Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Dia de campo na tv - Compostagem: manejo e utilização na agricultura org...
O programa mostra como fazer a compostagem, técnica que permite otimizar o uso dos recursos existentes na propriedade e favorecer o aporte de matéria orgânica e sua manutenção no solo, fundamental para a viabilização de unidades familiares que desejam trabalhar com agricultura orgânica.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Uma cobaia agroecológica no Brasil - Fazendinha Agroecológica Km 47
por Fabiana Frayssinet, da IPS
Seropédica, Brasil, 21/6/2012 (IPS/TerraViva) – Uma fazenda agroecológica integrada funciona como centro de experimentação para cientistas e técnicos brasileiros, empenhados há 20 anos em demonstrar que é possível obter frutos da terra de forma barata, eficiente e sem prejudicar o meio ambiente nem a saúde humana.
Batizada de Sistema Integrado de Pesquisa em Produção Agroecológica (Sipa) e mais conhecida como Fazendinha Agroecológica Km 47, o estabelecimento ocupa 60 hectares no município de Seropédica, a 47 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro. Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade Fluminense Rural do Rio de Janeiro, entre outras instituições governamentais, realizam desde 1993 estudos de campo em agroecologia nesse local.
A produção integra a atividade agropecuária sem utilizar químicos sintéticos, como agrotóxicos para os vegetais nem remédios químicos para os animais. A base do sistema é a “diversificação de cultivos” e se destina fundamentalmente à agricultura familiar, que no Brasil emprega 75% da mão de obra do campo.
A grande Joaninha |
“A agricultura de base ecológica busca de alguma forma reproduzir as condições do meio ambiente natural, e, em um ambiente natural, o que proporciona o equilíbrio dinâmico é a biodiversidade de espécies”, explicou ao TerraViva o engenheiro agrônomo Ernani Jardim, da Embrapa.
“Quando essa diversidade diminui abre-se a possibilidade do desequilíbrio, do surgimento de uma praga, de uma enfermidade ou de uma condição ambiental que provoca o desequilíbrio”, acrescentou.
A biodiversidade e o manejo da água e do solo de maneira sustentável transformaram a paisagem de pastagens do passado em um pomar 50 espécies de plantas cultivadas, como frutíferas, hortaliças, cereais e forragem, além de adubos naturais. A fazenda, que surge como um paraíso em uma área degradada como é a Baixada Fluminense, alterna espaços preservados da Mata Atlântica, uma área de agrofloresta e uma horta botânica.
O adubo é obtido a partir do esterco das vacas que, por sua vez, produzem leite orgânico. Mas também é produzido com vegetais. Em um hectare conseguiu-se uma renda bruta por ano equivalente a US$ 30 mil, explicou Alessandra Carvalho, também da Embrapa. Para evitar pragas é dada ênfase à prevenção. São utilizadas espécies resistentes, escolhidas as melhores épocas de produção, controla-se a água de irrigação para evitar fungos e os cultivos são diversificados.
Físális ou tomate capote |
Também são utilizados os chamados inimigos naturais, como o é um canteiro de coentro, por exemplo, que é uma armadilha para atrair insetos nocivos.
Em casos extremos, as pragas são combatidas com extratos botânicos ou substâncias permitidas na agricultura orgânica. A cobertura de resíduos vegetais tem por finalidade afastar ervas invasoras e evitar a erosão do solo.
A área leiteira também é orgânica. Em lugar de remédios químicos é usada a homeopatia, e os currais são mantidos com ventilação e Sol. O objetivo é o “bem-estar do animal”, porque não sendo maltratados ficam menos doentes, disse a veterinária Mônica Florio, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro). Segundo a médica, em apenas um ano foi melhorada a saúde das vacas e controladas as infecções parasitárias e os problemas reprodutivos. A produção foi “excelente”, ficando entre 13 e 14 litros por animal, e sem custo de ração, porque o alimento é o pasto ou a forragem da agrofazenda.
sitio 5 irmãos - Montenegro RS |
Em outro setor da fazenda, o pesquisador Daniel Carvalho, da Universidade Fluminense Rural do Rio de Janeiro, desenvolve sistemas de energia solar e irrigação com tecnologias simples que empregam desde canos de bambu até peças velhas de lava-roupas. Uma mesa com sanduíches, bolos e sucos preparados com hortaliças, leite e frutas orgânicas é o melhor resumo da agrofazenda. “É apenas ecologicamente correta ou também rica?”, perguntou o TerraViva à jornalista argentina Laura Chertkoff. “Ecologicamente correto e muito rica”, assegurou.
Envolverde/IPS
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Floreiras feitas com pneus reciclados [fotos]
Bom dia ! Vamos aproveitar aqueles pneus velhos, jogados nas ruas de nossas cidades (porto alegre) e fazer lindas floreiras?
Nossas casas, sítios e parques ficarão mais belos!
alexandre
Milhares de pneus são descartados todos os dias. Dar uma nova
utilidade a eles é fundamental. Utilizá-los como floreiras ou canteiros
para hortas pode ser uma boa prática para praças e jardins.
Foto: Greenmonster
Foto: Paul Sayer
Foto: sagesnow
Foto: Firefalcon
Foto: davesandford
Foto: mafleen
Foto: Ewan McIntosh
Foto: zeevveez
Foto: cassiusroads
Foto: whiteafrican
Fonte: http://www.ideiasgreen.com.br/2012/03/floreiras-feitas-com-pneus-reciclados.html
domingo, 30 de setembro de 2012
Canteiro Bio-séptico - Tratamento natural de esgoto
Conheça o canteiro bio-séptico, tecnologia finalista no prêmio Tecnologia Social 2009 promovido pela Fundação Banco do Brasil. Saiba mais sobre tecnologias desenvolvidas pelo Ecocentro IPEC acessando www.ecocentro.org
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Rússia decide barrar as importações de milho da Monsanto
Adicionar legenda |
VALOR ECONÔMICO, 26/09/2012 (Via IHU-Unisinos)
Uma semana após a publicação de um controverso estudo sobre os riscos de uma variedade de milho transgênico à saúde humana, a Rússia anunciou ontem a suspensão das importações e do uso do grão desenvolvido pela Monsanto.
Foi a primeira resposta prática de um país às descobertas apresentadas pela equipe do cientista francês Gilles Eric Séralini, da Universidade de Caen. O trabalho, publicado na conceituada revista científica Food and Chemical Toxicology, demonstrou que ratos alimentados com a variedade de milho NK 603, da Monsanto, e expostos ao herbicida glifosato apresentaram maior incidência de câncer e outras doenças graves, além de maior taxa de mortalidade.
leia mais em: http://pratoslimpos.org.br/?p=4716
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Harina de Roca ou farinha de rocha
Muy interesante, es un estimulo para los campesimos que estamos buscando alternativas sanas de produccion, gracias por su aporte a la agricultura
domingo, 23 de setembro de 2012
sábado, 22 de setembro de 2012
O coentro decora a convivência com a seca
por Mario Osava, da IPS
Jeremoabo,
Brasil, 14/6/2012 – Muitos cultivam alface, tomate, cenoura, beterraba e
outros vegetais, mas é o coentro a decoração constante nas hortas que
ajudam famílias camponesas a suportarem a prolongada seca que novamente
afeta a região Nordeste do Brasil. “Pelo sabor” que agrega a “feijão,
carnes, macarrão, em tudo”, o coentro tem a preferência, explicou Silvia
Santana Santos, uma beneficiária do Projeto Gente de Valor (PGV), que
disseminou “quintais produtivos” em 34 municípios da Bahia, nos quais a
escassez hídrica alimenta a pobreza.
A inclinação por essa erva
estimula a incorporação das famílias a iniciativas que estão melhorando a
convivência com o clima semiárido e a forma de vida em 282 comunidades
rurais, as mais pobres da Bahia, segundo identificou a Companhia de
Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão estatal que executa o
projeto. As três principais metas do PGV são instalação de pequenas
infraestruturas hídricas para armazenar água de chuva, aumento produtivo
e capacitação, com investimento de US$ 60 milhões, metade financiada
pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e o restante
pelo governo baiano.
“Feijões ninguém compra, mas o coentro sim”,
disse Júlio Santos, cujos sete filhos com Silvia Santana ampliaram a
população do Sítio Taperinha, hoje com mais de cem famílias, do interior
de Jeremoabo, um dos municípios incluídos no projeto, que a IPS
visitou. A seca destruiu a plantação de milho e feijão, mas as
hortaliças “vendemos a cada 15 dias”, sem interrupção, contou o
agricultor, que aceitou abandonar seu cultivo tradicional de grãos,
vulneráveis aos riscos climáticos do semiárido, onde vivem 22 milhões
dos 198 milhões de brasileiros.
A horta poderá ser a principal
atividade da família no futuro, reconheceu Júlio. Sua rentabilidade está
assegurada pela irrigação com água de “cisternas de produção”
fornecidas pelo projeto. São dois tanques de cinco mil litros cada um,
semienterrados para poder recolher a chuva que escorre pelo solo. A seca
esgota essa água em dois meses, mas a família Santos conta com uma
bomba para se abastecer de um manancial próximo e expandir a horta. Além
disso, com ajuda do projeto, começou a produção de mel, interrompida
este ano pela seca.
As hortas do projeto somavam 5.644 até
fevereiro e “mudaram os hábitos alimentares das pessoas”, reconheceu
Gilberto de Alcântara, antigo morador de Curralinho, uma comunidade do
município de Itapicuru, 175 quilômetros ao sul de Jeremoabo, a cidade
cabeceira principal, que tem 35 mil habitantes. Além disso, “valorizaram
as mulheres”, pois são elas que cuidam das terras agrícolas utilizadas
em terraços perto de suas casas, segundo Cleonice Castro, jovem ativista
comunitária de Jeremoabo e da Pastoral da Infância, da Igreja Católica
que ajudou a reduzir a mortalidade infantil no país. E todos se
alimentam melhor, acrescentou, “sem venenos, porque não usamos
agrotóxicos”.
O “excelente foco nas comunidades mais pobres” e a
ativa participação feminina e juvenil são aspectos que fazem Gente de
Valor “uma de nossas melhores experiências” em numerosos países, disse
Ivan Cossio, gerente de programas do Fida no Brasil. Os mesmos
beneficiários se capacitaram para administrar os recursos recebidos “com
eficiência e transparência”, acrescentou. Algumas técnicas melhoram a
produtividade de hortaliças e outras atividades tradicionais neste meio
rural, incrementadas pelo projeto, como criação de caprinos e ovinos,
apicultura, produção de castanha de caju, derivados de mandioca, frutas
nativas e artesanato.
As hortas, por exemplo, incluem um plástico
sob os três terraços habituais para evitar que a água vaze pelo subsolo,
e telas para fazer sombra acima, a fim de reduzir a insolação excessiva
e a evaporação, explicou Carlos Henrique Ramos, agrônomo da CAR e
subcoordenador do PGV. A segurança alimentar e o aumento da renda são as
metas produtivas, destacou. Os “quintais produtivos”, com suas
cisternas duplas e outros depósitos subterrâneos maiores destinados à
água potável, a capacitação em gestão hídrica e a assistência técnica
agrícola são as ações mais generalizadas do projeto, que beneficia cerca
de 36.500 pessoas diretamente, além de outras 55 mil indiretamente.
Sua
execução envolveu oito entidades não governamentais, de atuação local
sob orientação do PGV, para atender “os mais pobres entre os pobres”,
enfatizou Cesar Maynart, coordenador do projeto. São organizações
sociais que integram um amplo movimento de desenvolvimento e difusão de
tecnologias de baixo custo e promovem uma forma de vida afinada com o
clima semiárido. Um exemplo são as cisternas de 16 mil litros para
recolher água de chuva a partir dos telhados das casas, das quais há
cerca de 400 mil instaladas no Nordeste. Outra ação do PGV que alivia as
secas é o aproveitamento forrageiro das espécies da caatinga, a
vegetação típica deste território semiárido do país, e seu armazenamento
como se faz com o feno. Isto garante alimento para o gado durante as
estiagens mais severas e prolongadas.
“Aprendi muito, não sabia
que a moringa é forrageira”, contou Gilberto Alcântara, da comunidade de
Curralinho. Trata-se de uma árvore originária da Índia que cresce em
terrenos secos e adaptou-se muito bem ao clima nordestino. “Ignorava que
o guandu, que conheço desde criança, também serve de forragem”,
acrescentou João dos Santos, de 26 anos, agente de desenvolvimento
subterritorial (ADS) de Curralinho. Os ADS são promotores do Projeto
Gente de Valor, em geral jovens escolhidos nos subterritórios, como é
denominado cada grupo de comunidades participantes.
A forragem
feita de plantas locais é primordial, especialmente no município de
Macururé, no norte da Bahia, onde são criados caprinos, por sua maior
resistência ao clima muito seco. Ali o ADS local, Adriano Souza,
coordena um “ensaio agroecológico” que experimenta o cultivo de 17
espécies como forragem. Miguel José dos Santos, de 67 anos, se prepara
para “vender tudo o que lhe resta” por temer que a seca se prolongue.
São nove vacas, “que valem muito”, cerca de US$ 450 cada uma, mas custa
alimentá-las porque “o milho duplicou de preço”, lamentou, enquanto se
conforma em criar apenas caprinos. Os camponeses, explicou Ramos,
persistem em criar bovinos porque os consideram “uma poupança, uma
reserva” para momentos de penúria. Contudo, na seca são forçados a
vendê-los a preços baixíssimos. Envolverde/IPS
(IPS)
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Plantas para enriquecer os solos - adubação verde
Prática é econômica e eficiente para recuperar, manter e melhorar a capacidade produtiva
crotalária |
Em um mundo cada vez mais necessitado de ações que valorizem a preservação ambiental, a adubação verde tem se destacado como uma excelente opção para a recuperação e melhoria dos solos. A técnica agrícola, utilizada há mais de 2.000 anos por gregos, romanos e chineses, consiste no cultivo de espécies de plantas com elevado potencial de produção de massa vegetal com o objetivo de melhorar as condições físicas, químicas e biológicas dos solos.
A prática, desde que utilizada continuamente, aumenta o teor de matéria orgânica, recuperando solos degradados; diminui a perda de nutrientes, como o nitrogênio; reduz a quantidade de plantas invasoras; favorece a proliferação de minhocas e reduz o ataque de pragas e doenças.
A utilização de adubo verde contribui ainda para diminuir o emprego de fertilizantes minerais e defensivos e, devido à cobertura que desenvolve na superfície do solo, também protege a terra contra os efeitos da erosão.
O pesquisador da Embrapa José Alberto Mattioni explica que a família das leguminosas é a mais utilizada como adubo verde. A principal razão está em sua capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico. “Isso porque as leguminosas são capazes de fazer uma associação com bactérias próprias para fixar esse nutriente tão importante”, analisa. Assim, com essa adubação natural, cai o custo da produção, uma vez que o agricultor não precisará comprar adubo nitrogenado”, completa.
Outro motivo é que as leguminosas apresentam um sistema radicular geralmente bem profundo e ramificado, capaz de extrair nutrientes das camadas mais profundas do solo.
Grupos - Há três grupos distintos de adubos verdes: espécies de primavera/verão, outono/inverno e espécies perenes. As espécies de primavera/verão são plantadas no período de setembro a dezembro e as de outono/inverno de março a junho. As espécies perenes, uma vez plantadas permanecem durante vários anos desempenhando seu papel como adubo verde. Essas espécies são semeadas de setembro a dezembro.
O desempenho de cada espécie a ser utilizada está, de modo geral, diretamente relacionado às condições do clima e solo de cada local e à melhor época de cultivo.
A prática, desde que utilizada continuamente, aumenta o teor de matéria orgânica, recuperando solos degradados; diminui a perda de nutrientes, como o nitrogênio; reduz a quantidade de plantas invasoras; favorece a proliferação de minhocas e reduz o ataque de pragas e doenças.
A utilização de adubo verde contribui ainda para diminuir o emprego de fertilizantes minerais e defensivos e, devido à cobertura que desenvolve na superfície do solo, também protege a terra contra os efeitos da erosão.
O pesquisador da Embrapa José Alberto Mattioni explica que a família das leguminosas é a mais utilizada como adubo verde. A principal razão está em sua capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico. “Isso porque as leguminosas são capazes de fazer uma associação com bactérias próprias para fixar esse nutriente tão importante”, analisa. Assim, com essa adubação natural, cai o custo da produção, uma vez que o agricultor não precisará comprar adubo nitrogenado”, completa.
Outro motivo é que as leguminosas apresentam um sistema radicular geralmente bem profundo e ramificado, capaz de extrair nutrientes das camadas mais profundas do solo.
Grupos - Há três grupos distintos de adubos verdes: espécies de primavera/verão, outono/inverno e espécies perenes. As espécies de primavera/verão são plantadas no período de setembro a dezembro e as de outono/inverno de março a junho. As espécies perenes, uma vez plantadas permanecem durante vários anos desempenhando seu papel como adubo verde. Essas espécies são semeadas de setembro a dezembro.
O desempenho de cada espécie a ser utilizada está, de modo geral, diretamente relacionado às condições do clima e solo de cada local e à melhor época de cultivo.
amendoim forrageiro |
Kudzu |
fonte: correio riograndense
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
RS colhe batata-doce vitaminada
Em Santa Margarida do Sul (RS), uma hortaliça que já é bastante conhecida dos gaúchos ganhou sobrenome e virou novidade no meio rural.
A batata-doce vitaminada, assim intitulada devido ao alto teor de betacaroteno (provitamina A).
A hortaliça começou a ser difundida entre os agricultores familiares do município em novembro de 2011, através do escritório local da Emater/RS. Agora, o vegetal está na fase da colheita e, de acordo com o engenheiro agrônomo Fernando Oliveira, a safra, apesar da estiagem, é considerada boa, com a raiz apresentando peso de cerca de 300 gramas. As mudas da batata-doce vitaminada são provenientes da Embrapa, mas vieram do Peru e foram melhoradas no Estados Unidos. A produção em Santa Margarida está voltada ao atendimento das escolas do município.
Fonte: correio riograndense
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
@ extensionista: Eterna Sra. Primavesi
@ extensionista: Eterna Sra. Primavesi: Quando o Globo Rural mostra a realidade para o Manejo dos Solos Tropicais brasileiros... Assista, investigue, transmita, respire, cant...
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Urgência de modelos alternativos na agricultura! Horta Mandala
Experiências confirmam que o sistema agroecológico de produção de alimentos pode ser um modelo viável e rentável.
por Carolina Goetten, do Brasil de Fato
por Carolina Goetten, do Brasil de Fato
Segundo
o Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares,
em pesquisa realizada em 2010, mais de um bilhão de pessoas passam fome
em todo o mundo. A informação escancara a crise alimentar do
agronegócio: sobram alimentos, mas a lógica do capital impede o acesso a
itens básicos de alimentação. Como alternativa ao cenário, surge o
debate teórico e a aplicação prática da soberania alimentar, por meio da
agroecologia.
O agronegócio é um modelo excludente, que prioriza o
latifúndio, a monocultura, a produção em larga escala, usa agrotóxicos,
destrói o meio ambiente e gera violência e pobreza no campo. Segundo o
professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná,
Victor Pelaez, difundiu-se o discurso de que o agronegócio é mais
rentável economicamente para o país, mas a agroecologia pode ser uma
alternativa à lógica do capital, inclusive com benefícios financeiros.
“Mas nenhuma transformação ocorre da noite para o dia. É um processo
longo de investimento e demanda políticas públicas”, avalia.
O
professor explica que os movimentos sociais não são atendidos na
perspectiva do agronegócio. Por isso, segundo ele, a luta contra o
agronegócio deve ser bandeira prioritária dos movimentos sociais. A
lógica do capital é de acumulação e concentração; o agronegócio emprega
tecnologia de alto custo, inacessível aos pequenos produtores. “É
preciso buscar e construir modelos como a agroecologia, que sejam
compatíveis com a produção em menor escala e com a agricultura
familiar”, enfatiza.
Aplicação prática
Experiências
práticas da agroecologia são uma forma de ir além do discurso teórico,
com ações reais para aumentar a produção de orgânicos e resistir contra o
agronegócio. No pré-assentamento Emiliano Zapata, localizado no
município de Ponta Grossa, toda a produção é orgânica. “Desde o começo
da ocupação, já concordamos que a área seria 100% agroecológica”, conta o
morador Célio Rodrigues. “Somos 48 famílias e ninguém utiliza adubo
químico ou agrotóxicos”, afirma.
O Emiliano Zapata também tem uma
horta coletiva de 1,5 hectares, cuja produção é destinada à subsistência
e o excedente é vendido numa feira de orgânicos da Universidade
Estadual de Ponta Grossa, a cada 15 dias. “Como ainda não somos
assentamento reconhecido pelo Incra e estamos em processo de conquista
da terra, não temos acesso a programas de incentivo. A produção orgânica
nos ajudou a sobreviver aqui”, lembra Célio. Ele cita a importância da
agroecologia nos mais diversos aspectos. “Só na questão técnica, já
temos certeza de que estamos preservando o solo e que ele vai se manter
saudável por mais tempo. Economicamente, a produção tem baixo custo,
porque veneno é caro, controlado por cinco transnacionais no país. E sem
considerar que estamos combatendo a ideologia capitalista”, explica
Célio.
O que mantém parte da renda das famílias do Emiliano Zapata
é um programa em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), dentro do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Tudo o que
se produz é repassado para um banco de alimentos, que distribui a
produção a creches e instituições de caridade no município de Ponta
Grossa. O projeto paga R$ 4,5 mil por ano a cada família, valor dividido
em parcelas mensais. Estes programas garantem a comercialização dos
produtos da agricultura familiar e são um incentivo à manutenção da
produção agroecológica e diversificada. “Facilita a diversificação da
produção e já não conflui apenas para a cultura de mercado. Produtos que
não tinham uma garantia de preços passaram a ter um espaço de
comercialização garantido. Isso ajudou a diversificar as propriedades
nos locais. O agricultor tem uma horta e também se alimenta dela, dentro
da segurança alimentar”, afirma Jean Carlo Pereira, do setor de
produção do MST-PR.
Hortas mandala
Outro
exemplo de aplicação da agroecologia no Paraná é o assentamento
Contestado, na cidade da Lapa, onde também são cultivados apenas
alimentos orgânicos. Como o solo é raso, as famílias têm dificuldade
para produzir arroz; o clima instável também é fator negativo na
lavoura, principalmente nos lotes das famílias vindas de outras regiões,
desacostumadas às variações climáticas de Curitiba e região. Uma
alternativa para superar estas dificuldades foi o sistema de
administração coletiva de hortas mandala.
A palavra mandala vem do
sânscrito e significa “círculo mágico”. Nesse modelo, os canteiros são
construídos em círculos em vez da linha reta tradicional (como os traços
arredondados da própria natureza, em que não existe nada impecavelmente
reto).
A horta aproveita melhor o espaço da terra em relação aos
canteiros retangulares, trabalha com diversidade e alternância de
plantas, poupa o solo e economiza água. “Cada horta é cultivada por
grupos de duas a três famílias, para estimular a cooperação e aproximar
os moradores”, explica um dos dirigentes do assentamento, Antônio
Capitani.
Em três meses de trabalho, as famílias do Contestado
produziram cerca de 500 pés de hortaliças, além das frutas, ervas e
cereais. O que contribui para a saúde do solo é a rotatividade das
plantas. Como cada espécie utiliza um nutriente específico, a
alternância permite que o solo permaneça rico e não esgote esse
nutriente. Além disso, a diversidade atrai insetos polinizadores de
espécies variadas, contribuindo com o equilíbrio ambiental.
A
geógrafa Rosa Mara Santos explica que a horta mandala adota por
princípio algo como “seja amigo da natureza”. “É uma ideia da
permacultura que diz que podemos habitar o planeta com harmonia,
utilizando a sua energia e todos os seus recursos de modo equilibrado.
No caso da horta, precisamos respeitar os ciclos, tempo de plantar,
tempo de colher e tempo de repouso, quando o solo se recupera para um
novo ciclo”, define. Como o espaço circular permite o uso de áreas
pequenas de terra, a horta mandala é ideal para a agricultura familiar,
pois produz para a subsistência e o excedente pode ser comercializado e
ajuda a complementar a renda da família.
No Contestado, são usados
apenas fertilizantes orgânicos, que respeitam a agricultura ecológica.
“A saúde vem muito da alimentação: se você precisa de ferro, coma
beterraba, não precisa ir à farmácia comprar sulfato ferroso”, diz Maria
Lima, moradora do assentamento. “A gente tem que se somar, lutar contra
tudo isso que tá gerando o câncer, as alergias, a depressão”, conclui.
Princípios para trabalhar com a horta mandala
1. Cultivar o máximo possível, utilizando o menor espaço;
2. Usar o mínimo de energia, para a máxima produção;
3. Promover o envolvimento de toda a comunidade;
4. Nada se perde, tudo se aproveita;
5. Trabalhar com a natureza e não contra ela.
Princípios enumerados segundo informações do projeto Mão na Terra, de São José dos Campos (SP).
* Publicado originalmente no site Brasil de Fato.
(Brasil de Fato)
Assinar:
Postagens (Atom)
Postagem em destaque
JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?
JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO? ...
-
As pastagens são as principais fontes de alimento dos rebanhos. No entanto, por diversos fatores, como o uso de gramíneas puras e a falta d...
-
FONTE: http://estratificandoafrio.blogspot.com.br/2013/10/como-germiar-e-pantar-sementes-de-pau.html Hoje vou mostrar como fiz p...
-
fonte: appverde CAROLINA – ADENANTHERA PAVONINA Nomes populares : Carolina, Saga, Falso Pau-Brasil, Olho de Pavão Nome...
-
Fonte: site http://flores.culturamix.com/ Os morangos são aquelas frutinhas vermelhas que todo mundo gosta de comer e se deliciar. Ela t...
-
Fonte: blog Nó de Oito Lara Vascouto Mesmo nas grandes cidades é possível experimentar algumas dessas delícias. Em...
-
Fonte: Globo Rural On-line por João Mathias. Plantados há oito anos, os três pés de ameixa na casa do meu pai nunca produziram um fruto se...
-
Hoje vamos falar de outra espécie muito conhecida no Brasil, a Pereskia grandifolia , de uso semelhante à Pereskia aculeata , que é a or...
-
Extraído do blog cadico minhocas Muita gente me escreve dizendo: Socorro! Apareceram larvas/vermes no meu minhocário! Por que a...
-
Mais uma utilização do amendoim forrageiro! Certamente vou testá-la nas hortas onde executo consultorias. Quem tiver mais novidades, envi...
-
Fonte: www.agronomicabr.com.br Excelente artigo. Pelo que identifiquei vegetal es...