quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Iinovação e sustentabilidade no agro catarinense!!!!

 

fonte : jornal de floripa

Macroalgas e aquicultura transformam o agro catarinense com inovação e sustentabilidade

Biofertilizantes naturais impulsionam a produção agrícola, enquanto o cultivo de peixes em cavas reaproveitadas redefine a piscicultura no Estado – Foto: Divulgação

O agronegócio é um dos pilares de Santa Catarina, contribuindo com 30% do PIB do Estado. Entre as atividades em expansão, destaque para a criação de tilápias em cavas e o cultivo de macroalgas, que estão transformando o setor. Antes limitadas às águas, as macroalgas agora ganham protagonismo na produção agrícola, impulsionando colheitas e abrindo novas oportunidades para o desenvolvimento do agro catarinense.

Uma cadeia produtiva em constante evolução. O que antes era apenas uma promessa agora se torna realidade: as macroalgas conquistam espaço e melhoram a produção agrícola em Santa Catarina.

Do mar para o campo, elas se destacam como biofertilizantes 100% naturais, revolucionando a agricultura catarinense. Em São Pedro de Alcântara, a 35 km da capital, essa inovação já está criando raízes. Os resultados aparecem tanto no solo quanto na economia local, com produtores adotando novas tecnologias e aumentando a produtividade a cada safra.

Os benefícios das macroalgas

A macroalga não apenas fortalece as plantas, mas também reduz custos e aumenta a eficiência da produção agrícola. Além disso, contribui para a durabilidade dos alimentos: produtos como alface, que muitas vezes chegam ao mercado e se deterioram rapidamente, passam a ter um aumento de três a quatro dias no tempo de prateleira.

O biofertilizante produzido a partir da macroalga pode ser até três vezes mais econômico em comparação a produtos biológicos convencionais. Essa inovação atende à crescente demanda dos consumidores por alimentos mais seguros e em conformidade com padrões de qualidade.

A validação do extrato em diferentes culturas do agronegócio catarinense foi a primeira etapa desse processo. Registrado no Ministério da Agricultura como fertilizante orgânico, o produto conta com protocolos de aplicação ajustados às necessidades específicas de cada cultura, garantindo maior eficiência e rendimento.

Com isso, a principal intenção é elevar a produtividade no campo, beneficiando tanto os produtores quanto os consumidores finais, que recebem alimentos de melhor qualidade e com maior segurança alimentar.

Pesquisas da Epagri demonstraram que a macroalga Kappaphycus alvarezii desempenha um papel significativo na captura de dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo para o combate ao efeito estufa. Com a expansão das fazendas marinhas em Santa Catarina, estima-se que o cultivo seja capaz de sequestrar mais de 2.500 toneladas de carbono por ano. Atualmente, mais de 50 produtores no Estado já aderiram a essa iniciativa, reforçando seu potencial ambiental e econômico.

Um dos grandes desafios dessa atividade tem sido o desenvolvimento de maquinários para o beneficiamento, especialmente diante do aumento da demanda. Enquanto isso, o plantio das mudas para a nova safra já está em andamento, consolidando uma revolução verde que conecta o mar e a terra em uma cadeia produtiva sustentável.

Esse modelo pode ser um diferencial estratégico para o agronegócio catarinense, que se caracteriza pela agricultura familiar em pequenas propriedades. Com acesso a um produto de custo mais baixo, os produtores conseguem aumentar a rentabilidade, reduzir despesas e ampliar a produção, impulsionando o desenvolvimento econômico.

Além disso, essa integração de macroalgas e ciência está construindo um futuro promissor, com alimentos mais saudáveis, resistentes e de maior qualidade, beneficiando tanto o mercado quanto os consumidores.

Inovação sustentável na alimentação de peixes

A inclusão de dietas alternativas à base de macroalgas na alimentação de tainhas está revolucionando a aquicultura, oferecendo uma solução mais sustentável e econômica. Essa abordagem melhora a saúde dos peixes, otimiza a produção, reduz a dependência de rações tradicionais e minimiza os impactos ambientais.

A inclusão de dietas alternativas à base de macroalgas na alimentação de tainhas está revolucionando a aquicultura, oferecendo uma solução mais sustentável e econômica – Foto: Divulgação

Em tubos de ensaio, entre pós finos e cristais de sal, a macroalga Kappaphycus alvarezii demonstra todo o seu potencial inovador para o setor. No laboratório de análise fisicoquímica do Labcal, localizado no Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFSC, no Centro de Ciências Agrárias, o mar se transforma em ciência e inovação.

Sob a liderança do professor Giustino Tribuzi, o laboratório se dedica a explorar como cada extração de substâncias abre caminho para novos produtos e alimentos mais saudáveis. O professor destaca que todo alimento que chega à mesa do consumidor precisa ser seguro. Por isso, há anos o trabalho do grupo se concentra em avaliar a segurança dos alimentos, além de propor e sugerir métodos eficazes de higienização e sanificação, garantindo que eles ofereçam benefícios reais ao consumidor final.

Os pesquisadores investigam o grande potencial da macroalga, rica em carragena, antioxidantes e sais minerais, compostos que podem revolucionar várias indústrias. O primeiro produto extraído da alga foi um biofertilizante, mas também existe um subproduto, com alto teor de carragena, antioxidantes e pigmentos, que se destaca como um ingrediente promissor para a indústria alimentícia.

A cada estudo, novos potenciais da macroalga são revelados, mostrando sua estrutura firme e ao mesmo tempo elástica. No laboratório de piscicultura marinha da UFSC, que é pioneiro mundial na reprodução completa da tainha em cativeiro, a macroalga foi incorporada à dieta dos peixes nos últimos 60 dias de cultivo. O resultado foi um impressionante aumento de 20% no peso das tainhas.

Caio Magnotti, do Laboratório de Piscicultura Marinha da UFSC, explica que o uso da macroalga no cultivo de tainhas pode resultar em um ganho de crescimento de 10 a 15% para os peixes, utilizando um recurso que, de outra forma, seria descartado.

Isso não só gera economia em ração, como também torna o processo de cultivo mais eficiente do ponto de vista energético e econômico. Além disso, é possível observar melhorias na qualidade da carne do peixe, com um aumento nos níveis de ômega-3 e ômega-6, substâncias que agregam valor ao filé e contribuem para a saúde da população.

Santa Catarina lidera a produção de tainha no Brasil, mas as grandes oportunidades estão no domínio completo do ciclo de vida da espécie em cativeiro. Desde 2014, a equipe do Lapmar tem aprimorado técnicas de reprodução, tornando possível a produção contínua e escalonada da tainha, garantindo oferta durante todo o ano e, consequentemente, agregando mais valor ao pescado.

A aquicultura possibilita a produção do peixe de forma constante. Embora a desova ocorra entre maio e julho, os peixes podem ser mantidos em tanques, redes no mar ou viveiros escavados com água salgada, como acontece com camarões e tilápias. Isso permite fornecer tainhas durante todo o ano, sem depender da sazonalidade.

Além disso, a pesquisa avança no desenvolvimento de tainhas predominantemente fêmeas, cujas ovas são altamente valorizadas no mercado internacional. Com a combinação entre as redes marinhas e os tanques do laboratório, a tainha ganha novos horizontes, impulsionados pela ciência, mantendo-se uma tradição essencial para a vida e a economia catarinense.

Reaproveitamento de cavas na piscicultura

A criação de tilápias em cavas reaproveitadas está promovendo uma verdadeira transformação na piscicultura no Brasil, com destaque para estados como Santa Catarina, Tocantins e Paraná.

Essa prática não só possibilita a recuperação de áreas alagadas, mas também contribui para a redução de custos com infraestrutura, eleva a produtividade e reduz significativamente o impacto ambiental, o que torna o modelo cada vez mais sustentável.

As antigas cavas de mineração, que se espalham pelo território brasileiro, deixando marcas visíveis na paisagem, agora assumem um novo papel, contribuindo para a requalificação ambiental.

A mineração, embora fundamental para a economia nacional, fornecendo matérias-primas essenciais para setores como a construção civil, a energia, a tecnologia e a indústria, muitas vezes resulta na criação de grandes escavações que, ao longo do tempo, acabam sendo transformadas em lagos artificiais.

Exemplo disso é uma lagoa localizada em uma fazenda em Palhoça, onde a mineração de areia, ao abrir espaço para novas atividades produtivas, uniu a recuperação ambiental com a geração de renda, criando novas oportunidades para a região.

Com o apoio da Epagri, a família Vieira, em Palhoça, está planejando expandir sua produção de tilápias, aumentando o número de tanques-rede e aproveitando ainda mais as cavas existentes, com o objetivo de garantir a venda do peixe ao longo de todo o ano.

Atualmente, eles produzem uma tonelada de tilápia por safra, um processo que leva entre oito e nove meses. Contudo, a expansão da produção não se resume apenas a um investimento financeiro, mas reflete também um compromisso sólido com a sustentabilidade.

Para isso, os produtores têm adotado tecnologias de monitoramento remoto e implementado soluções para reduzir os impactos ambientais, assegurando que sua prática piscícola permaneça alinhada com as melhores práticas de preservação ambiental.

Os testes realizados pelo produtor demonstraram que o peixe produzido na propriedade possui qualidade excepcional. A despesca é realizada quando as tilápias atingem cerca de 800 gramas e, a partir desse momento, o produto é imediatamente encaminhado para uma peixaria em Florianópolis. Em menos de 40 minutos, o peixe chega fresquinho à peixaria na capital, assegurando a qualidade para os consumidores que buscam uma carne saudável e saborosa.

Na região onde está situada a fazenda da família Vieira, cerca de 50 propriedades estão envolvidas na escavação de areia, e o projeto da família se destaca como um exemplo de como a piscicultura pode ser uma solução sustentável para áreas que, de outra forma, ficariam improdutivas.

As cavas, que antes eram marcas da degradação ambiental, estão virando símbolos de um futuro mais promissor, refletindo as possibilidades de recuperação e produção sustentável.

Para saber mais sobre as macroalgas e a aquicultura catarinense, aproveite e assista na íntegra ao episódio do programa Agro, Saúde e Cooperação sobre este tema. O projeto, desenvolvido pelo Grupo ND, tem parceria com a Ocesc, Aurora, SindArroz Santa Catarina, Sicoob e Fecoagro.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

05 Adubos Orgânicos que vão Facilitar sua Vida no Jardim e Horta


http://somosverdes.com.br/05-adubos-organicos-que-vao-facilitar-sua-vida-no-jardim-e-horta/


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Não é de hoje que sabemos o quanto os fertilizantes químicos podem ser danosos à nossa saúde e ao meio ambiente. E cá entre nós, se você começou a cultivar plantas ornamentais ou uma hortinha em casa, no mínimo está em busca do ecologicamente correto e de trazer benefícios ao meio ambiente e para a sua família. Então por que não começar a utilizar os adubos orgânicos que vão direto da casa para o jardim. São ecologicamente corretos, beneficiam a saúde da sua família e não custam caro como os fertilizantes químicos encontrados no mercado. Então vamos lá!
Para começar é preciso entender que as plantas precisam basicamente detrês principais nutrientes para ficarem fortes e saudáveis, são os macronutrientes: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K). Você já deve ter notado que na embalagem dos fertilizantes químicos aparecem três números grandes, como por exemplo 10-10-10 ou 4-14-8. Isto nada mais é do que a representação das quantidades de NP e K.
O nitrogênio é necessário para auxiliar no crescimento e partes verdes como as folhas, fósforo para flores e frutos e o potássio auxilia na saúde geral da planta. Sendo assim, não seria mais fácil utilizar o fertilizante químico?Negativo!
Além dos macronutriente também são necessários micronutrientes comoCobre (Cu)Ferro (Fe)Molibdênio (Mb) e outros. A grande realidade é que dentre os diversos fatores essenciais à vida das plantas, precisamos destacar o ciclo que envolve grande diversidade de bactérias, insetos,fauna-e-flora-do-solo-importancia-pedologia fungos, vermes, e outros aspectos como aeração, drenagem e acidez do solo. Ou seja, quando você utiliza adubação orgânica, este ciclo acontece naturalmente. Por outro lado, a utilização de adubação química pode prejudicar muito este ciclo que carinhosamente chamamos de “Biota”.
Agora que você já entendeu qual a importância da adubação orgânica, podemos ir direto ao ponto. Veja quais são os melhores fertilizantes orgânicos que iriam para o lixo e agora vão adubar suas plantas. 
5 – Borra do café
closeup detail of coffee ground in wooden bowlImagem via farmersalmanac
Esta é uma excelente fonte de nitrogênio (N), porém aumenta a acidez do solo, ou seja, ela vai ser muito útil para corrigir solos mais alcalinos ou para fazer adubação em plantas que gostam de solos mais ácidos como por exemplo, hortênsias, rosas, magnólias e mirtilos. A borra do café é um prato cheio para as minhocas e como você deve saber, minhocas melhoram aaeração e produzem o húmus que é riquíssimo para suas plantas. ( Obs: É necessário secar a borra antes de aplicá-la; Caso queira utilizar a borra na horta, certifique-se de colocar o mais distante que puder das raízes das plantas, o ideal mesmo é colocar em um minhocário e depois aplicar o húmus)
4- Cascas de banana
adubo-organico-bananaImagem via odairferreira
Adiciona fósforo (P),  potássio (K) e cálcio (Ca) às suas plantas. Basta enterrar uma casca no solo ao lado da planta e esperar para que ela se decomponha. Você pode congelar as cascas que vão sobrando e utilizá-las quando achar que for necessário. Outra ideia bacana é mergulhar em água por 2-3 dias e depois fazer uma adubação foliar com o auxílio de um pulverizador.
3- Cascas de ovos
adubo-organico-ovosImagem via ajdourado
São capazes de suprir toda a necessidade de cálcio (Ca) para o desenvolvimento celular das plantas. Se você já observou podridão em seus tomateiros, possivelmente seu solo está deficiente em cálcio. Lave, deixe secar e depois bata as cascas de ovos em um liquidificador até que fiquem com aspecto de farinha, isso ajuda a evitar moscas e diminui o tempo de assimilação do nutriente. As cascas de ovos também são capazes de regular o PH do solo, tornando-os mais alcalinos e evitando a proliferação de lesmas e lagartas. Para uma assimilação de nutriente mais rápida, você pode pulverizar sobre as plantas ou usar diretamente no solo seguindo a receita:
  • 20 casas de ovos
  • 4 litros de água
* Ferva as cascas de ovos por alguns minutos, deixe repousar durante uma noite e em seguida pulverize diretamente na folha das plantas ou regue o solo próximo das raízes.
2- Chá com aparas de grama
adubo-organico-gramaImagem via gramasantarosa
Esta é uma ótima maneira de se obter um fertilizante nitrogenado (N) e dar um destino para as aparas de grama que sobraram depois da poda. Veja a receita:
  • 1 Balde de cinco litros com aparas de grama recém cortadas.
Cubra com água e deixe descansar por 3-5 dias. Depois misture 01 copo do chá em 10 copos de água pura e regue diretamente no solo. Você vai ver as suas explodirem de alegria.
1- Cinzas de madeira
adubo-organico-cinzasImagem via wikipedia
São uma ótima fonte de potássio (K) e ainda possuem a maioria dos nutrientes essenciais que as plantas precisam para o desenvolvimento. As cinzas de madeira tornam o solo mais alcalino e mais arejado, então evite usá-las em plantas que prefiram solos mais ácidos e argilosos. Você pode obter cinzas em lareiras e fogueiras, basta verificar se outros materiais não foram queimados junto com a madeira.
Bônus – Sal de Epsom
adubo-organico-sal-de-epsomImagem via amantesdavida
O sal de Epsom pode ser encontrado facilmente em farmácias e além de incorporar importantes nutrientes como magnésio (Mg) e enxofre (S) ao solo, é conhecido por dar às plantas uma cor verde profunda. Este é especialmente bom para tomateiros e roseiras, mas também pode ser utilizado em forma de chá para pequenas mudas que precisam ser transplantadas. Veja a receita:
  • 1 colher de sopa de sal de Epsom
  • 4 litros de água
Misture e regue suas plantas. 

terça-feira, 26 de novembro de 2024

ORA-PRO-NÓBIS DOURADA, A PLANTA DA ALEGRIA!


A Ora-pro-nóbis dourada (Pereskia aureiflora) é uma planta suculenta e trepadeira nativa do Brasil, rica em nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais.

 Conhecida por suas propriedades medicinais no tratamento de doenças como diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial, problemas de visão e anemia, 

a Ora-pro-nóbis dourada é uma opção popular na culinária brasileira.

Cultivo:

Além de seu valor nutricional e medicinal, a Ora-pro-nóbis dourada é uma planta de fácil cultivo, que pode ser cultivada em sol pleno ou meia-sombra, em solo bem drenado e rico em matéria orgânica. Com suas folhas verdes escuras, flores amarelas e espinhos ao longo do caule e ramos, ela também é uma opção interessante

 para a ornamentação de jardins e quintais.

Para garantir a segurança do consumo da planta, é importante consultar um médico ou nutricionista antes de incluí-la em sua dieta. Em grandes quantidades, a Ora-pro-nóbis dourada pode causar problemas gastrointestinais. Aproveite os benefícios dessa incrível planta, mas sempre com cautela e orientação profissional.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Benefícios da ora-pro-nóbis, para que serve e como cultivar!!!

 

Você sabe quais são os principais benefícios da ora-pro-nóbis? Neste conteúdo, vamos falar sobre o assunto. Clique para conferir!


Fonte: pague menos

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Benefícios da ora-pro-nóbis, para que serve e como cultivar

ora-pro-nóbis é uma Panc (planta alimentícia não convencional) bastante comum na região de Minas Gerais, mas, surpreendentemente, pouco consumida no restante do Brasil. Por conta de sua concentração de proteínas, pode ser uma importante fonte complementar deste aminoácido em dietas vegetarianas e veganas.

Para saber mais sobre os benefícios da ora-pro-nóbis, como incluí-la em sua dieta e também como cultivá-la, continue a leitura desse texto!

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Que planta é esta?

A ora-pro-nóbis faz parte das Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs). Seu nome científico é Pereskia aculeata e, no Brasil, ela é bastante comum no estado de Minas Gerais.

O nome popular ora-pro-nóbis vem do latim “rogai por nós”. Acredita-se que a planta tenha sido nominada de tal forma porque, no período colonial, mineiros colhiam a Panc durante as missas, já que ela crescia nos cercados das igrejas, mas os padres não permitiam que a população as colhesse.

Ela é uma planta de folhas verdes escuras ricas em proteínas, sabor neutro e textura macia. Altamente nutritiva, é considerada um superalimento, embora seja pouco aproveitada no Brasil. 

Além da alta concentração de proteínas, é fonte de vitaminas A, C e do complexo B, cálcio, fósforo e ferro.

cumbuca com ora-pro-nóbis
A ora-pro-nóbis é uma planta de folhas verdes escuras, rica em proteínas, minerais, vitaminas e fibras.

Benefícios da ora-pro-nóbis

Por ser tão nutritiva e rica, a ora-pro-nóbis oferece inúmeros benefícios aos organismo. Dentre eles, a Panc:

  • Fortalece a musculatura
  • Melhora da saúde da pele
  • Auxilia na manutenção da imunidade
  • Melhora o funcionamento do sistema digestivo
  • Controla o colesterol ruim (LDL)
  • Tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias
  • Auxilia a saúde da visão, ossos e dentes
  • Previne doenças como diabetes e anemia

Tudo isso se deve ao fato dela ser, como já mencionado, um alimento rico em proteínas, fibras, vitaminas e minerais importantes para o bom funcionamento do organismo como um todo. Vamos falar um pouco sobre cada um dos compostos a seguir.

Proteínas

A alta concentração de proteínas da ora-pro-nóbis contribui para a formação e fortalecimento da musculatura. O aminoácido também atua na redução da pressão arterial, na prevenção da diabetes e também no fortalecimento do sistema imunológico.

Além disso, as proteínas presentes na ora-pro-nóbis promovem benefícios para o cabelo, como o aumento da resistência dos fios.

Por mais que a ora-pro-nóbis por si só não seja o bastante para suprir a quantidade de proteínas em dietas vegetarianas e veganas, ela é uma excelente fonte complementar e pode ser facilmente incorporada na alimentação do dia a dia.

Fibras

As fibras presentes na ora-pro-nóbis promovem uma série de efeitos positivos no organismo. Para começar, elas regulam a microbiota (conjunto de organismos que ficam alojados no intestino para auxiliar o processo da digestão ) e o trânsito intestinal, melhorando o funcionamento do sistema digestivo. 

Além disso, fibras são substâncias importantes no controle do colesterol e na prevenção da diabetes, porque elas atuam diretamente na absorção de gorduras e açúcares dos alimentos. Elas também ajudam na manutenção do sistema imunológico.

homem com as mãos no estômago, indicando bom fluxo intestinal
Por ser rica em fibras, a ora-pro-nobis é boa para diabetes e para melhorar o trânsito intestinal.

Vitaminas A, C e do complexo B

A vitamina A é uma substância com ação antioxidante, que preserva a integridade de tecidos e promove a saúde da pele, da visão e dos ossos.

A vitamina C, além de fortalecer o sistema imunológico, é mais um poderoso antioxidante, protegendo a pele contra os radicais livres, oriundos da poluição. Outro ponto importante é que ela facilita a absorção do ferro pelo organismo. Por isso, atua no combate da anemia ferropriva. Também melhora a síntese de colágeno, contribuindo para a saúde da derme, da visão e dos ossos.

Por fim, as vitaminas do complexo B estimulam a produção de glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte do oxigênio via corrente sanguínea. O ácido fólico especificamente (que faz parte do complexo B) é uma substância importante para gestantes, porque auxilia na boa formação do cérebro do feto. Contudo, antes de alterar sua dieta, as pessoas grávidas devem consultar seu obstetra e nutrólogo.

Minerais

A ora-pro-nóbis também é uma fonte rica em minerais como cálcio, ferro e fósforo. Eles atuam no fortalecimento da massa óssea, combate da anemia, melhora na circulação sanguínea e na promoção da síntese de colágeno e elastina.

acessar conteúdo do Portal Sempre Bem sobre alimentação natural

Como comer ora-pro-nóbis

A ora-pro-nóbis pode ser consumida de diversas formas. Para começar, ela pode ser incluída em preparos de sucos verdes e chás. 

Além disso, é possível triturá-la e incluir em receitas de sopas, saladas e massas. É possível, inclusive, desidratar e processar a ora-pro-nóbis, produzindo uma farinha deste superalimento.

Como cultivar a planta em casa

A ora-pro-nóbis é uma planta de fácil cultivo e que tem boa resistência às mudanças climáticas. Para tê-la em casa, basta preparar um vaso e colocar algumas sementes para germinar ou plantar uma muda. O ideal é manter uma profundidade de dois centímetros.

Você pode plantar a Panc em locais com incidência solar constante ou meia-sombra, já que ela precisa de, pelo menos, quatro horas diárias de contato com a luz. Quanto às regas, duas a três vezes por semana são suficientes.

Como vimos, a ora-pro-nóbis é um alimento rico e que pode ser facilmente incorporado na alimentação do dia a dia. Caso nunca tenha provado uma receita com a Panc, aproveite para experimentar todos os benefícios dela.

Além do produto in-natura, é possível fazer consumir a ora-pro-nóbis manipulada. A Pague Menos possui um serviço próprio de manipulação, clique no banner abaixo e saiba mais:

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