Uma dúvida que muitas pessoas tem em comum: Como podar uma frutífera?
Pensando nessa pergunta, resolvemos ajudar você a conseguir podar sua árvore.
Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
2016-02-19 - 10h00
O pé de uva é chamado de videira, parreira ou vinha. No Brasil, são várias as espécies cultivadas que podem ser consumidas in natura (consumo natural das bagas) ou na confecção de vinhos secos e suaves. Para o consumo natural, a uva mais cultivada é a espécie Vitis labrusca, seu nome popular é Niagara rosada e Niagara branca. A Niagara Rosada é aquela uva comercializada, normalmente, na beira de estrada. Outras uvas cultivadas em casa são a Bordô, a Concord e a Itália.
As uvas possuem diversas propriedades benéficas à saúde. Elas protegem o sistema circulatório e o coração; têm propriedades antioxidantes, o que significa que impedem a ação de radicais livres no organismo; apresentam características antiinflamatórias; inibem a aglomeração das plaquetas sangüíneas, reduzindo os riscos de ocorrência de infartos e derrames; além de impedir alguns processos desencadeadores do câncer. A fruta ainda é boa fonte de vitamina C e complexo B, rica em minerais como magnésio, enxofre, ferro, cálcio e fósforo, indispensáveis a uma boa saúde.
Fonte da Foto: gardener.blogg.se
Muito valorizadas por seus frutos que há milênios oferecem alimento e vinho ao homem, as videiras também podem ter uso ornamental e serem bem aproveitadas em jardins domésticos. Ao serem mantidas sobre caramanchões ou pergolados, essas trepadeiras podem adicionar altura em projetos de paisagismo e ainda prover sombra no verão. Além disso, dependendo da espécie escolhida e das condições de plantio, as parreiras de uvas podem gerar deliciosos frutos. Se o objetivo é somente produzir sombra, o melhor são as plantas que comercialmente são utilizadas como porta enxertos. Entre as variedades indicadas para regiões tropicais estão a IAC 572 Jales, a IAC 313 Tropical e a IAC 766 Campinas. Para regiões mais frias, as variedades mais apropriadas são a Paulsen 1103, a SO4, Solferino e a Kober 5BB.
Fonte da foto: zielonyfront.pl
Por ser trepadeira, a cultura precisa de suporte para a sustentação dos ramos. A latada ou pérgola é formada por malhas suspensas a cerca de dois metros do chão. As plantas são, assim, conduzidas na horizontal, o que permite um melhor desenvolvimento foliar, maior formação de sombras e alta produção de frutos.
Fonte da foto: florafind.mainegardens.org
A poda é uma técnica usada para estimular a planta a produzir novas brotações a partir de gemas dormentes. A videira inicia sua produção após 3 anos de plantio. Nestes primeiros 3 anos ela desenvolve raízes para absorção de nutrientes e ramos vegetativos que irão sustentar os cachos produzidos. Após 3 anos de cultivo ela têm condições nutricionais para iniciar a sua produção, produzindo poucos cachos. Com o passar dos anos, essa produção aumenta até estabilizar na fase adulta da planta. Porém, se, após o início da produção não for feita a poda, a planta tende a produzir cada vez menos cachos. Isso ocorre pelo fato da planta produzir cachos apenas em ramos novos.
Fonte da foto: sagebud.comPara a videira produzir cachos é importante que seja feita uma boa adubação nutricional. Para o plantio da muda da videira deve-se fazer a cova 3 vezes maior o torrão da muda, encher a cova com um condicionador de solo "Classe A" misturado a 300 gramas do NPK formulação 04-14-08, plantar a muda sem desfazer o torrão, apertar em volta para que ela fique fixa e molhar em seguida. Após o plantio, deve-se iniciar a adubação foliar utilizando um fertilizante para o enraizamento e intercalar com uma formulação para o crescimento, ou seja, aplica-se, com um pulverizador nas folhas da videira, 1 vez por semana a formulação de enraizamento e na semana seguinte a formulação de crescimento. Este tratamento visa acelerar o crescimento da videira. Durante a época das chuvas, deve-se aplicar ao redor do pé da videira cerca de 100 gramas do NPK formulação 20-05-20 para o crescimento e desenvolvimento da planta. Após essa aplicação de NPK, a adubação foliar pode ser resumida apenas ao fertilizante de crescimento aplicado 1 vez a cada 15 dias.
Fonte da Foto: www.alltomtradgard.seApós 3 anos de crescimento a videira está apta à produção. A poda deve ser feita no período de dormência da planta, final do inverno ou início da primavera. Para identificação desse período, a videira deverá estar quase sem folhas. Deve-se contar 12 gemas a partir do enxerto e podar em forma de bisel com uma tesoura de poda afiada e esterilizada em fogo brando. No corte você deve polvilhar canela em pó (a mesma utilizada no arroz doce) para a cicatrização e impedimento da entrada de pragas e doenças. Plantas mais velhas e já estruturadas no pergolado seguem o mesmo princípio. A contagem das gemas deve ser feita sob o pergolado, para não desestruturar a planta durante o desenvolvimento dos ramos de produção.
Fonte da foto: davethegardenguy.typepad.comÉ importante podar os ramos que crescem no porta enxerto, das raízes e na base o solo. Estes ramos "roubam" a energia que o ramo principal utilizaria para o seu crescimento e a produção dos cachos. Deve-se deixar apenas o caule principal. Deve-se podar também galhos secos e aqueles que crescem fora da estrutura principal do pergolado. É importante manter a linha de crescimento e estruturação do pergolado.
Fonte da foto: napaprivatetours.comTodo ano, após a poda produção, deve ser feito uma adubação de produção, ou seja, é preciso dar nutrientes para que a videira produza mais cachos. Essa adubação deve ser feita utilizando-se o NPK granulado formulação 20-05-20 no pé da planta. Deve-se espalhar 300 gramas no pé da planta no 1º ano de produção ou 3º ano de vida; 400 gramas no 2º ano de produção; 500 gramas no 3º ano e assim, suscesssivamente, até estabilizar no 10º ano com 1 Kg do NPK. É importante que o produto seja muito bem espalhado sobre o solo para que no momento da sua diluição em água, uma maior gama de raízes absorva os nutrientes.
Fonte da foto: www.appeltern.nl
Aqui, você vai entender as características importantes dessa espécie. Como resultado, sua produtividade poderá ser maior.
Ter um pasto que atende as necessidades nutricionais do gado garante um bom desempenho. A escolha da espécie é o primeiro passo.
Então, se está em busca da melhor pastagem para seu rebanho, a Boi Saúde irá te auxiliar na escolha. Quem sabe o amendoim forrageiro é a melhor alternativa para você?
Em primeiro lugar, o amendoim forrageiro (Arachis pintoi) é uma leguminosa rica em proteínas, nativa do Cerrado.
Caso o sistema de integração de lavoura pecuária esteja nos seus planos, essa espécie se dá muito bom nesse método.
É classificada como uma espécie perene. A propagação é feita por meio de sementes, com crescimento contínuo. As flores são brancas, amarelas, laranjas ou creme.
O índice de digestibilidade atinge entre 60% e 70%. Além disso, tem boa aceitação por parte dos bovinos. Outro ponto positivo é que pode ser consumido também por equinos, ovinos e caprinos. Triturado serve para aves. Cortado é indicado para porcos.
Entre as vantagens está a fixação do nitrogênio. O nitrogênio absorvido pelo amendoim forrageiro vira adubo. O resultado é uma melhor recuperação daquele pasto onde foi plantado. E também, sendo aproveitado pelas outras plantas em caso de consórcio.
Até em solos com média e baixa fertilidade, o amendoim forrageiro vinga.
Contudo, tem resistência a baixas temperaturas e a áreas com alagamentos temporários.
Várias cultivares estão disponíveis.
Existem dois formatos: por sementes e por mudas.
Se a sua escolha for mudas, as formas mais baratas são em covas e também em sulcos.
No caso de covas abertas com enxadas, o espaçamento deve ser entre 1m e 1,5m. Sobre quantidade, são indicados 240 quilos de mudas para cada 1 hectare, por exemplo.
Agora, se a escolha de plantio for em sulcos, a profundidade deve ser de 10cm. O espaçamento de 1 metro. Aqui, são necessários 368 kg para plantio por hectare.
No plantio de sementes, a quantidade ideal é de 10 a 12 quilos por hectare.
Não esqueça da aplicação de calagem e adubo. Para uma orientação adequada, faça a análise de solo que irá indicar quais as proporções.
Após o plantio, o pasto precisa de um descanso entre 30 e 40 dias. Portanto, não insira os animais no local durante esse período. O amendoim forrageiro precisa desse tempo para criar raiz das mudas.
Passado o descanso, o gado pode consumir a forrageira durante 7 dias seguidos. Entretanto, dê um descanso de até 35 dias. Com essa atividade, o pisoteio e pastejo em excesso são evitados. A partir daí, terá condições de oferecer realmente o resultado esperado.
O produtor que deseja mudas pode entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor da Embrapa.
Sim, de acordo com a Embrapa, é a espécie ideal para consórcio com as seguintes forrageiras: braquiária brizantha, marandu, xaraés, massai. Além de capim-braquiarão, capim-braquiarinha, capim-tangola e grama-estrela-roxa.
Ideal para a recuperação de pastagens, que estão em fase de degradação, o consórcio do amendoim forrageiro com as espécies acima pode ser a salvação para a propriedade.
O plantio deve ser no início da época de chuvas. Ao apresentar umidade, o solo estará mais adequado para receber o amendoim forrageiro. Além disso, as chances de se estabelecer é maior.
Caso a região não tenha muitas chuvas, indica-se que a irrigação seja implementada.
Cuide sempre ao fazer rondas para monitoramento. Afinal, evitar pragas como cigarrinhas e cupins garantem uma saúde extra. Sem contar que parasitas precisam ficar longe.
Quanto mais você preservar o seu pasto, com adubo, herbicidas e fertilizantes, maior será o rendimento.
Então, não deixe de ler:
Cada pastagem se adapta a uma região (solo e clima). Algumas são nativas. Outras podem ser inseridas ali a partir da inserção no pasto.
Confira na sua região quais os pastos que são mais abundantes. Converse com os amigos e conhecidos da região.
Existem as que são mais resistentes à seca e luz. E também as que necessitam de irrigação e sombra.
O valor nutricional é algo muito importante a ser avaliado também.
Todas essas observações podem parecer detalhes. Entretanto, refletem diretamente na balança.
Aqui mesmo, no blog da Boi Saúde, você encontra mais conteúdo sobre tipos de forrageiras.
Algumas delas são:
Por fim, quer saber mais dicas sobre pecuária? Para melhorar seu desempenho na porteira, acesse nosso canal.
Os vídeos de José Carlos Ribeiro, nosso consultor especialista em agronegócio, irão proporcionar muito sucesso na sua propriedade. O acesso é gratuito e atualizado toda semana. É só clicar: Boi Saúde no YouTube.
E se esse conteúdo fez a diferença no seu conhecimento, deixe seu comentário! Em breve, iremos respondê-lo.
Referência:
Métodos de introdução do amendoim forrageiro em pastagens já estabelecidas no Acre. Comunicado Técnico 152. Embrapa, novembro de 2002.
LEGUMINOSAS FORRAGEIRAS PERENES DE VERÃO. Capítulo 12. ILPF – Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Embrapa.
Amendoim forrageiro melhora qualidade do pasto. Embrapa Acre Rio Branco.
Arachis pintoi: leguminosa forrageira de multiplo uso. Embrapa.
Podar a parreira de uva é uma técnica importante para garantir uma boa produção. É através desse sistema que permite estimular o crescimento da videira.
Mas, não é uma tarefa tão simples e exige um certo conhecimento técnico para não comprometer toda a planta.
Neste artigo estaremos mostrando como e quando podar a videira, além de outras informações. Boa leitura!
Antes de tratar diretamente da poda da parreira, vamos falar um pouco sobre a uva. Originária da Ásia, o seu cultivo é considerado uma das atividades mais antigas entre os homens, devido aos seus deliciosos frutos para a produção de vinho.
No Brasil, o plantio da uva teve início desde a época do descobrimento, em 1532, através dos portugueses. É uma fruta do tipo não-climatérico, ou seja, não amadurece após a colheita, devendo ser colhida no ponto ideal de maturação.
Normalmente, as videiras são plantadas no chão, podendo atingir até sete metros de comprimento. Os frutos aparecem a partir do terceiro ano após o plantio, nos meses de novembro a março, na região sul e o ano todo na região nordeste.
As uvas são produzidas a partir de botões que crescerão e se tornarão brotos em colmos para só depois formar a parreira. Ainda assim, com o passar do tempo, é importante realizar podas frequentes para estimular o crescimento da videira.
Em países do hemisfério sul, como o Brasil, esta prática é realizada anualmente durante o inverno, graças ao seu período de dormência.
Você sabia que podar as uvas quase sempre faz a diferença entre uma boa colheita e uma ruim?
Em geral, muitas pessoas têm receio de podar as parreiras em grande quantidade, mas a realidade é que este pode ser um fator importante para se obter sucesso.
Isso porque, quando se trata da poda, fazê-la de forma simples não irá ajudar na frutificação adequada, ao passo em que a mais intensa será capaz de fornecer maior qualidade para a videira.
Portanto, não tenha medo de fazer o que é preciso. Tenha em mente que essa é uma boa estratégia para o sucesso de sua produção.
Diante disso, compreenda que as plantas maduras devem ser podadas anualmente, removendo os colmos frutíferos que alcançaram um ano de idade e os ramos antigos da parreira que eventualmente ficaram.
Isso vai estimular o crescimento de novos ramos onde o fruto será produzido. Confira no vídeo abaixo dicas importantes sobre a poda e tratamentos de inverno para a parreira de uva:
Durante os três primeiros anos de plantio, a videira está desenvolvendo suas raízes para, a partir daí, absorver nutrientes e dar origem aos ramos que irão sustentar seus cachos no futuro.
Desse momento em diante, é preciso começar a podar. Embora existam várias maneiras de realizar este processo, todas compartilham das mesmas etapas básicas, ou seja, podar os ramos que estão aptos a serem removidas da estrutura.
E como isso seria feito? O interessante é selecionar de dois a quatro ramos mais antigos, retirando-os gradativamente para mitigar tudo o que cresceu excessivamente.
Após isso, é primordial deixar um ramo de renovação da parreira, que deve ser amarrado a um suporte de arame ou treliça.
Esta etapa é essencial para que novos brotos possam nascer e, assim, consigam se desenvolver para a estação de cultivo do próximo ano.
Afinal, à medida que a videira completar cada ciclo, você poderá cortar o ramo de renovação antigo que deixou no ano anterior, dando espaço para os mais novos ocuparem este papel.
Para podar os ramos antigos, o ideal é realizar os cortes deixando cerca de 15 botões por ramo. Ainda assim, esta quantidade pode variar de acordo com a finalidade da uva em questão.
Para as uvas que se transformarão em vinho, o recomendado é deixar cerca de 20 a 30 botões por planta; enquanto nas uvas de mesa, é interessante deixar de 50 a 80.
O importante é ter em mente que, ao estimular a poda, não se deve ultrapassar esta quantidade.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Leonardo Cury da Silva, professor do IFRS/BG, “é importante que o produtor tenha em mente que podar não é simplesmente suprimir galhos, mas sim escolher e deixar na planta, e na posição adequada, as gemas férteis que são fundamentais para a frutificação, qualidade e manutenção da estrutura da videira“.
Ele também faz um alerta: a antecipação da poda tem limites e não deve ser feita logo após a colheita.
Se ocorrer antes da queda natural das folhas, o produtor estará evitando o acúmulo de reservas nas plantas, o que certamente irá comprometer as próximas brotações e o potencial produtivo das plantas nos próximos ciclos.
Portanto, neste artigo procuramos mostrar as técnicas ideais para saber como podar parreira de uva. Esperamos que possa ser útil pra você, e se foi que tal compartilhar com seus amigos viticultores?
E se você quer ampliar a produção em sua chácara ou mesmo quintal, outra dica é sobre como plantar pé de caqui. Confira as melhores práticas acessando esse post.
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