"As condições de artificialidade dos centros urbanos em relação às áreas naturais têm causado vários prejuízos à qualidade de vida dos habitantes. Sabe-se, porém que parte desses prejuízos pode ser evitado pela legislação e controle das atividades urbanas e parte amenizada pelo planejamento urbano, ampliando-se qualitativamente e quantitativamente as áreas verdes e arborização de ruas. (MILANO, 1987)".
Como se vê, árvores e outros elementos das cidades (como postes, outdoors, fios) vivem em completa desarmonia por falta de planejamento e excesso de urbanização das cidades. E é este um dos motivos da não utilização de árvores de florestas, por serem grandes, frondosas e com crescimento capaz de alterar ou mesmo interferir em obras de pontes, edifícios, residências. A escolha das espécies para a arborização urbana é absolutamente fundamental.
E foi nesse sentido que aconteceu a conversa com Saulo Ulhoa, engenheiro agrônomo que nos recebeu na chácara da Novacap, onde estão os viveiros de árvores do cerrado, oriundas de matas de galeria. São plantas típicas de nossa região que, se colocadas na cidade desempenham não somente o papel de embelezar, mas de tornar nosso ambiente mais saudável, agradável. Como diz o engenheiro, "árvore boa é aquela plantada no lugar adequado".
Algumas delas: Pequi, Cagaita, Baru, Jatobá da Mata, Jatobá do Cerrado, Ipês.
Mas, atenção, você que ama Brasília: Vamos começar um movimento forte pela defesa, cuidados e estudos sobre o Cerrado?
Pois em PORTO ALEGRE já temos locais sem nenhuma árvore e pior sem pavimentação permeável ( piso que não absorve água), por isso ocasiona alagamentos!!
Caminhando pela parte mais fechada da vegetação até o local onde as mudas são recém-plantadas, o administrador aposentado Hélio da Silva, 62, sabe dizer a idade de quase todas as árvores do parque linear Tiquatira, na Penha, zona leste. É ele quem vem plantando exemplares na região há dez anos.
A ideia era colocar 5.000 unidades; hoje, na contagem do próprio Hélio, são 16.591 árvores de 170 espécies diferentes, a maioria nativa da mata atlântica.
“Algumas pessoas acham que sou funcionário da prefeitura”, afirma ele, que teve de conseguir autorização da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente antes de plantar e não ganha nada pelo trabalho. Por um tempo, diz que gastou R$ 2.000 por mês com mudas e adubo.
PROBLEMAS
Além de plantar, é preciso cuidar da herança que ele diz deixar para os três filhos, os netos e a cidade. Assim, agora no outono, que não é época de plantio, ele poda as mudas. “São Paulo me deu tudo. Estou só retribuindo.”
Ele conta que, quando começou, achavam que era louco. Sua mulher, Leda Vitoriano, era uma dessas pessoas. “Eu dizia: ‘Você faz tudo e quem vai levar a fama são os vereadores'”, conta ela, que acha que o casal comprou brigas desnecessárias.
A principal foi com comerciantes da região, já que a vegetação começou a tapar a visão das lojas da avenida Carvalho Pinto. As primeiras 500 mudas foram destruídas. “De cada dez que eu plantava, arrancavam oito.”
Após quatro anos e 5.000 árvores, a prefeitura transformou, em 2007, o Tiquatira no primeiro parque linear (ao longo de rios) da cidade e lá instalou banheiros e equipamentos de lazer.
Há 12 anos no ponto, o vendedor de coco Antônio Ferreira, 52, testemunhou o processo. “As pessoas começaram a caminhar mais aqui, o movimento dobrou.”
Mas Hélio também ouve piadinhas. “Me perguntam para quem estou plantando. Digo: ‘Pro seu neto, porque logo, logo você já era!’.”
Proteger a biodiversidade da extinção em um país de dimensões continentais é uma tarefa proporcional ao tamanho de seu território. Com natureza exuberante, o Brasil reúne grande diversidade de ambientes e espécimes de plantas, sendo que grande quantidade delas também está sob ameaça.
Engana-se quem imagina que as espécies ameaçadas sejam somente as mais frágeis. Dentre as espécies de plantas ameaçadas de extinção no Brasil existe um grande número de árvores, muito em função de sua exploração comercial e do desmatamento. Em regiões em que o extrativismo ainda é a principal fonte de renda de comunidades, a falta de informação é o agravante quanto a esse problema.
Árvores como o pau-brasil, o mogno e o palmito-juçara são três exemplares da nossa flora que estão em perigo por causa de sua exploração comercial. A primeira tem sido explorada desde os tempos coloniais para a marcenaria e para obtenção de seu pigmento de cor avermelhada que caracteriza a espécie. A segunda é outra espécie de planta ameaçada de extinção no Brasil por conta de sua madeira. Centenas de árvores têm o seu fim nas serrarias ilegais da Amazônia, região da qual ela é originalmente extraída.
Já o palmito-juçara, originário da mata atlântica, quase desapareceu em razão de seu interesse comercial. Extrair o palmito leva toda a palmeira à morte e são necessários até 12 anos para que a palmeira atinja o período de extração. Alternativas ao palmito-juçara são as espécies de palmito provenientes da pupunha e o do açaí, mesma palmeira da qual é extraída o fruto amazônico.
Outras espécies de árvores ameaçadas de extinção no Brasil são a castanheira, o jequitibá, a andiroba e a araucária. Mas até mesmo plantas vistas nos quintais de casa podem estar entre as ameaçadas. Um exemplo disso é o xaxim ou samambaiaçu, muito cultivado nos jardins para abrigar as samambaias e sua extração é proibida em todo o país.
Existem também arbustos e algumas espécies de bromélias raras que entram na lista. O caso da arnica-brasileira ou candeia, como é chamada por aqui, é um deles. A planta está ameaçada porque é considerada erva daninha. A planta inibe a germinação de outras espécies a sua volta e por essa razão é muito extraída de seu ambiente natural. Essa planta também possui propriedades fitoterápicas, assim como a arnica europeia e norte-americana.
Confira na galeria que preparamos as espécies de plantas em extinção no Brasil:
Plantar árvores, seja para reduzir a poluição, seja para embelezar a cidade, não é tão simples quanto parece. A queda constante de árvores, por conta de fortes ventos e chuvas, tem mostrado que é preciso responsabilidade na hora de cavar o buraco, plantar, monitorar o crescimento e podar uma árvore.
Um corte certo de árvores e galhos exige técnica, de forma que a árvore mantenha-se bonita e sem riscos para a população. Para evitar acidente e livrar a rede elétrica de galhos e folhas, o engenheiro agrônimo da AES Eletropaulo, Luiz Gustavo Ripani, deve mandar podar cerca de 660 mil árvores na região metropólitana de São Paulo até o final do ano. As informações foram divulgadas na palestra “Arborização e Poda Urbana: Árvores para Cidades”, durante a Virada Sustentável 2015.
“Aproximadamente 56% dos desligamentos de rede elétrica são causadas por árvores. No Brasil não houve projeto paisagístico. Em São Paulo, por exemplo, o plantio de árvores se deu após um amplo crescimento populacional. Até então só existia concreto. E cada um plantou um tipo de árvore, sem nenhum planejamento”, explica Gustavo. “Depois de tantas árvores plantadas, não houve manutenção, por isso muitas das árvores caem com o tempo.
A importância da poda para a cidade e para a rede elétrica
Gustavo frizou em sua apresentação que a visão da poda vem mudando. O que era visto como algo errado, cruel, está sendo mais aceito. Porém, é preciso entender de árvores e da técnica para que a prática seja bem sucedida. “Um corte errado pode matar uma árvore. Seja porque a cabeça ou a raíz foi cortada, seja porque o corte impediu uma boa cicatrização, deixando a árvore suscetível a fungos e, consequentemente, a quedas”, diz. “Quando plantadas muito perto de sargetas, elas também correm risco, porque podem tombar”, completa.
Um bom exemplo de planejamento paisagístico citado pelo engenheiro foi a cidade de Roma na Itália. Lá as árvores ganham uma espécie de RG e são monitoradas e podadas constantemente. Após 10 ou 20 anos, dependendo do tipo, uma mesma árvore é plantada em um viveiro, com o mesmo norte magnético e recebendo as mesmas podas. Quando a árvore localizada na rua está para morrer, é rapidamente trocada por aquela que estava sendo cultivada em um viveiro. Todo o processo acontece durante a noite, com a ajuda de um guindaste.
Outro exemplo de planejamento paisagístico dado por Gustavo é de Zurique, na Suíça. Como lá o inverno é muito rigoroso, foram analisadas as rotas dos ventos e plantadas árvores nas vias principais, de forma que as temperaturas pudessem subir de 0,5 a 1 grau. “O Brasil ainda é embrião quando se fala em projetos como esses. Além disso, a avaliação de risco é pouco feita por aqui”, lamenta. “Já houve casos em que uma árvore estava prestes a cair sobre uma fiação que abastecia metade da cidade da São Paulo, incluindo 10 hospitais. Compramos uma briga, mas retiramos a árvore para evitar o pior”, lembra Gustavo.
Acredita-se que a adoção de uma fiação subterrânea seja a solução para reduzir o número de cortes de árvores na cidade, mas para isso é preciso que São Paulo disponha de uma galeria técnica. “Não é apenas abrir um buraco e enterrar os fios. Um caminhão precisa passar por baixo da rua para fazer as devidas manutenções”, esclarece. E é preciso lembrar também que são apenas as empresas de energia elétrica que fazem uso da fiação aérea no Brasil. Há outros tipos de serviço que utilizam este método de abastecimento.
Poda sem autorização é crime ambiental
Para cortar galhos ou retirar uma árvore de lugar é necessário que se tenha uma autorização da prefeitura. Graziela Lourensoni, gerente de produto da Husqvarna, explica que, nestes casos, um engenheiro agrônomo será deslocado até a área para verificar a necessidade de poda ou remoção.
“As legislações ambientais são rigidas no Brasil e ações como essas podem ser consideradas crimes ambientais.”
Dependendo do caso existe uma responsabilidade legal sobre a árvore, mas é dever de todos os que a circundam fazerem a devida manutenção e monitoramento. Caso a prefeitura plante uma árvore na porta da casa de um morador, por exemplo, legamente a responsabilidade pela manutenção e poda é da própria prefeitura, mas nada impede que todos zelem pela planta.
Além de falar sobre os cuidados na hora da poda, Graziela levou para a palestra uma serra elétrica e falou sobre questões de segurança. “Os profissionais que fazem a poda precisam dominar bem a técnica e o funcionamento das ferramentas a serem utilizadas, para que não haja acidentes graves nem por conta de uso incorreto da serra, nem por mau posicionamento da pessoa na árvore”, alerta.
O destino das árvores podadas
Luiz Gustavo Ripani explica que 100% das árvores podadas ou retiradas voltam para o meio ambiente. “Elas viram adubo para novas árvores ou briquet para alimentar processos de biomassa”.
O engenheiro agrônomo acredita que, para avançar neste segmento, o Brasil precisa dar mais valor aos artigos técnicos, dar mais espaço para as acedemias. Isso porque não adiante tantos estudantes e profissionais escrevem trabalhos interessantes, frutos de intensa pesquisa, e a prefeitura não implementã-los.
“O que estamos vivendo hoje é consequência da ausência de planejamento no passado. Não é só plantar e largar. É preciso preparar o solo, monitorar o crescimento e conduzí-lo com podas corretas, de forma que a árvore seja compatível com os equipamentos urbanos (rede elétrica, semáforos, parques). Antes de plantar árvores é preciso consultar um engenheiro agrônomo ou a prefeitura”, finaliza.
Existem diversas árvores da espécie Ficus que são nativas do Rio Grande do Sul e são imunes ao corte pela legislação, ou seja, não podem ser cortadas. Em situações especiais podem ser transplantadas mediante autorização da prefeitura. As figueiras nativas do sul* são das espécies: Ficus enormis, Ficus guaranítica, Ficus insipida, Ficus** luschnatiana, F. Monckii** e Ficus organensis**, todas árvores de grande porte que devem ser plantadas na terra em espaços abertos amplos e ensolarados. Farei um post mais adiante sobre esta árvore magnífica.
Neste post falarei sobre uma espécie de figueira exótica, o Ficus benjamina*** que se adaptou muito bem no Brasil. O Ficus benjamina é uma árvore perene de 10-15 metros de altura, nativa da India, China, Filipinas, Tailandia, Austrália e Nova Guiné. Cuidado ao usar esta árvore! Ela é muito usada como planta ornamental dentro e fora de casa. É usada em vasos e tolera ambientes ventosos, frio, inverno rigoroso, verão quente e seco, ou seja, é super resistente e o seu grande problema é o sistema radicular super agressivo. As raízes desta árvore entopem canos, arrebentam os vasos (mesmo os de cimento), rompem calçadas e as raízes vão causando o maior estrago por onde se alastram. Também é provida de raízes aéreas. Esta espécie de Ficus benjamina, exótica, quando pequena até se pode cultivar em vasos, mas conforme crescem vão ficando enormes e não se deve replantar em qualquer lugar em função das raízes poderosas e do tamanho adulto da árvore. Se for plantar no solo, plante em locais grandes, sem calçadas, sem redes elétricas aéreas, nem tubulações de qualquer espécie. No final do post mostro para vocês os estragos que uma árvore destas causou numa floreira de um apartamento, entupindo toda tubulação. É impressionante!
Foto: Common wikimedia – Ficus benjamina em vaso.
Foto: PIXABAY – Ficus benjamina variegata pequeno em vaso no interior de casa.
Ficus benjamina variegata
Ficus benjamina verde
Foto: Pixabay Ficus-benjamina plantado na terra – observe que está pequeno e podado.
O Ficus benjaminha da foto abaixo foi plantado na floreira da sacada de um apartamento. Olha as raízes que ocuparam a parte interna da tubulação, obstruindo o cano do pluvial e causando o alagamento da sacada. Foi preciso quebrar o cano para remover do seu interior as raízes do Ficus benjamina. Olha o formato das raízes: ficaram como o cano onde estavam alojadas.
Foto: Helena Schanzer – raízes do Ficus benjamina no formato da tubulação de água que o Ficus invadiu.
Foto: Helena Schanzer – raízes do Ficus benjamina como ficaram depois de retiradas de dentro do cano
Foto: Helena Schanzer – Olha a floreira onde foi plantado o Ficus benjamina
Foto: Helena Schanzer – cano que teve que ser quebrado para retirar as raízes da árvore Ficus benajmina que estava obstruindo
Foto: Helena Schanzer – raízes da árvore Ficus benjamina no formato da tubulação de água que o Ficus invadiu.
*Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil/Harry Lorenzi. Nova Odessa, SP. Editora Plantarum, 1992. Brasil.
*Árvores do sul:guia de identificação & interesse ecológico. Paulo Backes & Bruno Irgang. Clube da árvore. Instituto Souza Cruz. 2002.
***Árvores exóticas no Brasil, Harry Lorenzi et alli. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, 2003. Brasil.
Algumas pessoas conversam com suas plantas. Em Melbourne, na Austrália, muitas enviam e-mails a árvores. E isso só é possível porque todas as árvores da cidade foram mapeadas e ganharam um número de registro único.
"Querido Olmo Dourado ", escreveu um missivista neste mês, "finalmente te encontrei! Vejo você todo dia no caminho da universidade, mas não tinha ideia do tipo de árvore que era. Você é a árvore mais bela da cidade e eu te amo."
Cerca de 3 mil e-mails foram enviados a árvores específicas nos últimos dois anos. Isso não começou como um exercício sentimental, mas em um esforço da Prefeitura de Melbourne para gerenciar uma floresta urbana em declínio - por causa da seca, 40% das árvores da "cidade jardim" da Austrália estavam morrendo - ou quase - em 2009.
"Muitas dessas árvores estavam em mau estado, e nós estávamos perto de perder até 50% da nossa população de árvores. Isso teria mudado significativamente a paisagem da cidade, sua performance ambiental e a maneira como as pessoas se sentiriam sobre ela", afirma o vereador Arron Wood, responsável pela área ambiental.
"O que fizemos foi mapear todas as árvores na cidade...Ao fazer isso tivemos que atribuir um registro a cada árvore específica, e foi uma consequência natural permitir que nossos moradores interagissem em uma plataforma digital. E eles poderiam enviar mensagens se uma árvore tivesse com partes caindo ou em mau estado, para que pudéssemos localizá-la de forma rápida e intervir."
Daí algo extraordinário aconteceu. Em vez de identificar árvores em risco e enviar e-mail à prefeitura, as pessoas em Melbourne começaram a mandar mensagens pessoais para as árvores.
"Quando estava deixando a faculdade St. Mary hoje fui impactado - não por um galho, mas por sua beleza radiante. Você deve receber mensagens como essa toda hora. Você é uma árvore tão atraente", é o texto de uma declaração de amor - algo bem comum, de acordo com Wood.
"As pessoas literalmente estão conversando com as árvores como se fossem gente, dizendo o quanto a amam, agradecendo pela proteção contra o sol, pedindo desculpas pelo xixi do cachorro durante a manhã", diz Wood.
"Há algumas mensagens muito engraçadas, mas também e-mails tocantes."
Houve casos de e-mails de australianos que vivem na Alemanha e nos EUA, contando às árvores sobre a falta que sentem delas.
E novos e-mails poderão vir por aí. A prefeitura acredita que plantar mais árvores poderá reduzir as escaldantes temperaturas da cidade no verão em até 4 graus centígrados.
Plantar 3 mil novas árvores por ano também deverá ajudar a cidade a respirar melhor. Árvores específicas já receberam e-mails de agradecimento pela absorção de dióxido de carbono da atmosfera.
O e-mail que eu mais gostei foi enviado à árvore número 1022165, no final de maio deste ano:
"Querida Olmo de Folhas Verdes, espero que goste de morar em St. Mary. Em geral eu também gosto. Tenho provas chegando e deverei estar ocupado estudando. Você não tem provas porque é uma árvore. Não tenho muito mais o que dizer porque não temos tanta coisa em comum, já que você é uma árvore. Mas estou feliz por estarmos juntos nessa."
Em 1975, o britânico Don Estelle cantou "grama sussurrante não conte às árvores, porque as árvores não precisam saber". Bem, talvez elas precisem. Veja abaixo uma seleção de algumas das mensagens do "Correio arbóreo":
'Murta Chorona', árvore 1494392
5 Julho 2015
Olá Murta Chorona,
estou sentado perto de você e notei no mapa de árvores que você não tem muitos amigos por perto. Acho isso triste, então saiba que estou pensando em você. Também queria agradecê-la pelo oxigênio para respirarmos no corre-corre da cidade.
Atenciosamente, N.
'Gum', árvore 1032002
11 Julho 2015
Caro Gum,
desculpe-me se essa não for sua forma de contato preferida. Queria muito dizer como sinto falta de sua família. Estou vivendo no Texas há dois anos e meio, e sinto muita saudade do cheiro da sua fragrância enquanto o sol da manhã te aquecia.
Sinto falta do som de suas folhas ao vento. Do seu forte tronco branco, erguendo-se da terra de forma majestosa rumo às nuvens. Sinto falta da sombra acolhedora que você gentilmente oferece.
O som de passarinhos buscando abrigo em sua folhagem não acolhe meus ouvidos. O verde prateado de suas folhas longas e pequenas não aparece no meu cenário atual.
Sinto sua falta, Gum. Sinto falta de tudo o que representa para mim. Continue firme e forte, e saiba que meu coração te alcança através dos mares.
Com muito carinho, A.
'Olmo Dourado', árvore 1040779
11 Julho 2015
Queridíssima árvore Olmo Dourado, finalmente te achei! Vejo você todo dia no caminho para a universidade, mas não tinha ideia do tipo de árvore que era.
Você é a árvore mais bela da cidade e eu te amo ^_^ Sempre fico muito feliz ao vê-la ali na sua.
Tenho que dizer que você tem o dossel (parte superior da árvore) mais lindo de todos e que adoro o contraste entre suas folhas verdes e claras e a escuridão de seu tronco. Nós deveríamos ter mais árvores como você em nossa cidade.
Fique bem.
Abraços! A.
'Olmo Variegata', árvore 1033102
13 Julho 2015
Querido Olmo, fiquei muito feliz em saber que está vivo e crescendo, porque muitos da sua família que costumavam viver no Reino Unido pegaram uma infecção terrível e morreram.
Seja muito cuidadosa, e se notar algum inseto diferente escreva um e-mail para um técnico o quanto antes.
Sinto falta de sua silhueta característica e dos seus galhos lindamente desenhados - que foram uma das glórias da paisagem inglesa - mais do que imaginava. Melbourne deve ser uma cidade linda.
Meus sinceros votos de felicidade, D.
'Brush Box', árvore 1039919
14 Julho 2015
Olá, querida árvore. Li sobre esse projeto maravilhoso e decidi escrever do outro lado da Terra - da Rússia. Espero que seja bem cuidada e não fique doente. Espero que um dia possamos nos encontrar.