Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
terça-feira, 24 de setembro de 2024
Compostagem com esterco de cavalos 01
Como maturar esterco de cavalo para fazer composto?
by Winner Horse in
Esterco de cavalo é o composto favorito usado por fazendeiros, jardineiros e paisagistas para enriquecer o solo com nitrogênio, fósforo e potássio, melhorar a sua estrutura e capacidade de reter água. O esterco de cavalo pode ser aplicado cru ou depois da compostagem, mas há muitos benefícios em maturar e fazer a compostagem do esterco. O cheiro é reduzido depois da compostagem, e o processo fica quente o suficiente para eliminar sementes de ervas daninhas e qualquer patógeno que possa estar nele. Maturar o esterco do cavalo é fácil e traz ótimos resultados.
Encontre uma fonte de esterco de cavalo. Qualquer um que tenha um cavalo sabe quanto esterco ele pode produzir. Fazendeiros e criadores terão uma fonte estável de esterco misturado com serragem quando limpam as coxias. Provavelmente, você encontrará uma fonte segura de esterco gratuito.
Decida uma localização para o processo de maturação do esterco. Uma vez que ele esteja maturado, haverá pouco cheiro, mas o esterco fresco produz um odor que talvez seus vizinhos não aprovem. Coloque a pilha longe das casas, incluindo da sua própria.
Monte suas caixas de compostagem. Apesar de você poder fazer a compostagem do esterco em pilhas abertas, o processo será mais rápido e mais fácil de revirar e trabalhar caso esteja em recipientes. Você pode usar barris de plástico ou construir uma caixa com tela de galinheiro e postes de aço colocados no solo.
Acrescente esterco fresco de cavalo e serragem nas caixas de compostagem. A serragem irá se decompor bem com o esterco e aumentar a taxa de decomposição, já que permitirá a entrada de mais ar no centro da pilha. Encha uma caixa completamente com o esterco e a serragem, já que é desejável que a compostagem se complete ao mesmo tempo. Qualquer material novo pode ser colocado em uma nova caixa.
Revire o composto regularmente. A compostagem será mais ativa no centro, e misturar o material irá trazer a parte mais fresca para o centro, tornando o processo mais rápido.
Use o composto de esterco em qualquer estágio do processo. Diferente do esterco de galinha, o de cavalo não contém um nível muito alto de nitrogênio, que queimaria as folhas e raízes das plantas. Você pode espalhá-lo nos leitos de vegetais e flores em qualquer estágio. Permitir que a compostagem se complete irá dar ao solo uma aparência mais suave e bem acabada, mas o esterco composto parcialmente funciona tão bem quanto.
segunda-feira, 23 de setembro de 2024
Espécies de minhocas para minhocultura
Gustavo Schiedeck,
A minhocultura é uma atividade de grande apelo social, tanto no
campo quanto na cidade, devido à sua capacidade de processar
resíduos orgânicos transformando-os em um produto de elevada
qualidade para a fertilização de plantas, o popular ‘húmus de
minhoca’.
Muitas pessoas interessadas no assunto se deparam com uma questão
elementar: qual a espécie de minhoca mais indicada para utilizar no
minhocário? Existem no mundo cerca de 4 mil espécies de minhocas
terrestres, divididas em três grupos ecológicos: anécicas,
endogeicas e epigeicas. Os primeiros grupos são formados por
espécies que vivem em galerias verticais e em perfis mais profundos
do solo, respectivamente. Por sua vez, as minhocas epigeicas são
espécies que vivem mais próximas à superfície, alimentando-se
basicamente de resíduos orgânicos, ingerindo grandes quantidades de
materiais ainda não decompostos. Essas minhocas raramente abrem
galerias no solo, uma vez que não possuem a anatomia indicada para
tal função. Por essas peculiaridades ecológicas, as minhocas desse
grupo são as mais indicadas para a criação racional em cativeiro.
Nesse contexto, existem poucas espécies de minhocas apropriadas para
a minhocultura e cada qual possui características particulares.
Dentre as características mais importantes para a escolha da espécie
estão a capacidade em aceitar diferentes resíduos orgânicos, alto
consumo do alimento oferecido, grande tolerância às variações
ambientais, elevados índices de reprodução e fertilidade dos
casulos, rápido crescimento e atingimento da maturidade sexual,
grande resistência e sobrevivência ao peneiramento ou catação
manual.
As espécies de clima temperado utilizadas na minhocultura mundial
são Eisenia andrei,
Eisenia fetida, Dendrobaena
rubida, Dendrobaena veneta e Lumbricus rubellus. Por sua vez, as
espécies de clima tropical mais utilizadas são
Eudrillus eugeniae,
Perionyx excavatus e
Pheretima elongata.
Na grande maioria dos minhocários do mundo predomina a utilização
das espécies E. andrei e
E. fetida (erroneamente
escrita como E. foetida ou
ainda E. phoetida), ambas conhecidas pelo nome comum de “vermelha-da-califórnia”.
No Brasil, praticamente todos os minhocários são montados com a
espécie E. andrei. Embora
muitos centros de pesquisa no País referenciem a utilização de
E. fetida em seus trabalhos científicos, essa espécie raramente é
encontrada em levantamentos taxonômicos. Assim, é possível que as
populações existentes no País sejam mesmo de
E. andrei, e não de
E. fetida. Essa confusão
se deve à grande semelhança de sua anatomia externa, apesar de
possuírem algumas diferenças na coloração da epiderme e no ciclo de
vida.
A preferência pela E. andrei
e E. fetida se deve ao
fato de já estarem amplamente distribuídas no mundo, habitando
naturalmente diversos tipos de resíduos orgânicos. Além disso, podem
sobreviver em ambientes com ampla variação de umidade e temperatura,
de 70% a 90% e de 0ºC a 35ºC respectivamente. Sob condições ótimas,
possuem elevados índices de reprodução e, segundo alguns autores,
consomem o equivalente ao seu peso em alimento por dia. Os casulos
são colocados à média de um a cada dois ou três dias, com
viabilidade em torno de 73% a 80% e 2,5 a 3,8 minhocas por casulo. O período de
incubação do casulo gira em torno de 18 a 26 dias e, após a eclosão, a maturidade
sexual é atingida ao redor de
28 a 30 dias.
Apesar da “vermelha-da-califórnia” ser a mais conhecida, outras
espécies já podem ser adquiridas no Brasil em criadores de matrizes
especializados. A Eudrilus
eugeniae é conhecida popularmente como “gigante-africana” e é
criada principalmente para o mercado de isca viva para pesca e para
a produção de proteína para alimentação animal. Embora seja uma
minhoca grande (tamanho entre 8 e 19 cm e peso entre 2,7 a 3,5 g), é mais sensível à
manipulação e às mudanças de temperatura, preferindo ambientes em
torno de 25°C e tolerando variações
entre 16ºC e 30°C.
Em média, um casulo é colocado a cada dois dias e em seu interior há 2 a 2,7 minhocas. O tempo de
incubação do casulo é de
12 a
16 dias e a maturidade sexual é atingida entre os 40 e 49 dias após
a eclosão do casulo.
A espécie conhecida como violeta-do-himalaia,
Perionyx excavatus, é
outra possibilidade já disponível no Brasil para a criação em minhocários. Essa
espécie produz muitos casulos, em média de 1,2 a 2,7 por dia, porém de
cada casulo nasce apenas 1 e 1,1 minhoca. A incubação do casulo é em
torno de 18 dias e após
28 a
42 dias as minhocas atingem a maturidade sexual, estando prontas
para reproduzir e iniciar um novo ciclo. Seu melhor desenvolvimento
ocorre em temperaturas entre 25ºC e
37°C, sendo que temperaturas abaixo de
5°C
podem ocasionar sua morte.
As diferentes espécies de minhocas disponíveis podem auxiliar na
diversificação da minhocultura, bastando que cada criador analise
suas condições e interesses para fazer a escolha mais adequada.
Gustavo Schiedeck
possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade
de Passo Fundo (1992), mestrado em Fitotecnia pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado
em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2002).
Atualmente é pesquisador na Embrapa Clima Temperado e lotado
na Estação Experimental Cascata. Tem experiência na área de
Agroecologia e agricultura familiar, atuando principalmente
nos seguintes temas: horticultura, minhocultura e produção
de húmus e plantas bioativas.
Contato: gustavo.schiedeck@cpact.embrapa.br |
Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte
Dados para citação
bibliográfica(ABNT):
SCHIEDECK, G.
Espécies de minhocas para minhocultura.
2010. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/minhocultura/index.htm>.
Acesso em:
19/7/2018
domingo, 22 de setembro de 2024
sábado, 21 de setembro de 2024
sexta-feira, 20 de setembro de 2024
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Ora-pro-nóbis
A ora-pro-nóbis é uma planta alimentícia não convencional (PANC) rica em nutrientes essenciais para o organismo. Entre eles estão proteínas, fibras, vitaminas e minerais que contribuem para o nosso bem-estar.
Para entender as vantagens de incluir a espécie na alimentação, conversamos com o farmacêutico naturopata Jamar Tejada que separou os principais benefícios da ora-pro-nóbis para a saúde. Confira!
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1. Ajuda no emagrecimento e formação de músculos
Por ser rica em fibras ajuda no emagrecimento, formando um tipo de gel no estômago, promovendo a saciedade. Por ser rica em proteína, a ora-pro-nóbis auxilia na função de regeneração e desenvolvimento muscular.
2. Melhora o funcionamento do intestino
Devido a grande quantidade de fibras que possui, a ora-pro-nóbis ajuda na digestão e melhora o funcionamento do intestino, evitando a prisão de ventre, a formação de pólipos e tumores intestinais.
3. Fortalece o sistema imunológico
Por ser uma planta rica em niacina, uma vitamina que tem ação antioxidante, a ora-pro-nóbis melhora as funções e protege as células de defesa contra os danos causados pelos radicais livres, fortalecendo o sistema imunológico.
4. Previne a anemia
A ora-pro-nóbis possui uma grande quantidade de ferro, um mineral que é necessário para a formação de glóbulos vermelhos saudáveis, ajudando a prevenir a anemia.
5. Mantém a saúde dos olhos
Por ter ótimas quantidades de luteína e zeaxantina, carotenóides que têm ação antioxidante e fotoprotetora, a ora-pro-nóbis protege os olhos contra os danos causados raios ultravioletas do sol e contra a luz azul emitida por computadores e celulares, ajudando a prevenir a catarata e a degeneração macular.
6. Evita o envelhecimento precoce
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Por ser rica em antioxidantes como vitamina A e betacaroteno, a ora-pro-nóbis ajuda a diminuir os danos causados pelos radicais livres às células saudáveis da pele, evitando o envelhecimento precoce.
7. Previne a diabetes
A ora-pro-nóbis é rica em fibras, um nutriente que controla os níveis de glicose no sangue, porque diminui a velocidade de absorção dos carboidratos, ajudando a prevenir a resistência à insulina e a diabetes.
8. Diminui o colesterol
A ora-pro-nóbis ajuda a diminuir o colesterol por ser uma planta rica em fibras, nutriente que reduzem a absorção de gorduras a nível intestinal, diminuindo o colesterol sanguíneo.
Além disso, a presença de compostos antioxidantes na ora-pro-nóbis, como fitoesteróis e os esteróides, evitam a oxidação das células de gordura, controlando os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue, ajudando, assim, a evitar o surgimento de situações como infarto, aterosclerose e derrame.
9. Anti-inflamatório
Para a pele age como emoliente, alivia queimaduras e auxilia na cicatrização de feridas e úlceras e na redução do colesterol e diabetes, tendo ação antinociceptiva (que anula ou reduz a percepção e transmissão de estímulos que causam dor).
10. Previne o câncer
Uma mistura de fitoesteróis encontrados na ora-pro-nóbis inibe o crescimento de células cancerígenas e reduz o tamanho dos tumores e a incidência de câncer de cólon, mama e próstata induzidos por agentes carcinógenos específicos.
Além disso, esses esteroides, principalmente o β-sitosterol, inibem a proliferação celular e induzem a apoptose (morte celular programada) em linhagem de células de câncer de fígado, próstata, mama e de cólon, assim ora-pro-nobis pode ser coadjuvante no tratamento e prevenção de cânceres.
11. Combate a depressão
Estudos sugerem que não há participação das substâncias ativas na síntese ou liberação de serotonina - neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar -, mas pode haver atuação direta do princípio ativo em seus receptores, ajudando a combater a depressão.
FONTE:
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/degusta/alimentacao-com-saude/ora-pro-nobis-confira-11-beneficios-para-a-saude,2b7a9d8def9728f66d0200c2dd0c249fxcrmxct6.html?utm_source=clipboard
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
Pouca terra, muitos sonhos! VEJAM QUE SÍTIO!!!!
Uma propriedade rural de São Carlos é exemplo de
sustentabilidade: mesmo com pouca área a família vive bem,
com qualidade!
terça-feira, 17 de setembro de 2024
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