segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Melbourne se surpreende com milhares de cartas de amor enviadas a suas árvores

Shaun Ley BBC Radio 4

  • 28 julho 2015
  •  
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Houve casos de e-mails de australianos que vivem na Alemanha e nos EUA, contando às árvores sobre a falta que sentem delas
Algumas pessoas conversam com suas plantas. Em Melbourne, na Austrália, muitas enviam e-mails a árvores. E isso só é possível porque todas as árvores da cidade foram mapeadas e ganharam um número de registro único.
"Querido Olmo Dourado ", escreveu um missivista neste mês, "finalmente te encontrei! Vejo você todo dia no caminho da universidade, mas não tinha ideia do tipo de árvore que era. Você é a árvore mais bela da cidade e eu te amo."

Cerca de 3 mil e-mails foram enviados a árvores específicas nos últimos dois anos. Isso não começou como um exercício sentimental, mas em um esforço da Prefeitura de Melbourne para gerenciar uma floresta urbana em declínio - por causa da seca, 40% das árvores da "cidade jardim" da Austrália estavam morrendo - ou quase - em 2009.

"Muitas dessas árvores estavam em mau estado, e nós estávamos perto de perder até 50% da nossa população de árvores. Isso teria mudado significativamente a paisagem da cidade, sua performance ambiental e a maneira como as pessoas se sentiriam sobre ela", afirma o vereador Arron Wood, responsável pela área ambiental.

"O que fizemos foi mapear todas as árvores na cidade...Ao fazer isso tivemos que atribuir um registro a cada árvore específica, e foi uma consequência natural permitir que nossos moradores interagissem em uma plataforma digital. E eles poderiam enviar mensagens se uma árvore tivesse com partes caindo ou em mau estado, para que pudéssemos localizá-la de forma rápida e intervir."
BBC
O sistema da Prefeitura de Melbourne permite ao usuário identificar as árvores da cidade num mapa.
Daí algo extraordinário aconteceu. Em vez de identificar árvores em risco e enviar e-mail à prefeitura, as pessoas em Melbourne começaram a mandar mensagens pessoais para as árvores.
"Quando estava deixando a faculdade St. Mary hoje fui impactado - não por um galho, mas por sua beleza radiante. Você deve receber mensagens como essa toda hora. Você é uma árvore tão atraente", é o texto de uma declaração de amor - algo bem comum, de acordo com Wood.
"As pessoas literalmente estão conversando com as árvores como se fossem gente, dizendo o quanto a amam, agradecendo pela proteção contra o sol, pedindo desculpas pelo xixi do cachorro durante a manhã", diz Wood.

"Há algumas mensagens muito engraçadas, mas também e-mails tocantes."
Houve casos de e-mails de australianos que vivem na Alemanha e nos EUA, contando às árvores sobre a falta que sentem delas.

E novos e-mails poderão vir por aí. A prefeitura acredita que plantar mais árvores poderá reduzir as escaldantes temperaturas da cidade no verão em até 4 graus centígrados.
Plantar 3 mil novas árvores por ano também deverá ajudar a cidade a respirar melhor. Árvores específicas já receberam e-mails de agradecimento pela absorção de dióxido de carbono da atmosfera.

O e-mail que eu mais gostei foi enviado à árvore número 1022165, no final de maio deste ano:
"Querida Olmo de Folhas Verdes, espero que goste de morar em St. Mary. Em geral eu também gosto. Tenho provas chegando e deverei estar ocupado estudando. Você não tem provas porque é uma árvore. Não tenho muito mais o que dizer porque não temos tanta coisa em comum, já que você é uma árvore. Mas estou feliz por estarmos juntos nessa."
Cerca de 3 mil e-mails foram enviados a árvores específicas nos últimos dois anos
Em 1975, o britânico Don Estelle cantou "grama sussurrante não conte às árvores, porque as árvores não precisam saber". Bem, talvez elas precisem. Veja abaixo uma seleção de algumas das mensagens do "Correio arbóreo":
'Murta Chorona', árvore 1494392
5 Julho 2015

Olá Murta Chorona,
estou sentado perto de você e notei no mapa de árvores que você não tem muitos amigos por perto. Acho isso triste, então saiba que estou pensando em você. Também queria agradecê-la pelo oxigênio para respirarmos no corre-corre da cidade.
Atenciosamente, N.
'Gum', árvore 1032002
11 Julho 2015

Caro Gum,
desculpe-me se essa não for sua forma de contato preferida. Queria muito dizer como sinto falta de sua família. Estou vivendo no Texas há dois anos e meio, e sinto muita saudade do cheiro da sua fragrância enquanto o sol da manhã te aquecia.
Sinto falta do som de suas folhas ao vento. Do seu forte tronco branco, erguendo-se da terra de forma majestosa rumo às nuvens. Sinto falta da sombra acolhedora que você gentilmente oferece.
O som de passarinhos buscando abrigo em sua folhagem não acolhe meus ouvidos. O verde prateado de suas folhas longas e pequenas não aparece no meu cenário atual.
Sinto sua falta, Gum. Sinto falta de tudo o que representa para mim. Continue firme e forte, e saiba que meu coração te alcança através dos mares.
Com muito carinho, A.
'Olmo Dourado', árvore 1040779
11 Julho 2015
Queridíssima árvore Olmo Dourado, finalmente te achei! Vejo você todo dia no caminho para a universidade, mas não tinha ideia do tipo de árvore que era.
Você é a árvore mais bela da cidade e eu te amo ^_^ Sempre fico muito feliz ao vê-la ali na sua.
Tenho que dizer que você tem o dossel (parte superior da árvore) mais lindo de todos e que adoro o contraste entre suas folhas verdes e claras e a escuridão de seu tronco. Nós deveríamos ter mais árvores como você em nossa cidade.
Fique bem.
Abraços! A.
'Olmo Variegata', árvore 1033102
13 Julho 2015
Querido Olmo, fiquei muito feliz em saber que está vivo e crescendo, porque muitos da sua família que costumavam viver no Reino Unido pegaram uma infecção terrível e morreram.
Seja muito cuidadosa, e se notar algum inseto diferente escreva um e-mail para um técnico o quanto antes.
Sinto falta de sua silhueta característica e dos seus galhos lindamente desenhados - que foram uma das glórias da paisagem inglesa - mais do que imaginava. Melbourne deve ser uma cidade linda.
Meus sinceros votos de felicidade, D.
'Brush Box', árvore 1039919
14 Julho 2015
Olá, querida árvore. Li sobre esse projeto maravilhoso e decidi escrever do outro lado da Terra - da Rússia. Espero que seja bem cuidada e não fique doente. Espero que um dia possamos nos encontrar.
Sinceramente, R.

come-se: Ora-pro-nobis. Coluna Nhac do Paladar, edição de 2...

come-se: Ora-pro-nobis. Coluna Nhac do Paladar, edição de 2...: Pronto, estou voltando. Antes, porém, aqui está a coluna de hoje do Caderno Paladar. Lá no blog do Paladar , também.   Já falei inúmeras...

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Seminário: “A Realidade e as Consequências do Uso de Agrotóxicos no RS e no Brasil”

Caros colegas, 
Como membro representante desta universidade na Comissão de Produção Orgânica do Rio Grande do Sul gostaríamos de convidar esta comunidade para o Seminário: “A Realidade e as Consequências do Uso de Agrotóxicos no RS e no Brasil”, que ocorrerá no dia 07 de agosto de 2015, às 9 horas no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, situado a Praça Mal. Deodoro, 101, Porto Alegre/RS.
O Seminário, organizado de forma conjunta pela Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, tem por objetivo discutir as consequências à saúde e ao meio ambiente do uso indiscriminado de agrotóxicos na produção de alimentos. Temos a confirmação da participação, como painelistas, a Ministra do Meio Ambiente Isabela Teixeira, e representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Saúde e da AGAPAM.
Os dados são alarmantes. Nosso país é o maior consumidor de veneno do mundo. Entre 2000 e 2012 houve um aumento de 288% no uso de agrotóxicos. Eles estão presentes em 64% dos alimentos que vão para mesa dos brasileiros e brasileiras. A média de consumo de agrotóxicos por ano por cada brasileiro é de 7,3 litros. No Rio Grande do Sul a média chega a 8 litros por ano.

Contamos com a participação de todos

dia 07 de agosto de 2015, às 9 horas no Teatro Dante Barone.

grata 
profa Magnólia Silva
DEPTO DE HORTICULTURA E SILVICULTURA -UFRGS
Membro da CPORG-RS Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento



*Mensagem enviada através do Webmail da Faculdade de Agronomia, em: 05-08-2015(16:50h)

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Hortas invadem pequenos espaços e dicas para cultivo



No campo ou na cidade, hortas domésticas orgânicas disseminam saúde com baixo custo

Com o avanço das cidades, o verde surge nas janelas de prédios, em quintais, em cantinhos de escolas e até em áreas públicas. O homem urbano não perdeu o contato com a natureza. Ele ocupa pequenos espaços para plantar hortaliças, ervas medicinais e até frutas orgânicas. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária de SC (Epagri), são necessários de 6 a 10 m² de horta/pessoa. Para uma família de cinco pessoas é suficiente uma horta de 50 m². Com essa área é possível produzir uma grande diversidade de espécies de olerícolas, como demonstrado na horta agroecológica (16 espécies) conduzida pela Epagri na área experimental da Copercampos, em Campos Novos.
“Ter hortaliças fresquinhas cultivadas em casa faz bem para a saúde e traz economia”, avalia a engenheira agrônoma Neiva Rech, da Secretaria da Agricultura de Caxias do Sul. Quando a horta é cultivada no sistema agroecológico, as vantagens são maiores. “As hortaliças agroecológicas são ricas em vitaminas e sais minerais, têm bom teor de carboidratos, proteínas e fibras”, afirma o engenheiro agrônomo Cirio Parizotto, da Epagri de Campos Novos.
No campo ou na cidade, manter uma horta para consumo da família não exige grandes áreas nem muita mão de obra. Basta seguir algumas orientações. “Para iniciar faça um desenho da sua área. Informe-se como cresce cada planta, como devem ser agrupadas e o espaçamento”, detalha Neiva ao CR.

O que plantar - A variedade é grande: batata, tomate, pimentão, alface, repolho, couve-flor, brócolis, feijão-vagem, moranga, pepino, melancia, cenoura, beterraba, alho e cebola são alguns exemplos. “A horta também é ideal para cultivar temperos e plantas medicinais”, observa a agrônoma.

Onde fazer - Escolher local ensolarado, próximo à residência e com água por perto. A horta deve ficar longe de sanitários, esgotos e lixo e protegida dos animais. O terreno deve ser plano ou ligeiramente inclinado e bem drenado. O solo ideal é medianamente leve (areno-argiloso), permeável e de boa fertilidade.

Preparo passa pela análise de solo


Reinilda e Paulo Martin participam da Pastoral da Terra e produzem hortaliças orgânicas em Passo do Sobrado (RS). O casal começou a horta preparando a terra. Para tanto, é necessário fazer a análise do solo, visando a aplicação de calcário e fosfato natural. “Caso seja preciso, corrigir aplicando camada de 20 cm com os produtos”, explica Maurício Queiroz, técnico agrícola, que atua junto à Pastoral da Terra.
A dosagem de adubo para semeadura ou plantio é de 3kg/m² de composto orgânico, 4 a 5kg/m² de esterco de gado ou 2kg/m² de esterco de aves. “O esterco deve ser bem curtido. Se o composto orgânico ainda tiver cheiro, não está pronto para ser utilizado”, alerta Queiroz. Outra opção é aproveitar restos de cascas, verduras etc ou terra do mato, composto natural da floresta.

Quando - Antes de plantar, informe-se sobre o período recomendado para cada espécie, pois a época varia de acordo com a região. Para o Sul do Brasil, a recomendação geral é: alface, beterraba, cebolinha, cenoura, chicória, rúcula e salsa: o ano todo.
Já a abóbora e moranga: agosto a dezembro; alho: abril a julho; cebola: março a julho; brócolis e couve-flor: março a setembro; feijão-vagem trepador, melancia e melão: agosto a dezembro; pepino: setembro a fevereiro; pimentão e tomate: setembro a janeiro; rabanete: abril a junho, e repolho: março a janeiro.


Dica é adotar rotação e consorciação de culturas




A rotação de culturas é um dos segredos das hortas orgânicas. Com essa técnica, diminui a incidência de doenças, pragas e plantas espontâneas. “Além disso, mantém e melhora a fertilidade do solo; aumenta a eficiência do controle à erosão, eleva a produtividade e estabiliza a produção”, ensina a agrônoma Neiva Rech.


Outra dica fundamental é que o agricultor conheça a família a que cada hortaliça pertence para poder fazer a rotação de culturas. Toda vez que fizer um novo plantio, o agricultor deve mudar de família para romper o ciclo das doenças e pragas. “Para informações, o interessado deve procurar a Emater ou a Secretaria da Agricultura”, diz Neiva.


Outra maneira de conseguir bons resultados é a adoção de consorciação de culturas - é o cultivo simultâneo de duas ou mais culturas na mesma área. O objetivo é aproveitar melhor a área e cobertura de solo; maior produção física por área; redução de riscos e estabilidade de produção, além de aproveitar melhor a água, luz e nutrientes e diminuir a incidência de pragas, plantas espontâneas e doenças.

Passos - Todos esses passos foram seguidos pelos jovens agricultores do assentamento Segredo Farroupilha, de Encruzilhada do Sul (RS), que cultivam hortas orgânicas. Eles participam da Escola de Jovens Rurais da Pastoral da Terra, ligada à diocese de Santa Cruz do Sul (RS).


O grupo elabora o composto orgânico, utiliza caldas orgânicas quando necessário e adota a alelopatia (plantas companheiras) nos canteiros. “Algumas plantas favorecem o crescimento das outras, repelem pragas e ajudam a recompor o solo”, detalha a engenheira agrônoma Neiva Rech.


As plantas amigas da cebola (que repelem pragas), por exemplo, são a beterraba, couve, tomate, morango, alface, camomila e caruru. Já a cebolinha se dá bem com a cenoura; e a cenoura, com ervilha, feijão, rabanete, tomate, manjerona, alecrim, sálvia, bardana, alho-poró, cebola e cebolinha.

Fonte: correio riograndense

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Húmus de minhoca! O que você precisa saber sobre o húmus de minhoca





O húmus de minhoca é um produto resultante da decomposição de matéria orgânica digerida pelas minhocas.
 É um adubo orgânico natural, com pH neutro, sendo leve inodoro, solto, fresco e macio, com aparência lembrando 
vagamente pó de café. Pode ser aplicado imediatamente no solo e, entre suas qualidades, merecem destaque
as seguintes:

- Possui bons teores de macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre e magnésio) e
de micronutrientes (zinco, ferro, cobre molibdênio e cloro);

- Apresenta rica e diversificada flora microbiana e uma enorme gama de fitorreguladores,
concorrendo para a melhor fertilidade natural do solo;

- Recupera e fertilidade do solo cansado e não tóxico para as plantas, os animais e o homem.

- Proporciona um equilíbrio nutricional às plantas, pois as substâncias que contém são liberadas lentamente.
Com isso, melhora a qualidade dos produtos agrícolas, tornando-os mais sadios e duradouros;

- Antecipa e prolonga os períodos de florada e frutificação.

 1 Kg de Húmus corresponde a 5 kg de esterco bovino

Dosagens médias para o uso de húmus de minhoca

Cultura
Plantio
Cobertura
Sulco
Observações
Citros
300 a 500g/cova
1000 a 1500 g/pé 2 vezes/ano


Citros Viveiros e Sementeiras
50% de húmus, 50% terra
800 g/m2 de canteiro, 3 vezes/ano


Uva
300 a 500 g/cova
1.000 a 1.500 g/pé, 4 vezes/ano

na cobertura misturar húmus com terra
Morango
500 g/cova
600 g/m2 durante o cultivo


Abacaxi
400 a 500 g/cova



Milho Verde
300 a 400 g/cova



Abóbora, melão, melancia, pepino
400 g/cova



Árvores frutíferas de clima temperado
400 a 600 g/cova
1.000 a 1.500 g/pé, 2 vezes ao ano


Arbustos Frutíferos
500 g/cova
1.500 g/pé, 2 vezes ao ano


Hortaliças de folhas
600 g/m2 ou 100 g/cova
Após 60 dias da germinação ou durante o cultivo, 600 g/m2
200 g/metro linear

Legume em Geral
150 g/cova



Vasos de plantas (Avencas, samambaias, violetas e outros
200 g/vaso
200 g/vaso, 4 a 6 vezes/ano

Na cobertura, mistura húmus com terra
Roseira e arbustos floríferos
200 g/cova ou 500 g/m2
400 g/pé no sulco, 4 vezes/ano


Jardins em geral
500 g/m2 na preparação da terra e 500 g/m2 ou 200 g/cova no plantio



Gramados
700 g/m2



Chá, café, cacau
300 a 500 g/cova
1.000 a 1.500 g/pé, 2 vezes/ano
      

Cana-de-Açúcar
700 a 1.000 kg/ha, incorporado à terra
700 a 1.000 kg/ha
500 g/m linear
Soqueira - 500 kg/ha
Grãos
500 kg/ha incorporados à terra
5 ton/ha
500 g/m linear

Forrageiras em geral, pastagens
5.000 kg/ha incorporados à terra
5 ton/ha
500 g/m linear



 FONTE: http://www.agronomianet.com.br/humus_de_minhoca.htm

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