sexta-feira, 19 de junho de 2020

Aquecedor Solar Caseiro e Barato - Blog Oficina do Curioso

CONTROLE ECOLÓGICO DE FORMIGAS-CORTADEIRAS - receita



Resumo

O Assentamento Carlos Marighella, atualmente denominado Comunidade Agroecológica Carlos Marighella, vem aplicando práticas ecológicas alternativas, principalmente na produção de hortigranjeiros, há mais de 2 anos. Em uma área de 2 ha, são cultivadas diversas espécies de olerícolas, durante o ano todo, com assistência técnica do Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria.

Entre as práticas ecológicas utilizadas, destaca-se o controle ecológico de formigas-cortadeiras, cujas altas infestações na área destinada aos hortigranjeiros causavam sérios prejuízos, a ponto de inviabilizar os cultivos. As formigas-cortadeiras foram controladas nesta área sem a utilização de agrotóxicos e com baixo custo.

Atualmente, o assentamento está alcançando rendimentos plenamente satisfatórios na produção de hortaliças, pois houve melhoria nas condições físicas, químicas e biológicas do solo.

Palavras-Chave

Formigas-cortadeiras, hortigranjeiro, agroecologia, assentamento

Contexto

Na Fazenda Santa Marta, situada no Distrito Industrial do município de Santa Maria, distante 8 Km da sede, foi implantado pelo Gabinete de Reforma Agrária (GRA), em fevereiro de 2000, o Assentamento Carlos Marighella, também denominado Comunidade Agroecológica Carlos Marighella, e, inicialmente, chamado de Novo Tipo. A comunidade tem 25 famílias de assentados, que estiveram acampados aproximadamente durante três anos em diversos acampamentos, situados em distintos municípios do Estado. Estas famílias foram assentadas para trabalhar coletivamente, numa área total de 305 ha, onde cada uma tem uma fração de participação da terra de quatro por cento (4%).

As famílias foram para o Assentamento com o objetivo de produzir, ecologicamente, produtos agropecuários e hortigranjeiros, assim como agroindustrializar e comercializar os mesmos. As principais práticas ecológicas utilizadas pelas famílias assentadas, visando a melhoria da fertilidade do solo, foram adubações orgânicas (estercos), vermicompostagem, aplicações de caldas fungicidas, uso de plantas alelopáticas, plantas-armadilhas ou plantas-iscas, extratos vegetais, uso de biofertilizantes organominerais enriquecidos, como adubação foliar e uso de plantas recicladoras de nutrientes (adubos verdes), tanto da estação outono-inverno como de primavera-verão, cultivadas isoladas ou em consórcio com outras culturas.

Todavia, a área do Assentamento é caracterizada por um solo profundo, arenoso e de baixa fertilidade, altamente favorável a severas infestações de formigas-cortadeiras, que dificultavam e causavam sérios prejuízos, principalmente à produção ecológica de hortaliças. Este problema obrigou as famílias assentadas a buscar práticas alternativas. A adoção de práticas ecológicas no controle das formigas-cortadeiras trouxe ótimos benefícios às famílias assentadas, uma vez que elas não precisaram lançar mão de qualquer produto químico, obtendo bons rendimentos na produção de hortigranjeiros.

Descriçao da Experiência

O controle ecológico das formigas-cortadeiras pelas famílias assentadas da Comunidade Carlos Marighella, em áreas de cultivos agroecológicos de hortigranjeiros, teve início com a melhoria da fertilidade do solo e, após, com o uso de formicida ecológico, formulado com a mistura de plantas e minerais.

A fertilidade do solo foi melhorada, principalmente com o uso de adubações orgânicas (estercos de aves e bovinos e mais resíduos resultantes da produção de cogumelos comestíveis -champignons), numa quantidade de, no mínimo, 10 toneladas por hectare, incorporadas ao solo.

O formicida ecológico foi preparado através de uma mistura composta de folhas de gergelim e mamona, secas e moídas (essas plantas haviam sido plantadas na área pelas famílias assentadas), mais a cal virgem e o enxofre.

As quantidades usadas de cada componente desta mistura foram:

-200 g de folhas secas e moídas de gergelim

-1 Kg de folhas secas e moídas de mamona

-1 kg de cal virgem

-100 g de enxofre

A aplicação deste formicida ecológico foi feita por bombeamento, através de uma polvilhadeira manual (tipo bomba), nos olheiros principais.

Esta prática ecológica mostrou resultado satisfatório quando os olheiros secundários eram obstruídos. Do contrário, as formigas paralisavam suas atividades nos formigueiros onde estava sendo realizada a aplicação e, através dos olheiros secundários, migravam para outros locais. Desta forma, a infestação continuava em outros pontos da área.

Por isso, a mobilização das famílias de assentados na realização deste controle foi intensiva, já que as formigas estavam destruindo as hortaliças cultivadas. Outro formicida ecológico, também usado pela Comunidade Ecológica Carlos Marighella, foram folhas verdes de gergelim, durante a floração/frutificação, já que neste estágio a planta atrai as formigas-cortadeiras, que cortam e carregam suas folhas para os formigueiros, e, num período de 4 a 5 dias, cessam suas atividades, vindo a morrer. O uso deste formicida ecológico foi contínuo até o desaparecimento das formigas-cortadeiras na área da horta.

Todas essas práticas ecológicas realizadas pelas famílias desta Comunidade para o controle ecológico das formigas-cortadeiras (saúvas e quenquéns) foram acompanhadas pelo Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria, que presta assistência técnica às famílias desde a implantação do assentamento.

Resultados

-Baixo custo de produção, pois as famílias não precisaram adquirir formicidas (agrotóxicos) em agropecuárias;

-Produção de alimentos limpos, isentos de produtos químicos, já que o formicida foi formulado à base de plantas cultivadas no Assentamento;

-A boa produtividade das diversas espécies de hortaliças cultivadas, que servem para o consumo das famílias, sendo o excedente comercializado em feiras de produtores, o que proporcionou a melhoria da geração de renda e a sustentabilidade das famílias, além da preservação do meio ambiente e da saúde dos assentados;

-Consolidação do objetivo desta Comunidade, de produzir somente produtos agroecológicos;

-Como a meta de controlar as formigas-cortadeiras nesta área, com estes formicidas ecológicos foi alcançada em 100%, isto estimulou o interesse dos assentados em avançar no controle das saúvas e quenquéns existentes no restante da área deste Assentamento.

-O uso do formicida ecológico, atualmente, vem sendo divulgado a outros agricultores e técnicos do município e de municípios vizinhos, através de visitas de assistência técnica, palestras, cursos, reuniões, seminários, demonstrações práticas e publicações educativas, além de visitas de técnicos e produtores ao Assentamento para verem o resultado alcançado e adotarem esta prática ecológica em suas propriedades.

Potencialidades e Limites

As famílias assentadas têm disponibilidade para receber visitas de produtores e técnicos na área de experimentação, na horta e nas demais áreas de cultivo do Assentamento.

Alguns assentados se dispõem a participar de eventos como reuniões, palestras, encontros/seminários, juntamente com os técnicos do Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria, para relatarem os resultados da referida experiência.

A pouca fertilidade do solo em alguns pontos da área total do assentamento, assim como a escassez de mão-de-obra, não permitem que as famílias possam realizar todas as práticas ecológicas a curto prazo, pois só para melhorar a fertilidade do solo são necessários cultivos para adubações verdes de outono-inverno e de primavera-verão além de rotações de culturas e aplicações de adubos orgânicos, como estercos animais.

Autores e Colaboradores

Autores



Engª Agrª Nubia Maria Vasconcellos Rosa - Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria

Técnico Agrícola Olímpio João Zatta – Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria.



Colaboradores



Agricultores assentados da Comunidade Agroecológica Carlos Marighella. 

Bibliografia e Rede de Referências

Referências



-Sabedoria popular;

-Participação em cursos, encontros, seminários, fóruns e simpósios;

-Fundação Gaia.



Rede de Contatos



Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria

Fone: (55) 221 7961

E-mail: emsmara@emater.tche.br

Engº Agrº Nubia Maria Vasconcellos Rosa

E-mail: numarosa@zaz.com.br

Téc. Agr. Olímpio João Zatta

Fone: (55) 211 1554

Comunidade Agroecológica Carlos Marighella

Fone: (55) 9988 8003

sábado, 13 de junho de 2020

Conheça os tipos de manjericão

Conheces o manjericão tailandês??

Manjericão Tailandês: sabor do Oriente

Por Gabriela Pastro

Ahhh o nosso amor pelos manjericões ❤ ❤

Aqui no viveiro trabalhamos com mais de 10 espécies: manjericão-comum, manjericão-roxinho, manjericão-limão, manjericão-folha-de-alface, manjericão-grego, manjericão-italiano, manjericão-italiano-roxo, manjericão-cravo, manjericão-roxinho, manjericão-anis, manjericão-zahtar e…manjericão-tailandês ou manjericão thai (thai basil em inglês).

Manjericão-tailandês (Ocimum basilicum Horapha)

Manjericão-tailandês (Ocimum basilicum Horapha)

Assim como a maioria dos manjericões, com exceção do manjericão-cravo (alfavaca) e manjericão-anis (aniseto), ele pertence à espécie Ocimum basilicum, mais especificamente a variedade ‘Horapha’.

Seu aroma é bem diferente dos manjericões mais comuns, possuindo um aroma e sabor de anis, levemente apimentado. Não tem como confundi-lo fisicamente também, pois suas folhas são verdes e com manchas roxas. Seus caules também possuem coloração arroxeada.

Manjericão-tailandês (Ocimum basilicum Horapha)

Manjericão-tailandês (Ocimum basilicum Horapha)

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É um arbusto perene, com até 50 cm de altura, reproduzindo-se através de semente, principalmente na primavera, e estaquia. Deve ser cultivado preferencialmente em terra rica, bem drenada e levemente úmida, tanto em vasos como canteiros.

Suas folhas são muito utilizadas na culinária asiática e vietnamita, principalmente em ensopados, molhos e sopas. Popularmente acredita-se que suas folhas atraiam dinheiro e protejam contra negatividades.

Que tal este manjericão!? 😉

Av. Nadir Dias de Figueiredo, 395 – Vila Maria, São Paulo
(11) 2631-4915
sabordefazenda@sabordefazenda.com.br

domingo, 7 de junho de 2020

Trituradores de Galhos para a Limpeza urbana

Triturador de Galhos / Picador de troncos - PTU 300

Cada vez mais prefeituras e prestadores de serviços estão procurando por equipamentos que permitam se adequar as normas de descarte ambiental de resíduos verdes urbanos com os menores custos possíveis.

De todas as características e qualidades necessárias ao se buscar um equipamento triturador de galhos para realizar o processamento das podas urbanas, se destacam a necessidade de produtividade, segurança e durabilidade a longo prazo.

Os equipamentos mais buscados para atender a essas necessidades nos últimos meses com economia e praticidade são:

Triturador de Galhos / Picador de troncos - PTU 300

     É usado por empreiteiros, construtores, prefeituras, empresas de paisagismo e compostagem como alternativa para triturar podas urbanas, pois possui uma ampla entrada de alimentação útil, possuindo uma mesa de alimentação dobrável.

     Triturador picador de galhos, com sistema de corte a tambor, possui capacidade de trituração de até 12” (doze polegadas ou 30 cm (Trinta centímetros de diâmetro) seu motor diesel de 85HP, com sistema eletrônico, e com o display digital facilita o monitoramento das rotações, além de possuir sistema de alimentação (NO-STRESS). E esse picador de galhos possui 02 facas montado intercaladamente facilitando corte e diminuindo a necessidade do torque do motor. O rolo de alimentação é de grande diâmetro traciona com facilidade materiais volumosos, seu tambor (rotor). O picador de galhos Lippel possui barra de parada de emergência para segurança do operador.

Produto nacional, fabricado no Brasil. LIPEL

sábado, 6 de junho de 2020

Manejo é a maneira mais eficaz de acabar com as pragas do figo

Figo

Broca da figueira (Azochis gripusalis)

  

Retirar os ponteiros do ramo da figueira não tem custo e dá mais resultado do que a aplicação de DEFENSIVOS
FONTE; JORNAL DIA DE CAMPO  
Juliana Royo
05/03/2010

As pragas e doenças do figo podem causar perdas de até 80% da produção e a forma mais eficiente  para evitar as perdas é simplesmente prestar atenção na plantação e ter cuidados básicos de manejo. É o que diz o técnico agrícola Alexandre Meneguzzo, da Emater Rio Grande do Sul, especialista em figo. A principal praga da cultura, a broca da figueira, é provocada por uma mariposa que ataca as figueiras e causa a morte de ramos e galhos. Ela pode ser combatida com a simples visita aos pomares. Basta o produtor semanalmente retirar os ponteiros (brotos novos) na ponta do ramo de produção ou queimá-los. Segundo Meneguzzo, se o manejo for feito corretamente o método tem 100% de resultado positivo.

— O principal é estar presente no pomar, observar. Muitos produtores se limitam a fazer somente o controle químico e esquecem de supervisionar a plantação. Com um pouquinho a mais de mão de obra, consegue-se reduzir bastante os problemas — ensina.

No caso das doenças, o controle é diferente. A principal doença que ataca as figueiras é a ferrugem e ela é combatida com a calda bordalesa, mas também é um tratamento barato. A ferrugem provoca o desfolhamento da planta, que fica com pouca capacidade de fazer fotossíntese. Isto faz com que ela tenha menos de condições de manter uma boa produção. A calda bordalesa pode ser feita pelos próprios produtores com a mistura de cobre e cal, calibrada para um Ph neutro. Segundo Meneguzzo, ela deve ser aplicada, em doses pequenas (0,2% ou 0,3%), quando aparecerem os principais sintomas, que são como manchas de óleo. Quando as chuvas atingirem entre 25 mm e 30 mm pode-se fazer a repetição do tratamento.

— Mas antes do remédio em si, é preciso que a localização do pomar seja bem feita. O sol da manhã e o sol do meio dia são importantes para a cultura, então quem plantar figo em área de costa tem que se preocupar em expor a planta para o norte e nordeste, para que haja um rápido secamento das folhas do orvalho. Também é importante distribuir as varas de produção, no momento da poda, para que não haja muita concentração de ramos, porque isto retarda o sacamento das folhas e quando o fungo encontra água livre sobre as folhas se propaga com facilidade — alerta.

O Brasil é o maior produtor de figo da América Latina. Várias regiões do país podem ter o cultivo, que é típico de áreas subtropicais, mas o centro-sul é a região mais propícia, não só por questões de solo e clima, mas principalmente pela questão de mercado consumidor.

— Por ser uma fruta de alta perecibilidade, é importante que o mercado produtor esteja próximo. O figo se adequa bem também a regiões de micro clima e montanhosas, produzindo paredes mais espessas. O figo só não se adequaria a áreas de produção muito elevadas, sujeitas a noites frias no mês de janeiro e março — explica.

No Brasil, existem além do tipo comum, a variedade Roxo de Valinhos (que é a mais cultivada porque produz uma parede mais espessa, ideal para a comercialização e suporta bem a poda), o Negrito, o Pingo de Mel, Albicone e Mission.

"Por ser uma fruta
 de alta perecibili-
 dade, é importante
 que o mercado pro-
 dutor esteja próximo"


 Alexandre Meneguzzo,
 da Emater RS

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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sexta-feira, 5 de junho de 2020

Cajazeiras recebe Plantio de Árvores Nativas na Av. 2 de Julho

Capina Química é proibida nas cidades! Não pode usar o glifosato nas cidades!

El glifosato produce cáncer: la Justicia condenó a Monsanto a ...


Área: COFAR

Número: 1

Emitido em: 25/11/2015

Resumo:

Posição da Anvisa em relação a prática não autorizada de uso de agrotóxicos (herbicidas) para o controle de plantas daninhas em áreas urbanas (praças, jardins, canteiros, etc)

Conteúdo:

Nota Sobre o Uso de Agrotóxicos Em Área Urbana


Preocupada com a difusão da prática não autorizada de uso de agrotóxicos (herbicidas) para o controle de plantas daninhas em áreas urbanas especialmente em praças, jardins públicos, canteiros, ruas e calçadas, em condições não controladas pelos órgãos públicos competentes, esta Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) submeteu à consideração da população, mediante a publicação da Consulta Pública nº. 46/2006, proposta de Resolução de sua Diretoria Colegiada para regular a prática da capina química por empresas de jardinagem profissional, nos termos previstos no Decreto nº. 4.074/2002.


No processo de Consulta Pública, colhendo contribuições dos diversos segmentos da
sociedade, bem como das áreas técnicas da Agência e de outros órgãos do Sistema Único de Saúde (SUS) evidenciou-se que a regulamentação dessa prática não se revelava o melhor caminho na busca da proteção e da defesa da saúde da população brasileira.

Os produtos que visam alterar a composição da fauna ou da flora, com a finalidade de preservá-las da ação de seres vivos considerados nocivos, são definidos nos termos da legislação
vigente (Lei nº. 7.802/89) como produtos agrotóxicos, tanto quando se destinam ao uso rural ou
urbano.

São produtos essencialmente perigosos e sua utilização, mesmo no meio rural, deve ser feita
sob condições de intenso controle, não apenas por ocasião da aplicação, mas também com o
isolamento da área na qual foi aplicado.

No processo de consulta pública ficou evidenciado que não seria possível aplicar medidas
que garantissem condições ideais de segurança para uso de agrotóxicos em ambiente urbano. Por esse motivo a Diretoria Colegiada da ANVISA decidiu arquivar a Consulta Pública nº. 46/2006,
afastando a possibilidade de regulamentação de tal prática.

Justificam tal conclusão, entre outras, as seguintes condições:

1. Durante a aplicação de um produto agrotóxico, se faz necessário que o trabalhador que
venha a ter contato com o produto, utilize equipamentos de proteção individual. Em áreas
urbanas outras pessoas como moradores e transeuntes poderão ter contato com o
agrotóxico, sem que estejam com os equipamentos de proteção e sendo impossível
determinar-se às pessoas que circulem por determinada área que vistam roupas
impermeáveis, máscaras, botas e outros equipamentos de proteção.


2. Em qualquer área tratada com produto agrotóxico é necessária a observação de um
período de reentrada mínimo de 24 horas, ou seja, após a aplicação do produto, a área
deve ser isolada e sinalizada e, no caso de necessidade de entrada no local durante este
intervalo, o uso de equipamentos de proteção individual é imperativo. Esse período de
reentrada é necessário para impedir que pessoas entrem em contado com o agrotóxico
aplicado, o que aumenta muito o risco de intoxicação. Em ambientes urbanos, o completo
e perfeito isolamento de uma área por pelo menos 24 horas é impraticável, isto é, não há
meios de assegurar que toda a população seja adequadamente avisada sobre os riscos que
corre ao penetrar em um ambiente com agrotóxicos, principalmente em se tratando de
crianças, analfabetos e deficientes visuais.


3. É comum os solos das cidades sofrerem compactação ou serem asfaltados, o que favorece
o acúmulo de agrotóxico e de água nas suas camadas superficiais. Em situação de chuva,
dado escoamento superficial da água, pode ocorrer a formação de poças e retenção de
água com elevadas concentrações do produto, criando uma fonte potencial de risco de
exposição para adultos, crianças, flora e fauna existentes no entorno. Cabe ressaltar neste
ponto que crianças, em particular, são mais sujeitas às intoxicações em razão do seu baixo
peso e hábitos, como o uso de espaços públicos para brincar, contato com o solo e poças
de água como diversão.


4. Em relação à proteção da fauna e flora domésticas ou nativas, é importante lembrar que
cães, gatos, cavalos, pássaros e outros animais podem ser intoxicados tanto pela ingestão
de água contaminada como pelo consumo de capim, sementes e alimentos espalhados nas
ruas.


5. Por mais que se exija na jardinagem profissional o uso de agrotóxicos com classificação
toxicológica mais branda, tal fato não afasta o risco sanitário inerente à natureza de tais
produtos.


Por oportuno, importa ainda observar que há, no mercado, produtos agrotóxicos registrados
pelo Instituto Nacional do meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
identificados pela sigla “NA” como agrotóxicos de uso Não-Agrícola. No entanto, essa
identificação, ao contrário do que possa parecer á primeira vista, não significa a autorização da
utilização de tais produtos em área urbana. Os produtos registrados pelo IBAMA apenas podem ser aplicados em florestas nativas, em ambientes hídricos (quando assim constar no rótulo) e outros ecossistemas (além de vias férreas e sob linhas de transmissão).


Dessa forma, a prática da capina química em área urbana não está autorizada pela ANVISA
ou por qualquer outro órgão, não havendo nenhum produto agrotóxico registrado para tal finalidade.

Brasília, 15 de janeiro de 2010.


Diretoria Colegiada da ANVISA

quarta-feira, 3 de junho de 2020

As plantas e o efeito outonal


Por: Equipe PhenoGlad

 

O amarelo exuberante da folhagem de extremosa indica a preparação da planta para o inverno.

    Em locais de clima subtropical e temperado, algumas espécies vegetais perenes, principalmente as caducifólias, proporcionam belo efeito outonal com a mudança de cores na folhagem. Isto ocorre porque as plantas, com a chegada do outono, sofrem processos fisiológicos estimulados pelas noites mais longas e com temperaturas mais baixas. Os sinais visíveis ocorrem quando as folhas passam da cor verde para diferentes tons de amarelo ao vermelho. Fisiologicamente, estas mudanças são sinais de estratégias que essas plantas estão realizando para sobreviver às temperaturas baixas durante o inverno, quando elas entram em dormência. No final do verão, o fotoperíodo (período de luz ou duração do dia) é mais curto e as noites mais longas, e esse encurtamento do fotoperíodo é o gatilho para desencadear as mudanças hormonais e fisiológicas, que levam à mudança na coloração das folhas. O verde exuberante do verão é trocado pelo amarelo, seguido pelo laranja e, por vezes, o vermelho, e finalmente o marrom, quando as folhas senescem e se desprendem da planta.

Folhas secas nos gramados próximos de árvores caducifólias é o resultado de vários processos fisiológicos que aconteceram na planta antes da queda das folhas.

    Este processo de mudança de coloração das folhas ocorre devido à mudança gradativa de pigmentos existentes nas folhas. No verão, os pigmentos predominantes são as clorofilas, cujas moléculas são ricas em nitrogênio. No final desta estação, pelo estímulo fotoperiódico, inicia a degradação das clorofilas e a consequente translocação de nitrogênio das folhas para o caule e as raízes. Com isso, a concentração de clorofilas diminui drasticamente nas folhas, permanecendo em maior concentração os pigmentos denominados carotenóides, de cor amarela, laranja e vermelha. A coloração das folhas ainda pode evoluir para o vermelho devido a predominância do pigmento antocianina, sintetizado nas folhas em temperaturas ainda mais baixas. Por isso, algumas árvores como o plátano (Platanus spp.), o liquidambar (Liquidambar stiracyflua) e a extremosa (Lagerstroemia indica) não têm as folhas com coloração alaranjada ou avermelhada em todos os anos no Sul do Brasil, pois nem sempre a temperatura outonal é baixa o suficiente para promover a síntese de antocianina. O próximo passo na evolução da cor das folhas é a coloração marrom, quando os pigmentos são totalmente degradados.

O efeito outonal causa mudança de cores na folhagem, proporcionando dinamismo sazonal na paisagem.

    Durante este processo de mudança de cor na folhagem, na base do pecíolo da folha acontece a preparação de uma zona de abscisão, de modo que a separação da folha da planta aconteça sem perda de água e nutrientes. Assim, quando notamos a presença de folhas caídas sob a copa das árvores caducifólias, todos estes processos fisiológicos aconteceram na planta. Nas partes permanentes da planta (caule/tronco e raízes), a translocação dos nutrientes minerais móveis como o nitrogênio, o fósforo e o potássio, antes da caída das folhas, garante que não ocorrerá o congelamento da água no interior da planta em regiões temperadas, onde a temperatura atinge valores inferiores a -10oC no inverno.

    O efeito outonal sobre a mudança de cores na folhagem proporciona dinamismo na paisagem ao longo do ano. Por isso, em paisagismo, a escolha de espécies caducifólias para a composição de um jardim é uma ótima estratégia para marcar a passagem do tempo e das estações do ano, reproduzindo, assim, o dinamismo temporal nas paisagens naturais. As plantas caducifólias são o ponto focal do jardim no outono. O tapete de folhas secas que se forma sob as árvores caducifólias também é uma característica nestes jardins.

 

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Como maturar esterco de cavalo para fazer composto?

Embrapa ensina como produzir minhocas e húmus em pequenas ...

Esterco de cavalo é o composto favorito usado por fazendeiros, jardineiros e paisagistas para enriquecer o solo com nitrogênio, fósforo e potássio, melhorar a sua estrutura e capacidade de reter água. O esterco de cavalo pode ser aplicado cru ou depois da compostagem, mas há muitos benefícios em maturar e fazer a compostagem do esterco. O cheiro é reduzido depois da compostagem, e o processo fica quente o suficiente para eliminar sementes de ervas daninhas e qualquer patógeno que possa estar nele. Maturar o esterco do cavalo é fácil e traz ótimos resultados.

Estágio no Sítio dos Herdeiros: Vermicompostagem ou minhocários

  1. Encontre uma fonte de esterco de cavalo. Qualquer um que tenha um cavalo sabe quanto esterco ele pode produzir. Fazendeiros e criadores terão uma fonte estável de esterco misturado com serragem quando limpam as coxias. Provavelmente, você encontrará uma fonte segura de esterco gratuito.

  2. Decida uma localização para o processo de maturação do esterco. Uma vez que ele esteja maturado, haverá pouco cheiro, mas o esterco fresco produz um odor que talvez seus vizinhos não aprovem. Coloque a pilha longe das casas, incluindo da sua própria.

  3. Monte suas caixas de compostagem. Apesar de você poder fazer a compostagem do esterco em pilhas abertas, o processo será mais rápido e mais fácil de revirar e trabalhar caso esteja em recipientes. Você pode usar barris de plástico ou construir uma caixa com tela de galinheiro e postes de aço colocados no solo.

  4. Acrescente esterco fresco de cavalo e serragem nas caixas de compostagem. A serragem irá se decompor bem com o esterco e aumentar a taxa de decomposição, já que permitirá a entrada de mais ar no centro da pilha. Encha uma caixa completamente com o esterco e a serragem, já que é desejável que a compostagem se complete ao mesmo tempo. Qualquer material novo pode ser colocado em uma nova caixa.

  5. Revire o composto regularmente. A compostagem será mais ativa no centro, e misturar o material irá trazer a parte mais fresca para o centro, tornando o processo mais rápido.

  6. Use o composto de esterco em qualquer estágio do processo. Diferente do esterco de galinha, o de cavalo não contém um nível muito alto de nitrogênio, que queimaria as folhas e raízes das plantas. Você pode espalhá-lo nos leitos de vegetais e flores em qualquer estágio. Permitir que a compostagem se complete irá dar ao solo uma aparência mais suave e bem acabada, mas o esterco composto parcialmente funciona tão bem quanto.

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...