segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Arborizar as ruas é solução para diminuir o calor!

Fonte: bom jardim ambiental _Arborizar_bonjardim_blog_calor
Arborizar às ruas ainda é uma das soluções mais simples para diminuir o calor que tem aumentado, tornando a tarefa de sair de casa em alguns horários bem desagradável. Sem dúvida os dias estão mais quentes, seja pela quantidade de poluição, pelo aquecimento global ou outro motivo, a questão é que os dias estão definitivamente mais quentes e abafados.
Ano após anos as temperaturas médias tem atingindo níveis mais altos, e há recordes de temperaturas por todos os lados. Aqui no Brasil, principalmente no Nordeste, o calor tem crescido e causado muitos problemas para a população.
Vale de tudo para fugir do calor. Uma cidade do interior pintou as ruas de azul na tentativa de diminuir o calor, quem estar dentro de casa se escondendo embaixo do ar-condicionado ou de ventiladores. Na rua andamos atrás das sombras que estão cada vez mais raras porque não há mais árvores o suficiente nas ruas.

Não há mais árvores para estacionar os carros na sombra e nem sombra nas calçadas para quem caminha pelas ruas. Se alguém ainda não notou, devemos ter hoje uma das piores proporções árvores por habitantes do país, e a tendência é que o número de árvores continuem a diminuir.
Um problema que deveria ser tratado prioritariamente pela prefeitura de cada cidade para ser deixado para último lugar. Ao invés de aumentar quantidade de árvores, elas estão sendo cortadas árvores para alargar avenidas que vão tornar a cidade mais quente, já que o asfalto não absolve bem a temperatura.
Arborizar as ruas traz dezenas de benefícios para as ruas, para as pessoas e para o clima da região. Primeiro que ás árvores retém o calor, diminuindo a sensação térmica em até 5º graus e aumentam a umidade do ar, só esses dois motivos já seriam suficientes para plantar árvores em todas as ruas, diminuindo o calor e a sensação termina.

Claro que a maior parte desse trabalho deveria ser feito pela prefeitura, que deve selar pelas áreas comuns da cidade, e estruturar tudo no plano de desenvolvimento e infraestrutura de cada local, mas nós também podemos fazer a nossa parte plantando árvores. Ter uma árvore na porta de casa é uma ótima forma de aumentar o valor do seu imóvel, melhorar a qualidade de vida e não sentir tanto os dias mais quentes, que de acordo, com as previsões só vão aumentar.

Nós da Bonjardim acreditarmos que Arborizar a cidade é um ótima forma de diminuir o calor e de tornar a cidade mais bonita.
Plante uma árvore.

A IMPORTÂNCIA DAS PODAS NAS ÁRVORES FRUTÍFERAS

 Vamos apoveitar esta época para podar nossas frutíferas!

Boa semana!

alexandre


As podas fazem parte de um conceito mais amplo, que é o de conservação da vegetação, seja ela nativa, ornamental ou de grandes áreas cultivadas comercialmente para a produção de alimentos.

Elas podem ser executadas tendo em vista uma variedade distinta de objetivos, todos eles direcionados ao melhor desempenho possível que podemos obter de uma planta.
De uma maneira geral, podemos dizer que as podas são executadas para que façamos certas correções no desenvolvimento das plantas, de acordo com as necessidades de luz, adubação e irrigação, ou seja, para mantermos a planta saudável e com um desempenho adequado às suas características. É um importante recurso utilizado para obtermos resultados concretos na produção de muitos tipos de plantas e árvores. Desta maneira, torna-se uma técnica economicamente muito importante para agricultores, pois pode representar aumento na produtividade e maiores lucros.




Existem três tipos básicos de podas, que são executadas de acordo com a planta e o objetivo do
cultivo. São elas a poda de produção, a poda de limpeza e a poda de formação.

A poda de produção, como o nome já explica, visa aumentar a produção e a produtividade de uma planta. É amplamente utilizada no cultivo comercial de frutíferas, por exemplo. Para que este tipo de poda surta os melhores efeitos, o agricultor deverá conhecer muito bem o processo vegetativo das plantas, sob o risco de diminuir a produtividade, ao invés de aumentá-la.

A poda de limpeza é a mais conhecida, utilizada não só em grandes plantações mas, também, em jardinagem caseira. Esta modalidade visa eliminar galhos ou ramos mortos, secos, ou que apresentem má formação. Isto faz com que a energia vital da planta não seja "desperdiçada" com estes ramos ou galhos problemáticos, ajudando no melhor desenvolvimento do vegetal.

Por último, existe a poda de formação que é feita no início da vida do vegetal, quando este atinge um certo tamanho e precise sofrer uma correção no rumo de seu desenvolvimento. Este procedimento faz com que as plantas cresçam mais fortes, com boa formação de arbustos, frutificações, etc. e principalmente, alcancem o máximo de sua produtividade através de uma condição bastante saudável.

As podas devem ser feitas com ferramentas adequadas, para cada tipo de planta ou cultura. Não devem ser feitos cortes irregulares e, para isso, os instrumentos utilizados devem ser bem cortantes e afiados. Como as podas são feitas desde pequenos vegetais até grandes árvores, as ferramentas utilizadas podem e devem ser completamente diferentes, variando desde um pequeno alicate especial para poda até uma motosserra, utilizada para a execução de podas em grandes árvores.

Como toda poda é uma "mutilação", mesmo que benéfica, em certos casos é interessante que se utilize algum produto especial, no local do corte, para que haja uma cicatrização mais rápida e eficiente. Esses produtos são facilmente encontrados no comércio especializado.
Por último, é importante ressaltar que em plantações comerciais nas quais os procedimentos de poda geram uma grande quantidade de resíduos (os ramos podados), estes devem ser tratados e utilizados de maneira racional e ecologicamente correta. Não devemos proceder queimadas, em hipótese alguma. Além disso, estes resíduos podem ser aproveitados para a geração de energia, através da produção de biomassa e há, também, a alternativa de uso na produção de composto orgânico.

Data Edição: 05/07/05

Fonte: Redação RuralNews

Mais sobre poda nos sites:
 http://www.adjorisc.com.br/jornais/folhadooeste/impressa/agronegocios/poda-em-arvores-frutiferas-propicia-beneficios-a-planta-1.317958

http://redeagroecologia.cnptia.embrapa.br/boletins/frutiferas/poda%20de%20frutiferas.pdf

Morre, aos 99 anos, Ana Maria Primavesi, pioneira da agroecologia no Brasil!

Ao compreender o solo como um organismo vivo, a autora foi responsável por avanços no manejo ecológico na agricultura

Brasil de Fato | São Paulo (SP)

A engenheira agrônoma Ana Maria Primavesi, referência mundial em agroecologia e pioneira do tema no Brasil, morreu neste domingo (5) em decorrência de problemas cardíacos. O centenário da pesquisadora, nascida em 3 de outubro, seria celebrado em 2020. Ela defende a compreensão do solo como um organismo vivo e foi responsável por avanços nos estudos sobre o manejo ecológico do solo.

O velório e o enterro ocorrem a partir das 10h no Cemitério de Congonhas, no Jardim Marajoara, em São Paulo. O sepultamento será às 16h30.
Ao participar da segunda edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, em 2017, na capital paulista, a autora defendeu a relação entre homem e meio ambiente. "Sem a natureza não existimos mais, ela é a base da nossa vida. Lutar pela terra, lutar pelas plantas, lutar pela agricultura, porque se não vivermos dentro da agricultora, vamos acabar. Não tem vida que continue sem terra, sem agricultura", declarou enquanto autografava livros.

Trajetória 
Primavesi nasceu e cresceu na Áustria, onde adquiriu os primeiros conhecimentos no tema com os pais agricultores. Perseguida pelo nazismo, ela foi presa em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. 
Nos anos 50, veio para o Brasil, onde iniciou a carreira acadêmica e a atuação militante. Nessa época, a chamada 'Revolução Verde' disseminava novas práticas agrícolas que levaram ao crescimento desenfreado do agronegócio nos Estados Unidos e na Europa. 
No Brasil, Primavesi foi professora da Universidade Federal de Santa Maria, onde contribuiu para a organização do primeiro curso de pós-graduação em agricultura orgânica.
Foi também fundadora da Associação da Agricultora Orgânica (AOO) e ao longo de sua carreira recebeu uma série de prêmios, como o One World Award, da Federação Internacional dos Movimentos da Agricultura Orgânica (IFOAM).
Em entrevista ao Brasil de Fato em 2017, Carin Primavesi Silveira, filha da escritora, falou sobre a resistência da mãe ao longo da história ao desafiar a lógica do capital na agricultura.
“Teve muita resistência. Ela foi muito atacada. Agora, o que acontece? A evidência é o que a natureza está mostrando, porque a gente não pode ser contra a natureza, nós dependemos dela. Temos que trabalhar em comunhão com a natureza”, disse à reportagem.


Obras
Entre as obras de Primavesi, estão "A Convenção dos Ventos - Agroecologia em contos", "Manual do Solo Vivo", e "Manual Ecológico de Pragas e Doenças", as quais fazem parte de coleção da editora Expressão Popular. 
A biografia da agrônoma, "Ana Maria Primavesi - Histórias de Vida e Agroecologia", escrito pela também agrônoma Virgínia Mendonça Knabben, também foi publicado pela editora.
Em 2018, a Knabben lançou, no dia 3 de outubro, um site dedicado à autora: anamariaprimavesi.com.br.

Homenagens
Nas redes sociais, o deputado federal João Daniel (PT-SE) declarou: "Uma grande estudiosa, amou a natureza, cuidou da vida, estará presente sempre e merece todas as homenagens. Sempre estará presente". 
João Paulo Rodrigues, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), lamentou a morte da escritora. "É com muita tristeza que nós, do MST, recebemos a notícia do falecimento de nossa querida Ana Maria Primavesi, nossa maior estudiosa em solos e Agroecologia, a maior especialista em solos do mundo. Vai em paz e o MST continuará a defender o seu legado, cuidando da nossa terra."
Em nota, o MST afirmou que em frases como “não existe solo rico ou pobre; existe solo vivo ou morto”, a pesquisadora "ensinou ao homem e a mulher do campo e, com isso, plantou sementes em cada canto deste chão". O movimento diz ainda que "seguirá seu legado e seus ensinamentos na luta pela Reforma Agrária Popular e pela agroecologia".
Edição: Camila Maciel

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Saiba quais hortaliças plantar em janeiro


O ano começou! Que tal adicionar mais variedade à sua horta? Em janeiro, é possível semear uma variedade incrível de frutas e hortaliças nas mais variadas regiões do Brasil! Para ter sucesso na plantação, saiba o que está na época de plantio! Essa informação você encontra aqui e também no verso das embalagens das suas sementes ou no nosso site!
Se você mora na Região Sul ou Sudeste do Brasil, é época de plantar variedades de:
Escolheu quais variedades você vai semear nesse mês? Confira dicas de plantio na websérie #MinhaHorta, no Youtube, e compartilhe com a gente asfotos do crescimento de sua horta!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Goiaba com Bicho, Como cuidar ? Aprenda de forma Fácil





Sergio Semerdjian na cidade de Porto Firme em MG ensina como cultivar a
goabeira de forma correta em um quintal super fértil e bem cuidado do
morador Ênio Gonçalves
Importante, se inscreva no canal e curta o vídeo para ajudar nosso
trabalho, clicando no sininho você recebera todas os vídeos quando forem
publicados. no canal Plantar e Cultivar em Casa

Como plantar Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Miller)

Extraído do site CPT

Horta – como plantar Ora-pro-nóbis

O Ora-pro-nóbis (pereskia aculeata Miller), que em português significa “Rogai por nós”, é uma difícil frase em latim e, por isso, pode ser comum encontrar derivações como, lobrobó ou orabrobó, principalmente por agricultores de Minas Gerais, onde a planta é muito difundida na culinária local.

Repleta de flores, o Ora-pro-nóbis deixa qualquer ambiente mais bonito. Perfumadas, pequenas, brancas com miolo alaranjado e ricas em pólen e néctar, as flores brotam na ora-pro-nóbis de janeiro a abril. De junho a julho, ocorre a produção de frutos em bagas amarelas e redondas.

O Ora-pro-nobis já foi considerado apenas como uma moita espinhenta, boa para cercas. Mas ganhou fama e nobreza. Suas folhas e flores são comestíveis e vêm sendo utilizadas com maior frequência na culinária mineira. Oferece múltiplos benefícios ao ser humano possuindo, inclusive, alto nível de proteínas e ferro. As folhas, secas ou moídas, são usadas em diferentes receitas, especialmente em sopas, omeletes, tortas e refogados. Muitos preferem consumi-las cruas em saladas, acompanhando o prato principal, enquanto outros as usam como mistura para enriquecer farinha, massas e pães em geral. Na medicina popular, elas são indicadas para aliviar processos inflamatórios e na recuperação da pele em casos de queimadura.

De fácil manejo e adaptação a diferentes climas e tipos de solo, produtiva e nutritiva, a Ora-pro-nóbis é uma boa alternativa para produtores iniciantes no cultivo de hortaliças, além de poder ser plantada em quintais e jardins de residências.

Na idade adulta, sua estrutura em forma de arbusto, torna-se uma excelente cerca viva, tanto para ser usada como quebra-vento quanto como barreira contra predadores. A existência de espinhos pontiagudos nos ramos inibe o avanço de invasores.

Como plantar Ora-pro-nóbis


- Onde se planta, nasce e quando cresce serve de proteção e alimento.

- A variedade mais indicada para cultivo é a que produz flores brancas. Elas podem ser fornecidas por órgãos de extensão rural ou em feiras de produtores.

- Sua rusticidade permite que seja cultivada em diversos tipos de solo, inclusive não exige que eles sejam férteis. A Ora-pro-nóbis também se desenvolve em ambientes com incidência de sol ou meia-sombra.

- Inicie o plantio no começo do período das chuvas. A hortaliça é resistente à seca, mas o acesso à água nessa fase do cultivo estimula o crescimento dos ramos.

- A Ora-pro-nóbis é propagada por meio de estacas. Para conseguir melhor pegamento das mudas, use a região localizada entre as partes mais tenras e as mais lenhosas da haste. Corte cada estaca com 20 centímetros de comprimento e enterre um terço dele em substrato composto por uma parte de terra de subsolo e outra de esterco curtido.

- Após o enraizamento, transplante as mudas para o local definitivo.

- O espaçamento varia de acordo com a finalidade do cultivo. A Ora-pro-nóbis pode ser usada como cerca viva, ornamentação e para consumo das folhas. Se a prioridade for o alimento, pode-se adensar o espaçamento, deixando de 1 a 1,30 metro entre fileiras e de 40 a 60 centímetros entre plantas. Mas as folhas podem ser consumidas em qualquer caso, mesmo se a destinação tiver fins ornamentais ou a construção de cerca viva.

- Embora seja pouco exigente em adubações, mantenha bom nível de matéria orgânica no solo para um pleno desenvolvimento das plantas e boa produção de folhas.

- Faça manutenção a cada dois meses e execute podas dos ramos a cada 75 a 90 dias na estação chuvosa e a cada 90 a 100 dias na estação seca, quando a planta deve ser irrigada.

- A partir de três meses após o plantio, pode ser iniciada a colheita das folhas da Ora-pro-nóbis, após a poda dos galhos. As folhas devem apresentar de 7 a 10 centímetros de comprimento. Coloque luvas para a hora da coleta, a fim de evitar ferimentos pelos espinhos. Em geral, cada corte rende entre 2.500 e 5.000 quilos de folhas por hectare, variação que ocorre de acordo com a condução e a época de desenvolvimento da cultura.

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Pesquisadores explicam a importância das árvores para ter água de qualidade!!!

Bacias hidrográficas recobertas por vegetação florestal fornecem água de qualidade durante o ano todo.


A floresta ainda contribui para o equilíbrio térmico da água, reduzindo os extremos de temperatura e mantendo a oxigenação do meio aquático. | Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

Trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Florestal (IF) comprovam que a presença de cobertura florestal em bacias hidrográficas promove a regularização do regime de rios e a melhora na qualidade da água. Os pesquisadores científicos da Seção de Engenharia Florestal, do IF, Valdir de Cicco, Francisco Arcova e Maurício Ranzini, embasaram suas teses de doutorado em pesquisas sobre a relação entre a floresta e a água, elucidando dúvidas e provando com números as suas proposições.
“As bacias hidrográficas recobertas por vegetação florestal são as que oferecem água com boa distribuição ao longo do ano, e de melhor qualidade”, enfatiza Arcova, engenheiro florestal, doutor em Geografia Física, pela Universidade de São Paulo, no IF desde 1985. Segundo ele, parte da água da chuva é retida pelas copas das árvores, evaporando em seguida em um processo denominado interceptação. A taxa de evaporação varia com a espécie, idade, densidade e estrutura da floresta, além das condições climáticas de cada região.
“Em florestas tropicais, a interceptação varia de 4,5% a 24% da precipitação, embora tenham sido registrados valores superiores a 30%”, explica. Os pesquisadores ainda dizem que as pesquisas realizadas nos laboratórios em Cunha, no parque Estadual da Serra do Mar, estimam o valor de  18% de interceptação. O restante da água alcança o solo florestal por meio de gotejamento de folhas e ramos ou escoando pelo tronco de árvores. No solo, a água infiltra-se ou é armazenada em depressões, não ocorrendo o escoamento superficial para as partes mais baixas do terreno, como aconteceria em uma área desprovida de floresta.
“O piso florestal é formado por uma camada de folhas, galhos e outros restos vegetais, que lhe proporciona grande rugosidade, impedindo o escorrimento superficial da água para as partes mais baixas do terreno, favorecendo a infiltração. Também a matéria orgânica decomposta é incorporada ao solo, proporcionando a ele excelente porosidade e, consequentemente, elevada capacidade de infiltração.”

Ilustração: Maurício Ranzini
Uma parcela da água infiltrada contribui para a formação de um rio por meio do escoamento subsuperficial, e outra, é absorvida pelas raízes e volta para a atmosfera pela transpiração das plantas. “A interceptação e a transpiração, ou a evapotranspiração, fazem a água da chuva voltar para a atmosfera não contribuindo para aumentar a vazão de um rio.”
Em florestas tropicais, a evapotranspiração varia de 50% a 78% da precipitação anual. Na pesquisa realizada em Cunha, esse número é de aproximadamente 30%. Os pesquisadores explicam que o remanescente da água infiltrada movimenta-se em profundidade e é armazenado nas camadas internas do solo e na região das rochas, alimentando os cursos de água pelo escoamento de base, isto é, do subsolo onde se localizam os lençóis freáticos.
A relação entre árvores e água varia de acordo com o tipo de floresta
Embora os processos que determinam os fluxos de água sejam semelhantes para as diferentes formações florestais, a magnitude desses processos, que depende das características da floresta, da bacia hidrográfica e do clima, influencia a relação floresta-produção de água (escoamento total do rio). Em florestas tropicais, a produção hídrica nas microbacias varia de 22% a 50% da precipitação. “Em Cunha, onde a evapotranspiração anual da Mata Atlântica é da ordem de apenas 30%, a produção de água pela microbacia é de notáveis 70% da precipitação”, afirma Francisco.

Esse mecanismo, em que a água percola o solo e alimenta gradualmente o lençol freático, possibilita que um rio tenha vazão regular ao longo do ano, inclusive nos períodos de estiagem. Nas microbacias recobertas com mata atlântica em Cunha, o escoamento de base é responsável por cerca de 80% de toda a água escoada pelo rio, fato que proporciona a elas um regime sustentável de produção hídrica ao longo de todo o ano.
Consequências da falta de vegetação
Ao contrário, em uma bacia sem a proteção florestal, a infiltração da água da chuva no solo é menor para alimentar os lençóis freáticos. O escoamento superficial torna-se intenso fazendo com que a água da chuva atinja rapidamente a calha do rio, provocando inundações. E, nos períodos de estiagem, o corpo-d’água vai minguando, podendo até secar.
Um outro fator drástico é que, enquanto nas bacias florestadas, a erosão do solo ocorre a taxas naturais, pois o material orgânico depositado no piso impedem o impacto direto das gotas de chuva na superfície do solo, nas áreas desprovidas de vegetação há um intenso processo de carreamento de material para a calha do rio aumentando a turbidez e o assoreamento dos rios.
Segundo Maurício, na microbacia recoberta com Mata Atlântica em Cunha, a perda de solo no rio é da ordem de 162 kg/hectare/ano. “Esse valor é muito inferior à perda de solo registrada para o estado de São Paulo, que varia de 6,6 a 41,5 t/hectare/ano, dependendo da cultura agrícola, algo como 12 toneladas num campo de milho, 12,4 toneladas numa área de cana-de-açúcar, chegando a até 38,1 toneladas numa plantação de feijão”, informa em tom de alerta.
A floresta representa muitos outros benefícios para os sistemas hídricos. Contribui, por exemplo, para o equilíbrio térmico da água, reduzindo os extremos de temperatura e mantendo a oxigenação do meio aquático. Promove, ainda, a absorção de nutrientes pelas árvores, arbustos e plantas herbáceas evitando a lixiviação excessiva dos sais minerais do solo para o rio.
Fonte : CicloVivo

Novas idéias para a captação de água da chuva em casa

Bom dia! Todo ano passamos por períodos de estiagem aqui no RS, em Bagé o problema é cronico, que tal captarmos a água da chuva?
Abaixo reproduzo artigo que mostra exemplos de captação de água da chuva em comunidades carentes na Africa.
atenciosamente
alexandre panerai
eng. agrônomo



Em áreas rurais, as principais fontes de água normalmente são os poços perfurados de água subterrânea ou a água superficial, os rios e os lagos. Entretanto, uma fonte de água potável segura e facilmente acessível durante a estação das chuvas, a qual é freqüentemente ignorada, é a chuva. Em climas tropicais e subtropicais, a quantidade de água da chuva captada pode ser considerável.




  • saúde melhor
  • fácil acesso
  • baixo custo
  • fácil de fazer.

Captação tradicional de água da chuva

Um dos métodos tradicionais de captação de água da chuva usados em Uganda e no Sri Lanka é a captação da água da chuva de árvores, usando folhas ou caules de bananeiras como calhas temporárias. Podem-se captar 200 litros de uma árvore grande durante uma só tempestade.

Captação de água da chuva de telhados

Sistemas domésticos de captação da água da chuva muito baratos podem ser facilmente instalados na maior parte dos telhados de ferro corrugado ou de telhas de barro nas áreas rurais e urbanas, usando vários tipos de calhas, descarte de primeiro fluxo e tanques de plástico ou cimento armado para a captação e o armazenamento..



Captação de água do telhado de custo muito baixo, usando um telhado de ferro corrugado, canos de plástico duro e potes de cimento armado para armazena mento numa casa, no Camboja. Foto Murray Burt/Tearfund



Captação de água da chuva sem telhados

Porém, em algumas áreas rurais, a maioria das pessoas vive em estruturas de telhado de palha simples, as quais não são adequadas para a captação tradicional de água da chuva. Assim, a Tearfund pesquisou e testou uma forma de “custo ultrabaixo”, inovadora e simples de captar a água da chuva sem a utilização de telhados..


Captação de água da chuva do telhado de uma latrina no Camboja, usando uma garrafa velha de refrigerante, um tubo de plástico duro, ferro corrugado e uma cisterna de tijolo. Este conceito é especialmente útil, pois oferece água para lavar as mãos ao lado da porta da latrina. Foto Murray Burt/Tearfund



Utilizando lonas plásticas





Sistema de captação de água da chuva de custo ultrabaixo no Sudão do Sul, usando uma lona plástica, estacas de madeira e um tambor de combustível de plástico. Foto Murray Burt/Tearfund

Em muitas populações em trânsito, especialmente em situações de emergência e pós-emergência, as lonas plásticas são um artigo básico que muitas famílias possuem. Elas são distribuídas em campos de refugiados ou de pessoas internamente deslocadas ou são compradas nos mercados locais. As lonas plásticas são usadas para muitos fins, inclusive como abrigo para moradias ou lojas. Elas também podem ser usadas para captar a água da chuva. Os cálculos baseados em dados sobre a precipitação de Colombo, no Sri Lanka, mostram que haveria uma produção diária média de mais de 60 litros de água da chuva durante seis meses do ano, usando-se uma lona plástica de 8m² para a coleta.

Projetando o seu próprio sistema de captação da água da chuva

A utilização de lonas plásticas é uma opção para a captação de água da chuva sem a utilização de telhados. Outros materiais disponíveis no local também podem ser usados, tais como chapas individuais de ferro corrugado e tecido.

Não há nenhuma regra para a construção. Pense em novas idéias, usando qualquer material que tiver à sua disposição para captar e coletar a água da chuva. O princípio é sempre o mesmo:

Capture a água da chuva numa superfície limpa antes que ela caia no chão e canalize-a para uma cisterna limpa.

Ampliação

É fácil ampliar os sistemas de captação de água da chuva. Em situações de emergência, a captação de água da chuva pode ser disponibilizada para todos e pode até mesmo contribuir como uma fonte significativa de água em grandes comunidades e campos. Lembre-se de promover a boa higiene ao mesmo tempo, mantendo a limpeza de todas as partes do sistema. Cubra a cisterna e certifique-se de que as pessoas não retirem a água armazenada colocando a mão dentro dela ou com canecas ou outros utensílios sujos. Depois de armazenada por um longo período de tempo, água da chuva pode precisar ser desinfetada. Cubra as cisternas com uma tela para evitar a procriação de mosquitos e mantenha-as fora da luz do sol para evitar o crescimento de algas.



Murray Burt

DFID WASH Programme Manager

PO Box 76184-00508

Nairobi - Quênia
E-mail: murray.burt@tearfund.org

O que as pessoas disseram
“A água da chuva tem gosto de limpa e não tem cheiro.”
(Agul Tour, 19 anos, na demonstração no Mercado de Omdurman)

“Estamos saindo da guerra... estamos contentes por aprender como captar água... estamos abertos para novas idéias.” (Marc Tuc, 60 anos)

“Eu experimentei a água na igreja. Ela é boa – é o tipo de água que não deixa a gente doente.”
(Nyibol Ngor, 17 anos)
“A comunidade está contente com a captação da água da chuva, pois as pessoas sabem que agora terão mais água para usar, principalmente na estação seca.” (Daniel Aleu, 25 anos)



segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Feliz NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!

Aos nossos visitantes e seguidores, desejamos um Natal abençoado!

 Não percamos a esperança em um mundo melhor, pois foi na simplicidade de uma manjedoura que iniciou a caminhada de Jesus com os pobres e excluídos.

 Obrigado pela apreciação dos artigos e partilhem aqueles textos que julgarem valiosos.

Alexandre Panerai

Postagem em destaque

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JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...