segunda-feira, 1 de junho de 2015

35 Árvores ideais para calçadas

Foto de Rennet Stowe
Foto de Rennet Stowe
As árvores são fundamentais nas ruas e avenidas. Além de embelezar, elas tem um importante papel no equilíbrio térmico, refrescando onde quer que estejam. Também colaboram com a redução da poluição sonora e do ar, fornecem sombra, refúgio e alimento para as aves. Os benefícios não param por aí, poderíamos falar de fixação de carbono, produção de oxigênio, proteção contra ventos, etc. Mas a escolha da espécie correta é fundamental. Se você deseja plantar uma árvore na sua calçada, o primeiro passo é procurar a prefeitura. Muitas delas tem um plano de arborização urbana, com espécies de árvores indicadas por profissionais capacitados. Não raro, você poderá solicitar o plantio à prefeitura, ou buscar as mudas você mesmo no viveiro municipal.
Fique atento, o plantio da árvore errada pode provocar muita dor de cabeça no futuro, como tubulações de água e esgoto estourados, calçadas levantadas, problemas na rede elétrica, galhos que ameaçam cair a qualquer momento, frutos pesados que caem sobre carros, ramos espinhentos que atrapalham os pedestres, sujeira e mal cheiro advindo de frutos, folhas ou flores caídos, entre muitas outras situações desagradáveis a perigosas. E geralmente você não pode fazer muita coisa. Na maioria das vezes o corte ou poda é permitido apenas à prefeitura e companhia elétrica. O corte inautorizado pode lhe render multas pesadas  e, dependendo da espécie, ser considerado crime ambiental. Você terá que solicitar o serviço e aguardar que aprovem. Portanto, escolha bem. Uma árvore é maravilhosa e para além da vida toda. Abaixo segue uma lista de espécies que são indicadas para calçadas. As espécies que alcançam até 10 metros são boas para calçadas com fiação elétrica, enquanto as maiores podem ser plantadas em calçadas sem fiação.
  1. A bela flor da Bauhinia-de-hong-konh. Foto de Toby Oxborrow
    A bela flor da Bauhinia-de-hong-konh. Foto de Toby Oxborrow
    1. Ácer – Acer palmatum – Mais indicado para regiões serranas, apresenta pequeno porte, atingindo até 8 metros de altura e folhas que variam conforme as estações.
  2. 2. Bauínia de Hong Kong – Bauhinia blakeana – Árvore semicaduca, de floração exuberante, atinge cerca de 8 metros de altura.
  3. 3. Pata-de-vaca – Bauhinia forficata eBauhinia variegata – Árvore florífera e semicaduca, de pequeno porte, ideal para calçadas estreitas e sob a fiação elétrica.
  4. 4. Castanha-do-maranhão – Bombacopsis glabra – Árvore nativa, que alcança 6 metros de altura e tronco verde, bastante ornamental.
  5. 5. Escova-de-garrafa Callistemon spp – Espécies de árvores de pequeno porte, nativas da Austrália, e muito resistentes à seca. Floração exuberante.
  6. 6. Cambuci – Campomanesia phaea – Arvoreta semidecídua, de aspecto delicado e frutos comestíveis. Nativa da Mata Atlântica.
  7. A bela floração da Chuva-de-ouro. Foto de Mauro Guanandi
    A bela floração da Chuva-de-ouro. Foto de Mauro Guanandi
    7. Chuva-de-ouro – Cassia fistula – Árvore belíssima, que desponta inflorescências em cachos pendentes, de cor amarelo-ouro.
  8. 8. Sombreiro – Clitoria fairchildiana – Árvore de maior porte e florescimento ornamental. Ideal para calçadas amplas, sem fiação. Atinge 12 metros de altura.
  9. 9. Jangada-do-campo – Cordia superba – Árvore bela em todos os sentidos, seja na forma, folhagem ou floração. De pequeno porte, atinge no máximo 10 metros de altura.
  10. 10. Cornos – Cornus florida – Árvore nativa dos Estados Unidos, decídua, apresenta transição de cores nas folhas e florescimento exuberante. Atinge 6 metros de altura. Ideal para clima subtropical.
  11. 11. Crataegus – Crataegus oxyacantha – Árvoreta de clima temperado, com florescimento muito ornamental. Atinge 5 metros de altura. É resistente à seca, frio e ventos fortes.
  12. 12. Eritrina-verde-amarela – Erythrina variegata – Árvore tropical, de florescimento ornamental, e folhagem espetacular. Alcança até 12 metros, mas pode ser conduzida como arbusto ou arvoreta.
  13. As flores da Eritrina-candelabro são irresistíveis aos beija-flores. Foto de Mauro Guanandi
    As flores da Eritrina-candelabro são irresistíveis aos beija-flores. Foto de Mauro Guanandi
    13. Eritrina-candelabro – Erythrina speciosa – Árvore decídua, de pequeno porte, atingindo cerca de 5 metros de altura. Seu florescimento além de exuberante ainda é muito atrativo para beija-flores. Aprecia lugares úmidos.
  14. 14. Cereja-do-rio-grande – Eugenia involucrata – Árvore nativa frutífera, atrativa para os pássaros, de copa colunar e própria para clima subtropical. Atinge 8 metros de altura.
  15. 15. Pitangueira – Eugenia uniflora –  Árvore de textura fina e frutos saborosos. A pitangueira também atrai os passarinhos e tem porte pequeno, raramente alcançando 12 metros de altura.
  16. 16. Jacarandá – Jacaranda mimosaefolia – Um verdadeiro clássico. Árvore decídua, de floração exuberante. Ideal para arborização de ruas em regiões de clima subtropical.
  17. 17. Árvore-da-china – Koelreuteria bipinnata – Floresce no outono, despontado inflorescências eretas com flores amarelas, que em seguida são tomados por frutos papiráceos, duráveis, de cor salmão. Para clima subtropical. Atinge até 12 metros – plantar em calçadas sem fiação.
  18. 18. Resedá – Lagerstroemia indica – Arvoreta largamente utilizada na arborização urbana. Tem florescimento esplendoroso, é decídua e tolerante a podas drásticas. Atinge 8 metros de altura.
  19. 19. Leucena – Leucaena leucocephala – Árvore nativa, leguminosa, de pequeno porte e flores em forma de pequenos pompons. Tolerante à seca. Atinge 7 metros de altura.
  20. 20. Alfeneiro – Ligustrum lucidum – Uma das espécies mais cultivadas na arborização urbana do sul do Brasil. Oferece boa sombra, mas a floração de muitos exemplares ao mesmo tempo pode intensificar os casos de alergia à pólen.
  21. 21. Magnólia – Magnolia spp – As magnólias além de belas e perfumadas, são muito interessantes para arborização urbana por seu porte pequeno. Decíduas e próprias para o clima subtropical e temperado. Alcançam de 5 a 10 metros de altura.
  22. O curioso tronco da Melaleuca. Foto de Sydney Oats
    O curioso tronco da Melaleuca. Foto de Sydney Oats
    22. Melaleuca – Melaleuca leucandendron– Árvore nativa da Austrália, que chama atenção pela casca do seu tronco, que é curiosa, desprendendo-se e com textura de papelão. Floração ornamental. Atinge 15 metros de altura. Não plantar sob rede elétrica.
  23. 23. Cinamomo – Melia azedarach – Árvore bastante utilizada na arborização urbana. Indicada para clima subtropical. Floração ornamental e frutos atrativos para avifauna. Alcança até 20 metros de altura.
  24. 24. Amoreira-preta – Morus nigra – Árvore frutífera, muita atrativa para os passarinhos. Atinge 10 metros de altura.
  25. 25. Calabura – Muntingia calabura – Árvore ornamental por seus ramos delicados e arqueados. Frutos pequenos bastante atrativos par as aves. Atinge 10 metros de altura.
  26. 26. Jabuticabeira – Myrciaria cauliflora – Uma unanimidade. Árvore nativa, de frutos saborosos que surgem diretamente do caule. Alcança 8 metros de altura.
  27. 27. Jasmim-manga – Plumeria rubra – Arvoreta de flores muito perfumadas e aspecto escultural. Ideal para regiões litorâneas. Atinge 6 metros de altura.
  28. 28. Cerejeira-do-japão – Prunus serrulata – Árvore decídua, de grande valor ornamental, por ser florescimento espetacular. Própria para clima subtropical e temperado. Alcança 6 metros de altura.
  29. 29. Aroeira – Schinus molle e Schinus terebinthifolius – Árvores belas e atrativas para avifauna. São de pequeno porte, atingindo de 8 a 10 metros de altura.
  30. A florada do Jacarandá. Foto de Beatrice Murch
    A florada do Jacarandá. Foto de Beatrice Murch
    30. Pau-fava – Senna macranthera – Árvore nativa e de pequeno porte, com floração ornamental e aspecto elegante. Atinge até 8 metros de altura.
  31. 31. Canafístula-de-besouro – Senna spectabilis – Árvore decídua, nativa do nordeste, de florescimento ornamental e pequeno porte. Alcança 9 metros de altura.
  32. 32. Ipê – Tabebuia spp – Gênero de árvores, em sua maioria nativas, decíduas, de tronco e ramagem elegantes, madeira resistente e florescimento exuberante em diversas cores. Ipê-amarelo, Ipê-branco, Ipê-rosa e Ipê-roxo. Atingem de 10 a 35 metros, dependendo da espécie. São adequados para calçadas sem fiação elétrica.
  33. 33. Ipê-de-jardim – Tecoma stans – Arvoreta ideal para calçadas. Apresenta florada amarela e duradoura. Atinge 7 metros de altura.
  34. 34. Quaresmeira – Tibouchina granulosa – Árvore nativa da Mata Atlântica, de pequeno porte, largamente utilizada na arborização urbana, por sua rusticidade e florescimento ornamental. Alcança até 12 metros de altura.
  35. 35. Manacá-da-serra-anão – Tibouchina mutabilis – Belíssima arvoreta, em que é possível admirar flores em três cores diferentes simultaneamente, branca, rosa e roxa, de acordo com a idade da flor. Atinge 6 metros de altura.
A lista não para por aí. Você também pode usar uma variedade de coníferas, que apesar de seu formato geralmente cônico a colunar, desde à base, são escolhas interessantes para calçadas largas. As palmeiras, em sua maioria (com exceção das entouceiradas, espinhentas e as de porte gigante), são muito indicadas para ornamentar ruas, avenidas e calçadas. A diversidade de árvores é enorme e você pode gostar justamente de uma que viu em algum lugar. Veja as características que uma árvore para arborização de calçadas deve ter:
  • – Não possuir raízes superficiais ou agressivas
  • – Não ter frutos ou flores grandes
  • – Não possuir espinhos
  • – Não ser tóxica
  • – Não ser de grande porte (mais de 20 metros de altura)
  • – Não possuir madeira frágil, suscetível à quebra ou ataque de cupins (evite árvores de crescimento muito rápido)
  • – Não ser invasora
Veja também uma lista com 22 Árvores de raízes agressivas que você não deve plantar na calçada.
Raquel Patro
Sobre 
Raquel Patro é editora do site Jardineiro.net e uma pessoa totalmente fascinada pela natureza, principalmente por plantas e jardins. Criou o site Jardineiro.net para disseminar sua paixão, contagiando novos adeptos e entusiasmando os antigos.

Visitando a banca do Sítio dos Herdeiros na feira agroecológica em Porto Alegre


Neste sábado pude dar aquele abraço nos amigos Dodo e Vera, do sítio dos Herdeiros, onde tive a grande oportunidade de estagiar, na conclusão da graduação em engenharia agronômica. 

Neste estágio surgiu a ideia de montar este Blog, partilhando e buscando soluções para a agricultura!

Parabéns ao Dodo e a Vera pelo trabalho desenvolvido no sítio e que inspire muitos outros!

alexandre







Hovenia Dulcis (Uva-Japonesa) no combate a erosão

erosão no arroio
Depois da experiência exitosa de plantar capim elefante e amendoim forrageiro para conter a erosão do arroio no sítio, iniciamos o plantio da uva-do-japão. Espécie exótica com grande valor apícola e ideal para a recuperação das margens do arroio.

 No último final de semana plantei 12 mudas, nesta curva, onde uma bergamoteira já tombou.

alexandre



Nome Científico: Hovenia dulcis
Nomes Populares: Uva-do-japão, Banana-do-japão, Bananinha-do-japão, Caju-do-japão, Caju-japonês, Cajueiro-japonês, Chico-magro, Gomari, Macaquinho, Mata-fome, Passa-do-japão, Passa-japonesa, Pau-doce, Pé-de-galinha, Tripa-de-galinha, Uva-da-china, Uva-japão, Uva-japonesa, Uva-paraguaia
Família: Rhamnaceae
Categoria: Árvores, Árvores Frutíferas
Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Ásia, China, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Japão
Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene A uva-do-japão é uma árvore caduca, de porte médio, muito utilizada na arborização urbana. Sua copa é aberta, de formato globoso a oval. O caule apresenta rápido crescimento e pequeno diâmetro. Sua casca é escura, de textura lisa a levemente fissurada. As folhas são ovais, verdes, brilhantes, de disposição alterna e caem no outono e inverno. As flores numerosas, surgem no verão. Elas são pequenas, hermafroditas, perfumadas, branco-esverdeadas e atraem muitas abelhas. Os frutos são cápsulas secas, marrons, sustentadas por pedúnculos carnosos, doces e de cor castanha. Cada fruto contém de 2 a 4 sementes amarronzadas. A dispersão das sementes é zoocórica (por animais).
Os frutos da uva-do-japão têm sabor aprazível, mas devem ser colhidos maduros. Quando verdes, têm sabor adstringente e quando passados, fermentam e ficam com gosto alcoólico. Eles podem ser consumidos in natura ou na forma de geléias. É uma árvore apropriada para o paisagismo urbano, em estacionamentos, rodovias, praças e parques. Devido ao seu tamanho um pouco avantajado (atinge cerca de 25 metros), a uva-do-japão não é indicada para arborização de calçadas sob fiação elétrica.
Por ser uma árvore que frutifica em abundância, ela têm sido amplamente utilizada na recuperação de áreas degradadas, com o objetivo de atrair a fauna (aves e mamíferos). No entanto têm se revelado uma espécie perigosamente invasora, que reduz a diversidade das matas nativas e se multiplica rapidamente com a ajuda dos animais.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, bem drenável e leve, com regas regulares no primeiro ano após o plantio. Não tolera encharcamento ou inundações. Multiplica-se por sementes e estacas. As sementes podem ser escarificadas para quebrar a dormência. A frutificação inicia-se de 3 a 4 anos após o plantio.

A planta é muito bem adaptada nos países de clima tropical, mas a uva que chamamos de japonesa não é uva nem japonesa. Veio das zonas úmidas e montanhosas da China. Só em 1820 ela foi introduzida no Ocidente. Por aqui, não pegou, embora tenha um potencial enorme.
Para sermos bem corretos em botânica, não poderíamos chamá-lo de fruto porque seus frutos são as vagens com as sementes que ficam anexadas nas extremidades, em forma de bolinhas não comestíveis. O que chamamos de fruto são os pedúnculos gordinhos e suculentos. Mas o que importa é o uso que damos a eles – como uvas passas ou frutas picadas vão bem em tortas, bolos, recheios, saladas e o que a imaginação puder criar com qualquer coisa parecida com frutas docinhas e crocantes. Imaturos são muito tânicos, mas quando ganham cor marrom avermelhada, murcham ligeiramente e até caem ao chão, aí sim estão super docinhos.
http://eweo.wordpress.com/2012/10/20/uva-japonesa-hovenia-dulcis/

sábado, 30 de maio de 2015

Senado disponibiliza consulta sobre identificação de transgênicos


NAIRA HOFMEISTER
O projeto que retira das embalagens de alimentos industrializados um triângulo amarelo com a letra T inscrita – o símbolo de que aquele item contém entre seus ingredientes produtos transgênicos – já está tramitando no Senado Federal.
A Casa, aliás, lançou em sua página uma consulta à população sobre o conteúdo da matéria – entre os primeiros 186 manifestantes, apenas três eram favoráveis ao teor do texto.
No último dia 28 de abril, o projeto, de autoria do deputado gaúcho Luis Carlos Heinze (PP), foi aprovado no plenário da Câmara Federal. Caso tenha sucesso também no Senado, será levado para a sanção ou veto da presidenta da República, Dilma Rousseff – embora entidades ambientalistas e órgãos de direito do consumidor estejam estudando ações legais para impedir a mudança da norma atual.
No senado o projeto ganhou nova numeração: agora é o PL 34/2015. O texto terá que passar pelos crivos das comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle e Assuntos Sociais – sua primeira escala, onde será relatado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Entidades ambientalistas, organizações da saúde e instituições de defesa do consumidor, vem manifestando-se contrariamente ao conteúdo do projeto. O Procon de Porto Alegre, por exemplo, mandou um ofício aos três senadores gaúchos na tentativa de sensibilizá-los para a manutenção da atual regra.
De acordo com o diretor-executivo do órgão de defesa do consumidor, Cauê Vieira, o projeto desrespeita um direito básico do consumidor: “a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem”.
HEINZE: “O T CRIMINALIZA UM PRODUTO LEGAL”
Proponente da matéria na Câmara dos Deputados, o gaúcho Luis Carlos Heinze já está articulando apoio no Senado para seu texto. “Conversei com (Ronaldo) Caiado (DEM-GO) e com o (Telmário) Mota (PDT-RR). Mas vou deixar que a Casa faça o seu trabalho”, garante.
Para ele, trata-se de corrigir uma injustiça. “O T nas embalagens criminaliza um produto que é legal”, defende.
Sua tese é de que o decreto de 2003 do Ministério da Justiça que obrigava a inserção da informação nos rótulos de alimentos vincula os produtos a circunstâncias de perigo já que o triângulo amarelo é frequentemente utilizado como alerta para locais onde há radiação ou eletricidade, por exemplo.
“Os consumidores também não entendem o que significa: fizemos uma pesquisa e a maioria achava que era um sinal de trânsito”, garante o deputado.
Para Heinze, a aprovação de organismo geneticamente modificados (OGM) pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio) garante que os alimentos são seguros. “São 27 membros especialistas doutores. Como eles não saberão do que estão falando?”, argumenta.
DENÚNCIA: “CTNBIO É PREDISPOSTA A APROVAR”
A titulação dos membros da CTNBio, entretanto, não garante um julgamento isento, denuncia o engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo, que foi um dos integrantes dessa comissão, indicado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, durante 6 anos.
“Entre os 27 membros, 16 tem convicção de que as informações geradas ou patrocinadas pelas empresas são suficientemente seguras para aprovar”, aponta, para logo complementar que esse número de apoiadores permanece estável mesmo quando há substituições de conselheiros.
Isso porque, quando há um debate sobre a liberação de um novo tipo de semente transgênica, são as próprias empresas detentoras da patente que apresentam estudos sobre o novo produto.
Essas empresas são, também, as mesmas que fabricam os agrotóxicos aos quais as plantas transgênicas são resistentes.  Em abril deste ano, o Instituto Nacional do Câncer publicou um documento no qual alerta para os riscos do consumo de alimentos com agrotóxicos, que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) podem estar associados ao aumento de casos de câncer no mundo.
No Brasil, cada habitante consome, anualmente, 5,2 quilos de veneno agrícola: é a população que mais consome este tipo de substância no mundo. “A liberação do uso de sementes transgênicas no Brasil foi uma das responsáveis por colocar o país no primeiro lugar do ranking de consumo de agrotóxicos, uma vez que o cultivo dessas sementes geneticamente modificadas exigem o uso de grandes quantidades destes produtos”, esclarece ainda a nota.
Durante a permanência de Melgarejo na CTNBio, mais de 30 cultivares geneticamente modificadas foram liberadas para plantio doméstico. A mais recente permissão dada foi ao plantio de eucalipto transgênico.
Melgarejo falou sobre todos estes assuntos no Frente a Frente da TVE no início de maio. O programa de entrevistas está disponível na internet através deste link.

Restaurante de Witmarsum é o primeiro da região a incluir PANC’S no cardápio.

by Ricardo Philippsen
Talvez a sua primeira pergunta seja: "mas o que são PANC'S?", bem, pode ficar tranquilo que você não está sozinho nessa. PANC"S é a forma carinhosa de chamar as Plantas Alimentícias Não Convencionais. Tratam-se de plantas que foram injustamente perdendo espaço em nossa mesa por diversos motivos dos quais se destaca  a agricultura voltada cada vez mais para o mercado e menos para a mesa. Isso é conversa para outra vez, por hora, basta dizer que essas plantas não saíram do cardápio por não serem saborosas.
Dito isso, vamos ao que interessa: Witmarsum é cada vez mais conhecido pelo potencial culinário, afinal, não é todo lugar que tem uma culinária típica tão variada, fruto de 500 anos de imigrações, nas mesas de Witmarsum os pratos de origem alemã dividem espaço com pratos poloneses, russos, e é claro, há também lugar garantido para o brasileiríssimo feijão e arroz.
Essa culinária que já era única ganhou recentemente um reforço extra no restaurante Bauernhaus na Colônia Witmarsum. O restaurante é o primeiro da região a incluir em seu cardápio plantas não convencionais. A partir de março de 2015 serão servidos os primeiros peixinhos.
Foto: BioWit
Foto: BioWit
Talvez você lembre desse post:
(para maiores informações sobre o peixinho, uma das plantas mais deliciosas da nossa horta, é só voltar lá e dar uma lida).
A produção do peixinho é feita em pequena escala, localmente, em uma de nossas hortas que preza pela vida, produzindo em um sistema misto e sem utilização de insumos químicos as mais variadas plantas. O peixinho é colhido no mesmo dia em que é servido, chegando dessa forma fresco ao restaurante. Além disso, o peixinho vai de carona com um dos funcionários do restaurante tirando assim até o impacto ambiental causado pelo transporte da equação.
Ufa, com todas essas vantagens o cliente do Bauernhaus pode fazer vista grossa para o fato de que o peixinho será servido frito e aproveitar de consciência tranquila essa maravilha da culinária.
Além comer o peixinho, também é possível levar para casa uma bandeja deles para servir aos amigos ou até mesmo uma mudinha para colocar na sua horta. Na próxima vez que almoçar por lá peça mais informações no próprio restaurante.
E afinal por que comer PANC'S?
Por causa do sabor:
Sentar para almoçar e ser surpreendido por um sabor novo é uma das maravilhas da vida.
 Para estimular a economia local:
As plantas não convencionais são produzidas por pequenos agricultores locais sendo uma opção interessante para dar oportunidade para o pequeno produtor.
Para equilibrar o ecossistema:
Todo ecossistema precisa de biodiversidade para funcionar em harmonia, incentivar o consumo de plantas diferentes aumenta a diversidade equilibrando assim os sistemas de produção.
 Para economizar água:
Ao contrário da maioria das hortaliças consumidas em grande escala, PANC'S são plantas locais, geralmente mais rústicas e acostumadas com o clima da região, por isso necessitam de menos irrigação.
Para usar menos produtos químicos:
A mesma lógica. Como são, em geral, plantas nativas, elas são mais resistentes à insetos não havendo nenhuma desculpa para usar inseticidas ou afins.
Pelos benefícios à saúde:
Cada planta tem um valor nutricional diferente, as plantas possuem além disso as mais variadas propriedades medicinais, sendo um aumento da diversidade na mesa a melhor maneira de equilibrar o seu organismo.
Bem, a dica está dada, quem puder, venha prestigiar essa iniciativa, almoce bem, diga o que achou ao pessoal do restaurante, leve o peixinho pra casa, peça uma mudinha e contribua dessa forma com o biowit e estimule a inclusão de mais PANC'S nos cardápios por aí.
para maiores informações sobre o restaurante acesse:
Ricardo Philippsen | 04/03/2015 at 20:27 | Categories: Uncategorized | URL:http://wp.me/p18jP5-CL

sexta-feira, 29 de maio de 2015

ONDE COMPRAR SEMENTES RARAS



Pra falar a verdade eu ia postar outra coisa e o post já estava até pronto, mas como é primavera e essa é a melhor época do ano para plantar sementes, resolvi publicar primeiro esse post que vai ajudar outras pessoas que como eu estavam caçando alguma semente difícil de achar.


As lojas que vou mostrar não vão só ser úteis para você comprar sementes, mas para comprar aquelas sementes raras de plantas pouco conhecidas que você está louco para cultivar, mas não acha em lugar nenhum. Eu vivia passando por isso e acabava sempre recorrendo ao ebay, mas depois de muita pesquisa achei algumas lojas no Brasil que, eventualmente, resolvem meus problemas.
Primeiro vou mostrar as lojas nas quais eu já comprei e recomendo…
Garden Mania
Inicialmente, quando eu fiz esse post, recomendei essa loja. Naquele momento eu já havia feito duas compras nela e,  apesar de ter tido atraso no envio das sementes em ambas, eu recebi tudo conforme descrito no site e foi exatamente isso o que coloquei no post.
No entanto, agora venho sugerir que não comprem nessa loja. Na terceira compra que fiz, e última, precisei abrir uma disputa no PagSeguro para receber de volta o que paguei, porque as sementes sequer foram enviadas e isso mais de 30 dias após a compra. O vendedor não respondeu nenhum dos meus e-mails e também não se manifestou durante a disputa no PagSeguro.
Quando abri o post para editar pensei em simplesmente excluir essa loja, mas, infelizmente, é uma das mais conhecidas e ao pesquisar sementes para compra no Google é uma das primeiras que aparece. Então para mais pessoas não terem que passar pelo aborrecimento que eu passei, achei melhor esclarecer o que ocorreu.
S-Gardenmania
Sambalina
Recomendo muito essa loja. Fiquei muito satisfeita com a variedade de sementes. Muitas variedades de tomates, frutas e ervas. Encontrei nessa loja variedades que eu estava louca procurando como o mini-pepino mexicano e a pêra-melão ou melão andino e ainda comprei vários tipos de tomates.
O atendimento foi excelente, o envio foi rápido e ainda recebi sementes de manjericão limão de brinde e fiquei super feliz porque amo manjericão e nunca tive essa espécie. Além disso tive muito sucesso com as sementes, mas é fato que as variedades eram todas de fácil germinação, exceto o melão andino que eu nunca tinha plantado, mas que também teve excelente taxa de germinação.
S-Sambalina
Essas abaixo são as lojas que eu não conheço, nunca comprei, mas já ouvi bons comentários a respeito…
Toca do Verde
Deve ser a loja virtual de jardinagem mais conhecida de todas. Essa loja tem de tudo, não só sementes, então você pode encontrar bastante coisa útil. Só um detalhe: as sementes vendidas no site são da Isla, aqueles saquinhos que você encontra em qualquer casa de jardinagem.
S-Toca do verde
Planta Mundo
Não é muito conhecida, mas vi bons comentários.
S-Planta mundo
Tabutin
Também não é muito conhecida, mas vi bons comentários.
S-Tabutins

Feiras orgânicas se consolidam em Porto Alegre


MATHEUS CHAPARINI
As feiras ecológicas crescem em Porto Alegre e já são uma experiência consolidada na Capital. Vinte e seis anos se passaram desde que meia dúzia de pioneiros começaram a se reunir na José Bonifácio uma vez ao mês, para vender produtos livres de agrotóxicos e pesticidas.
De lá para cá, as bancas da tradicional feirinha do Bom Fim se multiplicaram – hoje são mais de 100 feirantes – e ganharam frequência semanal, incentivando a criação de outros cinco espaços para a venda de orgânicos na Capital.
Hoje, há feiras ecológicas também nos bairros Tristeza, Três Figueiras, Menino Deus e Petrópolis – a mais recente, nascida em 2013.
“A tendência é o crescimento à medida que temos mais produtores e consumidores atentos, procurando. É um produto de qualidade com um preço menor do que nos supermercados”, assegura a responsável do Centro Agrícola Demonstrativo da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic), Claudia Ache.
A próxima a inaugurar deve ser a do bairro Auxiliadora, cujos moradores já ingressaram com uma solicitação formal na Smic.
CLIENTE COMPRA DE QUEM PRODUZ
Além da garantia de que os alimentos vendidos nas feiras ecológicas não foram produzidos com a utilização de agrotóxicos – cujos riscos já foram reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Instituto Nacional do Câncer, por exemplo – esses espaços aproximam o consumidor dos produtores rurais.
Contato pessoal com agricultor é marca dos entrepostos
Contato pessoal com agricultor é marca dos entrepostos de orgânicos na Capital
É que na grande maioria das bancas, são os próprios agricultores que atendem o público.
Fabiane Galli é a representante dos consumidores da feira das quartas do Menino Deus no Conselho das Feiras Ecológicas e considera esse um aspecto importante, pois cria um elo de confiança. “Não é uma relação anônima, como quando tu compra no supermercado”, observa.
Depois de anos frequentando as feiras, ela já fez vários amigos. “As crianças vem junto, brincam e se alimentam de coisas gostosas e saudáveis. É um ganha-ganha pra todos nós”, sintetiza.
É também o que acontece com Francisco Siliprandi, frequentador assíduo da feira do Bom Fim. De tantos conhecidos que já fez ao longo dos anos, ele brinca que vai “montar turmas e fazer visitas guiadas”.
O tempo trouxe também conhecimento – e até manhas – para economizar nas compras. “Vou até a ponta e volto, pesquisando preços. Às vezes algum produtor teve uma safra muito boa e pode dar uma diferença grande no valor”, sugere.
Mas o mais importante é saber o “ponto certo” de cada produto. “Por exemplo o maracujá, se não estiver bem murcho, pesa mais, e acaba ficando mais caro”, explica.
BOM FIM, A MAIOR E MAIS ANTIGA
A feira da José Bonifácio, aos sábados pela manhã, é a maior e mais antiga da capital. Acontece desde 1989 e hoje conta com mais de 100 feirantes.
A Feira dos Agricultores Ecologistas nasceu em 1989
A Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE) nasceu em 1989 e só cresce desde então
Lorita Rossi foi uma das primeiras a ingressar no grupo, vendendo seus chás quando a feira ainda era mensal. “Eram seis, sete feirantes; só. Nós nos conhecíamos bem, conhecíamos as famílias”, rememora.
Se nesses 26 anos, a feira cresceu e se diversificou, o mesmo aconteceu com sua banca, chamada Sítio Apiquários. “O impulso veio do consumidor, que nos pedia outras coisas. Nós tínhamos apenas 20 variedades, que eram as mais conhecidas. Hoje, trabalhamos com cerca de 120 plantas”, esclarece.
Lorita também vende suas infusões em lojas tradicionais na Capital e na Serra, mas a feira ecológica é, sem dúvidas, o principal negócio: “Nosso trabalho é abastecer a feira, nós vivemos em função disso”, comemora.
“ADUBAR COM MERDA DE VACA ERA COISA DE LOUCO”
O casal José Mariano Matias, o “Jalo”, e Marinês Riva também são da leva de feirantes mais antiga. Há 21 anos, montam banca na José Bonifácio; e há 18, passaram a vender também nas quartas, no Menino Deus.
A família vive em Eldorado do Sul, onde planta hortaliças. Em uma área de dois hectares, eles colhem 300 caixas por semana, somente para as feiras. O excedente da produção é todo vendido para a merenda escolar do município.
Além das hortaliças, Jalo e Marinês produzem também arroz orgânico. A mão de obra é toda familiar, são seis pessoas e nenhuma máquina: todo o processo é feito manualmente, do preparo da terra até a colheita.
Jalo conta que quando a família se mudou para Eldorado do Sul, há 23 anos, os agricultores vizinhos desdenhavam da produção orgânica. “Na época diziam que a gente era louco, adubar com merda de vaca, com palha”, recorda.
Mas com o acréscimo de 30% sobre o valor da saca aos produtores de arroz ecológico que vendam para a merenda escolar, o negócio ficou lucrativo. “Hoje, os que nos diziam loucos estão lá plantando arroz, estão engrenando na produção, que foi valorizada”, completa.
SOLICITAÇÃO PODE PARTIR DE MORADORES OU ENTIDADES
Geralmente o pedido de criação de uma feira chega à Prefeitura através da associação comunitária. Entretanto, outras entidades da sociedade civil podem também fazer a solicitação.
Grupo conta com conselho que reúne produtores, consumidores e prefeitura
Grupo conta com conselho que reúne produtores, consumidores e prefeitura
A feira de Petrópolis, por exemplo, foi um pedido do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), cuja sede fica a uma quadra do mais recente ponto de venda de orgânicos na Capital, na praça Ruy Teixeira.
Alguns produtores já comercializavam seus produtos no pátio da entidade, mas a procura era tanta que o espaço ficou pequeno e o sindicato solicitou um local maior, onde a feira pudesse ocorrer aberta ao grande público.
Uma vez feito o pedido para a criação de um entreposto de orgânicos, a Smic consulta o Conselho de Feiras Ecológicas para verificar se existe demanda e produtores interessados – podem participar agricultores instalados em um raio de 200 quilômetros da Capital.
Se houver aprovação, resta aguardar a tramitação burocrática que inclui a emissão de alvarás e inspeções nas propriedades, que precisam atender as exigências da legislação sanitária.
INTEGRANTES DO CONSELHO TOMAM POSSE EM JUNHO
O Conselho das Feiras Ecológicas é formado por representantes dos feirantes, dos consumidores e do poder público. Os feirantes escolhem seus representantes através de eleições – a proporção é de um eleito para cada dez alvarás emitidos.
O mais recente pleito ocorreu em maio e os resultados serão divulgados no dia 25 de junho. Os mandatos tem vigência até 2017.
Para a responsável do Centro Agrícola Demonstrativo da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic), Claudia Ache, a importância do colegiado reside em manter o estímulo às feiras.
“Tanto para que o consumidor entenda a importância dessa alimentação, como incentivar o produtor a partir pra uma produção orgânica”, acredita.
A convivência entre agricultores também traz frutos para a organização desse setor. “As feiras estimulam o associativismo, porque pra participar eles tem que fazer parte de algum grupo”, conclui.
SERVIÇO
Quarta – feira:
MENINO DEUS – das 13 às 19h
Av. Getúlio Vargas (no pátio da Secretaria Estadual da Agricultura)
PETRÓPOLIS – das 13 às 18h
Rua General Tibúrcio, parte lateral da praça Ruy Teixeira.
Sábado:
TRISTEZA – das 7h às 12h30
Av. Otto Niemeyer esquina com a Av. Wenceslau Escobar
BOM FIM – das 7h às 12h30
Av. José Bonifácio, 675
MENINO DEUS – 7h às 12h30
Av. Getúlio Vargas (no pátio da Secretaria Estadual da Agricultura)
TRÊS FIGUEIRAS – das 8h às 13h
Rua Cel. Armando Assis, ao lado da praça Desembargador La Hire Guerra

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