Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com whast 51 3407-4813
terça-feira, 26 de abril de 2022
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Como cultivar fisális
Fonte: revista jardins
Publicado a 14 de Setembro de 2017Apresentação
Nomes comuns: Physalis, fisális, alquenquenje, cereja-de-judeu, capota, lanterna chinesa, farol-do-peru, tomatinhos, tomate-de-capuz, capuchinhos e tomate-silvestre.Nome científico: Physalis peruviana L, Physalis pruinosa, P. ixocarpa, P. philadelphica, a espécie Palkekengi (frutos vermelhos) também tem algum interesse a nível comercial, mas apenas para efeito ornamental.
Origem: Centro e Sul da América (México, Colômbia e Zona dos Andes)
Família: Solanácea
Factos Históricos/Curiosidades: O “tomatillo”, produto muito utilizado na culinária mexicana é um physalis que é cultivado e consumido desde o tempo dos astecas. A Colômbia é o principal produtor mundial e exporta muito para os países Europeus. Só em 2015 é que Portugal começou a produzir este fruto para comercialização em maior escala.
Caraterísticas: Planta herbácea que em meio natural rasteja e pode alcançar 1,0-1,8 metros de comprimento. Tem folhas lanceoladas e flores amareladas com um sistema radicular superficial, mas extenso.
Fecundação/Polinização: Flores amarelas pálido, dura 10 semanas desde a floração á colheita. A polinização é entomófila.
Ciclo Biológico: Anual (zonas frias) ou vivaz (zonas de clima temperado, dura 3-4 anos).
Variedades mais cultivadas: As variedades mais cultivadas são “Giant Poha Berry” , “Golden Berry”, “Giallo Grosso”, “Goldenberry”, “Yellow Husk”, “Toma Verde”, “De Milpa”, “Purple”, “Tomate fraise”, “Golden Nugget”, “Purple Husk”, “Reendidore”, “Verde Puebla”, “Aunt Mollys”.
Parte Comestível: Frutos globulosos com diâmetro entre 2-3,5 cm e peso entre 6-14 g de cor amarelo-alaranjado ou laranja-avermelhado, com sabor aromático.
Condições Ambientais
Solo: Cresce bem em solos pobres, mas prefere solos bem drenados ricos em matéria orgânica e textura arenoargilosa com pH óptimo de 5.5-7.0.Zona climática: Tropical, sub-tropical e temperadas.
Temperaturas: Óptimas: 14-25 oC Min: -3 oC Max: 35 oC Temperatura do solo (germinação): 25 oC
Exposição Solar: Semi-Sombra ou Sol direto
Humidade relativa: Óptima 75%
Precipitação: 1500 mm/ano
Altitude: até 2000 metros
Fertilização
Adubação: Composto e estrume de peru ou porco uma vez por ano. É uma rústica, não necessita grandes adubações.Produz bem em solos pobres e não precisa de adubos azotados, pois leva ao desenvolvimento da folhagem e à pouca produção de frutos.
Adubo Verde: leguminosas de fruto (faveira, ervilheira e feijoeiro)
Exigências nutritivas: 1:1:1 (N:P:K)
Técnicas de Cultivo
Preparação do solo: Lavrar o solo superficialmente 10-15 cm) com uma ferramenta do tipo “actisol” ou uma fresa.Data da sementeira/Plantação: Primavera (maio) à temperatura de 25 oC. Poderá ser feita em estufa no fim do inverno (março-abril) e transplantar na primavera para o exterior.
Tipo de Plantação/sementeira: Por semente, em tabuleiros de sementeira ou pequenos vasos (alta taxa de germinação 80-95%) Tempo de Germinação: 15-20 dias Profundidade: 0,6-1cm Compasso: 0,6-0,8 na linha x 1,5-1,8 cm entre as linhas.
Transplantação: Quando a planta tiver 15-20cm de altura ou 8-10 folhas.
Rotação: de 3 em 3 anos Consociações: evitar as Solanáceas (tomate, batata, pimento, beringela, etc.) e as leguminosas.
Plantas companheiras: Espargos, alfaces, cenouras, basilico, alho, salsa e cebola.
Amanhos: Montar uma estrutura com postes de 1-1,5 m, unidos por arames; podar a seguir à colheita até á altura de 20-30 cm. Eliminar os ramos que já frutificaram; colocar “mulching” ou uma tela plástica para combater as ervas infestantes.
Regas: Gota-a-gota Entomologia e patologia vegetal.
Pragas: Pulgões, nemátodos e mosca branca.
Doenças: Botyritis, e algumas viroses (mosaico e murchidão).
Acidentes: Planta muito sensível a ventos fortes, excesso de humidade e geadas.
Colheita e Utilização
Quando colher: Desde o fim do verão até novembro quando chega o frio. O fruto só é colhido quando o “capucho” seca e cai e o fruto muda de cor.Produção: Cada planta produz 2 a 4 Kg/ano e cerca de 300 frutos/ano/ planta ou 4-7 t/ha
Condições de armazenamento: 5-13ºC com humidade de 85-90%. Os frutos podem durar 3 semanas.
Valor nutricional: Excelente fonte de vitamina A e C e vitamina PP, carotenoides, ferro e fósforo.
Época de Consumo: Verão-outono.
Usos: Consumida ao natural, em pratos de peixe e crustáceos, compotas, doces, licores, geleias, gelados, bombons, saladas de fruta ou em molhos para saladas e carnes.
Propriedades medicinais: Diuréticas, antioxidante e diminuição da pressão arterial.
Conselho de especialista: Esta planta pode alastrarse ou multiplicar-se noutras zonas, já que os pássaros gostam das bagas e transporta-as para outros locais. No nosso clima adapta-se mais as zonas do sul e centro do país, pois não gosta de temperaturas baixas. É uma planta que se desenvolve em terrenos pobres e tem algum interesse ornamental. Os frutos verdes e as folhas são tóxicas.
Fotos: Pixabay, Pedro Rau
domingo, 24 de abril de 2022
Profissional da conservação além da Universidade: produção de alimentos ...
segunda-feira, 18 de abril de 2022
Como Fazer Compostagem em Casa ou no Apartamento??
Na prática, a compostagem nada mais que a degradação da matéria orgânica por micro-organismos. No método podem ser utilizados restos orgânicos como folhas, cascas de verduras, frutas, ovos e serragem. Restos de comida também são bem vindos, mas cuidado com alimentos de origem animal, tais como carnes, pois podem atrair pragas.
Segundo o biólogo Carlos Eduardo Cereto: “É possível fazer composteira em casa, mas também existem empresas especializadas nesse tipo de serviço. As duas formas podem ser utilizadas. O importante é que além do destino correto dado para o lixo, o adubo produzido pode ser usado em hortas e jardins”. Cereto também acrescenta que: “O uso de adubo orgânico conserva as propriedades naturais do solo aumentando a vida útil do terreno. Ao contrário do adubo químico que desgasta o solo mais rapidamente e causa vários problemas de produtividade”.
Como fazer:
É necessário um espaço de, no mínimo, um metro cúbico para se fazer uma composteira doméstica. Em caso de espaços menores como apartamentos, a compostagem pode ser feita em caixas. Ao contrário do que muitos pensam, na compostagem não é indicado colocar terra, as camadas são feitas de lixo orgânico e outra de serragem ou folhas secas.
O tempo de decomposição depende do tipo de lixo e pode demorar de 9 a 16 semanas para decomposição total do lixo orgânico, que em forma de adubo, pode ser usado em hortas, jardins. Mas, deve ser evitado em hortas, caso exista na compostagem dejetos de animais.
1. Quem tem espaço com chão de terra no quintal pode separar um canteiro para fazer a compostagem. Quem não tem, pode improvisar usando um recipiente grande, lembrando de fazer alguns furos laterais para a saída de ar.
2. Os resíduos podem ser colocados em camadas e não precisam ser separados por tipo, mas é interessante colocar em camadas alternadas de resíduos (cascas de frutas, legumes, ovos e outros), com camadas de folhas, palha, serragem ou mesmo terra. Para acelerar a decomposição e evitar o aparecimento de moscas, recomenda-se cobrir tudo com uma lona.
Em espaços menores, a compostagem pode ser feita em caixas -
3. Regar o conteúdo de dois em dois dias e revirar o recipiente com alguma ferramenta de jardim é importante para arejar o material em decomposição. No caso da composteira feita no chão, ela deve ter mais ou menos 60 cm de altura e 1 metro de largura. A cada 15 dias é importante virar o monte, revolvendo os materiais para facilitar a decomposicão. Em razão da ação de bactérias e fungos, o monte pode esquentar em até 60 graus, por isso devemos molhar de vez em quando, para diminuir a temperatura e manter a umidade, porém sem encharcar.
4. Após algumas semanas o material adquire uma coloração marrom escura, semelhante ao marrom café. Dá para perceber que o composto está pronto quando não se percebe mais um "cheiro ruim" e sim um "cheiro de terra", além disso, a aparência é bem homogênea e a temperatura fica igual à do ambiente.
Mulching ou cobertura morta. O QUE É COBERTURA MORTA ?
Ontem aproveitei esta folhas para fazer uma cobertura morta no canteiro do jardim.
O QUE É COBERTURA MORTA ?
Cobertura orgânica – ou, em inglês 'mulch' – é qualquer tipo de resíduo vegetal que se acumula sobre a terra. Bactérias, fungos e outros microorganismos usarão esse material como alimento, em um processo que conhecemos como decomposição – a maneira natural de retornar à terra o material orgânico utilizado pela geração anterior.
A cobertura morta orgânica - 'mulch' - não apenas conserva umidade, mas também alimenta as plantas, as minhocas, micróbios e outras espécies de vida no solo. A matéria orgânica decomposta por estas várias formas de vida facilita a aglutinação das partículas do solo em uma estrutura mais grumosa, que retém melhor a água e os gases necessários para a vida das plantas.
As pessoas podem adaptar técnicas de “mulching” às suas práticas culturais habituais, em hortas e no paisagismo, com o uso do material orgânico disponível. O grande interesse na prática dessa cobertura do solo deriva de vários fatores: economia de trabalho, vantagens para as plantas, reutilização adequada para o que era considerado “lixo”.
A prática de manter sempre coberta a terra de hortas e jardins não realiza milagres instantâneos, mas certamente auxilia as plantas a crescerem e se desenvolverem melhor, e torna todo o trabalho de jardinagem mais fácil. Esses benefícios ocorrem em qualquer clima, frio ou quente, seco ou úmido.
O Mulch pode ser incorporado a cada ano, mas dois fatores devem receber nossa atenção: o estado de decomposição da cobertura anterior e a salinidade do material utilizado, que pode nos causar problemas se usado sem moderação.
Precisamos prestar atenção à eventual necessidade de adicionarmos nitrogênio (N) ao mulch, pois o material fresco utiliza o nitrogênio disponível para se decompor, que poderá ser retirado das plantas próximas. Adubos de lenta disponibilidade são a melhor solução, de acordo com a recomendação do fabricante.
Exemplos de mulch orgânico:
- Restos de poda – barato, lembrar de picar antes de aplicar.
- Cascas de pinho – dão um aspecto bonito ao jardim.
- Restos de grama – somente devem ser aplicados depois de secos ou de passarem por processo de compostagem.
- Musgos – têm a tendência de impermeabilizar o solo.
- Agulhas de pinheiro – são bonitas e duram muito tempo. Fornecem nutrientes que, ao se decomporem, acidificam a terra, sendo boas para plantas que gostam de terras ácidas, como azaléias, gardênias, hortênsias.
- Serragem – se a serragem fresca for incorporada ao solo, um suplemento de N é imprescindível.
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