sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Feira dos Agricultores Ecologistas comemora 21 anos de Biodiversidade


Data será marcada neste sábado (16), das 7h às 13h, no tradicional canteiro central da primeira quadra da avenida José Bonifácio em Porto Alegre.




EcoAgência/NEJ/RS

Feira acontece todos os sábados de manhã no canteiro central da primeira quadra da avenida José Bonifácio, em Porto Alegre.


Por jornalista Cláudia Dreier
Neste sábado, 16 de outubro, dia Mundial da Alimentação a Feira dos Agricultores Ecologistas, FAE, completa 21 anos de Biodiversidade. A diversidade está tanto nos produtos oferecidos pelas bancas, como no manejo da produção orgânica praticado pelos produtores quanto na cultura e nos saberes das pessoas que já passaram e ainda passam pela feira todos os sábados.

A rádio-feira, localizada na área central, anima a manhã a partir das 8h e está a aberta a depoimentos de produtores e frequentadores da feira. Às 9h serão entregues os vale-compras aos chefs das receitas mais votadas no Concurso de Culinária. Após a premiação, as 200 primeiras pessoas que passarem na Banca do Meio recebem um folder com receita de PANCs, as plantas alimentícias não convencionais.

Por volta de 10h é a vez dos artistas da Escola Projeto que pintaram sacolas de algodão alusivas ao aniversário e à preservação do meio ambiente. O primeiro lugar do Festival de Sacolas recebe um vale-compras de R$50,00 e os quatro pintores que ocuparam a segunda posição ganham o vale-compras no valor de R35,00.

Às 11h serão distribuídos Guias da FAE, onde constam o nome de todas bancas da feira, mais de 40, o contato de um feirante, o município de origem e os produtos que se encontram na banca.

Ao meio-dia é a hora do Abraço da Feira, para mostrar a união de produtores e beneficiários urbanos que se alimentam dos produtos livres de veneno. Em seguida vem o momento de cantar os parabéns à FAE e de repartir o bolo de aniversário.

Nos próximos sábados, as comemorações continuam com a Biodiversidade na História da FAE e a Biodiversidade na Produção. A feira acontece das 7h às 13h no canteiro central da primeira quadra da avenida José Bonifácio em Porto Alegre.


FAE - EcoAgência

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sementes: O alicerce da agricultura agroecológica

A origem da domesticação das espécies vegetais

Entre 10.000 e 12.000 anos atrás, não se criavam ambientes agrícolas estritamente controlados como se faz na agricultura de hoje. Os agricultores daquela época cuidavam de certas espécies que ocorriam naturalmente, modificando seus habitats, facilitando sua reprodução, controlando seus competidores e, eventualmente, transferindo-as para locais mais convenientes. A seleção natural ainda tinha um papel importante em tais sistemas, porque a intervenção humana não era suficiente para superar o fato de que as espécies úteis tinham de sobreviver aos rigores do ambiente natural.
Conforme a domesticação progrediu, a seleção se tornou mais intencional, com os agricultores primitivos escolhendo sementes das plantas com rendimentos mais elevados e mais previsíveis. Por fim, as espécies agrícolas alcançaram um ponto em que sua constituição genética foi alterada a tal ponto que não poderiam mais viver sem a intervenção do homem. Atualmente, as espécies domesticadas dependem dos seres humanos tanto quanto estes dependem das plantas e animais que domesticaram para sobreviverem.

Sementes na agricultura convencional

As plantas cultivadas atuais foram submetidas a muitas pressões de seleção, nas quais foram privilegiados os seguintes aspectos: a otimização do rendimento, o gosto e aparência atraentes, uniformidade genética, resposta rápida à aplicação de água e fertilizantes, facilidade de colheita e processamento e vida mais longa na prateleira dos pontos de venda.
Por ter se priorizado o fator produtividade em detrimento de todas as outras características das plantas, atualmente, as principais variedades cultivadas exigem insumos externos na forma de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos (incluindo os herbicidas) e irrigação, para terem o desempenho planejado. Contudo, a lógica que orienta o uso desses insumos externos, além de aumentar a dependência financeira do agricultor, constitui a principal causa dos impactos ambientais que a agricultura convencional gera. Além disso, é importante ressaltar que a grande maioria das áreas cultiváveis no mundo hoje são semeadas com variedades de sementes híbridas. A cada ano os agricultores são obrigados a comprar sementes híbridas das empresas produtoras de sementes, que não por acaso também dominam o mercado de agrotóxicos ou de fertilizantes.
Seja qual for o meio de reproduzir as plantas gera-se, na agricultura convencional, um verdadeiro "círculo vicioso" de dependência econômica: os agricultores ao comprarem sementes ou mudas de plantas híbridas necessitam adquirir também todo um "pacote tecnológico" da indústria de insumos que inclui produtos como fertilizantes sintéticos e agrotóxicos para que as culturas expressem todo seu potencial.


Sementes na agricultura agroecológica

Até um período relativamente recente, o único método de seleção dirigida era coletar as sementes daqueles indivíduos de uma população que mostravam uma ou mais características desejáveis, como potencial de alto rendimento ou resistência a doenças, e usar aquelas sementes para plantar a próxima safra. Este método é chamado de seleção massal. Foi através deste método, por exemplo, que as populações indígenas da América Latina foram selecionando as plantas de milho que tinham mais grãos na espiga, obtendo as plantas que hoje conhecemos.
Através de métodos de seleção massal, produtores em todo o mundo desenvolveram variedades chamadas crioulas. Elas são adaptadas às condições locais e, ainda que uma variedade crioula possua características que a diferenciem em relação às demais variedades, ela possui, internamente, uma maior variabilidade genética quando comparada às variedades obtidas por outros métodos.
Desta forma, as variedades crioulas atendem a um dos princípios básicos da Agroecologia que é o de desenvolver plantas adaptadas às condições locais da propriedade, capazes de toleram variações ambientais e ataque de organismos prejudiciais. Outro aspecto importante consiste na maior autonomia do agricultor, que pode coletar as sementes destas variedades e replantá-las no ano seguinte, adquirindo maior independência do mercado de insumos e gerando um material que com toda sua variabilidade genética se torna cada vez mais vigoroso e adaptado ao seu tipo de solo e clima.

Dicas de Jude e Michel Fanton, autores do livro Seed Saver’s Handbook (Manual do Coletor de Sementes), que sugerem alguns grupos de sementes para coletar e armazenar para futuros plantios:


a)Sementes antigas de muitas gerações: São sementes que foram conservadas através das gerações pelo mundo afora, passando dos avós para os filhos, dos vizinhos para outros vizinhos e assim por diante. Estas sementes só existem hoje devido ao cuidado que as gerações anteriores tiveram com elas.
b)Sementes de variedades locais: São sementes de plantas cultivadas por muitos anos em uma determinada região. Conversar com as famílias mais antigas do local é uma forma de obter informações dos possíveis locais onde encontrar estas sementes.
c)Sementes de variedades que não estão mais disponíveis comercialmente: Sementes de variedades tradicionais que antes eram vendidas por alguma empresa e deixaram de serem lucrativas.
d)Sementes de variedades imigrantes: Estas sementes fazem parte daquele grupo trazido pelos imigrantes e colonizadores, os pioneiros da região, que trouxeram sua gastronomia. Procurar lojas especializadas e feiras étnicas é uma forma de se tentar obter esse material.
e)Sementes históricas: São sementes que possuem um significado histórico na região em que eram multiplicadas e plantadas. Geralmente, estão associadas a um alimento preparado para um determinado evento. Estas sementes são muito apropriadas para se usar em práticas de educação ambiental.

Fonte: Planeta Orgânico

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

perigos do glifosato....

Professor Carrasco é agredido na Argentina


Cientista da Universidade de Buenos Aires tem divulgado pesquisas denunciando os perigos do glifosato, princípio ativo do herbicida Roundup, da Monsanto, largamente usado nas lavouras transgênicas.



Divulgação

Pesquisador estava em La Leonesa, na província do Chaco, onde faria palestra



O professor e pesquisador argentino Andrés Carrasco, da Universidade de Buenos Aires, ganhou notoriedade internacional quando, em abril de 2009, divulgou resultados de suas pesquisas indicando que o glifosato, princípio ativo do herbicida (mata-mato) Roundup, da Monsanto, está associado a malformações de embriões de anfíbios.

Na tarde de 07 de agosto, último sábado, Carrasco começava uma palestra em La Leonesa, na província do Chaco, quando um grupo de funcionários municipais e arrozeiros que defendem os agrotóxicos, liderados pelo chefe da administração local José Carbajal e pela deputada Elda Insaurralde, insultaram, ameaçaram e agrediram parte da comitiva que acompanhava o pesquisador. A palestra foi interrompida e houve necessidade da intervenção da polícia.

A comitiva era formada pelo ex-subsecretário de Direitos Humanos do estado Marcelo Salgado e pelos deputados Carlos Martínez e Fabricio Bolatti, entre outros. Salgado foi brutalmente agredido no rosto, chegou a ficar inconsciente e teve o joelho quebrado. Martínez e Bolatti também foram espancados.

Carrasco se refugiou em um carro, onde ficou preso por quase duas horas sob ameaças de linchamento.

A imprensa local observou que o dono das fazendas arrozeiras do Departamento Bermejo, Eduardo Meichtry, de longe incitava os funcionários da administração local e os trabalhadores de seus estabelecimentos a impedir a saída do carro onde estava o pesquisador.

Antes deste triste episódio, Carrasco havia realizado excelentes exposições na Assembléia Legislativa do Chaco e na Faculdade de Humanidades da UNNE (Universidad Nacional del Nordeste), e encerraria sua estadia na província com uma conversa com os moradores de La Leonesa e de Las Palmas.

O Roundup é largamente usado em todo o mundo e sua utilização foi fortemente expandida com a difusão das lavouras transgênicas RR (Roundup Ready), que foram desenvolvidas para tolerar aplicações do produto (esse é o caso de toda a soja transgênica plantada).

Os testes em anfíbios realizados por Carrasco foram baseados em modelo tradicional de estudo para avaliação de efeitos fisiológicos em vertebrados, cujos resultados podem ser comparáveis ao que aconteceria com embriões humanos. Os resultados da pesquisa mostram que doses mínimas de glifosato causaram defeitos no cérebro, intestino e coração de fetos de várias espécies de anfíbios.

Carrasco começou a enfrentar várias formas de perseguição pouco após a divulgação de suas pesquisas. Sofreu os mais variados tipos de ataques que visavam desqualificar sua pesquisa e a ele próprio enquanto pesquisador.

O mais notório foi o veto à sua palestra prevista para a Feira do Livro 2010, na Argentina, organizada pelo Conicet (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Tecnológicas), do qual Carrasco é membro. A censura chegou inclusive a ser questionada por parlamentares argentinos, que sugeriram a existência de ligações entre o Conicet e a Monsanto.

Proibição em Santa Fé

Mas avanços importantes sobre o tema também se passaram na Argentina depois da divulgação dos estudos de Carrasco. Em março deste ano justiça de Santa Fé proibiu a utilização do glifosato nas proximidades de zonas urbanas. Os juízes também marcaram jurisprudência ao invocar o Princípio da Precaução e foram inovadores ao valorizar os testemunhos dos afetados pelas intoxicações e contaminações. A sentença ordenou ainda que o governo estadual realizasse estudos junto à Universidade Nacional do Litoral (UNL) para avaliar os danos dos agrotóxicos à saúde e ao meio ambiente.

Outro passo importante foi a publicação, em julho último, de um informe oficial do governo estadual do Chaco (estado vizinho a Santa Fé, no norte do país) confirmando a relação entre agrotóxicos e aumento de doenças na região: em uma década, triplicaram os casos de câncer em crianças e quadruplicaram os nascimentos de bebês com malformações.

Grande parte dos dados deste estudo está focada na localidade La Leonesa, epicentro das denúncias por abuso na aplicação de herbicidas e inseticidas na produção de arroz. O informe oficial solicita que sejam tomadas “medidas preventivas” em La Lenoesa até que se realize um estudo de impacto ambiental e pede que se ampliem as análises para as outras seis localidades que estariam sujeitas às mesmas condições. La Leonesa é justamente a localidade onde a comitiva do professor agora foi agredida.

De fato este movimento de reação contra os abusos do agronegócio na aplicação de agrotóxicos não está agradando a todos. E os incomodados começaram a apelar para os piores métodos de confronto.

Como bem sintetizou a ONG argentina Renace, “pode-se ver como a intolerância e a defesa do indefensável acham na violência sua maneira de expressão”. Lamentável.

Publicado no Boletim da AS-PTA Agricultura Familiar e Ecologia. Com informações de:

RENACE - Red Nacional de Acción Ecologista - Argentina, 09/08/2010.

AS-PTA/EcoAgência

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Rota sabores e saberes vale do caí.




Rota sabores e saberes vale do caí.
http://www.rotasaboresesaberes.tur.br/





Família Kettermann
Proprietários: Ildo Germano e Liane Kettermann. Produtor ecológico de citros e hortaliças, sócio da Cooperativa Ecocitrus. Também possui agroindústria, onde produz bolachas, pães, cucas e bolos, os quais comercializa no mercado público de Montenegro, onde é feirante. Utiliza os conhecimentos e princípios da Biodinâmica na produção de citros e hortaliças. A propriedade sedia cursos nessa área a produtores da Ecocitrus e a qualquer interessado, sendo referencia nessa área. Localização: Lajeadinho, Montenegro-RS

PROPRIEDADE DA FAMÍLIA STEFFEN

Localizada em Vapor Velho , a propriedade de Jean Carlo Steffen oferece uma produção ecológica de citrus. Os visitantes pegam suas cestas e fazem a sua própria colheita Colha e Pague, além do passeio de jipe mostrando as belas paisagens da propriedade. Está em fase de implantação um museu sobre a história da família. O local oferece citrus em geral, schmiers e doces, bem como local para as refeições.

Atendimento somente mediante reserva antecipada para grupos mínimos de 10 pessoas.

Contato:
(51) 9933-0334

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Alimentos como negócio









O mundo está se alarmando com a alta do preço dos alimentos e com as previsões do aumento da fome no mundo. A fome representa um problema ético, denunciado por Gandhi: "a fome é um insulto, ela avilta, desumaniza e destrói o corpo e o espírito; é a forma mais assassina que existe". Mas ela é também resultado de uma política econômica. O alimento se transformou em ocasião de lucro e o processo agroalimentar num negócio rentoso. Mudou-se a visão básica que predominava até o advento da industrialização moderna, visão de que a Terra era vista como a Grande Mãe. Entre a Terra e o ser humano vigoravam relações de respeito e de mútua colaboração. O processo de produção industrialista considera a Terra apenas como baú de recursos a serem explorados até à exaustão. A agricultura mais que uma arte e uma técnica de produção de meios de vida se transformou numa empresa para lucrar. Mediante a mecanização e a alta tecnologia pode-se produzir muito com menos terras. A "revolução verde" introduzida a partir dos anos 70 do século XX e difundida em todo mundo, quimicalizou quase toda a produção. Os efeitos são perceptíveis agora: empobrecimento dos solos, devastadora erosão, desflorestamento e perda de milhares de variedades naturais de sementes que são reservas face a crises futuras.

A criação de animais modificou-se profundamente devido aos estimulantes de crescimento, práticas intensivas, vacinas, antibióticos, inseminação artificial e clonagem.

Os agricultores clássicos foram substituídos pelos empresários do campo. Todo este quadro foi agravado pela acelerada urbanização do mundo e o conseqüente esvaziamento dos campos. A cidade coloca uma demanda por alimentos que ela não produz e que depende do campo.

Vigora uma verdadeira guerra comercial por alimentos. Os países ricos subsidiam safras inteiras ou a produção de carnes para colocá-las a melhor preço no mercado mundial, prejudicando os paises pobres, cuja principal riqueza consiste na produção e exportação de produtos agrícolas e carnes. Muitas vezes, para se viabilizarem economicamente, se obrigam a exportar grãos e cereais que vão alimentar o gado dos países industrializados quando poderiam, no mercado interno, servir de alimento para suas populações.

No afã de garantir lucros, há uma tendência mundial, no quadro do modo de produção capitalista, de privatizar tudo especialmente as sementes. Menos de uma dezena de empresas transnacionais controla o mercado de sementes em todo o mundo. Introduziram as sementes transgênicas que não se reproduzem nas safras e que precisam ser, cada vez, compradas com altos lucros para as empresas. A compra das sementes constitui parte de um pacote maior que inclui a tecnologia, os pesticidas, o maquinário e o financiamento bancário, atrelando os produtores aos interesses agroalimentares das empresas transnacionais.

No fundo, o que interessa mesmo é garantir ganhos para os negócios e menos alimentar pessoas. Se não houver uma inversão na ordem das coisas, isto é: uma economia submetida à política, uma política orientada pela ética e uma ética inspirada por uma sensibilidade humanitária mínima, não haverá solução para a fome e a subnutrição mundial. Continuaremos na barbárie que estigmatiza o atual processo de globalização. Gritos caninos de milhões de famintos sobem continuamente aos céus sem que respostas eficazes lhes venham de algum lugar e façam calar este clamor. É a hora da compaixão humanitária traduzida em políticas globais de combate sistemático à fome.

Por Leonardo Boff
Teólogo e professor emérito de ética da UERJ

Fonte: SGeral / Adital.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

ORGÂNICOS EM PORTO ALEGRE

BioNat Expo 2010 mostra novidades do setor de orgânicos em Porto Alegre

Terceira edição da exposição dedicada ao desenvolvimento sustentável acontece de 24 a 26 de setembro
BioNat Expo/Divulgação
Oficina de gastronomia da feira de 2009

Por Juarez Tosi - EcoAgência de Notícias Ambientais
Em setembro, durante a Semana da Primavera, Porto Alegre será palco de uma feira de produtos orgânicos. A BioNat Expo 2010 vai ocupar um dos mais importantes espaços culturais da cidade: a Usina do Gasômetro. Serão três dias, de 24 a 26 de setembro, em que os gaúchos poderão conhecer os lançamentos e as novidades de um dos setores que mais cresce, que é segmento de produtos orgânicos e naturais.

Esta é a terceira edição do BioNat Expo. As duas anteriores foram realizadas nos armazéns do Cais do Porto. E quem já se familiarizou com as feiras anteriores, não terá muitas dificuldades de localização, pois ambos os locais estão distante apenas poucos metros. Esta edição do evento pretende superar a de 2009, que recebeu um público de aproximadamente cinco mil pessoas.

Reunindo na mesma área a Feira de Produtos Orgânicos, Fitoterápicos e Plantas Bioativas, a Mostra de Turismo Agroecológico e Rural e o Espaço da Sustentabilidade Ambiental, a BioNat Expo 2010 vai incluir importantes atrativos do perfil econômico cultural do Rio Grande do Sul, como artesanato, gastronomia e artes.

De acordo com a diretora executiva da Produtores sem Fronteiras, empresa promotora da BioNat Expo, Vera Marsicano, durante esses três dias, eventos simultâneos vão agitar a Usina do Gasômetro, com oficinas de gastronomia, culturais e práticas de educação ambiental e alimentar, painéis, seminários, exposição e apresentação de vídeos. “Uma das metas da exposição”, assegura ela, “è contribuir para a adoção de novos comportamentos cotidianos, de preservação da terra e das relações entre os indivíduos e o planeta, mobilizando e sensibilizando pessoas a respeitar os três pilares básicos do desenvolvimento sustentável: desenvolvimento econômico, proteção ambiental e equidade social”.


Vera Marsicano explica que a exposição vai reunir no mesmo espaço agricultores, fornecedores, empreendedores, fabricantes, comerciantes, distribuidores, importadores, exportadores, cooperativas, institutos de pesquisa, governos, ONGs, comunidades acadêmicas e público interessado. Vão estar representados vários segmentos, como o de alimentos e gastronomia, fitomedicamentos, plantas medicinais, aromáticas e condimentares, ecoturismo, turismo rural, ensino, pesquisa e tecnologias.


A empresa Produtores sem Fronteiras, diz sua diretoria executiva, foi selecionada para participar do Programa Prime (Primeira Empresa Inovadora), promovido em conjunto entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Ministério da Ciência e Tecnologia. O programa visa incentivar empresas nascentes e inovadoras e criar condições favoráveis para que possam consolidar com sucesso a fase inicial de desenvolvimento dos seus negócios.

Entre os parceiros do evento estão Associação Biodinâmica do Sul, Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Associação Gaúcha dos Professores Técnicos Agrícolas, Câmara de Comércio do MERCOSUL, Convention&Visitor Bureau, Emater/RS, Embrapa Clima Temperado, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul, Instituto Brasileiro de Planta Medicinais, Liga Homeopàtica do Rio Grande do Sul, Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS), Prefeitura de Porto Alegre, Procempa, Programa de Plantas Medicinais do MERCOSUL, Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul e Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul.

Mais informações no site www.bionatexpo.com.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Liberação de milho transgênico da Bayer é suspensa pela Justiça

Liberação de milho transgênico da Bayer é

suspensa pela Justiça


Decisão, pedida pelo Idec e outras organizações, anula

autorização do milho Liberty Link, da Bayer, e reprova atos da CTNBio


Divulgação
Milho transgênico é proibido pela justiça


De acordo com uma decisão da Justiça

Federal do Paraná, proferida na segunda-feira (26),

a Bayer deve deixar de comercializar o milho transgênico Liberty Link em todo o país,

pela ausência de um plano de monitoramento

pós-liberação comercial. A sentença também anula a autorização da liberação especificamente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil por não haver estudos sobre os impactos do ceral geneticamente modificado nos biomas dessas regiões.

A decisão atende parcialmente à ação civil pública movida em 2007 pelo Idec e as organizações Terra de Direitos, Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternatia (AS-PTA) e Associação Nacional de Pequenos Produtores (Anpa).

Além de contestar a autorização do milho, a ação exige da Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), órgão responsável pela liberação de transgênicos no país, a análise adequada de riscos à saúde e ao meio ambiente, a informação e a não contaminação genética - direitos fundamentais dos cidadãos.

Assim que a decisão for publicada, a Bayer deverá suspender imediatamente a comercialização, a semeadura, o transporte, a importação e até mesmo o descarte do Liberty Link, sob pena de multa diária de R$50 mil.

A Justiça determina também que a CTNBio garanta amplo acesso aos processos de liberação de transgênicos e estabeleça norma com prazo para que os pedidos de sigilo comercial sejam decididos, permitindo publicidade a tudo o que não for sigiloso. O bloqueio ao acesso de procedimentos de liberação praticada pelo órgão viola o direito à informação e é incompatível com a publicidade garantida aos documentos de interesse público.

"Mais uma vez o Poder Judiciário teve que corrigir atos ilegais da CTNBio. A falta de acesso dos cidadãos aos processos públicos é vergonhosa. Assim como é indecorosa a ausência de estudos ambientais nas regiões Norte e Nordeste, por não serem áreas de relevância para o plantio do milho", destaca Andrea Salazar, consultora jurídica do Idec.

IDEC/EcoAgência

sexta-feira, 9 de julho de 2010

AÇÃO DE GRAÇAS ! Por mais uma etapa vencida!


AÇÃO DE GRAÇAS ! Por mais uma etapa vencida!
















Hoje a tarde fiquei sabendo que passei nas 6 disciplinas :
  1. Bovinos de leite - conceito B
  2. Bovinos de corte - conceito B
  3. Sistemas de Cultivo - conceito B
  4. Paisagismo e Ambiente - conceito A
  5. Floricultura - conceito A
  6. Políticas Agrícolas e Mercados - conceito B
que cursei neste primeiro semestre de 2010.

Agradeço a todos que ajudaram: principalmente minha esposa Alana, meus filhos, colegas de trabalho, colegas da faculdade e demais amigos que sempre me incentivam a continuar. Obrigado A Deus que proporcionou esta oportunidade.
São 9 anos de caminhada, mas já há luz no fim do túnel e posso compartilhar com muitos,
os conhecimentos que adquiro.
Crescemos, para ajudar outros a crescerem e serem felizes. .

O predio ao lado é a faculdade Agronomia da UFRGS, construido em 1909 e restaurado durante os ultimos 5 anos. A obra foi concluída em outubro de 2009.

alexandre

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Conservação em Foco abordará o vegetarianismo e a pecuária





Será na próxima terça-feira, dia 29, no InGá. A psicóloga e socióloga Eliane Carmanim Lima do Movimento Vegano e Vegetariano e, o agrônomo Valério Pillar, vão debater as políticas públicas para a conservação do Bioma Pampa



Por Paula Cassandra - InGá

O InGá promove no dia 29 de junho o seu evento mensal, o Conservação em Foco, trazendo o tema “O vegetarianismo e a pecuária: um debate sobre as políticas públicas para a conservação do pampa”.



Na ocasião, estarão presentes a psicóloga e socióloga Eliane Carmanim Lima representando o Movimento Vegano e Vegetariano e o agrônomo Valério Pillar, que falará sobre a conservação dos campos e sua relação com a pecuária. Mediará esta conversa o Filósofo e Coordenador do InGá Vicente Medaglia.




O InGá reconhece a relevância deste tema e a importância de unificar as estratégias de resistência social de dois movimentos envolvidos com a preservação das espécies.

Frente à ameaça de perda de grandes áreas de campo para a silvicultura no Bioma Pampa e no atual estágio de impacto da pecuária intensiva sobre os biomas brasileiros, é de suma importância buscar as alternativas para valorização de sistemas produtivos menos impactantes. Além disso, o papel do consumidor na cidade completa o ciclo destas produções e, portanto, sua escolha do que comer é estratégica para a conservação de nossa biodiversidade.




O Conservação em Foco inicia às 19 horas no Casarão do Arvoredo (Fernando Machado, 464). Toda a comunidade está convidada a participar. A entrada é gratuita.
InGá - EcoAgência

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O que resta da mata atlântica

A atualização do Atlas da Mata Atlântica mostra que o desmatamento se agrava em estados como MG e RS. Enquanto isso, pesquisadores anunciam que a fragmentação da floresta pode reduzir a biodiversidade e alterar a lógica ambiental do bioma. Afinal, o que será desse bioma?

Por: Larissa Rangel

Publicado em 27/05/2010 | Atualizado em 27/05/2010

O que resta da mata atlântica

Trecho de mata atlântica preservada no Parque Nacional de Aparados da Serra, em Cambará do Sul (RS). O Rio Grande do Sul está entre os estados que mais desmataram o bioma entre 2008 e 2010 (foto: Leandro Deitos – CC BY-NC-SA 2.0).

A divulgação do novo Atlas da Mata Atlântica marcou o dia nacional desse bioma, nesta quinta-feira (27/05), com dados alarmantes. Segundo o relatório publicado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela organização SOS Mata Atlântica, dos nove estados analisados, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina foram os que mais desmataram no período de 2008 a 2010.

A situação de perigo ganha novos contornos à luz de um estudo de pesquisadores brasileiros publicado na semana passada no periódico Conservation Biology. O artigo alerta para um risco ainda maior: as matas de borda, ocasionadas pela fragmentação da floresta, estão alterando substancialmente a biodiversidade de toda a mata.

Segundo os autores pelo estudo, 88% da composição original da mata atlântica já foi perdida. “Grande parte da floresta remanescente está distribuída em fragmentos, o que acaba tornando menos variada a composição da fauna e da flora nesses cenários”, explica o ecólogo brasileiro Antônio Aguiar, pesquisador da Universidade da Flórida e um dos autores do artigo.

A fragmentação está alterando substancialmente a biodiversidade de toda a mata

O grupo analisou 4.056 árvores de 182 espécies, atendo-se principalmente à sua relação com o resto da mata. Os resultados indicam que, quanto menor é a porção da floresta, menor a sua capacidade de abrigar uma vasta variedade de espécies.

O desmatamento provocado, sobretudo, pela ocupação urbana, é a principal causa da formação de fragmentos. A mata passa a ser composta por áreas de bordas (nos limites com as clareiras abertas) e uma parte central mais densa. Esses fragmentos levam à degeneração florestal e afetam processos naturais como o sequestro de carbono e a conservação da biodiversidade, como mostrou um artigo publicado na CH 263.

Mata atlântica em Paraty
Encosta de mata atlântica em Paraty, no litoral do Rio de Janeiro (Luiz Felipe Castro – CC BY-NC-ND 2.0).

Efeito cascata

O exemplo de Serra Grande, no estado de Alagoas, comprova os efeitos negativos que a destruição da mata pode causar. A fragmentação e a formação de bordas de mata nessa região aumentaram a ocorrência de árvores pioneiras e reduziram pela metade a abundância de espécies tolerantes à sombra e com ciclo de vida longo.

A fragmentação reduziu pela metade a abundância de algumas espécies de árvores em Alagoas

Segundo Antônio Aguiar, a redução das áreas florestais compromete a reprodução de algumas espécies de árvores, uma vez que suas sementes não conseguem chegar à borda por falta de pássaros que cumpram essa tarefa.

“É um efeito em cascata”, explica Aguiar. “A destruição da mata atlântica leva a uma sucessão de extinções de animais e plantas”. Fragmentada em glebas isoladas, a floresta passa por mudanças na interação entre plantas e animais. Entre as consequências estão a menor ocorrência de espécies herbívoras e dispersoras de sementes.

Novo perfil da destruição

A mata atlântica em 2010
No Atlas da Mata Atlântica, os pontos em vermelho indicam as áreas que tiveram maior índice de desmatamento entre 2008 e 2010. Como se vê, a floresta remanescente está dividida em diversos fragmentos (reprodução).

A atualização do Atlas da Mata Atlântica mostrou que a situação é grave sobretudo nos estados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Dentre os nove analisados, eles foram os que mais desmataram entre 2008 e 2010. E a principal causa é a atuação de empresas siderúrgicas que exploram carvão vegetal.

“A exploração de lenha nas florestas de transição ainda é frequente, apesar de ser ilegal”, explica Márcia Hirota, diretora da SOS Mata Atlântica. Por outro lado, estados que eram campeões de desmatamento, como o Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, estão deixando de desmatar.

Antonio Aguiar defende que a preocupação em preservar não deve diminuir em função de alguns resultados positivos. “Precisamos ter em mente que as matas fragmentadas são a principal consequência do desmatamento, e elas não conseguem atingir estágios mais avançados”, explica ele.

“Esses ambientes perturbados raramente conseguirão voltar à configuração anterior, e sua biodiversidade permanecerá profundamente comprometida”, conclui.

Larissa Rangel
Ciência Hoje On-line

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