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terça-feira, 10 de novembro de 2020

PLANTAS MELHORADORAS OU RECUPERADORAS DO SOLO 1 - EMBRAPA


Boa semana! Você quer recuperar seu solo do pomar , da horta ou do jardim?? Utilize estas plantas, a natureza agradece. Sou fã do amendoim forrageiro, ele suporta geadas fortes ( veja nas fotos abaixo).
Depois eu publico as outras plantas, deste folder da EMBRAPA.

alexandre


Eng. Agrônomo

Plantas melhoradoras são aquelas que proporcionam melhorias nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. As leguminosas destacam-se entre as espécies vegetais que podem ser utilizadas como plantas melhoradoras do solo, pela sua característica em obter a quase totalidade do nitrogênio que necessitam, por meio da simbiose com bactérias específicas, as quais, ao se associarem com as leguminosas, utilizam o nitrogênio atmosférico transformando-o em compostos nitrogenados; além disso, apresentam raízes geralmente bem ramificadas e profundas, que atuam estabilizando a estrutura do solo e reciclando nutrientes.
Trabalhos de pesquisa com fruteiras (banana, citros, mamão e maracujá) têm mostrado efeitos benéficos da utilização de leguminosas nas entrelinhas, como plantas melhoradoras do solo.
Entre as leguminosas estão o feijão-de-porco, o guandu, a crotalária, o caupi, o kudzu tropical, a mucuna preta e o amendoim forrageiro.

7. Amendoim forrageiro (Arachis pintoi Krap. & Greg.)

É uma leguminosa nativa do Brasil, perene, de crescimento rasteiro, de clima tropical e subtropical, recuperando-se depois de geadas fortes e suportando secas moderadas. Apresenta altura média de 0,20 a 0,40 m e raiz pivotante. Adapta-se em solos argilosos e arenosos, porém produz maior massa vegetal nos solos mais férteis.

Essa leguminosa, que apresenta boa tolerância ao sombreamento e ao pisoteio, é indicada para cobertura permanente do solo em culturas perenes, como fruteiras, objetivando controlar erosões, competir com plantas invasoras e fixar nitrogênio atmosférico (60 a 150 kg de N/ha/ano). É também utilizada como forragem, tanto pelo alto teor de proteína (150 a 220 g/kg), quanto por ser tolerante ao pastejo.

O plantio pode ser feito a lanço, em linhas ou em covas, manual ou mecanicamente. Aprofundidade de semeadura deve ser de 0,02 a 0,05 m, e a densidade da semeadura vai depender da qualidade das sementes, podendo ser em covas espaçadas de 0,50 em 0,50 m. Como a sua semente, e também a da maioria das leguminosas, apresenta uma cobertura impermeável à penetração de água, impedindo a germinação, além de ser de difícil obtenção, recomenda se a propagação por mudas (40.000 mudas/ha).

6. Mucuna preta (Stizolobium aterrimum Piper & Tracy)

 
É a espécie de mucuna mais conhecida no Brasil, tem ciclo anual, é robusta, de c rescimento indeterminado, com hábito rasteiro e emite ramos trepadores. É uma leguminosa rústica, de clima tropical e subtropical , resistente a temperaturas elevadas, à seca, ao sombreamento e ligeiramente resistente ao encharcamento temporário do solo. Adapta-se a solos ácidos e com baixos teores de nutrientes.

Produz 40 a 50 t de massa verde/ha, é bastante utilizada como adubo verde, fixando de 170 a 210 kg de N/ha, além de atuar na diminuição da multiplicação de populações de nematóides. Quando intercalada com culturas perenes, a mucuna deve ter seus ramos manejados, para que não subam nas plantas, prejudicando o
desenvolvimento destas. Além disso, pode ser utilizada como forragem ou grãos triturados, como suplemento protéico na alimentação animal.

A semeadura pode ser realizada em linhas, no espaçamento de 0,50 m, com quatro a oito sementes por metro linear (60 a 80 kg de sementes/ha). No plantio em covas, espaçá-las em 0,40 m, colocandose duas a três sementes por cova. Caso o plantio seja a lanço, utilizamse em torno de 10 sementes/m2 com uma densidade 20% superior.Recomenda-se a escarificação das sementes com areia, para quebrar a dormência.

1. Feijão-de-porco [Canavalia ensiformis (L) DC]

É uma leguminosa rústica, anual ou bianual, de clima tropical e subtropical, não suportando geadas fortes. Apresenta crescimento inicial relativamente rápido, sendo resistente a altas temperaturas e à seca e tolerante ao sombreamento parcial. Adapta-se tanto aos solos argilosos quanto aos arenosos.
É eficiente na cobertura do solo, apresentando efeito supressor e/ou alelopático em plantas invasoras, principalmente no difícil controle da tiririca (Cyperus rotundus). Produz de 20 a 40 t de massa verde/ha e fixa de 80 a 160 kg de N/ha, dependendo da idade da planta, tipo de solo, clima, época e densidade de semeadura. Os grãos ou vagens podem ser consumidos cozidos ou em conserva pelo homem, apresentando sabor agradável e grande valor nutritivo. É suscetível ao ataque de nematóides.

A semeadura pode ser feita em linhas, no espaçamento de 0,50 m, com 5 a 6 sementes por metro linear (cerca de 130 a 160 kg de sementes/ha). No caso do plantio em covas, recomendam-se duas sementes por cova, distanciadas em 0,40 m. Se o plantio for a lanço (8 sementes/m2), gasta-se em torno de 20% a mais de sementes.

2. Guandu [Cajanus cajan (L) Millsp.]

É uma leguminosa arbustiva, anual ou semi-perene, com vida de até três anos, quando podada anualmente. É uma planta resistente à seca, sendo suficientes 500 mm anuais de chuva para seu desenvolvimento. É pouco exigente em nutrientes, desenvolvendo-se bem tanto em solos arenosos quanto nos argilosos; contudo, não tolera excesso de umidade nas raízes.

Apresenta alta produção de massa verde (20 a 30 t/ha) e seu sistema radicular pivotante tem grande capacidade de reciclar nutrientes e penetrar em solos compactados e adensados. Como adubo verde, deve ser podado no pré-florescimento (140 a 180 dias), fixando de 90 a 170 kg de N/ha. Além disso, essa leguminosa fornece forragem com mais de 200 g de proteína por quilo e os grãos podem ser utilizados tanto na alimentação humana quanto animal.

A semeadura pode ser feita em linhas, no espaçamento de 0,50 m, com 16 a 25 sementes por metro linear (50 kg de sementes/ha). No caso de plantio em covas, recomenda-se duas a três sementes por cova, distanciadas em 0,20 m. No plantio a lanço, recomendam-se 40 sementes/m2, com densidade de 60 kg/ha.


Referências bibliográficas

CALEGARI, A. Leguminosas para adubação verde de verão no Paraná. Londrina: IAPAR, 1995. 118p. (IAPAR. Circular, 80).

MONEGAT, C. Plantas de cobertura do solo: características e manejo em pequenas propriedades. Chapecó: ACARESC, 1991. 337p.

PIRAÍ SEMENTES (Piracicaba, SP). Adubação verde. Piracicaba: Dezembro/2004

Ana Lúcia Borges
 Luciano da Silva Souza
 José Eduardo Borges de Carvalho










Tiragem: 1000 exemplares

terça-feira, 21 de julho de 2020

EMBRAPA - Publicação destaca vantagens no uso de coberturas vivas no plantio de tomate

Fonte: EMBRAPA

 
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O segmento de produção de hortaliças sob cultivo orgânico, que vem sendo contemplado em várias linhas de publicações disponibilizadas ao longo dos anos pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), ganhou mais um reforço, dessa vez com o Boletim de Pesquisa & Desenvolvimento 201 intitulado “Plantio direto de tomate sobre coberturas vivas em sistemas orgânico de produção”.

O boletim retrata os caminhos percorridos, desde a proposta do trabalho de pesquisa, passando pelos experimentos e chegando aos resultados alcançados e que possibilitaram a validação da solução tecnológica que associa coberturas vivas ao plantio direto de hortaliças - no caso desse estudo, o tomate.

“Esse trabalho foi conduzido durante muitos anos para atender um princípio fundamental dos sistemas agroecológicos de produção que implicam no revolvimento mínimo de solo. E o sistema de coberturas vivas permite a produção de hortaliças tanto em campo aberto quanto em estufa, por pelo menos cinco anos sem preparo de solo - para a produção de hortaliças, que são espécies de uso intensivo e que exigem muito revolvimento da terra, a aplicação da técnica tem-se mostrado relevante”, explica o pesquisador Francisco Vilela, que compartilhou os trabalhos com as pesquisadoras Mariane Vidal e Ronessa Bartolomeu.

O pesquisador chama a atenção para o uso correto da cobertura viva que, pelo fato de ser perene, não pode ser utilizada em hortaliças onde é obrigatório o uso de canteiros nos quais a parte comercial é subterrânea, como cenoura, beterraba, batata, alho, por exemplo. E aponta algumas das vantagens do uso dessa solução tecnológica.

“A cobertura viva, além de contribuir para a preservação da estrutura física, fertilidade e a vida do solo, princípio fundamental da agroecologia, também favorece a economia na irrigação e adubação, e ainda ajuda no controle do mato”, elenca Vilela. “E o amendoim forrageiro, além dessas vantagens, é uma leguminosa fixadora de nitrogênio, o que representa a produção de nutrientes para a cultura”, acrescenta.

Especificamente, os efeitos do uso da cobertura com o amendoim forrageiro no cultivo do tomate foram, segundo o pesquisador, bastante relevantes. “Para o tomate, a cobertura viva aumentou o número de colheitas e, portanto, a produtividade que, em alguns casos, chegou a 30%, devido ao efeito fitossanitário da cobertura ao isolar a planta do tomate do solo, criando com isso um microclima menos favorável para a transmissão de doenças, o que trouxe reflexos na longevidade das plantas, que permaneceram vivas por mais tempo que no solo descoberto”.

Público-alvo

O boletim “Plantio direto de tomate sobre coberturas vivas em sistema orgânico de produção” tem como público-alvo os agricultores orgânicos e de base ecológica, mas não se limita a apenas esse segmento. Na avaliação do pesquisador, “a tecnologia apresenta um grande potencial para ser introduzida em sistemas comerciais, sejam orgânicos ou não, de produção de tomate”. A publicação está disponível no endereço https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1121614.

 

Anelise Macedo (MTB 2.749/DF)
Embrapa Hortaliças

Contatos para a imprensa

Telefone: (61) 3385-9109

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Cobertura do solo e acumulação de nutrientes pelo amendoim forrageiro

Adriano Perin(2), José Guilherme Marinho Guerra(3) e Marcelo Grandi Teixeira(3)



Resumo – O objetivo deste trabalho foi determinar as taxas de cobertura do solo, produção de biomassa
e acumulação total de N, P e K da parte aérea da leguminosa herbácea perene amendoim forrageiro
(Arachis pintoi Krapov. & W.C. Greg.), em diferentes densidades e espaçamentos de plantio.
O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso, em arranjo fatorial 2x4, com quatro repetições. Os tratamentos constaram de espaçamentos entre sulcos de plantio (25 e 50 cm), e de densidades de plantas (2, 4, 8 e 16 plantas/m linear). A cobertura total do solo ocorreu aos 224 dias após o plantio. Foram constatadas diferenças de densidades de plantio na taxa de cobertura do solo, produção de biomassa e acúmulo de nutrientes na parte aérea do amendoim forrageiro. Todavia, não foram observadas diferenças quando se variou o espaçamento entre sulcos. Entre as alternativas testadas, a densidade de 8 plantas/m linear no espaçamento de 50 cm entre sulcos de plantio foi a combinação mais adequada para a plena formação da cobertura viva com amendoim forrageiro.

Soil coverage and nutrient accumulation by pinto peanut
Abstract – The objective of this work was to determine the rate of soil coverage, biomass yield and total accumulation of N, P and K in the aerial biomass of the legume Arachis pintoi Krapov. & W.C. Greg.
The experimental design was a randomized block with four replicates arranged in a 2x4 factorial with two levels of row spacing (25 and 50 cm between rows) and four different planting densities (2, 4, 8 and 16 plants/m). Complete soil coverage was achieved 224 days after planting. Planting density affected the rate of soil coverage and the rate of dry matter and nutrient accumulation by the shoot tissue
of the legume, but these parameters were not significantly affected by row spacing. The results suggest that the optimum planting density was 8 plants/m in rows spaced 50 cm apart.
Index terms: Arachis pintoi, plant population, spacing, aerial parts, dry matter contents.

(1)Aceito para publicação em 25 de março de 2003.
(2)Universidade Federal de Viçosa, Dep. de Fitotecnia, Avenida
P. H. Rolfs, s/n, CEP 36571-000 Viçosa, MG. E-mail: aperin@vicosa.ufv.br
(3)Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia, Caixa Postal 74505, CEP 23890-000 Seropédica, RJ. E-mail: gmguerra@cnpab.embrapa.br, grandi@cnpab.embrapa.br

Introdução
Práticas de manejo e conservação, como o emprego de plantas de cobertura, são relevantes para a manutenção ou melhoria das características químicas, físicas e biológicas dos solos. A adubação verde utiliza espécies de diferentes famílias botânicas, nativas ou introduzidas, que cobrem o terreno em períodos de tempo ou durante todo ano.


As leguminosas se destacam por formarem associações simbióticas com bactérias fixadoras de N2, o que resulta no aporte de quantidades expressivas desse nutriente no sistema solo-planta.

Ações de pesquisa têm visado principalmente a geração de base técnico-científica para o emprego de leguminosas anuais. No entanto, há espécies herbáceas de ciclo perene, de uso forrageiro, com grande potencial de utilização como cobertura viva permanente de solo, notadamente em pomares.

A cobertura viva protege o solo dos agentes climáticos, mantém ou aumenta o teor de matéria orgânica do solo, mobiliza e recicla nutrientes e favorece a atividade biológica do solo (Guerra & Teixeira, 1997; Perin, 2001; Duda et al., 2003). Contudo, a identificação e adequação desse grupo de leguminosas nos
sistemas de produção é ainda um desafio. Além disso, as leguminosas perenes competem com espécies de ocorrência espontânea e interferem no ciclo reprodutivo das mesmas, o que reduz a Pesq. agropec. bras., Brasília, v. 38, n. 7, p. 791-796, jul. 2003 792 A. Perin et al. mão-de-obra empregada no controle da vegetação espontânea (Lanini et al., 1989; Wiles et al., 1989; Sarrantonio, 1992). No cultivo de hortaliças, Kleinhenz et al. (1997) constataram que o uso das espécies centrosema (Centrosema pubescens), siratro (Macroptilium atropurpureum) e desmódio (Desmodium intortum) promoveram o controle das
espécies espontâneas, não prejudicaram o desempenho das hortaliças e forneceram N para as culturas.

Um aspecto importante na implantação da cobertura viva são as taxas de crescimento das leguminosas perenes, inicialmente lentas, quando comparadas com leguminosas anuais (Perin et al., 2000). Desta forma, cuidados que assegurem a supressão da vegetação espontânea, até que as plantas se estabeleçam, são necessários (Perin, 2001).
Trabalhos relacionando arranjos populacionais e desempenho de leguminosas anuais evidenciaram a importância da densidade de plantio para a produção de grãos de soja (Glycine max) (Pires et al., 2000), feijão (Phaseolus vulgaris) (Horn et  l., 2000), e de matéria seca de parte aérea de diversos adubos verdes (Fernandes et al., 1999; Amabile et al., 2000). Observa-se, porém carência de informações relativas às leguminosas herbáceas perenes.

O objetivo deste trabalho foi determinar as taxas de cobertura do solo, produção de biomassa e acumulação total de N, P e K da parte aérea da leguminosa herbácea perene amendoim forrageiro, em diferentes densidades e espaçamentos de plantio.
Material e Métodos
O experimento foi realizado na Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia, Seropédica, RJ, num Argissolo Vermelho-Amarelo. Os resultados da análise química (0-20 cm) de amostras de terra no início do experimento apresentaram os seguintes valores: pH em H2O (1:2,5), 4,1; Al3+ , 0,4 cmolc /dm3 ; Ca2+, 2,1 cmolc /dm3 Mg2+, 0,9 cmolc /dm3 ; K+ , 34 mg/kg e P, 6 mg/kg de solo.

Apesar dos baixos valores de pH e dos nutrientes avaliados, não se aplicou calcário e fertilizantes no solo porque o amendoim forrageiro é considerado uma espécie rústica.

O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com arranjo fatorial 2x4, com quatro repetições. Os tratamentos constaram de dois espaçamentos entre sulcos de plantio (25 cm e 50 cm) e de quatro densidades de
plantas (2, 4, 8 e 16 plantas/m linear), perfazendo oito arranjos populacionais (40.000 a 640.000 plantas/ha ou 4 a 64 plantas/m2).
As parcelas constaram de uma área de 4 m2  (2x2 m). As mudas da leguminosa de ciclo perene e hábito de crescimento rasteiro do amendoim forrageiro (Arachis pintoi acesso BR-14951 seção estolonífera) foram preparadas vegetativamente tomando-se por base estacas em bandejas de poliestireno expandido com 200 células que permaneceram no viveiro por 70 dias. Em março/98 (final do período chuvoso), foram transferidas para a área experimental. Estirpes de bactérias do gênero Rhizobium, recomendadas pela Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia, foram inoculadas nas estacas, usando-se a água como veículo. Capinas manuais foram realizadas aos 20 e 42 dias após o plantio (DAP).

As avaliações constaram da taxa de cobertura do solo (%), determinada com auxílio do software SIARCS 3.0 (Sistema Integrado para Análise de Raízes e Cobertura do Solo), desenvolvido pela Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária.

O acompanhamento do crescimento das plantas, até a cobertura total do solo, foi feito por meio de imagens fotográficas aos 8, 21, 34, 49, 64, 83, 104, 125, 149, 178 e 224 DAP. A câmara fotográfica era suspensa por um tripé, de modo que as fotografias fossem tomadas perpendicularmente ao solo, a uma altura de 1,60 m da superfície do terreno. Cada fotografia abrangia uma área de 1 m2 , e foi tomada entre 7h30 e 9h, a fim  e atenuar efeitos adversos de sombra.
Quantificou-se a produção de biomassa de parte aérea, tomando-se por base amostras secadas em estufa de ventilação forçada, a 65ºC. O conteúdo de N foi determinado após digestão sulfúrica e destilação em Kjeldahl (Bremner & Mulvaney, 1982); os conteúdos de P e K foram determinados na parte aérea das plantas, após digestão nítrico-perclórica (Bataglia et al., 1983). O P foi determinado em espectrofotômetro baseando-se na formação da cor azul do complexo fosfato-molibdato em meio sulfúrico, na presença de ácido ascórbico como redutor, e o K em espectrofotômetro de absorção atômica, por ocasião do primeiro, segundo, terceiro e quarto cortes rente ao solo, realizados, respectivamente, aos 8, 12 , 22 e 24 meses após o plantio (MAP).

As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas (SAEG), versão 5.0 (Euclydes, 1983), e constou da análise de variância, seguida da escolha do modelo que melhor representasse o ajuste das curvas e aplicação do teste F nos coeficientes da equação para detectar significância a 5% e Pesq. agropec. bras., Brasília, v. 38, n. 7, p. 791-796, jul. 2003 Cobertura do solo e acumulação de nutrientes 793 a 1% de probabilidade. Quanto à taxa de cobertura do solo, as curvas foram ajustadas de acordo com a função logística TC = A/(1 + B-K ´ DAP), em que TC é a taxa de cobertura do solo (em %); A é o limite superior da taxa de cobertura do solo; B está relacionado com o tamanho inicial do sistema; K é a taxa de incremento inerente do sistema.

 Em relação à produção de matéria seca da parte aérea e acumulação total de N, P e K, os modelos testados foram lineares, quadráticos e cúbicos. A escolha do modelo que representasse a distribuição dos dados foi baseada no comportamento biológico, significância (p£0,05) e no coeficiente de determinação (R2).


Resultados e Discussão

A interpretação da análise de variância revelou efeito significativo (p£0,05) da densidade de plantio sobre a taxa de cobertura do solo, produção de matéria seca e acumulação de N, P e K na parte aérea do amendoim forrageiro. Entretanto, não foram detectados efeitos do espaçamento, nem interação entre espaçamento e densidade. Assim, as equações ajustadas aos dados foram baseadas no maior espaçamento testado (50 cm), porque neste espaçamento utiliza-se um número menor de mudas, amenizando os custos de implantação da cobertura com esta leguminosa.

 O amendoim forrageiro cobriu plenamente o solo aos 224 DAP independentemente das densidades testadas (Figura 1). Vallejos (1993) observou que o estabelecimento do amendoim forrageiro em consórcio com café alcançou 80% de cobertura do solo aos 210 DAP. Perin (2001) constatou que esta leguminosa cultivada em condições edáficas semelhantes, porém, semeada no período das águas (dezembro), proporcionou plena cobertura do solo aos 110 DAP. As condições climáticas, em especial a precipitação pluvial durante o verão, foram determinantes na velocidade de cobertura do solo.

As maiores diferenças entre as densidades de plantio ocorreram na fase inicial de estabelecimento da cobertura viva. Densidades de 8 e 16 plantas/m linear proporcionaram 50% de cobertura de terreno, respectivamente, aos 84 e 68 DAP, enquanto nos tratamentos com 2 e 4 plantas/m linear, esse mesmo valor foi alcançado, respectivamente, aos 125 e 103 DAP (Figura 1). Alvarenga et al. (1995) destacam que uma cobertura uniforme de 20% do terreno é capaz de reduzir as perdas de terra em aproximadamente 50%, quando comparado com solo descoberto.

A cobertura mais rápida nas densidades de 8 e 16 plantas/m linear reduziu a população de ervas espontâneas e, em conseqüência, diminuiu a mão-de-obra para seu controle. Segundo Lanini et al.(1989) e Wiles et al. (1989), a menor ocorrência de plantas espontâneas deorrente do emprego da cobertura viva com leguminosas herbáceas perenes minimiza a competição das ervas no cultivo de hortaliças. Bradshaw & Siman (1992) e Vallejos (1993) relacionaram custo/ benefício e eficiência no controle da vegetação espontânea e constataram que o amendoim forrageiro apresentou excelente competitividade com as ervas, resultando em menores custos no controle de invasoras, quando comparado com capinas manuais e químicas.

Por outro lado, se o amendoim compete com as plantas espontâneas, poderá competir também com as culturas de interesse, especialmente quando empregado como cobertura viva em pomares. Perin et al. (2002a) mostraram que a cobertura com esta leguminosa, quando comparada com as coberturas de cudzu tropical e siratro, reduziu o crescimento e a produtividade no segundo ciclo de bananeiras.

Embora o amendoim forrageiro proporcione aporte expressivo de N no pomar de bananeiras (Espindola, 2001), Perin et al. (2002b) observaram que a cobertura viva com esta leguminosa acarretou redução dos níveis de umidade do solo maior do que o detectado com cudzu tropical e siratro. Desta forma, a cobertura com amendoim forrageiro, em condições de déficit hídrico prolongado, pode efetivamente provocar competição por água com a cultura principal.

À medida que aumenta a densidade de plantio, eleva-se linearmente a produção de matéria seca e acumulação de N, P e K na parte aérea das plantas em todos os cortes (Tabela 1). Os modelos lineares indicam que a competição entre plantas não limitou a expressão destes parâmetros, em especial por ocasião do primeiro corte, quando as plantas encontravam-se ainda na fase de estabelecimento. Entretanto, a partir do segundo corte verifica-se decréscimo dos valores do coeficiente dos modelos da regressão para a produção de matéria seca, denotando aumento da competição entre plantas (Tabela 1).

Ao longo do período experimental (dois anos), o amendoim forrageiro acumulou 20 t/ha de matéria seca e 572, 37 e 247 kg/ha, respectivamente, de N, P e potássio. Em condições experimentais semelhantes, Espindola (2001) verificou que 91% do N presente no tecido vegetal do amendoim forrageiro foi obtido pela fixação biológica de N2 (FBN) e quando esta leguminosa encontrava-se consorciada com bananeiras, a FBN alcançou 61%. Assim, pode-se estimar que o aporte de N, via FBN, varia aproximadamente de 350 a 520 kg/ha. Destaca-se, então, o alto potencial do amendoim forrageiro como cobertura viva, representando uma estratégia para a auto-suficiência em N na nutrição de fruteiras, por minimizar ou dispensar a utilização da adubação nitrogenada com fertilizantes sintéticos ou outras fontes.

A utilização de 16 plantas/m linear, quando comparada com 8 plantas, resultou em acréscimo de apenas 0,20, 1,18, 0,85 e 0,30 t/ha de matéria seca, respectivamente, no primeiro, segundo, terceiro e quarto cortes, no espaçamento de 50 cm entre sulcos de plantio (Tabela 1). Destaca-se o potencial de rebrota do amendoim forrageiro após os cortes, apresentando elevada produção de matéria seca, mesmo em curtos intervalos de tempo, como observado entre o terceiro e quarto cortes. Este aspecto é também relevante no manejo da cobertura viva, em face da possibilidade de produzir continuamente matéria orgânica de qualidade in situ.

Conclusões
1. As taxas de cobertura do solo, produção de matéria seca e acumulação de N, P e K na parte aérea de amendoim forrageiro não são afetadas pelos espaçamentos entre sulcos de plantio.
2. As densidades de plantio afetam as taxas de cobertura do solo, produção de matéria seca e acumulação de N, P e K na parte aérea de amendoim forrageiro.
3. A densidade de 8 plantas/m linear no espaçamento de 50 cm entre sulcos de plantio é a Tabela 1. 

Tabelas e bibliografia ; Fonte: https://www.scielo.br/pdf/pab/v38n7/18200.pdf

sábado, 9 de maio de 2020

Quebra-Ventos na Propriedade Agrícola, um ganho enorme!

Os solos agricultáveis possuem características químicas, físicas, morfológicas e biológicas que, relacionadas com o relevo, devem ser consideradas quando forem utilizadas, objetivando alcançar o maior nível de produtividade com conservação ambiental.
A adoção de práticas conservacionistas contribui para a utilização do solo de forma mais efi ciente e ecologicamente correta. As práticas vegetativas mais comuns, utilizadas no semiárido, são: refl orestamento, adubação verde, cobertura morta com plantio direto, rotação de culturas, manejo de pastagens, cordões de vegetação e quebra-ventos.

Os quebra-ventos, foco desta cartilha, são definidos como barreiras, constituídas de fileiras de árvores de médio e grande porte, dispostas em direção perpendicular aos ventos dominantes. (LEAL, 2009).

A necessidade dos quebra-ventos decorre do fato de o vento causar a quebra de ramos, de mudas, de frutas e sementes. Os ventos tornam os cultivos mais vulneráveis às doenças e o solo exposto à erosão eólica e ao ressecamento. Já os animais sentem o desconforto do vento excessivo.


CARACTERIZAÇÃO

1.1 Conceito

Segundo Volpe e Schoffel (2001, p. 196), o quebra-ventos é um sistema aerodinâmico, natural ou artificial, que serve como anteparo para atenuar o padrão de velocidade média e da turbulência do vento, proporcionando melhorias às condições ambientais através do controle do microclima da área protegida.
Do ponto de vista menos formal, os quebra-ventos são barreiras de árvores e arbustos para proteger solos e culturas dos efeitos danosos dos ventos.

1.2 Finalidades

A função principal do quebra-ventos é reduzir a velocidade e direcionar os ventos. No caso da agricultura, os produtores os utilizam na proteção dos seus cultivos, especialmente os plantios de fruteiras, hortaliças e grãos.
No Nordeste do Brasil, os quebra-ventos são bastante eficientes na proteção de cultivos de bananeiras, notadamente as de porte alto, como as bananeiras do tipo pacovã. Também se utiliza na proteção dos sistemas de irrigação por aspersão, evitando a maior perda de água decorrente da ação do vento melhorando a efi ciência da irrigação.

Outras funções, derivadas dos quebra-ventos arbóreos, são a proteção quanto à erosão eólica, a conservação da umidade do solo, a diminuição da evapotranspiração, a produção de madeira para lenha ou benfeitoria, a conservação da fl ora e da fauna, a produção de néctar e pólen para abelhas e, finalmente, a melhoria e embelezamento da paisagem.

Em locais onde é comum a ocorrência de ventos frios, os quebra-ventos podem ser benéfi cos, ainda, para atenuar as quedas de temperatura em casas de fazenda, estábulos, galinheiros, pocilgas, etc.

2. ESPÉCIES MAIS UTILIZADAS

Segundo Volpe e Schoffel (2001), existem muitos fatores que devem ser considerados na composição das espécies de árvores para plantio de quebra-ventos. Assim, devem ser consideradas as características do solo e do clima desse local, bem como as características da espécie quanto à altura atingida, extensão da copa, densidade, sua resistência mecânica à ação do vento, competição e compatibilidade com a cultura a ser protegida, além de problemas relacionados com pragas e doenças.


GANHOS ECONÔMICOS E AMBIENTAIS

Apesar da pouca disseminação e da falta de conhecimento sobre quebra-ventos, os ganhos econômicos, com a utilização dessa prática, são inquestionáveis. A partir dos dados apresentados , constata-se que os ganhos de produtividade giram em torno de 25%, em relação a cultivos sem esta prática vegetativa.


Quanto aos benefícios ambientais, destacam-se:

a) proteção do solo da erosão eólica e conservação da umidade;

b) conservação da fauna e uso no manejo integrado de pragas;

c) embelezamento da paisagem e conforto dos animais silvestres e pecuários; e

d) aumento na polinização das árvores silvestres e cultivadas, em função da maior incidência de insetos, sobretudo, de abelhas.



FONTE: cartilha sobre quebra ventos
Secretaria dos Recursos Hídricos - SRH - CEARÁ

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Adubação verde pode melhorar a qualidade dos solos e ainda recuperar áreas degradadas!!


A adubação verde corresponde ao uso de plantas de cobertura em sucessão, 
rotação ou em consórcio com as culturas, com o intuito de proteger a superfície, 
mantendo e melhorando as propriedades físico-hídricas, químicas e biológicas do 
solo, em todo seu perfil. Foto: Arquivo Embrapa Cerrados

A crise de abastecimento de água, pela qual ainda passam algumas regiões brasileiras, sempre foi o alvo de debates ao longo dos últimos anos, mas outro “personagem” da agricultura ganhou força em 2015, em um ano escolhido, internacionalmente, para discutir seus problemas: o solo. Diante da preocupação, especialistas têm se dedicado a propor alternativas, principalmente para recuperar áreas degradadas de pastagens. Uma delas é a adubação verde.
Pesquisadora da Embrapa Cerrados (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Arminda Moreira de Carvalho explica que o método corresponde ao uso de plantas de cobertura em sucessão, rotação ou em consórcio com outras culturas, com o intuito de proteger a superfície, mantendo e melhorando as propriedades físico-hídricas, químicas e biológicas do solo, em todo seu perfil.
“Partes das plantas usadas podem ser aplicadas para outros fins, como: produção de sementes e de fibras e na alimentação animal.”
Para aplicá-la no campo, Arminda explica que é necessário o cultivo de plantas específicas para a recuperação e/ou manutenção da matéria orgânica e, consequentemente, das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, ou seja, “buscando a melhoria da qualidade do solo e sustentabilidade dos agroecossistemas”.
A adubação verde, informa a especialista, pode ser aplicada em qualquer tipo de cultivo (lavoura). “Desde que o uso de associação de cultivos (rotação, sucessão e consórcio), que constitui a adubação verde, aumente a diversidade de espécies, a quantidade e a qualidade dos resíduos vegetais e da matéria orgânica, além da agregação do solo, minimizando os impactos ambientais negativos de agroecossistemas”, alerta.
O incremento de nitrogênio no solo, seja por meio da fixação biológica seja mediante incorporação de biomassa, principalmente no caso das leguminosas, é uma das contribuições de maior relevância da adubação verde, “proporcionando economia de fertilizantes nitrogenados”, informa a pesquisa Arminda Moreira de Carvalho, da Embrapa Cerrados. Foto: Arquivo Embrapa Cerrados


VANTAGENS
Segundo a pesquisadora da Embrapa Cerrados, os adubos verdes colaboram para a elevação da diversidade de espécies e de resíduos vegetais em sistemas agrícolas. Além disso, o incremento de nitrogênio no solo, seja por meio da fixação biológica seja mediante incorporação de biomassa, principalmente no caso das leguminosas, “é uma das contribuições de maior relevância dos adubos verdes, proporcionando economia de fertilizantes nitrogenados”.
Outra vantagem é o incremento da matéria orgânica do solo e melhoria de sua qualidade, com consequente potencial para estocar C e N no solo; recuperação e/ou a manutenção da matéria orgânica e consequentemente, das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
“A adubação verde ainda promove o controle de insetos-pragas, doenças, fitonematoides e plantas invasoras, reduzindo as aplicações dos vários pesticidas. Também serve para controlar a erosão – hídrica ou eólica, minimizando as perdas de solo e, consequentemente, de água, nutrientes e matéria orgânica.”
Arminda também destaca que o produtor poderá reduzir ou até mesmo eliminar a aplicação de pesticidas e fertilizantes. “Ou seja, a adubação verde tem impactos ambientais e socioeconômicos altamente positivos, diminuindo os riscos de poluição do solo e dos mananciais hídricos.”
Em contrapartida, informa a pesquisadora da Embrapa Cerrados, os efeitos negativos do método podem ocorrer caso não sejam respeitadas a compatibilidade de cultivos entre as culturas e espécies vegetais para adubação verde como, por exemplo, “utilizar plantas em consórcio, rotação e/ou sucessão que sejam suscetíveis aos mesmos patógenos, como pragas, doenças ou nematoides”.

INVESTIMENTO
Como a maioria das mudanças relacionadas à sustentabilidade no campo, o produtor rural terá de investir. “Seria o custo adicional, porque, apesar dos inúmeros benefícios econômico-ambientais, principalmente, com a redução da aplicação de fertilizantes nitrogenados, esta prática consiste em um sistema complexo no qual há necessidade de o agricultor dispor de aporte financeiro para realizar os investimentos iniciais com sementes, implantação e manejo das espécies vegetais cultivadas com objetivo da adubação verde”, salienta Arminda.
Para começar a utilizá-la, também é necessário passar por uma capacitação profissional: “Esta prática consiste em um sistema mais complexo no qual há necessidade de o agricultor dispor de aporte financeiro e estrutura extra para implantação e manejo das espécies vegetais cultivadas com objetivo da adubação verde”.

LIVRO COM ORIENTAÇÕES
Em julho do ano passado, a Embrapa lançou o livro “Adubação Verde e Plantas de Cobertura no Brasil: Fundamentos e Prática – Volume 1”, de autoria do pesquisador da Embrapa Solos (RJ), Luis Carlos Hernani, em parceria com outros sete pesquisadores. Na obra, são abordadas variadas espécies vegetais com propriedades que trazem melhorias para o meio ambiente. Também já foi lançado o volume dois, que dá continuidade ao mesmo assunto.
De acordo com a Embrapa, entre os temas da publicação estão a história do uso da adubação verde no Brasil, a situação atual e perspectivas futuras da técnica, os cuidados com as espécies, os exemplos de rotação de culturas, melhoramento genético e aspectos ecofisiológicos. O livro também inclui informações técnicas e práticas sobre semeadura e manejo da biomassa de adubos verdes.
Outro aspecto importante é a evolução do conceito da adubação verde e suas modalidades, o ciclo das espécies, os sistemas de cultivo e a recuperação de área degradadas. Além de aspectos nutricionais e fatores químicos, físicos e biológicos, que condicionam a fertilidade do solo e o crescimento vegetal, são tratados de forma bastante abrangente em vários capítulos. Capítulos específicos tratam da fitossanidade, incluindo pragas, doenças, fitonematoides e plantas daninhas.
Para adquirir os dois livros que tratam da adubação verde, acesse: http://vendasliv.sct.embrapa.br.
Por equipe SNA/RJ

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Mudas Amendoim forrageiro caixa c/ 15 mudas



Amendoim forrageiro caixa c/ 15 mudas planta rasteira para sol do dia todo, requer poucos cuidados porém uma adubação constante, sempre é recomendada requer regas dia rias se exposta ao sol pleno. aceita poda de correção. Tam. aprox.. 10 cm.

Fornecimento sob encomenda! agropanerai@gmail.com

sexta-feira, 29 de março de 2019

O que é o caqui chocolate?



Caqui que ganhamos dos vizinhos em Porto Alegre




Os caquis (Diospyros kaki) são divididos em três grupos: taninosos ou shibugaki, não taninos ou amagaki e variáveis.

- Os frutos dos caquis pertencentes ao grupo taninoso ou shibugaki são de coloração amarela quando maduros, podendo ou não ter sementes e sempre possuem polpa taninosa. Ex. de cultivares: 'Pomelo' e 'Taubaté'

- Os frutos dos caquis do grupo não taninoso ou amagaki, são conhecidos como caquis doces. São de coloração mais amareladas quando maduros, são firmes, podendo ou não possuir sementes e não possuem tanino. Ex. de cultivares: 'Fuyu' e 'Jirô'

- Já os caquis do grupo variáveis são os caqui que podem ser tanto de polpa amarela, possuir adstringência e não possuir sementes, como possuírem sementes e assim adquirirem a polpa escura (chocolate) e assim não possuirem adstringência. Ex. de cultivares: 'Giombo' e 'Rama Forte'.

Assim, quando as flores femininas ou hermafroditas das plantas dos cultivares pertencentes ao grupo variável são polinizadas, forma-se as sementes nos frutos. As sementes liberam substâncias conhecidas como fenóis, que insolubilizam o tanino, removendo assim a adstringência da polpa e consequentemente, causando oxidação, assim tornando a polpa escura, conhecida popularmente como "caqui chocolate".

Para remover a adstringência dos frutos em casa, basta pingar algumas gotas de vinagre no cálice do fruto (restos florais que ficam em cima do fruto), embrulhar em folhas de jornal e manter a sombra por três dias. Comercialmente, os produtores removem o tanino dos frutos com o emprego de combustão, pulverizações com solução alcóolica ou com carbureto.

terça-feira, 19 de março de 2019

Cobertura com amendoim forrageiro no pomar de pitaya

Maracajá investe em cultivo de pitaya orgânica

Técnicas de produção foram tema de "Tarde de Campo"

Uma prática de poda da planta, informações sobre fertilidade do solo e exigências nutricionais da cultura e cobertura do solo com o uso de adubos verdes, integraram o conteúdo de uma "Tarde de Campo", tendo como tema as principais técnicas e manejo para o cultivo da Pitaya orgânica. A atividade foi realizada na propriedade do agricultor Claudenir Euclides da Rocha, na comunidade do Cedro, em Maracajá, na última terça-feira,12.

Mais de 50 agricultores da região sul participaram do evento, quantificou o engenheiro agronômo da Epagri de Maracajá, Ricardo Martins, comemorando o sucesso da iniciativa. A "Tarde de Campo" foi realizada em parceria com o Grupo Frutos da Terra, grupo de certificação orgânica participativa da Rede EcoVida, com apoio das prefeituras de Maracajá e Forquilhinha.
Ricardo Martins destacou sobre a importância da cultura da Pitaya na região e entre os principais temas abordados foram preparo do solo, condução do pomar, adubação e tratos culturais. "Reforçamos a importância de se utilizar uma espécie para cobertura permanente do solo, como o amendoim forrageiro, que fornece nitrogênio ao pomar, adubar as plantas na época certa e conduzir o pomar de maneira adequada", disse o agrônomo.

O diretor do Departamento Municipal de Agricultura de Maracajá, Luiz Martinelo, o Neguinho, observou que a produção de Pitaya e, sobretudo de forma orgânica, se constitui em uma importante alternativa à agricultura familiar do município e da região. "São iniciativas como esta que têm o apoio permanente da administração do prefeito Arlindo Rocha", salientou Martinelo.
Fonte: Assessoria de Imprensa

sábado, 9 de março de 2019

Pomar de caqui com cobertura de amendoim forrageiro

Pomar de caqui com cobertura de amendoim forrageiro
Emater-Rio estimula a produção de caqui em Trajano de Moraes




 Atualizado em 04/09/2012 - 13:22h



Dia de campo sobre a cultura da fruta reúne agricultores da microbacia Alto Macabu





A Emater-Rio, empresa vinculada à secretaria estadual de Agricultura, e a Prefeitura de Trajano de Moraes promoveram, na última sexta-feira (31/8), na localidade de Gravatá, na microbacia Alto Macabu, o terceiro encontro técnico do caqui. Os trabalhos foram conduzidos pelo engenheiro agrônomo e supervisor regional da Emater-Rio na Serra, Alexandre Jacintho Teixeira, autor de uma cartilha sobre cultivo do caqui, publicada pela Emater-Rio em parceria com o Sebrae-RJ.





Na ocasião, Alexandre explicou como é feito o controle fitossanitário e a prática de poda do caquizeiro. Durante a parte teórica, ele falou sobre as duas principais doenças que podem acometer a lavoura de caqui (cercosporiose e antracnose), além de algumas pragas como a lagarta dos frutos, tripes e cochonilhas.

A segunda parte foi prática, onde os participantes acompanharam as demonstrações de poda. Segundo Alexandre, após a poda é recomendável fazer dois procedimentos de pulverização no pé de caqui, utilizando defensivos agrícolas alternativos: o primeiro, com a calda bordalesa; e o segundo, após 30 dias, com a calda sulfocálcica.



- Essa técnica protege a planta e ajuda com eficiência no controle de pragas e doenças - afirmou.

Um das propriedades visitadas foi a da produtora rural Rosimar Fonseca Ouverney, que vive há 30 anos na região com a família. Há quatro anos, ela e o marido introduziram o amendoim forrageiro na lavoura do caqui, uma das técnicas sustentáveis de adubação incentivada pelo Programa Rio Rural.

- Se a poda não for realizada, os frutos tendem a ser mais fracos e suscetíveis a doenças. Além de facilitar a colheita, esse manejo aumenta a produtividade em longo prazo, já que a planta fica mais exposta à luminosidade - explicou a agricultora.

O próximo dia de campo sobre caqui está previsto para 6 de setembro (quinta-feira), às 10h, na localidade Tirol, em Trajano de Moraes.   fonte: http://www.rj.gov.br/web/seapec/exibeconteudo?article-id=1137457

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Pastagens para gado

No Brasil cerca de 95% da carne bovina é produzida em regime de pastagens, cuja área total é de cerca de 167 milhões de hectares (EMBRAPA). Amendoim Forrageiro na propriedade. Vendo mudas.


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JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

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