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terça-feira, 21 de julho de 2015

Vermicompostagem: potencializando as funções das minhocas

Amauri Adolfo da Silva, agricultor de Espera Feliz (MG), coloca a questão: A diferença de um minhocário para um composto é a rede. Por quê? E responde: O tempo que eu estaria fazendo composto eu deito na rede e, enquanto as minhocas fazem a rede com os organismos, eu faço poesia.
É pouco provável que algum animal tenha desempenhado um papel tão importante na história do nosso planeta como o destas pequenas criaturas. (...) O arado é uma das invenções mais antigas (...) do homem, mas bem antes que o homem existisse, a terra já era regularmente arada pelas minhocas. 
Charles Darwin (1881)
Galão de armazenamento do vermicomposto na propriedade de Amauri Adolfo da Silva. Foto: Irene Maria Cardoso
Galão de armazenamento do vermicomposto na propriedade de Amauri Adolfo da Silva. Foto: Irene Maria Cardoso
Muitos agricultores reconhecem as minhocas como indicadores de qualidade do solo. Quantas vezes não ouvimos dizer se tem minhoca, a terra é boa? Mas nem todos reconhecem a importância ou as funções das minhocas para os solos. Como Darwin já havia percebido, uma dessas funções é de arar a terra.
Mas a aração realizada pelas minhocas não compacta o solo e nem gasta combustível. Outra função muito importante é a transformação da matéria orgânica. É por meio desse trabalho que as minhocas produzem um composto orgânico de alta qualidade, o vermicomposto. Como aponta Amauri, enquanto a minhoca faz composto, ele faz poesia! Entretanto, muitos agricultores não aproveitam esse trabalho realizado pelas minhocas. Por quê?
Procuramos resposta a essa questão enquanto desenvolvíamos ações voltadas a facilitar o acesso ao conhecimento sobre a produção de vermicompostos pelos agricultores. Dessa forma, procuramos reconhecer e valorizar os conhecimentos dos agricultores adquiridos a partir de seu cotidiano de trabalho.

Vermicompostagem

As minhocas e os microrganismos presentes no seu trato digestivo transformam material orgânico pouco degradado em matéria orgânica estabilizada. Chamado de vermicompostagem, esse processo proporciona o melhor aproveitamento dos resíduos orgânicos na agricultura, já que forma um composto com características físico-químicas e biológicas superiores às dos estercos. Quando os estercos são dispostos ao ar livre, situação frequente nas propriedades dos agricultores, suas qualidades químicas são deterioradas devido, sobretudo, à volatilização da amônia, uma substância rica em nitrogênio, um nutriente essencial para as plantas cultivadas.
Muitos agricultores reconhecem as vantagens do vermicomposto quando comparado com a utilização dos resíduos orgânicos sem o processo de compostagem. Reconhecem, portanto, sua superioridade com relação ao esterco. Entretanto, a prática não é comum entre eles, já que acreditam que o sucesso da técnica está condicionado à construção de instalações caras e complexas e ao acesso às matrizes de minhocas de qualidade (SCHIEDECK et al., 2007).
Essa era a percepção inicial dos agricultores que participam do projeto de pesquisa-extensão Animais para a Agroecologia, realizado em parceria por vários Departamentos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em especial os Departamentos de Solos e Veterinária, pelo Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA) e por organizações dos agricultores, entre elas, sindicatos da agricultura familiar de alguns municípios. O projeto tem por objetivo aprimorar a integração ecológica da criação animal nos agroecossistemas familiares, incrementando a produção animal e melhorando a quantidade e a qualidade dos estercos nas propriedades (FREITAS et al., 2009). A vermicompostagem foi uma das estratégias adotadas para o aprimoramento dessa integração.

O despertar para a prática

Os agricultores participantes do projeto visitaram a propriedade de um agricultor com o objetivo de vivenciar a sua experiência de vermicompostagem a partir das práticas de uso e manejo do minhocário. Para alguns, esse foi o primeiro contato com a técnica. Esses mesmos agricultores participam de outros intercâmbios promovidos pelo CTA em alguns municípios da Zona da Mata mineira, como forma de estimular a troca de conhecimentos e criar ambientes propícios para a articulação horizontal entre os conhecimentos populares e conhecimentos técnico-científicos. Durante alguns intercâmbios, são realizadas oficinas sobre temas definidos em conjunto com os agricultores. Diante do interesse despertado, a produção de vermicomposto foi um dos temas priorizados para a realização das oficinas do projeto.
Em cada uma das 15 oficinas realizadas, os participantes foram organizados em grupos para responder às seguintes perguntas: i) Por que quero aprender mais sobre minhocas? ii) O que quero aprender sobre minhocas? iii) Onde já ouvi falar de minhocas? iv) O que ouvi falar de minhocas? Esse momento da oficina é importante para que sejam identificadas as motivações e resgatados os conhecimentos prévios dos agricultores sobre o uso de estercos e o manejo das minhocas.
A maioria dos agricultores já conhecia a importância das minhocas para a qualidade do solo, mas demonstraram interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto. Relataram ainda que esse conhecimento prévio havia sido adquirido em contato com familiares, amigos, vizinhos, bem como pela televisão e pela universidade. Os intercâmbios agroecológicos foram também identificados como importante canal de aprendizagem. Foi nos intercâmbios que muitos agricultores tiveram o primeiro contato com a técnica da vermicompostagem.
Vermicompostagem

Aprendendo e ensinando sobre o proceso de vermicompostagem

A reprodução das minhocas foi um dos aspectos que despertou a curiosidade nos agricultores. Elas colocam casulos que contêm em média três minhocas. Essa alta capacidade de proliferação e o rápido crescimento da espécie vermelha-da-califórnia permitem que os agricultores repassem para vizinhos parte das minhocas após a conclusão da vermicompostagem.
Quando comparam a outros processos de compostagem, os agricultores identificam duas vantagens da vermicompostagem: a) não precisa revolver o material, exigindo menos trabalho no seu preparo; b) é mais leve, facilitando o transporte (EDWARDS; ARANCON, 2004). Dessa forma, com pouco trabalho adicional, os agricultores melhoram seus solos com o aproveitamento de materiais orgânicos já disponíveis em suas propriedades (NGO et al., 2012).

Implanta ção dos minhocários

Após os debates iniciais sobre a biologia das minhocas, propôs- se a discussão relacionada às infraestruturas e ao manejo para a realização da vermicompostagem. Diferentes tipos de minhocários foram apresentados, destacando-se as vantagens e desvantagens de cada um, considerando as dificuldades de construção, bem como as condições adequadas para a sua estruturação, como a escolha do local, os cuidados no preparo do material e na separação do vermicomposto das minhocas. Cada família indicou o melhor local para construir o minhocário em sua propriedade guiando- se por critérios como a necessidade de sombreamento e a proximidade da fonte de água e dos substratos.
Pela simplicidade de construção e seu menor custo, decidiu-se pela adoção do modelo campeiro de bambu (AQUINO; MEIRELLES, 2006; SCHIEDECK et al., 2007). No período de março de 2011 a setembro de 2012, foram implantados 13 minhocários nos municípios de Acaiaca, Araponga, Divino, Espera Feliz, Visconde do Rio Branco, São Sebastião da Vargem Alegre, Leopoldina e Viçosa.

Avaliação dos minhocários

O funcionamento dos minhocários foi avaliado por meio de visitas nas propriedades, ligações telefônicas, internet e recados enviados pelos agricultores por intermédio de terceiros. Algumas das perguntas utilizadas na avaliação foram as seguintes: i) Quais foram as dificuldades encontradas para realizar a vermicompostagem na propriedade? ii) Por que não utilizavam a técnica do minhocário? iii) Quem irá continuar com o minhocário?
A avaliação constituiu uma forma simples e eficaz de gerar um conjunto de informações que permitiram captar a percepção dos agricultores. Embora tenham ocorrido problemas, a aceitação do minhocário foi grande, como ficou demonstrado pelo interesse de 75% das famílias em continuar com a atividade. Dentre os problemas, os agricultores relataram ataques de predadores, como sanguessugas e, principalmente, formigas. O uso de borra de café, farinha de osso ou de casca de ovo moída espalhada sobre o canteiro pode inibir o aparecimento das formigas, além de ser um complemento alimentar para as minhocas (SCHIEDECK et al., 2006). Já a presença de sanguessugas foi relatada em apenas um dos minhocários. Elas são visualmente muito parecidas com as minhocas e causam sérios estragos, mas canteiros bem drenados podem prevenir o seu surgimento.
A maioria dos agricultores não conhecia a técnica do minhocário. E mesmo aqueles que conheciam não sabiam como construir e acreditavam que seria difícil e caro implantá-la. No entanto, a construção do tipo campeiro de bambu torna-se ainda mais simples quando realizada com material disponível na propriedade (carcaça de geladeira ou caixa d’água velha, por exemplo), como alguns agricultores fizeram.
A aquisição das minhocas também foi uma limitação para utilizarem a técnica, uma vez que a espécie vermelha-dacalifórnia não é nativa do Brasil. Para suprir essa dificuldade, foram distribuídos kits contendo minhocas. Embora seja uma prática menos comum, as minhocas nativas também podem ser utilizadas.

Considerações finais

O processo participativo permitiu atender aos anseios dos diferentes atores envolvidos na experimentação com vermicompostagem, ao facilitar a interação entre os agricultores e pesquisadores e proporcionar um aprendizado mútuo. Além de possibilitar que os agricultores conhecessem e empregassem a técnica, o trabalho favoreceu a divulgação para familiares e vizinhos.
Por fim, a experiência aqui relatada nos permitiu fazer uma análise crítica sobre a prática da vermicompostagem na mesorregião da Zona da Mata e apontar outras demandas de pesquisa.
Maria Eunice Paula de Souza, Irene Maria Cardoso, André Mundstock Xavier de Carvalho, Andreia Paiva Lopes, Pedro Henrique Silva e Ivo Jucksch
Maria Eunice Paula de Souza
Doutoranda em Solos e Nutrição de Plantas – UFV
maria.paula@ufv.br
Irene Maria Cardoso
Prof. Departamento de Solos – UFV
irene@ufv.br
André Mundstock Xavier de Carvalho
Prof. Departamento de Solos – UFV
andre.carvalho@ufv.br
Andreia Paiva Lopes
Engenheira agrônoma
andreia.paivalopes@hotmail.com
Pedro Henrique Silva
Graduando em Agronomia – UFV
pedrohenrique.santos.ufv@gmail.com
Ivo Jucksch
Prof. Departamento de Solos – UFV
ivo@ufv.br
Agradecimentos
CAPES e a FAPEMIG, pela bolsa de pós-doutorado e a CAPES e ao CNPq pela bolsa de doutorado concedida à M.E.P SOUZA. Ao CNPq e ao ProExt suporte financeiro à pesquisa. Ao Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) e às organizações locais dos agricultores pela oportunidade que nos deram de desenvolver a pesquisa.
Referências bibliográficas:
  • AQUINO, A.M.; MEIRELLES, E.C. Canteiros de bambu para a criação ecológica de minhocas. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2006. 2 p. (Comunicado Técnico, 93).
  • EDWARDS, C.E.; ARANCON, N.Q. The use of earthworms in the breakdown of organic wastes to produce vermicomposts and animal feed protein. In: EDWARDS, C.A. (Ed.). Earthworm Ecology. 2. ed. Boca Raton: CRC Press,.2004. p. 345-380.
  • FREITAS, A.F.; PASSOS, G.R.; FURTADO, S.D.C.; SOUZA, L.M.; ASSIS, S.O.; MEIER, M.; SILVA, B.M.; RIBEIRO, S.; BEVILACQUA, P.D.; MANCIO, A.B.; SANTOS, P.R.; CARDOSO, I.M. Produção animal integrada aos sistemas agroflorestais: necessidades e desafios. Agriculturas, v. 6, n. 2, p. 31-35, jul. 2009.
  • MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.V. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 312 p.
  • NGO, P.T., RUMPEL, C., DOAN, T.T., JOUQUET, P. The effect of earthworms on carbon storage and soil organic matter composition in tropical soil amended with compost and vermicompost. Soil Biology & Biochemistry, v. 50, p. 214-220, 2012.
  • SCHIEDECK, G.; GONÇALVES, M.M.; SCHWENGBER, J. E. Minhocultura e produção de húmus para a agricultura familiar. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2006. 11 p. (Circular Técnica, 57).
  • SCHIEDECK, G.; SCHWENGBER, J.E.; GONÇALVES, M.M.; SCHIAVON, G.A.; CARDOSO, J.H. Minhocário campeiro de baixo custo para a agricultura familiar. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2007. 4 p. (Comunicado Técnico, 171).

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Apartamentos - Momento Ambiental - horta urbana





O espaço pode até ser apertado, mas isso não impede que atitudes sustentáveis sejam colocadas em prática. Hoje, 19 milhões de brasileiros vivem em apartamentos e nem imaginam que algumas mudanças de hábitos possam fazer tanta diferença. Dar um destino diferente ao lixo orgânico com o uso de sistemas compactos de compostagem é só um exemplo. As hortas verticais também ajudam a deixar a ambiente mais verde, agradável e ecológico.

terça-feira, 14 de julho de 2015

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Projeto de compostagem caseira impede que 250 t de lixo sejam descartadas em SP

09 de Junho de 2015 • Atualizado às 14h43


A compostagem de resíduos orgânicos é uma ferramenta importante para reduzir a quantidade de lixo descartado em aterros sanitários. No entanto, os benefícios dessa prática podem ir muito além. O Composta São Paulo, uma iniciativa da prefeitura da capital paulista, juntamente com as empresas de coleta urbana e a Morada da Floresta, é prova disso.
O projeto piloto teve início em junho de 2014. Após ser aberto para que qualquer morador da cidade de inscrevesse, duas mil pessoas foram escolhidas para integrarem a primeira fase do programa. Os contemplados receberam uma composteira doméstica e participaram de oficinas de compostagem e plantio para que aprendessem a reutilizar os resíduos orgânicos produzidos em sua própria casa para a fabricação de adubos naturais.
A compostagem nada mais é do que um processo biológico em que micro-organismos transforam a matéria orgânica, como talos, restos e casas de alimentos de origem vegetal, em adubo natural, semelhante ao solo. Todo este processo pode ser feito dentro de uma casa, em um espaço pequeno, ocupado por três caixas plásticas, em um equipamento chamado de minhocário. Como o nome já diz, as minhocas são agentes essenciais para a transformação do material que seria descartado em composto orgânico.
Após quase um ano desde que o projeto piloto foi lançado, a prefeitura de São Paulo divulgou um informativo com todos os resultados obtidos. Foram entregues 2.006 composteiras e o número de pessoas impactadas pela iniciativa chegou a sete mil. Durante seis meses foram realizadas 135 oficinas de compostagem e 88 oficinas de plantio, em que os participantes receberam instruções para cultivarem alimentos em casa ou em áreas públicas, aproveitando também o material orgânico originado no processo de compostagem.
Além de reduzir drasticamente a quantidade de resíduos descartados nas residências dos participantes, o monitoramento identificou outros benefícios proporcionados pelo projeto. Através da compostagem, os participantes alegaram ter mudado comportamentos e adquirido novas informações e conhecimento.
A média de resíduos orgânicos reaproveitados foi de 90%. Apesar de ser um processo que requer cuidado e monitoramento constante, 55% dos participantes consideraram o uso da composteira muito fácil e 78,4% das pessoas garantiram que incorporaram a reciclagem em seus hábitos diários.
A mudança de comportamento proporcionada pelo projeto incentivou a reflexão sobre outros assuntos, como: alimentação, resíduos, sustentabilidade, relação com a cidade e a natureza. Como parte do projeto Composta São Paulo, foi criado um grupo aberto no Facebook. O local foi usado para compartilhar conhecimento, experiências, tirar dúvidas e até mesmo conectar os participantes. O projeto demonstrou que a compostagem também serve para promover a educação ambiental e restabelecer o senso comunitário, não apenas no âmbito virtual, mas, principalmente, entre os participantes e o bairro em que estão inseridos.
Em um ano de Composta São Paulo, mais de 250 toneladas de resíduos foram reaproveitadas.
Se você tem interesse em conhecer mais sobre este projeto ou se inscrever para as próximas edições, clique aqui.

Clique aqui e aprenda a fazer uma composteira caseira usando materiais reaproveitados. 
Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo 

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Novo minhocário no sítio em Montenegro

Após o Natal construímos um novo minhocário aproveitando uma geladeira velha que estava abandonada no sítio. Como a produção de resíduos é pequena devido aos poucos dias que passamos no sítio durante o ano, a produção de humus é pequena, mas sempre importante. 
Na próxima vez vou buscar um esterco de gado no vizinho, para multiplicar a população de minhocas californianas.
Vamos acompanhar a evolução deste sistema.

BOAS FESTAS!

domingo, 16 de novembro de 2014

Minhocas aumentam a produtividade no campo, mostra estudo publicado na revista Scientific Reports


A presença das minhocas no solo aumenta a produtividade agrícola. É o que mostra estudo publicado na revista Scientific Reports. “O resultado já era esperado”, afirma George Brown, pesquisador em ecologia do solo da Embrapa Florestas (Colombo/PR), e um dos coautores do trabalho. “Há centenas de anos as minhocas são consideradas aliadas do agricultor, ajudando no crescimento das plantas. Contudo, o que não sabíamos ainda era a dimensão do efeito positivo nem como ele funcionava”, observa.

A equipe de pesquisa reuniu todos os artigos publicados, o mais velho datando de 1910. Todos os ensaios mediram o efeito das minhocas na produtividade agrícola e biomassa vegetal. Em seguida, foi realizada meta-análise dos dados, que é uma técnica estatística usada para avaliar e buscar padrões em grandes volumes de dados.
O resultado do trabalho foi bastante evidente: “Em média, a presença das minhocas aumentou a produtividade de grãos em 25% e a biomassa aérea de plantas, em especial as utilizadas em pastagens, em 23%. A biomassa das raízes também aumentou em 20%”, revela. Outra conclusão é que as minhocas não afetaram o teor de nitrogênio das plantas, indicando que a qualidade não foi afetada. “Portanto, elas afetam principalmente a produtividade”, completa o pesquisador.


Galerias - Os autores procuraram, ainda, elucidar os mecanismos por trás dos efeitos positivos proporcionados pelas minhocas. “Por meio da construção de galerias, ingestão de solo e produção de coprólitos (excrementos), as minhocas liberam o nitrogênio presente nos resíduos vegetais e na matéria orgânica do solo, transformando o que seria adubo orgânico em mineral”, explica o Dr. Jan Willem van Groenigen, líder da equipe e primeiro autor do trabalho. “E o nitrogênio é um dos nutrientes mais importantes para o crescimento das plantas”, completa.


O efeito positivo desapareceu quando doses maiores de adubo nitrogenado já eram aplicadas pelos produtores, ou quando leguminosas (que fixam nitrogênio do ar) estavam presentes. “Minhocas não produzem nitrogênio, elas apenas ajudam a fazê-lo ficar mais disponível para as plantas”, pondera. O efeito positivo das minhocas foi maior quando retornaram ao solo maiores quantidades de resíduos das culturas, que por sua vez alimentam as minhocas. Os autores concluem, então, que elas são especialmente importantes para agricultores que podem usar somente baixas doses (ou nenhum) de adubo nitrogenado porque não têm condições financeiras ou acesso ao mesmo; e aqueles que não querem usar adubo nitrogenado, pois dependem do processo de decomposição natural da matéria orgânica para liberar nutrientes para as plantas, como no caso da agricultura orgânica.
Para desfrutar de benefícios, produtor deve evitar agrotóxico




Em sistemas intensivos de produção, com alto uso de insumos e adubos químicos, o efeito benéfico das minhocas sobre a produtividade das culturas provavelmente será menor, conforme o estudo. Contudo, ainda há perguntas a serem respondidas. “Encontramos um paradoxo: as minhocas têm maiores benefícios na produção em solos pobres, de baixa fertilidade, onde suas populações também podem estar limitadas por falta de alimento. Portanto, trabalhos futuros devem buscar formas de aumentar as populações de minhocas nesses solos, especialmente através do uso racional de insumos orgânicos. Assim, o agricultor se tornará aliado da minhoca, assim com ela já é aliada do agricultor”, declara George Brown.


Além disso, continua ele, ainda não está claro como as minhocas afetam a disponibilidade de outros nutrientes essenciais para as plantas, especialmente o fósforo.
Estes resultados não significam que o produtor poderá adicionar deliberadamente minhocas ao seu terreno para aumentar a produtividade, pois é uma prática inviável do ponto de vista econômico e ecológico para a maior parte das culturas. “Isso só deve ser realizado excepcionalmente, pois o bom manejo das culturas e da propriedade agrícola já ajudam na manutenção e aumento das populações de minhocas no solo.
Para ser um aliado das minhocas, e desfrutar dos benefícios das mesmas ao solo, o agricultor deve evitar o uso excessivo de agrotóxicos, a movimentação excessiva do solo (por exemplo, inversão do solo com arado), a erosão, compactação e contaminação do solo, e manejar a adição de restos das culturas no solo, visando aumentar a matéria orgânica que serve de alimento para as populações de minhocas”, sentencia Brown.

fonte correio riograndense 
Edição 5.415 – Ano 106 – Caxias do Sul - RS, 01 de outubro de 2014.    

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Compostagem Orgânica em Casa (HD)



Faço compostagem a 10 anos e produzo uma quantidade considerável de humus, que utilizo em meus vasos e canteiros. Todo o lixo orgânico que produzo , mais de alguns vizinhos, trona-se um excelente adubo orgânico.Utilizo a minhoca vermelha da califórnia, que se reproduz muito bem em nosso ambiente.
 Forneço as minhocas para Porto Alegre e região.
email: agropanerai@gmail.com

Quer saber mais sobre compostagem? acesse http://estagiositiodosherdeiros.blogspot.com.br/p/blog-page.html

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

VIDA SUSTENTÁVEL - 19 coisas que só quem tem uma composteira caseira vai entender




Ter uma composteira caseira é um ótimo jeito de produzir o seu próprio fertilizante natural e ainda reduzir a quantidade de resíduos orgânicos jogados no lixo. O sistema é simples, basicamente são caixas com terra e minhocas, onde, junto com os restos de alimentos, acontece a produção de chorume. Se você ainda não tem uma composteira, mas deseja ter, clique aqui e saiba como fabricar a sua própria estrutura.
Se você já tem, provavelmente se identificará com a lista abaixo:
1. Após jantar na casa de um amigo, você vai querer levar todo o resto de comida para alimentar as suas minhocas em casa. O mesmo acontece com os restos de frutas e cascas que os colegas do trabalho iam jogar no lixo, mas você apareceu bem na hora para impedir tamanho desperdício.

Foto: Renata Borges Alves / Grupo Composta São Paulo
2. Você vai sonhar com minhocas.
3. E sempre vai achar que as suas minhocas estão passando fome.
4. As minhocas são tão importantes, que você começa a ficar neurótico quando não as vê vagando pelo seu solo. Pode até acordar à noite para tentar encontra-las e garantir que estão vivas, sãs e salvas.

Foto: Gabriela Fernandes Leite / Grupo Composta São Paulo
5. A retirada do chorume é quase tão aguardada quanto o feriado prolongado, o natal ou o carnaval.
6. Quando esse dia chega e você vê aquele líquido lindo saindo de sua composteira dá vontade de chorar de emoção ou ligar o som no último volume e dar uma festa, mesmo que os convidados seja apenas você (e as minhocas, claro).

Foto: Mayra Rosa / Altair Oliveira / Grupo Composta São Paulo
7. O lixo da sua casa foi reduzido em pelo menos 1/3 ou até mais.
8. Quem não conhece você muito bem e ouve dizer que tem um minhocário em casa, acha que você é muito hippie, alternativo e até um pouco louco.
9. Sempre que você vê alguém jogando fora os resíduos orgânicos o seu coração dói (e muito). Aí você pensa nas minhoquinhas passando fome.
10. O seu jeito de enxergar e aproveitar os alimentos muda muito depois de uma composteira. Por ter que picar tudo antes de colocar na terra, você percebe que muitos talos e folhas ainda podem ser aproveitados em alguma receita.
11. Você reduz o desperdício. Após ver que uma fruta estragou, antes mesmo de ser consumida, você pensa melhor quando vai às compras.
12. Esqueça as suas inimizades. Os seus maiores inimigos agora são as mosquinhas da banana e os pulgões.
13. Você também tem um novo melhor amigo, o Neem, um repelente natural usado em toda a composteira.
14. O seu radar pessoal é acionado a cada mudança na composteira. Uma larva faz todos os seus alertas apitarem. Você vai entra em pânico, achando que este é o fim do mundo.
Até alguém mais experiente dizer que é totalmente normal, “isto é apenas o ecossistema”, a vida e a natureza.
15.  A matéria orgânica seca (serragem e folhas secas) vale mais do que ouro para você.

Foto: Francisco Bocchini / Grupo Composta São Paulo
16. Todos os dias você quer conferir se tem alguma mudinha nova aparecendo na sua terra.
17. E depois você fica na expectativa para tentar descobrir qual era a origem da plantinha e o que ela vai virar.

Foto: Evorah Cardoso / Grupo Composta São Paulo
18. Sua nova terapia são os grupos de “composteiros” no Facebook. Lá você desabafa, conta os seus problemas, dá dicas, depoimentos, manda fotos, vídeos e recarrega as energias para picar mais alimentos para as minhoquinhas.
19. Assim você também ganha centenas de novos amigos, já que estão todos no mesmo barco.
No final você descobre que não pode mais viver sem fazer compostagem, essa possibilidade simplesmente não existe!
Redação CicloVivo

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O QUE É MINHOCULTURA? O QUE É HÚMUS DE MINHOCA?

MINHOCULTURA
Maria de Fátima Gonçalves de Oliveira
O QUE É MINHOCULTURA? 

É uma atividade onde se utilizam as minhocas para conversão e transformação de resíduos orgânicos em húmus.
QUAIS OS PRINCIPAIS CUIDADOS PARA INICIAR A CRIAÇÃO DE MINHOCAS?
Alimentação: a matéria-prima mais usada  é o esterco bovino curtido, porém deve ser de boa procedência e não apresentar contaminação pela presença de predadores; como também a de  amônia, proveniente da urina de animais ou por resíduos de outros produtos.É aconselhável que o agricultor tenha sua própria matéria-prima. 

Cobertura: o canteiro deve ser coberto por uma camada de 5 a 10cm de palha seca para manter a umidade e a escuridão, essenciais à criação de minhocas, que não podem receber luz solar. 

Temperatura: a temperatura interna do canteiro ideal, para criação da espécie vermelha da Califórnia  situa-se na faixa de 16o a 22ºC. 

Umidade: a umidade do material deve ser em torno de 60%, mantidas através de regas em dias alternados.
QUAL A ESPÉCIE DE MINHOCA UTILIZADA NESTA ATIVIDADE? 

Na natureza, as minhocas se dividem em mais de 3.000 espécies. Porém a mais indicada para esta atividade é a vermelha da Califórnia, cujo nome cientifico é (Eisenia foetida).
POR QUE ESTA ESPÉCIE É MAIS RECOMENDADA?
Devido aos seguintes aspectos:
  • apresenta crescimento rápido;
  • possui precoce maturidade sexual;
  • melhor adaptação ao cativeiro.

O QUE É HÚMUS DE MINHOCA?
Húmus de minhoca ou vermicomposto é o excremento das minhocas, um produto natural, estável de coloração escura, rico em matéria orgânica, tendo nutrientes  facilmente absorvido pelas plantas.
QUAIS AS MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS PARA PRODUÇÃO DO HÚMUS?
Esterco de animais, bagaço de cana-de-açúcar, frutas, verduras, resíduos industriais orgânicos e restos de podas, etc.

ONDE É PRODUZIDO O HÚMUS DE MINHOCA?
Em minhocários, os quais podem ser feitos em caixas de madeira, blocos de cimento, manilhas (anéis de concreto), tijolos ou  simplesmente em montes.
O QUE É MINHOCÁRIO?
É o local onde a criação de minhocas é conduzida; geralmente são formados por canteiros construídos de tijolos. O tamanho varia com o objetivo da criação.
ONDE DEVE SER INSTALADO O MINHOCÁRIO?
O minhocário deve ser construído em local ventilado, sombreado, livre da infestação de predadores, não sujeito a encharcamento  e  próximo à fonte de matéria-prima.
QUAL O TAMANHO DO CANTEIRO NO MINHOCÁRIO?
É aconselhável começar com um canteiro de 10m de comprimento por 0,80m de largura e 0,40m de altura. Um canteiro com essas dimensões consome aproximadamente 2,5t de esterco curtido a cada 35 dias.
QUAL A QUANTIDADE DE MINHOCAS NECESSÁRIA PARA COLOCAR NESSE CANTEIRO?
Recomenda-se colocar cinco mil minhocas por metro quadrado de canteiro.
QUAL A PRODUÇÃO DE HÚMUS DO CANTEIRO COM ESSAS DIMENSÕES?
A expectativa de produção é de 150 a 170kg/m2 de canteiro. Portanto teremos uma produção em torno de 1500 a 1700kg por canteiro.

QUAIS OS PRINCIPAIS INIMIGOS NATURAIS DAS MINHOCAS E COMO CONTROLÁ-LOS?
  • Formiga - principalmente as lava-pés, que fazem ninho dentro do canteiro; a área atingida deverá ser removida com todo o cuidado para que possa retirar o maior número de formigas evitando que elas se alastrem; se houver formigas transitando na superfície dos criatórios, podemos eliminá-las ateando fogo em folhas de jornais passando rente ao interior do canteiro, procedimentos estes que não prejudicam as minhocas. É conveniente colocar em volta ao canteiro uma faixa de mais ou menos 10cm de carvão moído, evitando, portanto, o trânsito das formigas, junto ao mesmo.
  • Sanguessuga - sua identificação é mais difícil, pois assemelha-se muito com a minhoca. Sua coloração é vermelho alaranjada ou cor-de-abóbora. Segundo especialistas, a sanguessuga terrestre é nativa em diversos tipos de solos, e seus ovos eclodem quando encontram ambiente ácido e bastante úmido, sendo seu crescimento populacional superior ao da minhoca. É, talvez, o mais sério dos predadores da minhoca, pois suga todo o sangue do seu corpo, deixando a minhoca branca, totalmente anêmica, e sua morte é certa. Para combatê-la, é necessário cimentar o fundo dos canteiros e controlar a umidade do esterco em que se encontram as minhocas. Quando descobrimos sanguessuga no canteiro, fazemos a catança manual revirando todo o substrato do mesmo. Esse procedimento tem-se mostrado bastante satisfatório, conseguindo-se eliminar as sanguessugas completamente, e a repetição desse procedimento nos assegurará o seu controle. 
  • Pássaros - para evitar o ataque de pássaro devemos ter o cuidado de manter os canteiros bem cobertos.

COMO DEVE SER A REMOÇÃO DAS MINHOCAS NO CANTEIRO?
A remoção deve ser feita utilizando a técnica da peneiração. Recomenda-se portanto,  uma  peneira  de malha de 4mm.
COMO DEVE SER COMERCIALIZADO O HÚMUS?
O húmus de minhoca, ou vermicomposto, como também é chamado, pode ser comercializado a granel, em sacos de 20 e 50kg, por tonelada, ou embalado em pequenas quantidades em sacos plásticos personalizados de 1,2,3 ou 5kg, com cores e desenhos que possam atrair o consumidor e facilitar a identificação do produto.

QUAL O PRAZO DE VALIDADE DO HÚMUS DE MINHOCA?
O prazo de validade é aproximadamente 3 meses podendo prolongar por até 6 meses, desde que mantenha  acondicionado em lugar arejado e, semanalmente, feita a reposição de água .
QUAIS OS BENEFÍCIOS DO HÚMUS DE MINHOCA PARA O SOLO?
  • melhora  a porosidade e a aeração do solo, aumentando a capacidade de captação de nutrientes pelas plantas;
  • aumenta vida biológica no solo, com o desenvolvimento de bactérias e fungos fixadores do nitrogênio e proliferação dos microrganismos;
  • diminui a quantidade de adubo químico, proporcionando redução nos custos de produção;
  • pode ser empregado em todo tipo de cultura;
  • é um produto natural que não degrada o meio ambiente.

QUAIS AS VANTAGENS DE UTILIZAÇÃO DO HÚMUS DE MINHOCA NA AGRICULTURA?
Ser produzido pelo próprio agricultor, através do aproveitamento dos resíduos orgânicos gerados na própria propriedade, diminuindo assim a dependência com aquisição de insumos industriais, o que acarreta uma redução nos custos de produção.
QUAL A QUANTIDADE DE HÚMUS DE MINHOCA QUE DEVE SER USADA?
A quantidade varia de acordo com o tipo de solo, com a sua fertilidade, com a cultura a ser explorada, com o tipo de adubação, com o custo do fertilizante e o valor da colheita.
É preferível utilizar doses menores e constantes a aplicações pesadas e espaçadas. Nas atividades agrícolas, utiliza-se em média, 30t/ha, a lanço. Quando em cova, essas quantidades variam de 4 a 5L por cultura.

Fonte: Instituto agronômico de Pernambuco

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Vermicomposteira e a reciclagem de orgânicos - mais um #minhocário fazendo #humus


Grande parte dos resíduos domésticos são materiais de embalagens, que podem ser recolhidos pela coleta seletiva. Outra parte dos resíduos é orgânico, ou seja, são restos de comidas, frutas e folhas que geralmente vão para o lixo de não recicláveis.
Uma pena, pois esse lixo orgânico todo é material rico em nutrientes que podem servir para adubar plantas. Para não queimar as raízes das plantas, não atrair insetos ou produzir cheiros, os resíduos de alimentos devem passar antes por um processo de compostagem.
composteira_X.jpg
Créditos: Flickr Mr. Bsod
Há algum tempo, construi uma vermicomposteira que fica na varanda do apartamento. Os materiais necessários para a construção são extremamente simples e fáceis de se encontrar. Tanto os materiais quanto o modo de fazer, foram descritos antes, neste post.
Existem vermicomposteiras prontas para se vender, que já vem, inclusive com as minhocas, pelo correio. É o caso das minhocasas. Mas, se você, como eu, prefere construir com as próprias mãos ou não tem recursos suficientes para comprar uma pronta, fica a dica do post sobre vermicompostagem.
É importante tomar algumas dicas:
Minhocário fabricação própria
- A minhocasa comercial tem, na última caixa, (a que não tem furos), uma torneira. A torneira não é necessária – o que é necessário é explicar a função dessa última caixa. Ela serve como depósito de chorume, um líquido extremamente nutritivo que é liberando pelos alimentos no processo de decomposição. O chorume deve ser recolhido nessa caixa a parte para regular a umidade dentro da vermicomposteira. O excesso de água no solo das minhocas e torna o ambiente desagradável a elas. A torneirinha da minhocasa comercial serve para ajudar a retirar o chorume, mas ela é dispensável se você não se importar em colher o chorume de outra maneira, com a ajuda de copos ou virando a caixa e recolhendo o chorume em outro recipiente. O que eu costumo fazer é recolher o xorume em um recipinte com um spray e aplicar nas plantas que cultivo na varanda, como nos meus tomates (nas folhas e no solo).
- Depois de construir a estrutura da vermicomposteira, é hora de colocar as minhocas! Claro, as minhocas não podem ficar sozinhas na caixa – minhocas não vivem em caixas, afinal. Vivem no solo. Portanto é extremamente necessário colocar antes das minhocas um substrato, onde as minhocas vão viver. Melhor dos mundos é colocar o próprio substrato onde as minhocas já viviam antes. Outra possibilidade é colocar húmus de minhoca, comprada em algum lugar (foi o que eu fiz) e outra possibilidade ainda é colocar solo que você mesmo pode coletar, mas é importante que ele não seja muito pobre em nutrientes, senão as minhocas vão sofrer.
- Antes de colocar qualquer resíduo para a reciclagem, as minhocas vão precisar de umas duas semanas para se acostumarem com a nova casa. Esse tempo também é interessante para equilibrar o ambiente dentro das caixas. É o tempo que todo um conjunto de organismos associados às minhocas, bactérias por exemplo, precisam para crescer e se multiplicar. Esses outros organismos, assim como as minhocas, são essenciais para a decomposição dos alimentos, e para a velocidade da decomposição deles também (quanto mais rápido, melhor – a demora em decompor pode emitir cheiro e não vai ser bom…). É nesse período também que você vai precisar estar bastante atento a umidade dentro da caixa e colocar mais água se o substrato estiver muito seco e colocar folhas secas, papel picado ou serragem caso o substrato estiver muito molhado.
- Minhocas, organismos associados e substrato equilibrado, pode-se começar a colocar os resíduos. Os resíduos devem ser enterrados no substrato, aumentando a possibilidade de contato deles com um ambiente agradável para as minhocas. Reserve um lado da caixa para não colocar resíduo nenhum, para as minhocas retornarem para o ambiente a qual já estão acostumadas, caso seja necessário. Prefira colocar os alimentos picados, pois isso facilita a decomposição e aumenta a velocidade do processo (e evita cheiros).
- Teoricamente, qualquer alimento pode ser colocado na vermicomposteira. Eu, particularmente, optei por fazer algumas restrições. Por exemplo:
  • Evito colocar frutas cítricas em excesso. Isso torna o substrato muito ácido, e como não quero adicionar nada para neutralizar a acidez, prefiro contralar não colocando cítricos.
  • Não gosto de colocar restos de alimentos que tenham muita gordura, como alimentos que foram fritos ou cozidos com muito óleo ou manteiga e gordura animal.
  • Também não coloco carnes. Elas são de difícil decomposição e produzem muito cheiro.
  • Alguns outros vegetais produzem cheiros com os quais eu não me incomodo, mas podem ser incômodos para algumas pessoas, como brócolis, repolho e couve-flor.
  • Não tive uma experiência muito boa colocando pães… eles acabaram fungando e as minhocas se recusaram a comê-los. Tive que tirar com a mão (usando luvas sempre, claro!)
  • Sementes não são uma boa ideia também. Elas adoram o ambiente cheio de nutrientes e germinam. Como não tem luz na caixa, germinam brancas (estioladas é a palavra). Elas germinam e obviamente começam a absorver nutrientes do substrato, o que não é uma boa ideia se você quer usá-lo como fertilizante para as plantas depois.
E vocês? Tem alguma dica ou tiveram alguma experiência interessante?
 Gostaria de fazer uma vermicomposteira também e tem alguma dúvida?
http://scienceblogs.com.br/rastrodecarbono/2009/08/vermicomposteira_e_a_reciclage/

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Como Hacer Humus De Lombriz || Abono Organico || La Huertina De Toni

En este vídeo explico como podemos hacer para para fabricarnos nuestro propio humus de lombriz, para la huerta, el proceso que lleva el vermicompost , y los primeros pasos en nuestro lombricultivo, espero que os animéis a fabricaros vuestro propio humus , ya que de esta forma ayudamos al medio ambiente y también nos fabricamos nuestro propio abono orgánico.


Mas Info y Preguntas Frecuentes : http://bit.ly/humus2

Como Hacer el Vermicompost : http://www.youtube.com/watch?v=NsW5u-...
Suscribirse al Canal : http://www.youtube.com/user/iNoT1980
Dossier de Vermicompost : http://tinyurl.com/k3ytt2k

terça-feira, 17 de junho de 2014

Solução para o lixo orgânico: Minhocário


projeto minhocasa

Confecção de um minhocário !


fonte: ESAM

Materiais necessários para cada minhocário:

Uma garrafa pet de 2 litros e uma menor de água mineral brita ou pedrinhas, terra, saco de lixo preto, minhocas.

Procedimentos:



No fundo da garrafa pet coloque brita (não há necessidade de furar o fundo da pet).
Sobre a brita coloque a garrafa menor (com água e tampa) dentro da garrafa pet.
Ao redor, despeje a terra e largue as minhocas.
Após terminar, utilize um saco de lixo escuro para envolver a garrafa, pois as minhocas não são acostumadas com claridade.
Não é necessário molhar, pois a garrafinha com água fornece umidade para a terra, a não ser que seja uma região de excessivo calor, molhe de vez em quando, podendo colocar alguns lixos orgânicos sobre a terra para alimento das minhocas.
Depois de dias, ao tirar o saco de volta da garrafa poderemos observar os caminhos das minhocas bem definidos.
Volte a cobrir com o saco de lixo evitando a luz para as minhocas.

Solução para o lixo orgânico: Minhocário

A idéia de fazer um minhocário para a produção de adubo orgânico em casa, está, definitivamente, aprovada pelo nosso Blog Casa Feliz. Confira a dica do Blog Eco Prático, e comece já a fazer o seu:

"Já foi-se o tempo em que o lixo doméstico era considerado um monstro de sete cabeças. Hoje em dia, podemos nos livrar de nossos resíduos pela reciclagem, pela compostagem ou até mesmo por meio de um minhocário.

Ok, minhocas talvez não sejam os animais de estimação preferidos da maioria das pessoas, porém são de extrema utilidade para o meio ambiente. Elas podem não correr atrás de uma bolinha quando você a joga para longe, mas a habilidade que têm em transformar lixo orgânico em adubo é incomparável.


minhocario

A vantagem de uma composteira à base de minhocas é que o húmus (como é conhecido o resultado da decomposição feita por elas) é um dos melhores e mais nutritivos adubos que existem. Além disso, o chorume (parte líquida) proveniente do minhocário também é um excelente biofertilizante.

É importante lembrar que tal como acontece numa composteira tradicional, é recomendável evitar a utilização de alimentos de origem animal, como carne e queijos, por exemplo. Além disso, as minhocas não se adaptam muito bem à luminosidade, por isso é importante deixar o minhocário num local longe do Sol.

Se você ficou interessado, a Morada da Floresta comercializa minhocários prontos para serem usados (apenas para São Paulo). Algumas lojas de jardinagem também vendem modelos similares ao usado no programa, com preços que variam de 180 a 250 reais. Agora, caso você seja do tipo mais independente, você pode construir o seu próprio minhocário." (Veja na postagem "Como fazer seu próprio minhocário").

Fonte: Blog Eco Prático

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...