Como fazer sua horta caseira de maneira simples e prática
· Fazer pequenos furos no fundo do vaso para facilitar a drenagem do excesso de água;
· Cobrir o fundo do vaso com uma camada de 5 cm de brita ou burgau de construção;
· Colocar a terra;
· Incorporar
o material orgânico (restos vegetais como: capim triturado, restos de
folhas secas, restos de culturas: milho, feijão, amendoim, etc);
· Nivelar a terra;
· Cobrir com capim seco;
· Molhar diariamente para manter a umidade durante 15 dias;
Terra pronta para ser semeada;Obs: prefira vasos grandes e com profundidade de pelo menos 40 cm, pois permite plantar uma maior diversidade de culturas.
3. Construção da Horta
Figura 1. Solução para pequenos espaços
3. Como plantar e transplantar
Algumas
hortaliças são plantadas diretamente nos canteiros, entretanto, existem
outras cujas sementes devem ser plantadas em sementeiras (viveiros),
para depois serem transplantadas para o canteiro definitivo. O plantio
em viveiros oferece maior proteção e melhores condições para a
germinação da semente, bem como o desenvolvimento das mudas.
a. Plantio direto
· Após
o período de preparo da terra, retire o capim seco e revolva a terra
novamente; Consulte a tabela com as indicações do compasso (espaço entre
as plantas);
· Abra linhas de plantio e semeie a cultura desejada, respeitando-se o compasso;
· Cubra com uma fina camada de capim seco, principalmente nos intervalos entre as linhas;
· Se
após a germinação, as mudas estiverem muito juntas, arranque algumas,
tomando-se o cuidado para não danificar as raízes da planta que irá
permanecer.
b. Produzindo mudas
· O
viveiro de mudas pode ser feito em um pequeno canteiro, em bandejas de
esferovite, caixote de madeira e copos descartáveis ou de jornal;
· Consulte a tabela no final desta cartilha para verificar quais culturas necessitam fazer mudas;
· A terra pode ser preparada da mesma forma indicada para o plantio direto;
· Abra
pequenas linhas de plantio e semeie as sementes em uma profundidade de 3
vezes o seu tamanho. Coloque 2 a 3 sementes em cada espaço da bandeja
e/ou copo para garantir a germinação;
· No
caso de canteiros ou caixotes, colocar 2 a 3 sementes e deixar espaço
de 3 dedos entre as plantas e 4 dedos entre as linhas de plantio,
fechando as linhas em seguida;
· Cubra com uma fina camada de capim seco;
Quando as mudas estiverem com 3 a 4 folhas definitivas, pode ser transplantado para o local definitivo.
Figura 2. Produção de mudas (Copinhos de jornal, bandejas de esferovite, caixote de madeira e tubos de PVC)
a. Transplantio
Figura 3. Fases do transplantio
3. Escolha o que plantar
· Para
a escolha da cultura, temos que levar em consideração a sua melhor
época de plantio, pois cada cultura se adapta a determinada condição
(frio, calor, solos arenosos, argilosos, etc).
· Verifique as condições locais e com auxilio do técnico, escolha a cultura que deverá ser plantada.
4. Manutenção das hortas
· Procure manter o vaso levemente húmido, sem nunca encharcar, já que isso poderia matar a planta e causar doenças.
· Procure
regar nos horários mais frescos do dia. A água é menos evaporada nesses
períodos, sendo aproveitada melhor pelas plantas, e estocando melhor a
água na terra.
· Não
jogue jatos fortes de água na terra nem na planta. Regule a força da
água utilizando o dedo, pulverizando-a sobre as plantas e solo. Quando
um jato de água é jogado diretamente na terra, a terra se endurece na
superfície ao secar, impedindo a penetração de água no solo. O jato
forte nas plantas causa quebra de folhas, e danifica as plantas.
· Faça
adubação em cobertura, ou seja, coloque novamente materiais orgânicos
ou bokashi ao redor da planta para auxiliar o seu desenvolvimento. Nunca
aplique bokashi sobre as folhas, pois pode queimá-las;
· Procure sempre colocar bons sentimentos em todas as etapas do desenvolvimento da planta;
· Ao
presenciar um início de ataque de insetos, procure agradecer e consulte
um técnico para saber a melhor medida a ser tomada para impedir a
proliferação do mesmo;
· Plantio de cenoura:
quando as plantas estiverem com cerca de 5 cm de altura, faz-se o
desbastamento (operação agrícola que consiste em arrancar, após a
semeadura, as plantas em excesso, deixando as distâncias convenientes as
que devem permanecer);
· Tomate/Feijão verde:
deve-se fazer o tutoramento (uso de varas para amparar e dar
sustentação a arbustos, trepadeiras ou árvores flexíveis). No caso
especial do tomate, fazer quando realmente for necessário;
· Observe atentamente todas as necessidades da sua planta.
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Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com whast 51 3407-4813
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Passo a passo - Horta Caseira Natural
Plantei uma muda de Sete capotes no sítio. Conheces?
http://www.huertasurbanas.com |
Continuando a diversificação de espécies no sítio 5 irmãos em montenegro RS, plantei uma muda de "sete capotes" que ganhei do amigo Radalesque. Adubei a cova da muda com esterco de gado, vamos verificar seu crescimento.
alexandre
CAMPOMANESIA GUAZUMIFOLIA
FAMÍLIA DAS MYRTACEAS
NOME INDIGENA: AGUARICARÁ vem do guarani e significa “Fruto da arvore de tronco coberto de varias camadas de cascas e escavado” característica bem notória nos outros nomes populares mais comuns como Sete capotes ou Sete casacas.
Origem: Ocorre em agrupamentos em diversas formações florestais do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais até o Rio grande do Sol, Brasil. Mais informações no link: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/index?mode=sv&group=Root_.Angiospermas_&family=Root_.Angiospermas_.Myrtaceae_&genus=Campomanesia&species=&author=&common=&occurs=1®ion=&state=&phyto=&endemic=&origin=&vegetation=&last_level=subspecies&listopt=1
Características: Arvore de 4 a 10 metros e tem copa arredondada quando em pleno sol e piramidal quando no interior da floresta. O tronco é tortuoso com pequenas cavas ou sucos e mede 20 a 30 cm de diâmetro, com casca muito suberosa ou grossa, formada de diversas camadas. As folhas são simples, opostas e verdes foscas, oblongas (mais longa que larga) com textura rugosa e coriacea (rija como o couro) medindo 6,5 a 12 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, com base é arredondada e o ápice é ovalado (com forma de ovo). As nervuras são bem distintas, pubescentes (coberta de pelos curtos) e salientes na face superior. As flores são hermafroditas, axilares (nascem na conjunção da folha com o ramo). O botão por abrir mede 1 cm de diâmetro e a flor depois de aberta mede 3 a 4 cm de diâmetro. O cálice (invólucro externo) é denteado e mede 9 mm de comprimento e a corola (invólucro interno) contém 5 a 7 pétalas brancas de 1,6 a 1,8 cm de comprimento, com margem crenada (dentes arredondados).
Dicas para cultivo: Arvore de crescimento rápido e muito resiste a geadas de -3 graus vegeta bem em qualquer altitude. O solo pode ser profundo, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho) com pH neutro e rico em matéria orgânica. A arvore inicia a frutificação a partir do 3 ano após o plantio. Também é muito resistente a seca.
Mudas: As sementes são de cor creme conservam o poder germinativo por mais de 1 anos após terem sido limpas e secas. Germinam em 40 a 60 dias se forem plantadas em substrato rico em matéria orgânica. As mudas atingem 30 cm com 6 meses de cultivo.
Plantando: Pode ser plantada a pleno sol como em bosques com arvores grandes bem espaçadas. Abra covas num espaçamento de 5 x 5 m; com dimensões de 40 cm de largura, altura e profundidade, misturando a terra da superfície com 500 g de calcário, 1 kg de cinzas e 8 kg de matéria orgânica bem curtida, deixando curtir por 2 meses. A melhor época de plantio é de setembro a outubro. Depois de plantada, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar chuva por mais de 1 mês.
Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco ou estiverem atrapalhando a formação da copa. Adubar com composto orgânico, pode ser 6 kg de matéria orgânica bem curtida + 30 g de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 4ª ano.
Usos: Frutifica de fevereiro a abril. Os frutos são consumidos in-natura, ou para fabricação de geléias ou sorvetes. As arvores não devem faltar em reflorestamentos de preservação permanente por terem rusticidade e crescimento rápido.
Fonte: http://www.colecionandofrutas.org/campomanesiaguazumi.htm
terça-feira, 20 de setembro de 2016
As árvores mais indicadas para plantar na cidade de São Paulo no Dia da Árvore
Extraído do blog árvores de são pauloby Ricardo Cardim |
A metrópole nasceu em berço de Mata Atlântica, Cerrado e araucárias. Cresceu, e hoje substituiu sua biodiversidade por plantas estrangeiras. Plantar as nossas árvores nativas é resgatar o equilíbrio ecológico, diminuir manutenção, trazer mais água, ter plantas que se desenvolvem melhor, atrair mais fauna e ensinar as pessoas sobre o nosso maior patrimônio: a natureza.
Assim, nesse Dia da Árvore, o blog traz uma seleção de espécies que acreditamos fundamentais em projetos de arborização e paisagismo em São Paulo. Todas são nativas do território.
- PARA CALÇADAS ESTREITAS:
Pitangueira (Eugenia uniflora) - árvore frutífera de até 4 metros, tem Madeira resistente, e vira um buquê branco em setembro, ficando depois carregada de pequenos frutos que fazem a festa da passarada e pessoas.
Palmito jussara (Euterpe edulis) (lugares de meia-sombra) planta-mãe da Mata Atlântica, alimenta inúmeros bichos do bioma, está em extinção e é muito elegante.
Ipê amarelo (Handroanthus ochraceae) - cresce até uns 4 metros nas condições urbanas de São Paulo e fica totalmente florido em agosto. Madeira dura e resistente.
PARA CALÇADAS MÉDIAS:
Cambuci (Campomanesia phaea) - árvore símbolo da cidade e que hoje está quase extinta por aqui. Já foi comum a ponto de nomear bairro e rio. Dá frutos muito saborosos, tem Madeira resistente e forma elegante. Na cidade altura média de 4 metros e tronco de 25 cm de diâmetro.
Inga (Inga sp.)- árvore frutífera que recobria às margens dos rios paulistanos, cresce rápido e é muito ornamental.
Tarumã do cerrado (Vitex polygama) - árvore escultural, produz frutos comestíveis semelhantes a uma azeitona preta. Muito rara hoje.
PARA CALÇADAS LARGAS:
Copaíba (Copaifera langsdorffii) árvore belíssima, de copa ampla e arejada, Madeira resistente, com folhas médias e frutos pequenos apreciados pelos pássaros, pode viver mais de dois séculos.
Canelinha (Nectandra megapotamica)- copa redonda e cheia, folhas médias e frutos pequenos queridos pela fauna, foi a Madeira usada nas casas bandeiristas.
Jacarandá-paulista (Machaerium villosum) - árvore de crescimento rápido e copa ampla, com raízes profundas, muito bonita.
Praças e Parques
Araucária (Araucaria angustifolia) - espécie extinta na forma nativa na cidade, é escultural e emblemática. Cresce rápido e a sol pleno.
Figueira-brava (Ficus organensis, Ficus insipida, Ficus enormis, Ficus gomelleira, Ficus guaranitica, entre outras espécies nativas com esse nome popular) - são as árvores-monumento da flora paulistana. Duram séculos, planta-las é deixar um legado para as próximas gerações. Tem muitas espécies nativas, sendo a mais indicada a Ficus organensis. Muitas crescem em frestas de muros, onde podem ser removidas com cuidado e plantadas em recipientes de mudas para depois ir para a cidade.
Jequitibá-branco (Cariniana estrellensis) - árvore-rei da floresta paulistana, dura séculos e forma uma enorme e bela copa. Muito rara atualmente.
DICAS DE PLANTIO-
Consulte o manual de arborização da prefeitura de São Paulo:
Atente para o espaço e interferências próximas, abra um berço quadrado de no mínimo 50x50x50 cm, encha o fundo de água antes de por a muda com terra bem adubada, deixe o nível da muda alguns dedos abaixo da calçada e sem mureta para receber a água da chuva e nutrientes, espalhe matéria orgânica seca em volta para evitar ressecamento e coloque um tutor amarrado suavemente com cordinha degradável. A muda deve ter um tamanho mínimo de 1,5 metros para melhor sobreviver.
Para adquirir mudas, algumas sugestões:
- Fábrica de Árvores - http://www.fabricadearvores.
com.br/ - Viveiro Legado das Águas Votorantim - http://www.legadodasaguas.
com.br/ - Tropical Plantas - http://www.
tropicalpaisagismo.com.br/ - Ceagesp - http://www.ceagesp.gov.br/
entrepostos/feiras-de-flores/ - Bioflora - http://www.viveirobioflora.
com.br/mudas - Sítio Raio de Sol - http://www.sitioraiodesol.
com.br/ - Trees.com
- http://www.casadaarvore.com/
Bom plantio!
Ricardo Cardim
Você sabe realizar a poda adequada de uma árvore?download gratuito de Manual de poda de árvores
Prefeitura de SP disponibiliza download gratuito de Manual de poda de árvores
Você sabe realizar a poda adequada de uma árvore?
Em uma cidade, em que a urbanização crescente está sempre em queda de braço com a arborização, o plantio e a poda de árvores no perímetro urbano merecem atenção especial. Nesse sentido, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente do estado de São Paulo lançou este Manual Técnico de Poda, cujo objetivo é adequar e padronizar os procedimentos de poda em logradouros públicos.
O ponto mais relevante abordado nesta edição é a importância de podar a árvore enquanto esta ainda pode ser considerada jovem, pois o corte é uma injúria a um organismo vivo, e quanto menor for essa ação mais rapidamente a árvore irá responder, formando um indivíduo saudável que contribuirá para a consolidação de uma floresta urbana adequada.
No manual, você pode conferir diversas técnicas (com ilustrações) para realizar com segurança a poda de árvores, principalmente em perímetros urbanos. Desde o corte de troncos e copas de árvores, até mesmo a poda de raízes.
Um material muito interessante que vale a pena ter em sua biblioteca virtual.
Clique na imagem abaixo para realizar o download do arquivo.
Fonte – Prefeitura de São Paulo
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Redução de impactos ambientais de resíduos orgânicos com o uso da minhocultura e da vermicompostagem
A
minhocultura e a vermicompostagem têm grande potencial na reciclagem de
resíduos orgânicos com o objetivo de reduzir o impacto ambiental do lixo
orgânico de feiras e residências, de aproveitar esses resíduos para
adubação orgânica e utilizar o adubo em praças públicas, hortas
escolares e propriedades familiares.
Para falar sobre a redução de impactos ambientais dos resíduos orgânicos com o uso da minhocultura e da vermicompostagem, o Prosa Rural desta semana convidou o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju/SE), Joézio dos Anjos.
Para falar sobre a redução de impactos ambientais dos resíduos orgânicos com o uso da minhocultura e da vermicompostagem, o Prosa Rural desta semana convidou o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju/SE), Joézio dos Anjos.
“A
minhocultura é a técnica de criação de minhocas visando a produção de
adubos de qualidade a partir de resíduos orgânicos, seja de origem
animal, como estercos, ou de origem vegetal, como, por exemplo, resíduos
de cozinha, como cascas de frutas e verduras”, destaca o pesquisador
durante sua participação no Prosa Rural.
Ele explica que a
reciclagem, utilizando-se as técnicas da minhocultura e da
vermicompostagem, traz vários benefícios, dentre eles, a produção de
adubos orgânicos de baixo custo, a obtenção de proteína de alta
qualidade (proteína das minhocas) destinada à ração de pequenos animais
na propriedade familiar, a diminuição da poluição do solo e da água pelo
aproveitamento dos resíduos orgânicos provenientes de feiras e dos
resíduos domésticos, além de representar uma oportunidade de valorização
da pequena propriedade familiar.
Durante o programa, Joézio dos
Anjos fala também sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, um
conjunto importante de leis com preocupação ambiental que tem como um de
seus objetivos resolver o grande problema dos lixões existentes em todo
o Brasil. “Essa política considera o lixão um crime federal e destaca a
necessidade da transformação dos resíduos antes de sua destinação
final”, explica o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros.
Segundo
ele, o trabalho de reciclagem pode ser feito pelas prefeituras, que têm
áreas e máquinas necessárias, além de mão-de-obra, para montagem de
pequenas áreas de reciclagem, em pontos estratégicos do município.
Saiba
mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural desta semana, o programa
de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O
programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome.
2012/07/23 | |||||
Sayonara Marinho
Email: sayonara@cpatc.embrapa.br Telefone: (79) 4009-1395 |
|||||
Embrapa Tabuleiros Costeiros | |||||
|
Grátis Manual de agricultura urbana, ensina o passo a passo.
Criado pelo Projeto Colhendo Sustentabilidade, a cartilha “Práticas comunitárias de segurança alimentar e agricultura urbana” traz diversas dicas para quem deseja iniciar uma horta, seja ela comunitária ou dentro de sua própria casa.
O material, disponível gratuitamente on-line, começa falando sobre a importância da agricultura urbana para a produção de alimentos de qualidade e livres de agrotóxicos. Para que isso seja possível, no entanto, o projeto deixa claro que a participação das comunidades é essencial.
O primeiro tópico abordado na cartilha é a compostagem. O manual fala dos benefícios desta prática para reduzir a quantidade de resíduos descartados inadequadamente e também de como os materiais orgânicos podem ser transformados em ótimos aliados no plantio. Assim, o leitor tem todos os detalhes de como fazer uma composteira caseira para produzir o seu próprio adubo ecológico.
A segunda leva de dicas inclui a criação de um canteiro tradicionais para o início do plantio, bem como sugestões de um canteiro suspenso e uma horta vertical. Com o local preparado, o passo seguinte é plantar e com isso vem a preocupação com o controle de práticas. A cartilha mostra diversas opções naturais para substituir os venenos e agrotóxicos usados em plantações.
Para quem quer dar um passo adianta e plantar em um espaço maior, o manual também disponibiliza as informações necessárias para a criação de uma agrofloresta, com os detalhes de quais espécies são ideais, como elas devem ser dispostas e quais resultados este sistema oferece.
Por fim, o documento também disponibiliza receitas saudáveis e um guia prático sobre as plantas medicinais.
sábado, 17 de setembro de 2016
Como criar uma horta orgânica no quintal de casa
Veja como é possível plantar frutos e verduras em casa
Já sabemos que a sustentabilidade está ligada a diversos fatores do nosso dia a dia: hábitos de consumo, mobilidade, estrutura física do prédio… A alimentação saudável também entra na lista de uma vida mais sustentável. Por esse motivo, muitos estudiosos pregam que plantar os próprios alimentos é parte integrante desse processo, pois oferece uma comida mais fresca, limpa e livre de agrotóxicos. Mas a melhor parte mesmo é não precisar ir até o mercado para comprar, certo? Então hoje a gente mostra como um jovem americano resolveu aderir a esta prática substituindo o jardim que havia no quintal da sua casa por uma horta orgânica.
Confira a evolução da horta através das imagens abaixo:
Antes da horta, o jardim da casa era todo gramado. Colocando molduras de madeira, o proprietário montou pequenos espaços para as plantações e os encheu de adubo.
Com o crescimento acelerado das sementes, que logo começaram a brotar, foi preciso adaptar um pouco o espaço: o chão foi preenchido com pedaços de madeira, no qual foram semeadas folhas secas.
A irrigação é toda feita por um processo criado por ele. Na frente da horta, há também pedaços de concreto com sementes plantadas.
Pouco mais de um mês se passou e os vegetais começaram a parecer… A rúcula foi a primeira folha a brotar. Em seguida, o espinafre, beterrabas, cenouras e diversos outros vegetais: cebolinha, ervilhas, pimentões, pepinos…
E a plantação foi crescendo de forma incrível, o que o levou a doar aos vizinhos o excesso que não poderia consumir. Criou então uma caixinha especial na horta orgânica, com o título “Vegetais de graça” para que as pessoas da vizinhança pudessem colher dali mesmo.
E não demorou muito para as flores começarem a brotar também, compondo o espaço e o deixando ainda mais verde e bonito.
Viram que bacana o exemplo do americano? Hoje ele tem toda essa variedade de alimentos na porta de casa, fresquinhos e na quantidade em que desejar. Tudo isso de forma gratuita e que beneficia a natureza, uma vez que evita o consumo em excesso, a saída de carro para o supermercado, o uso de sacolas plásticas etc.
Quem aí tem um quintal em casa ou no prédio? Uma horta coletiva para condomínios é uma bela pedida!
*Fonte e imagens: imgur.com
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
“Do total de comida que se produz, 40% vai para o lixo, e isso é imoral”
A entrevista é de Marya G. Nieto, publicada por El País, 13-09-2016.
Eis a entrevista.
O que se pode fazer, em termos de soluções práticas, para melhor a gestão da água?
Para começar, devemos fazer uma relação entre essa questão e a mudança climática, que acentua a possibilidade de ocorrência de secas e inundações. Outra coisa é que não existe um usuário principal de água. Na América Latina, por exemplo, o setor agrícolasempre se viu como dono da água. Isso é ruim. Principalmente porque, ao final, ocorre um desperdício de comida enorme. Produz-se mais comida do que podemos consumir, e 40% dessa comida vai para o lixo. Isso é imoral, é uma falta de ética e de solidariedade com o planeta. Pois para produzir essa comida consumiu-se muita água.
Quanto às responsabilidades, elas são do consumidor ou do produtor?
Todos nós vemos a água como algo inesgotável, mas de que me serve a água no oceano?
Acredito que os dois lados são responsáveis. Primeiramente, é preciso diminuir os níveis de ambição econômica do produtor e fazer com que ele seja mais responsável. Quanto ao consumidor, temos de aprender de novo a avaliar a qualidade de um produto pelo olfato, pelo tato ou pela aparência, e não apenas por meio da data de validade exposta no rótulo.
A senhora falou certa vez sobre a importância que as lideranças têm no sentido de divulgar orientações como essa. Quem, na sua opinião, impulsiona essas iniciativas?
Alguns líderes empresariais. Não todos, mas muitos. Os acordos de Paris, por exemplo, tiveram dois atores fundamentais: os líderes locais, como os prefeitos, e alguns do setor empresarial. Eles querem que as suas empresas durem 200 anos, não 20. É verdade que poderão ficar mais ricos em 20 anos, mas essa visão não pode prevalecer. A visão correta tem de ser de que o seu negócio perdure no tempo, para que várias gerações se beneficiem dele.
Então temos motivo para estar otimistas?
Do total de comida que se produz, 40% vão para o lixo, e isso é imoral, é uma falta de ética e de solidariedade com o planeta
Sou sempre otimista. Nós, ecologistas, somos otimistas, caso contrário já teríamos nos suicidado há muito tempo. Mas continuamos lutando, porque sabemos que existem novas maneiras de lidar com os problemas e novas respostas para eles.
Ainda há quem negue a existência da mudança climática. Como convencer essas pessoas?
É triste que certas pessoas só mudam depois de sofrer um golpe duro. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, por exemplo, dizia que não existia esta questão da mudança climática, até que o furacão Sandy atingiu a sua cidade. Depois disso, ele não teve outra saída a não ser mudar de opinião e pedir desculpas. O lamentável é que não admitamos o valor das previsões científicas. Mas o ser humano é assim mesmo. Somente com os golpes sofridos é que entendemos que existem realidades que não queremos admitir.
Um dos problemas do meio ambiente são os prazos. Os planos demoram muito para ser aplicados. Como fazer para diminuir esses prazos?
Os próprios acontecimentos nos obrigarão a encurtar esses prazos. Quando vermos que o nosso vizinho está sem água, então mudaremos. Somos tão céticos diante das evidências científicas, que custamos muito a mudar. E o problema é que não explicamos direito por que é preciso mudar. As pessoas precisam entender por que devem mudar o seu comportamento.
Nós, ecologistas, somos otimistas, caso contrário já nos teríamos suicidado há muito tempo
Qual é o papel das ONGs, como a WWF, que a senhora preside, nesse contexto?
É fundamental. Pois temos consciência de que devemos construir uma articulação entre a informação científica e o comportamento humano. Não se deve salvar a lince apenas por ela ser muito bonita, mas sim porque ela vive em um habitat que está sendo ameaçado. O mesmo acontece com o parque daDonãna [reserva natural espanhola]. Ele não é importante por causa da sua beleza, mas sim porque fornece água, garante o controle do clima, a segurança de um rio. E essas coisas precisam ser explicadas.
A senhora não acha que o fato de haver tantas ONGs com diversos campos de atuação faz com que sua mensagem perca força?
Não, porque cada grupo de uma população tem uma forma diferente de receber a mensagem. Há quem dê atenção para algumas ONGs do establishment, enquanto outros o fazem em relação a outras mais radicais. Ou o contrário. Cada sociedade conhece formas diferentes de receber ou emitir uma mensagem.
Na sua opinião, onde a WWF se encaixa? No establishment ou entre as radicais?
Acredito que estamos em uma zona intermediária. Nossa habilidade para conversar com governos, com o setor produtivo ou com os indígenas nos colocou em uma posição privilegiada, em que há muita gente que nos ouve. É verdade que há quem nos chame de corrompidos por falarmos com o setor produtivo, mas, para nós, trata-se de um valor agregado. Porque esse setor produtivo exerce um impacto enorme sobre o planeta, e, se não pudermos dialogar com ele, não conseguiremos acabar com o problema.
Acredita que ainda há tempo para reverter o estrago que fizemos ao planeta?
Ainda sofreremos impactos muito mais graves do que imaginamos. O impacto damudança climática sobre as sociedades humanas vai ser algo muito grave. Tomara que consigamos incrementar os esforços no sentido de reverter os processos antes que eles nos atinjam.
A maior ameaça que pesa sobre o ser humano é a mudança climática
A mudança climática é, então, o inimigo número um?
Com certeza absoluta. Neste momento, a maior ameaça para o ser humano é a mudança climática.
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