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sábado, 15 de fevereiro de 2020

Adubação verde com leguminosas



CROTALÁRIA ou guizo de cascavel
A adubação verde é uma prática agrícola que consiste no plantio de espécies capazes de reciclar os nutrientes presentes no solo para torná-lo mais fértil e mais produtivo. O uso de adubos verdes pode reduzir o uso de fertilizantes minerais, garantindo a conservação dos recursos naturais.
Durante o programa, a equipe da Embrapa Agrobiologia (Seropédica - RJ) trará informações sobre como fazer a adubação verde com leguminosas. Essa prática permite uma economia considerável para o pequeno produtor, pois reduz ou até elimina o uso de fertilizantes minerais, produtos caros. Para fazer uma boa adubação verde o agricultor deve escolher espécies adequadas para o tipo de clima, solo e sistema de manejo das plantas.
Arachis Pintoi ou amendoim forrageiro
As raízes das leguminosas extraem vários nutrientes das camadas mais profundas do solo, puxando-as para a superfície. Com isso, essas plantas aumentam a matéria orgânica presente naquela área, contribuindo para a conservação ambiental, retenção de água e redução da erosão.

ESCUTE O PROGRAMA EM: http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2006/adubacao-verde-com-leguminosas

2006/10/25 20:00:00 GMT+0
15'
Ana Lucia Ferreira (MTB 16913/RJ)
Email: analucia@cnpab.embrapa.br
Telefone: (21) 2682-1500
Embrapa Agrobiologia

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Dicas bacanas para evitar a erosão


Hoje é dia de dicas bacanas – e de lidar com o risco de erosão em terrenos que sofreram cortes


O pessoal que faz terraplanagem – ou terraplenagem? – geralmente não está nem aí. Quando fazem cortes no terreno como o da foto – que, inclusive, devem ser autorizados pela entidade ambiental oficial local, é bom lembrar -, deveriam pensar em um meio de evitar a erosão natural do terreno cortado. Fazem o corte e deixam tudo lá, aí o barranco cortado, a terra nua, vira literalmente um escorregador de água. E de terra. Estou falando isso porque no sítio de uma amiga minha ela estava enfrentando um problemão no barranco, quando chovia. A terra vinha abaixo mesmo, ajudando a assorear os cursos d’água da região. Com algumas dicas, inclusive do colaborador do Portal Orgânico, o Guaraci Diniz (que escreve todas as quintas-feiras neste blog, contando a rotina do seu sítio, o Sítio Duas Cachoeiras), está sendo possível evitar a erosão do barranco e ainda fazer um paisagismo bacana por ali. A foto mostra o barranco já em fase de recuperação, com degraus cortados na própria terra, que em breve receberão vegetação. Já falo da vegetação, aliás.

 
Amendoim forrageiro
Amendoim forrageiro
Bem, o jeito certo de fazer é o seguinte: deve-se medir a altura máxima do barranco, dividir esta altura em 4 e marcar as linhas onde deverão ser feitos vários degraus neste barranco. Com enxada mesmo é possível fazer isso. A largura do degrau deve ser de uns 40 centímetros. O grande segredo é que a plataforma de cada degrau deve ser inclinada para dentro do barranco. Isso porque quando a água desce morro abaixo e cai no degrau, em vez de escorrer pro próximo degrau (formando uma cachoeira na escada), ela fica represada no degrau e sua infiltração na terra fica facilitada. Ou seja, mais água escorre para o fundo da terra, o que ajuda a encher o lençol freático e facilita a conservação da água e o surgimento de nascentes. Essa inclinação também serve para diminuir a velocidade da água – água que corre veloz carrega mais terra e ajuda no processo da erosão.
gramado de amendoim forrageiro

Feitos os degraus, agora é hora de plantar. Guaraci Diniz recomendou semear, em linhas, aveia preta e amendoim forrageiro. Uma linha de aveia preta e na linha seguinte, a 20 cm de distância uma da outra, o amendoim forrageiro. A aveia preta cresce rápido, vai enraizar, cobrir o barranco e protegê-lo rapidamente enquanto o amendoim forrageiro, de crescimento mais lento, porém perene, trata de se espalhar sobre a superfície. O amendoim forrageiro é inclusive ornamental. Dá umas florzinhas amarelas lindas. Quando o barranco estiver lindo, já “reflorestado”, mando outra foto para vocês verem a diferença. Se tiverem alguma dúvida e quiserem fazer o mesmo, é só entrar em contato com a gente, no Portal Orgânico.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Amendoim forrageiro ou Grama amendoim é ideal para ser cultivada em taludes e terrenos muito acidentados.

Grama amendoim, amendoim rasteiro, amendoinzinho e amendoim-forrageiro, conhecido por diversos nomes diferentes esta espécie leguminosa trata-se de uma planta rasteiras que apresente folhas na cor verde escuras em formato oval que nascem em pares com pequenas flores amarelas, que nascem durante toda a primavera e verão.



A espécie apresenta raízes entrelaçadas e profundas, que atingem de 10 á 30 cm de cumprimento; O que auxilia no combate da erosão e cria no terreno uma resistência contra deslizamentos. Essa característica torna a grama amendoim ideal para ser cultivada em taludes e terrenos muito acidentados.
Com raiz muito comprida a grama amendoim busca nutrientes e água no fundo do solo e com isto, tolera períodos extensos sem irrigação.
O sistema radicular da planta produz seu próprio nitrogênio, nutriente essencial para a formação das folhas. Assim só é necessário adubar a planta se quiser estimular a floração.
Com um desenvolvimento e rebrote muito rápidos a grama amendoim desempenha muito bem o papel de proteção contra ervas daninhas, com uma altura média de 30 cm, dispensa podas periódicas e assim reduz gastos com manutenção. Sua densa folhagem garante que o solo receba pouca ou nenhuma luz solar, impedindo que as ervas daninhas cresçam; Embora rústica em alguns aspectos apresenta resistência a geada, cultivo em sombra e pisoteio.
A grama amendoim se desenvolve muito bem em solos ácidos e com média ou pouca fertilidade e é utilizada para fazer correção de acidez do solo e na recuperação de solos muito degradados.
Ambiente ideal para o cultivo da grama amendoim:
  • A grama amendoim é muito utilizada em plantações de hortaliças e pomares devido aos grandes benefícios que ela traz ao solo e as plantas, onde ajuda reter umidade e fixar o nitrogênio no solo e realiza a adubação natural do solo, além de fazer a correção do pH da terra. Sendo considerada um adubo vivo ou adubo verde.
  • Na pastagem para gado, pois possui alto valor nutritivo.
  • Cultivo em gramado, pois é uma espécie bastante ornamental, introduzida na forma de forração, se adapta bem ao clima de todas as regiões do Brasil.

Dicas para o cultivo saudável da grama amendoim:

  • Cultive sob sol pleno ou meia sombra, porém a grama amendoim é uma planta que tolera bem o frio.
  • Regue a planta a cada 15 dias, pois a planta apresenta grande resistência a falta d’água.
  • A planta pode ser cultivada em solo pobre e ácidos.
  • Realize mudas através de divisão de ramagens.
  • Faça a poda de contenção da planta se houver necessidade, entre os meses de maio até agosto.
  • Adube com fertilizante rico em fósforo. Se desejar estimular a floração da planta.
Planta rasteiras que apresente folhas na cor verde escuras em formato oval que nascem em pares.

Grama amendoim é ideal para ser cultivada em taludes e terrenos muito acidentados.

FONTE: http://terracotajardinagem.com.br/?p=7712


sábado, 9 de março de 2019

Pomar de caqui com cobertura de amendoim forrageiro

Pomar de caqui com cobertura de amendoim forrageiro
Emater-Rio estimula a produção de caqui em Trajano de Moraes




 Atualizado em 04/09/2012 - 13:22h



Dia de campo sobre a cultura da fruta reúne agricultores da microbacia Alto Macabu





A Emater-Rio, empresa vinculada à secretaria estadual de Agricultura, e a Prefeitura de Trajano de Moraes promoveram, na última sexta-feira (31/8), na localidade de Gravatá, na microbacia Alto Macabu, o terceiro encontro técnico do caqui. Os trabalhos foram conduzidos pelo engenheiro agrônomo e supervisor regional da Emater-Rio na Serra, Alexandre Jacintho Teixeira, autor de uma cartilha sobre cultivo do caqui, publicada pela Emater-Rio em parceria com o Sebrae-RJ.





Na ocasião, Alexandre explicou como é feito o controle fitossanitário e a prática de poda do caquizeiro. Durante a parte teórica, ele falou sobre as duas principais doenças que podem acometer a lavoura de caqui (cercosporiose e antracnose), além de algumas pragas como a lagarta dos frutos, tripes e cochonilhas.

A segunda parte foi prática, onde os participantes acompanharam as demonstrações de poda. Segundo Alexandre, após a poda é recomendável fazer dois procedimentos de pulverização no pé de caqui, utilizando defensivos agrícolas alternativos: o primeiro, com a calda bordalesa; e o segundo, após 30 dias, com a calda sulfocálcica.



- Essa técnica protege a planta e ajuda com eficiência no controle de pragas e doenças - afirmou.

Um das propriedades visitadas foi a da produtora rural Rosimar Fonseca Ouverney, que vive há 30 anos na região com a família. Há quatro anos, ela e o marido introduziram o amendoim forrageiro na lavoura do caqui, uma das técnicas sustentáveis de adubação incentivada pelo Programa Rio Rural.

- Se a poda não for realizada, os frutos tendem a ser mais fracos e suscetíveis a doenças. Além de facilitar a colheita, esse manejo aumenta a produtividade em longo prazo, já que a planta fica mais exposta à luminosidade - explicou a agricultora.

O próximo dia de campo sobre caqui está previsto para 6 de setembro (quinta-feira), às 10h, na localidade Tirol, em Trajano de Moraes.   fonte: http://www.rj.gov.br/web/seapec/exibeconteudo?article-id=1137457

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Restauração de solo do pomar com adubação verde usando amendoim forrageiro!!


O pomar do sítio tinha solo descoberto devido a capina e pastejo de animais.Solicitei várias vezes aos caseiros para plantar mudas de amendoim forrageiro, algumas poucas, mas sempre enrolavam dizendo ter esquecido, feito isso, aquilo, etc.... 

Após a saída do último caseiro em agosto de 2011, comecei a plantar algumas mudas e vejam só o que aconteceu depois de 3 anos! Uma cobertura excepcional no solo do pomar e já tenho uma fonte quase inesgotável de mudas, mesmo com a geada de -2 ºC do inverno de 2013, onde tudo ficou queimado.

 Também tenho utilizado o amendoim forrageiro na beira de um córrego que corta o sítio, para conter a erosão. Ele descompacta o solo pois as raízes chegam a 40 cm de profundidade. Serve para alimentação de galinhas, bovinos e equinos, conforme estudos científicos.

A fixação do nitrogênio do ar por esta leguminosa é fantástico e seu custo maior é a mão de obra no plantio, pois é muito difícil a coleta de sementes. Após 6 meses já podemos fazer mudas das plantas mães.

agosto 2011
novembro 2011


janeiro 2014


Quer adquirir mudas??? (Só para o RS)

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Amendoim Forrageiro, PALATABILIDADE, CRESCIMENTO E VALOR NUTRICIONAL FRENTE AO PASTOREIO DE EQÜINOS ADULTOS



A leguminosa Arachis pintoi é uma excelente fonte de forragem para cavalos e pode estar associada com a maioria das gramíneas, mesmo as mais agressivas. 

Ela tem aceitação muito boa e excelente valor nutritivo. Os bons resultados obtidos neste estudo, em relação à persistência na associação ou na cobertura de solo e na nutrição de cavalos, indica essa espécie como boa opção para o criador brasileiro de cavalos. Essa planta tem grande tolerância ao pastoreio, devido à sua estrutura de crescimento ser protegida da boca do animal, diferentemente da maioria das leguminosas tropicais.

O Arachis pintoi (Amendoim Forrageiro Perene) é uma leguminosa herbácea perene, de crescimento rasteiro, hábito estolonífero, prostrado e lança estolões horizontalmente em todas as direções em quantidade significativa, cujos pontos de crescimento são bem protegidos do pastejo realizado pelos animais. Adapta-se bem em solos de baixa a média fertilidade e tolera aqueles com alta saturação de alumínio (ácidos), porém, responde bem à calagem e adubação fosfatada. É uma leguminosa de porte baixo, dificilmente ultrapassando 30-40 cm de altura, possui raiz pivotante, que pode alcançar 1,60 m de profundidade. As hastes são ramificadas, circulares, ligeiramente achatadas, com entrenós curtos e estolões que podem chegar a 1,5 m de comprimento. A planta floresce várias vezes ao ano, geralmente entre a 4ª e 5ª semana após a emergência das plântulas. Em condições de sombreamento, as plantas apresentam crescimento mais vertical, com maior alongamento do caule, maior tamanho e menor densidade de folhas (CALEGARI et al., 1995; LIMA, 2007; SUPRAREAL, 2007).
 
Uma característica que confere grande tolerância ao pastejo é a localização de seus pontos de crescimento que, geralmente, encontram-se bem protegidos do alcance da boca do animal, ao contrário da maioria das espécies de leguminosas tropicais, que tem seus pontos de crescimento facilmente removidos em condições de pastejo intenso. Assim, é possível manter uma área foliar residual, mesmo quando a planta é submetida a um pastejo contínuo e intenso. Com relação ao frio, à seca, ao encharcamento e às cigarrinhas, essa leguminosa apresenta tolerância média segundo relatos de Calegari et al. (1995) e Lima (2007).

As pragas mais comuns que atacam essa leguminosa são os crisomélidos (que consomem as folhas), formigas e algumas larvas de lepidópteros. A presença dessas pragas ocorre de forma localizada dentro das pastagens e não afeta a persistência e a sua produtividade (CALEGARI et al., 1995; LIMA, 2007).

Apesar de terem sido identificadas diversas doenças que atacam o amendoim forrageiro, até o momento estas não têm limitado sua produção. De acordo com Lima (2007), o Arachis pode ser usado tanto na consorciação com gramíneas, como para recuperação de pastagens puras em processos de degradação. Sua densa rede de entolhos tem impacto positivo no controle da erosão (CALEGARI et al., 1995). Por ser ainda uma leguminosa perene, age como fixadora de nitrogênio, que promove boa cobertura de solo e controla plantas invasoras. Assim, foi objetivo da pesquisa proporcionar outra alternativa forrageira para melhorar a qualidade nutritiva da alimentação fornecida aos eqüinos criados na Região Metropolitana de Curitiba.

CONCLUSÕES
Concluiu-se que Arachis pintoi, empregado isoladamente ou consorciado, teve grande aceitação pelos animais (boa palatabilidade), além de significativamente suprir as necessidades diárias, em função dos dados da análise bromatológica efetuada.

Fonte: http://www2.pucpr.br/reol/index.php/ACADEMICA?dd1=1871&dd99=view

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Esta é uma leguminosa perene que vem ganhando destaque! Amendoim-forrageiro (Arachis pintoi)

Fonte: EMBRAPA

Nome comum Amendoim-forrageiro
Nome científico Arachis pintoi
Época Verão
Família Leguminosa
Ciclo de vida Perene
Descrição Esta é uma leguminosa perene que vem ganhando destaque por sua alta produção e qualidade, capacidade de competir com invasoras e de sobreviver ao inverno. Diferente de outras leguminosas, não causa problemas de timpanismo no gado. É multiplicada principalmente por mudas, pois as sementes são mais difíceis de encontrar no mercado e possuem preço elevado. Os ramos e estolões (ramos enraizados) são utilizados como mudas e plantados em covas com espaçamento de 50 x 50cm e 15 cm de profundidade. Quando são utilizadas sementes, a quantidade é de 8 a 12 kg por hectare. As variedades existentes no Brasil são Alqueire-1, Amarillo e Belmonte. O amendoim forrageiro pode ser usado em cultivo solteiro, em consorciação com gramíneas perenes de verão como as gramas bermuda, o capim-elefante anão, a hemártria e o capim-nilo, ou ainda com gramíneas anuais de inverno, como a aveia e o azevém. Com as espécies de verão, pode ser implantado junto ou sobre pastagens já estabelecidas. Já as gramíneas de inverno devem ser semeadas em sulcos (plantio direto) sobre a pastagem de amendoim forrageiro já estabelecida. Outra possibilidade é realizar o plantio de mudas de amendoim no início do outono, semeando junto o azevém.  

 


Mudas em estolões para Porto Alegre e RS

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Cultivo de amendoim forrageiro ocasionando problemas.

Sabem formamos uma pastagem de amendoim forrageiro em um sítio de Itapuã, no entanto os animais ( aves e equinos) não pastam, preferindo outras gramíneas. O que fazer???


A propriedade cultiva hortaliças com canteiros cobertos com lona plástica para facilitar o controle de plantas espontâneas, no entanto o amendoim forrageiro cresce tanto ao ponto de cobrir toda a lona, sufocando as hortaliças. O que fazer???


Estamos pesquisando métodos de controle do amendoim forrageiro, por isso toda a sugestão é bem vinda.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

EMBRAPA: Projeto investe no melhoramento genético do amendoim forrageiro!




Foto: Diva Gonçalves
Diva Gonçalves - Amendoim forrageiro - Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Acre
Amendoim forrageiro - Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Acre
Pesquisadores da Amazônia e outras regiões brasileiras buscam alternativas para melhorar a capacidade produtiva e de adaptação a diferentes condições de clima e solo, de uma das principais leguminosas utilizadas em pastagens consorciadas no País. O trabalho em rede, realizado por meio do projeto "Desenvolvimento de cultivares de amendoim forrageiro para uso em sistemas sustentáveis de produção pecuária", desenvolvido pela Embrapa, visa tornar o uso dessa planta mais acessível ao produtor rural e contribuir para intensificar a produção de carne e leite a pasto nos diferentes biomas.
O amendoim forrageiro é uma planta com alta capacidade de fixar nitrogênio no solo e elevado teor de proteína, representando uma excelente alternativa para o consórcio com gramíneas. "A associação com essa leguminosa favorece a produção de forragem, proporciona aumento da longevidade das pastagens e melhora a qualidade da dieta animal, com reflexos positivos na produtividade do rebanho. Estes fatores contribuem para a sustentabilidade econômica e ambiental da atividade pecuária", diz a pesquisadora da Embrapa Acre, Giselle Lessa, líder do projeto.
Entre 2011 e 2015, durante a primeira etapa do projeto em andamento, uma equipe de pesquisadores trabalhou na avaliação de plantas (acessos) coletadas livremente na natureza. Os estudos realizados no Acre, Rondônia, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal confirmaram que o amendoim forrageiro pode ser cultivado tanto em regiões quentes e úmidas como em localidades mais frias, em níveis variados de precipitação e em solos bem drenados ou encharcados.
Executadas no âmbito do Programa de Melhoramento Genético da espécie, coordenado pela Embrapa Acre, as pesquisas contam com a participação da Embrapa Rondônia, Amazônia Ocidental, Amazônia Oriental, Cerrados, Gado de Corte, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Pecuária Sul e Clima Temperado. A Associação para Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), entidade que congrega 31 empresas do setor de produção de sementes, também é parceira na iniciativa. 
Pioneirismo
As pesquisas em andamento contemplam duas espécies de amendoim forrageiro que só ocorrem no Brasil (Arachis pintoi e Arachis   repens). Além de materiais genéticos oriundos do Banco Ativo de Germoplasma localizado na Embrapa Acre, também são estudados híbridos da espécie com o objetivo de desenvolver plantas com caraterísticas capazes de atender a demandas específicas dos estados.
A segunda etapa desse trabalho começou no final do ano passado com foco na continuidade das ações para lançamento de cultivares propagadas por mudas e por sementes e na obtenção de híbridos com características genéticas que atendam a demandas diversas da atividade pecuária. Os estudos enfatizam aspectos como resistência a doenças, tolerância ao alagamento e à seca, além da capacidade de persistência e compatibilidade da leguminosa no consórcio com gramíneas.
Para Giselle Lessa, o grande diferencial do projeto é o pioneirismo das pesquisas em processos de hibridação artificial do amendoim forrageiro. Esse esforço resultará nas primeiras linhagens da espécie oriundas de cruzamentos direcionados, ou seja, plantas com características genéticas que praticamente não sofrem alterações no processo de reprodução. "A partir desse material é possível obter cultivares com caraterísticas desejáveis para o mercado consumidor. Cada localidade tem suas particularidades e, pensando nisso, buscamos desenvolver plantas mais adaptadas ao clima e ao solo de diferentes biomas", afirma.
Desafios
Estudos recentes sobre a atividade pecuária no Brasil indicam uma tendência de mudança dos sistemas intensivos de produção, que utilizam a pastagem como base da alimentação do rebanho, para arranjos mais sustentáveis e competitivos, nas diversas regiões, com manutenção da característica de produção a pasto. Este tipo de arranjo tem como um dos pilares a associação de gramíneas e leguminosas forrageiras bem adaptadas e produtivas, capazes de fornecer aos animais os nutrientes necessários para a produção de carne ou leite economicamente viável, entretanto, ainda são poucas as opções de leguminosas disponíveis para o mercado consumidor.
No caso do amendoim forrageiro, outra limitação para expansão do seu uso é o alto preço das sementes, 100% importadas de outros países. Segundo Giselle Lessa, os resultados das pesquisas em andamento podem mudar essa situação, com a oferta de cultivares nacionais propagadas por mudas e por sementes, para atendimento a particularidades regionais. Embora essa etapa tenha avançado, o trabalho de melhoramento genético da espécie é um processo de longo prazo e com muitos desafios. Além de investir no desenvolvimento de novas cultivares, o projeto avalia materiais genéticos quanto à produtividade e tamanho das sementes. "Estes fatores podem reduzir a taxa de semeadura na implantação de pastagens consorciadas e diminuir custos para o produtor rural", esclarece a pesquisadora.
Em outra frente de atuação, o projeto viabiliza estudos voltados para a definição e recomendação de um método de preparo pré-colheita de sementes de amendoim forrageiro, elaboração de um sistema de produção comercial de sementes e definição de coeficientes técnicos e custos de produção de sementes em sistema mecanizado, aspectos também considerados essenciais para ampliar o uso da leguminosa.
Colhedora de sementes
As pesquisas com amendoim forrageiro envolvem outros projetos em andamento na Embrapa Acre. Um deles, executado em parceria com a Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos/SP) e Unipasto, tem por objetivo o desenvolvimento de uma máquina colhedora de sementes. Uma série de testes realizados com um protótipo já existente geram informações para subsidiar a elaboração de um novo equipamento.
Segundo o pesquisador Judson Valentim, responsável pelos estudos, o objetivo é alcançar eficiência operacional superior a 90% do banco de sementes. Ele acredita que a colheita mecanizada reduzirá a demanda por mão-de-obra e as perdas de sementes, tornando o processo menos oneroso e mais eficiente. "Isso permitirá ao mercado ofertar sementes de qualidade a preços acessíveis aos produtores rurais e contribuirá para a adoção em larga escala do amendoim forrageiro na recuperação de pastagens degradadas e na formação de áreas consorciadas destinadas a sistemas pecuários intensivos e de integração lavoura-pecuária-floresta na Amazônia Legal", afirma.
Diva Gonçalves (Mtb-0148/AC) 
Embrapa Acre 
Telefone: (68) 3212-3250
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

As leguminosas por fora e por dentro. Como funciona a adubação verde.

As plantas leguminosas, recentemente classificadas pelos botânicos como fabáceas, são espécies fundamentais, quer pelo seu valor nutritivo (saiba mais), quer pela fixação biológica do nitrogênio em simbiose com a bactéria do género Rhizobium.

produção agrícola e a agricultura biológica (saiba mais) em particular devem fomentar este mecanismo natural como alternativa à síntese química de amoníaco no fabrico de adubo nitrogenado, uma reação que consome muita energia e que torna o "nitrogênio do saco” o fator de produção agrícola mais dispendioso em energia e mais poluente, com muitas emissões de gases com efeito de estufa. Recentemente chegou-se à conclusão que o fabrico de adubos químicos (azotados e outros) tem uma emissão de gases poluentes quase tão grande como as dos combustíveis nos diversos transportes com motores de combustão.

Figura 1 – Fava-ratinha ou faveta (Vicia faba var. minor), semeada para adubação verde (Ferreira do Zêzere, Outubro 2015)
cultura de leguminosas pratica-se pelo menos desde a antiguidade egípcia e desde então que se reconhece que estas plantas melhoram o solo. O grego Teofrasto escreveu que as leguminosas tinham "um carácter regenerador do solo mesmo semeadas bastas e produzindo muito fruto”.

Mas só em 1886 Hellriegel e Wilfarth demonstram que as leguminosas noduladas fixam nitrogênio, ou melhor que as bactérias rizóbio presentes no interior dos nódulos transformam nitrogênio gasoso em amónio (N2 + 3H2 -> 2NH3). É um processo com resultado semelhante ao da fábrica de amoníaco (saiba mais), mas em que a fonte de energia é mais limpa – os açúcares produzidos pela planta através da fotossíntese. Na produção industrial, para transformar a molécula gasosa de N2 em amoníaco, é preciso uma temperatura da ordem dos 500ºC e uma pressão de 200 a 400 atmosferas. Já na fixação biológica a enzima nitrogenase(identificada e isolada em 1966) presente na bactéria, faz o mesmo à temperatura e pressão ambiente.

Existem diferentes espécies de rizóbio que fazem simbiose com diferentes espécies de leguminosas, produzindo nódulos na raiz também diferentes (fig. 2 e 3) e que não devem ser confundidos com as galhas provocadas por nemátodos, que são doença.

Nos chícharos (género Lathyrus), ervilhas (gén. Pisum), ervilhacas e favas (gén. Vicia),lentilhas (gén. Lens), o rizóbio é a espécie Rhizobium leguminosarum bv.Viceae, que é das maiseficientes a fixar azoto. É por isso que quando semeamos estas plantas não precisamos nem devemos aplicar adubo azotado (saiba mais), seja químico seja orgânico, pois se o fizermos, para além de estarmos a aumentar os custos da produção, reduzimos a fixação biológica de azoto. É também por isso que quando enterramos as plantas na sua floração para adubar uma cultura seguinte, já não precisamos de aplicar estrume (saiba mais), pois estamos a fazer uma "estrumação” verde, também chamada de adubo verde ou sideração.


Figura 2 – Nódulos de rizóbio em fava, brancos por fora e avermelhados por dentro, sinal de funcionamento do mecanismo de fixação de N, uma fábrica natural de adubo (Reguengos de Monsaraz, Maio 2011).

rizóbio da figura 3 é doutra espécie (Bradyrhizobium spp.) um pouco menos eficiente que o anterior mas melhor adaptado a solos ácidos e arenosos, onde a tremocilha cresce melhor que a fava ou a ervilhaca.

É também pela fixação biológica que se produz o azoto que vai formar as proteínas na planta e em especial nas sementes, algumas delas com possível uso na alimentação humana.

Desta forma, a natureza, e o homem com um cultivo mais ecológico, produzem alimentos mais proteicos que a carne, com muito menor consumo de recuros naturais (solo, água) e de baixo impacte ambiental.

Figura 3 – Interior dos nódulos de rizóbio em planta de tremocilha (Lupinus luteus) com uma coloração avermelhada, sinal de boa atividade fixadora de azoto (Évora, Abril 2009)

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Mais uma vantagem do amemdoim forrageiro, combate a erosão.

Uma enchurrada no vale do Caí no rio grande do sul, no dia 23 de Abril de 2011, cobriu o sítio de areia, como podem ver nas fotos!



Assim podemos observar que a cobertura do solo com plantas resistentes é de grande valor, na minimização dos danos. Notei que na beira do arroio a água subiu uns 3 metros , plantei o amendoim forrageiro, que ficou firme no lugar.

O amendoim forrageiro é uma leguminosa herbácea perene, de crescimento rasteiro, estolonífera cm 20 a 40 cm de altura. Possui raiz pivotante que cresce em média até cerca de 30 cm de profundidade. A floração é indeterminada e contínua, com as inflorescências axilares em espiga.

É uma planta rústica, que aceita sombreamento, geadas e se adapta a condições de seca e a solos pobres. Tem melhor desenvolvimento em locais úmidos e quentes com alta intensidade de chuva.

Adaptabilidade edafoclimática

Produz densa quantidade de estolões, com pontos de crescimento bem protegidos do consumo pelos animais e tem florescimento continuo durante o ano, com a formação de uma reserva de sementes no solo que favorece a persistência deste genótipo em áreas de pastagem (CIAT, 1992).

O amendoim forrageiro se adapta bem a altitudes desde o nível do mar até cerca de 1.800 m, desenvolve-se bem quando a precipitação é superior a 1.200 m. Não é muito tolerante a períodos secos prolongados, embora nas condições de cerrado, este cultivar tenha se mostrado superior a outros cinco acessos avaliados. Esta leguminosa é bem adaptada a solos ácidos, de baixa a média fertilidade. Tem exigência moderada em fósforo, sendo no entanto eficiente na absorção deste elemento quando em níveis baixos no solo. Existem informações de elevada atividade de micorrizas associados ao seu sistema radicular. Adapta-se bem em solos de textura franca, sendo medianamente tolerante ao encharcamento. Resultados preliminares indicam bom nível de reciclagem de nitrogênio em pastagens com amendoim forrageiro. Há registros da espécie fixar 80 a 120 Kg de N/ha/ano.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Tecnologias ajudam a evitar uso do fogo na agricultura


Procedimentos também contemplam a atividade pecuária, com uso de plantas para melhoria da qualidade de pastagens

por Globo Rural Online
Embrapa
O amendoim forrageiro, leguminosa bastante utilizada em consórcio com gramíneas, é uma das tecnologias alternativas ao uso do fogo na pecuária
Os meses de agosto e setembro, época de maior estiagemno Brasil, são marcados também pela intensificação dequeimadas. Incêndios que, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, acontecem em grande parte em propriedades privadas, onde fazendeiros e índios usam fogo para ampliar áreas de cultivo. Na tentativa de amenizar o problema que causa danos tanto a saúde quanto a natureza, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vem desenvolvendo tecnologias, acessíveis ao pequeno produtor, para evitar o fogo nas atividades agrícolas e pecuárias.

Embora o fogo seja uma das mais antigas práticas incorporadas aos sistemas de produção, por facilitar a limpeza de área e, segundo os produtores, tornar a terra mais fértil, pesquisas comprovam que a queima provoca a perda de 98% de carbono, 96% de nitrogênio, 76% de enxofre, 48% de potássio, 47% de fósforo, 40% de magnésio e 30% de sódio, provocando o empobrecimento do solo.
Alternativas 
Segundo o órgão, tecnologias simples e acessíveis, como o uso de leguminosas, podem substituir o sistema de derruba e queima. A planta mucuna preta está entre as alternativas utilizadas por agricultores de diversos municípios do estado do Acre para evitar o uso do fogo na agricultura, ajudando na recuperação de áreas degradadas.

De fácil cultivo, a planta proporciona benefícios ao solo e pode melhorar a produtividade agrícola. Segundo o pesquisador da Embrapa Acre, Falberni Costa, o cultivo de plantas de cobertura de solo, como as leguminosas, ajuda na proteção contra os processos erosivos, causados pela ação da chuva, adiciona nitrogênio orgânico ao solo, para cultivos sucessores às leguminosas, auxilia no combate às ervas daninhas, com reflexos na limpeza das áreas para cultivo, e incorpora matéria orgânica ao solo, servindo de adubo natural.

“O uso destas plantas, porém, deve ser associado a outras práticas agronômicas para garantir a recuperação e o aumento da fertilidade de solos empobrecidos com o sistema de derruba e queima. Para maior eficiência desta técnica é necessário, por exemplo, a associação a programas de correção e fertilização de solos, além da diversificação da produção e dos sistemas agrícolas que revolvam minimamente o solo, como é o caso do plantio direto”, explica Costa. 
Pecuária 
Outra alternativa para uma agricultura sem fogo é a trituração da capoeira, que serve de cobertura e adubo natural para o solo. Esta prática é possível com o equipamento conhecido como Tritucap, um trator de grande porte equipado com triturador de capoeira. A tecnologia desenvolvida pela Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), em parceria com duas Universidades alemãs, já é adotada em alguns estados da Amazônia e, em breve, será realidade também para produtores acrianos. 

As tecnologias alternativas ao uso do fogo, desenvolvidas pela Embrapa Acre, também contemplam a pecuária. Entre elas está o amendoim forrageiro, leguminosa bastante utilizada em consórcio com gramíneas. Suas folhas e talos secos servem para adubar o solo, aumentando a fertilidade e a capacidade produtiva, resultando em melhoria na qualidade das pastagens e aumento da longevidade dos capins e evitando a queima para renovação de pastagens.
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Emater apresenta novidades na área agrícola na Feira Agropecuária de Castanhal


Uma das atrações no Modelo Rural, que a Emater instala todos os anos na Expofac, são as hortas que ensinam o cultivo correto de diversas espécies
Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 03/09/2014 16:22:00
Oficinas, palestras técnicas e seminários integram as atividades que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) promove na 48ª Exposição Agropecuária de Castanhal (Expofac), no nordeste paraense, que começa no próximo sábado (6) e segue até o dia 13.
A Emater é parceira no evento, promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Castanhal. A empresa apresentará, no Modelo Rural, as inovações criadas em favor das famílias na região. O Modelo Rural é uma espécie de minifazenda que integra as atividades que podem ser desenvolvidas dentro das propriedades rurais, casas e apartamentos.
Na horta em pequenos espaços, além da apresentação da produção de hortaliças, produção floral e paisagismo, tudo aproveitando pequenos espaços, este ano a Emater também demonstrará que o jardim pode integrar flores, plantas comestíveis e ervas medicinais.
Outra novidade no Modelo Rural será o teste do amendoim forrageiro para a cobertura de solo. A expectativa é usar a planta principalmente com a pimenta do reino para controlar a fusariose, doença que ataca o pimental e causa graves perdas econômicas, e diminuir os custos com a produção.
Este ano a Emater traz para a Expofac ainda, além do artesanato e dos produtos, a base de mandioca resultado das capacitações que a empresa faz junto aos agricultores, além de pequenos animais como pôneis, pavões e bois.
Paralelo às demonstrações técnicas e às produções, a Emater, em parceria com o Sindicato Rural, faz o Torneio Leiteiro, no qual concorrem a premiações do primeiro ao terceiro lugar agricultores familiares e representantes do agronegócio. Quinze competidores estão inscritos. O torneio leiteiro será no dia 6, com duas ordenhas diárias, às 7h30 e às 16h30, sob a coordenação do zootecnista da Emater Daniel Diniz.
Iolanda Lopes
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Série Cultivares - Arachis Pintoi - amendoim forrageiro



O Arachis Pintoi é indicado para cobertura de solos em culturas perenes como pomares, com o objetivo de controlar erosões, competir com as ervas daninhas e fixar nitrogênio atmosférico, além de servir como forrageira. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O POMAR DOS FREIS





O Frei Marcio conversou sobre o azedume das laranjas colhidas neste ano no pomar. Assim decidimos fazer uma análise de solo do pomar na Casa de Retiros. Na inspeção visual , notamos que as laranjeiras tem entre 20 e 25 anos, muitas com ervas parasitas em seus galhos, os caquizeiros estão com porte pequeno. Provavelmente necessitam de adubação e calagem para corrigir a acidez do solo.
Introduzir o amendoim forrageiro como adubação verde e incorporação de nitrogênio, pode ser uma boa  estratégia..  Aguardem....




quarta-feira, 9 de setembro de 2015

EMBRAPA: amendoim forrageiro e cobertura morta em abacaxi


Por: Carvalho, José Eduardo
Controle do mato na cultura do abacaxi com o manejo de cobertura vegetal.
Unidade: Embrapa Mandioca e Fruticultura
Data de publicação: 04/09/2015

terça-feira, 14 de julho de 2015

Amendoim forrageiro: enriquecendo a pastagem

 






Marcio Fonseca de Carvalho - marcio.carvalho@unisul.br

06 de Janeiro de 2012 às 01:19min
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Marcio Fonseca de Carvalho

Bom dia. Alguns anos atrás, um dos maiores pesquisadores de pastagem
do Brasil foi visitar a Austrália, à procura de novas tecnologias a
serem implantadas em nosso país. Conta o mesmo que, em um determinado
momento, perguntou ao pesquisador local qual seria a melhor espécie
para pastagem que eles estavam pesquisando. O pesquisador australiano,
com um sorriso no rosto, apontou e disse: “É esse aqui”. E completou:
“Você veio de tão longe em busca de algo que é nativo de sua terra”.

Espécies
A espécie em questão era o amendoim forrageiro (Arachis pintoi),
originário da América do Sul, com cerca de 70 a 80 espécies
encontradas no Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Os
primeiros acessos foram coletados na década de 50 pelo professor
Geraldo Pinto, na Bahia. Hoje, é conhecida internacionalmente, lançada
como cultivar amarilho na Austrália e com outras denominações em
alguns países das América do Sul e Central.

Vantagens
O amendoim forrageiro possui várias vantagens quando implantado em
pastagem. Primeiramente, esta espécie consegue fixar nitrogênio do ar,
produzindo grande quantidade de alimento, mesmo em solos de média e
baixa fertilidade. Possui grande valor nutritivo devido ao alto teor
de proteína em sua composição, cerca de 20%, e pode ser consorciado
com várias gramíneas na formação do pasto, aumentando sua eficiência.
Possui, ainda, a vantagem de auxiliar na recuperação de pastagens
degradadas, por causa do nitrogênio absorvido que vira adubo,
fertilizando naturalmente o solo.

O processo
O amendoim forrageiro pode ser implantado através de mudas ou
sementes. Quando for utilizado em consórcio com gramíneas, faz-se
necessário o rebaixamento das mesmas antes da semeadura ou plantio. É
uma espécie que adapta bem a altitudes desde o nível do mar até cerca
de 1,8 mil metros, com boa precipitação anual, não tolerando períodos
prolongados de seca. Procure conhecer melhor esta espécie e veja se é
interessante para a sua propriedade.
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