Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Controle da lagarta-do-cartucho do milho usando NIM
O pesquisador Paulo Afonso Viana, da área de Fitossanidade da Embrapa Milho e Sorgo, explica como deve ser feito o controle da lagarta-do-cartucho do milho usando folhas de nim.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Curso de Horta: A Horta Orgânica - Aula 1
Aula 1: A Horta Orgânica - Construir uma horta é uma tarefa complexa que se realiza em varios passos. Não é difícil, mas requer atenção, cuidado e muita paciencia. Como se planeja? Que é conveniente semear primeiro? Encontra as respostas nessa aula inicial do curso e conheça os princípios da agricultura orgânica.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Alimento orgânico: o sonho da autossuficiência
O agricultor orgânico Jorge Studer deixou a Suiça, sua terra natal, por Teresópolis (RJ). Em seu sítio, procura comer só o que produz.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Família inova em Santa Catarina ao produzir hortaliças em solo arenoso
Um casal de agricultores, que deixou a cidade de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, para uma vida nova em Laguna, no sul de Santa Catarina, há 14 anos, ganhou notoriedade ao cultivar hortaliças sem o uso de agrotóxicos. Até aí nenhuma novidade, não fosse o fato de que tudo é plantado em terrenos arenosos, como os de beira de praia.
Quando comprou a propriedade em Laguna, Vilson Valentim Koscrevic, de 46 anos, sabia muito bem que onde pisava era só areia. Mesmo assim, ele decidiu investir na idéia de produzir hortaliças. Antes de plantar a primeira semente, porém, saiu em busca de apoio especializado. Foi quando engenheiros e técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) analisaram o solo e recomendaram o esterco de aviários para o tratamento do terreno.
– Aplicamos os dejetos no solo, mas as primeiras hortaliças não surgiram como o esperado. Dois anos depois, a situação mudou, e aquela areia em que ninguém acreditava virou uma excelente área para plantio
– lembra o agricultor, que trabalha com a mulher, Silvete Regina, o filho Rafael e outros seis funcionários.
Na propriedade de quatro hectares da família, o carro-chefe é o cultivo de alface e brócolis, comercializados em supermercados de Tubarão. A produção orgânica é certificada por uma empresa paulista que faz análises periódicas do terreno arenoso para comprovar a ausência de produtos agrotóxicos.
Plantas medicinais são nova aposta Como a areia não retém a umidade tal qual os solos convencionais, a irrigação é fundamental. Para provar que o método de fertilização da areia é eficaz, a família planta milho, abacaxi, melancia e começa a apostar no cultivo de plantas medicinais. – Isso aqui era um deserto, mas até o deserto pode ser bem aproveitado – comemora o agricultor.
O engenheiro agrônomo Joel Marques, da Epagri de Laguna, explica que o manejo adequado das plantações, a irrigação freqüente e a escolha do fertilizante para o tratamento do terreno e das hortaliças podem transformar solos inférteis em áreas de qualidade para a agricultura. – É um trabalho de longo prazo, mas que dá resultados. Este caso de Laguna é um bom exemplo – diz o agrônomo.
http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2008/09/familia-inova-em-santa-catarina-ao-produzir-hortalicas-em-solo-arenoso-2195741.html
DIÁRIO CATARINENSE
Quando comprou a propriedade em Laguna, Vilson Valentim Koscrevic, de 46 anos, sabia muito bem que onde pisava era só areia. Mesmo assim, ele decidiu investir na idéia de produzir hortaliças. Antes de plantar a primeira semente, porém, saiu em busca de apoio especializado. Foi quando engenheiros e técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) analisaram o solo e recomendaram o esterco de aviários para o tratamento do terreno.
– Aplicamos os dejetos no solo, mas as primeiras hortaliças não surgiram como o esperado. Dois anos depois, a situação mudou, e aquela areia em que ninguém acreditava virou uma excelente área para plantio
– lembra o agricultor, que trabalha com a mulher, Silvete Regina, o filho Rafael e outros seis funcionários.
Na propriedade de quatro hectares da família, o carro-chefe é o cultivo de alface e brócolis, comercializados em supermercados de Tubarão. A produção orgânica é certificada por uma empresa paulista que faz análises periódicas do terreno arenoso para comprovar a ausência de produtos agrotóxicos.
Plantas medicinais são nova aposta Como a areia não retém a umidade tal qual os solos convencionais, a irrigação é fundamental. Para provar que o método de fertilização da areia é eficaz, a família planta milho, abacaxi, melancia e começa a apostar no cultivo de plantas medicinais. – Isso aqui era um deserto, mas até o deserto pode ser bem aproveitado – comemora o agricultor.
O engenheiro agrônomo Joel Marques, da Epagri de Laguna, explica que o manejo adequado das plantações, a irrigação freqüente e a escolha do fertilizante para o tratamento do terreno e das hortaliças podem transformar solos inférteis em áreas de qualidade para a agricultura. – É um trabalho de longo prazo, mas que dá resultados. Este caso de Laguna é um bom exemplo – diz o agrônomo.
http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2008/09/familia-inova-em-santa-catarina-ao-produzir-hortalicas-em-solo-arenoso-2195741.html
DIÁRIO CATARINENSE
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Cultivo do Feijão Guandu melhora os solos
Feijão guandu é uma leguminosa que possui diversas utilidades.
Sua cultura tem muita importância para diversos países, principalmente os asiáticos e africanos. Encontrada com freqüência em todo o Brasil, esta leguminosa pode ser observada principalmente nos quintais domésticos de muitas cidades do interior. Com utilização bastante diversificada, a cultura do feijão guandu pode ser usada para os mais diversos fins:
- como planta melhoradora de solos,
- na recuperação de áreas degradadas,
- como planta fitorremediadora,
- renovação de pastagens,
- na alimentação de animais domésticos e da pecuária
- e também na alimentação humana.
Por estes aspectos, possui um enorme potencial para exercer múltiplas funções nos sistemas de produção agrícola, além de gerar produtos de elevado valor biológico para melhoria do meio ambiente em geral. Por seu valor nutritivo pode ser amplamente usado na alimentação humana, como também para uso na alimentação animal, mas necessita ser melhor explorada em locais onde seu uso ainda é limitado.
domingo, 18 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Capim Elefante: Uma Nova Fonte Alternativa de Energia
Segundo Urquiaga,
Bruno Alves,
Robert Boddey
A cultura de capim-elefante (Pennisetum purpureum) é altamente eficiente na fixação de CO2 (gás carbônico) atmosférico durante o processo de fotossíntese para a produção de biomassa vegetal. Esta característica é típica de gramíneas tropicais que crescem rapidamente e otimizam o uso da água do solo e da energia solar para a produção de biomassa vegetal.
O capim-elefante tem sua origem da África. Apresenta uma grande variabilidade genética, com características variáveis de rendimento, fotoperíodo, perfilhamento, relação colmo/folha e qualidade como forragem. A seleção de variedades de alto rendimento e qualidade, visando fundamentalmente seu uso como forragem animal, tem sido o principal objetivo dos estudos com essa cultura.
Por ser uma espécie de rápido crescimento e de alta produção de biomassa vegetal, o capim-elefante apresenta um alto potencial para uso não apenas como fonte alternativa de energia senão também para a obtenção de carvão vegetal usado na produção industrial de ferro gusa. Além disso, deve-se destacar que o capim-elefante, por apresentar um sistema radicular bem desenvolvido, poderia contribuir de forma eficiente para aumentar o conteúdo de matéria orgânica do solo, ou o seqüestro de C (carbono) no solo.
Produção de biomassa
O CO2 atmosférico é a fonte de C da planta para seu crescimento, utilizado através do processo fotossintético. Pode-se considerar que esta fonte de CO2 é ilimitada, e, por isso, a acumulação de biomassa pelas plantas dependerá apenas de outros fatores que afetam o crescimento vegetal, destacando-se a disponibilidade de nutrientes minerais, as condições físicas e químicas do solo, a disponibilidade de água e adequada temperatura. Relatos de pesquisa mostram que a produção anual de biomassa desta cultura pode chegar a mais de 100 Mg ha-1, desde que genótipos eficientes sejam utilizados e condições próximas das ideais sejam garantidas. Porém, quando o capim-elefante é cultivado para uso como fonte de energia (produção de carvão vegetal), é interessante que os teores de P e N (nitrogênio) nos tecidos da planta sejam baixos para garantir a melhor qualidade do carvão para uso na siderurgia. Por isso, o uso de fertilizantes deve ser racionalizado, o que faz com que os níveis de produtividade da cultura normalmente fiquem num patamar bem abaixo do potencial da cultura. A Embrapa Agrobiologia vem desenvolvendo estudos com a cultura para identificar genótipos capazes de acumular níveis satisfatórios de biomassa em solos pobres em N. Nestes estudos, mostrou-se que alguns genótipos recebem contribuições significativas da fixação biológica de nitrogênio, o que aparentemente lhes garante a condição para produzir mais de 30 t/ha/ano de colmos secos, com mínima aplicação de outras fontes de nutrientes. A qualidade do material produzido tem sido considerada ideal para produção de carvão.
Capim-elefante para uso em siderurgia
Em geral, o teor de C nos tecidos vegetais apresenta mínima variação. Na biomassa vegetal do capim elefante o teor de C é aproximadamente 42%, na base de matéria seca. Assim, uma produção média de biomassa seca de colmos de capim elefante de 30 t/ha/ano, como conseguida na Embrapa Agrobiologia, acumularia um total de 12,6 t C/ha/ano Se toda a biomassa é utilizada na produção de carvão vegetal, e considerando que no processo de carvoejamento apenas 30% da biomassa se transforma em carvão, deduz-se que cerca de 3,8 Mg C ha-1 ano-1 derivado do capim elefante tem potencial de substituir o carbono mineral usado na produção de ferro gusa. Deve-se destacar que o carvão derivado da biomassa do capim elefante serve tanto como fonte de energia como na própria constituição do ferro gusa.
No caso do carvão da biomassa de capim elefante substituir, por exemplo, 200.000 toneladas por ano de carvão mineral, quantidade média usada na indústria siderúrgica de médio porte, pode-se deduzir que o potencial de substituição de C derivado do capim elefante seria de 84.000 toneladas de C/ano, o equivalente a 308.000 toneladas de CO2 /ano. Para isso seriam necessários 12 mil ha plantados com o esta cultura.
Faltaria ainda avaliar a possibilidade de se produzir carvão vegetal incluindo-se as folhas, pois a relação colmo/folha desta cultura pode variar entre genótipos, assunto que também está sendo estudado na Embrapa Agrobiologia em nível de campo. Os dados obtidos na área experimental da Embrapa Agrobiologia indicam que nas variedades Gramafante, Cameroon Piracicaba e BAG 02, selecionadas durante 10 anos de pesquisa em cooperação com a Embrapa Gado de Leite, a relação colmo/folha varia de 1,5 a 2,7. Caso o processo de carvoejamento permita o processamento de folhas sem diminuição da eficiência, o potencial de produção de carvão por hectare para uso em siderurgia aumentaria em 60 a 100%.
Impacto econômico
O protocolo de Quioto, assinado por 170 países em 1997, visa reduzir as emissões de CO2 para a atmosfera para valores equivalentes aos observados em 1990. Os países europeus, signatários do Protocolo, deverão ter suas metas de emissão atingidas em 2005. Essa determinação fez com que o chamado “mercado de comodities de carbono” ganhasse maior importância. A idéia é a de que países com altos níveis de emissão de CO2 possam comprar créditos de C de países que sejam considerados não poluidores e que estejam adotando práticas que permitam seqüestrar ainda mais C da atmosfera. Em outras palavras os poluidores pagarão para que outros países façam o seqüestro de C para eles. Embora represente um ônus para os países poluidores, o mercado de C permite que rapidamente consigam cumprir as metas com Quioto sem que sofram impactos negativos pela obrigatoriedade de reduzir suas atividades (industriais, urbanas, agrícolas etc) que respondem pelas emissões de CO2 atuais.
O mercado de comodities de C de empresas européias considera um preço de US$ 10.oo dólares por tonelada de CO2 seqüestrado ou pela redução na emissão. Assim, baseado nos dados apresentados acima, pode-se estimar que uma empresa de mineração seqüestrando ou deixando de emitir o equivalente a 308.000 toneladas de CO2 ano-1, poderia captar cerca de US$ 3.080.000.oo a cada ano somente por este mecanismo. Adicionalmente, deve-se destacar que existem fortes indícios de que produtos que utilizam fontes de energia renovável terão um valor agregado que facilitará sua inserção em novos mercados com melhores preços.
No País, do ponto de vista socio-econômico, a inserção da cultura de Capim elefante como fonte de energia renovável contribuirá significativamente no agronegócio, diversificando a economia, como também aumentado sensivelmente a fonte de empregos.
Fonte: Embrapa Agrobiologia. Seropédica, RJ
* Artigo originalmente publicado no site www.ambientebrasil.com.br
Segundo Sacramento Urquiaga Caballero, possui graduação em Agronomia pela Universidad Nacional Agraria (1973) , mestrado em Ciência do Solo pela Universidad Nacional Agraria (1978) , doutorado em Solos e Nutrição de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1982) e pos-doutorado pela Wye College London University (1994). Atualmente é Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Agrobiologia. Seropédica, RJ , professor visitante da Universidad Nacional Agraria, Consultor/Acessor técnico-científico do Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, Consultor ad hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Consultor/assessor técnico-científico da Agência Internacional de Energia Atômica. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ciência do Solo. Atuando principalmente nos seguintes temas: nutrição de plantas. (Texto gerado automaticamente pela aplicação CVLattes
Contato: urquiaga@cnpab.embrapa.br
Bruno Alves,
Robert Boddey
A cultura de capim-elefante (Pennisetum purpureum) é altamente eficiente na fixação de CO2 (gás carbônico) atmosférico durante o processo de fotossíntese para a produção de biomassa vegetal. Esta característica é típica de gramíneas tropicais que crescem rapidamente e otimizam o uso da água do solo e da energia solar para a produção de biomassa vegetal.
O capim-elefante tem sua origem da África. Apresenta uma grande variabilidade genética, com características variáveis de rendimento, fotoperíodo, perfilhamento, relação colmo/folha e qualidade como forragem. A seleção de variedades de alto rendimento e qualidade, visando fundamentalmente seu uso como forragem animal, tem sido o principal objetivo dos estudos com essa cultura.
Por ser uma espécie de rápido crescimento e de alta produção de biomassa vegetal, o capim-elefante apresenta um alto potencial para uso não apenas como fonte alternativa de energia senão também para a obtenção de carvão vegetal usado na produção industrial de ferro gusa. Além disso, deve-se destacar que o capim-elefante, por apresentar um sistema radicular bem desenvolvido, poderia contribuir de forma eficiente para aumentar o conteúdo de matéria orgânica do solo, ou o seqüestro de C (carbono) no solo.
Produção de biomassa
O CO2 atmosférico é a fonte de C da planta para seu crescimento, utilizado através do processo fotossintético. Pode-se considerar que esta fonte de CO2 é ilimitada, e, por isso, a acumulação de biomassa pelas plantas dependerá apenas de outros fatores que afetam o crescimento vegetal, destacando-se a disponibilidade de nutrientes minerais, as condições físicas e químicas do solo, a disponibilidade de água e adequada temperatura. Relatos de pesquisa mostram que a produção anual de biomassa desta cultura pode chegar a mais de 100 Mg ha-1, desde que genótipos eficientes sejam utilizados e condições próximas das ideais sejam garantidas. Porém, quando o capim-elefante é cultivado para uso como fonte de energia (produção de carvão vegetal), é interessante que os teores de P e N (nitrogênio) nos tecidos da planta sejam baixos para garantir a melhor qualidade do carvão para uso na siderurgia. Por isso, o uso de fertilizantes deve ser racionalizado, o que faz com que os níveis de produtividade da cultura normalmente fiquem num patamar bem abaixo do potencial da cultura. A Embrapa Agrobiologia vem desenvolvendo estudos com a cultura para identificar genótipos capazes de acumular níveis satisfatórios de biomassa em solos pobres em N. Nestes estudos, mostrou-se que alguns genótipos recebem contribuições significativas da fixação biológica de nitrogênio, o que aparentemente lhes garante a condição para produzir mais de 30 t/ha/ano de colmos secos, com mínima aplicação de outras fontes de nutrientes. A qualidade do material produzido tem sido considerada ideal para produção de carvão.
Capim-elefante para uso em siderurgia
Em geral, o teor de C nos tecidos vegetais apresenta mínima variação. Na biomassa vegetal do capim elefante o teor de C é aproximadamente 42%, na base de matéria seca. Assim, uma produção média de biomassa seca de colmos de capim elefante de 30 t/ha/ano, como conseguida na Embrapa Agrobiologia, acumularia um total de 12,6 t C/ha/ano Se toda a biomassa é utilizada na produção de carvão vegetal, e considerando que no processo de carvoejamento apenas 30% da biomassa se transforma em carvão, deduz-se que cerca de 3,8 Mg C ha-1 ano-1 derivado do capim elefante tem potencial de substituir o carbono mineral usado na produção de ferro gusa. Deve-se destacar que o carvão derivado da biomassa do capim elefante serve tanto como fonte de energia como na própria constituição do ferro gusa.
No caso do carvão da biomassa de capim elefante substituir, por exemplo, 200.000 toneladas por ano de carvão mineral, quantidade média usada na indústria siderúrgica de médio porte, pode-se deduzir que o potencial de substituição de C derivado do capim elefante seria de 84.000 toneladas de C/ano, o equivalente a 308.000 toneladas de CO2 /ano. Para isso seriam necessários 12 mil ha plantados com o esta cultura.
Faltaria ainda avaliar a possibilidade de se produzir carvão vegetal incluindo-se as folhas, pois a relação colmo/folha desta cultura pode variar entre genótipos, assunto que também está sendo estudado na Embrapa Agrobiologia em nível de campo. Os dados obtidos na área experimental da Embrapa Agrobiologia indicam que nas variedades Gramafante, Cameroon Piracicaba e BAG 02, selecionadas durante 10 anos de pesquisa em cooperação com a Embrapa Gado de Leite, a relação colmo/folha varia de 1,5 a 2,7. Caso o processo de carvoejamento permita o processamento de folhas sem diminuição da eficiência, o potencial de produção de carvão por hectare para uso em siderurgia aumentaria em 60 a 100%.
Impacto econômico
O protocolo de Quioto, assinado por 170 países em 1997, visa reduzir as emissões de CO2 para a atmosfera para valores equivalentes aos observados em 1990. Os países europeus, signatários do Protocolo, deverão ter suas metas de emissão atingidas em 2005. Essa determinação fez com que o chamado “mercado de comodities de carbono” ganhasse maior importância. A idéia é a de que países com altos níveis de emissão de CO2 possam comprar créditos de C de países que sejam considerados não poluidores e que estejam adotando práticas que permitam seqüestrar ainda mais C da atmosfera. Em outras palavras os poluidores pagarão para que outros países façam o seqüestro de C para eles. Embora represente um ônus para os países poluidores, o mercado de C permite que rapidamente consigam cumprir as metas com Quioto sem que sofram impactos negativos pela obrigatoriedade de reduzir suas atividades (industriais, urbanas, agrícolas etc) que respondem pelas emissões de CO2 atuais.
O mercado de comodities de C de empresas européias considera um preço de US$ 10.oo dólares por tonelada de CO2 seqüestrado ou pela redução na emissão. Assim, baseado nos dados apresentados acima, pode-se estimar que uma empresa de mineração seqüestrando ou deixando de emitir o equivalente a 308.000 toneladas de CO2 ano-1, poderia captar cerca de US$ 3.080.000.oo a cada ano somente por este mecanismo. Adicionalmente, deve-se destacar que existem fortes indícios de que produtos que utilizam fontes de energia renovável terão um valor agregado que facilitará sua inserção em novos mercados com melhores preços.
No País, do ponto de vista socio-econômico, a inserção da cultura de Capim elefante como fonte de energia renovável contribuirá significativamente no agronegócio, diversificando a economia, como também aumentado sensivelmente a fonte de empregos.
Fonte: Embrapa Agrobiologia. Seropédica, RJ
* Artigo originalmente publicado no site www.ambientebrasil.com.br
Segundo Sacramento Urquiaga Caballero, possui graduação em Agronomia pela Universidad Nacional Agraria (1973) , mestrado em Ciência do Solo pela Universidad Nacional Agraria (1978) , doutorado em Solos e Nutrição de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1982) e pos-doutorado pela Wye College London University (1994). Atualmente é Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Agrobiologia. Seropédica, RJ , professor visitante da Universidad Nacional Agraria, Consultor/Acessor técnico-científico do Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, Consultor ad hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Consultor/assessor técnico-científico da Agência Internacional de Energia Atômica. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ciência do Solo. Atuando principalmente nos seguintes temas: nutrição de plantas. (Texto gerado automaticamente pela aplicação CVLattes
Contato: urquiaga@cnpab.embrapa.br
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Aprenda o segredo para cultivar uma bromélia
Apesar de acumular água entre as folhas, estudos demonstram que a
espécie não reproduz o mosquito da dengue e que é segura para decorar
sua casa.
espécie não reproduz o mosquito da dengue e que é segura para decorar
sua casa.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Inhame – Colocasia antiquorum
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Inhame – Colocasia antiquorum
Descrição: Herbácea perene, com rizomas bastante feculentos e caule delgado. Possui folhas alternas, de coloração verde a amarela, brilhantes, peltado-ovais, com lobo anteriores levemente agudos, os posteriores menores, ovais, obtusos com quatro ou cinco nervuras laterais em cada página. Os pedúnculos mais curtos que os pecíolos. Apresenta espata de tubo lanceolado e espádice com apêndice agudo.Cultivo: O inhame é uma herbácea de região tropical e subtropical, que se multiplica através de tubérculos. É considerada planta daninha nos bananais e em outras culturas perenes. Vegeta principalmente em brejos e terrenos bastante úmidos.
Propriedades: A espécie Colocasia antiquorum Schott. fornece uma espécie de batata, que mede aproximadamente 48 centímetros de diâmetro, contendo uma substancia consistente, macia e doce. Quando pouco cozidas, estas batatas possuem sabor acre e irritam a garganta, mas bem cozidas tornam-se muito agradáveis ao paladar sendo por isso bastante apreciadas como alimento principalmente pelas populações de baixa renda e também nas zonas rurais. O inhame pode ser empregado em guisados, sopas, ensopados etc. Pode também ser ingerido como sobremesa, sendo que neste caso deve-se cozinhá-lo sem sal e servi-lo com açúcar, melado ou mel de abelhas. Dizem que as folhas também se constituem em um ótimo alimento quando refogadas com tempero, parecendo um pouco com a couve. Os criadores de suínos utilizam os inhame para a engorda de porcos, constituindo urna boa forragem.
O inhame limpa o sangue
É um dos alimentos medicinais mais eficientes que se conhece: faz muitas impurezas do sangue saírem através da pele, dos rins, dos intestinos. No começo do século já se usava elixir de inhame para tratar sífilis. Acredita-se que foi uma das primeiras plantas cultivadas no planeta.
Fortalece o sistema imunológico
Os médicos orientais recomendam comer inhame para fortificar os gânglios linfáticos, que são os postos avançados de defesa do sistema imunológico. Curioso que a forma do inhame seja tão semelhante à dos gânglios. Ele é riquíssimo em zinco, que aumenta nossas defesas.
Evita malária, dengue, febre amarela
A presença do inhame no sangue permite uma reação imediata à invasão do mosquito, neutralizando o agente causador da doença antes que ele se espalhe pelo corpo. Aldeias inteiras morreram de malária depois que as roças de inhame foram substituídas por outros plantios.
É mais poderoso que a batata
E tem a vantagem de ser nativo, enquanto a semente da batata é importada. Inhame dá com fartura em qualquer lugar úmido. Em vez de apodrecer na cesta, como a batata, ele brota e produz mais inhames. Nas mulheres aumenta a fertilidade porque contém fitoestrógenos, hormônios vegetais, importantes na menopausa e após.
Medicinal é o pequeno, cabeludo
Marronzinho por fora, com a pele variando de roxo a branco. Existem ainda o inhame-do-norte e o cará, maiores e mais lisos, que são muito bons para comer mas não têm o mesmo poder curativo do inhaminho (também chamado de inhame chinês ou cará chinês).
A folha parece com a taioba
É da mesma família; ao contrário do que se pensa, a folha do inhame também serve para comer, cozida ou refogada. Às vezes pinica muito, como a taioba, que às vezes não pinica.
Se pinicar é porque tem muito ácido oxálico
que se apresenta em forma de cristaizinhos finos como agulhas e, nesse caso, não deve ser comido cru. Como há muita variação nos cultivares de inhame, o conteúdo de ácido oxálico (que pode dar pedra nos rins e dificultar a absorção de cálcio e ferro) também varia. O inhame branco japonês parece ser o mais apurado de todos, com teor baixíssimo do ácido.
Emplastro de inhame puxa tudo:
furúnculos, quistos sebáceos, unhas encravadas, verrugas, espinhas insistentes, farpas ou cacos de vidro que entram nas mãos ou nos pés. Desinflama cicatrizes, elimina o sangue pisado de contusões, abcessos e tumores. Pode ser usado imediatamente após fraturas ou queimaduras para evitar inchaço e dor, e também em processos inflamatórios de hemorróidas, apendicites, artrites, reumatismos, sinusites, pleurisias, nevralgias, neurites, eczemas. Em caso de tumor no seio ou em outros lugares junto à pele é ótimo usar o emplastro de inhame durante uma semana antes de operar, pois ele vai aumentar esse tumor atraindo toda substância semelhante que houver no interior do corpo e evitar outros tumores. Serve ainda para baixar febres.
Aqui vão algumas receitas com Inhame, para saber mais acesse o site: http://correcotia.com/inhame/index.html
Cozido no vapor
Ponha alguns inhames com casca e tudo na parte superior da cuscuzeira, ou numa peneira sobre uma panela com água fervendo, e tampe. Depois de meia hora espete com o garfo para ver se estão macios. Nessa altura a casca solta com muita facilidade, basta puxar que sai inteirinha. É aí que o inhame tem o sabor mais simples e gostoso.
Purê de inhame
Depois de cozinhar os inhames no vapor ou na água, solte a casca e amasse com um garfo; junte um pouquinho de manteiga e de sal marinho, ou molho de soja, e misture bem. Só precisa ir ao fogo de novo se for para esquentar.
Pastinhas de inhame
São ótimas para passar no pão e substituem muito bem as pastas de queijo nas festas. A base é um purê de inhames cozidos e amassados, ao qual se acrescentam azeite ou manteiga, folhas verdes picadinhas (salsinha, manjericão, coentro, cebolinha) ou orégano; uma beterraba cozida e batida no liquidificador com inhame e um tantinho de água vai produzir uma pasta rosada; inhame batido com azeite, alho, água e sal faz uma delícia de molho tipo maionese. Use a criatividade e ofereça aos amigos uma coisa nova de cada vez!
Inhame sauté
Depois de cozidos e descascados, corte os inhames em rodelas ou pedaços; esquente manteiga ou azeite numa frigideira; ponha os inhames, e sobre eles bastante folhas verdes picadinhas (salsa ou cebolinha ou manjericão ou coentro ou orégano ou…); umas pitadinhas de sal marinho; mexa rapidamente, baixe o fogo e deixe grudar um pouquinho no fundo para ficar crocante.
Sopa de inhame com misso
O misso, que é desintoxicante, é um alimento tradicional japonês muito usado como tempero, feito de soja fermentada com cereais e sal. Vem em forma de pasta. É muito rico em enzimas, proteínas e vitamina B12, devido ao seu processo de fermentação. Limpa o pulmão dos fumantes, restaura a flora intestinal, e acima de tudo dá um gosto todo especial à sopa. Portanto cozinhe os inhames descascados com o mesmo tanto de água, uma ou duas folhinhas de louro e alguns dentes de alho inteiros; depois bata no liquidificador para obter um creme fino. Acrescente o misso, na base de uma colher de chá cheia por pessoa, ou dissolva com um pouco d’água numa tigelinha e deixe que cada um se sirva como quiser. (Algumas pessoas vão preferir sal.) Cebolinha verde picada, por cima, combina muito.
Pizza de frigideira
Rale inhames crus, misture com farinha de arroz ou de milho, tempere a gosto; achate a massa numa frigideira antiaderente e deixe assar dez minutos de um lado, dez do outro. Com alguma prática dá para fazer isso numa chapa bem quente, levemente untada. O ponto da massa não deve ser nem seco nem aguado.
Fonte da pesquisa: Flora Brasileira, Editora Três Livros e Fascículos e http://correcotia.com/inhame/index.html
http://sitiocurupira.wordpress.com/frutosdositio/
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Cursos do Serviço de Inspeção Municipal - Porto Alegre
Cursos do SIM Vegetal começam nesta segunda-feira
12/11/2012 09:11:23
Foto: Munique Freitas
/DivuIgação PMPA
Cozinha industrial do CAD foi reformada para funcionar como Centro de Treinamento de agricultores
Cozinha industrial do CAD foi reformada para funcionar como Centro de Treinamento de agricultores
A Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio inicia
nesta segunda-feira, 12, os cursos de capacitação dos agricultores que
beneficiam artesanalmente os alimentos, para que eles atendam as exigências do
Serviço de Inspeção Municipal de produtos de origem vegetal, o SIM Vegetal. A
primeira turma, com 10 alunos, frequenta as aulas no período de 12 a 22 de
novembro. Outros 20 produtores rurais devem ser capacitados nos próximos
meses.
Em 40 horas de curso, os agricultores terão aulas teóricas e práticas sobre processos, métodos e boas práticas de fabricação, conservação dos produtos, rótulos, embalagens, controles, registros e legislação. Além disso, a equipe multidisciplinar do Centro Agrícola Demonstrativo da Smic, composta de técnicos nas áreas da saúde e da agricultura, vai dar assessoria nas propriedades para que os produtores rurais tenham seus estabelecimentos e documentação adequados à lei.
O objetivo é capacitar os produtores rurais sem interferir nas receitas e na produção artesanal da zona rural de Porto Alegre. O objetivo é respeitar o “modo de fazer” artesanal porém dentro das normas sanitárias para que os produtos possam ser colocados no mercado e tenham condições de venda até para o exterior.
Como participar – O CAD está cadastrando os agricultores que vão ser capacitados. Os primeiros são aqueles que fazem parte das Feiras Agroecológicas da Capital. Depois, a ideia é estender a qualificação aos trabalhadores rurais das Feiras Modelo que também beneficiem alimentos.
As aulas vão ocorrer na cozinha do Centro Agrícola Demonstrativo, na Lomba do Pinheiro, que foi reformada para a realização dos cursos. É um projeto permanente, pois o local deve ser transformado em centro de treinamento.
Informações no CAD pelo telefone 3289 4808.
sábado, 10 de novembro de 2012
Curso Produção de Mudas de batata doce Assentamento da Palma 28 05 2012
Curso Produção de Mudas de batata doce Assentamento da Palma 28 05 2012
Assentamento da Palma, Capão do Leão, TerraSul ConFIE Assentamentos Reforma Agrária
Assentamento da Palma, Capão do Leão, TerraSul ConFIE Assentamentos Reforma Agrária
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