segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Doença na mangueira, a antracnose

Evitar pragas e frutas podres: curso na Casa de Agricultura ensina práticas  corretas


Fonte:  

Marcio N. Oliveira


INTRODUÇÃO

A produção de manga (Mangifera indica L.) no Brasil apresenta grande potencial de crescimento para exportação. A manga representou 20% do volume total de frutas exportadas pelo Brasil, perdendo apenas para a laranja. O crescimento maior verifica-se em pomares formados para explorar o mercado externo. Das regras irrigadas do Vale do São Francisco, já saem quase 10% da redução nacional. Os Estados Unidos e a Europa absorvem mais de 30% da produção de manga irrigada do Vale do São Francisco.

Na cultura da manga, no Brasil, já foram descritas 56 patógenos associados a cultura (Cenargen, 2010), provocando danos ao seu desenvolvimento e rendimento potencial, o que nos traz a necessidade de um controle eficiente dos patógenos na cultura, diminuindo as injúrias provocadas pelos mesmos.

As doenças mais importantes da mangueira, são a antracnose (Colletotrichum gloeosporioides), oídio (Oidium mangiferae), podridão peduncular do fruto e podridão-seca-dos-ramos (Lasiodiplodia theobromae), podridão-parda-do-fruto (Dothiorella dominicana), seca da mangueira (Ceratocystis fimbriata), verrugose (Elsinoe mangifera), mancha angular (Xanthomonas campestris pv. mangiferaindica), malformação da mangueira (Fusarium subglutinans) e colapso interno do fruto (distúrbio fisiológico). Além destas doenças, destacam-se as podridões em pós-colheita causadas por Diplodia sp., Lasiodiplodia theobromaeColletotrichum gloeosporioidesDothiorella ribis e Hendersonula toruloidea (Junqueira et al.,2002).

A antracnose se destaca, é uma doença de importância em todas as regiões produtoras de manga. É um dos maiores problemas fitosanitários, principalmente na exportação de mangas, exigindo pulverizações periódicas com fungicidas nos pomares e tratamentos pós-colheita eficientes.

Além de reduzir a produtividade e desqualificar comercialmente os frutos, a antracnose provoca ferimentos ou lesões nos frutos que beneficiam a infestação de fungos oportunistas e insetos (pragas), os quais podem provocar rapidamente a morte da planta ou parte desta que foi afetada (Cunha et al., 2000).

MATERIAIS E MÉTODOS

No Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí, foram coletados amostras de folhas e frutos apresentando sintomas para análise no Laboratório de Microbiologia.

No laboratório, foram inicialmente observados e fotografados os sintomas da doença em folhas e frutos da mangueira, em microscópio estereoscópico observou e fotografou os sinais do fungo na parte abaxial da folha e no fruto. Posteriormente foi preparada uma lâmina semi-permanente da amostra do fungo. Para coleta, foi utilizada uma pinça e uma seringa, onde utilizando o método de “pescagem direta” e com o auxílio de um microscópio estereoscópico depositou fragmentos do fungo sobre uma lâmina contendo gotas do corante azul-de-metileno. Logo após homogeneização dos fragmentos depositados, adicionou-se uma lamínula sobre a gota e os propágulos. A vedação foi realizada com esmalte de unha incolor. Os sintomas nos frutos e folhas foram isolados em meio de cultura agar-ágar (AA) permanecendo incubado por um período de 48 horas. Posteriormente realizou-se a repicagem do fungo em meio AA para o meio batata-dextrose-ágar (BDA). Com isso realizou-se a confecção de lâminas para a observação das estruturas fúngicas.

Para a avaliação morfométrica do fungo utilizou-se um microscópio optico, onde o fungo foi visualizado a partir de uma lámina semipermanente, anteriormente preparada, e na lente de aumento de 40 vezes foi realizado a medição. Foram utilizadas 50 estruturas fúngicas para medição, depois da valor adquirido pela visualização direta, esse valor foi submetido a um fator de correção (x 2,5 μm), devido a variações do aparelho utilizado para a visualização do fungo. Então esses valores foram foram comparados com aqueles encontrados por outros autores.

Os sintomas da planta foram fotografados, primeiramente utilizando microscópio estereoscópio (lupa) e os sinais foram microfotografados utilizando câmera digital Power shot.Maco Canon ®, 750,7.1 mega Pixels.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Hospedeiro/cultura: Manga (Mangifera indica L.)

Família Botânica: Anacardiaceae

Doença: Antracnose-da-mangueira

Agente Causal: Colletotrichum gloeosporioides (Penz.) (anamorfo), Glomerella cingulata Stoneman (teleomorfo).

Local de Coleta: Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí

Data de Coleta: 18/10/2010

Taxonomia: A fase anamórfica pertence ao Reino Fungi, grupo incerto dos Fungos Mitospóricos, subgrupo Coeleomicetes. A fase teleomórfica pertence ao Reino Fungi, Divisão Ascomycota, Classe Pyrenomycetes, Ordem Phyllachorales, Família Phyllachoraceae.

Sintomatologia: Nas folhas novas, a doença causa numerosas e pequenas manchas salientes, arredondadas ou irregulares, e salientes, de tamanho variável e coloração marrom. Estas lesões podem aparecer no ápice, nas margens ou mesmo no centro do limbo foliar (Fig. 1 AC). Em condições favoráveis evoluem rapidamente, tornando a folha retorcida, necrosada e crestada, com rupturas na área lesionada. Na raque da inflorescência aparecem manchas de coloração marrom-escuras, destruindo grande número de flores. As raques e ramificações danificadas quebram facilmente, causando a queda dos frutos antes da maturação (Kimati et al, 2005).

Em ramos novos observa-se manchas necróticas escuras, seguida da seca da ponta para a haste causando desfolha. Os frutos são suscetíveis em qualquer estádio, quando a infecção se dá no início ocorre à queda dos frutos. Em frutos maiores o patógeno pode ficar latente, e quando os frutos amadurecem ocorre a quebra da latência, causando manchas negras e deprimidas (Fig. 1 BD), podendo ser encontradas rachaduras, no centro das lesões observa-se sinais de coloração salmão a laranja (Kimati et al, 2005).

Etiologia (Sinais): Colletotrichum gloeosporioides cuja sinonímia é conhecida como Ascochyta rufomaculans (Berk.) apresenta como formae specialis as seguintes variações: Colletotrichum gloeosporioides f.sp. alatae R.D., C. gloeosporioides f.sp. gloeosporioides (Penz.), C. gloeosporioides f.sp. heveae Petch, C. gloeosporioides f.sp. melongenae Fournet, C. gloeosporioides f.sp. nectrioides Gonz., C. gloeosporioides f.sp. aeschynomenes J.T., C. gloeosporioides f.sp. clidemiae E.E., C. gloeosporioides f.sp. cucurbitae Menten, C. gloeosporioides f.sp. cuscutae T.Y., C. gloeosporioides f.sp. manihotis Chevaug., C. gloeosporioides f.sp. pilosae U.P. e C. gloeosporioides f.sp. uredinicola U.P.. Em relação as variedades do patógeno são descritas as seguintes: C. gloeosporioides var. aleuritis Saccas & Drouillon, C. gloeosporioides var. cephalosporioides A.S. Costa, C. gloeosporioides var. gloeosporioides Penz., C. gloeosporioides var. gomphrenae Perera, C. gloeosporioides var. hederae Pass., C. gloeosporioides var. minus J.H., C. gloeosporioides var. minus J.H. C. gloeosporioides var. nectrioidea Gonz (Index Fungorun, 2010).

Trata-se de um fungo que produz acérvulos subepidérmicos, dispostos em círculos. Os conídios são liberados dos acérvulos através de uma massa viscosa de coloração rosada a salmão. Os conídios são hialinos e gutulados, uninucleados, com 12-19 µm de comprimento por 1-6 µm de largura, arredondados na extremidade e levemente curvos (Fig. 1 FG). Os peritécios são subesféricos, ascos são subclavados, medindo 42-60 x 10-12 µm, os ascósporos são hialinos, unicelulares e curvados, medindo 12-24 x 4-6 µm (Kimati et al, 2005).

Na tabela 01 encontra-se os valores das medidas das estruturas morfológicas de C. gloeosporioides comparadas com outros autores que avaliaram os mesmos caracteres morfológicos do fungo. Os valores encontrados mostram os conídios possuindo uma média de 4,36 x 17,93 μm e o apressório com dimensões de 13,75 x 17,5 μm. Os dados encontrados possuem diferença considerável comparadas com os dados encontrados po Pimenta (2009), fato que deve ser atrelado a fatores ambientais e do hospedeiro que o patógeno incide, influenciando assim a relação de patogenicidade entre o agente etiológico e o hospedeiro o que promove um desenvolvimento e crescimento do fungo variável.

Tabela 1. Comparação dos elementos morfológicos e de Colletotrichum gloesporioides Penz. com os elementos morfológicos descritos por outros autores.

Descrição morfológica

Diâmetro (µm)

Pimenta, 2009

Ribeiro, 2010

Conídio

5 – (4,36) – 3,75 x 22,75 – (17,93) - 15

5,21 – (3,69) – 4,69 x 22,95 – (18,75) - 15, 62

5 - (4,95) – 4, 75 x 20 - (16,75) -15

Apressório

20 – (13,75) – 10 x 32,5 – (17,5) – 12,5

4,17 – (3,87) – 3,12 x 14,58 – (12,47) - 11,46

22,5 – (15,75) – 10 x 37,5 – (22,5) - 15

Epidemiologia: Apresentam uma forma parasitária, que ocorre na planta hospedeira, e uma fase saprofítica, que ocorre na matéria orgânica. A fase saprofítica corresponde à estrutura de sobrevivência do patógeno na ausência de seu hospedeiro. Nessa fase os patógenos sobrevivem em restos de cultura ou em matéria orgânica do solo, na forma de micélio, escleródio. Estes fungos têm a capacidade de persistir no solo durante longos períodos, pois, sob condições normais, crescem na matéria orgânica, e em ambientes favoráveis, mantêm-se viáveis.

A partir da fonte de inoculo, representadas por restos de cultura e matéria orgânica, pode ocorrer à disseminação das estruturas fúngicas. A disseminação é realizada através da água (enxurrada ou respingos), do movimento do solo (aração e gradagem) e do transporte de material infectado (mudas e sementes), promovendo a disseminação dos propágulos a longas distâncias. Colletotrichum gloeosporioides associado à cultura da manga (Mangifera indica L.) tem ampla distribuição, já sendo descrito em vários países no mundo como a Austrália, Brasil, Camboja, China, Colômbia, Costa do Marfim, Cuba, Republica Dominicana, El Salvador, Etiópia, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Miamar, Nepal, Paquistão, Peru, Filipinas, Porto Rico, Serra Leoa, Somália, África do Sul, Tailândia, Venezuela e Ilhas Virgínias. Mostrando a distribuição da antracnose-da-mangueira em todos os continentes do mundo (Farr e Rossman, 2010).

São conhecidos os seguintes hospedeiros do fungo Colletotrichum gloeosporioides no Brasil: Abelmoschus esculentus Moench (quiabo), chinensis Planch. (kiwi), Allium cepa L. (cebola), Anacardium occidentale L. (cajueiro), Annona muricata L. (graviola), Annona pygmaea W. Bartram., Annona reticulata L. , Annona squamosa L. (frua-do-conde), Anthurium sp. Schott, Arachis hypogaea L. (amendoim), Artocarpus incisus (Thunb.) L.f. (fruta-pão), Artocarpus integrifolia L. f. (jaca), Averrhoa carambola L. (carambola), Bombax aquaticum (Aubl.) K. Schum. (mamorana), Capsicum annuum L. (pimentão), Capsicum frutescens Willd., Carica papaya L. (mamoeiro), Caryocar brasiliense Cambess. (pequi), Citrus limon (L.) Burn. F. (limão-siliciano), Citrus sp. L., Coriandrum sativum L. (coentro), persicum Mill. (ciclame), Elaeis guineensis Jacq. (dendê), Ficus carica L. (figueira), Fragaria ananassa Duchesne (morango), Fragaria sp. L., Fragaria vesca L. (mmorango-silvestre), Hancornia speciosa Gomez (mangaba), Hevea brasiliensis (Willd. ex A. Juss.) Müll. Arg. (seringueira), Hevea sp. Aubl., Hovenia dulcis Thunb. (uva-do-japão), Ilex paraguayensis Hook. (erva-mate), Ipomoea batatas (L.) Lam. (batata-doce), Jatropha curcas L. (pinhão-manso), Lupinus albus L. (tremoço), Lycopersicon esculentum Mill. (tomateiro), Malpighia glabra L. (aceroleira), Malus domestica Borkh. (macieira), Mangifera indica L. (manga), Manihot esculenta Crantz (mandioca), Moquilea tomentosa Benth. (oiti), Musa paradisiaca L. (bananeira), Nephrolepis duffii Moore, Opuntia ficus-indica Mill. (figo-da-índia), Passiflora edulis Sims (maracujá), Passiflora sp. L., Persea americana Mill. (abacate-roxo), Pisum sativum L. (ervilha), Prunus persica (L.) Batsch (pêssego), Psidium guajava L. (goiabeira), Ravenala sp. Adans. , Ricinus communis L. (mamona), Sapindus esculentus A. St.-Hil., Simmondsia chinensis C.K. Schneider (jojoba), Solanum melongena L. (berinjela), Spondias dulcis G. Forst. (cajá-manga), Spondias lutea L. (cajá), Spondias purpurea L. (siriguela), Spondias tuberosa Arruda (umbuzeiro), Strelitzia sp. Ait., Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. (capim-meladinho), Syngonium angustatum Schott (singõnio), Theobroma cacao L. (cacau), Vitis sp. L., Vitis vinifera L. (uva).

Conídios são disseminados na planta pela água da chuva e produzidos durante todo o ano em lesões novas ou velhas de folhas, ramos verdes e secos, inflorescências mumificadas e nas raques desenvolvidas. A maior produção de conídios ocorre nas lesões das folhas novas em condições de alta umidade relativa, acima de 95%, ou em água livre e numa larga faixa de temperatura que vai de 10 °C a 30 °C, sendo a ideal para a formação de apressório acima de 25 °C (Kimati et al, 2005).

A disseminação dos esporos de C. gloeosporioides dá-se principalmente pelo vento e por respingos de chuva, estando totalmente relacionado a sua incidência com a presença de molhamento foliar. Períodos chuvosos e encobertos como também orvalhos intensos durante o período noturno favorecem muito o desenvolvimento do patógeno. Em condições de elevada umidade relativa (superior a 90%) e temperaturas superiores a 22 °C é possível observar no centro das lesões pontuações pardo-amareladas que são as frutificações do patógeno (Tavares, 1995).

Controle: O controle deve ser feito por meio de uma associação de métodos culturais e químicos e genéticos, para aumentar a eficiência do manejo da doença.

Com relação ao controle químico, ate o aparecimento dos fungicidas orgânicos, os cúpricos eram usados exclusivamente com variáveis graus de sucesso como a calda bordalesa, óxido cuproso, oxicloreto de cobre e sulfato básico de cobre. Os fungicidas orgânicos zineb, maneb e captan, em pulverizações semanais durante o florescimento, são eficientes no controle da antracnose. Nenhum deles, porém, se iguala aos cúpricos nas pulverizações pós-florescimento. Apesar de menos instáveis que os cúpricos, os fungicidas orgânicos tem algumas vantagens, pois não causam desequilíbrio na população de insetos com aumento de cochonilhas, causam menos injurias as flores abertas e não interferem nas atividades de insetos polinizadores (Kimati et al, 2005).

Os pomares devem ser instalados em regiões com baixa umidade e promovida a indução de floração, de forma que ocorra produção em épocas desfavoráveis ao fungo. Nas regiões onde ocorrem, durante o ano, períodos de elevada umidade relativa, sugere-se realizar o plantio com maior espaçamento, para favorecer a ventilação e a insolação entre as plantas, bem como podas leves, para abrir a copa e aumentar a aeração e a penetração dos raios solares (Junqueira et al., 2002).

Existem diversos produtos químicos indicados para o controle da antracnose-da-mangueira, o produtor deve seguir a indicação de um técnico qualificado para a indicação do produto, dosagem e método de controle. Os fungicidas para o controle da antracnose-da-mangueira e seus respectivos ingredientes ativos, registrados no Ministério da agricultura e Pecuária e Abastecimento, são os seguintes: Amistar Top ® (azoxistrobina + triazol), Amistar WG ® (azoxistrobina), Cercobin 500 SC ® (tiofanato-metílico), Cobox ® (oxicloreto de cobre), Cobre Atar BR ® (óxido cuproso), Cobre Atar MZ ® (óxido cuproso), Comet ® (estrobilurina), Constant ® (tebuconazol), Contact ® (hidróxido de cobre), Copsuper ® (oxicloreto de cobre), Cupravit Azul BR ® (oxicloreto de cobre), Cuprozeb ® (mancozebe), Difere ® (oxicloreto de cobre), Dithane NT ® (mancozebe), Domark 100 EC ® (triazol), Elite ® (triazol), Flare ® (triazol), Folicur 200 EC ® (triazol), Garant ® (hidróxido de cobre), Magnate 500 EC ® (imidazol), Mancozeb Sipcam ® (mancozebe), Manzate WG ® (mancozebe), Manzate 800 ® (mancozebe), Mofotil ® (tiofanato-metílico), Nativo ® (triazol + estrobilurina), Pomme ® (tiofanato-metílico), Propose ® (oxicloreto de cobre), Protectin ® (tiofanato-metílico), Ramexane 850 PM ® (oxicloreto de cobre), Reconil ® (oxicloreto de cobre), Score ® (triazol), Sportak 450 EC ® (procloraz), Status ® (oxicloreto de cobre), Tecto SC ® (benzimidazol), Triade ® (triazol) e Vantigo ® (azoxistrobina) (Agrofit, 2010).

Costa et al. (2004), avaliando a eficiência do fungicida azoxistrobina em diferentes doses, concluiu que os tratamentos com azoxistrobina nas dosagens de 75 e 100 mg L-1 i.a. acrescidos do espalhante adesivo nonilfenol etoxilado a 0,05% e azoxistrobina (75 mg L-1 i.a.) acrescidos de óleo mineral parafínico a 0,2 e 0,5%, podem ser usados como alternativa eficiente de controle da antracnose em frutos de mangueira, sempre que acompanhados de um tratamento pós-colheita.

O uso de variedades tolerantes é uma prática indicada no manejo da doença. Dentre as cultivares plantadas com vistas ao mercado externo, a Tommy Atkins e Van Dyke são consideradas as menos suscetíveis à antracnose. As cultivares Haden, Bourbon e Palmer, de grande aceitação comercial, são consideradas como bastante suscetíveis. ‘Malikka’, ‘Amrapalli’ e ‘Alfa Embrapa 141’ vêm se comportando como resistentes (Junqueira et al., 2002).

Em relação aos frutos em pós-colheita para o aumento da aceitação dos mesmos no mercado de exportação é necessário realizar um controle eficaz, para evitar ou minimizar a podridão das mangas destinadas ao mercado. Atualmente, poucos fungicidas são registrados para esse fim, entre eles encontra-se o thiabendazole. Recentemente, pesquisas revelaram que a severidade da antracnose nas mangas imersas, por 10 minutos, em água aquecida a 50ºC em combinação com 0,15% de thiabendazole foi reduzida em 94,6%, em relação às mangas não tratadas (Choudhury et al., 2003).







Figura 01: Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides (Penz.)) incidente em manga (Mangifera indica L.) A. Sintomas nas folhas, B. Sintomas nos frutos, C. Sinais do fungo em microscópio estereoscópico das folhas D. Sinais do fungo em microscópio estereoscópico do fruto, E. Hifas e conídios (barr = 54 µm). F. Conídios hialinos, uninucleados, arredondados na extremidade e levemente curvos de C. gloeosporioides (barr = 18 µm).



LITERATURA CITADA:


AGROFIT Sistema Agrofit – sistema de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em:< http://agrofit.agricultura.gov.br/ agrofit_cons/principal_agrofit_cons>, acessado em 18 de outubro de 2010.

CUNHA, M.M., SANTOS FILHO, H.P. & NASCIMENTO, A.S. do. Manga. Fitossanidade. Brasilia: EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas-BA.Brasília – EMBRAPA Comunicação para Transferência de Tecnologia, Frutas do Brasil, 6, 2000.

COSTA R, SALES JÚNIOR, F.M., MARINHO, R.E.M., NUNES, G.H.S., AMARO FILHO, J. & MIRANDA, V.S. Utilização de azoxistrobina no controle da antracnose da mangueira. Fitopatologia Brasileira 29:193-196. 2004.

CHOUDHURY M. M., COSTA T. S., ANJOS J. B.. Controle da antracnose pós-colheita da manga causada por Colletotrichum gloeosporioides. Comunicado técnico 116. ISSN 1516-1609 Petrolina, PE Dezembro, 2003.

EMBRAPA Banco de Dados Brasileiro de Micologia. Disponível em: Acessado em: 18 de outubro de 2010.

FARR D. F. & ROSSMAN A. Y., SBML Systematic Botany of Mycological Resources. Disponível em: . Acessado em: 18 de outubro de 2010.

INDEX FUNGORUM. Disponível em: . Acesso em: 18 de outubro de 2010.

JUNQUEIRA, N. T. V., PINTO, A. C. Q., CUNHA, M. M., RAMOS, V. H. V. Controle das doenças da mangueira. In: Controle de doenças de plantas de fruteiras tropicais. ZAMBOLIM, L. et al. (ed.), cap. 6, p.323403. 2002.

KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas;. 4ª Ed.vol. 2, p. 340-341 – São Paulo: Agronômica Ceres, 2005.

PIMENTA, A. A.. Caracterização morfométrica, patogenica e genética de isolados de Colletotrichum gloeosporioides, agente causal da antracnose da Manga (Mangifera indica L.). Jaboticabal – São Paulo. 2009.

PIZZOL, S. J.; FILHO MARTINES, J. G.; SILVA, T. H. S.; GONÇALVES, G. O mercado da manga no Brasil: aspectos gerais. Preços Agrícolas, Piracicaba, v.12, n.142, p. 34, 1998.

RIBEIRO, W. R.. Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) no fruto-do-conde (Annona muricata L.). IF Goiano – Campus urutaí. 2010.

TAVARES, S.C.C. H. Principais doenças e alternativas de controle. In: EMBRAPA (CPATSA, Petrolina-PE). Informações Técnicas sobre a Cultura da manga no Semi-árido Brasileiro. Brasília: EMBRAPA-SPI,Cap. V, pp.123-156. 1995.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

As melhores 25 árvores frutíferas para calçadas !! Que tal?

 

“Quais são as melhores arvores frutíferas para calçadas? Que atraiam pássaros e que tenham raízes pouco agressivas.”

Para responder a esta pergunta que o amigo Rafael Lenon Marx me fez no Canal do Youtube, resolvi gravar este breve vídeo com algumas sugestões.

Depois que gravei o vídeo vários amigos deram excelente sugestões, sendo a maioria de frutas nativas, o que me motivou a escrever esta matéria, que vai ajudar muitos outros amigos que tem esta mesma dúvida.

As  melhores arvores frutíferas para calçadas:

Vale ressaltar aqui que a ordem e numeração desta matéria é apenas a sequência que fui lembrando e que os amigos do Youtube foram citando nos comentários.

Recomendo sempre conhecer a planta e a fruta antes de plantar para depois não ter nenhuma surpresa desagradável.

1. Jabuticaba híbrida (Myrciaria cauliflora)

Jabuticaba Híbrida, arvores frutíferas para calçadas

jabuticaba híbrida enxertada é ideal para vasos e calçadas devido a precocidade de sua produção e também ao seu porte.

Por ser uma planta enxertada e seu crescimento é lento e as raízes são muito pouco agressivas.

2. Araçá Amarelo (Psidium catteyanum)

araçá amarelo é uma das frutíferas mais saborosas de nossa flora. Popularmente conhecido como “goiabinha” esta planta atinge no máximo 9 metros de altura quando em seu habitat natura.

Pode ser facilmente mantida em vasos, sendo muito produtiva e quando plantada como frutífera de calçada, pode ser controlada com podas.

3. Araçá Rosa ou Araçá Vermelho (Psidium catteyanum)

Araçá vermelho ou rosa, arvores frutíferas para calçadas

Possui as mesma características do araçá amarelo em porte e produtividade. A principal diferença é em relação a coloração dos frutos e ao sabor, sendo o araçá rosa um pouco mais ácido que o amarelo.

4. Guabiju (Myrcianthes pungens)

Guabiju, arvores frutíferas para calçadas

Também conhecido como “Mirtilo Brasileiro” o guabiju é uma frutífera nativa muito atrativa de pássaros e que raramente ultrapassa os 6 metros de altura.

Seus frutos são doces e muito agradáveis ao paladar. Possuem casca avermelhada e aveludada, de cor roxo-avermelhada até quase pretos.

Na medicina popular é indicado para regular funções intestinais e tratar desinterias.

5. Cabeludinha (Myrciaria glazioviana)

cabeludinha é uma frutífera nativa do Brasil que pode alcançar até 4 metros de altura, com copa bem frondosa, formando ótima sombra.

Além de ser uma bela árvore ornamental seus frutos são deliciosos, sendo atrativos aos pássaros e também aos humanos 🙂

6. Cereja do Rio Grande (Eugenia involucrata)

cereja do Rio Grande em seu habitat natural pode atingir até 15 metros de altura porém é muito raro encontrarmos exemplares com este tamanho.

No vídeo abaixo estou embaixo de uma cerejeira do rio grande com cerca de 6 metros de altura, porém é uma planta bem velha.

Além de seus deliciosos frutos sua copa possui formato colunar e é uma árvore bem ornamental, sendo uma excelente árvore frutífera para calçada.

7. Pitangas (Eugenia uniflora)

Pitangas, arvores frutíferas para calçadas

As pitangas são conhecidas por serem arbustos frutíferos e ornamentais, marcantes por seus frutos belos e perfumados.

Existem diversas variedades de pitanga que dão ótimas frutíferas para calçada.

Normalmente não ultrapassam 4 metros de altura com copa densa e arredondada, facilmente controlada com podas.

8. Acerola (Malphigia emarginata)

Acerola, arvores frutíferas para calçadas

acerola é uma frutífera que raramente ultrapassa os 5 metros de altura, de crescimento moderado, sendo uma excelente opção para se plantar em calçadas, vasos ou quintais.

Seu efeito ornamental é bem interessante também, pois pode ser facilmente conduzida com podas formando a copa conforme a condução da planta.

Frutos apreciados in natura e também na fabricação de sucos, geléias e compotas. Também é muito atrativa aos pássaros.

9. Jambos (Psidium jambos)

O jambo pode ser cultivado em calçadas porém com alguma cautela, pois é uma planta de rápido crescimento.

Recomendo plantar dentro de uma manilha de calçada e deve-se evitar plantar próximo a rede de esgoto, pois a suas raízes podem causar danos.

10. Carambola (Averhoa carambola)

Carambola, arvores frutíferas para calçadas

caramboleira é uma frutífera apreciada em todo o mundo por seus frutos lindos e exóticos, de sabor único.

É uma planta muito ornamental com uma linda florada e que raramente atinge mais de 8 metros de altura.

Além disso é também fácil de controlar seu crescimento e seu formato com podas regulares, sendo mais uma planta indicada para plantio em calçadas, quintais e até mesmo em vasos.

11. Calabura (Muntingia calabura)

Calabura, arvores frutíferas para calçadas

calabura é uma árvore e porte médio e de rápido crescimento, fazendo sombra em até 1 ano após o seu plantio.

É excelente como árvore de calçada pois se adapta a praticamente qualquer tipo de solo e região do Brasil.

São frutos são pequenos e muito atrativos para pássaros porém também são consumidos e apreciados por pessoas.

12. Calicarpa (Calicarpa reevesi)

Calicarpa, arvores frutíferas para calçadas

calicarpa tem a sua origem na China e em seu tamanho máximo pode atingir 7 metros de altura.

Ela produz precocemente uma linda florada lilás que após caírem formam-se pequenos frutos de coloração rosada.

Esta na lista pois adaptou-se tão bem ao nosso clima que é uma das frutas preferidas de diversos pássaros da nossa fauna, sendo frequentemente vistos na mesma árvore sabiás, sanhaços, saíras, bem-te-vis, entre outros.

Além de ser ótima para calçadas também é muito utilizada em chácaras, sítios e fazendas e outros locais onde se deseja preservar a avifauna.

13. Grumixama (Eugenia brasilienses)

Grumixama, arvores frutíferas para calçadas

Grumixama é uma árvore médio a grande porte, nativa da mata atlântica e muito resistente a variações climáticas, como ocorre de Santa Catarina até a Bahia.

É uma árvore elegante com belas flores brancas e perfumadas em uma copa densa e estreita.

Seus frutos são muito atrativos aos pássaros e também podem ser usados na produção de licores, sucos, vinagres, aguardentes e doces.

E não pára por aí: também possui propriedades medicinais, sendo usada como expectorante para cessar a tosse, quando é feito um xarope com sua casca e um pouco de mel.

14. Alegria dos Pássaros (Alaeagnus Umbellata)

Alegria dos Pássaros, arvores frutíferas para calçadas

Também conhecida como Oliveira de Outono, devido a semelhança do formato e da cor de sua folhas.

A nativa da Ásia, sendo muito comum no Japão, tão difundida como a acerola no Brasil, porém ainda pouco conhecida por aqui.

É uma planta muito produtiva e que adora podas, o que ajuda na sua precocidade pois inicia sua produção em até 14 meses após o plantio da muda.

15. Fruta do Sabiá (Acnistus arborescens)

Fruta do Sabiá, arvores frutíferas para calçadas

Fruta de Sabiá é uma planta arbustiva que atinge cerca de 2 metros de altura, com galhos finos e madeira leve, pouco resistente.

Ela ocorre em uma grande distribuição geográfica, do Sul do Brasil até a América Central e Caribe.

Chama muito a atenção por sua abundante florada de cachos brancos que logo se transformam em pequenas bagas alaranjadas.

Quando saem as frutas atraem diversos pássaros, sendo o sabiá um dos seus maiores apreciadores, o que originou seu nome popular, mas também é conhecida como marianeira.

16. Romã ou Romã Gigante (Punica granatum)

Romã ou Romã Gigante, arvores frutíferas para calçadas

romãzeira é uma arvoreta que dificilmente ultrapassa os 5 metros de altura e sua popularidade no paisagismo aumenta a cada ano.

Muito utilizada na composição de jardins com estilos mediterrâneos e é altamente recomendada para calçadas, pela beleza e facilidade de cultivo.

Romã pode ser cultivada em grande quantidade de solos, sendo uma planta rústica, resistente às geadas de inverno, solos encharcados, secos e até moderadamente salinos.

17. Amora Branca Comum ou Graúda (Morus alba)

Amora branca, arvores frutíferas para calçadas

amoreira possui rápido crescimento e se não houver poda ela pode chegar a atingir até 12 metros de altura em alguns casos.

É uma planta que produz frutos lindos e saborosos, porém menores que as amoras tradicionais. Os passarinhos adoram!

É ótima para plantio em calçadas porém vale lembrar que é uma planta que derruba parte de suas folhas no inverno 😉

18. Amora Gigante (Morus nigra)

Amora Gigante, arvores frutíferas para calçadas

Apesar de ter sua origem na China e Japão, a amoreira preta é muito difundida no Brasil, especialmente nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Possui belo aspecto ornamental pelo formato de suas folhas, e ainda mais quando está carregada de frutos.

amora gigante é cerca de 3x maior do que a amora tradicional, o que a torna ainda mais atrativas .. a nós .. os pássaros também gostam 🙂

Quando sua altura não é controlada ela pode atingir cerca de 12 metros de altura, porém pode ser conduzida com podas de formação, condução e limpeza.

19. Murici (Byrsonima crassifolia)

Murici, arvores frutíferas para calçadas

Em tupi-guarani Murici significa “árvore pequena”. É presente em toda a América Latina, onde já são conhecidas e catalogadas cerca de 130 espécies.

No Brasil geralmente são encontradas em uma larga faixa que contempla áreas da Floresta Amazônica, estados do Sudeste, Centro-Oeste e também do Nordeste.

A árvore pode alcançar até 5 metros, com galhos frágeis que sustentam as folhas, flores e frutos.

Seus frutos são pequenos e redondos, de coloração alaranjada. Muito apreciados na culinária pelo sabor marcante da sua polpa.

20. Caferana ou Falso Guaraná (Bunchosia armeniaca)

Caferana, arvores frutíferas para calçadas

É um arbusto que pode atingir no máximo uns 5 metros de altura, originário dos Andes. Seus frutos são vermelhos e formam uma linda ornamentação junto com as folhas.

O fruto maduro tem um sabor único, que algumas pessoas consideram muito parecidas com manteiga de amendoim, inclusive na internet tem até receitas com o que chamam de fruta de passar no pão.

21. Mangostão Amarelo (Garcinia cochinchinensis)

Mangostão amarelo, arvores frutíferas para calçadas

Apesar de ser uma frutífera exótica (originária do Camboja e Vietnã), o Mangostão Amarelo já é cultivado em praticamente todo o Brasil.

É uma planta perene que pode atingir até 12 metros de altura, quando não é controlada. Com podas de condução é facilmente formada uma copa densa de sombra frondosa para os carros e muito produtiva.

Seus frutos são drupas lisas de coloração amarela quando maduros, contendo 3 sementes grandes, coberta por uma polpa suculenta de sabor ácido, porém bem doce nas regiões próximas as sementes.

22. Feijoa ou Goiaba da Serra (Acca sellowiana)

Feijoa, arvores frutíferas para calçadas

feijoa ou goiaba da serra possui formato arbustivo e dificilmente vai passar os 5 metros de altura, o que é ótimo pois facilita a colheita de seus deliciosos frutos.

A feijoa é uma frutífera nativa da Mata Atlântica do Sul do Brasil, encontrada na floresta com araucárias. Suporta bem o frio, sendo uma espécie importante para plantios de restauração.

Os frutos verde possuem casca bastante grossa e em normalmente são consumidos ao natural pois tem excelente sabor e também servem para a produção de sucos, geleias e sorvetes. 

Além disso as flores são consumidas em saladas e muito apreciadas. Também é muito usada para ornamentação e para o paisagismo urbano.

23. Gabiroba do Campo (Campomanesia xanthocarpa)

Gabiroba do Campo, arvores frutíferas para calçadas

É uma espécie nativa do Brasil e possui inúmeras variedades, mas aqui vamos falar da Gabiroba do Campo Arbórea.

Esta variedade pode atingir entre 8 e 20 metros de altura, porém é facilmente controlado o seu crescimento com podas regulares.

Muito atrativa aos pássaros e ao consumo ao natural mas também pode ser aproveitada na forma de sucos, sorvetes e doces, como geléias. Pode servir ainda de matéria-prima para licor. 

24. Uvaia Doce ou Azeda (Eugenia pyriformis)

Uvaia, arvores frutíferas para calçadas

uvaia é uma árvore que normalmente tem entre 5 e 7 metros de altura, porém em seu habitat natural (de São Paulo até o Rio Grande do Sul) ela pode atingir até 15 metros na natureza.

É uma planta muito difundida em todo o Brasil sendo conhecidas e catalogadas mais de 15 variedades de uvaia.

Seus frutos possuem casca descamante com formatos variados com polpa espessa e muito suculenta, podendo ser ácida ou doce, a depender da variedade.

25. Pitangatuba (Eugenia selloi antes era neonitida)

Pitangatuba, arvores frutíferas para calçadas

pitangatuba é um arbusto de tronco curto que se ramifica desde o solo, com galhos lenhosos que crescem de 1 a 3 metros de altura, formando uma “taça”.

O nome pitangatuba em tupi-guarani significa “fruta de pele fina e delicada” e o complemento TUBA significa “gigante” (fonte: Colecionando Frutas).

O interessante na pitangatuba é que apesar de pertencer a família da Mirtáceas (como a jabuticaba) ela se parece com uma mistura de pitanga com carambola em sua aparência.

Alongada, de cor amarelo-esverdeada, possui suaves gomos, que, tímidos, se voltam para dentro do fruto. A pitangatuba tem o perfume forte e característico de seus parentes mais conhecidos, e as suas flores delicadas fecham em si mesmas ao entardecer.

Por que devemos plantar arvores frutíferas para calçadas?

Os benefícios de se plantar árvores frutíferas em calçadas são muitos, mas os principais deles são:

Arborização das cidades
Nem é preciso falar que a cada dia que passa mais árvores são arrancadas das cidades, o que gera o prejuízo do ar que respiramos, além de contribuir para o aumento da temperatura no planeta.

Valorização da fachada do seu imóvel
Quando temos uma bela árvore em frente a nossa casa, além da maravilhosa sensação que nos traz ainda aumenta o valor de mercado do seu imóvel.. desde que não esteja quebrando a calçada, né?

Os frutos que irão produzir
É claro que o principal objetivo de plantar uma árvore frutífera é consumir seus frutos, mas aqui vale ressaltar que além das frutas que você vai comer esta planta também vai atrair pássaros, deixando a sua rua muito mais alegre e com vida.

A sombra que vai gerar para o seu carro
É muito bom ter uma sombrinha pra proteger o carro naqueles dias muito quentes, especialmente se o seu automóvel não tem ar condicionado. Então este é mais um benefício que o plantio de frutíferas em calçadas traz para você.

Então, qual a frutífera deste artigo que você mais gosta? Faltou alguma que você conhece e vai bem em calçada?

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Como proteger as plantas do frio? 12 dicas valiosas!!!

Fonte: site https://www.greenme.com.br/morar/horta-e-jardim/3572-proteger-plantas-frio-12-dicas


foto Rogério Panerai Pereira

O inverno  chegou e a temperatura em algumas regiões do Brasil está “prá lá de fria”. E a sensação térmica, então? Enfim, você sente o frio “siberiano” que veio do sul e suas plantas também o sentem. Veja aqui algumas dicas valiosas para você proteger suas plantas em áreas externas.
Dizem os entendidos que, desta vez, o inverno brasileiro vai ter “cara de inverno à sério”. Isto ocorre por conta do desvio das correntes do El Niño, que ficaram lá pelo sul da Argentina, e a massa polar que entrou no nosso país fazendo com que os termômetros caíssem alucinadamente. E o pior a sensação térmica, que tem tudo a ver com a sensibilidade individual para o frio, ou calor, está também exagerada.

Você sabe o que é a sensação térmica?

"É a diferença entre o que o aparelho registra e o que o corpo humano de fato sente nas condições de um lugar em um determinado momento. Para calculá-la, usamos uma tabela que leva em conta algumas variáveis, como a temperatura e a intensidade do vento, no caso de temperaturas mais frias", ensina Manoel Rangel, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aqui neste artigo da BBC. E, esse frio, gélido, vai afetar mais ainda àqueles que moram longe do mar, em atmosfera mais rarefeita, que não têm o vapor em suspensão no ar, para regular a temperatura que se tem e que se sente.

Dicas para proteger suas plantas do frio

1. Levante os vasos do chão mas, não os ponha em prateleiras altas onde o vento é mais frio
2. Ponha um pedaço de plástico, poliestireno ou madeira, entre o vaso e o piso
3. Tire os vasos do caminho do vento, de corredores ou pontas de varanda. Encoste-os à parede da casa que sempre é mais protegido
4. Cubra suas plantas, que não podem ser movidas, com TNT - tecido não tecido branco (permite a respiração da planta, protege da geada, dos ventos e não retira a luz solar
5. Em locais onde o frio é mais intenso, vale levar as plantas para a garagem durante o tempo mais frio
6. Diminua a frequência de regas (no frio a planta não precisa de tanta água)
7. Tenha muita atenção com as pragas - cuidados redobrados para evitar maiores danos você consegue borrifando suas plantas com óleo de neem
8. Os vasos de plantas mais frágeis devem ser levados para dentro de casa e colocados próximos a janelas
9. Cubra o solo do seu jardim com folhas, raspas de madeira, sacos de farinha - essa cobertura “morta” ajuda o solo a se proteger dos frios noturnos e a manter saudáveis as raízes das plantas.
10. Revista os vasos da varanda, que não possam ser deslocados, com papelão e plástico, para manter a terra aquecida
11. Quando regar, molhe abundantemente a terra sem molhar as folhas das plantas - prefira regar em uma hora mais amena, antes do final da tarde pois, a terra bem molhada protegerá as raízes das plantas se a temperatura cair muito à noite.
12. Não molhe as folhas das plantas para não deixar gotas de água que poderão queimar as folhas ao congelarem de madrugada (o horário de maior frio é sempre aquele que antecede o nascer do sol).


Acenda sua estufa à lenha, ou o fogão à lenha, a casa ficará quentinha. Faça uma bela sopa camponesa, em panelão grande, que te dará o conforto necessário à noite. Um quentão, um grogue, um vinho quente também são bem gostosos nas noites frias. Mas se você não tem estufa à lenha ou fogão à lenha, acenda o forno, faça pão, bolo, biscoitos, que a casa, e sua família, ficaram mais confortadas também.
Ah, no próximo artigo ponho a receita de sopa camponesa de que eu mais gosto. Entretanto, ponha na panela um pouco de legumes, batatas, abobrinha, cebola e alho e já comece a cozinhar em fogo baixo.
E, bom frio brasileiro que, nesses dias, não deixa a invejar ao frio europeu.

RESÍDUOS ORGÂNICOS TRANSFORMADOS EM ADUBO FOLIAR POR MINHOCAS CALIFÓRNIANA EISENIA FOETIDA

 Uma das questões debatidas atualmente é a importância de melhorar a qualidade da agricultura familiar, tornando-a sustentável. A criação de minhocas californianasna produção de adubo natural pode contribuir para a rentabilidade econômica do agricultor familiar, gerando um excedente em sua produção (MIRANDA et al., 2011), tornando uma alternativa viável em aspectos econômicos, ambientais e agronômicos com o aproveitamento de materiais oriundos da própria propriedade, além de promover a melhoria do solo e exigir pouca mão-de- obra(GIRACCA, 1998).Segundo LEITE (2011), o chorume proveniente da decomposição orgânica é considerado biofertilizante, muito útil na adubação e tratamento das doenças das plantas. Este trabalho teve como objetivo, avaliar a produção de biofertilizante a partir das minhocas californianas alimentadas com resíduos sólidos orgânicos domésticos. 

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...