Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
domingo, 30 de setembro de 2012
Canteiro Bio-séptico - Tratamento natural de esgoto
Conheça o canteiro bio-séptico, tecnologia finalista no prêmio Tecnologia Social 2009 promovido pela Fundação Banco do Brasil. Saiba mais sobre tecnologias desenvolvidas pelo Ecocentro IPEC acessando www.ecocentro.org
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Rússia decide barrar as importações de milho da Monsanto
Adicionar legenda |
VALOR ECONÔMICO, 26/09/2012 (Via IHU-Unisinos)
Uma semana após a publicação de um controverso estudo sobre os riscos de uma variedade de milho transgênico à saúde humana, a Rússia anunciou ontem a suspensão das importações e do uso do grão desenvolvido pela Monsanto.
Foi a primeira resposta prática de um país às descobertas apresentadas pela equipe do cientista francês Gilles Eric Séralini, da Universidade de Caen. O trabalho, publicado na conceituada revista científica Food and Chemical Toxicology, demonstrou que ratos alimentados com a variedade de milho NK 603, da Monsanto, e expostos ao herbicida glifosato apresentaram maior incidência de câncer e outras doenças graves, além de maior taxa de mortalidade.
leia mais em: http://pratoslimpos.org.br/?p=4716
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Harina de Roca ou farinha de rocha
Muy interesante, es un estimulo para los campesimos que estamos buscando alternativas sanas de produccion, gracias por su aporte a la agricultura
domingo, 23 de setembro de 2012
sábado, 22 de setembro de 2012
O coentro decora a convivência com a seca
por Mario Osava, da IPS
Jeremoabo,
Brasil, 14/6/2012 – Muitos cultivam alface, tomate, cenoura, beterraba e
outros vegetais, mas é o coentro a decoração constante nas hortas que
ajudam famílias camponesas a suportarem a prolongada seca que novamente
afeta a região Nordeste do Brasil. “Pelo sabor” que agrega a “feijão,
carnes, macarrão, em tudo”, o coentro tem a preferência, explicou Silvia
Santana Santos, uma beneficiária do Projeto Gente de Valor (PGV), que
disseminou “quintais produtivos” em 34 municípios da Bahia, nos quais a
escassez hídrica alimenta a pobreza.
A inclinação por essa erva
estimula a incorporação das famílias a iniciativas que estão melhorando a
convivência com o clima semiárido e a forma de vida em 282 comunidades
rurais, as mais pobres da Bahia, segundo identificou a Companhia de
Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão estatal que executa o
projeto. As três principais metas do PGV são instalação de pequenas
infraestruturas hídricas para armazenar água de chuva, aumento produtivo
e capacitação, com investimento de US$ 60 milhões, metade financiada
pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e o restante
pelo governo baiano.
“Feijões ninguém compra, mas o coentro sim”,
disse Júlio Santos, cujos sete filhos com Silvia Santana ampliaram a
população do Sítio Taperinha, hoje com mais de cem famílias, do interior
de Jeremoabo, um dos municípios incluídos no projeto, que a IPS
visitou. A seca destruiu a plantação de milho e feijão, mas as
hortaliças “vendemos a cada 15 dias”, sem interrupção, contou o
agricultor, que aceitou abandonar seu cultivo tradicional de grãos,
vulneráveis aos riscos climáticos do semiárido, onde vivem 22 milhões
dos 198 milhões de brasileiros.
A horta poderá ser a principal
atividade da família no futuro, reconheceu Júlio. Sua rentabilidade está
assegurada pela irrigação com água de “cisternas de produção”
fornecidas pelo projeto. São dois tanques de cinco mil litros cada um,
semienterrados para poder recolher a chuva que escorre pelo solo. A seca
esgota essa água em dois meses, mas a família Santos conta com uma
bomba para se abastecer de um manancial próximo e expandir a horta. Além
disso, com ajuda do projeto, começou a produção de mel, interrompida
este ano pela seca.
As hortas do projeto somavam 5.644 até
fevereiro e “mudaram os hábitos alimentares das pessoas”, reconheceu
Gilberto de Alcântara, antigo morador de Curralinho, uma comunidade do
município de Itapicuru, 175 quilômetros ao sul de Jeremoabo, a cidade
cabeceira principal, que tem 35 mil habitantes. Além disso, “valorizaram
as mulheres”, pois são elas que cuidam das terras agrícolas utilizadas
em terraços perto de suas casas, segundo Cleonice Castro, jovem ativista
comunitária de Jeremoabo e da Pastoral da Infância, da Igreja Católica
que ajudou a reduzir a mortalidade infantil no país. E todos se
alimentam melhor, acrescentou, “sem venenos, porque não usamos
agrotóxicos”.
O “excelente foco nas comunidades mais pobres” e a
ativa participação feminina e juvenil são aspectos que fazem Gente de
Valor “uma de nossas melhores experiências” em numerosos países, disse
Ivan Cossio, gerente de programas do Fida no Brasil. Os mesmos
beneficiários se capacitaram para administrar os recursos recebidos “com
eficiência e transparência”, acrescentou. Algumas técnicas melhoram a
produtividade de hortaliças e outras atividades tradicionais neste meio
rural, incrementadas pelo projeto, como criação de caprinos e ovinos,
apicultura, produção de castanha de caju, derivados de mandioca, frutas
nativas e artesanato.
As hortas, por exemplo, incluem um plástico
sob os três terraços habituais para evitar que a água vaze pelo subsolo,
e telas para fazer sombra acima, a fim de reduzir a insolação excessiva
e a evaporação, explicou Carlos Henrique Ramos, agrônomo da CAR e
subcoordenador do PGV. A segurança alimentar e o aumento da renda são as
metas produtivas, destacou. Os “quintais produtivos”, com suas
cisternas duplas e outros depósitos subterrâneos maiores destinados à
água potável, a capacitação em gestão hídrica e a assistência técnica
agrícola são as ações mais generalizadas do projeto, que beneficia cerca
de 36.500 pessoas diretamente, além de outras 55 mil indiretamente.
Sua
execução envolveu oito entidades não governamentais, de atuação local
sob orientação do PGV, para atender “os mais pobres entre os pobres”,
enfatizou Cesar Maynart, coordenador do projeto. São organizações
sociais que integram um amplo movimento de desenvolvimento e difusão de
tecnologias de baixo custo e promovem uma forma de vida afinada com o
clima semiárido. Um exemplo são as cisternas de 16 mil litros para
recolher água de chuva a partir dos telhados das casas, das quais há
cerca de 400 mil instaladas no Nordeste. Outra ação do PGV que alivia as
secas é o aproveitamento forrageiro das espécies da caatinga, a
vegetação típica deste território semiárido do país, e seu armazenamento
como se faz com o feno. Isto garante alimento para o gado durante as
estiagens mais severas e prolongadas.
“Aprendi muito, não sabia
que a moringa é forrageira”, contou Gilberto Alcântara, da comunidade de
Curralinho. Trata-se de uma árvore originária da Índia que cresce em
terrenos secos e adaptou-se muito bem ao clima nordestino. “Ignorava que
o guandu, que conheço desde criança, também serve de forragem”,
acrescentou João dos Santos, de 26 anos, agente de desenvolvimento
subterritorial (ADS) de Curralinho. Os ADS são promotores do Projeto
Gente de Valor, em geral jovens escolhidos nos subterritórios, como é
denominado cada grupo de comunidades participantes.
A forragem
feita de plantas locais é primordial, especialmente no município de
Macururé, no norte da Bahia, onde são criados caprinos, por sua maior
resistência ao clima muito seco. Ali o ADS local, Adriano Souza,
coordena um “ensaio agroecológico” que experimenta o cultivo de 17
espécies como forragem. Miguel José dos Santos, de 67 anos, se prepara
para “vender tudo o que lhe resta” por temer que a seca se prolongue.
São nove vacas, “que valem muito”, cerca de US$ 450 cada uma, mas custa
alimentá-las porque “o milho duplicou de preço”, lamentou, enquanto se
conforma em criar apenas caprinos. Os camponeses, explicou Ramos,
persistem em criar bovinos porque os consideram “uma poupança, uma
reserva” para momentos de penúria. Contudo, na seca são forçados a
vendê-los a preços baixíssimos. Envolverde/IPS
(IPS)
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Plantas para enriquecer os solos - adubação verde
Prática é econômica e eficiente para recuperar, manter e melhorar a capacidade produtiva
crotalária |
Em um mundo cada vez mais necessitado de ações que valorizem a preservação ambiental, a adubação verde tem se destacado como uma excelente opção para a recuperação e melhoria dos solos. A técnica agrícola, utilizada há mais de 2.000 anos por gregos, romanos e chineses, consiste no cultivo de espécies de plantas com elevado potencial de produção de massa vegetal com o objetivo de melhorar as condições físicas, químicas e biológicas dos solos.
A prática, desde que utilizada continuamente, aumenta o teor de matéria orgânica, recuperando solos degradados; diminui a perda de nutrientes, como o nitrogênio; reduz a quantidade de plantas invasoras; favorece a proliferação de minhocas e reduz o ataque de pragas e doenças.
A utilização de adubo verde contribui ainda para diminuir o emprego de fertilizantes minerais e defensivos e, devido à cobertura que desenvolve na superfície do solo, também protege a terra contra os efeitos da erosão.
O pesquisador da Embrapa José Alberto Mattioni explica que a família das leguminosas é a mais utilizada como adubo verde. A principal razão está em sua capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico. “Isso porque as leguminosas são capazes de fazer uma associação com bactérias próprias para fixar esse nutriente tão importante”, analisa. Assim, com essa adubação natural, cai o custo da produção, uma vez que o agricultor não precisará comprar adubo nitrogenado”, completa.
Outro motivo é que as leguminosas apresentam um sistema radicular geralmente bem profundo e ramificado, capaz de extrair nutrientes das camadas mais profundas do solo.
Grupos - Há três grupos distintos de adubos verdes: espécies de primavera/verão, outono/inverno e espécies perenes. As espécies de primavera/verão são plantadas no período de setembro a dezembro e as de outono/inverno de março a junho. As espécies perenes, uma vez plantadas permanecem durante vários anos desempenhando seu papel como adubo verde. Essas espécies são semeadas de setembro a dezembro.
O desempenho de cada espécie a ser utilizada está, de modo geral, diretamente relacionado às condições do clima e solo de cada local e à melhor época de cultivo.
A prática, desde que utilizada continuamente, aumenta o teor de matéria orgânica, recuperando solos degradados; diminui a perda de nutrientes, como o nitrogênio; reduz a quantidade de plantas invasoras; favorece a proliferação de minhocas e reduz o ataque de pragas e doenças.
A utilização de adubo verde contribui ainda para diminuir o emprego de fertilizantes minerais e defensivos e, devido à cobertura que desenvolve na superfície do solo, também protege a terra contra os efeitos da erosão.
O pesquisador da Embrapa José Alberto Mattioni explica que a família das leguminosas é a mais utilizada como adubo verde. A principal razão está em sua capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico. “Isso porque as leguminosas são capazes de fazer uma associação com bactérias próprias para fixar esse nutriente tão importante”, analisa. Assim, com essa adubação natural, cai o custo da produção, uma vez que o agricultor não precisará comprar adubo nitrogenado”, completa.
Outro motivo é que as leguminosas apresentam um sistema radicular geralmente bem profundo e ramificado, capaz de extrair nutrientes das camadas mais profundas do solo.
Grupos - Há três grupos distintos de adubos verdes: espécies de primavera/verão, outono/inverno e espécies perenes. As espécies de primavera/verão são plantadas no período de setembro a dezembro e as de outono/inverno de março a junho. As espécies perenes, uma vez plantadas permanecem durante vários anos desempenhando seu papel como adubo verde. Essas espécies são semeadas de setembro a dezembro.
O desempenho de cada espécie a ser utilizada está, de modo geral, diretamente relacionado às condições do clima e solo de cada local e à melhor época de cultivo.
amendoim forrageiro |
Kudzu |
fonte: correio riograndense
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
RS colhe batata-doce vitaminada
Em Santa Margarida do Sul (RS), uma hortaliça que já é bastante conhecida dos gaúchos ganhou sobrenome e virou novidade no meio rural.
A batata-doce vitaminada, assim intitulada devido ao alto teor de betacaroteno (provitamina A).
A hortaliça começou a ser difundida entre os agricultores familiares do município em novembro de 2011, através do escritório local da Emater/RS. Agora, o vegetal está na fase da colheita e, de acordo com o engenheiro agrônomo Fernando Oliveira, a safra, apesar da estiagem, é considerada boa, com a raiz apresentando peso de cerca de 300 gramas. As mudas da batata-doce vitaminada são provenientes da Embrapa, mas vieram do Peru e foram melhoradas no Estados Unidos. A produção em Santa Margarida está voltada ao atendimento das escolas do município.
Fonte: correio riograndense
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
@ extensionista: Eterna Sra. Primavesi
@ extensionista: Eterna Sra. Primavesi: Quando o Globo Rural mostra a realidade para o Manejo dos Solos Tropicais brasileiros... Assista, investigue, transmita, respire, cant...
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Urgência de modelos alternativos na agricultura! Horta Mandala
Experiências confirmam que o sistema agroecológico de produção de alimentos pode ser um modelo viável e rentável.
por Carolina Goetten, do Brasil de Fato
por Carolina Goetten, do Brasil de Fato
Segundo
o Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares,
em pesquisa realizada em 2010, mais de um bilhão de pessoas passam fome
em todo o mundo. A informação escancara a crise alimentar do
agronegócio: sobram alimentos, mas a lógica do capital impede o acesso a
itens básicos de alimentação. Como alternativa ao cenário, surge o
debate teórico e a aplicação prática da soberania alimentar, por meio da
agroecologia.
O agronegócio é um modelo excludente, que prioriza o
latifúndio, a monocultura, a produção em larga escala, usa agrotóxicos,
destrói o meio ambiente e gera violência e pobreza no campo. Segundo o
professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná,
Victor Pelaez, difundiu-se o discurso de que o agronegócio é mais
rentável economicamente para o país, mas a agroecologia pode ser uma
alternativa à lógica do capital, inclusive com benefícios financeiros.
“Mas nenhuma transformação ocorre da noite para o dia. É um processo
longo de investimento e demanda políticas públicas”, avalia.
O
professor explica que os movimentos sociais não são atendidos na
perspectiva do agronegócio. Por isso, segundo ele, a luta contra o
agronegócio deve ser bandeira prioritária dos movimentos sociais. A
lógica do capital é de acumulação e concentração; o agronegócio emprega
tecnologia de alto custo, inacessível aos pequenos produtores. “É
preciso buscar e construir modelos como a agroecologia, que sejam
compatíveis com a produção em menor escala e com a agricultura
familiar”, enfatiza.
Aplicação prática
Experiências
práticas da agroecologia são uma forma de ir além do discurso teórico,
com ações reais para aumentar a produção de orgânicos e resistir contra o
agronegócio. No pré-assentamento Emiliano Zapata, localizado no
município de Ponta Grossa, toda a produção é orgânica. “Desde o começo
da ocupação, já concordamos que a área seria 100% agroecológica”, conta o
morador Célio Rodrigues. “Somos 48 famílias e ninguém utiliza adubo
químico ou agrotóxicos”, afirma.
O Emiliano Zapata também tem uma
horta coletiva de 1,5 hectares, cuja produção é destinada à subsistência
e o excedente é vendido numa feira de orgânicos da Universidade
Estadual de Ponta Grossa, a cada 15 dias. “Como ainda não somos
assentamento reconhecido pelo Incra e estamos em processo de conquista
da terra, não temos acesso a programas de incentivo. A produção orgânica
nos ajudou a sobreviver aqui”, lembra Célio. Ele cita a importância da
agroecologia nos mais diversos aspectos. “Só na questão técnica, já
temos certeza de que estamos preservando o solo e que ele vai se manter
saudável por mais tempo. Economicamente, a produção tem baixo custo,
porque veneno é caro, controlado por cinco transnacionais no país. E sem
considerar que estamos combatendo a ideologia capitalista”, explica
Célio.
O que mantém parte da renda das famílias do Emiliano Zapata
é um programa em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), dentro do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Tudo o que
se produz é repassado para um banco de alimentos, que distribui a
produção a creches e instituições de caridade no município de Ponta
Grossa. O projeto paga R$ 4,5 mil por ano a cada família, valor dividido
em parcelas mensais. Estes programas garantem a comercialização dos
produtos da agricultura familiar e são um incentivo à manutenção da
produção agroecológica e diversificada. “Facilita a diversificação da
produção e já não conflui apenas para a cultura de mercado. Produtos que
não tinham uma garantia de preços passaram a ter um espaço de
comercialização garantido. Isso ajudou a diversificar as propriedades
nos locais. O agricultor tem uma horta e também se alimenta dela, dentro
da segurança alimentar”, afirma Jean Carlo Pereira, do setor de
produção do MST-PR.
Hortas mandala
Outro
exemplo de aplicação da agroecologia no Paraná é o assentamento
Contestado, na cidade da Lapa, onde também são cultivados apenas
alimentos orgânicos. Como o solo é raso, as famílias têm dificuldade
para produzir arroz; o clima instável também é fator negativo na
lavoura, principalmente nos lotes das famílias vindas de outras regiões,
desacostumadas às variações climáticas de Curitiba e região. Uma
alternativa para superar estas dificuldades foi o sistema de
administração coletiva de hortas mandala.
A palavra mandala vem do
sânscrito e significa “círculo mágico”. Nesse modelo, os canteiros são
construídos em círculos em vez da linha reta tradicional (como os traços
arredondados da própria natureza, em que não existe nada impecavelmente
reto).
A horta aproveita melhor o espaço da terra em relação aos
canteiros retangulares, trabalha com diversidade e alternância de
plantas, poupa o solo e economiza água. “Cada horta é cultivada por
grupos de duas a três famílias, para estimular a cooperação e aproximar
os moradores”, explica um dos dirigentes do assentamento, Antônio
Capitani.
Em três meses de trabalho, as famílias do Contestado
produziram cerca de 500 pés de hortaliças, além das frutas, ervas e
cereais. O que contribui para a saúde do solo é a rotatividade das
plantas. Como cada espécie utiliza um nutriente específico, a
alternância permite que o solo permaneça rico e não esgote esse
nutriente. Além disso, a diversidade atrai insetos polinizadores de
espécies variadas, contribuindo com o equilíbrio ambiental.
A
geógrafa Rosa Mara Santos explica que a horta mandala adota por
princípio algo como “seja amigo da natureza”. “É uma ideia da
permacultura que diz que podemos habitar o planeta com harmonia,
utilizando a sua energia e todos os seus recursos de modo equilibrado.
No caso da horta, precisamos respeitar os ciclos, tempo de plantar,
tempo de colher e tempo de repouso, quando o solo se recupera para um
novo ciclo”, define. Como o espaço circular permite o uso de áreas
pequenas de terra, a horta mandala é ideal para a agricultura familiar,
pois produz para a subsistência e o excedente pode ser comercializado e
ajuda a complementar a renda da família.
No Contestado, são usados
apenas fertilizantes orgânicos, que respeitam a agricultura ecológica.
“A saúde vem muito da alimentação: se você precisa de ferro, coma
beterraba, não precisa ir à farmácia comprar sulfato ferroso”, diz Maria
Lima, moradora do assentamento. “A gente tem que se somar, lutar contra
tudo isso que tá gerando o câncer, as alergias, a depressão”, conclui.
Princípios para trabalhar com a horta mandala
1. Cultivar o máximo possível, utilizando o menor espaço;
2. Usar o mínimo de energia, para a máxima produção;
3. Promover o envolvimento de toda a comunidade;
4. Nada se perde, tudo se aproveita;
5. Trabalhar com a natureza e não contra ela.
Princípios enumerados segundo informações do projeto Mão na Terra, de São José dos Campos (SP).
* Publicado originalmente no site Brasil de Fato.
(Brasil de Fato)
domingo, 16 de setembro de 2012
Uso de espécies vegetais como adubação verde
A tecnologia é recomendada para o pequeno produtor por exigir menor uso de insumos externos, principalmente fertilizantes e herbicidas. A produção e a multiplicação de sementes também podem ser feitas na propriedade, e a mão-de-obra familiar, em geral, é suficiente para manter as atividades necessárias à aplicação dessa tecnologia.
O uso de sistemas de manejo conservacionistas como o plantio direto, associado à rotação de culturas e emprego de plantas de cobertura e adubação verde, pode resultar em uma série de benefícios ao solo, como a redução da erosão pela ação de cobertura e agregação do solo; diversidade de espécies vegetais nos agroecossistemas; incrementos de nitrogênio por meio de fixação biológica (FBN) e incorporação de biomassa do solo; aumento da disponibilidade de fósforo via associação com micorrizas e atividade enzimática; acúmulo de nitrogênio e carbono no solo; maior eficiência na ciclagem de nutrientes; menor assoreamento de mananciais hídricos; redução do uso de combustíveis fósseis; flexibilidade nas operações de semeadura e de colheita; redução da dependência de insumos externos, principalmente, fertilizantes e herbicidas; menor risco ao meio ambiente; e maior possibilidade de lucro ao produtor.
O uso de sistemas de manejo conservacionistas como o plantio direto, associado à rotação de culturas e emprego de plantas de cobertura e adubação verde, pode resultar em uma série de benefícios ao solo, como a redução da erosão pela ação de cobertura e agregação do solo; diversidade de espécies vegetais nos agroecossistemas; incrementos de nitrogênio por meio de fixação biológica (FBN) e incorporação de biomassa do solo; aumento da disponibilidade de fósforo via associação com micorrizas e atividade enzimática; acúmulo de nitrogênio e carbono no solo; maior eficiência na ciclagem de nutrientes; menor assoreamento de mananciais hídricos; redução do uso de combustíveis fósseis; flexibilidade nas operações de semeadura e de colheita; redução da dependência de insumos externos, principalmente, fertilizantes e herbicidas; menor risco ao meio ambiente; e maior possibilidade de lucro ao produtor.
sábado, 15 de setembro de 2012
Insetos podem substituir agrotóxicos em lavouras
As pequenas vespas se tornam parasitas em ovos de mariposas e borboletas. |
Foto: Heraldo Negri/Divulgação
Foto: Heraldo Negri/Divulgação
Um grupo de empresários e cientistas brasileiros desenvolveu uma alternativa sustentável aos compostos agrícolas, usados para combater pragas nas lavouras. O grupo utiliza apenas insetos e ácaros, feitos em laboratório, para manter a qualidades das produções.
A proposta de usar os insetos no lugar dos agrotóxicos não é realmente inovadora, já que é utilizada desde os anos 80. O que a Bug Agentes Biológicos conseguiu fazer de mais diferente foi a produção destes fertilizantes naturais em larga escala. O principal item comercializado pela empresa paulista é o trichogramma, uma vespa muito pequena.
Conforme informações do iG, a cada um grama do preparo feito pela empresa, estão contidos 37 mil ovos de pequenas vespas, que ao nascerem se tornarão parasitas em ovos de mariposas e borboletas. As culturas que mais recebem o material são de cana-de-açúcar e soja.
Apenas sete anos após a primeira grande comercialização do produto, a Bug já é responsável por atender 350 mil hectares de lavouras pelo Brasil a fora. Em 35 mil destes hectares, as vespas foram capazes de substituir integralmente os agrotóxicos. Além disso, segundo a empresa, o processo natural é 30% mais econômico, se comparado ao uso de elementos químicos.
Há 20 anos, o sócio Heraldo Negri trabalha em pesquisas com a trichogramma na escola de agronomia da Universidade de São Paulo (USP), onde também conheceu o outro sócio Diogo Carvalho e a empresa iniciou. Primeiramente, as pesquisas foram financiadas pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que destinou R$ 1,2 milhão ao projeto.
Em 2005, surgiu a primeira venda, quando o produto comercializado foi usado em uma área de 500 hectares de cana. Os insetos são registrados e liberados pela Anvisa, Ibama e pelo Ministério da Agricultura. Para serem comercializados os ovos são dispostos em cartelas, com 24 tabletes, recheados com 2,5 mil vespas cada. O uso ideal do produto deve ser feito com a dispersão de um tablete a cada 20 metros de lavoura.
A alternativa sustentável fez com que a empresa alcançasse reconhecimento internacional, sendo classificada como a empresa mais inovadora do Brasil e a 33ª no ranking mundial, conforme classificação feita pela revista norte-americana Fast Company.
Em 2011, a Bug se fundiu com a Promip, empresa especializada em ácaros, criada em 2006, e hoje ela se expande cada vez mais. “O plano de negócios é que em cinco anos a empresa passe a faturar US$ 40 milhões por ano”, informou Marcelo Poletti, sócio-diretor da Bug. Com informações do iG.
Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/4435/insetos_podem_substituir_agrotoxicos_em_lavouras/
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Cultivation of azolla, a biofertiliser : A Method demonstration
O vídeo mostra as utilizações da Azolla e uma maneira muita fácil de cultivá-la!
Sua capacidade de fixação de nitrogênio de Azolla levou a que fosse amplamente utilizado como biofertilizante, especialmente em partes do sudeste da Ásia.
- Hospeda um simbiótica azul verde alga Anabaena azolle, que é responsável pela fixação e assimilação de nitrogênio atmosférico. Fonte de nitrogênio mineral .
- Pode dobrar de tamanho a cada vários dias em nutrientes e água ótima condições de clima temperado
- Planta de adubação verde para a agricultura de arroz para a supressão de plantas daninhas e da fertilidade (usado extensivamente em pato orgânica e sistemas de arroz)
- Proteína 25-30%, e baixo em lignina com o torna digerível para muitos animais, bem como nutritiva
- Rico em aminoácidos essenciais, vitaminas (vitamina A, vitamina B12 e Beta-caroteno), intermediários promotor de crescimento e minerais como cálcio, fósforo, potássio, ferro, cobre, magnésio, etc
- Numa base de peso seco, que contém 25-35 por cento de proteína, 10 - 15 por cento minerais e 7 - 10 por cento de aminoácidos, substâncias bio-activas e bio-polímeros.
- Palatável para: patos, galinhas, porcos, vacas, cabras, ovelhas e coelhos.
- Pode aumentar a produção de leite em vacas em 15-20%.
- Azolla é um alimentador de nutrientes e impede a proliferação de algas em barragens agrícolas, como resultado, mantendo a água mais utilizável.
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