sábado, 22 de setembro de 2018

Como plantar um jardim de flores

fonte https://omeujardim.com/artigos/como-plantar-jardim-flores

Jardim de flores coloridas
Quem adora jardinagem, adora um belo jardim de flores – principalmente se for o seu! Quer seja um principiante ou simplesmente pretende retomar a jardinagem depois de uma ausência desta atividade ao ar livre, saiba quais os principais passos a dar para plantar um jardim de flores irresistível

Localização e luz

Antes de plantar um jardim de flores é preciso analisar a sua localização: para principiantes, sugere-se um local plano e com muita exposição solar (no mínimo, meio dia de sol). Em termos de solo, é importante verificar o pH da terra (enquanto algumas flores requerem um solo ácido, outras preferem solo alcalino, mas existem flores que subsistem bem em ambos os tipos de solo); que tipo de nutrientes possui e qual o seu nível de humidade – conhecer as características da terra com a qual vai trabalhar vai facilitar a escolha de flores que são apropriadas para o terreno em questão. Se for a sua primeira experiência em matéria de jardinagem, comece por plantar uma pequena área (cerca de 1m20cm por 3 metros) que é fácil de manter inicialmente e que pode ser aumentada no caso de assim desejar. Certifique-se também que o seu jardim esteja próximo de um ponto de água acessível, para tornar a rega mais prática.

Flores de todas as cores

Escolher flores e plantas para um jardim obedece a vários critérios, a começar pelos dois tipos de flores existentes – anuais (aquelas cuja esperança de vida se esgota num ano) e perianuais (aquelas que sobrevivem ao Inverno e voltam a nascer na Primavera). Para além disso, plantar flores também depende do estilo de jardim que quer conseguir, quais as cores dominantes que pretende ter, qual o orçamento disponível, se quer apostar exclusivamente em flores que requerem pouca manutenção ou não se importa de arriscar com flores que requerem mais cuidados, … Uma análise a todas estas questões vai ajudá-lo a decidir quais as melhores flores para o seu jardim e permitir o sucesso do mesmo nos meses e anos vindouros.

Utensílios práticos

Trabalhar a terra e manter as flores impecáveis num jardim, requer ter as ferramentas certas para a atividade em questão. No que toca à jardinagem, os utensílios necessários para qualquer bom jardineiro passam pelas pás e tesouras, sem esquecer o sacho, forquilha e regador. Para poder garantir o sucesso do seu jardim de flores, certifique-se que tenha todos os utensílios de jardinagem necessários.

Preparação do solo

O sucesso de um jardim de flores também depende da sua preparação prévia, ou seja, para evitar ervas daninhas e outros intrusos no seu futuro jardim, o solo deve ser cuidadosamente limpo de todo o tipo de ervas, raízes e lixo. A terra deve ser bem remexida para, de seguida, incorporar-se um bom adubo no solo. Depois do adubo ser bem incorporado na terra, esta deve ser alisada por completo e regada. Para facilitar a plantação das flores, pode aproveitar o solo liso para “desenhar”, com recurso a um pau, o layout do seu jardim, ou seja, a forma como quer dispor as diferentes flores. Saiba, por exemplo, que as plantas mais altas devem ser colocadas na parte de trás do jardim, as médias ao meio e as mais pequenas ou rastejantes, na parte da frente do jardim. Delimitar o jardim com pedras ou outros objetos não torna apenas o jardim mais apelativo e bonito, como previne que a terra do seu jardim escorra sempre que chover. Para além disso, criar uma borda para o jardim também evita que este seja “atacado” por ervas daninhas que possam vir de outras zonas do terreno.

Plantar as flores

Escolhidas as flores e preparado o terreno, se optou por plantar as flores com recurso a sementes, deve seguir as instruções de plantação na embalagem das mesmas. Se optou por plantas envasadas/estacas, deve começar por fazer um buraco no solo que seja duas vezes maior que o vaso em que a flor se encontra e cerca de 6 ou 7 centímetros mais profundo do que o vaso. No fundo do buraco coloque uma camada de cerca de 6 ou 7 centímetros de compostagem ou adubo, o que ajudará a alimentar as flores nas primeiras semanas. Encha o buraco com água e espere que a terra a absorva, depois coloque a flor dentro do mesmo. Volte a encher o buraco com água e comece a cobri-lo com terra até chegar ao topo do buraco. Repita para todas as flores que plantar e, no final, regue todo o jardim e admire o seu trabalho!

Manutenção e dedicação

A limpeza e rega diária, a par com a atenção a eventuais doenças, são as principais preocupações de quem quer manter o seu jardim de flores vibrante, colorido e perfumado. Para além disso, outra boa dica para assegurar um jardim florido a longo prazo consiste em observá-lo, ou seja, tomar notas relativamente às horas de sol ou falta delas, se existiram problemas com pragas ou doenças, se as flores deviam ou não ser removidas para outro local. Se pretender alargar o jardim e incluir novos tipos de flores, também pode estudar quais as flores que melhor combinam com aquelas que já tem, tanto em termos visuais, como em termos de crescimento.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Jardim botânico de Porto Alegre, vende mudas frutíferas nativas

Venda de Mudas

Local de venda de mudas
Local de venda de mudas - Foto: Arquivo FZB
O Jardim Botânico, através de seu Setor de Viveiro, disponibiliza para comercialização, conforme relação abaixo, 100 espécies de mudas florestais nativas do RS (frutíferas e ornamentais) e medicinais, com preço de R$ 5,00 a R$ 80,00.
Estas espécies são indicadas para trabalhos de recomposição e enriquecimento ambiental e para projetos com foco no paisagismo ecológico, com utilização de representantes da flora silvestre.
As mudas produzidas pelo Jardim Botânico tem como principal caracterísitica a qualidade genética, pois a busca do material reprodutivo prioriza coletas em ambientes naturais e ecológicamente equilibrados.
Horário de atendimento do Viveiro
De terça a sábado das 08h às 16h30min.
Telefone: (051)33202028

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Cultive girassol na primavera. Sabes como??


A nobreza do girassol está presente até em seu nome científico Helianthus annus, em que Helianthussignifica “flor do sol”. Além de bela e chamativa, qualidades que a tornam uma excelente planta ornamental, essa flor é muito útil e é possível aproveitar todas as suas partes.





Descrição

Girassóis têm muitos usos, como para a produção de bio-diesel e óleo de cozinha. Mas o melhor uso de um girassol é colocá-lo para alegrar o seu jardim durante os meses mais ensolarados do ano, ou mesmo para alegrar a estufa ou uma marquise em qualquer época do ano.

São plantas anuais que produzem flores amarelas grandes ou pequenas no verão. Eles são muito populares por causa da beleza e porque são fáceis de cultivar. 

Apesar de seu principal cultivo ser comercial, podem ser usadas muito bem como planta ornamental graças às suas flores grandes e chamativas, que atraem diversos tipos de insetos benéficos para o jardim.


Época de floração do Girassol

Originário da América do Norte, o girassol se reproduz por meio de sementes e é uma planta resistente e robusta, cujas flores surgem na primavera e no verão, porém podem aparecer o ano todo, sobretudo, sob temperaturas entre 18 e 30°C.

Época de plantio do girassol

Todo o ano, mas a floração será mais rápida se as sementes forem plantadas durante a primavera e o verão. É uma atividade divertida para adultos e crianças, pois você pode plantá-las com o mínimo de tempo e preparo.



Requerimento de luz do Girassol


Sol. Os girassóis são plantas extremamente fáceis de se plantar e adaptáveis a praticamente qualquer ipo de clima contanto que recebam pelo menos 6 horas diárias de luz solar direta.
Clima

Clima para cultivo do Girassol

A temperatura mínima durante o ciclo de cultivo não deve ser inferior a 5°C, sendo melhor que não fique abaixo de 10°C. O Girassol também cresce bem com temperaturas elevadas, podendo tolerar até mesmo temperaturas próximas a 40°C. No entanto, ventos fortes e tempestades podem causar danos as plantas, diminuindo a produtividade.


Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes no início do plantio.

Dependendo da região e do tamanho da plantação, pode ser necessário colocar alguma proteção contra as aves, pois estas podem se alimentar das sementes e diminuir ou mesmo arruinar a colheita.

Do mesmo modo que para muitas outras culturas agrícolas, não é aconselhado plantar o girassol consecutivamente no mesmo local, devido a maior probabilidade de surgirem problemas com doenças quando o plantio é feito seguidamente na mesma área.


Como plantar sementes de Girassol

Na região sul ou locais com geada não é recomendável o plantio no inverno. No restante do país podem ser plantadas em qualquer época do ano, porém a floração é muito mais rápida na primavera e verão.

Os girassóis não requerem nenhum cuidado especial no plantio e as sementes podem ser enterradas diretamente no local definitivo. Enterre apenas uma semente por cova respeitando o espaço de pelo menos 30 cm entre elas. Mantenha o solo úmido até o aparecimento das primeiras folhas e depois disso molhe apenas quando o solo estiver seco ao toque.


Proteja as plantas das pragas

Pássaros, esquilos e caracóis adoram sementes de girassol e podem cavá-las mesmo antes dos brotos emergirem. Cubra o chão com uma rede, para dificultar isso sem bloquear os brotos. Coloque iscas ou repelentes para caracóis em um círculo, para formar uma barreira em torno da área plantada. 

Caso houver cervos na sua região, cerque as plantas com tela de galinheiro assim que começarem a surgir as folhas, ou proteja o jardim com uma cerca com pelo menos dois metros de altura.




Armazenamento de sementes

Outra forma de aproveitar o girassol é preservar suas sementes, que podem ser utilizadas em pratos culinários, como saladas e torradas, e para a alimentação de pássaros. 


A conservação é simples. É preciso deixar as flores secarem até que sua parte de trás fique amarelada e as sementes comecem a escurecer. 

Depois, corte as cabeças e pendure-as viradas para baixo num local seco e quente. As sementes começarão a cair. Desse modo, coloque embaixo dos girassóis um balde ou um saco para colhê-las. 

Após algumas semanas, pegue as sementes e deixe-as secando por um ou dois dias. Finalmente, guarde-as em um recipiente bem fechado e num local fresco e escuro.


Flores cortadas

Para quem prefere cortar os girassóis e usá-los na decoração, existem técnicas simples que os conservam por mais tempo. 


Depois de colher as flores, misture num recipiente um pouco de conservante floral e água morna. 

Após isso, corte os pedúnculos na altura que desejar e tire todas as folhas. Em seguida, organize os girassóis na água, que deve ser trocada quando estiver turva.


Irrigação do Girassol

Irrigue com a frequência necessária para que o solo seja mantido úmido, mas sem que permaneça encharcado. Contudo, plantas bem desenvolvidas podem suportar breves períodos de seca.

Adubação do Girassol

Fertilize com moderação ou nem sequer faça isso. Se estiver cultivando girassóis por diversão, a fertilização não é recomendada, pois eles crescem bem sem isso e podem sofrer se forem fertilizados em excesso. 

Se estiver tentando cultivar girassóis bem altos, ou estiver cultivando-os para colheita, dilua o fertilizante em água e despeje-o em um “fosso” em torno da planta, bem afastado da base.

Fertilizantes balanceados ou ricos em nitrogênio são provavelmente as melhores opções.

Outra opção é uma aplicação única de um fertilizante de liberação lenta misturado no solo.

Pode do Girassol (opcional). 

Assim que os girassóis tiverem cerca de 7,5 cm de altura, tire os menores e mais fracos, até o restante ficar pelo menos 30 cm afastado. Isso dará aos girassóis maiores e mais saudáveis mais espaço e nutrientes, resultando em caules mais altos e flores maiores.




FONTES: http://pt.wikihow.com/ - http://blog.giulianaflores.com.br/ - http://hortas.info/ - WWW.EMPORIODASSEMENTES.COM.BR

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A guabiroba quase desapareceu na cidade de São Paulo

Fruta nativa do Cerrado, a guabiroba quase desapareceu na cidade de São Paulo

by Ricardo Cardim
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Tempo de guabiroba era a alegria de muitos paulistanos no passado. Os campos cerrados, nativos na cidade, ficavam com arbustos repletos dessa pequena goiabinha amarela de casca lisa, muito doce e não enjoativa, e bem diferente de seus primos goiaba e araçá.
Com o crescimento da metrópole nos últimos 50 anos, os campos cerrados praticamente desapareceram, e com eles, os pés de guabiroba (Campomanesia pubescens), já que é fruta "do mato" e não cultivada. Assim, sobreviveu na memória da infância dos mais velhos.
Com a moda crescente de plantas estrangeiras nos jardins e paisagismo, hoje é uma super raridade. Em São Paulo, você pode experimentar itens como trufas negras ou caviar beluga,  mas guabiroba não, por mais dinheiro que tenha.
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Onde sobrou os arbustos de guabiroba em São Paulo? Julgo que menos de 20 exemplares na malha urbana, espalhados nos trechos de cerrado do Campus da USP no Butantã (vários foram destruídos nesse ano pela absurda obra do Centro de Convenções), no Parque do Carmo e em um grande terreno baldio no bairro do Morumbi, perto do Clube Paineiras.
Coletamos uma pequena parte desses frutos (70% ficou para a fauna manter a espécie) e plantamos em nosso viveiro. Se der certo, a ideia é levá-la de volta para alguns parques da metrópole e reapresentá-la aos paulistanos.
Um pé de guabiroba muito antigo, sobrevivente da época em que toda a região do Butantã e Morumbi eram campos cerrados nativo nos campos cerrados paulistanos
Um pé de guabiroba muito antigo, sobrevivente da época em que toda a região do Butantã e Morumbi eram campos cerrados 
Ricardo Cardim
Ricardo Cardim | 04/12/2014 às 10:49 | Tags: arbustos ornamentaisarbustos para paisagismo,árvores frutíferasárvores veteranas de guerrabiodiversidadeCampomanesia pubescens,campos cerradoscampos de piratiningaespécies comestíveis do cerradoespécies para jardins,frutas de São Paulofrutas do campofrutas do cerradofrutas nativasfrutas rarasgabiroba,gabiroba do campogastronomia sustentávelguabirobaplantas ameaçadas de extinção em são pauloplantas ornamentais São Pauloplantas rarasveteranas de guerra | Categorias:arborização urbanaÁrvores de São PauloÁrvores históricas de São Pauloárvore urbana,árvoresárvores antigasárvores brasileirasárvores frutíferasárvores nativasárvores ornamentaisárvores veteranas de guerraBiodiversidade paulistanaBotânicacampos cerrados em São Paulocerrado em São Paulofrutas brasileirasmeio ambiente urbanomeio ambiente urbano em São Paulopaisagismopaisagismo sustentávelplantas nativasSão Paulo,sustentabilidade urbana | URL: http://wp.me/phu1c-1iS
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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Multiplicando plantas por meio de estacas

O que é estaquia?A estaquia, ou "multiplicação por estacas", é um meio de reprodução assexuada (propagação vegetativa), muito utilizada nas produções de mudas de plantas, principalmente as ornamentais e frutíferas.
O método consiste no plantio de um ramo ou folha da planta, desenvolvendo-se uma nova planta a partir do enraizamento das mesmas.

Todas a plantas podem ser reproduzidas assim?

Não são todas as plantas que podem ser reproduzidas por estaquia. Cada espécie de planta possui um método diferente mais adequado para sua multiplicação. Algumas espécies muito difíceis de multiplicar por estaquia, podem ser reproduzidas facilmente por outro método: a alporquia. (Saiba mais sobre a alporquia)
estaquia de roseiras
Estaquia comercial de roseiras
Qual a vantagem de usar estacas?
As grandes vantagens de multiplicarmos as plantas por estaquia são a facilidade de fazê-la, e a possibilidade de propagarmos as melhores plantas, conservando as características da mesma.
Como fazer estaquia? 
Como já foi dito, cada planta possui um método mais adequado de propagação. Há alguns tipos diferentes de estaquia, que apresentaremos a seguir. Para fazer a estaquia, é recomendável que procuremos saber qual é o melhor método para a planta que se pretende reproduzir. Caso você não encontre essa informação, tente alguns métodos até que dê certo, já que é um processo relativamente fácil.
Em alguns casos, o uso de hormônios enraizadores (em geral auxinas), ajuda a melhorar a formação de raízes nas estacas. Mas o uso domiciliar é raro, devido ao alto custo e dificuldade de manuseio.
Várias partes da planta podem ser usadas como estacas, com procedimentos levemente diferentes que detalhamos a seguir:
A) Estacas de ramos novos (ponteiros)
É o método mais adequado para ser utilizado para grande parte das plantas ornamentais, já que as plantas geradas por esse método são em geral, mais parecidas com a planta que as originou.
Passo-a-passo: 
  1. Cortarmos uma ponta de ramo lateral, formando uma estaca de aproximadamente 7 a 12 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
  2. Retiramos as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas.
  3. Colocamos os ramos em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas. Em alguns casos, colocam-se as bases da estaca em água ao invés de substrato, plantando as mudas em terra assim que enraizadas.

Corte o ponteiro

Retire as folhas da base 


Enterre a base da estaca e regue
B) Estacas de ramos semi-lenhosos (tenras na ponta e firmes na base)
Em plantas ornamentais, esse método é muito utilizado para propagar plantas arbustivas.
  1. Cortamos um ramo lateral, formando uma estaca de aproximadamente 10 a 15 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
  2. Retiramos as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas. É recomendado que cortemos as folhas restantes pela metade, para diminuir as perdas de água por transpiração.
  3. Colocamos os ramos em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas.

C) Estacas de ramos lenhosos (firmes, lignificados)
É o método mais utilizado para árvores (a maioria das frutíferas), arbustos e roseiras. Para as plantas cujas folhas caem no inverno (planta decíduas), é recomendado que as estacas sejam feitas quando a planta estiver sem folhas, perto do período de rebrota das folhas.
  1. Cortamos um ramo lateral firme, formando uma estaca de aproximadamente 15 a 30 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
  2. Caso a estaca possua folhas, retire as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas. É recomendado que cortemos as folhas restantes pela metade, para diminuir as perdas de água por transpiração. No caso das roseiras, recomenda-se a utilização de ramos que já floriram, mas sem flores no momento.
  3. Colocamos os ramos (estacas) em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Essas estacas podem ser plantadas também diretamente no local definitivo, apesar disso, é recomendado o seu plantio anteriormente em vasos ou sacos de mudas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas.

Corte o ramo

Retire as folhas, se houverem

Enterre a base das estacas

Estacas brotando após algumas semanas 
D) Estacas de folhas
É um método utilizado em plantas ornamentais principalmente em suculentas, mas são utilizadas comercialmente na produção de mudas de algumas espécies de eucalipto. As plantas geradas por este método são muito parecidas com a planta que as originou, sendo por isso um processo interessante.
Como exemplo, mostraremos a reprodução da violeta-africana.
  1. Cortamos uma folha saudável da planta, retirando-a até a base.
  2. Enterramos aproximadamente um terço da folha em um substrato adequado, com a base da folha para baixo. Para o substrato, pode ser utilizada areia, terra, etc. O mesmo processo pode também, em alguns casos, ser realizado na água. Assim, as folhas enraizarão e formarão novas plantas.

Retire a folha

Enterre a base da folha e regue 


FONTE: http://www.cultivando.com.br/termos_tecnicas_multiplicando_estaquia.html
  

Fazendo poda de limpeza no pomar


Executando aquela poda de limpeza, veja abaixo os tipos de podas.


Pode definir poda como sendo a eliminação ou retirada de partes de uma planta, com o objetivo de dar melhor forma e equilíbrio entre folhagem e floração. Antes de podar qualquer planta deve conhecer os seus hábitos de crescimento e floração.

As podas têm várias funções. Podem ser utilizadas para fins estéticos, para estimular a produção de ramos, flores e frutos e, também, como medida de controle fitossanitário. As podas podem ser divididas em: limpeza, formação e de condução. Independentemente do tipo da poda, estimulam a produção de ramos, flores e frutos.


1) Poda de limpeza ou Manutenção


Este tipo de poda é utilizado para remoção de partes indesejadas da planta como:

Retirada de galhos velhos e doentes.

Retirada de ramos e partes das plantas que estejam mortos.

Retirada de ramos e partes infestadas (irremediavelmente) por insetos.

Retirada de ramos partidos em consequência de ventos, tempestades.

Retiradas de ramos que se cruzam e raspam um no outro.


2) Poda de Formação

Tem o objetivo de dar à planta ou a um conjunto de plantas, uma forma básica de tronco e ramos, a fim de se ter uma distribuição equilibrada. Normalmente este tipo de poda é realizado nos viveiros, dando uma formação inicial à planta.


3) Poda de Condução

Objetiva orientar a planta em determinado sentido ou sobre um suporte. Esta poda é muito utilizada para as cercas vivas e trepadeiras, pois geralmente possuem um crescimento limitado ou direcionado.


4) Desbrota


Consistem na retirada dos brotos “ladrões” que surgem de gemas laterais existentes em mudas de árvores e arbustos e mesmo em espécies adultas, quando podadas. Tem a finalidade de conduzir com maior vitalidade a haste principal.


5) Podas de Raízes

As podas de raízes são realizadas quando as raízes superficiais afloram na superfície ou quando se faz a troca de recipiente. Nas plantas de porte pequeno a eliminação das raízes é um processo fácil, mas no caso de árvores mais velhas é uma técnica onerosa e pouco recomendada, pois as árvores ficam suscetíveis à queda, sendo somente recomendado em casos excepcionais.

fonte: portal da educação
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/tipos-de-poda/64635

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Carências e excessos de nutrientes nas plantas

Fonte: Eco Center PT

Algumas noções básicas para se identificarem carências nutritivas nas plantas são:
  • CLOROSE - Amarelecimento geral da folha, palidez
  • CLOROSE INTERVENAL- Amarelecimento geral da folha à excepção das veias que se mantém verdes
  • NECROSE – Depois da clorose os tecidos ganham uma cor acastanhada e morrem
  • PONTOS NECRÓTICOS – pontos mortos nas folhas geralmente negros
  • CRESCIMENTO PARADO – Planta mais pequena do que o normal e que não mostra sinais de desenvolvimento
Os elementos essenciais são classificados por elementos móveis ou fixos, ou seja, os móveis movem-se por toda a planta e os fixos não. Quando existe falta de um elemento móvel numa parte da planta esse elemento é movido da parte mais baixa da planta para onde quer que seja necessário, como resultado a deficiência vai-se manifestar na parte mais baixa da planta (ex: Nitrogénio). Se existir a falta de um elemento fixo a deficiência vai-se mostrar nas folhas mais jovens (ex: Ferro)
  • ELEMENTOS MÓVEIS - Nitrogénio, Fósforo, Potássio, Cloro
  • ELEMENTOS SEMI-MÓVEIS -Cobre, Magnésio, Manganês, Zinco
  • ELEMENTOS FIXOS - Boro, Cálcio, Ferro, Enxofre
Por vezes os mesmos sintomas visuais não estão propriamente relacionados com deficiências nutritivas e sim com os factores ambientais, por exemplo, se as folhas de um tomateiro ficarem com um tom púrpura pode não ser uma deficiência de fósforo como seria à partida mas sim uma intolerância da planta ao frio. As distorções nas folhas também podem estão relacionadas com grandes mudanças na humidade, uma pequena clorose intervenal pode ser uma deficiência de magnésio ou de manganês ou um primeiro sinal de stress por parte da planta, por sua vez a palidez das folhas pode ser um sinal de falta de Nitrogénio ou de poluição no ar e o que por vezes é designado por deficiência de Nitrogénio pode ser só a planta a chegar ao final do seu ciclo de vida. Pontos mortos nas folhas podem ser devido a um fungo, vírus ou excesso de Nitrogénio.
As deficiências não são muito comuns em hidroponia e se usarmos bons nutrientes, tivermos um sistema dinâmico e uma boa oxigenação da solução a probabilidade de se manifestarem carências é quase zero e nós até agora só encontramos uma “verdadeira” carência que foi a falta de cálcio em tomates que é algo muito comum e normalmente designado por BER ( Bear End Rot).
DEFECIÊNCIAS E EXCESSOS NUTRITIVOS
NutrienteCarênciaExcesso
NITROGÉNIOfolhas inferiores pálidas e amarelecidas, toda a planta fica com um tom verde mais claro, as ramificações são reduzidasas folhas ganham um tom verde escuro e a floração é retardada, pode influenciar o sabor final
FÓSFOROa planta ganha um tom púrpura e o crescimento é reduzidosão raros e não são de recear, a sua presença acelera a maturação e aumenta a estabilidade dos caules
POTÁSSIOamarelecimento das margens das folhas inferioressão raros mas podem interferir com a absorção de Magnésio
CÁLCIOpontas das folhas queimadas, as folhas perdem estrutura, no caso do tomate causa uma podridão no final do frutopode interferir com a absorção de magnésio e de Potássio, pode reagir como Enxofre e Fósforo e criar compostos insolúveis.
MAGNÉSIOclorose intervenal que começa nas folhas mais velhas e progride para as novas, a floração é reduzidasão raros
ENXOFREamarelecimento das folhas mais jovens progredindo para as mais velhas, a floração é reduzidafolhas mais pequenas do que o normal, podem cair
COBREamarelecimento das flores, se num estado avançado as flores podem passar de um amarelo para brancoAs folhas ganham um tom bronze com pontos necróticos
FERROAs bordas das folhas enrolam para cima e as folhas mais jovens murchamelemento tóxico em excesso, o crescimento é parado, as raízes ganham uma cor escura e morrem
MANGANÊSamarelecimento intervenal, deformação das folhas mais jovenscrescimento reduzido, saúde pobre, pontos necróticos nas folhas.
ZINCOamarelecimento das folhas mais jovens entre as veias, crescimento reduzidoem excesso é como um veneno para as plantas e começa por bloquear a absorção de ferro, pode causar a morte da planta
BOROas novas ramificações morrem, as folhas ficam torcidas com algumas manchas de tom mais claroamarelecimento da ponta das folhas seguido de necrose, as folhas caem
MOLIBDÉMIOdeformação das folhas com tendência para se torcerem para cimadescoloração das folhas e a grandes concentrações as folhas podem ficar cor de laranja
Como muitos dos sinais visuais podem apontar para várias interpretações é mesmo importante ter um sistema dinâmico e usar bons nutrientes, se elas aparecerem à mesma é porque as raízes morrem e não conseguem absorver nutrientes dando origem a todos os tipos de deficiências e é por isto que raramente uma deficiência vem sozinha pois a dificuldade na absorção afecta todos os elementos. 
As carências também podem aparecer quando as raízes estão saudáveis, podendo ser só um desequilíbrio no pH ou na solução nutritiva. Outros problemas podem ser gerados pela competição na absorção entre os elementos pois um elemento pode estar em excesso e bloquear a absorção de outro.
Para resolver estes problemas primeiro temos de encontrar as causas e para isso devemos começar a nossa inspecção pelas raízes, estas podem ser podadas (puxando gentilmente) caso seja necessário pois as raízes fracas e estragadas sairão facilmente. Caso estas não apresentem nenhum dano então passamos aos níveis de pH e EC, averiguar se há acumulação de depósitos no tanque dos nutrientes, etc. Se for este o caso deve-se trocar a solução nutritiva por água com o pH balanceado, sem nutrientes e se possível com um estimulador de raízes. Em paralelo pode-se borrifar a planta com uma solução média de nutrientes (EC=0,5), de preferência pela manhã, até a planta recomeçar a crescer normalmente e retomando-se depois a solução nutritiva adequada.
As deficiências que têm origem em elementos móveis normalmente são curadas e desaparecem, as de elementos fixos não vão desaparecer mas as novas folhas e ramificações vão nascer saudáveis.

Cálculo de Adubação nos Cultivos Orgânicos

Como o próprio nome indica, as hortaliças orgânicas não podem ser adubadas com fertilizantes minerais.

 A matéria-prima a ser utilizada é o adubo orgânico, cuja recomendação vai depender de uma coleta de amostra de solo e a análise desta amostra será a base para recomendar uma correta adubação orgânica. É necessária a reposição de nutrientes exigidos pelas plantas para crescerem e produzirem. A adubação orgânica pode ser de origem vegetal ou animal, e a matéria orgânica presente contribui para melhoria da estrutura do solo,
aumento da atividade dos microrganismos e  nutrientes essenciais às plantas.

Os tipos de adubos orgânicas são: composto, húmus de minhoca, esterco curtido e adubação verde pelo plantio de leguminosas que cobrem e protegem o solo, mantendo a umidade. O esterco de animais só deve ser aplicado quando curtido. O composto é uma mistura de materiais existentes na propriedade. No composto bem feito, a matéria orgânica é transformada em húmus. O húmus melhora as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, armazenando água, ar e nutrientes. O plantio continuado de uma mesma hortaliça e da mesma família, no mesmo canteiro, deve ser evitado. Há necessidade de fazer-se a rotação de culturas que ajuda no aproveitamento dos nutrientes e oferece maior resistência ao aparecimento de doenças e pragas. Uma sequencia de rotação é: folha, raiz, flor e fruto.

O plantio de leguminosas, chamada adubação verde, junto ou antes da cultura a ser instalada, melhora o solo, melhora a reciclagem de nutrientes que consiste no aporte de nutrientes das camadas profundas para a camada superficial, elimina nematoides, funciona como cobertura do solo e incorpora nitrogênio ao solo. As leguminosas mais usadas são o guandu, mucuna-preta, feijão de porco, leucena, etc. Nos solos compactados, as leguminosas devem ser utilizadas antes do plantio das hortaliças. As leguminosas são recomendadas para a descompactação de solos.

O Site Agrosoft Brasil publica um interessante vídeo sobre cultivo de hortaliças orgânica, que poderá ser visto, acessando o link abaixo:
Na adubação orgânica, a quantidade de nitrogênio (N), presente no adubo orgânico, deve ser considerada, pois o excesso de N pode causar desequilíbrios para a cultura e problemas ao meio ambiente pela lixiviação dos nitratos. A aplicação do adubo orgânico deve ser feita, no mínimo, 15 dias antes da semeadura ou transplante das mudas.
Os fertilizantes organominerais, que são a mistura de fertilizantes orgânicos com minerais, não podem ser utilizados no cultivo orgânico. Somente é permitido fertilizantes minerais naturais, que não sofram tratamento químico e térmicos, como acontece com os fosfatos naturais (escolher os reativos), os pós de rocha, como o pó de basalto, o calcário. Com autorização da certificadora poderão ser utilizados os termofosfatos, sulfato de potássio, sulfato de magnésio, micronutrientes, com restrição.

Calagem da área:
Num solo com características de acidez, deve-se proceder a calagem conforme a recomendação preconizada pela análise do solo. A quantidade de calcário deve ser limitada a 2 t/ha/ano.
Cáculo da adubação:
A adubação também deve seguir a recomendação da análise do solo e as quantidades de NPK serão aquelas previstas para a cultura no sistema convencional, cuidando, apenas, para que não sejam empregados fertilizantes minerais.
Por hipótese, a análise do solo recomenda para uma hortaliça de folhas a aplicação de 180 kg/ha de N, 280 kg/ha de P2O5 e 240 kg/ha de K2O
No quadro abaixo, os teores de NPK contidos na cama de frango e nas cinzas e mais um fertilizante fosfatado natural, através dos quais calcularemos a quantidade de cada um.
Vamos primeiro calcular em termos de kg/ha, e como as adubações na maior parte são feitas por m² de canteiro, no final converteremos os resultados para g/m².
a) calcular a quantidade de cama de frango para fornecer os 180 kg/ha de N
Em 100 kg cama de frango temos .......     3,5 kg N
Em X kg cama de frango teremos .......    180 kg N/ha
X= (180x100) / 3,5
X = 5.150 kg/ha de cama de frango
b) os 5.150 kg/ha de cama de frango fornecem também P2O5 e K2O
Em 100 kg cama de frango temos .................. 3,8 kg P2O5
Em 5.150 kg/ha cama de frango teremos........   X kg P2O5/ha
X = (5.150x3,8) / 100
X = 195 kg P2O5/ha
Por outro lado:
100 kg cama de frango temos .........................  3 kg K2O
Em 5.150 kg/ha cama de frango teremos ........  X kg K2O/ha
X = (5.150x3) / 100
X = 155 kg K2O/ha
c) reposição das deficiências de P2O5 e K2O em relação à recomendação
Vamos usar as cinzas para completar as faltas de fósforo (280-195=85) e potássio (240-155=85).
Em 100 kg cinzas temos .......10 kg de K2O
Em X kg cinzas teremos .......85 kg K2O/ha
X = (85x100) / 10
X = 850 kg/ha de cinzas
Em 100 kg cinzas temos ........ 2,5 kg P2O5
Em 850 kg cinzas teremos ........ X kg P2O5/ha
X = (850x2,5) / 100
X = 21 kg P2O5/ha
Há, ainda uma deficiência de fósforo igual a 64 kg/ha (280-195-21). Valos repor com fosfato natural reativo.
Em 100 kg fosfato natural temos ........ 24 kg P2O5
Em X kg fosfato natural teremos ........ 64 kg P2O5/ha
X = (64x100) / 24
X = 270 kg/ha de fosfato natural
Concluindo temos a seguinte composição de matérias-primas para fornecerem os nutrientes recomendados:
5.150 kg/ha de cama de frango
850 kg/ha
270 kg/ha de fosfato natural reativo.
No caso de utilizar a adubação em g/m² de canteiro, basta dividir as quantidades por 10, ou seja: 515 g/m² de cama de frango, 85 g/m² de cinzas e 27 g/m² de fosfato natural.
No caso de se aplicar o adubo na linha de semeadura e quisermos saber a quantidade em g/m linear, o cálculo é o seguinte:
g/m linear de sulco = kg/ha x espaçamento (m) / 10.
No caso da cama de frango é usando um espaçamento de 30 cm (0,3 m):
g/m liner = (5.150 x 0,30) / 10 = 155 g/m linear
O produtor deverá procurar uma assistência técnica de sua região para acompanhar a produção de hortaliças orgânicas, pois a adubação precisa de um controle sobre as quantidades necessárias para os cultivos seguintes, bem como cada Estado possui suas tabelas de recomendações de nutrientes, que são obtidas pela pesquisa no estudo dos diferentes tipos de solos e suas características físicas, biológicas e químicas. Afora isto, medidas a serem tomadas, e que são permitidas, no controle de pragas e doenças, em cultivos orgânicos.
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