sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O que é compostagem? Como funciona? Quais são os benefícios para o meio ambiente e para a sociedade?

Tanto já se falou sobre essa técnica de reciclagem do lixo orgânico, agora fique sabendo tudo sobre essa técnica sustentável, que tem ganhado cada vez mais adeptos e que pode trazer muitos benefícios

 
O que é compostagem? E como ela acontece?
A compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica. A técnica de compostar ajuda na redução das sobras de alimentos (saiba mais aqui), tornando-se uma solução fácil para reciclar os resíduos gerados em nossa residência (saiba mais sobre resíduos nesta matéria especial).
O processo de compostagem acontece em fases, sendo elas muito distintas umas das outras. Suas principais características são:
1ª) Fase mesofílica: nessa fase, fungos e bactérias mesófilas (ativas a temperaturas próximas da temperatura ambiente), que começam a se proliferar assim que a matéria orgânica é aglomerada na composteira, são de extrema importância para decomposição do lixo orgânico. Eles  vão metabolizar principalmente os nutrientes mais facilmente encontrados, ou seja, as moléculas mais simples. As temperaturas são moderadas nesta fase (cerca de 40°C) e ele tem duração de aproximadamente de 15 dias.
2ª) Fase termofílica: é a fase mais longa,e pode se estender por até dois meses, dependendo das características do material que está sendo compostado. Nessa fase, entram em cena os fungos e bactérias denominados de termofilicos ou termófilos, que são capazes de sobreviver a temperaturas entre 65°C e 70°C, à influência da maior disponibilidade de oxigênio - promovida pelo revolvimento da pilha inicial. A degradação das moléculas mais complexas e a alta temperatura ajudam na eliminação de agentes patógenos.
3ª) Fase da maturação: a última fase do processo de compostagem, e que pode durar até dois meses. Nessa fase há a diminuição da atividade microbiana, juntamente com as quedas de gradativas de temperatura (até se aproximar da temperatura ambiente) e acidez, antes observada no composto. É um período de estabilização que produz um composto maturado. A maturidade do composto ocorre quando a decomposição microbiológica se completa e a matéria orgânica é transformada emhúmus, livre de toxicidade, metais pesados e patógenos.
O produto gerado a partir desse processo de degradação recebe o nome de composto orgânico, que é um material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais, que pode ser utilizado em hortas, jardins e para fins agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo à terra os nutrientes de que necessita, e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.
Breve história da compostagem
A compostagem não é uma prática nova, mas está ganhando popularidade ao passo que há uma tendência maior de preocupação com a sustentabilidade. Há muito tempo agricultores já utilizavam o método de reciclagem do lixo doméstico para obtenção de fertilizante orgânico.
No oriente médio, principalmente na China a compostagem vem sendo aplicada há alguns séculos. Já no ocidente, ficou conhecida em 1920, a partir dos primeiros experimentos de Sir Albert Howard. O Inglês Howard era considerado pai da agricultura, pois foi autor do primeiro método de compostagem na província Indiana de Indore, onde tentou efetuar a compostagem com resíduos de uma só natureza e concluiu que era necessário misturar diversos tipos.
Também na Europa, a técnica era usada durante os séculos XVIII e XIX pelos agricultores que transportavam os seus produtos para as cidades em crescimento e, em troca, regressavam às suas terras com os resíduos sólidos urbanos das cidades para utilizá-los como corretivos orgânicos do solo. Assim, os resíduos eram quase completamente reciclados por meio da agricultura.
Ao passar do tempo, a expansão das áreas urbanas, o aumento populacional e do consumo alteraram os métodos de depósito, gestão dos resíduos sólidos e, principalmente, a qualidade dos mesmos, que acabaram tornando-se cada vez mais inadequados para o processo de compostagem. Logo, a técnica perdeu popularidade. Entretanto, nos dias de hoje, com a pressão para a utilização de métodos direcionados para a preservação do meio ambiente, há um novo interesse em compostar os restos de comida em casa como uma solução para a redução do volume de resíduos domésticos que são encaminhados para os aterros (veja aqui matéria sobre composteira residencial como alternativa para lixo orgânico).
Esse hábito ainda pode fornecer uma opção saudável de adubo orgânico para plantas e hortas. Com isso, cada vez mais pessoas querem colocar a mão na massa e fazer a sua própria compostagem (conheça mais sobre a técnica aqui).
O que é uma composteira?
A composteira nada mais é do que o lugar (ou a estrutura) próprio para o depósito e processamento do material orgânico. É nesse local que irá ocorrer a compostagem, a transformação desse lixo orgânico em adubo.
A composteira pode assumir diversos formatos e tamanhos - isso depende do volume de matéria orgânica que é produzida e também do espaço livre disponível para sua alocação, mas todas têm a mesma finalidade. As composteiras podem ser instaladas em casas e apartamentos e podemos encontrar tipos que contemplam, além da questão do tamanho, também a questão de preço e custo, sendo que, de qualquer forma, a compostagem caseira é uma ótima iniciativa. Fora isso, ao longo dos anos, foram desenvolvidas pelo homem técnicas capazes de acelerar e estimular esse processo natural. Muitas dessas técnicas envolvem o uso de outros agentes, também naturais, como o uso de minhocas californianas (espécie Eisenia  foetida mais indicada para o processo), que daí recebe o nome de vermicompostagem (outro tipo de compostagem), técnica que é amplamente utilizada na forma das composteiras domésticas.
Outro tipo de composteira que pode ser utilizada é a composteira automáticaque envolve uma maior praticidade, pois a decomposição é mais rápida e, ao invés de minhocas, utiliza poderosos micro-organismos patenteados (dentre eles, o Acidulo TM), capazes de se multiplicarem em altas temperaturas, alta salinidade e acidez. Com isso, é possível inserir alimentos ácidos, carne, ossos, espinhas de peixe, frutos do mar, ao contrário da vermicompostagem. Nessa última,  também não se recomenda a deposição em excesso de gorduras e laticínios, pois retardam a decomposição (confira aqui quais itens não são recomendados para deposição em sua composteira doméstica). Também existem resíduos que não vão para nenhum dos tipos de composteira, porém devemos destinar corretamente. Para isso, confira essa matéria especial sobre o que fazer com o que não vai para a composteira.
Ao identificar o melhor tipo de processo (compostagem ou vermicompostagem) e de composteira para sua casa, família e orçamento, muitas pessoas ainda têm uma dúvida: se a composteira caseira é higiênica. Essa dúvida é recorrente devido existência de chorume e pela necessidade de lidar com restos de alimentos que podem exalar mau odor e atrair animais. O fato de haver minhocas nas composteiras também assusta. Mas esse receio não tem muito fundamento (veja mais aqui). 
Fatores que influenciam na geração e na qualidade do composto
São muitos os fatores que podem influenciar na quantidade e qualidade dos compostos gerados durante a compostagem, os principais são os seguintes:
• Organismos: a transformação da matéria orgânica bruta para húmus é um processo, basicamente, microbiológico, operado principalmente por fungos e bactérias, que, durante as fases da compostagem, alternam espécies de micro-organismos envolvidos. Também há a colaboração da macro e mesofauna, como minhocas, formigas, besouros e ácaros, durante o processo de decomposição;
• Temperatura: um dos fatores de grande importância no processo de compostagem. Esse processo de decomposição da matéria orgânica por micro-organismos se relaciona diretamente à temperatura, por meio de micro-organismos que produzem o calor, pela metabolização da matéria orgânica, estando a temperatura relacionada a vários fatores, como materiais ricos em proteínas, baixa relação carbono/nitrogênio, umidade e outros. Materiais moídos e peneirados, com granulometria mais fina e maior homogeneidade, originam uma melhor distribuição de temperatura e menor perda de calor;
• Umidade: a presença de água é fundamental para o bom desenvolvimento do processo, pois a umidade garante a atividade microbiológica, isso se deve porque, entre outros fatores, a estrutura dos micro-organismos consiste de aproximadamente 90% de água e, na produção de novas células, a água precisa ser obtida do meio, ou seja, neste caso, da massa de compostagem. Porém, a escassez ou o excesso do líquido pode desacelerar a compostagem - se houver excesso, é necessário acrescentar matéria seca, como serragem, que é a melhor indicação para isso.
A faixa de umidade ótima recomendada para se obter um máximo de decomposição está próxima de 50%, devendo haver uma maior atenção ao teor de umidade durante a fase inicial, pois esta precisa de uma adequação do suprimento de água para promoção do crescimento dos organismos biológicos envolvidos no processo e para que as reações bioquímicas ocorram no tempo certo, durante o processo de compostagem;
• Aeração: no processo de compostagem, é possível dizer que a aeração é o fator mais importante a ser considerado, isso porque o arejamento evita a formação de maus odores e a presença de insetos, como as moscas de frutas, por exemplo, o que é importante tanto para o processo como para o meio ambiente. Também deve-se levar em contra que, quanto mais úmida está a massa orgânica, mais deficiente será sua oxigenação. É recomendado que o primeiro revolvimento seja feito em duas ou três semanas após o início do processo, pois esse é o período em que se exige a maior aeração possível. Em seguida, o segundo revolvimento deve ser feito aproximadamente três semanas após o primeiro, e dez semanas após o inicio de processo de compostagem deve ser feito o terceiro revolvimento para uma incorporação final de oxigênio.
Uma massa orgânica com uma dose apropriada de nitrogênio e carbono ajuda no crescimento e a atividade das colônias de micro-organismos envolvidos no processo de decomposição, possibilitando a produção do composto em menos tempo. Sabendo que os micro-organismos absorvem o carbono e o nitrogênio numa proporção de 30 partes de carbono para uma parte de nitrogênio, ou seja, uma razão de 30/1, essa é a proporção ideal para o material orgânico depositado na composteira, mas também são recomendados valores entre 26/1 e 35/1, como sendo as relações C/N mais propícias para uma rápida e eficiente compostagem.
Resíduos com relação C/N baixa (C/N<26 a="" alta="" amoniacal="" banana="" c="" cachos="" carbono="" caso="" celul="" como="" compostagem.="" contr="" de="" do="" durante="" e="" elevar="" em="" forma="" ideal.="" juntar="" madeira="" mat="" milho="" na="" nesse="" nio="" nitrog="" no="" o="" ou="" palha="" para="" perdem="" pobres="" possui="" pr="" processo="" quando="" recomenda-se="" rela="" restos="" ria-prima="" ricos="" rio="" s="" sabugo="" seja="" serragem="" sicos="" talos="" um="" valor="" vegetais="" ximo="">35/1), o processo de compostagem torna-se mais demorado e o produto final apresentará baixos teores de matéria orgânica. Para corrigir esse erro, deve-se acrescentar materiais ricos em nitrogênio, como folhas de árvores, gramíneas e e legumes frescos.
Além do que até aqui mencionado, outros cuidados recomendados estão relacionados ao local onde a composteira estará alocada: o preparo prévio do material orgânico, a quantidade de material a ser compostado e as dimensões das leiras (quando a compostagem é feita em leiras, pilhas de resíduos em linha). Você também deve tomar cuidado com quais materiais orgânicos colocar na sua composteira, como por exemplo, no caso da vermicompostagem, onde há restrições a alguns tipos de alimentos já mencionados e também devendo-se evitar a deposição em excesso de frutas cítricas, cebola ou alho, pois alteram o pH do composto. (Veja aqui o que pode e não pode ir na sua composteira).
Importância para o meio ambiente e para a saúde da população
Segundo dados do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o material orgânico corresponde a cerca de 52% do volume total de resíduos produzidos no Brasil e tudo isso vai parar em aterros sanitários, onde são depositados com os demais e não recebem nenhum tipo de tratamento específico.
O uso da compostagem traz muitas vantagens para o meio ambiente e para a saúde pública, seja aplicada no ambiente urbano (domésticos ou industriais) ou rural. A maior vantagem que pode ser citada é que, no processo de decomposição da compostagem, ocorre somente a formação de dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), água (H2O) e biomassa (húmus). Por se tratar de um processo de fermentação que ocorre na presença de oxigênio (aeróbico), permite que não ocorra a formação de gás metano (CH4), gerado nos aterros por ocasião da decomposição destes resíduos, que é altamente nocivo ao meio ambiente e muito mais agressivo, pois é um gás deefeito estufa cerca de 25 vezes mais potente que o gás carbônico - e mesmo que alguns aterros utilizem o metano como energia, essas emissões contribuem para o desequilíbrio do efeito estufa, influência humana potencialmente determinante das mudanças climáticas.
Adicionalmente, ao diminuirmos a quantidade de lixo destinado aos aterros, haverá, por consequência, uma economia nos custos de transporte e de uso do próprio aterro, ocasionando o aumento de sua vida útil (veja aqui matéria sobre o uso da compostagem em grandes cidades). Outra vantagem é a redução do passivo ambiental, que é o conjunto de obrigações que as empresas têm com o meio ambiente e sociedade, ou seja, quando as empresas ou indústrias geram algum tipo de passivo ambiental, também têm que gerar investimentos para compensar os impactos causados à natureza. Assim, com a compostagem, reduzem o lixo produzido, pois ele faz parte do passivo ambiental das empresas e indústrias.
Além de tudo que percorremos até aqui, a compostagem promove a valorização de um insumo natural e ambientalmente seguro, adubo orgânico, atuante sobre a reciclagem dos nutrientes do solo e no reaproveitamento agrícola da matéria orgânica, assim evitando o uso de fertilizantes inorgânicos, formados por compostos químicos não naturais, cujos mais comuns levam em sua composição substâncias como nitrogênio, fosfatos, potássio, magnésio ou enxofre (veja aqui mais informações sobre esse tipo de fertilizante), cujos efeitos, sobretudo os fertilizantes nitrogenados, se apresentam igualmente nocivos ao desequilíbrio do efeito estufa. Também é possível mencionar os riscos que esses fertilizantes podem trazer devido à presença de metais pesados em sua composição(fique por dentro lendo essa matéria).
Se suas dúvidas sobre compostagem foram solucionadas com essa matéria e você está querendo praticar a sua em casa, você pode comprar uma composteira doméstica em nossa loja. Para isso, basta clicar aqui e encontrar o melhor tipo para sua casa e sua família

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Pesquisadores estudam efeitos dos agrotóxicos nos agricultores - Program...

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. O veneno afeta a saúde de agricultores, consumidores e o meio ambiente. No ano passado, o Centro de Informações Toxicológicas do Estado atendeu 612 casos de contaminação. Uma realidade que preocupa. Para investigar a história e avaliar o grau de intoxicação dos agricultores no uso e manejo de agrotóxicos, estudantes dos cursos de Biomedicina e Educação Física da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), de Caxias do Sul, estão realizando um projeto pioneiro. O estudo envolve agricultores de 22 municípios da região. Iniciou no ano passado e será concluído nos próximos meses.

Jornalista Rejane Paludo
Cinegrafista Aldir Marins
Nova Bassano - RS

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Mesa Redonda - Semana da Primavera em Porto Alegre









A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) promoverá, durante a 24ª Semana da Primavera, a ser realizada entre os dias 19 e 28 de setembro, duas mesas-redondas, que acontecerão no dia 22, no auditório da Secretaria Municipal de Administração (SMA), rua Siqueira Campos, 1300. A primeira, cujo título é “Zona Rural: A Realidade do Município de Porto Alegre”, será das 9h às 12h. A segunda, “As várias formas de conservação”, ocorrerá das 14h às 18h.

A atividade da manhã contará com a participação de Antônio Melo Bertaco, chefe da Divisão de Fomento Agrícola da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Felipe Vianna, presidente do Econsciência, e Paulo D. Waquil, professor do curso de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Já a discussão da tarde terá a presença do Dr. Luis Fernando Carvalho Perello, secretário de estado adjunto de meio ambiente da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (Sema), Mauro Moura, supervisor de meio ambiente da Smam, e Alberto Pretto Moesch, advogado, professor de Direito Ambiental e presidente da Fundação Ecossis.

As inscrições devem ser feitas pelo e-mail faunasilvestre@smam.prefpoa.com.br. Para mais informações, ligue (51) 3289-7517.

Biol. MSc. Soraya  Ribeiro

Chefe da Equipe Agrosilvopastoril e Fauna Silvestre
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Prefeitura Municipal de Porto Alegre

Divulgada análise sobre árvores com risco de queda na Capital



 29/08/2014 17:40:38
Foto: Sérgio Louruz/Divulgação PMPA
Avaliação levou em conta aspectos internos e externos dos vegetais
Avaliação levou em conta aspectos internos e externos dos vegetais
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) apontou a necessidade de remoção de 38 das 150 árvores que foram analisadas interna e externamente pelos especialistas contratados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam). Outras 73 árvores terão prioridade nas ações de poda. O relatório foi apresentado à imprensa na tarde desta sexta-feira, 29, na sede da Smam. 
O chefe do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis (LAMM) do IPT, Sérgio Brazolin, ressaltou que o resultado do trabalho, que consistiu no levantamento de características de dendrometria, fitossanidade, condições de entorno, estado geral e análise externa e interna, era esperado. “Trabalhamos com árvores que já eram vistas como críticas pelos técnicos da Smam, em função da idade avançada e do grande porte. É natural que tenhamos recomendado a priorização de remoções e podas, pois gosto sempre de ressaltar que a árvore é um ser vivo que uma hora morre”, destacou.  
Conforme o secretário Cláudio Dilda, a Smam dará prioridade ao atendimento das remoções. “Já iniciamos o trabalho pelo Parque Farroupilha, onde dois eucaliptos que apresentavam risco foram retirados. Após o término do serviço na Redenção, vamos cobrir as outras áreas da cidade, por ordem de emergência. Nossa meta é finalizar as supressões e podas até o fim deste ano”, disse. As remoções serão compensadas posteriormente, obedecendo às diretrizes do plano diretor de arborização urbana.
O biólogo do IPT, Vinícius Felix Pacheco, explicou que 17 das 150 árvores não precisaram passar por análise interna. “Verificamos já na avaliação externa a necessidade de manejo, não estando o risco de queda atrelado a problemas internos do vegetal. Sendo assim, das 150 árvores, aferimos com equipamentos 133, estando 56 sadias e 77 com algum tipo de deterioração”, afirmou.
Curso – Ao longo desta semana, os especialistas do IPT ministraram curso de capacitação para 30 técnicos da Smam, que trabalham diretamente com o manejo da arborização urbana, com o objetivo de aperfeiçoar o diagnóstico e a análise de risco de árvores. O curso, com 40 horas de aulas teóricas e práticas, integra conjunto de ações da Smam para aprimorar a prestação de serviços e reduzir os riscos de quedas de vegetais a partir de vistorias técnicas. 
O diretor de Parques, Praças e Jardins, Sergio Tomasini, que participou do curso, destacou que esta é a primeira vez que os técnicos da Smam recebem capacitação em avaliação de risco. "Estamos todos muito satisfeitos com o curso, pois alinhamos a terminologia e tomaremos decisões sobre manejo com maior embasamento técnico. Quem ganha é a cidade", disse.  
O secretário enfatizou que a Smam, de forma permanente, vem buscando alternativas viáveis para reduzir os riscos de queda de árvores e qualificar o serviço. “Apenas outras três capitais do Brasil – São Paulo (2005), Brasília (2010) e Manaus (2012) – já realizaram este curso para o corpo técnico. Nossa próxima grande ação será o apoio à realização de um seminário internacional da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, em março do ano que vem, a fim de aprofundar o debate sobre o assunto”, destacou. Dilda disse ainda que há previsão orçamentária para 2015 de compra de equipamento para análise interna das árvores. 
 
O supervisor de Praças, Parque e Jardins, Léo Antonio Bulling, ressaltou que os técnicos receberam instruções de como lidar com equipamentos de análise interna e que, a partir de agora, ajudarão a decidir qual o melhor equipamento a ser utilizado na cidade. “A decisão sobre a necessidade de compra do equipamento e da melhor ferramenta a ser usada será tomada após avaliação do corpo técnico da secretaria, com apoio da Assessoria de Planejamento”, disse.
Para acessar o relatório de localização das árvores analisadas e a recomendação de manejo, clique aqui.   


/meio_ambiente
Texto de: Cibele Carneiro
Edição de: Vanessa Oppelt Conte
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Técnicos participam de curso sobre riscos de queda de árvores


Foto: Sérgio Louruz/Divulgação PMPA
Capacitação qualificará tomada de decisões
Capacitação qualificará tomada de decisões
Trinta técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), que trabalham diretamente com o manejo da arborização urbana, iniciaram na manhã desta segunda-feira, 25, capacitação ministrada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT). O curso, que ocorre até a próxima sexta-feira, 29, tem como objetivo treinar os técnicos municipais em diagnóstico e análise de risco de queda de árvores, qualificando as decisões sobre o manejo da arborização. 
 
O curso, com 40 horas de duração e aulas teóricas e práticas, é ministrado pelo chefe do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis (LAMM) do IPT, Sérgio Brazolin, considerado um dos maiores especialistas brasileiros em avaliação de risco, e pelo Biólogo Vinícius Felix Pacheco. A capacitação integra conjunto de ações da Smam para qualificar a prestação de serviços e reduzir os riscos de quedas de vegetais a partir de vistorias técnicas. A Smam contratou o IPT para realizar a análise  externa e interna de 150 árvores de Porto Alegre e capacitar os técnicos municipais. O relatório final será apresentado à imprensa na próxima sexta-feira, 29, às 17h, na sala 111 da Smam (Av. Carlos Gomes, 2120). 
 
Árvores analisadas pelo IPT - Dos 150 vegetais, 86 situam-se na Redenção (das quais duas já foram removidas), 13 na Praça Dom Feliciano, 13 na rua Padre Tomé, 12 na Praça da Alfândega, 11 na Praça da Matriz, 2 na Praça XV de Novembro e 2 na Guilherme Alves. No Parque Moinhos de Vento (Parcão), na Praça José Comunal e nas vias João Pessoa, Gonçalo de Carvalho, Andradas, Barão do Gravataí, João Alfredo, Teresópolis, Saicã, Felizardo Furtado e Protásio Alves houve a avaliação de um vegetal. 

sábado, 23 de agosto de 2014

Conheça o papel de cada nutriente para suas plantas

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Macronutrientes

Nitrogênio (N):
Tem ação na parte verde da planta, as folhas. É um dos principais componentes das proteínas vegetais, sem ele as plantas não podem realizar a fotossíntese nem a respiração. Atua no crescimento e nas brotações da planta. Sem nitrogênio, a planta não cresce normalmente, se torna pequena e com um menor número de folhas.
Como perceber se está faltando: A presença de folhas amareladas é um bom indício de falta de nitrogênio.
Onde encontrar:
Químicos: Ureia, Sulfato de Amônio, Salitre do Chile e adubos compostos com grande percentual de N, como NPK 20.05.20.
Orgânicos: Esterco bovino e de aves, húmus de minhoca e farinha de peixe.

Fósforo (P):
Atuando principalmente na floração e na maturação e formação de frutos, no crescimento das raízes e na multiplicação das células, o fósforo é essencial às plantas e deve estar presente em uma forma inorgânica simples para que possa ser assimilado.
Como perceber se está faltando: Atraso no florescimento, flores quebradiças e pequeno número de frutos e de sementes.
Onde Encontrar:
Químicos: Superfosfatos, Termofosfatos e adubos compostos com alto percentual de P, como NPK 04.14.08.
Orgânicos: Farinha de ossos e Farinha de peixe.

Potássio (K):
Essencial para o crescimento e responsável pelo equilíbrio de água nas plantas. Atua no tamanho e na qualidade dos frutos e na resistência a doenças e falta de água.
Como perceber se está faltando: Crescimento lento, raízes pouco desenvolvidas, caules fracos e muito flexíveis e formação de sementes e frutos pouco desenvolvidos.
Onde Encontrar:
Químicos: Cloreto de Potássio, Sulfato de Potássio e em adubos compostos com alto percentual de K, como NPK 20.05.20.
Orgânicos: Cinza de madeira e esterco bovino.

Micronutrientes Principais

Cálcio (Ca):
Principal componente da parede celular, é importante para a formação de novas células, desenvolvimento de frutos, raízes e caules.
Como perceber se está faltando: Frutos deformados e manchados, pontas murchas e retorcidas nas folhas mais novas, raízes fracas e mal formadas.
Onde Encontrar:
Químico: Calcáreo dolomítico.
Orgânicos: Farinha de ossos, cinza de madeira.
Magnésio (Mg):
Principal componente da molécula de clorofila, o magnésio é fundamental para a fotossíntese.
Como perceber se está faltando: As folhas mais velhas ficam sem coloração, apesar das nervuras permanecerem verdes.
Onde Encontrar:
Químico: Calcáreo dolomítico
Orgânicos: Cinza de madeira e húmus de minhoca.
Enxofre (S):
Participa ativamente da fotossíntese.
Como perceber se está faltando: Na sua falta, as folhas não se desenvolvem bem e caem com facilidade, vão perdendo a cor verde e ficando com uma tonalidade avermelhada. Ocorre diminuição no volume de flores e na produção de frutos.
Onde Encontrar:
Químicos: Sulfato de Amônio, Superfosfato Simples.
Orgânicos: Esterco de frango e de boi.

Micronutrientes Secundários

Boro: Atua na formação dos frutos que, em sua falta, tornam-se feios e deformados. Há reflexos também nas folhas novas, que se tornam deformadas e caem. As raízes escurecem e podem morrer.
Cloro: Atua nas reações hídricas da planta. Normalmente presente nos solos, costuma ser desnecessário na adubação.
Cobre: Age nas folhas, no processo de fotossíntese. Na sua falta, as folhas mais novas ficam com as pontas enroladas.
Ferro: É um componente importante na formação da clorofila. A deficiência de ferro causa a perda da cor verde das folhas, que vão adquirindo uma tonalidade amareloesbranquiçada.
Manganês: Também atua na formação da clorofila, e sua falta pode causar mudança de coloração entre as nervuras das folhas.
Zinco: Faz parte da formação de enzimas responsáveis pelo crescimento celular, sua falta pode fazer com que as folhas novas não se desenvolvam corretamente.
Molibdênio: Sem ele, a planta não consegue absorver o nitrogênio.
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por Alexandre Bacelar

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Os benefícios do brócolis à saúde

Como aumentar o potencial dos benefícios anticancerígenos do brócolis

Pesquisa aponta que variedade da verdura congelada não tem as propriedades contra a doença no alimento


Como aumentar o potencial dos benefícios anticancerígenos do brócolis reprodução/reprodução
Consumir de três a cinco porções de brócolis por semana ajuda a prevenir o câncer Foto: reprodução / reprodução
Se você quiser aproveitar todos os benefícios do brócolis à saúde, ignore colocá-lo no freezer, já que uma nova pesquisa sugere que a variedade da verdura congelada não tem as propriedades anticancerígenas contidas no alimento.
Mesmo que as famílias muito ocupadas muitas vezes recorram aos sacos de brócolis congelados por conta da conveniência, uma equipe de cientistas norte-americanos descobriu que escaldar ou cozinhar os vegetais no calor muito elevado, parte do processo para o congelamento, tira a mirosinase do brócolis. Ela nada mais é do que uma enzima-chave necessária para produzir o sulforafano, o composto poderoso que previne o câncer.
O sulforafano é formado quando o brócolis fresco é cortado ou mastigado, um processo que coloca glucoraphanin e mirosinase em contato uma com a outra. Depois da realização de uma série de experimentos, no entanto, os cientistas da Universidade de Illinois observaram que escaldar os legumes em uma temperatura um pouco mais baixa do que o padrão da indústria atual poderia ajudar a preservar a maior parte das enzimas mirosinase, sem comprometer a segurança e qualidade alimentar. Em vez de 86ºC, os cientistas recomendam aquecer o brócolis a 76ºC.
Mas nem tudo está perdido quando se trata de brócolis congelado. O composto contra o câncer pode ser desbloqueado tanto no estado congelado, como no cozido, quando combinado com outros alimentos que contenham a mirosinase.
Por exemplo, o brócolis congelado com rabanetes crus, repolho, rúcula, agrião, raiz forte, mostarda picante ou wasabi pode receber uma ativação dos compostos bioativos, dizem os cientistas. E consumir de três a cinco porções de brócolis por semana tem apresentado benefícios quanto à prevenção do câncer.
O estudo completo foi publicado no Journal of Food Science.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

A História da Agricultura e a Economia Verde

O futuro de nosso mundo depende de tratar agora desafios globais. Precisamos criar meios de vida sustentáveis, alimentar uma população crescente e proteger o meio ambiente. Precisamos fazer a economia global verde.

Conheça nove alimentos que ajudam a prevenir o colesterol

Fonte: jornal zero hora

colesterol é um tipo de gordura natural do corpo e agente de funções importantes no organismo. Porém, quando esse tipo de substância atinge um nível muito elevado, os cuidados com a saúde do coração devem ser redobrados. 

Colesterol elevado pode prejudicar fertilidade
Uma boa forma de prevenir o surgimento do colesterol é incluir alguns alimentos no cardápio. A nutricionista Flavia Morais indica alguns alimentos que podem ser incluídos na dieta. Confira:
1) Frutas vermelhas
 

Framboesa, amora, mirtilo, cranberry, goji, cereja, açaí, morango. Todas elas ajudam a controlar as taxas de colesterol sanguíneo e atuam na prevenção da hipertensão arterial, levando ao relaxamento das artérias e contribuindo para uma boa saúde cardiovascular.
2) Peixes (salmão, atum, sardinha)
 
Ricos em ômega-3, um tipo de gordura benéfica que diminui a captação de LDL pela parede das artérias, previnem contra as placas. Prefira as versões assadas, grelhadas e ensopadas.
4) Chá verde
 
ingestão regular de chá verde está relacionada à prevenção e controle de doenças cardiovasculares. É fonte de epigalocatequinas (EGCG), poderoso antioxidante que ajuda na redução dos níveis de colesterol total e LDL.
5) Chocolate amargo
 

Rico em polifenóis, uma classe poderosa de antioxidantes, que ajudam a potencializar os níveis de HDL, conhecido como o "bom colesterol". Além disso, impede que as plaquetas grudem umas nas outras, mantendo as artérias desobstruídas.
6) Abacate 
 
Grande fonte de gordura monoinsaturada, que contribui para a redução do LDL colesterol e aumento do HDL colesterol, auxiliando na prevenção contra doenças cardiovasculares. Concentra altas quantidades de beta-sitosterol, um fitosterol que reduz a quantidade de colesterol absorvida dos alimentos.
7) Alho
 

Contem aliina e alicina, antioxidantes que contribuem para diminuir o colesterol e reduzir a pressão arterial.
8) Azeite de oliva
 

Fonte de ômega-9 (gordura do tipo monoinsaturada) e ácidos fenólicos com alto potencial antioxidante. Conferem benefícios na prevenção de doenças cardiovasculares, controle da pressão arterial e do colesterol.
9) Vinho tinto
 
Contém uma substância chamada resveratrol, que atua na redução do colesterol e tem efeito antioxidante. Ao impedir que as partículas de LDL, conhecido como "mau colesterol", se oxidem, a substância evita indiretamente que elas grudem na parede dos vasos. No entanto, é preciso consumir com moderação.

sábado, 16 de agosto de 2014

Frutas vermelhas, uma opção para os pequenos agricultores.

Bom dia! Existe um aumento do consumo destas frutas, provavelmente pela divulgação nos meios de comunicação das propriedades terapeuticas do mirtilo, da amora preta e da framboesa. Com exceção do mirtilo, para as demais conseguem-se mudas facilmente. Elas ocupam pouco espaço físico e produzem muito, desde que sejam adubadas. Quanto ao mirtilo, eu gostaria de ter algumas mudas, mas é difícil conseguir.
abraços
Alexandre Panerai 
eng. agrônomo






Estudo: frutas vermelhas (berries) ajudam no combate à hipertensão

Um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition mostra que as antocianinas, encontradas nas frutas vermelhas (também conhecidas como “berries”, compostas por um grupo que engloba amoras vermelhas e pretas, framboesas, groselha, o morango e o mirtilo) podem reduzir a pressão arterial elevada. De acordo com a pesquisa, os indivíduos que consumiram pelo menos uma porção por semana de mirtilo (planta largamente cultivada em países do Hemisfério Norte, mas pouco conhecida no Brasil, chamado também de blueberries ou uva-do-monte) reduziram em 10% o risco de desenvolver hipertensão em comparação com aqueles que não comeram.

Muitos alimentos são conhecidos como nutracêuticos – alimentos ou parte dos alimentos que apresentam benefícios à saúde, incluindo a prevenção e/ou tratamento de doenças. Entre as substâncias que proporcionam essas alterações no organismo estão os flavonóides encontrados em diversas espécies vegetais e de alimentos derivados deles (frutas, chá, vinho, etc).

Os flavonóides encontrados nos alimentos são classificados em diversas subclasses, como as antocianinas. Os pigmentos antocianinas dão às frutas sua cor azul-violeta intensa. Quanto mais escura, maior o conteúdo de antocianina.

Este é o primeiro grande estudo para investigar o efeito de diferentes flavonóides em relação à hipertensão.

A hipertensão arterial (HTA) conhecida popularmente como pressão alta é uma das principais doenças cardiovasculares em todo o mundo. Quando não é tratada, é o principal fator de risco para derrames, doenças do coração, paralisação dos rins, lesões nas artérias, podendo também causar alterações na visão, etc. Cerca de um quarto da população adulta no mundo sofre de HTA – incluindo 10 milhões de pessoas no Reino Unido e um em cada três adultos nos EUA. A proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial cresceu de 21,5%, em 2006, para 24,4%, em 2009. Os dados fazem parte de levantamento anual do Ministério da Saúde e foram divulgados em abril de 2010.

O estudo

Os pesquisadores da Universidade de East Anglia (UEA) e Harvard acompanharam e estudaram por 14 anos 134.000 mulheres e 47.000 homens recrutados em dois programas de saúde pública nos EUA, o Nurses ‘Health Study e Health Professionals Follow-up Study. Nenhum dos participantes tinha hipertensão no início do estudo. Todos os voluntários responderam questionários detalhados sobre a saúde a cada dois anos, e sobre os hábitos alimentares a cada quatro anos.

Durante a pesquisa, 35.000 indivíduos desenvolveram hipertensão. O chá têm sido identificado como o alimento que fornece a maior quantidade de flavonóides, juntamente com a maçã, o suco de laranja, o mirtilo, o vinho tinto e o morango. Quando os pesquisadores analisaram a relação entre as subclasses individuais de flavonóides e a hipertensão, eles descobriram que os participantes que consumiam mais antocianinas (encontradas, principalmente, no murtilo e morango), reduziram em 8% a probabilidade de serem diagnosticados com hipertensão em relação aos que consumiram pouco.

O poder do mirtilo

O resultado foi ainda mais positivo para o consumo de mirtilo, em comparação com o morango. Os indivíduos que comiam pelo menos uma porção de blueberries por semana reduziram em 10% a probabilidade de se tornarem hipertensos.

“Nossos resultados são animadores e sugerem que a ingestão de antocianinas podem contribuir para a prevenção da hipertensão”, disse o autor Prof Aedin Cassidy, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Medicina da UEA.

*Estudo: Habitual intake of flavonoid subclasses and incident hypertension in adults’ by A Cassidy (UEA), E O’Reilly (Harvard), Colin Kay (UEA), L Sampson (Harvard), M Franz (Harvard), J Forman (Harvard), G Curhan (Harvard), and E Rimm (Harvard) will be published in the February 2011 edition of the American Journal of Clinical Nutrition.

O que é o Mirtilo?

O mirtilo é uma fruta pertence à família Ericaceae e é nativo de várias regiões da Europa e dos Estados Unidos. O fruto é uma baga de cor azul-escura, de formato achatado.

Sua aparência é semelhante ao araçá, porém com coloração azul e tamanho de um grão de uva. Apresenta em seu interior muitas sementes e tem sabor doce-ácido a ácido. Esta fruta ganhou destaque devido às suas muitas propriedades medicinais.

O mirtilo é conhecido como blueberry, em inglês, e arándano, em espanhol, incluído-se no grupo das pequenas frutas, junto com a amora, morango, framboesa e fisalis. É uma das frutas frescas mais ricas em antioxidantes já estudadas. Tem um conteúdo particularmente elevado de polifenóis tanto na casca quanto na polpa, os quais conferem funções de proteção sobre as paredes das células.

A área cultivada no Brasil é superior a 150 hectares, e a destinação à produção vai para exportação, e parte é absorvida no mercado interno. O Rio Grande do Sul é o Estado que mais se destaca na produção de mirtilo. A colheita ocorre de novembro a abril, sendo que as cultivares mais bem adaptadas são: Aliceblue, Bluebelle, Bluegen, Briteblue, Clímax, Delite, Powderblue, Woodhard, entre outras.

Os frutos podem ser consumidos in natura ou após processamento por congelamento, desidratação, enlatamento ou fabrico de geléias ou licores, sucos, sorvetes e doces em geral.

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) comprovaram que o mirtilo produzido no Brasil tem as mesmas características do blueberry – a versão original da fruta, cultivada nos Estados Unidos e na Europa – e possui a mesma quantidade de pigmentos antocianos. É este pigmento que age de maneira benéfica em nosso organismo: combate os radicais livres, é antiinflamatório, melhora a circulação e reduz o colesterol ruim. Outro benefício comprovado do mirtilo está ligado à saúde dos olhos.

Estudos científicos têm mostrado que o mirtilo previne doenças relacionadas à visão, como catarata e glaucoma, melhorando a capacidade de leitura e o foco da visão. Os antocianos presentes no mirtilo têm a capacidade de reverter ou evitar o problema, prolongando a capacidade visual, segundo o farmacêutico José Ângelo Zuanazzi, da UFRGS.

Fonte: Revista Brasileira de Fruticultura - www.scielo.br

 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Goji Berry: conheça os benefícios dessa fruta milenar

Goji Berry in natura (Foto: Divulgação)Goji Berry in natura (Foto: Divulgação)
Pode ser que você nunca tenha ouvido falar em Goji Berry - alimento tradicional na medicina chinesa ela é conhecida como a fruta da longevidade entre os tibetanos e vem conquistando cada vez mais espaço no cardápio dos brasileiros. Originária do sul da Ásia (China, Tibet e Índia) a fruta, por ter propriedades antioxidantes, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, inflamatórias e distúrbios do sistema neurológico e imunológico. Porém, seu consumo crescente está mais associado à prevenção e tratamento do envelhecimento precoce - o que torna o Goji Berry a “fruta do momento”.
Qual é a quantidade recomendada?
Com tantos benefícios resta saber como tirar o melhor proveito deste alimento. No Brasil, a fruta é encontrada na forma desidratada e para alcançar seu efeito medicinal a dosagem recomendada pelos nutricionistas é de uma a três colheres por dia.
Emagrece?

Assim como todas as frutas, o consumo regular de Goji Berry pode ajudar no emagrecimento associado a uma alimentação adequada e hábitos de vida saudáveis como a realização de atividade física. “Não podemos esperar que apenas o consumo isolado do Goji Berry seja eficiente no emagrecimento. Já tivemos o óleo de coco, chocolate amargo, quinoa, chia, e agora temos o Goji Berry como o alimento da vez. O que é preciso entender é que não há fórmula mágica para emagrecimento”, explica Julianna Shibao, coordenadora do curso de Nutrição da Universidade Anhanguera de São Paulo - unidade Maria Cândida.

A planta da fruta Goji Berry (Foto: Divulgação)A planta da fruta Goji Berry (Foto: Divulgação)
Consumo excessivo
Um mito que envolve a fruta é em relação à celulite, o Goji Berry possui atividade anti-inflamatória, mas seu consumo não está evidenciado nos estudos científicos como tratamento de desordens estéticas. O consumo excessivo de Goji Berry pode ocasionar alergias por alguns compostos presentes na fruta. “O Goji Berry pode dificultar a coagulação sanguínea, principalmente, em pacientes que já tomam anticoagulantes”, alerta Juliana. Por isso, vale ressaltar que seu consumo deve ser orientado por um médico ou nutricionista.
Onde comprar
Nas 280 lojas da Mundo Verde espalhadas pelo Brasil, a fruta Goji Berry pode ser encontrada em forma de cápsulas ou em pó para chá.
Goji Berry - Katigua: A opção em cápsula é uma forma prática para consumo, possui ainda colina, magnésio, selênio, zinco, vitamina B6, ácido fólico e cromo. Deve-se seguir a orientação de consumo presente no rótulo da embalagem do produto.
Goji Berry Instantâneo – Chá Mais: O goji instantâneo é enriquecido com vitaminas, minerais, colágeno, hibisco e é adoçado com estévia. É uma opção prática para consumo, a recomendação é adicionar 10 gramas em 200 ml de água e mexer até completa dissolução.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Ora-pro-nobis - Pereskia aculiata + Pão verde com ora-pro-nobis


Uma planta rica em proteínas que pode ajudar a minimizar o problema da fome não só no Brasil.



Conhecida popularmente como “ora-pro-nobis”, a planta Pereskia aculiata pertence à família dos cactos. É uma cactácea nativa da região que vem desde a Flórida até o Brasil. Trata-se de uma trepadeira que apresenta folhas suculentas e comestíveis, cuja forma lembra a ponta de uma lança. Por apresentar ramos repletos de espinhos e crescimento vigoroso, a planta pode ser usada com sucesso como uma cerca-viva intransponível.

Do ponto de vista ornamental, a “ora-pro-nobis” apresenta uma florada generosa que ocorre entre os meses de janeiro a abril, produzindo um espetáculo surpreendente. O curioso é que poucas pessoas conhecem ou tiveram a oportunidade de presenciar sua floração que, embora seja exuberante, é efêmera, pois dura apenas um dia. Uma outra característica interessante é que suas flores são muito perfumadas e melíferas, tornando o seu cultivo indicado também aos apicultores. Foto abaixo a raríssima flor da ora-pro-nobis

Após a floração, o “ora-pro-nobis” produz frutos em forma de pequenas bagas amarelas e redondas, entre os meses de junho e julho. E aí vem um ponto importante a ser observado: nem todas as variedades desta planta são comestíveis; apenas a que tem flores brancas, com miolo alaranjado e folhas pequenas.



Pão e macarrão verdes

As folhas do ora-pro-nobis, desidratadas, contém 25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como cálcio, fósforo e ferro. É uma planta que merece atenção especial por seu alto valor nutritivo e facilidade de cultivo, inclusive doméstico.

Por apresentarem fácil digestão, as folhas da planta podem ser usadas de diversas formas. Uma boa alternativa é triturá-las com água no liquidificador e juntar à massa do pão, acrescentando ao alimento mais nutrientes e uma atraente cor verde. O mesmo pode ser feito com a massa de macarrão. As folhas podem também enriquecer saladas, refogados, sopas, omeletes, tortas ou mesmo dar mais riqueza ao nosso velho arroz-com-feijão.

O cultivo mecanizado e o processamento industrial do ora-pro-nobis poderiam representar uma revolução nos recursos alimentícios da humanidade. No entanto, essa planta é pouco conhecida. Ela poderia integrar planos de governo na recuperação de áreas degradadas e no combate à fome, mas os políticos são cegos para o que o povo precisa. Assim, enquanto o ora-pro-nobis não desperta interesse no plano governamental, o cultivo doméstico pode representar o primeiro passo para a abertura de uma nova alternativa para as regiões áridas.

Os estudos para o desenvolvimento genético dessa planta poderiam trazer grandes benefícios, mas enquanto isso não acontece, o ora-pro-nobis pode ser cultivado em jardins e quintais, onde suas propriedades nutricionais e ornamentais têm a oportunidade de ser exploradas.

Pão verde com ora-pro-nobis:

Ingredientes
50g. de fermento para pão em tablete
½ copo de água morna
½ copo de água fria
2 colheres (sopa) de margarina
2 ovos inteiros
1 colher (sopa) rasa de açúcar
1 colher (sobremesa) de sal
500g. de farinha de trigo (pode ir um pouco mais ou menos, dependendo do ponto da massa)
100g. de folhas de ora-pro-nobis

Modo de fazer

Dissolver o fermento juntamente com açúcar na água morna. Misturar em seguida os ovos, a margarina e o sal. Reserve. Colocar as folhas de ora-pro-nobis no liquidificador e bater com a água fria. Juntar aos ingredientes reservados, adicionando a farinha até que a massa comece a soltar das mãos.

Sovar bem e deixar descansar até que dobre de volume. Dividir a massa em dois pães e colocar novamente para crescer. Levar para assar em forno já aquecido.

Fonte: http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/A03orapronobis.htm



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