terça-feira, 24 de setembro de 2024

Cultivando Morangos em Garrafas Plásticas - Resultados Surpreendentes!

Compostagem com esterco de cavalos 01


Como maturar esterco de cavalo para fazer composto?

Esterco de cavalo é o composto favorito usado por fazendeiros, jardineiros e paisagistas para enriquecer o solo com nitrogênio, fósforo e potássio, melhorar a sua estrutura e capacidade de reter água. O esterco de cavalo pode ser aplicado cru ou depois da compostagem, mas há muitos benefícios em maturar e fazer a compostagem do esterco. O cheiro é reduzido depois da compostagem, e o processo fica quente o suficiente para eliminar sementes de ervas daninhas e qualquer patógeno que possa estar nele. Maturar o esterco do cavalo é fácil e traz ótimos resultados.


  1. Encontre uma fonte de esterco de cavalo. Qualquer um que tenha um cavalo sabe quanto esterco ele pode produzir. Fazendeiros e criadores terão uma fonte estável de esterco misturado com serragem quando limpam as coxias. Provavelmente, você encontrará uma fonte segura de esterco gratuito.

  2. Decida uma localização para o processo de maturação do esterco. Uma vez que ele esteja maturado, haverá pouco cheiro, mas o esterco fresco produz um odor que talvez seus vizinhos não aprovem. Coloque a pilha longe das casas, incluindo da sua própria.

  3. Monte suas caixas de compostagem. Apesar de você poder fazer a compostagem do esterco em pilhas abertas, o processo será mais rápido e mais fácil de revirar e trabalhar caso esteja em recipientes. Você pode usar barris de plástico ou construir uma caixa com tela de galinheiro e postes de aço colocados no solo.

  4. Acrescente esterco fresco de cavalo e serragem nas caixas de compostagem. A serragem irá se decompor bem com o esterco e aumentar a taxa de decomposição, já que permitirá a entrada de mais ar no centro da pilha. Encha uma caixa completamente com o esterco e a serragem, já que é desejável que a compostagem se complete ao mesmo tempo. Qualquer material novo pode ser colocado em uma nova caixa.

  5. Revire o composto regularmente. A compostagem será mais ativa no centro, e misturar o material irá trazer a parte mais fresca para o centro, tornando o processo mais rápido.

  6. Use o composto de esterco em qualquer estágio do processo. Diferente do esterco de galinha, o de cavalo não contém um nível muito alto de nitrogênio, que queimaria as folhas e raízes das plantas. Você pode espalhá-lo nos leitos de vegetais e flores em qualquer estágio. Permitir que a compostagem se complete irá dar ao solo uma aparência mais suave e bem acabada, mas o esterco composto parcialmente funciona tão bem quanto.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Espécies de minhocas para minhocultura

Gustavo Schiedeck,
            A minhocultura é uma atividade de grande apelo social, tanto no campo quanto na cidade, devido à sua capacidade de processar resíduos orgânicos transformando-os em um produto de elevada qualidade para a fertilização de plantas, o popular ‘húmus de minhoca’.
            Muitas pessoas interessadas no assunto se deparam com uma questão elementar: qual a espécie de minhoca mais indicada para utilizar no minhocário? Existem no mundo cerca de 4 mil espécies de minhocas terrestres, divididas em três grupos ecológicos: anécicas, endogeicas e epigeicas. Os primeiros grupos são formados por espécies que vivem em galerias verticais e em perfis mais profundos do solo, respectivamente. Por sua vez, as minhocas epigeicas são espécies que vivem mais próximas à superfície, alimentando-se basicamente de resíduos orgânicos, ingerindo grandes quantidades de materiais ainda não decompostos. Essas minhocas raramente abrem galerias no solo, uma vez que não possuem a anatomia indicada para tal função. Por essas peculiaridades ecológicas, as minhocas desse grupo são as mais indicadas para a criação racional em cativeiro.
            Nesse contexto, existem poucas espécies de minhocas apropriadas para a minhocultura e cada qual possui características particulares. Dentre as características mais importantes para a escolha da espécie estão a capacidade em aceitar diferentes resíduos orgânicos, alto consumo do alimento oferecido, grande tolerância às variações ambientais, elevados índices de reprodução e fertilidade dos casulos, rápido crescimento e atingimento da maturidade sexual, grande resistência e sobrevivência ao peneiramento ou catação manual.
            As espécies de clima temperado utilizadas na minhocultura mundial são Eisenia andrei, Eisenia fetida, Dendrobaena rubida, Dendrobaena veneta e Lumbricus rubellus. Por sua vez, as espécies de clima tropical mais utilizadas são Eudrillus eugeniae, Perionyx excavatus e Pheretima elongata.
            Na grande maioria dos minhocários do mundo predomina a utilização das espécies E. andrei e E. fetida (erroneamente escrita como E. foetida ou ainda E. phoetida), ambas conhecidas pelo nome comum de “vermelha-da-califórnia”. No Brasil, praticamente todos os minhocários são montados com a espécie E. andrei. Embora muitos centros de pesquisa no País referenciem a utilização de E. fetida em seus trabalhos científicos, essa espécie raramente é encontrada em levantamentos taxonômicos. Assim, é possível que as populações existentes no País sejam mesmo de E. andrei, e não de E. fetida. Essa confusão se deve à grande semelhança de sua anatomia externa, apesar de possuírem algumas diferenças na coloração da epiderme e no ciclo de vida.
            A preferência pela E. andrei e E. fetida se deve ao fato de já estarem amplamente distribuídas no mundo, habitando naturalmente diversos tipos de resíduos orgânicos. Além disso, podem sobreviver em ambientes com ampla variação de umidade e temperatura, de 70% a 90% e de 0ºC a 35ºC respectivamente. Sob condições ótimas, possuem elevados índices de reprodução e, segundo alguns autores, consomem o equivalente ao seu peso em alimento por dia. Os casulos são colocados à média de um a cada dois ou três dias, com viabilidade em torno de 73% a 80% e 2,5 a 3,8 minhocas por casulo. O período de incubação do casulo gira em torno de 18 a 26 dias e, após a eclosão, a maturidade sexual é atingida ao redor de 28 a 30 dias.
            Apesar da “vermelha-da-califórnia” ser a mais conhecida, outras espécies já podem ser adquiridas no Brasil em criadores de matrizes especializados. A Eudrilus eugeniae é conhecida popularmente como “gigante-africana” e é criada principalmente para o mercado de isca viva para pesca e para a produção de proteína para alimentação animal. Embora seja uma minhoca grande (tamanho entre 8 e 19 cm e peso entre 2,7 a 3,5 g), é mais sensível à manipulação e às mudanças de temperatura, preferindo ambientes em torno de 25°C e tolerando variações entre 16ºC e 30°C. Em média, um casulo é colocado a cada dois dias e em seu interior há 2 a 2,7 minhocas. O tempo de incubação do casulo é de 12 a 16 dias e a maturidade sexual é atingida entre os 40 e 49 dias após a eclosão do casulo.
            A espécie conhecida como violeta-do-himalaia, Perionyx excavatus, é outra possibilidade já disponível no Brasil para a criação em minhocários. Essa espécie produz muitos casulos, em média de 1,2 a 2,7 por dia, porém de cada casulo nasce apenas 1 e 1,1 minhoca. A incubação do casulo é em torno de 18 dias e após 28 a 42 dias as minhocas atingem a maturidade sexual, estando prontas para reproduzir e iniciar um novo ciclo. Seu melhor desenvolvimento ocorre em temperaturas entre 25ºC e 37°C, sendo que temperaturas abaixo de 5°C podem ocasionar sua morte.
            As diferentes espécies de minhocas disponíveis podem auxiliar na diversificação da minhocultura, bastando que cada criador analise suas condições e interesses para fazer a escolha mais adequada.

 
Gustavo Schiedeck possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de Passo Fundo (1992), mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2002). Atualmente é pesquisador na Embrapa Clima Temperado e lotado na Estação Experimental Cascata. Tem experiência na área de Agroecologia e agricultura familiar, atuando principalmente nos seguintes temas: horticultura, minhocultura e produção de húmus e plantas bioativas.
Contato: gustavo.schiedeck@cpact.embrapa.br



Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte

Dados para citação bibliográfica(ABNT):
SCHIEDECK, G. Espécies de minhocas para minhocultura. 2010. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/minhocultura/index.htm>. Acesso em: 19/7/2018

COMO PLANTAR MACAXEIRA / AIPIM / MANDIOCA e COLHER com MUITO MAIS ABUNDÂ...

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Ora-pro-nóbis


A ora-pro-nóbis é uma planta alimentícia não convencional (PANC) rica em nutrientes essenciais para o organismo. Entre eles estão proteínas, fibras, vitaminas e minerais que contribuem para o nosso bem-estar. 

Para entender as vantagens de incluir a espécie na alimentação, conversamos com o farmacêutico naturopata Jamar Tejada que separou os principais benefícios da ora-pro-nóbis para a saúde. Confira!

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1. Ajuda no emagrecimento e formação de músculos
Por ser rica em fibras ajuda no emagrecimento, formando um tipo de gel no estômago, promovendo a saciedade. Por ser rica em proteína, a ora-pro-nóbis auxilia na função de regeneração e desenvolvimento muscular. 

2. Melhora o funcionamento do intestino
Devido a grande quantidade de fibras que possui, a ora-pro-nóbis ajuda na digestão e melhora o funcionamento do intestino, evitando a prisão de ventre, a formação de pólipos e tumores intestinais.

3. Fortalece o sistema imunológico
Por ser uma planta rica em niacina, uma vitamina que tem ação antioxidante, a ora-pro-nóbis melhora as funções e protege as células de defesa contra os danos causados pelos radicais livres, fortalecendo o sistema imunológico.

4. Previne a anemia
A ora-pro-nóbis possui uma grande quantidade de ferro, um mineral que é necessário para a formação de glóbulos vermelhos saudáveis, ajudando a prevenir a anemia.

5. Mantém a saúde dos olhos
Por ter ótimas quantidades de luteína e zeaxantina, carotenóides que têm ação antioxidante e fotoprotetora, a ora-pro-nóbis protege os olhos contra os danos causados raios ultravioletas do sol e contra a luz azul emitida por computadores e celulares, ajudando a prevenir a catarata e a degeneração macular.

6. Evita o envelhecimento precoce
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Por ser rica em antioxidantes como vitamina A e betacaroteno, a ora-pro-nóbis ajuda a diminuir os danos causados pelos radicais livres às células saudáveis da pele, evitando o envelhecimento precoce.

7. Previne a diabetes
A ora-pro-nóbis é rica em fibras, um nutriente que controla os níveis de glicose no sangue, porque diminui a velocidade de absorção dos carboidratos, ajudando a prevenir a resistência à insulina e a diabetes.

8. Diminui o colesterol
A ora-pro-nóbis ajuda a diminuir o colesterol por ser uma planta rica em fibras, nutriente que reduzem a absorção de gorduras a nível intestinal, diminuindo o colesterol sanguíneo.

Além disso, a presença de compostos antioxidantes na ora-pro-nóbis, como fitoesteróis e os esteróides, evitam a oxidação das células de gordura, controlando os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue, ajudando, assim, a evitar o surgimento de situações como infarto, aterosclerose e derrame.

9. Anti-inflamatório 
Para a pele age como emoliente, alivia queimaduras e auxilia na cicatrização de feridas e úlceras e na redução do colesterol e diabetes, tendo ação antinociceptiva (que anula ou reduz a percepção e transmissão de estímulos que causam dor).

10. Previne o câncer
Uma mistura de fitoesteróis encontrados na ora-pro-nóbis  inibe o crescimento de células cancerígenas e reduz o tamanho dos tumores e a incidência de câncer de cólon, mama e próstata induzidos por agentes carcinógenos específicos. 

Além disso, esses esteroides, principalmente o β-sitosterol, inibem a proliferação celular e induzem a apoptose (morte celular programada) em linhagem de células de câncer de fígado, próstata, mama e de cólon, assim ora-pro-nobis pode ser coadjuvante no tratamento e prevenção de cânceres.

11. Combate a depressão
Estudos sugerem que não há participação das substâncias ativas na síntese ou liberação de serotonina - neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar -, mas pode haver atuação direta do princípio ativo em seus receptores, ajudando a combater a depressão.

FONTE:
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/degusta/alimentacao-com-saude/ora-pro-nobis-confira-11-beneficios-para-a-saude,2b7a9d8def9728f66d0200c2dd0c249fxcrmxct6.html?utm_source=clipboard

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