terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Calendário Brasileiro de Hortaliças da Embrapa

Veja abaixo, segundo o Calendário Brasileiro de Hortaliças da Embrapa, quais os melhores meses para o plantio de cada hortaliça.
Nome Popular
Época Recomendada Para Plantio
Ciclo (dias)
Sul
Sudeste
Nordeste
Centro-Oeste
Norte
Abóbora
Out./Fev.
Set./Mar.
Mar./Out.
Ano todo
Abr./Ago.
90-120
Abobrinha Italiana
Set./Maio
Ago./Maio
Mar./Out.
Ano todo
Abr./Ago.
45-60
Acelga
Fev./Jul.
Fev./Jul.
-
-
Abr./Jun.
60-70
Agrião
Fev./Out
Fev./Jul.
Mar./Set.
Mar./Jul
Abr./Jul.
60-70
Alcachofra
Fev./Mar.
Fev./Mar.
-
-
-
180-200
Alface de Inverno
Fev./Out.
Fev./Jul.
Mar./Set.
Mar./Set.
Mar./Jul.
60-80
Alface de Verão
Ano todo
Ano todo
Ano todo
Ano todo
Ano todo
50-70
Alho
Maio/Jun.
Mar./Abr.
Maio
Mar./Abr.
-
150-180
Alho-Poró
Mar./Jun.
Mar./Jun.
Maio/Jun.
Abr./Jun.
-
90-120
Almeirão
Fev./Out.
Fev./Ago.
Fev./Ago.
Fev./Ago.
Abr./Abr.
60-70
Batata
Nov./Dez.
Abr./Maio
-
Abr./Maio
-
90-120
Batata Doce
Out./Dez.
Out./Dez.
Ano todo
Out./Dez.
Ano todo
120-150
Berinjela
Ago./Jan.
Ago./Mar.
Ano todo
Ago./Fev.
Abr./Ago.
100-120
Beterraba
Ano todo
Ano todo
Abr./Ago.
Abr./Ago.
-
60-70
Brócolis de Inverno
Fev./Set.
Fev./Jul.
-
Fev./Maio
-
90-100
Brócolis de Verão
Out./Dez.
Set./Jan.
Out./Fev.
Out./Jan.
Abr./Jul.
80-100
Cebola
Jul./Ago.
Fev./Maio
Fev./Abr.
Fev./Maio
Fev./Maio
120-180
Cebolinha
Ano todo
Ano todo
Mar./Jul
Abr./Ago.
Abr./Out.
80-100
Cenoura de Inverno
Fev./Ago.
Mar./Jul.
-
Abr./Jul.
-
90-110
Cenoura de Verão
Nov./Jan.
Out./Mar.
Out./Mar.
Out./Mar.
Out./Mar.
85-100
Chicória
Fev./Jul.
Fev./Jul.
Fev./Ago.
Abr./Jun.
Mar./Ago.
60-70
Chuchu
Set./Out.
Set./Out.
Ano todo
Set./Out.
Abr./Jul.
100-120
Coentro
Set./Jan.
Ago./Fev.
Ano todo
Ago./Abr.
Abr./Out.
50-60
Couve Manteiga
Fev./Jul.
Fev./Jul.
Abr./Ago.
Fev./Jul.
Abr./Jul.
80-90
Couve Chinesa
Ano todo
Ano todo
Mar./Maio
Mar./Maio
-
60-70
Couve-Flor de Inverno
Fev./Jun.
Fev./Abr.
Fev./Jul.
Fev./Jul.
-
100-110
Couve-Flor de Verão
Dez./Jan.
Out./Fev.
Nov./Dez.
Out./Jan.
Nov./Fev.
90-100
Ervilha
Abr./Maio
Abr./Maio
-
Abr./Maio
-
60-70
Espinafre
Fev./Set.
Fev./Set.
Mar./Ago.
Mar./Ago.
Mar./Maio
60-80
Feijão Vagem
Set./Mar.
Ago./Mar.
Ano todo
Mar./Ago.
Abr./Jul.
60-70
Inhame
Jun./Set.
Jun./Set.
Dez./Jan.
Jul./Ago.
Jun./Set.
150-180
Jiló
Set./Fev.
Ago./Mar.
Mar./Set.
Abr./Ago.
Abr./Ago.
90-100
Mandioquinha-Salsa
Abr./Maio
Abr./Maio
-
Abr./Maio
-
300-360
Melancia
Set./Jan.
Ago./Mar.
Mar./Set.
Set./Dez.
Abr./Ago.
85-90
Melão
-
Set./Fev.
Mar./Set.
Set./Dez.
Abr./Ago.
80-120
Milho-Verde
Ago./Fev.
Set./Dez.
Out./Mar.
Set./Jan.
Mar./Maio
80-110
Moranga
Set./Dez.
Set./Dez.
Mar./Jun.
Set./Dez.
-
120-150
Morango
Mar./Abr.
Mar./Abr.
-
Fev./Mar.
-
70-80
Nabo
Abr./Maio
Jan./Ago.
Fev./Jul.
Fev./Jul.
Abr./Jul.
50-60
Pepino
Set./Fev.
Set./Fev.
Ano todo
Jul./Nov.
Abr./Set.
45-60
Pimenta
Set./Fev.
Ago./Mar.
Ano todo
Ago./Dez.
Jul./Dez.
90-120
Pimentão
Set./Fev.
Ago./Mar.
Maio/Set.
Ago./Dez.
Abr./Jul.
100-120
Quiabo
Out./Dez.
Ago./Mar.
Ano todo
Ago./Fev.
Ano todo
70-80
Rabanete
Mar./Ago.
Mar./Ago.
Mar./Jul.
Abr./Set.
Mar./Ago.
25-30
Repolho de Inverno
Fev./Set.
Fev./Jul.
Fev./Jul.
Fev./Jul.
-
90-110
Repolho de Verão
Nov./Jan.
Out./Fev.
Ano todo
Out./Fev.
Mar./Set.
90-110
Rúcula
Mar./Ago.
Mar./Ago.
Mar./Jul.
Mar./Jul.
-
40-60
Salsa
Mar./Set.
Mar./Set.
Mar./Ago.
Mar./Ago.
-
60-70
Tomate
Set./Fev.
Ano todo
Ano todo
Ano todo
Mar./Jul.
100-120

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Atitude ambientalmente correta! A hora é agora!



TRANSFORME SEU LIXO EM ADUBO.

O minhocário tem 3 caixas plásticas e acompanha um punhado de minhocas californianas, especiais para compostagem, com um pouco de humus.

Se quiseres posso oferecer um CD com dicas úteis e filme explicativo do funcionamento.

O minhocário custa R$ 200,00 ( incluindo as minhocas , CD E ASSISTÊNCIA TÉCNICA).
A taxa de entrega é R$ 20,00, então o total fica R$ 220,00.ok

Posso entregar no final da semana ou retirar no bairro tristeza ( SEM TAXA).
Em Porto Alegre/RS.

att


Alexandre Panerai







sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Cada vez mais os resíduos são e deverão ser vistos não como lixo, mas como recurso.


Cada vez mais os resíduos são e deverão ser vistos não como lixo, mas como recurso.
Assim, a recuperação e reciclagem dos materiais é fundamental para a valorização dos resíduos.

Regras a seguir:
  • Escorra e enxague as embalagens usadas para evitar maus-cheiros;
  • Sempre que possível, amasse as embalagens usadas para reduzir o espaço que ocupam e facilitar o transporte;
  • Retire as rolhas e tampas pois são, normalmente, de material diferente da embalagem.
    Reduzir a quantidade de lixo que cada um de nós produz.
    Reutilizar, escolhendo produtos e embalagens que possam ser utilizadas várias vezes.
    Reciclar alguns componentes do lixo, de preferência se o separarmos na origem.

Plástico


Depositar:
Garrafas, garrafões e frascos de:

- água
- sumos e refrigerantes
- vinagre
- detergentes e produtos de higiene
- óleos alimentares

Sacos de plástico
Esferovite
Pacotes de leite e bebidas (ECAL)*
Iogurtes

*embalagens de cartão para alimentos líquidos

Não depositar:
Embalagens de produtos tóxicos ou perigosos, por ex.: combustíveis e óleo de motor.


Metal




Depositar:                                          Não Depositar:
- latas de bebidas                              Electrodomésticos
- latas de conserva                             Pilhas e baterias
- tabuleiros de alumínio                      Objectos que não sejam embalagens, por ex:
- aerossóis vazios                              tachos e panelas, talheres, ferramentas, etc.
- metalizados

Papel e Cartão


Depositar:
- embalagens de cartão, por ex.: caixas de cereais; bolachas, etc
- sacos de papel
- papel de embrulho
- jornais e revistas
- papel de escrita

Não depositar:
- embalagens de cartão com gordura, por ex.: pacotes de batatas fritas, caixas de pizza
- sacos de cimento
- embalagens de produtos químicos
- papel de alumínio
- papel autocolante
- papel de cozinha, guardanapos e lenços de papel sujos
- toalhetes e fraldas


Vidro

Depositar:                         Não depositar:
- Garrafas                       - Louças e cerâmicas (pratos, copos, chávenas, jarras, etc.)
- Garrafões                     - Materiais de construção civil
- Frascos                       - Janelas, vidraças, espelhos, etc.
- Boiões                         - Lâmpadas

Pilhas
Depositar:

Pilhas (salinas e alcalinas, de botão, de lítio e recarregáveis) e acumuladores - baterias recarregáveis (baterias de níquel cádmio, níquel metal híbrido e de iões de lítio).

Estas pilhas e acumuladores serão armazenados em condições de segurança e encaminhadas para valorização onde, através de vários processos, se separam e recuperam os diversos materiais que as constituem.
Nota: As pilhas são resíduos perigosos. Uma simples pilha pode contaminar 3000 litros de água!
Alguns aspectos negativos das lixeiras

- Contaminação das águas.
- Contaminação dos solos.
- Maus cheiros.
- Provocam incêndios.
- Formação de focos de doenças.
- Problemas paisagisticos.
- Problemas de sobrevivência de alguns seres vivos.



Algumas vantagens da Reciclagem:



- Economiza e reduz a procura de energia;
- Reduz a quantidade de matérias-primas necessárias para o fabrico de novos produtos;
- Reduz a quantidade de resíduos depositados em aterro;
- Protege a biodiversidade;
- Reduz o aquecimento global;
- Reduz a poluição da água;
- Reduz a poluição do ar;
- Reduz a quantidade de resíduos sólidos;
- Reduz a destruição de habitat


Por um Mundo melhor...
 Pedro Gonçalo C. S. Silva

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Estudos apontam benefício das árvores para a saúde humana

Além de auxiliar na limpeza do ar, retirando o dióxido de carbono da atmosfera e liberando oxigênio, as árvores ajudam a diminuir a pressão arterial, frequência cardíaca, e outros sintomas relacionados ao stress.

Não é novidade que as plantas desempenham um papel fundamental na manutenção do meio ambiente. Afinal, elas são responsáveis por absorver gás carbônico - um dos principais causadores do aquecimento global - e liberar oxigênio (saiba mais aqui). Além disso, elas auxiliam na limpeza do ar, ao eliminarem vapor d’água na atmosfera, diminuindo, com isso, os danos causados pelo clima extremamente seco e quente, controlam as enchentes através da absorção da água proveniente das chuvas e mantêm a fauna silvestre. Mas o que novos estudos apontam é que as árvores também são essenciais para a espécie humana em outro sentido: a quantidade delas no ambiente em que vivemos pode influenciar a qualidade da nossa saúde e o estilo de vida.
Foi o papel relevante que as plantas exercem no controle da qualidade do ar que motivou a U.S. Forest Services (órgão semelhante ao Serviço Florestal Brasileiro - SBD) a pesquisar a influência que as plantas têm na vida das pessoas, porque, como afirma o líder da pesquisa, Geoffrey Donovan, as doenças respiratórias e cardiovasculares são afetadas pela qualidade do ar. Para isso, os pesquisadores recolheram dados de 1.296 municípios norte-americanos, sendo alguns vítimas do ataque da broca cinza esmeralda - besouro proveniente da Ásia que aportou nos EUA em 2002, na cidade de Detroit e depois se espalhou rapidamente para outras cidades norte-americanas, atacando e matando quase todas as 22 espécies de árvores do gênero Fraxino (Fraxinus). Os cientistas observaram a influência de variáveis como renda, raça e educação nas causas de falecimento de pessoas nesses lugares. Chegaram ao seguinte resultado: nas quinze cidades infestadas pelo inseto, houve um adicional de 15 mil mortes decorrentes de doenças cardiovasculares e 6 mil de problemas respiratórios, em comparação com as áreas não infestadas pelo besouro. Isso sugere que, independente das características genéticas e condições sociais, a quantidade de plantas existente no entorno do ambiente em que a pessoa vive, afeta a sua saúde, diminuindo sua pressão arterial, frequência cardíaca e outros indicadores de stress.
Algumas pesquisas realizadas anteriormente apontam para a mesma direção. Donovan lembra que algumas pesquisas sugerem que pacientes que conseguem ver, da janela de seus quartos, nos hospitais, as plantas e árvores, têm uma recuperação cirúrgica mais rápida e precisam tomar menos remédios. Outras pesquisas mostram que mães que moram em ambientes em que há muitas árvores ao redor, têm menos chance de ter filhos abaixo do peso. Uma outra pesquisa realizada nos Estados Unidos indica que o índice de depressão é menor em cidades arborizadas. Se a pessoa estiver num ambiente natural, a pressão arterial, frequência cardíaca e outros indicadores de stress serão reduzidos, aponta a pesquisa.

No Brasil
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), é recomendável que uma cidade tenha pelo menos 12 metros quadrados de área verde por habitante. Por esse critério, a cidade brasileira campeã é Goiânia, com 94 metros quadrados de áreas verdes por habitante, superando Curitiba- considerada, há até pouco tempo, a cidade brasileira mais arborizada -, que tem 51 metros de área verde por habitante, segundo dados divulgados pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) em 2007. Entre as cidades brasileiras com menos espaço verde está São Paulo, com 4 metros quadrados por habitante.
De acordo com um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012, os domicílios mais arborizados, com árvores em volta dos quarteirões, em calçadas ou canteiros, estão nas regiões sul e sudeste do país, com exceção de Goiânia. Já nas regiões Norte e Nordeste, estão as casas com áreas menos arborizadas. As capitais Belém, com 22,4%, e Manaus, no meio da floresta amazônica, mas com 25,1%, têm os menores percentuais de arborização.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

4 razões para comer mais abobrinha



Com poucas calorias, ela é ideal para complementar as refeições e ainda ajudar a manter a dieta.
4 razões para comer mais abobrinha
A abobrinha é um alimento altamente nutritivo e que proporciona diversos benefícios à saúde. | Foto: iStock by Getty Images
A abobrinha é um alimento altamente nutritivo e que proporciona diversos benefícios à saúde. Com poucas calorias, ela é ideal para complementar as refeições e ainda ajudar a manter a dieta.
Veja abaixo 4 razões para consumir abobrinha
1 – Multivitamínica
Os altos níveis de vitaminas A e C a tornam um importante antioxidante e anti-inflamatório. Além de evitar o envelhecimento das células, elas são ideais para impedir o desenvolvimento de diversas doenças, como asma e artrite reumatoide.
2 – Abaixa a pressão arterial
O magnésio e o potássio presentes na abobrinha são excelentes para reduzir a pressão arterial e combater a hipertensão. Em consequência, esses nutrientes ajudam a melhorar o sistema circulatório e diminuem as chances de ataques cardíacos.
3 – Força extra para a dieta
Cerca de 90% da abobrinha é composta por água, o que favorece a redução calórica desse alimento. Além disso, ele possui bastante fibras, que ajudam a regular o intestino, dois itens essenciais para quem quer manter o corpo em dia.
4 – Faz bem ao coração
O magnésio, um dos nutrientes presentes na abobrinha, ajuda a manter a saúde do coração, reduzindo os riscos de ataque cardíaco e derrames.
Fonte: Redação CicloVivo

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Hortas urbanas Paulo Saldiva - Guia do Dia 16/04/2013

FLORES COMESTÍVEIS

Que tal servir flores no jantar?

Espécies comestíveis como a capuchinha, o amor-perfeito, o hibisco, a calêndula, o borago e a rosa são cada vez mais usadas no preparo de saladas ou pratos quentes

Texto Janice Kiss
Fotos Leo Drumond
Ilustrações Filipe Borin


Há 20 anos, praticamente ninguém comia flores no brasil. a não ser brócolis, alcachofra ou couve-flor, espécies cultivadas e consumidas como verduras - na verdade, são inflorescências ou pedúnculos florais, mais próximas, portanto, do capítulo botânico das floricultura, não das hortaliças. Então, na esteira do sucesso de mercado das ervas frescas, também recente, as flores comestíveis começaram a atrair a atenção de gourmets e chefs de restaurantes sofisticados, interessados na beleza de suas pétalas ou nos sabores sutis, ou incomuns, para compor saladas, pratos quentes, molhos, temperos ou essências para sopas, caldos, etc. Hoje, constituem mercado ainda restrito, mas crescente.
As irmãs Graziela e Renata Dei Falci (sentada) abastecem restaurantes de Belo Horizonte, MG, com 60 tipos de flores
Em São Paulo, maior produtor do país, o Grupo Pão de Açúcar comercializa mensalmente 300 bandejas de 7 a 18 gramas cada, ao preço médio de 5 reais, de capuchinha, amor-perfeito e hibisco. 'É uma linha requintada. Cuidamos desse abastecimento de forma regular nos últimos três anos', comenta Renato Generoso, gerente de FLV (Frutas, Legumes e Verduras) da rede de supermercados. Antes, a procura era pequena, quase nula, segundo ele. Agora, atendendo ao aumento da demanda, as flores comestíveis estão em oferta constante nos balcões de legumes e verduras - sim, FLV, como o cargo de Renato indica. Elas não constituem ramo da floricultura. São alimentos. E nessa condição dividem prateleiras com outras hortaliças em supermercados e lojas especializadas. Como o Empório Santa Luzia, loja sofisticada da capital paulista. Segundo o gerente Geraldo Lima, 300 bandejas mensais têm saída garantida no Santa Luzia. Nesse caso, a preferida é a calêndula, cujo sabor lembra muito o gosto do legítimo açafrão, que custa mais de 50 reais o grama. Geraldo tem ciência de que as flores comestíveis têm vida útil curtíssima - duram no máximo três dias se embaladas e refrigeradas. Ele sabe que o cultivo exige muita atenção e cuidados, que o calor e as chuvas de verão castigam os canteiros, mas acredita que o produtor está marcando touca. 'O consumidor compraria mais se houvesse mais oferta', pensa.
Amor-perfeito (à dir.) e capuchinha são as mais requisitadas pelo colorido das pétalas
Flor de manjericão, para sabor mais acentuado no prato (à esq.), e estrelinha, novidade na culinária
As irmãs Renata e Graziela Dei Falci, assim como outras dezenas de produtores de verduras, não perderam tempo. Há 19 anos, elas cultivam 60 tipos de ervas e flores em um hectare da centenária propriedade da família, em Contagem, a 21 quilômetros de Belo Horizonte, MG . Os 38 hectares totais da Fazenda Vista Bonita são um dos poucos remanescentes da área rural desse município, um dos principais polos industriais do estado. Ao decidirem deixar o caminho das artes plásticas e da decoração, respectivamente, elas investiram inicialmente no cultivo de macela para forrar travesseiros - dormir com o perfume da planta já era hábito de infância na fazenda - e de ervas medicinais para farmácias homeopáticas. Como muitas delas também servem para a cozinha, Graziela decidiu fazer uma pequena amostra para alguns restaurantes de culinária internacional de BH. Aí o negócio mudou de rumo. Quando, na última década, as flores comestíveis viraram objeto do desejo de chefs e restaurantes nos grandes centros urbanos do país, elas já tinham experiência no ramo. Bastou a Renata aperfeiçoar a pequena lavoura colorida e perfumada. Para não trancar suas ervas e flores em estufas (a não ser as do viveiro) e conter o excesso de luminosidade, ela formou canteiros à sombra das árvores. A terra está sempre fértil porque é renovada com a rotação de culturas (o composto utilizado para adubar os canteiros é produzido na própria fazenda). Renata usa todo o receituário da produção orgânica - o caruru, por exemplo, serve de alimento para os insetos, e a presença da sojinha perene, típica da região, é fonte de nitrogênio para as plantas. A colheita é feita de manhã bem cedo, com o sol ainda fraco. As flores são lavadas e secas com muito cuidado antes de ser entregues três vezes por semana na capital mineira. 'Levamos aroma, saúde e beleza para a cidade', comenta Renata.
CANTEIROS EM EXPANSÃO
Comparar os mercados de flores comestíveis e flores em geral (usadas apenas com função decorativa) é equívoco na certa, comenta Hélio Junqueira, da consultoria Hórtica, de São Paulo. O primeiro é muito pequeno - não há dados concretos a respeito. O segundo movimentou 3,3 bilhões de reais no mercado interno no ano passado, com chances de crescer 15% até o final deste ano. Em 2008, o Brasil faturou 35,5 milhões de dólares com vendas de flores para Europa e Estados Unidos. Segundo pesquisa da Hórtica, o mercado interno de flores convencionais cresce em torno de 10% por ano porque o Brasil não foi tão afetado pela crise financeira quanto os países para onde exporta, a exemplo de EUA, Europa e Japão. As principais flores de corte negociadas por aqui são rosas, crisântemos, lisianthus, lírios, etc., e as envasadas são orquídeas, violetas, azaleias, bromélias, entre outras. Os estados de São Paulo (53%), Minas Gerais (13%) e Rio Grande do Sul (5%) lideram a produção nacional. De acordo com a economista Marcia Peetz, sócia da Hórtica, o futuro dos cultivos nacionais tendem a ser focados quase que exclusivamente nas vendas internas. 'Com o alarde da crise, as pessoas deixaram de consumir bens e serviços de valores elevados e gastaram mais com paisagismo e jardinagem', compara. Marcia reitera que o consumo per capita brasileiro (R$ 17,46) ainda é baixo. 'Ele denota uma alta capacidade de crescimento futuro', acredita. Segundo ela, a prova está na expansão de outras regiões de cultivo, como Nordeste e Norte do país, sinalizando a descentralização da produção exercida pelo estado de São Paulo, concentrada nos municípios de Holambra, Campinas e Atibaia.

Pimenta é fácil de cultivar no jardim

Pimenta é fácil de cultivar no jardim


pimenta dedo de moça
pimenta dedo de moça – foto: Helena Schanzer

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Produção agroecológica de pequenas frutas - Programa Rio Grande Rural

A agroecologia é uma ciência que estuda o modo de produzir sem prejudicar os seres vivos e o ambiente. É também um modo de vida. É assim que o Pedro Lovato, agricultor ecologista do município serrano de Farroupilha enxerga a produção agrícola e a maneira de viver. Ele produz frutas orgânicas e tem uma bela propriedade sustentável.

Jornalista José Mario
Cinegrafista Fernando Veríssimo 
Farroupilha - RS

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Fisalis ou Tomate capote


Engº. Agrº. José Zugno

Ganhei de uma sobrinha da minha irmã sementes de uma planta desconhecida que chamam de capote e plantei. Dá uma frutinha que meu neto gosta de comer. Mando algumas de amostra. Dá para consumir à vontade? Gostaria de obter mais informações sobre a planta.
Helena Scherner
Feliz – RS
Pelo exame trata-se de uma fruta conhecida pelo nome de fisalis, cujo nome científico é Physalis angulata, e é mais uma das tantas plantas úteis que crescem em nosso país. Pertence à família das solanáceas, da qual fazem parte também o tomateiro, a batateira, a berinjela, o pimentão, as pimentas e outras. Já abordei o assunto nesta coluna, na edição de 21 de maio de 1997.
A planta é um arbusto que pode atingir até 2 m de altura, parecido com o juá. Inicia a produção 4 a 5 meses após o plantio e pode produzir por um período de até 6 meses, quando tutorada e bem cuidada.
O fruto é semelhante a um pequeno tomate, bonito, delicado e de sabor único, levemente ácido e adocicado, que não tem comparação com outra fruta. Sua cor vai do amarelado até um forte alaranjado. O fruto mede 1 a 2 cm de diâmetro, pesa 3 a 5 gramas e é protegido por delicadas folhas secas, que uns chamam de capote (cálice concrescido, que envolve o frutinho). Cada planta pode produzir 2 a 4 kg de frutos e num hectare cabem 6.000 plantas.
Parece fruta exótica, mas não é. É brasileira pura, nativa de uma enorme área que vai desde a região sudeste até a Amazônia, passando pelo Nordeste.
São conhecidas 5 variedades. Tem vários nomes populares, dependendo da região. Na Amazônia, os índios a denominam de camapu. Na Bahia recebe os nomes de juá-de-capote, bucho-de-rã e outros. Na Europa e Estados Unidos, é conhecida como physalis.
Solo e clima – Não é exigente em solos, mas como toda solanácea cresce melhor em solos bem drenados, férteis e bem preparados. Muitas pessoas cultivam-na na horta ou no quintal. Produz em todo o Brasil, mas não tolera geadas. A Colômbia é o maior produtor mundial e exporta para os Estados Unidos e Europa a até U$ 16,00 o quilo. Os mercados das grandes capitais começam a oferecer a fruta, que chega a custar até R$ 80,00 o quilo.
Valor medicinal – O fisalis é rico em vitaminas A e C, fósforo, ferro, além de flavonóides, alcalóides e fitoesteróides, alguns recém-descobertos pela ciência. Os índios utilizam a raiz, as folhas e os frutos para o controle da hepatite e da malária. Tem ação fortificante, purifica o sangue e ajuda no tratamento do câncer de próstata, colesterol elevado e diabetes.
Culinária – Na culinária é muito apreciada pelos grandes chefs e gourmets da cozinha internacional na forma de doces, sorvetes, geléias, compotas, no fondue de chocolate, licor e como tira-gosto na degustação de vinhos. Uma delícia é a fruta coberta de chocolate. Não se conhecem restrições ao seu consumo, mesmo por crianças, mas como qualquer outra fruta, não se deve exagerar.
Esta fruta começa a se tornar conhecida no meio urbano brasileiro. Pelas informações da Estação Experimental Santa Luzia, telefone (15) 3258.2024, Guareí (SP), é uma planta com amplo futuro, podendo se constituir numa boa alternativa para a agricultura familiar, tanto para consumo "in natura" como para indústria, contanto que seu incremento seja feito de forma organizada e com assistência técnica agronômica. No RS começa a despertar interesse e já há algumas plantações em produção. Além disso, é planta muito ornamental.
Agradeço a colaboração do engº. agrº. Lírio Londero, chefe da Emater de Feliz. Em Caxias do Sul sementes de fisalis podem ser encontradas na Ruzzarin Agropecuária, rua Bento Gonçalves nº 2221 – telefone (54) 3223 4144.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Nova Iorque conclui meta de plantar um milhão de árvores dois anos antes do prazo

Nova Iorque  equipe eCycle

Órgãos municipais, com o apoio de voluntários, manterão as mudas limpas, livres das ações de vândalos e de animais domésticos


Imagem: Reprodução/IStock by Getty Images
Maior metrópole do mundo, com mais de oito milhões de habitantes, Nova Iorque precisava de um programa de reflorestamento urbano para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e melhorar a qualidade de vida da sua população. Por essa razão, o ex-prefeito da "Big Apple", Michael Bloomberg, anunciou em 2007 a meta de plantar 1 milhão de árvores até 2017, por meio do projeto MillionTreesNYC.
Contudo, o objetivo já foi alcançado no dia 3 de novembro, quando um garoto de oito anos plantou a árvore de número um milhão, no bairro do Bronx.
De acordo com informações da prefeitura, o Bronx recebeu 280 mil mudas; o Brooklyn, 185 mil; Manhattan, 75 mil; Queens, 285 mil; e Staten Island, outras 175 mil. A cidade teve um acréscimo de 20% na área florestada dentro do município.
“As árvores fazem muito. Elas criam sombras, então você não tem o sol aquecendo diretamente o chão e criando os efeitos das ilhas de calor. O crescimento das mudas também tem um grande impacto no armazenamento de carbono”, explicou ao The New York Times Denise Hoffman, diretora do programa de arquitetura da Universidade da Cidade de Nova Iorque.

Locais de plantio

As mudas foram plantadas em parques, calçadas e nos jardins de casas e empresas. Órgãos municipais, com o apoio de voluntários, manterão as mudas limpas, livres das ações de vândalos e de animais domésticos.
A verba dos sistemas de manutenção é de US$ 6,1 milhões, mas, para reduzir os custos, a administração pública planeja uma nova campanha, “Ame uma árvore”, que incentivará a população a adotar árvores do bairro e se responsabilizar pelo seu cuidado.

Fonte: EcoD

Centro Ecológico Ipê completa 30 anos de atividade

Verde que te quero verde
Foto: Divulgação/CR

Oficinas técnicas do CAE
Oficinas técnicas do CAE
Foto: Divulgação/CR

Anos 80, período de efervescência no meio rural, da chamada Revolução Verde e da Ditadura Militar, surgia o Projeto Vacaria, atual Centro Ecológico Ipê, que completa 30 anos. Desde a fundação, em janeiro de 1985, trabalha para viabilizar ações sustentáveis na produção agrícola, adotando tecnologias alternativas, visando a preservação ambiental e a justiça social.
O trabalho resgata o manejo da biodiversidade e a tradição alimentar, estimula a organização de agricultores e consumidores. Visa também o desenvolvimento de mercados para produtos ecológicos, à formulação e a criação de políticas públicas que incentivem a agricultura sustentável.
A ação acontece por meio de visitas, reuniões, cursos e oficinas de capacitação e planejamento. O Centro Ecológico assessora organizações de agricultores familiares a produção, processamento e comercialização de alimentos.

Parceria
As parcerias frutificaram na forma de Associações de Agricultores Ecologistas (AAEs). Essas instituições se caracterizam pela prática da agricultura ecológica, por estarem organizadas em pequenos grupos, pela industrialização artesanal e por buscarem canais alternativos para a comercialização da produção.
Em 1991, o projeto Vacaria passa a se denominar Centro de Agricultura Ecológica Ipê (Cae/Ipê), caracterizando nova fase, onde o foco passa a ser menos a unidade produtiva da instituição e mais o acompanhamento às AAEs.
Em 1997, nova modificação. O trabalho se caracteriza por ir além da produção ecológica e vincula-se a ecologização da propriedade como um todo, do indivíduo que nela trabalha e das relações sociais nas quais está inserido. Assim o Centro de Agricultura Ecológica Ipê passa a se denominar de Centro Ecológico Ipê.

Consumidor
A partir de 1999, o Centro Ecológico se envolve também com o estímulo à formação de cooperativas de consumidores, a partir da percepção que a participação ativa dos consumidores é condição indispensável para o desenvolvimento desse trabalho.
A trajetória tem feito com que o Centro Ecológico colabore como interlocutor e referência na atividade; no surgimento e na qualificação de iniciativas em agricultura limpa, desenvolvidas no Brasil e no mundo, beneficiando o setor com permanente intercâmbio.

Atuação
O Centro Ecológico concentra sua atuação na Serra e no Litoral Norte. Cada uma das regiões possui características socioambientais diferenciadas, o que contribui para alimentar a reflexão sobre os princípios da agricultura ecológica e sua forma de operacionalização em contextos específicos.

Maria José Bocchese Guazzelli
A história do Centro Ecológico de Ipê está diretamente ligada à engenheira agrônoma Maria José Guazzelli, 60 anos. Em 1984 começou a coordenar o Centro Ecológico (antigo Centro Demonstrativo e de Treinamento em Agricultura Ecológica ou projeto Vacaria). Natural de Antonio Prado, é formada pela Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Na década de 80, participou da elaboração da Lei dos Agrotóxicos (7747/82) e concluiu o curso superior de Alimentação de Animais Domésticos, no Institut National Agronomique  Paris-Grignon, Paris, França. É coautora e tradutora de diversos livros. Foi docente, treinou agrônomos e técnicos agrícolas e ocupou diversos cargos públicos.
Correio Riograndense - O que motivou a senhora a incentivar a produção ecológica?
Maria José Guazzelli - Tinha lido e convivido com a produção ecológica quando morei na França, no final dos anos 70 e na época da faculdade. Quase na mesma época tive contato com José Lutzemberg e convive com agricultores ecológicos na Europa. Enquanto isso, no Rio Grande do Sul a Assembleia Legislativa discutia a lei dos Agrotóxicos. Quando a gente, na Assembleia, falava que era possível produzir sem químicos, a resposta é que era impossível a produção de alimentos sem veneno. Aí surgiu a ideia, no começo dos anos 80, de demonstrar na prática que era possível. Essa é a origem do que é o Centro Ecológico. Foi quando um grupo de técnicos disse que faria e   mostrou que se poderia para trabalhar com isso.
CR - E como foi começar?
Guazzelli -Tínhamos à disposição uma área em comodato. No início, tinha muito ceticismo de todos, do serviço de extensão e do poder público. Na medida conseguimos mostrar algumas práticas, em parceria com a Pastoral da Juventude Rural, por meio do padre Schio, o projeto ficou mais próximo dos agricultores. Essas primeiras famílias começaram a produzir, sempre trocando informações e experiências. Isso já era metade dos anos 80.
CR – Por que o Projeto Vacaria?
Guazzelli - Ipê pertencia ao município de Vacaria. Com a emancipação, em 1989, a primeira administração municipal encampou a ideia. E ainda trouxe a Emater, com a finalidade de implantar a agricultura ecológica. Aí começamos a trabalhar junto com o técnico agrícola Delvino Magro (já falecido). “Esse embrião cresceu. E em Antônio Prado, padre Schio atraiu jovens e outros padres, como o pe Remi Casagrande.
CR - E essa caminhada, olhar para trás e ver tantas conquistas, por vezes virando o jogo, o que representa para você?
Guazzelli – É uma satisfação muito grande, mas ainda tem uma grande caminhada pela frente. É uma alegria porque vejo concretizado aquilo que acreditava - os jovens produtores dando sequência ao projeto em suas propriedades. Esse grupo conseguiu encarar. Com isso, consegue-se comprar produtos ecológicos da Serra e Litoral em vários lugares do estado. Começou com aquele embrião, evoluimos muito, mas ainda tem muito para avançar.
CR - Em termos de legislação, qual a influência na criação de novas leis?
Guazzelli – No Brasil, participamos de comissões e grupos que trabalham nas políticas federais em relação à agroecologia. Ipê foi o primeiro município brasileiro a instituir que 40% dos alimentos da merenda escolar fossem oriundos da produção ecológica. Conseguimos muito em nível de estado, espacialmente com o apoio da ex-deputada Marisa Formolo, que também dinamizou a agroecologia dentro da Assembleia Legislativa.
CR - Qual a maior dificuldade para que se possa avançar mais na questão da produção e consumo?
Guazzelli - A maior dificuldade é mudar a forma de pensar. Não é a questão técnica. É na família, com quem se decide que há dificuldade. Outra coisa é o desequilíbrio nas verbas. Por exemplo, as grandes indústrias de venenos e adubos estão constantemente com propagandas, afirmando que sem seus produtos não dá para produzir. O extencionista, basicamente, e grande parte das cooperativas trabalham assim. São poucas as que atuam só com produtos ecológicos orgânicos. É um jogo de forças muito desequilibrado. Mesmo assim, tem havido mudanças significativas, porque a questão da saúde é um problema na área rural, o envenenamento e a intoxicação é realidade. Isso ajuda a abrir os olhos. Outra questão é a capacidade de retorno financeiro que dá tranquilidade a o produtor.
Redação Jornal Correio Riograndense

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