terça-feira, 19 de abril de 2016

Leguminosas podem ajudar a combater as mudanças climáticas, a fome e a obesidade


18 de abril de 2016
Segundo a FAO, estes grãos fazem parte do legado ancestral agrícola da América Latina e do Caribe, fixam nitrogênio nos solos e possuem qualidades nutricionais únicas; 2016 foi declarado o Ano Internacional das Leguminosas.

Quando consumidas junto com cereais, as leguminosas formam uma proteína completa, que é mais barata que a proteína de origem animal – e, portanto, mais acessível às famílias com baixos recursos econômicos.
Foto: FAO
As Nações Unidas declararam 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas em reconhecimento ao papel fundamental que as leguminosas têm na segurança alimentar e nutricional, na adaptação as mudanças climáticas, na saúde humana e nos solos.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), as leguminosas têm uma relevância importante para a América Latina e Caribe.
“A região é o centro de origem de muitas leguminosas. Fazem parte da nossa cultura ancestral e é uma pedra angular da nossa alimentação atual”, disse Raúl Benítez, representante regional da FAO.
Grande parte da produção de leguminosas na região está nas mãos de agricultores familiares que desempenham um papel importante no desenvolvimento rural, além do cultivo ajudar na mitigação das mudanças climáticas ao fixar nitrogênio no solo.
Segundo a FAO, potenciar a produção e o consumo de leguminosas é chave para enfrentar a crescente obesidade na região, que atinge em média 22% dos adultos, e a fome, que afeta a 34 milhões de homens, mulheres e crianças.
Feijão, lentilha, feijão-da-china (ou feijão-mungo), grão-de-bico e feijão azuki são alguns dos exemplos de leguminosos. O famoso arroz com feijão brasileiro é um dos pratos descritos pela FAO como exemplos de alimentação nutritiva (leia outros aqui).

Um alimento completo

Foto: FAO
Foto: FAO
As leguminosas são essenciais para uma alimentação saudável. Mesmo pequenas, estão repletas de proteínas, contendo o dobro do que tem no milho e três vezes mais que no arroz.
“Elas são uma fantástica fonte de proteína vegetal, tem baixo índice de gordura, são livres de colesterol e glúten e são ricas em minerais e vitaminas”, explicou Benítez.
Quando são consumidas junto com cereais formam uma proteína completa, que é mais barata que a proteína de origem animal – e, portanto, mais acessível às famílias com baixos recursos econômicos.
“Essa mistura é a base da dieta tradicional de muitos lugares da América Latina e Caribe, como o feijão com milho, ou o feijão com arroz que muitos de nós crescemos comendo”, apontou Benítez.

Alimento para as pessoas e para os solos

As leguminosas não só contribuem para uma alimentação saudável, mas também são uma fonte de renda para milhões de agricultores familiares, responsáveis pelos cultivos em alternância com outros cultivos pela capacidade de responder ao nitrogênio da terra, melhorando a sustentabilidade da produção.
As leguminosas são uma das poucas plantas capazes de fixar o nitrogênio atmosférico e convertê-lo em amônia, enriquecendo os solos, diferente da maioria das outras plantas que apenas absorvem o nitrogênio do solo e não o reincorporam.
Isso permite mitigar as mudanças climáticas já que é reduzido o uso de fertilizantes sintéticos, cuja fabricação envolve um consumo intensivo de energia, o que emite gases de efeito estufa na atmosfera.
As leguminosas também exercem um importante papel na geração de emprego na América Latina e Caribe, especialmente no setor da agricultura familiar, já que são um dos cultivos que se destacam nesse setor.

Um tesouro genético para futuras gerações

Foto: FAO
Foto: FAO
Segundo a FAO, a grande diversidade de feijões e de outras leguminosas da região representa um tesouro genético para criar novas variedades que podem ser necessárias para bater de frente com as mudanças climáticas.
“No entanto, em muitas comunidades essas variedades ancestrais estão se perdendo por causa da homogeneização global que privilegia apenas alguns cultivos e alimentos, desmerecendo outros”, alertou Benítez.
De acordo com a FAO, as dietas em âmbito global estão cada vez mais homogêneas e similares, e a alimentação global depende na maior parte do trigo, milho e soja, junto com a carne e os produtos lácteos.
Durante o Ano Internacional das Leguminosas, os países devem fazer um grande esforço para que este fenômeno seja revertido, resguardando a genética, a cultura associada e o saber dos povos indígenas que tem melhorado as leguminosas ao longo de centenas de anos na região.

Aliadas na luta contra a fome

De acordo com a FAO, a América Latina e Caribe não só tem o diferencial de ser a fonte originária do feijão e de outras leguminosas, como também se destaca por ser a que mais avanços foram feitos na luta contra a fome.
As leguminosas podem ser aliadas-chave para que a região alcance a ambiciosa meta de acabar com a fome em 2025, data assumida pelo principal acordo regional nesse tema, o Plano de Segurança Alimentar, Nutricional e Erradicação da Fome da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).
“Durante este ano devemos celebrar os benefícios das leguminosas, reivindicar o seu papel na alimentação e nutrição e sua relevância no desenvolvimento rural e na mitigação das mudanças climáticas”, concluiu Benítez.
Acesse o site do Ano Internacional das Leguminosas: www.fao.org/pulses-2016/es


Fonte: ONUBr 

Tratamento natural de esgoto com plantas, prático e fácil!

Tratamento natural de águas cinza em wetlands construídos , especificamente água de lavagem, utilizando duas espécies 
de plantas: Taboa (Typhia spp.) e Lírio do Brejo (Hedychium coronarium).

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Cuidar do jardim faz muito bem à saúde


 
3.07.2011 as 16:00
Criar algo realmente bonito com as mãos, fazendo um belo jardim ou uma horta cheia de frutas e verduras, é um dos resultados da jardinagem. Mas a atividade também traz benefícios à saúde de quem mexe com a terra.
No meio da correria do mundo moderno, parar por um momento e entrar em contado com as plantas permite que as pessoas voltem a um estado primitivo que foi abandonado nas grandes cidades.
Trabalhar em um jardim alivia o estresse do cotidiano e até melhora o humor. E se você resolver plantar verduras e legumes ainda pode ter alimentos mais saudáveis e frescos a sua disposição. Confira abaixo algumas das maneiras que a jardinagem pode nos ajudar fisicamente e mentalmente e como trazer esses benefícios pra você e sua família.

Alívio do estresse:
Um recente estudo mostrou que a jardinagem pode ser mais relaxante do que várias outras formas de lazer. Dois grupos de pessoas que estavam estressadas foram separados nas seguintes atividades: leitura em ambientes fechados ou jardinagem, por 30 minutos. Ao final do estudo, o grupo que ficou no jardim estava com o humor melhor em relação a quem passou o tempo lendo.
Vivemos em uma sociedade em que sempre devemos estar ligados e prestando o máximo de atenção em tudo a nossa volta, seja em celulares ou emails. Mas essa capacidade de vigilância tem limite e pode gerar a fadiga de atenção, que vem acompanhada de mau humor, irritação e estresse.
A fadiga felizmente é reversível, e uma das maneiras de fazer isso é com a jardinagem, pois é um momento em que não precisamos nos esforçar para prestar atenção: esse processo é praticamente involuntário. Ou seja, trocar seu celular por plantas é uma ótima forma de acabar com o estresse e com a fadiga. 

  Melhor saúde mental:
A atenção sem esforço da jardinagem pode melhorar a saúde mental e evitar os sintomas da depressão.
Em um estudo realizado na Noruega, pessoas diagnosticadas com depressão, mau humor persistente ou transtorno bipolar passaram seis horas por semana cultivando flores e legumes. Após três meses, a melhora em todos os participantes era visível e o bom humor continuou mesmo três meses depois que o programa de jardinagem acabou.
Os especialistas sugerem que a jardinagem tenha força suficiente para fazer com que as pessoas encontrem saídas para as turbulências. Mas alguns cientistas têm uma teoria mais radical (e estranha) de como a jardinagem pode acabar com a depressão.
Camundongos foram injetados com bactérias inofensivas comumente encontradas no solo, e foi descoberto que elas aumentam a liberação de serotonina no organismo pelas partes do cérebro que controlam a função cognitiva e o humor – assim como as drogas antidepressivas fazem.
Ok, fazer sujeira com a terra pode não fazer o mesmo efeito que tomar Prozac, mas especialistas sugerem que a falta das velhas companheiras bactérias em nosso ambiente tem alterado nosso sistema imunológico. Encontrá-las novamente em contato com a terra pode reverter o quadro e diminuir problemas psicológicos.

Exercício:
Mexer com plantas não pode ser comparado com puxar ferro, e ao menos que você esteja transportando carrinhos de mão cheios de terra todos os dias, provavelmente a jardinagem não vai fazer muito por seu condicionamento cardiovascular. Mas cavar, plantar, capinar e repetir outras tarefas que requerem força e alongamento é uma excelente forma de exercício de baixo impacto.
Por isso, a jardinagem é uma atividade que pode ser feita por idosos, pessoas com deficiência e até por quem sofre de dores crônicas. Além disso, a jardinagem permite que você tenha contato com ar puro e sol, o que faz com que seu sangue se movimente melhor.

Saúde cerebral:
Algumas pesquisas sugerem que a atividade física associada com a jardinagem pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver demência. De acordo com os estudos, a combinação de atividade física e mental envolvidas na jardinagem pode ter uma influência positiva sobre a mente.
Para pessoas que já estão sofrendo com transtornos mentais, como o Alzheimer, apenas andar por um jardim já é terapêutico. As paisagens, cheiros e sons que existem no ambiente natural promovem o relaxamento.

Nutrição:
O alimento que você mesmo planta é o mais fresco que você pode comer. E é ainda mais delicioso comer algo que você mesmo cultivou. Pensando nisso, por que não fazer uma horta cheia de frutas e vegetais? Além de ser um exercício divertido, a tendência é que quem plante os próprios alimentos se alimente de forma mais saudável.
Esse também é um bom incentivo para as crianças comerem mais verduras e menos alimentos artificiais. Estudos de programas de jardinagem em escolas sugerem que as crianças que mexem com jardins são mais propensas a comer frutas e legumes. E elas são muito mais aventureiras na hora de experimentar novos alimentos. Muitas comem alimentos verdes com sabor forte, como rúcula, sem medo. 

Como começar?
Você não precisa de um grande jardim para se beneficiar com a jardinagem. Se você tem pouco espaço, vale plantar até em pequenos recipientes, como vasos e baldes, desde que estejam limpos e tenham buracos na parte inferior.
Existem inúmeras dicas de jardinagem em livros e na internet. Outra maneira de aprender novas formas de cuidar de plantas é conversando com aquele vizinho que tem uma horta ou que goste de cultivar um bonito jardim. A maioria vai gostar de compartilhar as habilidades, e essa é uma  maneira agradável de começar a por as mãos na terra.[CNN]

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Jardins filtrantes fazem despoluição da água na França e no Brasil



O Cidades e Soluções de hoje vai mostrar que jardins, além de embelezar a paisagem e melhorar a qualidade de vida de uma cidade, oferecendo lazer e um clima agradável, também podem tratar esgoto. Vem da França o exemplo dos jardins filtrantes, que tratam esgotos de comunidades inteiras, resíduos industriais e até as águas do rio Sena. A repórter Joana Calmon foi conferir a tecnologia da empresa Phytorestore, que combina a capacidade de absorção de poluentes de algumas plantas com a capacidade de oxigenação de outras. Tudo sem perder de vista a beleza – o projeto paisagístico é inspirado nas obras de Claude Monet.


Em total sintonia com o Cidades e Soluções, os internautas que participaram do programa desta semana enviaram vídeos com alternativas para o tratamento de esgoto.


O primeiro exemplo vem de Pirenópolis, GO. O nosso telespectador Alessandro Oliveira construiu a sua própria fossa de bananeira, onde as raízes da planta tratam o esgoto gerado na casa. Ele aprendeu a tecnologia no IPEC, o Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado, que oferece cursos sobre práticas sustentáveis.

O casal Silvana Ribeiro e Bruno Cavalcante também resolveu por conta própria a ausência de rede coletora do esgoto em uma chácara em Embu das Artes, SP. Eles construíram uma fossa séptica que dá conta do recado e mostram pra gente como se faz.

http://www.phytorestore.com/

A recuperação de áreas contaminadas, pelas atividades humanas, pode ser feita através de vários métodos,
tais como escavação, incineração, extração com solvente, oxidoredução e outros que são bastante dispendiosos.

Alguns processos deslocam a matéria contaminada para local distante, causando riscos de contaminação secundária e aumentando ainda mais os custos com tratamento [1]. Por isso, em anos recentes passou-se a dar preferência por métodos in situ que perturbem menos o ambiente e sejam mais econômicos. Dentro deste contexto, a biotecnologia oferece a fitorremediação como alternativa capaz de empregar sistemas vegetais fotossintetizantes e sua microbiota com o fim de desintoxicar ambientes degradados ou poluídos [1].

As substâncias alvos da fitorremediação incluem metais (Pb, Zn, Cu, Ni, Hg, Se), compostos inorgânicos (NO3- NH4+, PO4 3-), elementos químicos radioativos (U, Cs, Sr), hidrocarbonetos derivados de petróleo (BTEX), pesticidas e herbicidas (atrazine, bentazona, compostos clorados e nitroaromáticos), explosivos (TNT, DNT), solventes clorados (TCE, PCE) e resíduos orgânicos industriais (PCPs, PAHs), entre outros [1].

A fitorremediação oferece várias vantagens que devem ser levadas em conta. Grandes áreas podem ser tratadas de diversas maneiras, a baixo custo, com possibilidades de remediar águas contaminadas, o solo e subsolo e ao mesmo tempo embelezar o ambiente. Entretanto, o tempo para se obter resultados satisfatório pode ser longo [1]. A concentração do poluente e a presença de toxinas devem estar dentro dos limites de tolerância da planta usada para não comprometer o tratamento.

Riscos como a possibilidade dos vegetais entrarem na cadeia alimentar, devem ser considerados quando empregar esta tecnologia [1]

terça-feira, 12 de abril de 2016

Fepagro lança batata-doce viola


Variedade se destaca pela alta produtividade e versatilidade

Uma variedade de batata-doce de alta produtividade que pode ser usada para consumo humano e produção de biocombustível. Assim é a BRS fepagro viola, fruto da pesquisa da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e a Embrapa, lançada na Expoagro, na segunda 21.
Atividades de melhoramento de batata-doce funcionam desde 1942 na Fepagro, Vale do Taquari, com variedades sendo utilizadas pelos agricultores locais há décadas. Em conjunto com a Embrapa, pesquisadores da Fepagro coletaram amostras dessas variedades utilizadas pelos produtores.
Nova cultivar

Nova cultivar 
Foto: Luis Suita/Divulgação/CR
No processo de seleção, foi realizada a limpeza clonal e multiplicação dos materiais mais promissores em termos de vigor e produtividade.
Dos mais de 50 materiais testados a campo, a BRS fepagro viola se destacou pela alta produtividade e versatilidade. “É uma cultivar que responde bem a qualquer trato cultural e produz de 60 a 80 toneladas por hectare”, detalha o pesquisador da Fepagro Zeferino Chielle.

Raiz
Outro diferencial da cultivar, de acordo com Chielle, é a diversidade no tamanho da raiz, que pode ter formatos diferentes e, por isso, diferentes aplicações. “Serve para consumo humano, para produção de biocombustível e até para ração animal, devido a seu alto valor energético”, enumera o pesquisador.
Zeferino Chielle ressalta que a massa aérea da planta, produzida em abundância pela BRS fepagro viola e com teor de proteína de 16%, também pode ser aproveitada para alimentação animal e produção de biocombustível.

Produção de biocombustíveis
Para a produção de biocombustíveis a batata-doce é uma cultura importante. “Sabe-se que uma tonelada de cana-de-açúcar produz  80 litros de etanol, enquanto a mesma quantidade de batata-doce, produz 158 litros”, informa o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Luis Antonio Suita de Castro.
No Brasil, este processo esbarra na baixa produtividade das cultivares e na falta de mecanização das lavouras.
Segundo Suita de Castro, as cultivares registradas pela Embrapa e recomendadas à produção,  especialmente a BRS fepagro viola, obtiveram médias superiores a 3,0 kg/planta, o que indica produção de 75 t/ha em lavouras corretamente conduzidas.
Características
- Alto vigor e grande produtividade;
- Forma alongada, pele púrpura (vinho);
- Polpa na cor creme;
- 35,79% de amido (100 g).
Redação Jornal Correio Riograndense

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Conheça as frutas mais exóticas do mundo

Papples, em foto da Marks & Spencer cedida à PA

Papples são importadas pela Grã-Bretanha da Nova Zelândia
Uma nova fruta tem sido anunciada nas prateleiras de supermercados britânicos: a "papple", que apesar do nome - que soa como mistura de pera (pear) e maçã (apple) -, é na verdade o resultado de várias combinações de peras.
Recém-importada da Nova Zelândia, a T109 - nome da "papple" até que ela ganhe uma nomenclatura oficial - se soma a uma longa lista de frutas de estranhas cores, formas e sabores que o homem criou, por meio de cruzamentos e outros métodos, ao longo dos séculos.

Variações de ameixas

Muitas variações das ameixas foram criadas a partir do cruzamento dos frutos dos arbustos do gênero prunus, que inclui ameixeiras, cerejeiras, pessegueiras, damasqueiras e amendoeiras.
Os híbridos das misturas dessas árvores tendem a produzir frutas muito mais doces.
Uma delas é conhecida em inglês como aprium (mistura de damasco, do qual herdou o aspecto, e ameixa) e tem sabor de frutas variadas.

A mão de Buda

Originária do nordeste da Índia e da China, é um dos cítricos cultivados há mais tempo e tradicionalmente usado para fins medicinais - contra indigestão e dores de garganta - entre os chineses.
A mão de Buda (Foto: Kaldari - Wikimedia Commons)
Mão de Buda é usada para fins medicinais na China
A fruta tem dedos longos, crosta grossa e aroma forte. Não é consumida em várias partes do mundo porque não tem um centro carnoso.
A planta produz numerosas folhas de cor verde intenso e pequenas flores brancas perfumadas. O arbusto dá frutos do final da primavera até o final do verão.
Além das aplicações medicinais, a fruta serve para fazer marmelada e para condimentar pratos salgados ou doces. Na China também é um símbolo de felicidade e longevidade, e por isso é usada como presente no Ano Novo chinês.

Durian

Nativa do sudeste da Ásia, é conhecida por seu poderoso aroma, adorado por alguns e considerado repulsivo por outros.

A durian tem um aroma adorado por alguns e considerado repulsivo por outros
Mas não é apenas o odor que repele alguns consumidores: a fruta é cheia de espinhos em sua casca.
Em países como a Malásia, onde o durian é abundante, chamam-no de "o rei das frutas", por causa de seu complexo sabor - dizem que parece com uma mescla entre caramelo e queijo francês.
Quanto mais intenso seu odor, mais forte é o sabor.
Para alguns, esse cheiro é tão repugnante que algumas cidades asiáticas proibiram que o durian fosse comido no transporte público.
Existem 30 espécies diferentes de durian, que é rico em potássio, em outros minerais e vitaminas e que tem valor nutritivo semelhante ao abacate e à manga.

Lima dedo

Há quem diga que essa fruta se assemelha ao caviar, mas com sabor de lima.
A Citrus australasica é conhecida em alguns países como "caviar de lima", por causa das pequenas esferas suculentas com sabor de lima, que "explodem" na boca ao serem comidas.

A lima dedo é conhecida como "caviar de lima"
Tem a aparência de uma lima comprida, semelhante a um pepino. E tem várias cores: verde, preto, laranja, amarelo e rosa. É cultivada na Austrália e nos EUA, sendo usada por chefs famosos para temperar seus pratos e drinques.

Fruta milagrosa

Originária de Gana (oeste da África), essa fruta tem sido cultivada há séculos.
O gosto da "fruta milagrosa" faz com que as comidas mais insípidas se tornem mais doces - isso ocorre porque a polpa dessa pequena fruta contém miraculina, uma glicoproteína que engana as papilas gustativas, fazendo com que quem a prove perceba os alimentos como sendo mais doces do que realmente são.
Esse efeito se prolonga por 30 minutos a 1 hora após sua ingestão.
Em 1968, houve uma tentativa de extrair essa glicoproteína e processá-la em forma de pílula. Mas a agência americana que regula alimentos e medicamentos proibiu sua comercialização até que se realizem mais testes.
No Japão, a frutinha é usada como adoçante por pessoas que estão de regime.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

PANCS Ora-Pro-Nobis – O Superalimento Proteico Pouco Conhecido!

Ora-pro-nobis
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Algumas pessoas poderão ter em suas casas uma planta chamada Ora-pro-nobis, bastante utilizada como cerca viva, devido aos seus espinhos pontiagudos, mas extremamente bela, que carrega o ambiente com suas flores. O que muita gente talvez não saiba é que a Ora-pro-nobis, além de tudo, também é comestível, sendo utilizada na região de Minas Gerais como alimento, rica em proteínas, bastante conhecida por lá como o “bife dos pobres”.

Propriedades da Ora-pro-nobis 

Suas propriedades já são bastante conhecidas, principalmente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais, e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes cidades, ainda de forma bastante tímida, mas já é um bom começo.
Por ser bastante popular em Minas Gerais, a Universidade de Lavras realizou um estudo sobre suas propriedades, constatando que seus princípios ativos são eficientes para o tratamento de várias doenças, tanto de origem inflamatória, quanto gastrointestinais, circulatórias, etc.

Benefícios da Ora-pro-nobis

  • Seu alto teor de fibras ajuda no processo digestivo e intestinal, promovendo saciedade, facilitando o fluxo alimentar pelo interior das paredes intestinais, além de ajudar a recompor toda a flora intestinal. Isso evita os estados de constipação, prisão de ventre, formação de pólipos, hemorroidas e até tumores;
  • Pessoas com anemia deverão passar a utilizá-la com mais frequência, pois os índices de ferro são essenciais para o tratamento desse quadro;
  • O chá, feito a partir de suas folhas, tem excelente função depurativa, sendo indicado para processos inflamatórios, como cistite e úlceras;
  • Esse poder depurativo associado ao chá também está ligado ao tratamento e prevenção de varizes;
  • As grávidas deveriam consumir Ora-pro-nobis nesse período, pois ela é rica em ácido fólico, essencial para evitar problemas para o bebê;
  • A alta concentração de vitamina C ajudará a fortalecer o sistema imunológico, evitando uma série de doenças oportunistas;
  • Ótima para a pele, devido à presença de vitamina A (retinol) em grande quantidade;
  • O retinol também é fundamental para manter a integridade da visão em dia;
  • Mantém ossos e dentes fortalecidos, pela boa quantidade de cálcio.

Composição nutricional da Ora-pro-nobis

COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM 100 GRAMAS DE FOLHAS:
Energia26 kcal
Proteína2,00 g
Lipídios0,40 g
Carboidratos5,00 g
Fibras0,90 g
Cálcio79,00 mg
Fósforo32,00 mg
Ferro3,60 mg
Retinol250,00 mcg
Vitamina B10,02 mg
Vitamina B20,10 mg
Niacina0,50 mg
Vitamina C23,00 mg
É uma planta com alto teor de proteína (aproximadamente 25% de sua composição). Entre seus aminoácidos, teremos a lisina e o triptofano em maior quantidade. Seu elevado teor de vitamina C supera a laranja em 4 vezes. Além dos minerais e vitaminas, também é rica em fibras.

Como consumir Ora-pro-nobis?

A parte comestível da planta são suas folhas. Seu preparo é extremamente simples, como qualquer verdura que adquirimos. Obviamente, devemos lavá-las bem. É preciso que se utilize uma grande quantidade, pois, após o preparo, seu volume se reduz bastante.
Seu sabor é neutro, ou seja, não é picante, nem ácido, nem amargo. Tem uma textura macia, fácil de mastigar. Ela poderá fazer parte de recheios, saladas, refogados, sopas, e onde mais sua imaginação de culinarista permitir.

Como preparar Ora-pro-nobis?

Para servir como incentivo, e mesmo matar a curiosidade, vamos passar algumas receitas simples com Ora-pro-nobis. É extremamente simples o preparo e manuseio das folhas.

1. Batatas ao pesto de Ora-pro-nobis

Ingredientes:
  • ½ quilo de batata bolinha, ou algum outro tipo, mas que sejam pequenas;
  • 1 xícara de folhas de Ora-pro-nobis rasgadas com as mãos;
  • ½ xícara de queijo meia cura ralado;
  • 1/3 de xícara de castanha do Pará;
  • ½ xícara de azeite de oliva extra virgem;
  • ½ dente de alho;
  • Sal e pimenta.
Preparo:
Faça primeiramente o pesto, batendo todos os ingredientes no liquidificador, com exceção das batatas. Caso tenha um processador, tecle na função pulsar, pois você não quer que vire um suco. É importante sentir a textura dos alimentos presentes no molho pesto. Reserve.
Cozinhe as batatas, mas deixe-as firmes. Coloque-as numa forma e regue com um fio de azeite e salpique sal e pimenta. Leve-as ao forno médio, pré-aquecido, até que estejam coradas.
Assim que retirar as batatas do forno, despeje o molho pesto sobre elas, e sirva imediatamente.

2. Pão vegetariano de Ora-pro-nobis

Ingredientes:
  • 50 gramas de fermento para pão, aproximadamente 3 tabletes;
  • ½ copo de água morna;
  • ½ copo de água fria;
  • 2 colheres de sopa de manteiga ou margarina;
  • 2 ovos;
  • 1 colher de sopa de açúcar;
  • 1 colher de sobremesa rasa de sal;
  • Farinha de trigo até dar o ponto (que poderá ser substituída por farinha integral);
  • 100 gramas de folhas de ora-pro-nobis
Preparo:
O fermento deverá ser dissolvido juntamente com o açúcar, até formar uma pastinha. A seguir, adicione a água morna, mas tenha cuidado para que não esteja quente, pois fará com que o fermento não se desenvolva. Faça um teste no dorso da mão.
Aguarde alguns minutos e verá que a fermentação se inicia, levantando pequenas bolhas. Essa etapa é importante para saber se o fermento está bom. Caso isso não aconteça, descarte e reinicie.
A seguir, junte os ovos, a manteiga e o sal. Deixe aguardando enquanto bate as folhas de Ora-pro-nobis com a água fria no liquidificador.
Agora, junte à massa. Deixe a farinha para o final, onde deverá ser adicionada aos poucos, até começar a soltar das mãos.
Nesse momento, cubra com um guardanapo e deixe essa massa descansar até notar que dobrou de volume.
Divida em duas partes, modele os pães no formato que preferir. Pincele com gema e leve ao forno para assar, em forno pré-aquecido, até dourar.

3. Farinha enriquecida com Ora-pro-nobis

Essa farinha irá enriquecer suas receitas. É feita a partir das folhas desidratadas. Para isso, será preciso colher muitas folhas. Deixá-las em local seco e fresco, até que estejam totalmente desidratadas. Nesse momento, basta triturá-las ou e adicioná-las a seus pratos culinários. Essa farinha é rica em proteínas, aminoácidos, vitaminas, sais minerais, e fibras. Guarde num vidro com tampa e utilize nos pães, bolos, tortas, panquecas, etc.

Ora-pro-nobis ajuda a emagrecer?

A princípio, sim. Um dos fatores favoráveis ao emagrecimento está diretamente ligado à grande quantidade de fibras que a planta apresenta. Numa dieta equilibrada, as fibras são essenciais para dar a sensação de saciedade, o que nos faz comer menos nas refeições.
Além do mais, elas ajudarão no esvaziamento intestinal mais rápido, evitando que toxinas estejam circulando por nosso organismo, nos livrando de inchaços e retenção de líquidos. Se essas fibras forem ingeridas cruas, mais eficientes serão.
É claro que não basta comer Ora-pro-nobis. Ela é uma aliada entre uma série de outros que precisamos para nos manter magros.

Contraindicações

Até onde se sabe, não há contraindicações ao seu consumo, a não ser por pessoas que apresentem algum tipo de alergia a ela, porém, seus índices de toxicidade são praticamente nulos.

Onde encontrar?

Nos estados do Sudeste é mais fácil, por ser mais abundante nessa região. Em Minas Gerais, é facilmente encontrada, fresca, desidratada, em saquinhos. Costumam vender um saquinho com 200 gramas por algo em torno de R$ 1,00.

Conhecendo melhor

Quem não se apaixonar por seu sabor, seguramente se apaixonará por sua beleza. Incluímos um vídeo amador, onde é possível apreciá-la, em plena floração, cercada de abelhas em processo de polinização. Infelizmente não será possível desfrutar de seu perfume. Confira:

Considerações finais

É uma pena que não se leve a sério o cultivo de Ora-pro-nobis em grande escala. Seguramente, seus valores nutricionais poderiam acrescentar muito aos hábitos alimentares dos brasileiros, principalmente através da farinha enriquecida, que poderia chegar facilmente à nossa mesa.
Sendo possível seu cultivo em ambiente doméstico, uma vez que pega bem em qualquer tipo de solo, não exige cuidados específicos, se propaga com facilidade.
Quem nunca provou e gostaria de adquirir uma muda, dê uma vasculhada pela internet. É possível encontrar generosos doadores. Vale a pena!
Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite - (no G+)

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