância uma da outra, o amendoim forrageiro. A aveia preta cresce rápido, vai enraizar, cobrir o barranco e protegê-lo rapidamente enquanto o amendoim forrageiro, de crescimento mais lento, porém perene, trata de se espalhar sobre a superfície. O amendoim forrageiro é inclusive ornamental. Dá umas florzinhas amarelas lindas. Quando o barranco estiver lindo, já “reflorestado”, mando outra foto para vocês verem a diferença. Se tiverem alguma dúvida e quiserem fazer o mesmo, é só entrar em contato com a gente, no Portal Orgânico.

Mosca Branca Singhiella simplex já ataca ficus em Porto Alegre

Temos observado algumas ficus benjamina atacada por mosca branca em porto alegre. Vamos monitorar.


Os ficus de São Paulo estão doentes e morrendo?

 Vindo da Ásia e amplamente disseminado nas cidades brasileiras nas duas últimas décadas, o ficus (Ficus benjamina), é hoje considerado um problema urbano, graças ao seu intenso plantio por parte da população. Rústico, de crescimento rápido e raízes agressivas, ele causa danos aos encanamentos subterrâneos e estruturas de edificações, e também não ajuda a nossa rica biodiversidade nativa por ser exótico.
Considero ser a segunda árvore mais comum na cidade, principalmente nos bairros sem arborização oficial. E os problemas gerados pela planta são tão graves que participa da restrita lista de espécies exóticas invasoras da Prefeitura de São Paulo.
Mas parece que a sua rusticidade está sendo colocada à prova há alguns meses na metrópole paulistana. Por alguma razão, muitos deles amarelaram e perderam grande parte das folhas, comprometendo a densa e verdejante copa típica da espécie. Vale lembrar que o ficus é uma planta perenifólia – não perde as folhas – ainda mais em pleno verão quente e chuvoso.
Em bairros inteiros de São Paulo eles estão nessa situação. Alguns ainda mantém a saúde, como os da Avenida Paulista, mas são minoria. Nas raízes sobre o solo, casca e folhas não há sintomas aparentes de doenças. Quem ou o que está vencendo a suposta invencibilidade e rusticidade do Ficus benjamina?


Ficus benjamina saudável com sua copa densa e verde no bairro de Perdizes em 2008.

Ficus já com sinais de perdas de folhas e vigor - fevereiro de 2011.

Este ficus da Praça Buenos Aires no bairro de Higienópolis já quase não tem mais folhas. Fevereiro de 2011.

Nessa árvore no bairro de Santo Amaro percebe-se nitidamente o lado esquerdo da copa já afetado perante a parte sadia.

A grande quantidade de folhas sob a árvore mostra que a perda é rápida.

Cena comum das copas desfolhadas do Ficus benjamina de São Paulo neste verão.
Ricardo Cardim

Singhiella simplex (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE)


AVALIAÇÃO DA INFESTAÇÃO PORSINGHIELLA SIMPLEX (HEMIPTERA:
ALEYRODIDAE) EM FICUS BENJAMINA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Saindo um pouco da minha linha, vou postar parte do trabalho feito pelos colegas do setor a respeito de Singhiella simplex(HEMIPTERA:ALEYRODIDAE).


Adultos, pupas e ninfas.

Adultos, pupas e ninfas.




Este trabalho avalia o desfolhamento de árvores urbanas de Ficus benjamina pela mosca-branca-do-ficus, Singhiella simplex, na cidade de São Paulo. Foi feita amostragem sistemática nas cinco regiões da cidade: centro, norte, sul, leste e oeste e em cada região foram sorteados dois bairros, totalizando dez bairros. Foram amostradas 2.661 árvores, das quais 260 eram  Ficus benjamina e todas apresentavam sintomas de desfolha, indicando que o inseto ocorre em toda a cidade de São Paulo.


Dano com desfolia.



  Ficus benjamina  é uma espécie de figueira nativa das florestas tropicais da Índia, sudeste da Ásia, sul da China, Malásia, Filipinas, norte da Austrália e ilhas do Pacífico sul. Atualmente é plantada em várias partes do mundo e em alguns países utilizada na extração de resina (goma de benjamin), produção de incenso, como cerca-viva, ornamentação de jardins, interiores e no Brasil na arborização de várias cidades (Riffle, 1998;  Lima  et al., 2005). 
Na maioria das condições ambientais F. benjamina  pode ser atacada por diversas pragas e doenças como, cochonilhas, ácaros, nematóides, tripes e fungos (Brickell & Zuk, 1997).


Dano com desfolia.


Em agosto 2007, na Flórida, no condado de Miami (EUA), foram registrados severos ataques causados por mosca-branca-do-ficus (Singhiella simplex Singh, 1931) em várias espécies de figueiras (F. altissima, F. aurea, F. benjamina, F. lyrata, F.maclellandii e F. microcarpa) utilizadas na arborização pública e em cercas vivas, com desfolhamento intenso e até morte de plantas. Já existem registros de ataque dessa praga em Porto Rico, Jamaica, Ilhas Cayman e recentemente no Brasil (Jesus et al., 2010).

  Em sua região de origem apenas Encarsia tricolor  Foerster (Hymenoptera: Aphelinidae) é listada na literatura como inimigo natural (Mannion, 2008).
No Brasil, a primeira ocorrência de S.simplex  foi registrada no mês de agosto de 2009, pelo Prof. Dr.  Aurino Florencio de Lima no estado do Rio de Janeiro, em Barra do Piraí, Japeri, Mesquita, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, Queimados, São João do Meriti e Seropédica. Recentemente também foi assinalada em F. benjamina na cidade de São Paulo, SP (Jesus et. al., 2010).

O objetivo do presente trabalho foi identificar o agente causal dos sintomas apresentados em F. benjamina  bem como a distribuição deste agente na cidade de São Paulo.

O presente trabalho, foi de autoria de   Giuliana Del Nero Velasco 1, , Rogério Goularte Moura 2, , Evoneo Berti Filho 3, , Hilton Thadeu Zarate do Couto 4.
  


Desfolia. 

fonte: http://borboletasbr.blogspot.com.br/2012/07/singhiella-simplex-hemiptera.html

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Dica - Plantar jabuticabeira em Calçadas -



As jabuticabeiras podem ser plantadas em calçadas, próximo a alvenaria,
muros e piscinas.

Uma excelente opção para paisagismo, que produz frutos
e atrai pássaros.
Quer saber mais? www.jabuticabeira.com.br


jabuticabeiras plantadas na vila assunção em porto alegre. parabéns morador!!!
 

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

23° CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA & 2° CONGRESSO ÍBERO-AMERICANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA


Acesse https://cbau2019.com.br/ e participe do maior evento sobre arborização do Brasil.

Dentre outros eventos, anualmente a SBAU realiza o Congresso Brasileiro de Arborização Urbana, neste ano fará o vigésimo terceiro junto com a segunda edição internacional Ibero-americano. Com a chamada “Antropização, Sustentabilidade e Cidadania”, juntos a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana – SBAU, a International Society of Arboriculture – ISA e através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura da Cidade de João Pessoa, realizarão de 23 a 27 de novembro em 2019 o Congresso Brasileiro de Arborização Urbana – 23º CBAU e o Congresso Ibero-americano de Arborização Urbana – 2º CIAU. Para os quais, temos o prazer incomensurável de convidar para discussão sobre Arboricultura, tema sem fronteiras, colegas de países ibero-americanos e demais interessados.
Eixos Temáticos
“Antropização, Sustentabilidade e Cidadania”
A programação do 23º CBAU e o 2º CIAU 2019 será lançado em breve.

O Tema Geral “Antropização, Sustentabilidade e Cidadania” está composto de onze Eixos Temáticos, quais sejam:

· PROCESSO DE URBANIZAÇÃO: Melhores Práticas no Manejo da Arborização e Florestas Urbanas;
· PAISAGISMO, ARBORIZAÇÃO E FLORESTAS URBANAS: Práxis para a Sustentabilidade de Biomas e Ecossistemas;
· DIREITO AMBIENTAL: Antropização e a Legislação Inerente a Arborização e Florestas Urbanas;
· ANTROPIZAÇÃO: Riscos e Catástrofes Atinentes à Arborização e Florestas Urbanas;
· ÁRVORES URBANAS x REDES AÉREAS E SUBTERRÂNEAS: Caminhos para Evitar Conflitos e Obter uma Convivência Sustentável;
· PAISAGISMO, ARTE, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: Ações Socioambientais Sustentáveis, Aplicadas ao Paisagismo e Florestas Urbanas;
· TECNOLOGIAS ATUAIS: Equipamentos, Transporte e Ferramentas no Paisagismo e Arborização Urbana;
· PAISAGISMO URBANO: O Arbonegócio na Arboricultura Global, Mercados Potenciais e Profissionalização;
· PAISAGISMO, ARBORICULTURA E FLORESTAS URBANAS: Expertises em Países Ibero-americanos;
· PROCESSO DE URBANIZAÇÃO: Produção de Mudas e as Melhores Práticas na Implantação da Arborização e Florestas Urbanas;
· PLANOS DIRETORES DE ARBORIZAÇÃO e ÁREAS VERDES URBANAS: Importância, Aspectos Antrópicos, Sustentáveis e de Cidadania;

Fonte Site SBAU
Por: ANDREA ARAUJO DE OLIVEIRA LIBERATO

sábado, 9 de novembro de 2019

Olá,sou o cipó cabeludo!!

Cipó-cabeludo

                             
 
         Olá,sou o cipó cabeludo, conhecido pela comunidade científica como  Microgramma vacciniifolia. 

Pertenço à família das Polypodiaceae, Ordem Polypodiales, Classe Polypodiopsida. Não tenho flores, frutos, nem sementes, sendo colocada também no grupo das Pteridófitas (samambaias).


Cresço sobre outras plantas, sou uma epífita. Tenho um caule longo com cerca de 3mm de diâmetro cheio de escamas e pêlos. Aqui no CMPA vocês vão me encontrar crescendo sobre o tronco de árvores grandes como as figueiras, ipês e jacarandás,


Minhas folhas estéreis tem formato mais ovalado (como mostra a foto acima). As folhas férteis são alongadas e, na face de baixo possuo os soros, pontinhos pretos cheios de esporos que uso para reprodução, já que não possuo flores.



Normalmente sou encontrada sobre troncos e ramos de árvores do Cerrado e da Mata Atlântica, tanto em ambientes expostos ao sol como sombreados. Desde as Antilhas, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai, e Brasil.

Não quero parecer convencida, mas já participei de um curta metragem como personagem principal. vejam:


         Sou amplamente utilizado na fitoterapia brasileira e altamente considerado como um poderoso diurético. Meus principais usos documentados são para cistite, prostatite, uretrite, gota, infecções do trato urinário, muco excessivo, cálculos biliares, pedras nos rins e para ajudar a diminuir os níveis de ácido úrico na urina e no sangue. Sou um remédio natural preferido para nefrite e prostatite e  considerado útil na remoção de mucosas excessivas dos tratos urinário e brônquico.  Também sou empregado como um analgésico para neuralgia, reumatismo crônico e artrite e dor muscular geral.


Referências: 1. Catalogue of Life
                     2. Flora SBS

Identificador: Nélson Schenatto dos Angelos
Autores: Alunos Panerai, Pritch, Mirabal e Júlio Cézar (6º ano/2018)


sexta-feira, 8 de novembro de 2019

A reciclagem reduz, de forma importante, impacto sobre o meio ambiente!!



Como separar o lixo doméstico?

Não misture recicláveis com orgânicos - sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes. Coloque plásticos, vidros, metais e papéis em sacos separados.

Lave as embalagens do tipo longa vida, latas, garrafas e frascos de vidro e plástico. Seque-os antes de depositar nos coletores.

Papéis devem estar secos. Podem ser dobrados, mas não amassados.

Embrulhe vidros quebrados e outros materiais cortantes em papel grosso (do tipo jornal) ou colocados em uma caixa para evitar acidentes. Garrafas e frascos não devem ser misturados com os vidros planos.

O que não vai para o lixo reciclável?

Papel-carbono, etiqueta adesiva, fita crepe, guardanapos, fotografias, filtro de cigarros, papéis sujos, papéis sanitários, copos de papel. Cabos de panela e tomadas. Clipes, grampos, esponjas de aço, canos. Espelhos, cristais, cerâmicas, porcelana. Pilhas e baterias de celular devem ser devolvidas aos fabricantes ou depositadas em coletores específicos.

E as embalagens mistas: feitas de plástico e metal, metal e vidro e papel e metal?

Nas compras, prefira embalagens mais simples. Mas, se não tiver opção, desmonte-a separando as partes de metal, plástico e vidro e deposite-as nos coletores apropriados. No caso de cartelas de comprimidos, é difícil desgrudar o plástico do papel metalizado, então descarte-as junto com os plásticos. Faça o mesmo com bandejas de isopor, que viram matéria-prima para blocos da construção civil.

Outras dicas:

Papéis: todos os tipos são recicláveis, inclusive caixas do tipo longa-vida e de papelão. Não recicle papel com material orgânico, como caixas de pizza cheias de gordura, pontas de cigarro, fitas adesivas, fotografias, papéis sanitários e papel-carbono.

Plásticos: 90% do lixo produzido no mundo são à base de plástico. Por isso, esse material merece uma atenção especial. Recicle sacos de supermercados, garrafas de refrigerante (pet), tampinhas e até brinquedos quebrados.

Vidros: quando limpos e secos, todos são recicláveis, exceto lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana.

Metais: além de todos os tipos de latas de alumínio, é possível reciclar tampinhas, pregos e parafusos. Atenção: clipes, grampos, canos e esponjas de aço devem ficar de fora.

Isopor: Ao contrário do que muita gente pensa, o isopor é reciclável. No entanto, esse processo não é economicamente viável. Por isso, é importante usar o isopor de diversas formas e evitar ao máximo o seu desperdício. Quando tiver que jogar fora, coloque na lata de plásticos. Algumas empresas transformam em matéria-prima para blocos de construção civil.

CURIOSIDADES:

  • A reciclagem de uma única lata de alumínio economiza energia suficiente para manter uma TV ligada durante três horas.
  • Cerca de 100 mil pessoas no Brasil vivem exclusivamente de coletar latas de alumínio e recebem em média três salários mínimos mensais, segundo a Associação Brasileira do Alumínio.
  • Uma tonelada de papel reciclado economiza 10mil litros de água e evita o corte de 17 árvores adultas.
  • Cada 100 toneladas de plástico reciclado economizam 1 tonelada de petróleo.
  • Um quilo de vidro quebrado faz 1kg de vidro novo e pode ser infinitamente reciclado.
  • O lacre da latinha não vale mais e não deve ser vendido separadamente. As empresas reciclam a lata com ou sem o lacre. Isso porque o anel é pequeno e pode se perder durante o transporte.
  • Para produzir 1 tonelada de papel é preciso 100 mil litros de água e 5 mil KW de energia. Para produzir a mesma quantidade de papel reciclado, são usados apenas 2 mil litros de água e 50% da energia.
  • Cada 100 toneladas de plástico economizam uma tonelada de petróleo.
  • O vidro pode ser infinitamente reciclado.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

A senescência é um processo metabólico ativo associado ao processo de envelhecimento.

Senescência

 

   Citologia


Senescência é o processo natural de envelhecimento ao nível celular ou o conjunto de fenômenos associados a este processo.
A senescência é um processo metabólico ativo associado ao processo de envelhecimento. Ocorre por meio de uma programação genética que envolve redução do tamanho dos telômeros e ativação de genes de supressão tumoral. As células que entram em senescência perdem a capacidade proliferativa após um determinado número de divisões celulares.
O envelhecimento do organismo como um todo está relacionado com o facto das células somáticas do corpo irem morrendo e não serem substituídas por novas como acontece na juventude.
Em virtude das múltiplas divisões celulares que a célula individual regista ao longo do tempo, para esse efeito, o telómero (extensão de ADN que serve para a sua proteção) vai diminuindo até que chega a um limite crítico de comprimento, ponto em que a célula perde a capacidade proliferativa, com a consequente diminuição do número de células do organismo, das funções dos tecidos, das funções dos órgãos e das funções do próprio organismo.
Como consequência, há o surgimento das chamadas doenças da velhice. Uma enzima endógena (telomerase) encarrega-se de manter o tamanho dos telómeros. A cada divisão celular, acrescenta a parte do telómero que se perde em virtude da mesma, de modo que o telómero não diminui e a célula pode-se dividir sempre que precisa. O que acontece é que ela faz essa função unicamente nas células germinativas (ou em células cancerosas) fazendo com que estas sejam permanentemente jovens independentemente do organismo ser já velho.
As células somáticas têm o gene da telomerase, mas não a produzem pois, este não está ativado. Atualmente a ciência já consegue ativar a telomerase e criar células saudáveis imortais. Revistas cientificas como a Science (1998) já trouxeram artigos sobre este assunto. Apesar disso, ainda não se sabe se a ativação da telomerase seria uma terapia plausível para o envelhecimento humano, já que a hiperativação da telomerase está associada com o surgimento de tumores.
Este conceito se opõe à senilidade, também denominado envelhecimento patológico, e que é entendido como os danos à saúde associados com o tempo, porém causados por doenças ou maus hábitos de saúde.

Senescência celular

Senescência celular é o processo pelo qual as células deixam de se dividir para substituír outras células que, por alguma razão, deixaram de metabolizar.
As células senescentes deixam de se dividir quando os telômeros, que protegem as extremidades dos cromossomos, se encurtam demais até alcançar o Limite de Hayflick - em cada divisão celular, os telômeros perdem uma parte e se encurtam, quando atingem um tamanho mínimo os cromossomos deixam de se replicar, impedindo a divisão correta da célula.
Um outro aspecto interessante da senescência celular é a superexpressão e acúmulo da enzima beta-galactosidase nas células. Esse fenômenos foi inicialmente observado em 1995 por Dimri e colaboradores, os quais propuseram que existiria uma nova isoforma da beta-galactosidase com atividade ótima em pH 6.0 (a chamada Senescence Associated beta-gal ou simplesmente SA-beta-gal). Até mesmo ensaios quantitativos foram desenvolvidos para detectar essa possível variante da enzima. Hoje sabe-se que na verdade o que ocorre nessas células é o acúmulo de beta-gal nos lisossomos e que esse processo não é necessário para o aparecimento da senescência. Entretanto, a beta-gal continua sendo ainda o marcador mais utilizado para se determinar células senescentes tanto in vivo como in vitro, devido à sua constância e a facilidade e custo de detecção.
Já as células do câncer, por outro lado, são denominadas "imortais" uma vez que a enzima telomerase regenera os telômeros da célula, permitindo-lhe multiplicar-se indefinidamente. Além disso, não é possível detectar a enzima beta-gal em abundância em seus lisossomos.

Referências

  1. Shay, Jerry W.; Woodring E.. (2011-12-01). "Role of telomeres and telomerase in cancer". Seminars in Cancer Biology 21 (6): 349–353. DOI:10.1016/j.semcancer.2011.10.001. ISSN 1044-579X. PMID 22015685.
  2. DIMRI, LEE, et al A biomarker that identifies senescent human cells in culture and in aging skin in vivo Proc Natl Acad Sci U S A. 1995 Sep 26;92(20):9363-7.
  3. Bassaneze V, Miyakawa AA, Krieger JE. (2008). «A quantitative chemiluminescent method for studying replicative and stress-induced premature senescence in cell cultures». Anal Biochem. [S.l.: s.n.] 15 (372): 198–203. PMID 17920029.
  4. Gary RK, Kindell SM. Quantitative assay of senescence-associated beta-galactosidase activity in mammalian cell extracts.Anal Biochem. 2005 Aug 15;343(2):329-34
  5. Itahana K, Campisi J, Dimri GP. Methods to detect biomarkers of cellular senescence: the senescence-associated beta-galactosidase assay. Methods Mol Biol. 2007;371:21-31.
  6. Lee BY, Hwang ES et al Senescence-associated beta-galactosidase is lysosomal beta-galactosidase. Aging Cell. 2006 Apr;5(2):187-95.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Feijoa, a nossa goiaba-da-serra

fonte: apremavi

 Flor de Feijoa. Foto: Acervo Apremavi.

13 maio, 2014 | Guia de Espécies
A goiaba-da-serra, também conhecida como feijoa, goiaba-serrana, goiaba-crioula ou araçá-do-rio-grande é uma frutífera nativa da Mata Atlântica do Sul do Brasil, encontrada na floresta com araucárias. Suporta bem o frio, sendo uma espécie importante para plantios de restauração. A goiaba-da-serra tem formato arbustivo, com altura variando de 2 a 5 metros de altura, o que facilita a colheita dos frutos. Seu fruto verde possui casca bastante espessa e em geral é consumido in natura e de “colherinha” como se diz na região meio oeste de Santa Catarina. O fruto doce-acidulado e com excelente aroma também serve para a produção de sucos, geleias e sorvetes.
As flores da goiaba-da-serra são muito vistosas, com pétalas
carnudas e estames vermelhos.  As pétalas das flores podem ser utilizadas em saladas. Como são muito saborosas são bastante apreciadas pelas aves, que funcionam como polinizadores da planta. Ao se “sujarem” de pólem acabam levando o pólem de uma planta para outra. Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), chegaram a observar nove espécies de pássaros se alimentando em um único pé de goiaba-da-serra, em Gramado (RS), entre eles o sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca) e a saíra-preciosa (Tangara preciosa). O sanhaço foi avistado alimentando os filhotes no ninho com os pedacinhos de pétalas.
As flores vistosas fazem com que a espécie seja muito usada para ornamentação. A goiaba-da-serra também tem sido apontada como uma espécie de grande potencial ecológico, exatamente por ser muito atrativa à avifauna.
Apesar de ser nativa do Brasil, as raras frutas que podem ser encontradas nos mercados, são normalmente provenientes de plantações feitas na Colômbia. Mesmo tendo um enorme potencial econômico, os plantios para fins comercias no Brasil ainda são raros, por conta da fragilidade do fruto, cuja armazenagem não pode ultrapassar de 2 a 3 semanas, e pelo fato da espécie ainda não estar completamente domesticada.
O viveiro Jardim das Florestas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) produz mudas de goiaba-da-serra para serem utilizadas em projetos de recuperação de áreas e paisagismo. Um dos projetos executados pela Apremavi que utiliza essa espécie é o Projeto Araucária, patrocinado pela Petrobras.
Sanhaçu de encontro azul (Thrapis cyaniptera)​, um dos apreciadores da goiaba-da-serra. Foto: Acervo Apremavi.

Goiaba-da-serra

Nome científico: Acca sellowiana (O. Berg.) Burret.
Família: Myrtaceae.
Utilização: Madeira utilizada para lenha e obras em geral. Seus frutos são comestíveis e podem ser transformados em geleias, sucos, doces, etc. Muitos animais se alimentam desta espécie que pode também ser utilizada para o paisagismo urbano.
Coleta de sementes: Diretamente da árvore quando começa a queda espontânea dos frutos.
Fruto: O fruto é classificado como um pseudofruto do tipo pomo, casca verde, baga com formato oblongo, polpa cor gelo, tem diâmetro de 3 a 5 cm.
Frutificação: Fevereiro a Maio.
Flor: Vermelha com branco
Crescimento da muda: Médio.
Germinação: Normal.
Plantio: Mata ciliar, área aberta.
Autora: Marluci Pozzan.
Colaboração: Edilaine Dick e Miriam Prochnow.
Fontes Consultadas:
AMARANTE, C .V. T.; SANTOS, K. L. Goiabeira-serrana (Acca sellowiana). Rev. Bras. Frutic. vol.33 no.1 Jaboticabal Mar. 2011.
BARNI, E.J.; DUCROQUET, J.P.; SILVA, M.C.; NETO, R.B.; PRESSER, R.F.Potencial de mercado para goiabeira-serrana catarinense. Florianópolis: Epagri, 2004. 48p. (Documento, 212).
DEGENHARDT, J. et al. Morfologia floral da goiabeira serrana (feijoa sellowiana) e suas implicações na polinização. Rev. Bras. Frutic. vol.23 no.3 Jaboticabal Dec. 2001.
LORENZI, H. Eugenia uniflora L. In: LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. p. 254.
MONDIN, C. A., EGGERS, L. FERREIRA, P. M. A. (Org). Catálogo ilustrado de plantas – espécies ornamentais da PUCRS. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.
PROCHNOW, M. (Org.). No Jardim das Florestas. Rio do Sul. Apremavi: 2007.
QUADROS, K. E. et al. Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowianaBerg. Rev. Bras. Frutic. vol.30 no.2 Jaboticabal June 2008.
http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/biodiversa/feijoa-guardem-bem-este-nome/

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