sábado, 8 de setembro de 2012

Variedades de Banana


Banana-ouro: A menor de todas, é muito doce e tem casca bem amarela, cheia de pintinhas marrons. No Amazonas é chamada de inajá.
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Banana-nanica: A mais cultivada e comercializada. De nanica ela nada tem, mas as bananeiras que lhe dão origem são de pequeno porte, ao contrário da fruta que chega a medir de 15 a 24 centímetros.
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Banana-da-terra: Com mais de 25 centrímetros de comprimento, tem casca amarela e polpa ligeiramente rosada. Depois de madura, sua casca fica quase preta e a polpa trava a mastigação. Por isso, é frita ou assada e degusta com açúcar e canela.
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Banana-são-tomé: Cada vez naus rara de ser encontrada, ela tem sabor delicioso e é ideal para ser cozida e depois amassada com garfo. O que iviabiliza sua comercialização é o fato de amadurecer e rachar.
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Banana-maçã: Casca fina e amarela, sua principal característica está no sabor que lembra o da maçã. Uma das variedades mais cultivadas no país, é excelente para consumo ao natural ou em vitaminas. Uso culinário restrito.
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Banana-prata: É o tipo que tem a casca mais lisa e sem manchas. A polpa é bem clara e doce e entra no preparo de bananas e bolos.
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Banana-Pacovã: Comprida, mais de 35 centímetros, tem polpa rosada, mais firme e pouco doce. É largamente cultivada na região amazônica. Ótima para assar ou cozer.
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Principais Cultivares
A escolha da variedade de bananeira depende da preferência do mercado consumidor e do destino da produção (indústria ou consumo in natura). Existem quatro padrões ou tipos principais de variedades de bananeira: Prata, Maçã, Cavendish (Banana D’Água ou Caturra) e Terra. Dentro de cada tipo há uma ou mais variedades. No Polo Petrolina - Juazeiro, as variedades dominantes tendem a ser a Pacovan e a 'Prata Anã'. Recomenda-se ainda, introduzir e cultivar variedades novas com características de resistência a pragas e doenças como Caipira, Fhia 18 e Fhia 01, visando desenvolver novas opções de mercado.
Pacovan
Resultante de uma mutação da Prata, pertence ao grupo AAB e é mais produtiva e vigorosa do que esta cultivar. Tem porte alto, superior ao da Prata. O pseudocaule é verde-claro, com poucas manchas escuras. O cacho é pouco cônico, rabo limpo, coração médio e frutos grandes, com quinas proeminentes mesmo quando maduros, ápices em forma de gargalo e sabor azedo-doce, mais ácido do que a Prata. A cultivar é suscetível às Sigatokas amarela e negra e ao mal-do-Panamá, todavia apresenta boa tolerância à broca-do-rizoma e aos nematóides. Também tem boa aceitação pelos consumidores.
Prata Anã 
É uma cultivar do grupo AAB, com baixa capacidade produtiva, com pseudocaule muito vigoroso de cor verde-clara, brilhante, com poucas manchas escuras próximo à roseta foliar. O porte é médio a alto, cacho cônico, rabo sujo (ráquis com brácteas persistentes), coração grande e frutos pequenos, com quinas, ápices em forma de gargalo e sabor acre-doce (azedo-doce). A cultivar é suscetível às sigatokas amarela e negra e ao mal-do-Panamá, todavia apresenta boa tolerância à broca-do-rizoma e aos nematóides.
Fonte: http://minhasfrutas.blogspot.com.br/2009/07/variedades-de-banana.html

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Técnica Rural - Fixação biológica de nitrogênio

O Técnica Rural fala sobre fixação biológica de nitrogênio. Algumas plantas, em especial as leguminosas, têm capacidade de reter o nutriente nas raízes com a ajuda de uma bactéria, o rizobio. Para funcionar de forma correta, é preciso preparar a semente, usando o produto inoculante. O programa mostra as vantagens econômicas e ambientais desta prática





quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Desempenho de variedades de bananeira em sistema de produção orgânica




A banana, Musa spp., uma das frutas mais consumidas no mundo, possui vitaminas (A, B e C), minerais (Ca, K e Fe), fibras (1,5 a 2,8 g/100 g) e baixos teores calóricos (78 a 128 kcal/100 g) e de gordura (0,1 a 0,2 g/100 g), constituindo importante fonte de alimento. A bananeira, predominantemente do tipo Prata (grupo genômico AAB), é cultivada de norte a sul do país, em solos dos mais diversos, sob sistemas de produção convencional, integrada e orgânica.





O sistema de produção orgânica busca manejar de forma equilibrada o solo, água, plantas e animais, conservando-os a longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos. Nesse sistema, a bananeira já tem sido cultivada e está certificada nos Estados do ES, MG, PE, RJ, RS, SC e SP.

O princípio básico do manejo orgânico é a utilização da matéria orgânica para proporcionar melhoria da fertilidade e vida do solo, dar garantia de produtividade e qualidade dos produtos agrícolas, como também oferecer proteção às plantas contra pragas e doenças. Como aliado do processo, o uso de coberturas verdes e vivas no solo, como as leguminosas, permite a produção de matéria orgânica e o fornecimento de nitrogênio (N). As leguminosas caracterizam-se por obter a quase totalidade do N que necessitam da atmosfera, por meio da simbiose com bactérias específicas. Além disso, possuem raízes geralmente bem ramificadas e profundas, que atuam estabilizando a estrutura do solo, reciclando nutrientes e incorporando matéria orgânica.

Objetivou-se neste estudo avaliar o desempenho de seis variedades de bananeira sob condições de manejo orgânico, com duas leguminosas para cobertura do solo.

Implantou-se uma área, sem irrigação, na Unidade de Pesquisa de Produção Orgânica (UPPO) da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz das Almas, Bahia, em Latossolo Amarelo distrocoeso, em julho de 2006. O solo, antes do plantio da bananeira, apresentou os seguintes atributos químicos, na camada de 0-20 cm: pH em água igual a 4,9; P e K com os valores respectivos de 5 e 117 mg/dm3; Ca, Mg, SB e CTC de 2,5; 0,3; 3,18 e 7,91 cmolc/dm3, respectivamente; V=40%; e M.O.= 7,5g/kg; e de 20-40 cm: pH em água=4,6; P e K, respectivamente, 2 e 47 mg/dm3; Ca, Mg, SB e CTC de 1,3; 0,5; 2,05 e 6,01 cmolc/dm3, respectivamente; V=34%; e M.O.= 5,2 g/kg.

Foram avaliadas seis variedades de banana [Caipira (AAA), Maravilha (AAAB), Pacovan Ken (AAAB), Prata-Anã (AAB), Thap Maeo (AAB) e Tropical (AAAB)], no espaçamento de 4m x 2m x 2m, com 25 plantas úteis de cada variedade, sob dois manejos do solo com as leguminosas feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) e amendoim forrageiro (Arachis pintoi). As leguminosas foram plantadas na mesma época da bananeira, sendo ceifadas ao final da estação chuvosa. Além da calagem para elevar a saturação por bases (V) para 70%, as bananeiras foram adubadas no plantio com 10 litros de composto orgânico + 1 kg de fosbahia e, em cobertura, com 2,5 litros de composto orgânico. Para avaliar o desempenho das variedades de banana sob manejo orgânico foram determinados, por ocasião do florescimento, o número de dias do plantio ao florescimento (DFL), a altura (ALT) e o diâmetro (DPC) do pseudocaule e o número de folhas vivas (NFV); e na colheita, número de dias do plantio à colheita - ciclo - (DCL), peso das pencas (PPE), número (NFR) e peso médio de frutos (PMF), comprimento (CFR) e diâmetro (DFR) médio dos frutos da 2a penca, como também a produtividade da bananeira, por ciclo e por ano em tonelada.

Os dados obtidos foram analisados por estatística descritiva e as médias, dentro de cada variedade, comparadas pelo teste t, considerando probabilidade de 10%.

Os atributos avaliados, em comparação com o sistema convencional, mostraram, de maneira geral, ciclo mais longo (502 a 585 dias) e menor produtividade (8,7 a 26 t/ha/ciclo), exceto a variedade Maravilha (24,8 e 26,0 t/ha/ciclo), a qual apresentou produtividade por ciclo 25% superior à do cultivo convencional, indicando boa adaptação dessa variedade ao manejo orgânico, porém com um ciclo mais longo (542 e 545 dias). Além disso, as variedades Maravilha e Pacovan Ken, tetraplóides melhorados, foram aquelas com maior número de plantas colhidas (80%). Já a ‘Tropical’, além de ter produzido por ciclo, em média, 4,3 t/ha menos do que o observado pela mesma variedade no sistema convencional, apenas 20% das plantas foram colhidas. Isto indica uma adaptação restrita a esse sistema em Latossolo Amarelo dos Tabuleiros Costeiros, apesar de essa variedade estar sendo cultivada com sucesso no sistema orgânico em solos do Estado de Santa Catarina (informação pessoal).

Quanto às coberturas vivas do solo, apenas a ‘Caipira’ não mostrou diferença entre as leguminosas para os atributos avaliados. A ‘Maravilha’ apresentou-se significativamente mais vigorosa (altura e diâmetro do pseudocaule e número de folhas vivas maiores) na cobertura viva do solo com feijão-de-porco (2,56 m de altura; 21,2 cm de diâmetro do pseudocaule e 12,6 folhas). Estes resultados confirmam a potencialidade dessa leguminosa como cobertura do solo para a bananeira. Contudo, para ‘Prata Anã’, o amendoim forrageiro reduziu significativamente o número de dias para o florescimento e para a colheita (42 dias), apesar de ter sido 97 dias superior ao período estimado no sistema convencional. Além disso, apesar do número de frutos 19% menor ao do sistema convencional, o peso médio do fruto foi semelhante (111,9 g). Por outro lado, a cobertura do solo com feijão-de-porco proporcionou maior diâmetro do pseudocaule (20,7 cm) e maior número de frutos (192) para ‘Thap Maeo’ e maior número de frutos (120) para a ‘Tropical’, no primeiro ciclo de produção.

Assim, na primeira colheita, a variedade de banana Maravilha obteve melhor desempenho no sistema de produção orgânica, enquanto a ‘Tropical’ apresentou o menor. Já a cobertura viva com feijão-de-porco foi mais benéfica à bananeira.


As figuras 1 e 2 mostram vistas do cultivo da bananeira sob manejo orgânico.








Figura 1. Vista da área com as coberturas com feijão-de-porco e amendoim forrageiro.

Ana Lúcia Borges e Luciano da Silva Souza
Pesquisador(a) da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, Caixa Postal 007, Cruz das Almas, BA, CEP 44380-000, analucia@cnpmf.embrapa.br, lsouza@cnpmf.embrapa.br.

domingo, 2 de setembro de 2012

Lixo orgânico é transformado em negócio lucrativo no Brasil


por André Trigueiro*
A destinação inteligente do lixo úmido já é realidade em várias empresas do Brasil. Uma delas consegue faturamento médio de R$ 100 mil por mês.

Lixo é um negócio lucrativo, e muito positivo para o meio ambiente, desde que tratado corretamente. O que se joga fora de comida por ano no Brasil daria para alimentar 30 milhões de pessoas. É a população do Iraque.
lixo organico 300x225 Lixo orgânico é transformado em negócio lucrativo no BrasilCada um de nós gera em média um quilo de lixo por dia e mais da metade disso é matéria orgânica. São 22 milhões de toneladas de alimentos que vão parar na lixeira. Resíduos que se transformam em uma bomba-relógio ambiental na maioria das cidades brasileiras.
Abandonados a céu aberto, os resíduos orgânicos vão parar nos lixões, viram chorume, que contamina as águas subterrâneas. Gás metano, que agrava o efeito estufa. Atraem ratos, moscas e baratas, que transmitem doenças.
É nesses locais que milhares de pessoas acabam vivendo, na tentativa arriscada de ganhar a vida, mas há quem já enxergue no lixo uma maneira correta de trabalhar e excelentes oportunidades de negócio. A destinação inteligente do lixo úmido já é realidade em várias empresas do Brasil.
De restinho em restinho chega-se a cinco toneladas de lixo por mês numa fábrica de produtos de beleza. “Antes, a gente desenhava o procedimento mandando para aterro e hoje a gente utiliza nosso parceiro para fazer a compostagem, então é um ganho para sociedade”, fala o diretor da L’Oreal Brasil, Rogério Barbosa.
Numa outra fábrica de equipamentos, os recicláveis são separados num galpão e mais recentemente, o lixo orgânico também passou a ter um destino mais nobre. Sem gastar um centavo a mais. “A gente consegue evitar que vá para aterros sanitários, cerca de três toneladas de resíduos orgânicos por mês”, fala o gerente de fabricação de equipamentos da White Martins, Giovani Santini Campos.
Acompanhamos a rotina de uma das primeiras empresas do Brasil a transformar lixo orgânico em negócio lucrativo. O material é levado para um imenso galpão em Magé, na região metropolitana do Rio, onde acontece a compostagem.
“A compostagem de forma natural duraria em torno de cinco a seis meses. Com um líquido, que funciona como catalisador do processo, a gente acelera isso para em média 40 dias”, explica o diretor comercial da Vide Verde, Marcos Rangel.
Outra vantagem desse sistema é que ele reduz drasticamente as emissões de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global. Nos aterros de lixo, gera-se 400 gramas de gás para cada quilo de lixo orgânico. Nas composteiras, essa emissão fica em torno de quatro gramas, por quilo, cem vezes menos.
O que antes era resto de comida vira material seco, sem cheiro ou riscos para a saúde. Misturado à terra preta, o composto é ensacado para então se transformar em um produto cobiçado no mercado de jardinagem.
Quem quiser pode produzir adubo orgânico dentro de casa. Em pelo menos cinco mil domicílios brasileiros, a Minhocasa é o destino final do lixo orgânico.
“O resíduo orgânico que a gente pode colocar dentro desse minhocário pode ser desde as cascas de frutas e verduras, os talos, como também o alimento que já foi cozido como sobra de arroz, feijão, macarrão, casca de ovo, borra de café, pão embolorado, tudo isso é bem-vindo”, conta o sócio fundador da Minhocasa, César Cassab Danna.
O sistema inspirado num modelo de política pública adotada na Austrália funciona até em apartamentos pequenos. Em caixas fechadas, que não exalam mau cheiro, as minhocas realizam de graça a conversão do lixo em adubo.
* André Trigueiro é jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela Coppe-UFRJ onde hoje leciona a disciplina Geopolítica Ambiental, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-RJ, autor do livro Mundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em Transformação, coordenador editorial e um dos autores dos livros Meio Ambiente no Século XXI, e Espiritismo e Ecologia, lançado na Bienal Internacional do Livro, no Rio, pela Editora FEB, em 2009. É apresentador do Jornal das Dez e editor-chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News. É também comentarista da Rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro.
** Publicado originalmente no site Mundo Sustentável.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Por que se alimentar de forma diferente pode melhorar o mundo (e a sua vida)?


Lydia Cintra 15 de maio de 2012

As jornalistas e pesquisadoras em agricultura e alimentação Tatiana Achcar e Cláudia Visoni são grandes entusiastas da saúde no campo, na cidade e na mesa. Para elas, promover uma alimentação de qualidade é uma das formas de transformar o mundo. Alimentação de qualidade, aqui, significa uma rede de produção do que vai pra mesa do consumidor feita com responsabilidade e saúde para a terra e para o homem.
Tatiana já viveu experiências como voluntária em fazendas orgânicas dos EUA por meio do WWoofing, rede internacional que conecta pequenos produtores no mundo todo com pessoas interessadas em trabalhar voluntariamente pra aprender o manejo rural em pequena escala, de forma conectada com a natureza e com os ciclos naturais da terra.
Cláudia mantém um blog no qual dá dicas para quem quer começar a repensar a sua relação com a comida. São textos sobre como fazer uma horta em casa/apartamento, alimentos orgânicos, notícias sobre o tema e dicas gerais sobre alimentação.
Ambas estão entre as fundadoras do grupo Hortelões Urbanos. Hortelão é o nome dado a pessoas que cultivam hortas. A comunidade já conta com quase 900 pessoas conectadas pelo Facebook. Por lá, elas trocam informações, ideias e conhecimentos gerais sobre agricultura urbana e marcam encontros como o “picnic” de trocas de mudas e sementes que aconteceu em abril no Parque da Luz, em São Paulo. “Foi um momento riquíssimo de trocas, gente chegando com mudas,  sementes, comidinhas especiais. Tudo ali tinha uma história que as pessoas contavam com amor e entusiasmo”, conta Tatiana. Qualquer um que faça parte da rede social pode se conectar e começar a entender e explorar mais o assunto.
Em Abril, Cláudia e Tatiana ministraram a oficina “No campo, no quintal, no prato: a revolução dos alimentos para um mundo melhor”, que fez parte da programação de atividades da Hub Escola de Outono, do Hub São Paulo, sobre o qual falamos aqui na semana passada.

Cláudia na sua horta, em São Paulo

Para elas, tudo começa com a convicção de que há uma relação estreita entre a saúde do ser humano e a saúde do planeta. “Não há como dissociar uma coisa da outra”, dizem. Hoje, boa parte da alimentação brasileira é baseada em monoculturas, ou seja, extensas plantações mecanizadas que desmatam áreas naturais, empobrecem o solo e demandam adubos químicos, fertilizantes e agrotóxicos. “É o modelo do desmatamento. Estamos fabricando um deserto com a monocultura”. Por isso, nossa alimentação se resume a quatro grandes commodities, que são a base de praticamente todos os outros produtos que consumimos: soja, milho, trigo e arroz.
“É um questionamento do modelo de produção e distribuição dos alimentos. No Brasil, essa discussão quase não existe ainda”. Na mesma medida em que somos uma potência do agronegócio mundial (condição exaltada em propagandas como a deste vídeo abaixo), os caminhos alternativos (alimentos saudáveis e livres de veneno) muitas vezes tornam-se mais difíceis de serem percebidos por grande parte da população. “Às vezes as pessoas até ficam bravas quando se inicia uma conversa sobre isso”, comenta Cláudia.
(Veja outros vídeos)
Por que tanto veneno?
Além de resignificar a relação com o alimento, a agricultura urbana e orgânica é uma forma de fugir do uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil. Segundo Tatiana, a primeira medida de mobilização necessária é impedir que o Brasil compre produtos que são proibidos no resto do mundo. É isso mesmo: por conta de uma política dominada por grandes indústrias químicas, ainda comemos alimentos contaminados com venenos que foram banidos há anos em outros países.
Anvisa mostra que somos responsáveis por usar 19% de todos os defensivos agrícolas produzidos no mundo, na frente dos EUA, que consome 17%. Em 2011, o Brasil registrou 8 mil casos de intoxicação por agrotóxicos.

Segundo dados apresentados pela professora de Geografia da USP Larissa Mies Bombardi em entrevista ao Brasil de Fatoseis grandes empresas controlam mais de 70% do mercado de agrotóxicos no Brasil e tiveram uma renda líquida de R$15 bilhões em 2010.
E mais impressionante ainda é que 84% dos agrotóxicos da América Latina são consumidos no Brasil, que é “muito permissivo” e “tem produtos que são proibidos na União Europeia e nos Estados Unidos há 20 anos”, comenta a pesquisadora. Larissa também explica porque o argumento de que esse sistema é necessário para alimentar toda a população mundial é “mentiroso”. Para ela, não é questão de produção, mas sim de acesso à renda.
O pesquisador Joel Cohen, chefe de Laboratório de Populações da Universidade Rockefeller, nos EUA, segue a mesma linha: “Em 2009-2010, o mundo cultivou 2,3 bilhões de toneladas de cereais. Do total, 46% foi para a boca de pessoas, 34% para animais e 18% para máquinas (biocombustível e plásticos). 90% da soja cultivada no mundo serve para alimentar animais. Nosso sistema econômico não precifica gente que passa fome. A fome é economicamente invisível. Com o que se planta agora, poderíamos alimentar de 9 bilhões a 11 bilhões, mas 1 bilhão passa fome”.

Charge do Angeli: qual modelo de fazenda nós queremos?
Para piorar, no Brasil não existem linhas de financiamento voltadas para a agroecologia. “Parece mentira, mas para conseguir liberação de dinheiro no banco, o produtor precisa mostrar a nota fiscal comprovando que adquiriu agrotóxicos”, diz Cláudia em seu texto “Por que os orgânicos são tão caros?”.
Nossas faculdades de agronomia formam cada vez mais profissionais que vão reproduzir essa forma de tratar a terra e a produção de alimentos. “Nas faculdades de agronomia predomina o ensino da agricultura baseada em insumos químicos, gerando carência de profissionais que sabem cultivar a terra sem apelar para eles. Para complicar de vez a situação, entidades como a FAPESP, o CNPQ e a CAPES não costumam liberar bolsas de estudos para quem se propõe a estudar agricultura orgânica e familiar”.
Muita gente se depara com o dilema do preço. É fato que, na maior parte das cidades brasileiras, ainda é mais caro comer alimentos orgânicos. Este é, no entanto, o típico caso do barato que sai caro para o país. Como enumera Cláudia, nosso sistema agrícola dominante não leva em conta questões como:
1. O custo social representado pelo abandono do campo pelos pequenos produtores e inchaço das periferias urbanas;
2. O custo em saúde pública que tem origem no enorme número de pessoas intoxicadas pelos agrotóxicos, seja de forma aguda ou crônica (câncer, doenças neurológicas e endócrinas entre outras);
3. O custo ambiental devido à contaminação química do ar, da água e do solo, à perda da fertilidade do solo e da biodiversidade.
Campanha
É importante destacar o papel da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, que luta por outro modelo de desenvolvimento nos campos brasileiros. As pessoas que estão nesta linha de frente acreditam em “uma agricultura que valoriza a agroecologia ao invés dos agrotóxicos e transgênicos, que acredita no campesinato e não no agronegócio, que considera a vida mais importante que o lucro das empresas”, diz o site oficial.

No ano passado foi lançado o documentário O Veneno Está na Mesa, do cineasta Silvio Tendler, que está disponível na íntegra na internet para cópia, veiculação e distribuição, e é uma ótima forma de entender melhor a questão. Veja abaixo:
Nascidos e acostumados a este sistema, acabamos perdendo a sensibilidade em relação ao que comemos. O gosto da cenoura ficou menos acentuado. A alface, sem gosto. O sabor do milho é aquele da latinha. Está certo que seja desta forma? Falta um “apreço pelo sabor e pela qualidade do alimento”, enfatizaram Cláudia e Tatiana.
Ao entender que a qualidade do que vai diretamente para dentro do corpo de cada um de nós foi profundamente afetada por uma indústria que objetiva a produtividade acima da saúde da população, o primeiro passo foi dado. Os próximos abrem um caminho longo de busca por mais saúde no prato, no planeta e na sociedade, com espaço para tentativas e aprendizados. “Na agricultura urbana é possível errar, em um mundo em que sempre é preciso acertar”, conclui Tatiana.

FONTE:http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/por-que-se-alimentar-de-forma-diferente-pode-melhorar-o-mundo-e-a-sua-vida/#comments

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Stephen Gliessman: "a agricultura pode ser sustentável"

Agroecologia como novo paradigma de mudança social para o desenvolvimento rural sustentável, palestra de Stephen Gliessman, no VII Congresso Brasileiro de Agroecologia, 15 de dezembro de 2011, Fortaleza, Ceará

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Pesquisadores do RJ investem e ganham espaço com os orgânicos

Trabalho é realizado pela Embrapa, Universidade Federal Rural e Pesagro.
Pesquisas são desenvolvidas com a produção de verduras e legumes.



A fazendinha agroecológica fica no município de Seropédica ao lado dos imponentes prédios da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Ela é mantida pela Embrapa, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e a Pesagro, Empresa de Pesquisa do Estado, e produz principalmente verduras e legumes.
A área pertence ao Centro Nacional de Agrobiologia da Embrapa e foi criada há quase 20 anos pelos engenheiros agrônomos Dejair Almeida e Raul de Lucena Ribeiro. Em 1998, o Globo Rural mostrou as pesquisas realizadas por eles com a produção de hortaliças orgânicas. Quatorze anos depois, a fazendinha se transformou em um centro de formação em agroecologia e agricultura orgânica, com curso de mestrado coordenado pela Universidade Rural.
O principal desafio dos novos pesquisadores da fazendinha é gerar conhecimentos para atender as exigências da lei que rege a produção orgânica no Brasil. Quando se pensa em produção de hortaliças, logo se pensa em esterco animal ou adubo químico. Mas, pela Lei dos Orgânicos isso não é permitido, como explica o engenheiro agrônomo Ernani Jardim da Embrapa.
“Se você traz o esterco lá de fora, muitas vezes o pecuarista, o avicultor, ao cuidar dos animais usa remédios, produtos químicos, que são utilizados no sistema de produção. Quando ele vem pra cá, ele vai se concentrando nesta área de produção de hortaliças”, afirma.
A única exceção é o esterco produzido pelos criadores de animais que não usam produtos químicos e que sejam certificados como orgânicos, mas essa produção ainda é muito pequena. Para substituir o esterco, a fazendinha está usando adubação orgânica de origem vegetal.

“Nós usamos uma espécie chamada Gliricidia sepium, que contribui principalmente com o ingresso de nitrogênio dentro da unidade de produção. Além disso, utilizamos o capim elefante, que é uma outra fonte de biomassa”, explica José Guilherme Guerra, agrônomo – Embrapa.
O capim é triturado com a mesma picadeira usada para fazer forragem. Depois é amontoado ao ar livre. A finalidade é a produção de substrato para a produção de mudas de hortaliças. Para cada 95 kg de capim picado deve-se misturar 5 kg de torta de mamona. No início é bom molhar o material. Depois é só aguardar de 90 a 100 dias para completar o processo. O substrato pode substituir o humos, feito com esterco de curral e usado nos viveiros de mudas.
Outro insumo fundamental na produção de hortaliças orgânicas é o bocashi. Um composto de resíduos vegetais também obtido por fermentação. Ele é rico em macro e micro nutrientes. Para fazer 200 quilos do composto são necessários: 60 quilos de farelo de trigo e 40 de torta de mamona. Depois eles despejam dois litros de um produto chamado: EM em 20 litros de água.
O EM é uma mistura ativada de bactérias e leveduras, que se encontra facilmente nas lojas de insumos orgânicos. Depois é só umedecer a torta e o farelo aos poucos sempre misturando. O material é bem compactado dentro dos tambores e antes do fechamento é preciso colocar um plástico para vedar bem. Ele fica armazenado por três semanas.
Para iniciar um plantio de hortaliças orgânicas é preciso fazer a correção do solo com calcário e afofar bem a terra. Se o plantio for de mudas é só fazer as covas e colocar as plantas no canteiro. Dois dias depois, espalha-se o bocashi a lanço no meio das mudas. Depois vem o capim e a gliricídia, ambos picados com pelo menos três dias de antecedência. A mistura é meio a meio. O material é usado como cobertura morta. Isso é fundamental para proteger e ativar a vida do solo.

Quem produz hortaliças orgânicas tem que planejar muito bem a época de plantio de cada cultura para evitar as pragas e doenças. No caso das folhagens, o problema principal é o pulgão, que suga a seiva e acaba matando as plantas. Ao invés de aplicar veneno a estratégia do pessoal da fazendinha é atrair o principal inimigo natural do pulgão: a joaninha. Ela é capaz de comer dezenas deles em um dia.
Um canteiro de coentro bem no meio da horta atrai as joaninhas. “Quando ele começa a florescer, ele oferece néctar e pólen, que é um alimento completar para as joaninhas, enquanto ela não encontra a sua presa principal, que são as pragas”, explica Maria Gabriela da Mata, Agrônoma - Embrapa. Quando termina a fase de floração do coentro as joaninhas voam para as outras verduras a cata dos pulgões.
Além do controle biológico é preciso também lançar mão dos defensivos autorizados para uso na agricultura orgânica, como a calda borbalesa que serve para combater os fungos do tomateiro. Hoje já é possível dizer que existe informação científica para cultivar qualquer hortaliça sem o uso de veneno. “Quando a gente faz agricultura orgânica, tem que considerar vários fatores. A época adequada para plantar, as condições ambientais, uma variedade que tenha bastante resistência e esse somatório todo é complementado com os defensivos alternativos”, comenta Alexandra de Carvalho Silva, agrônoma – UFRJ.

Mas existem pragas como as lagartas da broca e da traça para as quais não existem remédios. O jeito é construir estufas de tela fina para evitar a entrada das mariposas que colocam os ovos das lagartas na flor do tomateiro.

Para a produtora Isabel Yamagushi, que produz hortaliças orgânicas na região, o maior desafio é conviver com os fungos e as lagartas. “A agricultura orgânica tem nos proporcionado uma venda certa. Na feira, um tomate grande, pra salada, gira em torno de R$ 10 o quilo. O produto orgânico é mais caro porque há uma perda enorme”, explica.
Parte da produção de Yamagushi é feita ao ar livre, onde ela não pode controlar a água nem pragas. O excesso de umidade é a principal causa dos fungos que atacam sua plantação. Eles seriam mais fáceis de controlar se o plantio não fosse feito ao ar livre, mas o custo para manter uma estufa é maior.

Além de feiras, no Rio de Janeiro existe outro mercado para os orgânicos. São os restaurantes de alta cozinha. Produtores e empresários fazem parcerias de sucesso. “Para os produtores é importante, porque nós colhemos um produto que já vem vendido. Não existe aquela dúvida de levar até um local, sem saber se vão ficar”, explica o produtor.
Para receber um folheto com receitas de defensivos alternativos, permitidos para uso na agricultura orgânica, escreva para a Pesagro. O folheto é grátis.
Pesagro
Alameda São Boaventura, 770
Niterói, Rio de Janeiro
Cep: 24120-192


VEJA O VÍDEO EM:
fonte GLOBO RURAL http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2012/08/pesquisadores-do-rj-investem-e-ganham-espaco-com-os-organicos.html

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O segredo dos pomares sem agrotóxicos


Casal planta frutas mais saudáveis, cultivadas sem o uso de qualquer tipo de veneno. Contra pragas e insetos, eles usam flores. As frutas podem ser colhidas do pé e ingeridas. E viram também geléias.

Um lugar especial, onde se produzem frutas orgânicas. O agrônomo Marc Ferrez Weinberg e a ecologista Nicole Doerrzapf plantam morangos, laranjas, bananas, goiabas e pêssegos tudo orgânico. Mas, afinal, onde estão as frutas?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Conhece o pinhão? Fruto da araucária.

Devido a um ciclo biológico natural do pinheiro esta diminuição da safra é considerada normal. Mas alguns municípios do Estado, tem como no pinhão a sua principal produção. Veja:





quinta-feira, 16 de agosto de 2012

MACADÂMIA, UM CAPRICHO DA NATUREZA



Como são as árvores da Macadâmia?

As árvores de Macadâmia podem alcançar em média 11 metros de altura. Quando maduras, aos 12 anos, chegam a produzir até 15kg / árvore / ano.

Onde se planta Macadâmia?

Macadâmia é uma planta originária da Austrália. A Austrália é o maior produtor mundial, seguido pelo Hawaii, África do Sul, Kenya, Costa Rica, Guatemala, Brasil, Malawi, e Zimbabwe.

Como são colhidas as Macadâmias?

Macadâmias são colhidas no chão, após caírem das árvores (caem quando maduras). A colheita pode ser realizada mecânica ou manualmente.

Por que a Macadâmia é uma noz cara?

Além de um longo tempo para produção , a Macadâmia possui em torno de 70% de casca, o que reduz bastante o volume de amendoas obtido. Isto torna seu custo de produção elevado. Além de serem muito mais saborosas.

Macadâmias engordam?

Embora tenha alto teor de óleo, em torno de 80%, este é constituído de gorduras monoinsaturadas, as quais reduzem os riscos de doenças cardíacas. Comendo Macadâmia de forma moderada, não há ganho de peso, mas sim benefícios cientificamente comprovados para a saúde.

Macadâmia tem colesterol?

Não. Como todo e qualquer produto de origem vegetal , a macadamia não possui colesterol. Inclusive, estudos demonstraram que o consumo de pequenas quantidades de macadamia diariamente, reduziram o colesterol ruim (LDL) sem afetar os níveis do colesterol bom (HDL).

Onde é possível plantar Macadâmia?

Macadâmia pode ser plantada em locais onde não ocorra geada, e as temperaturas estejam entre 6 e 28ºC. Locais com baixa umidade relativa do ar, e baixos s pluviométricos (menores que 1.500mm), devem ser evitados. Áreas sujeitas a encharcamento não devem ser ocupadas com Macadâmia.

Onde comprar mudas?

A Tribeca produz mudas de Macadâmia de altíssimo padrão de qualidade. além de orientar no planejamento para a implantação de seu pomar.

Qual o tamanho mínimo de um pomar?

Não existe tamanho mínimo para a implantação de um pomar de Macadâmia. O que determina o tamanho é a capacidade de investimento do empreendedor, sua localização geográfica e sua expectativa de receita. 59% dos pomares australianos têm entre 0 e 10 ha.


INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
Para 25g de amêndoas
Quantidade por porção
%VD(*)
Valor Energético182Kcal9%
Carboidratos2.7g1%
Proteínas2.1g3%
Gorduras Totais18.7g34%
Gorduras Saturadas2.8g13%
Gordura TransND**-
Fibra Alimentar1.8g7%
Cálcio17.8mg2%
Ferro0.9mg7%
Sódio39.8mg2%
(*) % de Valores Diários com base em uma dieta de 2000Kcal, ou 8400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. **Não detectado. Não contém glúten.
Fonte: www.adegadoc.com.br
http://kisakimacadamia.blogspot.com.br/

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Produção de biofertilizante líquido em agroecossistemas familiares

Fertilizante natural obtido a partir da fermentação da matéria orgânica, o biofertilizante líquido é uma alternativa de baixo custo que pode ser adotada para a adubação de hortas e pomares domésticos. Pode possuir composição altamente complexa e variável, dependendo do material empregado para sua produção, contendo quase todos os macro e micro elementos necessários à nutrição vegetal. No Prosa Rural desta semana, a pesquisadora Maria Sonia Lopes da Silva, da Embrapa Solos-UEP Nordeste, explica como produzir o biofertilizante líquido e quais os métodos de aplicação do produto em hortas e pomares de agroecossistemas de base familiar.

Por se tratar de um produto obtido da fermentação (processo resultante da ação de seres vivos como bactérias, leveduras e bacilos), os biofertilizantes, quando aplicados devidamente, também podem auxiliar o produtor no controle de pragas e doenças, combatendo insetos prejudiciais às culturas agrícolas. Assim, além de contribuir efetivamente para nutrição do solo e da planta, o produto pode atuar como um protetor natural dos cultivos, apresentando as vantagens adicionais de causar menos danos ao ambiente e não representar perigo para a saúde humana.

Os biofertilizantes líquidos podem ser usados em culturas anuais e perenes, em sistemas convencionais e orgânicos, sendo  utilizados, principalmente, em hortas e pomares de áreas de agricultura familiar de base ecológica. Podem ser aplicados sobre a folha (adubo foliar), sobre as sementes ou sobre o solo . A absorção pelas plantas se dá com muita rapidez, de modo que é muito útil para as culturas de ciclo curto ou no tratamento rápido de deficiências nutricionais das plantas.

Existem algumas formulações prontas do biofertilizante líquido disponíveis para compra em lojas agropecuárias. “Porém, recomendamos que o melhor, mais seguro e mais barato para o produtor é fabricar seu próprio biofertilizante”, aconselha Maria Sonia. O resíduo sólido resultante da produção do biofertilizante líquido, chamado de borra, pode ser curtido e utilizado como adubação de fundação por ocasião do plantio ou como adubação periódica aplicada em torno da copa da planta. “Essa borra pode ser usada ainda em uma nova fabricação do produto, acelerando o processo de fermentação”, explica a pesquisadora.
Saiba mais sobre biofetilizantes líquidos no Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
2011/05/01
15'
José Gouveia de Figueiroa
Email: figueiroa@uep.cnps.embrapa.br
Telefone: (81) 3325-5988
UEP Solos
Colaborador URL
Embrapa Informação Tecnológica
http://www.sct.embrapa.br






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