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Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
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Então, confira quais são as 5 principais formas de ganhar dinheiro preservando a natureza:
O Pagamento por Serviços Ambientais é uma forma de ganhar dinheiro preservando a natureza. Ele é capaz de minimizar as falhas de gestão que não leva em consideração o valor de um determinado serviço ecossistêmico.
Dessa forma, os usuários ou beneficiários de tal serviço precisam remunerar seus provedores. Aqui, se usa o princípio do “provedor-recebedor” para as devidas atribuições.
Um exemplo é a questão da água. Todos precisam de água (recebedores do recurso) e uma das formas de proteger esse recurso é manter o entorno das nascentes de propriedades privadas (provedores) conservadas. Então, nesse raciocínio, o provedor receberia um valor por conservar as suas nascentes.
O Estado de São Paulo possui uma política de concessão de benefícios através do PSA.
Em áreas de proteção de mananciais para abastecimento público, o programa tem recebido uma série de iniciativas para a sua implementação. Tanto através da conservação de remanescentes já existentes, como também no incentivo e pagamento aos provedores de plantios de restauração ecológica realizados em áreas de recarga de aquíferos e lençóis freáticos.
Para que o PSA seja expandido, é muito importante que as pessoas conheçam tal iniciativa. Assim, elas compreendem bem a noção de serviço ecossistêmico, um recurso natural disponibilizado para a sociedade.
Dessa forma, o PSA é utilizado como ferramenta protetiva e de recuperação da biodiversidade e de recursos hídricos. Com isso, também há a redução das mudanças climáticas através de uma menor emissão de carbono, por exemplo. Os benefícios, portanto, são locais, regionais e, porque não dizer, globais!
O Congresso Nacional está discutindo a implementação de uma Política Nacional de PSAs. Então, saiba mais sobre como ganhar dinheiro preservando a natureza no vídeo publicado em nosso canal do YouTube!
A restauração produtiva pode ser realizada em dois ambientes distintos dentro de uma propriedade: na Área de Preservação Permanente (APP) e na Reserva Legal (RL).
Tanto a APP como a RL possuem funções e usos distintos. Na APP o uso é mais restritivo, ao contrário do que acontece na RL. O novo Código Florestal (Lei nº 12.651) instituiu a possibilidade do aproveitamento econômico de Reservas Legais, desde que para atividades de baixo impacto. Trata-se, então, de uma outra excelente oportunidade para se ganhar dinheiro preservando a natureza e seguindo a legislação ambiental.
Mesmo considerando o uso distinto na ocupação de APPs e RLs, em ambas, preconiza um princípio fundamental que é a conservação ambiental.
A Reserva Legal é uma área especial para o uso sustentável da biodiversidade. Por exemplo, em um bioma florestal, como a Mata Atlântica, é possível plantar espécies nativas madeireiras e frutíferas juntamente com espécies exóticas. Assim, você consegue fazer uso da madeira e das frutas, além de vender sementes.
Em contrapartida, a APP é um pouco mais restrita, já que possui uma função de proteção de um recurso específico e tão importante, a água. Dessa maneira, para utilizá-la com vistas a obtenção de recurso, é preciso realizar ações de baixo impacto que não descaracterizem a vegetação.
Nesse sentido, você pode explorar espécies nativas, frutíferas, produtoras de semente e SAFs, por exemplo.
No nosso canal, há um vídeo muito interessante no qual abordamos com mais detalhes a possibilidade de uso das APPs e RLs. É muito importante que saibamos das peculiaridades de uso de cada uma dessas áreas. Assista a seguir e entenda um pouco mais sobre como ganhar dinheiro preservando a natureza:
O manejo sustentável é uma forma de ganhar dinheiro preservando a natureza. Trata-se da exploração de um recurso natural através de técnicas específicas e/ou dimensionamento da produção para que o recurso se mantenha viável ao longo do tempo. Sendo uma das formas de ganhar dinheiro preservando a natureza.
No caso da produção de madeira, por exemplo, é realizar um plano de manejo que o indique qual o volume a ser retirado da floresta por período. Sendo capaz de respeitar a estrutura da população da espécie e a manutenção de longo prazo.
Já em relação a produtos não-madeireiros, seria avaliar qual o potencial de produção anual que possibilite a renovação da produção para a próxima estação.
A não preocupação com a renovabilidade dos recursos tem resultado no aumento do número de espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção no Brasil. Além disso, o mesmo ocorre nas respectivas listagens oficiais de uma série de Estados brasileiros que possuem legislação específica. Consulte a lista oficial da flora brasileira ameaçada de extinção!
Na Mata Atlântica, uma espécie com incrível potencial para geração de recursos em comunidades rurais é o palmito-jussara (Euterpe edulis). Trata-se de uma espécie ameaçada de extinção tanto na listagem oficial do Estado de São Paulo quanto na listagem nacional.
O palmito-jussara possui o potencial de exploração na produção do açaí (beneficiamento dos frutos coletados) e no corte dos indivíduos adultos para a produção do palmito em conserva.
Em ambos os casos, é necessário se realizar um Plano de Manejo. Assim, é possível se realizar um diagnóstico específico para a produção do palmito numa determinada área, ainda mais por se tratar de uma espécie ameaçada. Por conta disso, é necessário uma autorização especial do governo para explorá-la.
No Plano de Manejo, então, será descrita a estrutura da população, o potencial de produção e medidas mitigatórias para a manutenção da população no médio a longo prazo. Há um programa específico no Estado de São Paulo que trata sobre o incentivo à prática. Com isso, ele se torna muit importante para quem possui esse recurso florestal em sua propriedade particular.
Produzi um vídeo sobre o assunto para que você possa entender um pouco mais sobre um plano de manejo para exploração de recursos naturais na prática! Então, assista a seguir para saber mais!
Há outras espécies com claros potenciais para o manejo sustentável. Outro exemplo para a Mata Atlântica é a Araucária (Araucaria angustifolia).
No caso do Cerrado, há uma série de espécies com potencial de uso. Muitas delas já são usadas para a produção de sorvetes, geleias, compotas e uso em pratos específicos.
São exemplos:
As técnicas usadas na obtenção de recursos através do Manejo Sustentável têm como objetivo a diminuição dos impactos provenientes de alguma ação de exploração do local. Além disso, através de um planejamento estratégico de colheita, portanto, essas técnicas garantem a sustentabilidade da produção.
Com isso, o manejo sustentável combate as fontes de distúrbios naturais para que as florestas manejadas sejam capazes de evoluir de forma semelhante às florestas originais. Esse tipo de manejo é uma das maneiras mais eficazes de se cuidar e utilizar um ecossistema florestal, a fim de que ele produza diversos bens e permita a exploração de serviços no local, sendo uma excelente fonte de renda.
A compensação ambiental é uma das principais e mais imediatas formas de ganhar dinheiro preservando a natureza.
Ela nada mais é do que permitir que um agente (empreendedor ou produtor rural) que produziu um dano ambiental (supressão de vegetação nativa) – e/ou possui uma inadequação em sua propriedade (falta ou baixa cobertura de Reserva Legal) – faça a sua compensação ambiental em uma outra propriedade. Isso garante a preservação de um ecossistema já constituído. Ou seja, possibilita ganhar dinheiro preservando a natureza.
Portanto, quem possui excedente de vegetação pode ganhar dinheiro com isso!
Mas como você sabe se uma propriedade possui o tal excedente de vegetação?
O excedente de vegetação nativa é a área correspondente com vegetação que ocorre fora das APPs e Reserva Legal. O percentual de RL é diferente em cada um dos biomas brasileiros. No caso da Mata Atlântica, o % de RL que uma propriedade necessita possuir é de 20%. Esse valor não contabiliza as APPs.
Então, se uma propriedade possui além de 20% dentro do Bioma Mata Atlântica, ela pode oferecer esse percentual da propriedade como área passível de compensação ambiental a quem possui um dano e/ou exigência de adequação. Assim, os valores por hectare dependem muito da localização geográfica da propriedade com excedente de vegetação.
Esse mecanismo tem sido muito utilizado, por exemplo, no caso de produtores agrícolas que precisam realizar a adequação ambiental de suas propriedades. Com o mercado externo cada vez mais exigente quanto à procedência das commodities produzidas, eles precisam garantir ao seu consumidor que executa a produção respeitando a legislação ambiental do produto de origem.
Assim, em muitos casos, esses produtores não possuem área de Reserva Legal suficiente. Então, buscam outras propriedades com excedente de vegetação para concluir a sua adequação ambiental.
Se você possui excedente de vegetação nativa em sua propriedade, você pode se beneficiar disso economicamente!
Nosso parceiro, Flávio Ojidos, possui um Banco de Áreas Verdes! A iniciativa nada mais é do que reunir os proprietários que possuem o excedente de vegetação e desejam realizar operações comerciais com base no mecanismo de compensação ambiental. Saiba mais sobre o banco de áreas verdes e cadastre a sua propriedade!
Há uma ampla gama de recursos florestais não-madeireiros capazes de gerar renda a proprietários rurais.
A coleta de sementes é um dos recursos mais fáceis de se obter no campo. Assim, mercado de venda de sementes está em franco crescimento no Brasil. Afinal, há uma destinação certa… os viveiros florestais.
Ao longo do tempo, inclusive, foram desenvolvidas uma série de Rede de Sementes. Seu objetivo era auxiliar na destinação, comércio e networking entre os agentes do setor. Um exemplo é a rede de sementes do Cerrado.
A coleta de sementes é permitida fora de Unidades de Conservação. Assim, há outra possibilidade imediata de obtenção de renda a partir da floresta em pé. Há uma série de manuais que auxiliam o interessado a organizar a sua produção, desde a marcação de matrizes, até o beneficiamento e armazenamento dos propágulos (frutos/sementes) coletados.
Um dos manuais muito indicados é o da EMBRAPA, o eBook está disponível gratuitamente e pode ser obtido clicando aqui.
Caso o interesse seja pela produção de mudas, o investimento inicial no negócio será maior. Isso se dá porque haverá a necessidade de se construir uma estrutura capaz de germinar as sementes, de receber as mudas, e de destinar as mudas.
Assim, há o processo de rustificação (preparação para o o plantio). Há, ainda, o custo da mão de obra que deverá ser permanente e mais intensiva, quando comparada a de apenas desenvolver o negócio da coleta de sementes.
Você já conhecia as principais formas de ganhar dinheiro preservando a natureza? Então, conta pra gente a sua experiência aqui nos comentários. Também não deixe de compartilhar esse artigo com os seus amigos!
Se esse assunto for de seu interesse, sugiro que conheça o livro publicado pelo nosso parceiro, Flávio Ojidos! Ele abordou mais de 20 oportunidades de geração de recursos em Reservas Particulares, as RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural).
A valoração dos recursos naturais é uma das missões da Geonoma Florestal, a minha empresa de consultoria ambiental. Conheça o portfólio da empresa e entre em contato conosco. Tire todas as suas dúvidas em relação ao assunto desse post. Nosso e-mail é: contato@geonomaflorestal.com.br!
Aqui no blog do Portal eFlora, você possui uma série de outros conteúdos gratuitos sobre Restauração produtiva e conservação da biodiversidade. Oferecemos também cursos PRESENCIAIS e ONLINE sobre uma série de assuntos relacionados a Meio Ambiente através da minha empresa de cursos de extensão, a Brasil Bioma.
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Elaborador por: Rodrigo Polisel (Instagram: @brasibioma)
Pesquisador da Embrapa Acre destacou que área consorciada
produziu 11 arrobas a mais em um ano na comparação ao
piquete com Humidicola solteira
CRIADO EM 07/10/2021 ÀS 15H28 - ATUALIZADO EM 07/10/2021 ÀS 11H41
Episódio da série especial Embrapa em Ação que foi ao ar nesta quinta, dia 07, mostrou na prática os benefícios que o consórcio de capim com o amendoim forrageiro traz para dentro das porteiras das fazendas de pecuária do Acre. O sistema, conforme resumiu pesquisador da Embrapa Acre, pode dobrar o ganho de peso do gado na época seca e incrementar a produção em 11 arrobas por hectare ao ano.
Uma das áreas em que os efeitos desta integração estão sendo testados é na propriedade do pecuarista Luiz Augusto Ribeiro do Valle, que chegou ao Acre no início dos anos 80 e migrou do cultivo da seringueira para a bovinocultura de corte.
Conforme destacou o produtor, o sistema viabilizou a criação de animais meio-sangue na Região Norte. “Nós fazemos matriz Nelore e em cima dessa matriz
por conta dessa peculiaridade que você observou, a gente introduziu lá atrás,
inicialmente, puerária como consórcio de gramínea e leguminosa e depois,
sempre junto com a Embrapa, em parceria, […] a gente começou a introduzir
o amendoim forrageiro”, confirmou Luiz.
Leia mais em https://www.girodoboi.com.br/noticias/consorciar-capim-com-amendoim-forrageiro-pode-dobrar-ganho-de-peso-na-seca/
forneço mudas de amendoim forrageiro
Na propriedade de Luiz, o consórcio do capim é feito com a cultivar BRS Mandobi, desenvolvida pela Embrapa com foco na facilidade de propagação, por semente – ao passo que outras variedades de amendoim forrageiro só podem ser plantadas por muda.
+ Embrapa busca parceria para comercializar 1ª cultivar de amendoim forrageiro propagada por semente
“Nós passamos por um período de estabelecimento de uns dois anos com 7% da área com amendoim forrageiro. […] Nesse primeiro trabalho que foi feito, de avaliação e desempenho, a gente já conseguiu o diferencial de 10% de aumento no ganho de peso. […] Com três anos, a gente já estava aqui com 11% a 12% de amendoim forrageiro na área. Esse desempenho estava subindo, chegando em 15%. A gente estava no caminho certo. Mas a gente chegou num momento até 2015 que essa composição estabilizou e de certa forma estagnou. E a gente percebeu […] que os animais estavam superpastejando as linhas de plantio e o amendoim forrageiro não estava conseguindo se estabelecer passados aqueles 10%. Nós mudamos o manejo, foi o momento que nós colocamos o pastejo rotacionado. Nós começamos a dar descanso para as áreas. Com esse descanso, de um ano para outro, já subiu para 17%. Em 2016 foi a 23% e, de lá para cá, está estabilizado em 25% de amendoim na área. […] Em termos de produção média geral, nós conseguimos 11@ a mais por ano no pasto consorciado em relação a um pasto de Humidicola pura, sem amendoim”, apresentou o pós-doutor em agronomia Maykel Sales, pesquisador da Embrapa Acre.
Sales listou a série de benefícios que o consórcio traz para a propriedade, que ajudam a explicar o resultado final de 11 arrobas a mais produzidas no ano, exaltando também a redução do custo com fertilização da área. “A gente sabe que esse amendoim forrageiro nessa área está fixando algo em torno de 120 a 150 kg de nitrogênio por hectare. São mais ou menos seis a sete sacos de ureia por hectare/ano que ele está jogando naturalmente nessa fazenda. É mais um cálculo: quanto custam sete sacos de ureia por ano? Esse é o retorno que oamendoim forrageiro te dá. […] Em termos de desempenho, houve 47% de aumento no ganho em média. Durante a época da chuva, 30%, durante a época da seca, quase 100% de aumento do ganho de peso. Quase que dobra o desempenho dos animais na época da seca quando eles estão nesse ambiente. É um ambiente que traz uma oferta de forragem de melhor qualidade e aumenta a oferta também por causa da adubação nitrogenada. Nesse ambiente nós conseguimos aumentar a taxa de lotação em 20% em relação ao pasto que não tem amendoim. Nós conseguimos aumentar a produção porque esses animais, nesse ambiente, consomem mais alimento, mais pasto, mas o pasto produz mais, então a gente não teve redução de lotação, e sim aumento. Esse é uma compensação natural”, analisou o pesquisador.
O pecuarista Luiz Augusto Ribeiro do Valle aconselhou os produtores que querem buscar soluções similares para os seus sistemas produtivos. “A pesquisa é uma parceira do produtor e ele deve ir atrás. Não fique esperando ela vir até você, não! Vá atrás que você vai obter conhecimentos muito bons para você aplicar na sua propriedade”, declarou.
+ Embrapa alerta: nem toda planta de folha larga é inimiga do seu pasto!
Pelo vídeo a seguir é possível assistir na íntegra a reportagem da série especial Embrapa em Ação – Unidade Acre:
JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO? ...