sexta-feira, 19 de abril de 2019

Araticum mais uma fruta nativa


 
 
FLORES


NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: Araticum da restinga, “do tupi – fruta mole”; também é conhecido pelos seguintes nomes: Araticum da praia e Araticum de folha larga.

Origem: espécie rara e característica de matas de restinga e capoeiras da orla marítima da mata atlântica, presente desde o estado da Bahia até Santa Catarina, Brasil. Mais informações no link: http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/

Características: árvore de pequeno a médio porte, de 2 a 5 m de altura, com copa cilíndrica e ascendente (para cima) de 2 a 4 m de diâmetro. O tronco é múltiplo, cilíndrico, de superfície reticulada (com desenho de rede). As folhas são alternas, aveludadas em ambas as fazes quando jovem, subcoriácea (textura meio rija), medindo 5 a 16 cm de comprimento por 3 a 10 cm de largura com base cuneada (como cunha) e ápice apiculado (com ponta curta). Essa espécie pode ser facilmente identificada por se observar a lamina foliar evidentemente larga no meio e notar as brotações com pelinhos ferruginosos. As flores medem 14 a 22 mm, nascem nas axilas das folhas das brotações novas, tem forma verticilada (com forma de hélice) e com 3 pétalas notadamente avermelhada na base. O fruto é um sincarpico (pequenos frutos agregados ou soldados pela casca) de 3 a 6 cm com casca corticosa (esponjosa) e muricada (com divisões profundas) ficando amarelo claro quando maduro, tendo polpa branca, gelatinosa e adocicada.

Dicas para cultivo: Aprecia pleno sol ou pelo menos metade do dia com sol; plantar com distancia de 3 ou 4 m, entre plantas. Gosta de solo profundo, arenoso e bem drenado, com pH entre 4,8 a 6,2. Resiste bem a ventos fortes, a geadas ocasionais de 2 a 3 graus negativos e a secas de até 6 meses sem chuva. Pode ser cultivada em altitudes variando de 0 a 900 m, e com temperaturas anuais médias entre 10 a 41 graus. Essa espécie pode ser cultivada com sucesso em vasos. A melhor época de plantio vai de setembro a novembro.

Mudas: Sementes são de cor amarronzada, meio triangulares no comprimento e se armazenadas em local escuro conservam o poder germinativo por até 2 anos. Quando plantadas logo que colhidas, germinam em 40 a 70 dias. As mudas atingem 40 cm com 10 A 12 meses de idade, mais apreciam ambiente sombreado para formação.

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol ou em reflorestamentos mistos, pois produzem frutos comestíveis para a fauna em geral. No pomar planta-se num espaçamento de 5 x 5 m, onde as covas devem ter 50 cm de largura, altura e profundidade, misturando os 30 cm iniciais do solo com 2 pás de areia e 5 a 6 pás de kg de composto orgânico bem curtido; caso o solo seja muito acido é bom colocar 500 g de calcário na cova e deixar curtir por 3 meses antes do plantio. Irrigar com 10 l de água por semana nos primeiros 2 meses.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco ou que se cruzarem para o interior da copa. Adubar com composto orgânico, pode ser 3 pás de cama de frango bem curtida e + 50 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 2ª ano e continuar adubando anualmente na primavera. Lembrar de distribuir o adubo na projeção da copa com distancia do tronco igual a medida da circunferência do mesmo. Apresenta crescimento moderado atingindo 1 m com 2 anos, começando a produzir logo na primeira floração que ocorre a partir do 2º ou 3º ano após o plantio. Veja como fazer a irrigação, adubação, podas de formação e limpeza na introdução do fascículo. A colheita do fruto vai de fevereiro a março e os frutos podem ser colhidos quando apresentarem superfície amarelado esverdeada.

Usos: A árvore pode ser cultivada na arborização urbana embaixo de redes elétricas e em praças por ter pequeno porte. Deve ser sempre incluída na recomposição florestal, pois seus frutos alimentam pássaros e diversos animais terrestres como pacas, catetos, cutias, e furão. Os frutos são muito saborosos para o consumo in natura e as sementes se solta facilmente da polpa. Os frutos também podem ser despolpados e a polpa congelada para uso futuro ou imediatamente para fazer sucos, bebida espumante como champanhe, gelatinas, mousses e sorvetes. Essa espécie é muito promissora para ser cultivado por agricultores familiares e ser vendido em feiras livres por ter pequeno porte, rápida frutificação e pelo fado de os frutos terem casca resistente ao manejo.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Flores tropicais



FONTE: SITE FLORES E FOLHAGENS

Helicônia – Heliconia rostrata


Helicônia- Heliconia rostrata
.
A Helicônia é um arbusto, pertence à família Musaceaea, natural do Peru, rizomatoso, entouceirado, de 2-3 m de altura, com florescimento ornamental.
Folhas grandes, coriáceas, ovalado-alongadas, com pecíolo longos.
Inflorescências pendentes, longas, com brácteas adensadas, vermelhas, curtas e largas com margem amarelada, muito vistosas, as flores são pequenas e brancas, localizadas do interior das brácteas. Surgem no decorrer de quase o ano todo, mas principalmente na primavera-verão e são apreciadas pelos beija-flores.
.
Helicônia- Heliconia rostrata
.
Usada na decoração de jardins, formando maciços em meio à gramados.
Muito cultivada para produção de flores de corte.
A Helicônia é excelente para jardim externo, pois forma touceiras de bela aparência com folhas grandes e verdes lembrando pequenas bananeiras. Não necessita de replantio.
Evitar plantar próximo de casas e muros, pois forma touceiras, tornando-se difícil de erradicar.
.
Cuidados com a Helicônia
Clima: Tropical, Subtropical, Equatorial. Não tolera o frio intenso, geadas ou ventos muito fortes.
Cultivada a pleno sol em solo fértil, rico em matéria orgânica, drenado e  irrigado com frequência.
Poda de limpeza, para remover folhas secas e doentes.
No início da primavera adubar com esterco de gado ou composto orgânico, enriquecido farinha de osso e na primavera-verão, usar adubo mineral NPK 4-14-8.
Multiplica-se facilmente por divisão de touceira em qualquer época do ano.
.
Helicônia- Heliconia rostrata.
Helicônia- Heliconia rostrata
.
.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Conheça as caraterísticas dos adubos orgânicos!

Extraído do blog Mundo da Horta
O objetivo da adubação orgânica é manter ou aumentar a fertilidade do solo e da sua atividade biológica.  Devemos “nutrir o solo para alimentar a planta”. Adubar não é simplesmente fornecer nutrientes para as plantas. Adubar é uma ação global que tem como objetivos simultâneos  melhorar a fertilidade e a saúde do solo e garantir a nutrição das plantas.  A adição de adubos orgânicos melhora, consideravelmente, as características físicas e biológicas do solo.

Adubos orgânicos humus de minhoca
É o produto resultante da decomposição da matéria orgânica digerida pelas minhocas. É  a forma mais decomposta de matéria orgânica, o que facilita a sua degradação por micro-organismos do solo e facilita a liberação de nutrientes. Entre suas qualidades estão:
– Bons teores de macronutrientes (nitrogênio, potássio, fósforo,  enxofre, cálcio e magnésio) e especialmente de micronutrientes (cobre, molibdênio, zinco, ferro, e cloro)
– Durante seu processo digestivo as minhocas promovem um aumento da população de micro-organismos, principalmente bactérias benéficas, sendo o húmus de minhocas uma excelente fonte de micro-organismos para o solo.
– Não tóxico para as plantas, os animais e o homem.
– Proporciona um equilíbrio nutricional às plantas, pois as substâncias que contém são liberadas lentamente.
– Antecipa e prolonga os períodos de florada e frutificação das plantas.

bokashi horta em casa
Produto da agricultura natural japonesa, o Bokashi é um fermentado com organismos vivos que acelera a decomposição da matéria orgânica, colocando a disposição das plantas minerais importantes ao seu desenvolvimento. É um recurso que associado a práticas de incorporação de matéria orgânica, auxiliando o processo de recuperação da vida do solo e da sua fertilidade.
Melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo, proporcionando às plantas as condições ideais para o pleno desenvolvimento. Favorece o ambiente para que as raízes e microrganismos se beneficiem mutuamente. As raízes, além de absorver nutrientes do solo, secretam substâncias nutritivas, sendo que esta secreção ocorre na rizosfera, onde os microrganismos atuam. Estes por sua vez, absorvem substâncias de difícil assimilação e as transformam em substâncias assimiláveis pelas plantas, proporcionando uma nutrição equilibrada e fortalecendo aplanta contra o ataque de pragas e doenças.
O adubo orgânico pode ser aplicado via foliar ou via gotejamento (Bokashi líquido) ou diretamente no solo (Bokashi líquido e/oufarelado)

adubo carvão vegetal - Copia
fino de carvão é uma forma bastante estável da matéria orgânica do solo utilizado na composição de substratos orgânicos. É um material poroso, o que permite aumentar a capacidade de retenção de água e de absorção de compostos orgânicos solúveis.  Facilita a proliferação de organismos benéficos, além de possuir em sua composição elementos minerais como: magnésio, boro, silício, cloro, cobre, manganês, molibdênio e, principalmente, potássio.
No Brasil, um exemplo do efeito benéfico do carvão são os solos da Bacia Amazônica chamados Terra Preta de Índio . Eles teriam sido produzidos com a combinação de carvão vegetal, cerâmica e matéria orgânica de origem vegetal e animal.. Se estima que a produtividade dos solos pretos é 15% maior do que os outros solos.

farinha ossos
É um produto oriundo de ossos bovinos que são incinerados a mais de 500 graus de temperatura até a queima total. Após um período de resfriamento estas cinzas são moídas.
A farinha de ossos é um adubo orgânico rico em fósforo e cálcio, elementos essenciais ao crescimento, floração e frutificação das plantas. É o principal fertilizante orgânico fonte de fósforo, elemento absorvido pelas raízes das plantas e determinante para o aumento da produtividade. Outra vantagem da farinha de osso é que sua solubilização é lenta, o que garante o suprimento de fósforo as plantas por um bom tempo, diferente que os superfosfatos (fertilizantes inorgânicos) que tem uma rápida solubilização em água.

torta de mamona
           A torta de mamona, produzida durante a extração do óleo, é um importante subproduto da cadeia produtiva da mamona. Se trata de uma rica fonte de nitrogênio de lenta liberação que também funciona como condicionador de solo, elevando o nível de matéria orgânica. Outro efeito bem documentado da torta de mamona é o controle de fitonematóides, quer seja pelo efeito nematicida direto quando aplicada no solo, pela liberação de substâncias tóxicas decorrentes do processo de decomposição, ou mesmo pela estimulação da microbiota natural do solo antagônica a estes fitopatógenos.

calcareo de cochas
Os calcários são rochas sedimentares com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio. Quando o calcário é um aglomerado formado da natureza por conchas e fragmentos de conchas é denominado  calcário de conchas ou conquífero. O calcário de conchas na agricultura orgânica é utilizado para corrigir a acidez do solo. Ao mesmo tempo em que faz  essa correção, o calcário também fornece cálcio e magnésio indispensáveis para a nutrição das plantas.  A aplicação do calcário aumenta a disponibilidade de  nutrientes para as plantas e permite a maximização dos efeitos dos fertilizantes, e consequentemente o aumento substancial da capacidade  produtiva da terra.

estercol de origem animal
O esterco é a designação dada ao material orgânico em avançado estado de decomposição proveniente de excrementos de animais utilizados para fertilizar plantas. Às vezes o esterco consiste em mais de um resíduo orgânico, tal como excrementos de animais e restos das camas, como acontece com a palha. Os estercos, em função de suas características químicas, têm um alto potencial fertilizante, podendo substituir, quando são adicionados com outro adubo orgânico, totalmente a adubação química e contribuir significativamente para o aumento da produtividade das culturas. É muito importante que o esterco esteja bem fermentado para inativar os microrganismos patogênicos e o risco de contaminação. Os adubos orgânicos de origem animal mais utilizados  são o esterco bobino, o esterco de galinha e o esterco de porco.

COMPOSTOS DE LIXO DOMÉSTICO
adubo do lixo domestico
O composto é o produto final do processo de compostagem do lixo doméstico. A compostagem é um processo natural de transformação da matéria orgânica do lixo em compostos mais simples que podem ser utilizados como nutrientes pelas plantas. A compostagem é realizada pelos próprios microorganismos presentes nos resíduos, em condições ideais de temperatura, aeração e umidade. Esses micro-organismos vão descompor e estabilizar os compostos constituintes dos materiais liberando dióxido de carbono e vapor de água.

po de rocha
Os solos mais férteis do mundo tiveram sua origem nas erupções vulcânicas. Apesar do constante perigo  dos vulcões, as pessoas continuam a viver próximas aos mesmos devido à fertilidade do solo vulcânico.
pó de rocha é um produto originário das rochas vulcânicas utilizado para rejuvenescer solos pobres. O pó de rocha contém cerca de 60 a 70 elementos químicos, entre micro e macro nutrientes, além dos oligoelementos úteis.
Entre suas qualidades e benefícios estão:
– É pouco solúvel, diminui os riscos de perdas do produto.
– Presença de macro e micronutrientes essenciais.
– Corrige o pH (acidez) do solo.
– Em conjunto com a matéria orgânica, incentiva a vida do solo.
– Proporciona um equilíbrio nas plantas, fortificando-as e diminuindo assim a necessidade de defensivos agrícolas.

extracto pirolenhoso
extrato pirolenhoso, também conhecido como ácido pirolenhoso, líquido pirolenhoso ou vinagre de madeira,  é extraído da queima da madeira e atua tanto no controle de pragas como na adubação. Originário do Japão, onde é utilizado há séculos, é um líquido resultante da condensação da fumaça composto por mais de 200 substâncias que interagem entre si.
É  condicionador do solo, bioestimulante vegetal, indutor de enraizamento e repelente de insetos. É um excelente fertilizante para orquídeas,  já que  promove um aumento no número de brotos, garantindo o aumento do número de flores.

aubação orgânica na planta
Os aminoácidos ativam o metabolismo geral do solo e da planta, melhorando a fotossíntese e outros processos fisiológicos vitais. Usado como adubo para todo tipo de plantas, o aminoácido favorece a capacidade de absorção das raízes e otimiza as transformações químicas, dando como resultado um melhor aproveitamento de nutrientes, maior brotação, floração e principalmente melhor resistência a pragas e doenças. É um excelente adubo para orquídeas.
A utilização de aminoácidos via solo ou via foliar além de fornecer a planta uma fonte direta para que esta sintetize as proteínas, fornece também energia adicional necessária para suprir as demandas nos momentos críticos do ciclo vegetativo.
As vantagens do uso de aminoácidos são:
– Proporciona um metabolismo mais equilibrado das plantas
– Ativação da fotossíntese das plantas resultando em plantas mais verdes e com maior conteúdo de açúcar
– Redução de fitotoxicidade de determinados defensivos agrícolas
– Maior tolerância das plantas a pragas e doenças (papel imunológico)
– Aumenta a absorção e a translocação dos nutrientes aplicados na parte aérea das plantas
– Sistema radicular mais desenvolvido e vigoroso
– Regulador da atividade hormonal das plantas
– Maior tolerância das plantas ao stress hídricas e geadas
– Aumento do florescimento das plantas
– Alimento para a micro-vida do solo contribuindo dessa forma para a melhoria da estrutura física do solo

Autor: Miguel Lancho Jiménez





Espécies de minhocas para minhocultura

Gustavo Schiedeck,
            A minhocultura é uma atividade de grande apelo social, tanto no campo quanto na cidade, devido à sua capacidade de processar resíduos orgânicos transformando-os em um produto de elevada qualidade para a fertilização de plantas, o popular ‘húmus de minhoca’.
            Muitas pessoas interessadas no assunto se deparam com uma questão elementar: qual a espécie de minhoca mais indicada para utilizar no minhocário? Existem no mundo cerca de 4 mil espécies de minhocas terrestres, divididas em três grupos ecológicos: anécicas, endogeicas e epigeicas. Os primeiros grupos são formados por espécies que vivem em galerias verticais e em perfis mais profundos do solo, respectivamente. Por sua vez, as minhocas epigeicas são espécies que vivem mais próximas à superfície, alimentando-se basicamente de resíduos orgânicos, ingerindo grandes quantidades de materiais ainda não decompostos. Essas minhocas raramente abrem galerias no solo, uma vez que não possuem a anatomia indicada para tal função. Por essas peculiaridades ecológicas, as minhocas desse grupo são as mais indicadas para a criação racional em cativeiro.
            Nesse contexto, existem poucas espécies de minhocas apropriadas para a minhocultura e cada qual possui características particulares. Dentre as características mais importantes para a escolha da espécie estão a capacidade em aceitar diferentes resíduos orgânicos, alto consumo do alimento oferecido, grande tolerância às variações ambientais, elevados índices de reprodução e fertilidade dos casulos, rápido crescimento e atingimento da maturidade sexual, grande resistência e sobrevivência ao peneiramento ou catação manual.
            As espécies de clima temperado utilizadas na minhocultura mundial são Eisenia andrei, Eisenia fetida, Dendrobaena rubida, Dendrobaena veneta e Lumbricus rubellus. Por sua vez, as espécies de clima tropical mais utilizadas são Eudrillus eugeniae, Perionyx excavatus e Pheretima elongata.
            Na grande maioria dos minhocários do mundo predomina a utilização das espécies E. andrei e E. fetida (erroneamente escrita como E. foetida ou ainda E. phoetida), ambas conhecidas pelo nome comum de “vermelha-da-califórnia”. No Brasil, praticamente todos os minhocários são montados com a espécie E. andrei. Embora muitos centros de pesquisa no País referenciem a utilização de E. fetida em seus trabalhos científicos, essa espécie raramente é encontrada em levantamentos taxonômicos. Assim, é possível que as populações existentes no País sejam mesmo de E. andrei, e não de E. fetida. Essa confusão se deve à grande semelhança de sua anatomia externa, apesar de possuírem algumas diferenças na coloração da epiderme e no ciclo de vida.
            A preferência pela E. andrei e E. fetida se deve ao fato de já estarem amplamente distribuídas no mundo, habitando naturalmente diversos tipos de resíduos orgânicos. Além disso, podem sobreviver em ambientes com ampla variação de umidade e temperatura, de 70% a 90% e de 0ºC a 35ºC respectivamente. Sob condições ótimas, possuem elevados índices de reprodução e, segundo alguns autores, consomem o equivalente ao seu peso em alimento por dia. Os casulos são colocados à média de um a cada dois ou três dias, com viabilidade em torno de 73% a 80% e 2,5 a 3,8 minhocas por casulo. O período de incubação do casulo gira em torno de 18 a 26 dias e, após a eclosão, a maturidade sexual é atingida ao redor de 28 a 30 dias.
            Apesar da “vermelha-da-califórnia” ser a mais conhecida, outras espécies já podem ser adquiridas no Brasil em criadores de matrizes especializados. A Eudrilus eugeniae é conhecida popularmente como “gigante-africana” e é criada principalmente para o mercado de isca viva para pesca e para a produção de proteína para alimentação animal. Embora seja uma minhoca grande (tamanho entre 8 e 19 cm e peso entre 2,7 a 3,5 g), é mais sensível à manipulação e às mudanças de temperatura, preferindo ambientes em torno de 25°C e tolerando variações entre 16ºC e 30°C. Em média, um casulo é colocado a cada dois dias e em seu interior há 2 a 2,7 minhocas. O tempo de incubação do casulo é de 12 a 16 dias e a maturidade sexual é atingida entre os 40 e 49 dias após a eclosão do casulo.
            A espécie conhecida como violeta-do-himalaia, Perionyx excavatus, é outra possibilidade já disponível no Brasil para a criação em minhocários. Essa espécie produz muitos casulos, em média de 1,2 a 2,7 por dia, porém de cada casulo nasce apenas 1 e 1,1 minhoca. A incubação do casulo é em torno de 18 dias e após 28 a 42 dias as minhocas atingem a maturidade sexual, estando prontas para reproduzir e iniciar um novo ciclo. Seu melhor desenvolvimento ocorre em temperaturas entre 25ºC e 37°C, sendo que temperaturas abaixo de 5°C podem ocasionar sua morte.
            As diferentes espécies de minhocas disponíveis podem auxiliar na diversificação da minhocultura, bastando que cada criador analise suas condições e interesses para fazer a escolha mais adequada.

 
Gustavo Schiedeck possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de Passo Fundo (1992), mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2002). Atualmente é pesquisador na Embrapa Clima Temperado e lotado na Estação Experimental Cascata. Tem experiência na área de Agroecologia e agricultura familiar, atuando principalmente nos seguintes temas: horticultura, minhocultura e produção de húmus e plantas bioativas.
Contato: gustavo.schiedeck@cpact.embrapa.br



Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte

Dados para citação bibliográfica(ABNT):
SCHIEDECK, G. Espécies de minhocas para minhocultura. 2010. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/minhocultura/index.htm>. Acesso em: 19/7/2018

terça-feira, 16 de abril de 2019

Aprenda como fazer compostagem em casa ou em apartamento!


A técnica de compostagem com minhocas dá origem a um biofertilizante que deixa as plantas bonitas e saudáveis.
Reduzir o lixo da cozinha, ter um adubo maravilhoso, fácil e sempre à mão, manter uma horta superbonita: dá para ter isso tudo com uma composteira em casa. Existem vários tipos de composteira, mas o que a blogueira e autora do livro Uma vida sem lixo (Editora Alaúde), Cristal Muniz, recomenda é a com minhocas. Aprenda como fazer:

Composteira em casa

  1. Faça um buraco na terra, de cerca de pelo menos 0,5 metro quadrado. Se a família for grande, você pode fazer dois e, enquanto um descansa, vocês enchem o outro. Ou fazer um grandão, de 1 metro quadrado. Uns 30 centímetros de profundidade são suficientes. Para ajudar a segurar as paredes de terra, você pode colocar tábuas nas laterais ou uma caixa sem o fundo (tipo uma caixa d’água, um caixote, algo que segure as laterais, mas dê acesso ao chão). Também dá para fazer cercando uma área em contato com a terra com cerca de arame, tábuas ou troncos.
  2. Coloque o material orgânico e não espalhe muito. Va concentrando em um cantinho até encher o espaço. Sempre cubra muito bem com folhas secas ou serragem (é esse o segredo para o cheiro ruim não aparecer).
  3. Regue de vez em quando se fizer muito calor ou bater muito sol, porque a mistura pode esquentar e secar. É bom manter úmido para a decomposição acontecer mais rapidamente.
  4. A cada 15 dias, dê uma revirada em todo o material, para ajudar a aerar e facilitar a decomposição.
  5. Aos poucos, as sobras de alimento vão se transformar em uma terra bem escura, com cheiro de terra molhada. Esse adubo é maravilhoso para as plantas e para a sua hortinha!

Composteira em apartamento

Um dos sistemas de composteira doméstica mais famosos hoje é a composteira com minhocas. Isso porque ela é pequena, não tem cheiro ruim, cabe em quase qualquer cantinho, como a área de serviço, e a decomposição acontece mais rápido com a ajuda desses bichinhos. Esse tipo de composteira é ótimo para quem mora em apartamento ou quem mora em casa e não pode fazer um buraco no quintal, como no método explicado acima. Existem composteiras prontas que já vem com as minhocas, mas você pode fazer a sua usando caixas ou baldes de plástico.
Uma composteira com minhocas precisa de, no mínimo, três andares: o andar do topo, onde o lixo orgânico vai sendo depositado e coberto com o material seco (serragem e folhas secas) que, quando cheio, deve ficar em repouso por cerca de um mês. Durante esse tempo de repouso, o andar do meio vira o do topo e começa o ciclo de novo. Esses dois andares são onde acontece a compostagem do material. O andar de baixo é o que recolhe o líquido que escorre (os andares são intercalados com furinhos para o líquido cair e as minhocas se movimentarem).
No final desses dois meses, o chamado período de repouso, o material que sobra é um húmus que parece terra, supernutritivo para as plantas e com cheirinho de terra molhada. Nada disso dá mau cheiro se tudo for feito corretamente.
O excesso de umidade pode facilitar a criação de mosquinhas, por isso é importante cobrir tudo muito bem com serragem. Além das minhocas, acabam aparecendo outros bichinhos pequenos, como formiguinhas e outros insetos, que também ajudam no processo de decomposição dos alimentos. É tudo limpo e, seguindo todas as etapas, não há risco nenhum de contaminação.

Como usar composteira com minhocas

Para usar a composteira você deve colocar os restos de alimentos aos poucos. Não espalhe tudo, vá concentrando o lixo orgânico em cantinhos. Cubra muito bem com folhas secas e serragem. Não aparte ou comprima, deixe a mistura respirar porque ela precisa do oxigênio.
Siga colocando seus resíduos até que o baldinho que estiver em cima esteja cheio. O ideal é levar mais ou menos um mês para encher, assim dá tempo de ele virar adubo e você poder trocar pelo andar do meio. Quando estiver cheio, ele vai para o repouso. Troque de lugar com o que estava no meio da pilha, vazio.
Quando esse recipiente (que estava no meio e foi para topo da pilha) estiver cheio, depois de um mês ou mais, vai ser hora de trocar os andares novamente. Se tudo deu certo, o recipiente que estava no repouso agora tem húmus.
Para retirar o húmus, deixe o pote com a tampa aberta em um lugar com bastante luz. As minhocas não gostam e vão se enfiando para dentro da terra. Vá raspando o adubo aos poucos, para não machucar e não levar embora as minhocas.
Na caixa fixa debaixo, vai começar a aparecer um líquido bem escuro. Ele é um biofertilizante poderosíssimo. Dilua cada parte do líquido em dez partes de água e use essa mistura para regar suas plantinhas uma vez por semana. Elas vão ficar lindas.
O húmus pode ser colocado em plantas, mas, caso sobre, você também pode doar, colocar nas plantas do condomínio, na praça perto de casa, etc.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

àrvores, como plantar sua muda

Fonte: site arvores do Brasil




Antes de plantar sua muda, é necessário saber qual o melhor local para ela.
Algumas espécies, em seu habitat natural, não aceitam sol, enquanto outras, não aceitam sombra. Algumas tem preferências por locais úmidos, enquanto outras por locais áridos.
Para você saber a preferência de cada espécie, vá até a nossa lista de espécies e aprenda tudo sobre a árvore que deseja plantar.

O sucesso do plantio está muito mais ligado às condições de Luz, Umidade e Solo, do que à técnica aplicada no momento do plantio.
Porém, alguma regras devem ser respeitadas na hora de plantar.

Espaçamento
- Deve-se fazer as covas com um espaçamento de no mínimo, 3m entre elas. Isso é para respeitar o crescimento das copas.

Tamanho da cova
Varia de acordo com o tamanho da muda. Para mudas acima de 1,80m:
- 60cm de profundidade
- Caso o solo estiver fofo, 60cm largura.
- Caso o solo estiver muito compacto, faça uma cova cônica de 1m na superfície, 50cm no fundo.

Adubação
A adubação pode variar com a espécie. O importante a observar é que a adubação no momento do plantio, serve para que a muda enraíze mais facilmente no novo local.
- 100g de NPK (04-14-08 ou 10-10-10)
- 300g de calcário
- 300g de super Fosfato Simples ou Kg de Fosfato de Araxá
- 20 litros de esterco de gado, curtido, ou de composto orgânico; ou 7 litros de esterco de galinha ou de húmus de minhoca.

Preparo da cova
- Pulverizar 1/3 (100g) de calcário nas laterais e fundo da cova.
- Misturar o restante do calcário e os adubos à terra da própria cova ou, se preferir, substitui-la por terra vegetal.

Plantio
- Retirar a embalagem da muda com cuidado para não desmanchar o torrão
- Cobrir o fundo da cova com terra misturada até que o torrão fique nivelado com o chão.
- Colocar a muda dentro da cova, bem na vertical, observando a altura do torrão com relação ao solo.
- Colocar uma estaca de madeira de 2,50m de altura rente à muda. Afundar até o fundo da cova. - Completar a cova com terra misturada e pisar a terra em volta da muda para firmá-la no chão, de forma a não cobrir o caule com terra.
- Fazer uma vala em torno da muda, com o mesmo tamanho da cova, para captar água
- Regar abundantemente mas sem encharcar.

Amarração
- Amarrar a muda à estaca com: borracha, sisal ou outro material que não fira o caule da muda (Nunca utilize arame !).
- A amarração pode ser feita em forma de oito deitado, como mostra a figura ao lado.

Cuidados posteriores
- Se a muda for plantada em local sujeito a depredação, colocar grade de proteção
- caso não chova, faça irrigação de 4 em 4 dias com aproximadamente 20 litr

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Como fazer uma Horta Suspensa incrível – Dicas Práticas

Fonte: https://www.homify.com.br/livros_de_ideias/5362076/como-fazer-uma-horta-suspensa-incrivel-dicas-praticas

Terraço: Jardins  por Blacher Arquitetura
Ter a natureza dentro de casa sempre é uma medida inteligente de bem-estar para toda a família. Uma das formas de se fazer isso são os jardins verticais. Entre eles, um merece atenção especial: É a horta suspensa, que propicia o cultivo de condimentos, temperos e ervas aromáticas que, além de deixarem as preparações culinárias mais frescas, cheirosas e saborosas, se oferecem como uma deliciosa e delicada forma de decoração.
O ideal é que se consulte um profissional qualificado, como um arquiteto paisagista ou um jardineiro de sua confiança, para se obter informações como: plantas que podem ser cultivadas em hortas suspensas em ambientes internos e externos, materiais e estruturas existentes no mercado ou que podem ser feitos de forma artesanal para abrigar vasinhos, vidros e caixas, cuidados com as condições de plantio, solo, luz e adubo, entre outros tópicos de interesse.
Neste livro de ideias, apresentamos vários deles, incluindo um passo a passo para a sua horta suspensa. Você vai descobrir que é muito fácil ter um jardim em casa, especialmente um jardim aromático que cabe na sua cozinha, na sua varanda ou no seu quintal!

1. O que são hortas suspensas

Lindas e versáteis, as hortas suspensas são uma alternativa excelente para quando se tem pouco espaço em caso para o cultivo de hortaliças, verduras e ervas aromáticas. Como o próprio nome já diz, a sua principal característica é a instalação de vasos em estruturas ou objetos elevados, que têm a vantagem de não ocupar espaço nas áreas úteis, podendo se adaptar a qualquer cantinho, dos menores aos maiores. Assim, uma horta suspensa, que nada mais é que um tipo de jardim vertical, pode ser colocada no alto das paredes ou mesmo pendurada no teto em qualquer canto da casa que esteja livre e tenha condições de luz. Entre as possibilidades de colocação, as mais comuns são as que permitem que sejam fixadas com parafusos nas paredes ou suspensas no teto por ganchos ou cordas.
Hoje em dia, em que as pessoas têm cada vez menos contato com a natureza por viverem nas grandes cidades, geralmente em apartamentos, as hortas suspensas podem suprir essa falta e colocar todos, das crianças aos adultos, em contato com a terra. Sem falar do prazer de ver germinar e crescer plantinhas que podem ser utilizadas fresquinhas nas preparações culinárias do dia-a-dia, concorrendo para uma alimentação mais rica e saudável.

2. Onde instalar uma horta suspensa

Apartamento Gávea: Terraços  por Espaço Tania Chueke
Espaço Tania Chueke

Apartamento Gávea

Espaço Tania Chueke
Se se tem a sorte grande de viver em uma casa com quintal, seja ele grande ou pequeno, as hortas suspensas são uma maneira muito prática e rápida de otimizar e organizar o espaço dessa área, com o aproveitamento da superfície dos muros para cultivar em recipientes os mais variados temperos e chazinhos apreciados pela família.
Mas os apartamentos são especialmente beneficiados pelas hortas suspensas, já que o espaço disponível para plantio é quase sempre muito pequeno. Então, espaços como a sacada, a varanda, o terraço e a cozinha (este também é ideal em casas) são indicados para a sua instalação, pois geralmente têm janelas maiores, que permitem a entrada da luz natural necessária. Na imagem acima, vemos uma linda horta suspensa com estrutura em madeira instalada no terraço de um apartamento, que demonstra ainda que ela pode ser super decorativa ao trazer vida, cores e formas ao espaço.

3. Materiais que podem ser usados

PAISAGISMO: JARDINS VERTICAIS BY MC3: Jardins  por MC3 Arquitetura . Paisagismo . Interiores
MC3 Arquitetura . Paisagismo . Interiores

PAISAGISMO: JARDINS VERTICAIS BY MC3

MC3 Arquitetura . Paisagismo . Interiores
Os materiais usados para se montar uma horta suspensa são os mais variados e escolhidos em função dos gostos dos seus usuários, do estilo do espaço e das necessidades referentes às plantas que se quer cultivar. Um material bem comum em hortas suspensas são os vasinhos, que são pendurados por pregos ou ganchos separadamente ou, ainda, dispostos em prateleiras de madeira. Eles podem ainda ser encaixados, por exemplo, em portas e janelas antigas usadas como suporte. O importante é evitar aqueles de barro ou cerâmica e dar preferência aos de plástico ou alumínio, que são mais leves.
Uma alternativa artesanal é usar canos de PVC ou garrafas PET, sendo que estas últimas são econômicas e fáceis de manejar. Basta cortar uma lateral da garrafa, enchê-la com terra e semeá-la, fixar um gancho nas extremidades e pendurá-las no muro. Outra ideia é utilizar vidros (ou vasos sofisticados) iguais ou diferentes pendurados por ganchos no teto ou por mão-francesa na parede.
Mas no mercado existem outras possibilidades decorativas, como jardineiras suspensas em cimento ou cerâmica, como esta da imagem. Em fileiras alternadas, a estrutura tem nichos arredondados que podem receber separadamente uma grande variedade de ervas aromáticas, sempre bem à mão. Esses recipientes são indicados para os muros do quintal, da varanda ou do terraço.
A cozinha, por sua vez, dispõe no mercado de diversos tipos de horta suspensa em diferentes materiais e formatos, como por exemplo estruturas plásticas em forma de colmeia que podem ser facilmente penduradas em qualquer cantinho, inclusive na lavanderia. Essas peças já são pensadas como itens decorativos e apresentam designs diversificados. Um profissional paisagista pode recomendar os melhores para cada espaço destinado à horta suspensa.

4. Hortas suspensas de madeira

Projeto: Jardins  por feltrini
feltrini

Projeto

feltrini
Mas há um material que encanta pela simplicidade, aconchego e naturalidade: a madeira. As hortas suspensas de madeira ficam lindas quando feitas com caixotes de feira fixados à parede, recebendo vasinhos em seu interior. A horta suspensa de pallet também é uma opção interessante com seu ar industrial, uma excelente ideia para quem aprecia este estilo.
A disposição de vasinhos em painéis de ripas de madeira por meio de ganchos, assim como sobre prateleiras ou nichos no mesmo material, também é uma boa pedida para quem gosta de uma aparência natural e orgânica para o seu jardim vertical. Outra forma de deixar a horta suspensa em madeira mais bonita é lançar mão da pintura com cores vivas, fortes e vibrantes que, ao envelhecerem e descascarem, terão um outro charme. 

5. O que plantar nas hortas suspensas

MÃO NA TERRA, Belo Horizonte, 2015: Jardins  por Luiza Soares - Paisagismo
Luiza Soares – Paisagismo

MÃO NA TERRA, Belo Horizonte, 2015

Luiza Soares - Paisagismo
É claro que, quando se tem uma horta suspensa, sonha-se em plantar um pouco de tudo. Mas isso não é nem prático nem possível: muitas espécies de hortaliças, verduras e ervas aromáticas não se adaptam às condições existentes nesses sistemas de cultivo. Assim, o negócio é ser objetivo e escolher temperos e condimentos de uso cotidiano e que sejam de fácil cultivo.
Entre as ervas aromáticas que costumamos consumir no Brasil, o manjericão é das mais apreciadas em carnes brancas, omeletes, molhos para massas e carnes. Mas exige temperatura superior a 18 graus, exposição ao sol, plantio em vasos individuais e rega diária. Deve ser colhido dois a três meses após o plantio e sempre dando preferência aos galhos com as maiores folhas.
Já o orégano, que pode ser usado em molhos, assados e pizzas, apresenta uma particularidade; quanto mais suas folhas são expostas ao sol, mais aromáticas elas ficam. Ele também precisa ser regado diariamente e deve ser exposto a pelo menos quatro horas diárias de sol, sendo que a temperatura ideal para ele é entre 21 e 25 graus. A colheita deve ser feita quando a planta atingir 20 cm de altura.
Por sua vez, o cultivo do alecrim – que vai bem com diferentes tipos de carnes, peixes e batatas – não exige muito tempo, adaptando-se a diferentes temperaturas desde que não sejam extremas. No plantio, ele deve ser regado com frequência, mas, após se desenvolver, pode ficar até três dias sem rega. É uma planta que não exige muita água: regar duas vezes por semana é o suficiente. Já a colheita deve ser feita 90 dias após o plantio, cortando apenas as pontas dos ramos. 
Já a salsinha, que é usada em omeletes, sopas, saladas, suflês e assados de carne, deve ser cultivada em temperatura que não ultrapasse os 22 graus e mantida em sombra parcial para absorver a luminosidade sem se expor demais, assim como estar em solo úmido, mas não encharcado. A planta deve ser colhida quando atingir entre 12 e 16 cm de altura, após dois a três meses do plantio.
Fiel companheira da salsinha, a cebolinha tem a vantagem de não precisar de espaço para crescer, podendo ser cultivada junto com outras ervas. Ela cresce melhor em temperaturas entre 13 e 24 graus e em solo bem drenado e rico em matéria orgânica, irrigado com frequência. Após 75 a 120 dias após o plantio, pode-se colher a cebolinha inteira ou as folhas pela base e não pela metade da haste. 

6. Passo a passo de como fazer uma horta suspensa

Vamos agora a um check list que podemos tomar como um passo a passo para uma horta suspensa.
  1. Escolha plantas de fácil cultivo, em especial se for inexperiente na formação de hortas ou jardins. Ervas como salsinha, cebolinha, orégano e manjericão são um bom começo. 
  2. Pesquise tudo. Não basta apenas pesquisar plantas, embora elas já envolvam muitas variáveis importantes como aplicações, condições de temperatura, solo e rega, época e forma de colheita, necessidades de plantio e manutenção, entre outros itens. Lembre-se ainda de pesquisar materiais e estruturas para receber os vasos com as plantas ou as próprias plantas, considerando as necessidades deles e também suas necessidades e gostos em termos de estilo e outros fatores. O design também merece atenção e, tendo tudo isso em vista, a consulta com um arquiteto paisagista ou jardineiro de sua confiança poderá elucidar todas as suas dúvidas e fornecer dicas de todos os tipos no que se refere às hortas suspensas. 
  3. Adube bem a terra para obter melhores resultados no plantio, mas não exagere na fertilização, dando ainda preferência a fertilizantes orgânicos. 
  4. Use ferramentas adequadas para revolver e arear a terra das suas plantinhas e adquira o hábito de identificá-las com algum marcador escrito que inclua a espécie plantada e a data do plantio. 
  5. Siga à risca as orientações dos profissionais quanto ao cronograma diário, semanal e mensal de cuidados. A rega das plantas, por exemplo, deve seguir horários definidos. O ideal que elas sejam regadas no começo da manhã ou no final da tarde, quando as temperaturas são mais amenas. 
  6. Divirta-se com a sua horta suspensa tanto na hora de utilizá-la para aperfeiçoar os seus pratos, quanto na hora de decorar a casa com essas belezuras frescas e cheias de vida!

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...