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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O real valor das árvores! Sem árvores o ser humano não vive!

arvore-importancia-ambiental

Por que as árvores são essenciais na melhora da qualidade de vida?

Que as árvores ajudam a manter o ar limpo, todo mundo já sabe. Mas como elas fazem isso já é outra história. Aqui, falaremos sobre todos os benefícios proporcionados pelas árvores.
Para começar,  uma árvore adulta consegue absorver, em um ano, aproximadamente 22 quilos de gás carbônico, e produzir oxigênio suficiente para a respiração de dois adultos. Esse processo acontece através da fotossíntese. O processo se dá quando a planta obtém glicose, durante o dia; e também por meio da respiração, quando a planta “quebra” a glicose para obter energia, durante a noite. Durante a fotossíntese, as plantas e algas fazem o processo inverso dos seres humanos, consumindo o gás carbônico e liberando oxigênio. No entanto, as plantas respiram dia e noite, consumindo também o oxigênio que produzem (veja mais aqui). Portanto, a principal fonte de oxigênio do planeta são as algas, que não são classificadas como plantas ou árvores.
Segundo Vincent Cotrone do Massachusetts Department of Conservation and Recreation, as árvores possuem capacidade de absorver entre 55 e 109 quilos de gases poluentes como o dióxido de enxofre, oriundos da queima do carvão; os óxidos nitrosos, provenientes dos escapamentos de carros e caminhões; e partículas poluentes vindas, principalmente, do diesel. Zonas urbanas arborizadas possuem 60% menos de partículas de poluição, de acordo com o mesmo órgão.
Temperatura
Em artígo publicado no Journal of Arboriculture, Klaus Scott, James Simpson e Gregory McPherson afirmam que a temperatura das cidades também é influenciada pela quantidade de árvores. De acordo com os autores, a sombra das árvores pode reduzir a temperatura do asfalto em até 2°C, e do interior dos carros em até 8°C. Elas também refrescam o ambiente – uma árvore grande e saudável possui o mesmo efeito de dez aparelhos ar-condicionado funcionando 20 horas por dia.
Apenas uma árvore consegue absorver mais de três mil litros de água de chuva, diminuindo a contaminação de lençóis freáticos e mananciais em 7%, e reduzindo o gasto de impostos com tratamento de água, segundo o US Department of Agriculture. Finalmente, as árvores reduzem a poluição sonora e áreas arborizadas valorizam e aumentam a ocupação de imóveis.
Mais que tudo, as árvores são sinônimo de qualidade de vida. Dê uma olhada no vídeo abaixo, que explica de maneira bem detalhada o processo de fotossíntese (em inglês):
http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/1276-o-real-valor-das-arvores.html

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Estudos apontam benefício das árvores para a saúde humana

Além de auxiliar na limpeza do ar, retirando o dióxido de carbono da atmosfera e liberando oxigênio, as árvores ajudam a diminuir a pressão arterial, frequência cardíaca, e outros sintomas relacionados ao stress.

Não é novidade que as plantas desempenham um papel fundamental na manutenção do meio ambiente. Afinal, elas são responsáveis por absorver gás carbônico - um dos principais causadores do aquecimento global - e liberar oxigênio (saiba mais aqui). Além disso, elas auxiliam na limpeza do ar, ao eliminarem vapor d’água na atmosfera, diminuindo, com isso, os danos causados pelo clima extremamente seco e quente, controlam as enchentes através da absorção da água proveniente das chuvas e mantêm a fauna silvestre. Mas o que novos estudos apontam é que as árvores também são essenciais para a espécie humana em outro sentido: a quantidade delas no ambiente em que vivemos pode influenciar a qualidade da nossa saúde e o estilo de vida.
Foi o papel relevante que as plantas exercem no controle da qualidade do ar que motivou a U.S. Forest Services (órgão semelhante ao Serviço Florestal Brasileiro - SBD) a pesquisar a influência que as plantas têm na vida das pessoas, porque, como afirma o líder da pesquisa, Geoffrey Donovan, as doenças respiratórias e cardiovasculares são afetadas pela qualidade do ar. Para isso, os pesquisadores recolheram dados de 1.296 municípios norte-americanos, sendo alguns vítimas do ataque da broca cinza esmeralda - besouro proveniente da Ásia que aportou nos EUA em 2002, na cidade de Detroit e depois se espalhou rapidamente para outras cidades norte-americanas, atacando e matando quase todas as 22 espécies de árvores do gênero Fraxino (Fraxinus). Os cientistas observaram a influência de variáveis como renda, raça e educação nas causas de falecimento de pessoas nesses lugares. Chegaram ao seguinte resultado: nas quinze cidades infestadas pelo inseto, houve um adicional de 15 mil mortes decorrentes de doenças cardiovasculares e 6 mil de problemas respiratórios, em comparação com as áreas não infestadas pelo besouro. Isso sugere que, independente das características genéticas e condições sociais, a quantidade de plantas existente no entorno do ambiente em que a pessoa vive, afeta a sua saúde, diminuindo sua pressão arterial, frequência cardíaca e outros indicadores de stress.
Algumas pesquisas realizadas anteriormente apontam para a mesma direção. Donovan lembra que algumas pesquisas sugerem que pacientes que conseguem ver, da janela de seus quartos, nos hospitais, as plantas e árvores, têm uma recuperação cirúrgica mais rápida e precisam tomar menos remédios. Outras pesquisas mostram que mães que moram em ambientes em que há muitas árvores ao redor, têm menos chance de ter filhos abaixo do peso. Uma outra pesquisa realizada nos Estados Unidos indica que o índice de depressão é menor em cidades arborizadas. Se a pessoa estiver num ambiente natural, a pressão arterial, frequência cardíaca e outros indicadores de stress serão reduzidos, aponta a pesquisa.

No Brasil
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), é recomendável que uma cidade tenha pelo menos 12 metros quadrados de área verde por habitante. Por esse critério, a cidade brasileira campeã é Goiânia, com 94 metros quadrados de áreas verdes por habitante, superando Curitiba- considerada, há até pouco tempo, a cidade brasileira mais arborizada -, que tem 51 metros de área verde por habitante, segundo dados divulgados pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) em 2007. Entre as cidades brasileiras com menos espaço verde está São Paulo, com 4 metros quadrados por habitante.
De acordo com um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012, os domicílios mais arborizados, com árvores em volta dos quarteirões, em calçadas ou canteiros, estão nas regiões sul e sudeste do país, com exceção de Goiânia. Já nas regiões Norte e Nordeste, estão as casas com áreas menos arborizadas. As capitais Belém, com 22,4%, e Manaus, no meio da floresta amazônica, mas com 25,1%, têm os menores percentuais de arborização.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Nova Iorque conclui meta de plantar um milhão de árvores dois anos antes do prazo

Nova Iorque  equipe eCycle

Órgãos municipais, com o apoio de voluntários, manterão as mudas limpas, livres das ações de vândalos e de animais domésticos


Imagem: Reprodução/IStock by Getty Images
Maior metrópole do mundo, com mais de oito milhões de habitantes, Nova Iorque precisava de um programa de reflorestamento urbano para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e melhorar a qualidade de vida da sua população. Por essa razão, o ex-prefeito da "Big Apple", Michael Bloomberg, anunciou em 2007 a meta de plantar 1 milhão de árvores até 2017, por meio do projeto MillionTreesNYC.
Contudo, o objetivo já foi alcançado no dia 3 de novembro, quando um garoto de oito anos plantou a árvore de número um milhão, no bairro do Bronx.
De acordo com informações da prefeitura, o Bronx recebeu 280 mil mudas; o Brooklyn, 185 mil; Manhattan, 75 mil; Queens, 285 mil; e Staten Island, outras 175 mil. A cidade teve um acréscimo de 20% na área florestada dentro do município.
“As árvores fazem muito. Elas criam sombras, então você não tem o sol aquecendo diretamente o chão e criando os efeitos das ilhas de calor. O crescimento das mudas também tem um grande impacto no armazenamento de carbono”, explicou ao The New York Times Denise Hoffman, diretora do programa de arquitetura da Universidade da Cidade de Nova Iorque.

Locais de plantio

As mudas foram plantadas em parques, calçadas e nos jardins de casas e empresas. Órgãos municipais, com o apoio de voluntários, manterão as mudas limpas, livres das ações de vândalos e de animais domésticos.
A verba dos sistemas de manutenção é de US$ 6,1 milhões, mas, para reduzir os custos, a administração pública planeja uma nova campanha, “Ame uma árvore”, que incentivará a população a adotar árvores do bairro e se responsabilizar pelo seu cuidado.

Fonte: EcoD

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

ARBORIZAÇÃO URBANA: IMPORTÂNCIA E ASPECTOS JURÍDICOS

Praça na cidade de NOVA PRATA RS
Ultimamente temos observado que está aumentando na população a preocupação em relação ao meio ambiente urbano e a qualidade de vida de nossas cidades.
 Fala-se muito em áreas verdes e arborização, mas o que significam e qual a relação que há entre si? Especificamente, qual é a importância da arborização e quais são seus aspectos jurídicos? É o que tentaremos analisar.
Arborizar quer dizer plantar ou guarnecer de árvores um local. Por sua vez arborização é o efeito de arborizar. Porém, quando pronunciamos estas palavras tem-se a impressão, a primeira vista, de que estamos nos referindo a uma região rural, mas estes termos são muito mais utilizados em áreas urbanas do que nas rurais.
A arborização urbana é caracterizada principalmente pela plantação de arvores de porte em praças, parques, nas calçadas de vias públicas e nas alamedas e se constitui hoje em dia uma das mais relevantes atividades da gestão urbana, devendo fazer parte dos planos, projetos e programas urbanísticos das cidades.
Todo o complexo arbóreo de uma cidade, quer seja plantado ou natural, compõe em termos globais a sua área verde. Todavia, costuma-se excluir a arborização ao longo das vias públicas como integrante de sua área verde, por se considerar acessória e ter objetivos distintos, já que as áreas verdes são destinadas principalmente à recreação e ao lazer e aquela tem a finalidade estética, de ornamentação e sombreamento (José Afonso da Silva. Direito Urbanístico Brasileiro, 2. ed. São Paulo. Malheiros, 1997, pg247-248).
Praça na cidade de NOVA PRATA RS
Isto se deve também ao fato de que a legislação de uso e parcelamento do solo (Lei 6766/79) obrigar aos loteamentos apenas a destinar uma área verde para praças, silenciando-se sobre arborização das ruas.
Outros ainda afirmam que falta de permeabilidade em vista das calçadas, descaracteriza esta forma de arborização como área verde.
Realmente se analisarmos apenas pelas suas finalidades principais, são distintas, mas se analisarmos do ponto de vista ambiental, podemos concluir que as árvores existentes ao logo das vias públicas não podem ser excluídas do complexo de áreas verdes da cidade, pois apesar de estarem dispostas de forma linear ou paralela, constituem-se muitas vezes em uma “massa verde contínua”, propiciando praticamente os mesmos efeitos das áreas consideradas como verdes das praças e parques.
Ademais, normalmente estas árvores estão protegidas pela legislação municipal contra cortes, de forma que sua localização acaba sendo perene, fortalecendo o entendimento de que compõem efetivamente a “massa verde urbana”.
Depredação na av. Romeu Samarani em PORTO ALEGRE
Além disso, este tipo de arborização tem a finalidade de propiciar um equilíbrio ambiental entre as áreas construídas e o ambiente natural alterado. Para nós toda a vegetação existente na cidade deve ser considerada como área verde, inclusive as árvores de porte que estão nos quintais, ou seja em áreas particulares. Não são áreas verdes da cidade? Evidente que são, pois também estão sob fiscalização do Poder Público, por força do contexto jurídico atual que as protege.  Em suma, toda vegetação ou árvore isolada, quer seja ela pública ou particular, ou de qualquer forma de disposição que exista na cidade, constitui a “massa verde urbana”, por conseqüência a sua área verde.


Aliás, há divergências até quanto a forma de se obter o índice área verde/habitante, pois alguns utilizam em seus cálculos somente as áreas públicas, enquanto outros toda a “massa verde” da cidade. Para nós, deve-se considerar as áreas verdes particulares (quintais e jardins), que muitas vezes são visivelmente maiores que as públicas. Assim, quando falamos em áreas verdes, estamos englobando também as áreas onde houve processo de arborização público ou particular, sem exceção.
Atualmente, as áreas verdes ou espaços verdes são essenciais a qualquer planejamento urbano, tanto que na carta de Atenas há recomendação para sua criação em bairros residenciais, bem como essas áreas devem ser definidas claramente que são para recreação, escolas, parques infantis, para jogos de adolescentes e outros, sempre para uso comunitário.
Além das destinações citadas, as áreas verdes têm outras funções importantes tais como: higiênica, paisagística, estética, plástica, de valorização da qualidade de vida local, de valorização econômica das propriedades ao entorno etc. Em termos de Direito Urbanístico o art. 22 da Lei 6766/79- Lei do Parcelamento do Solo- impõe para o registro de parcelamento a constituição e integração ao domínio público das vias de comunicação, praças e os espaços livres. Nestes últimos estão incluídas as áreas verdes. Pelo art. 23 da citada lei, os espaços livres- entre eles as áreas verdes, como dito- passam a integrar o domínio público do município e em muitos deles as leis de parcelamento do solo determinam que nos projetos de loteamento sejam destinadas percentuais do imóvel a áreas verdes.
Depredação na av. Romeu Samarani em PORTO ALEGRE
Assim, os espaços verdes ou áreas verdes, incluindo-se aí as árvores que ladeiam as vias públicas fruto da arborização urbana, também por serem seus acessórios que devem acompanhar o principal, são bens públicos de uso comum do povo, nos termos do art. 66 do Código Civil, estando à disposição da coletividade, o que implica na obrigação municipal de gestão, devendo o poder público local cuidar destes bens públicos de forma a manter a sua condição de utilização.
A arborização é essencial a qualquer planejamento urbano e tem funções importantíssimas como: propiciar sombra, purificar o ar, atrair aves, diminuir a poluição sonora, constituir fator estético e paisagístico, diminuir o impacto das chuvas, contribuir para o balanço hídrico, valorizar a qualidade de vida local, assim como economicamente as propriedades ao entorno.
Além disso é fator educacional. Funções estas também presentes nos parques e praças. Ademais, por se constituírem em muitos casos em redutos de espécies da fauna e flora local, até com espécies ameaçadas de extinção, as árvores e áreas verdes urbanas tornam-se espaços territoriais importantíssimos em termos preservacionistas, o que aumenta ainda mais sua importância para a coletividade, agregando-se aí também o fator ecológico.
Estas funções e características  reforçam seu caráter de bem difuso, ou seja de todos, afinal o meio ambiente sadio é um direito de todo cidadão (art.225, Constituição Federal).
Aliás, por se tratar de uma atividade de ordem pública imprescindível ao bem estar da população, nos termos dos arts.30,VIII, 183 e 183 da Constituição Federal e do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), cabe ao Poder Público municipal em sua política de desenvolvimento urbano, entre outras atribuições, criar, preservar e proteger as áreas verdes da cidade, mediante leis específica, bem como regulamentar o sistema de arborização. Disciplinar a poda das árvores e criar viveiros municipais de mudas, estão entre as providências específicas neste sentido, sem contar na importância de normas sobre o tema no plano diretor, por exemplo.
Depredação na av. Romeu Samarani em PORTO ALEGRE
Além disso, a legislação urbanística municipal pode e deve incentivar ao particular a conservação de áreas verdes em sua propriedade, assim como incentivar a sua criação e manutenção, possibilitando inclusive desconto no IPTU ao proprietário que constitui ou mantém áreas verdes no seu imóvel, como já ocorrem em algumas cidades. Oportuno lembrar ainda Hely Lopes Meirelles quando diz que entre as atribuições urbanísticas estão as composições estéticas e as paisagísticas da cidade (Direito Municipal Brasileiro. Malheiros. 9ª edição. 1997. pg382), nas quais se inclui perfeitamente a arborização.
Por sua vez, quem destrói ou danifica, lesa ou maltrata, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedades privadas alheias, comete crime ambiental penalizado nos termos do art.49, da Lei 9.605/98.
Portanto, pela condição jurídica de bem comum do povo as áreas verdes naturais ou arborizadas podem e devem ser protegidas legalmente pela coletividade através das associações de bairro por meio da ação civil pública (Lei 7347/85), ou pelo Ministério Público, ou ainda pelo cidadão através da ação popular (Lei 4717/65).
Afinal, por sua importância sócio-ambiental representam valores inestimáveis aos cidadãos, bem como às empresas que nada mais são do que a extensão de nossas atividades e conseqüentemente de nossos anseios e bem estar.
ANTÔNIO SILVEIRA RIBEIRO DOS SANTOS
Criador do Programa Ambiental: A Última Arca de Noé (www.aultimaarcadenoe.com.br)
——
Obs. contéudo do artigo publicado em A Tribuna de Santos/ SP. 16.11.01; Gazeta Mercantil (Legal & Juris.)- 28.11.01; Revista Jurídica- Bahia- novembro/ 2001; Revista Meio Ambiente Industrial- SP- nov./dez. 2001;  Correio Braziliense- Direito & Justiça- 04.03.02 etc.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Arborização #urbana com árvores do #cerrado





Publicado em 20 de nov de 2012
"As condições de artificialidade dos centros urbanos em relação às áreas naturais têm causado vários prejuízos à qualidade de vida dos habitantes. Sabe-se, porém que parte desses prejuízos pode ser evitado pela legislação e controle das atividades urbanas e parte amenizada pelo planejamento urbano, ampliando-se qualitativamente e quantitativamente as áreas verdes e arborização de ruas. (MILANO, 1987)".

Como se vê, árvores e outros elementos das cidades (como postes, outdoors, fios) vivem em completa desarmonia por falta de planejamento e excesso de urbanização das cidades. E é este um dos motivos da não utilização de árvores de florestas, por serem grandes, frondosas e com crescimento capaz de alterar ou mesmo interferir em obras de pontes, edifícios, residências. A escolha das espécies para a arborização urbana é absolutamente fundamental.

E foi nesse sentido que aconteceu a conversa com Saulo Ulhoa, engenheiro agrônomo que nos recebeu na chácara da Novacap, onde estão os viveiros de árvores do cerrado, oriundas de matas de galeria. São plantas típicas de nossa região que, se colocadas na cidade desempenham não somente o papel de embelezar, mas de tornar nosso ambiente mais saudável, agradável. Como diz o engenheiro, "árvore boa é aquela plantada no lugar adequado".
Algumas delas: Pequi, Cagaita, Baru, Jatobá da Mata, Jatobá do Cerrado, Ipês.
Mas, atenção, você que ama Brasília: Vamos começar um movimento forte pela defesa, cuidados e estudos sobre o Cerrado?

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Aposentado planta 16 mil árvores em áreas abandonadas na zona leste de SP

Extraído de: https://razoesparaacreditar.com/cultivar/aposentado-planta-16-mil-arvores-em-areas-abandonadas-na-zona-leste-de-sp/

Por Vicente Carvalho | 
Caminhando pela parte mais fechada da vegetação até o local onde as mudas são recém-plantadas, o administrador aposentado Hélio da Silva, 62, sabe dizer a idade de quase todas as árvores do parque linear Tiquatira, na Penha, zona leste. É ele quem vem plantando exemplares na região há dez anos.
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A ideia era colocar 5.000 unidades; hoje, na contagem do próprio Hélio, são 16.591 árvores de 170 espécies diferentes, a maioria nativa da mata atlântica.
“Algumas pessoas acham que sou funcionário da prefeitura”, afirma ele, que teve de conseguir autorização da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente antes de plantar e não ganha nada pelo trabalho. Por um tempo, diz que gastou R$ 2.000 por mês com mudas e adubo.
PROBLEMAS
Além de plantar, é preciso cuidar da herança que ele diz deixar para os três filhos, os netos e a cidade. Assim, agora no outono, que não é época de plantio, ele poda as mudas. “São Paulo me deu tudo. Estou só retribuindo.”
Ele conta que, quando começou, achavam que era louco. Sua mulher, Leda Vitoriano, era uma dessas pessoas. “Eu dizia: ‘Você faz tudo e quem vai levar a fama são os vereadores'”, conta ela, que acha que o casal comprou brigas desnecessárias.
A principal foi com comerciantes da região, já que a vegetação começou a tapar a visão das lojas da avenida Carvalho Pinto. As primeiras 500 mudas foram destruídas. “De cada dez que eu plantava, arrancavam oito.”
Após quatro anos e 5.000 árvores, a prefeitura transformou, em 2007, o Tiquatira no primeiro parque linear (ao longo de rios) da cidade e lá instalou banheiros e equipamentos de lazer.
Há 12 anos no ponto, o vendedor de coco Antônio Ferreira, 52, testemunhou o processo. “As pessoas começaram a caminhar mais aqui, o movimento dobrou.”
Mas Hélio também ouve piadinhas. “Me perguntam para quem estou plantando. Digo: ‘Pro seu neto, porque logo, logo você já era!’.”
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Matéria original da Folha de S. Paulo.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Plantas ameaçadas de extinção no Brasil


Conheça as principais plantas e árvores ameaçadas de extinção em nosso país e ajude a preservar a fauna

25 DE JUNHO DE 2013
PUBLICADO POR
Redação

Pau-Brasil
Pau-Brasil – Foto: mauroguanandi
Proteger a biodiversidade da extinção em um país de dimensões continentais é uma tarefa proporcional ao tamanho de seu território. Com natureza exuberante, o Brasil reúne grande diversidade de ambientes e espécimes de plantas, sendo que grande quantidade delas também está sob ameaça.
Engana-se quem imagina que as espécies ameaçadas sejam somente as mais frágeis. Dentre as espécies de plantas ameaçadas de extinção no Brasil existe um grande número de árvores, muito em função de sua exploração comercial e do desmatamento. Em regiões em que o extrativismo ainda é a principal fonte de renda de comunidades, a falta de informação é o agravante quanto a esse problema.
Árvores como o pau-brasil, o mogno e o palmito-juçara são três exemplares da nossa flora que estão em perigo por causa de sua exploração comercial. A primeira tem sido explorada desde os tempos coloniais para a marcenaria e para obtenção de seu pigmento de cor avermelhada que caracteriza a espécie. A segunda é outra espécie de planta ameaçada de extinção no Brasil por conta de sua madeira. Centenas de árvores têm o seu fim nas serrarias ilegais da Amazônia, região da qual ela é originalmente extraída.
Palmito Juçara
Palmito Juçara – Foto: 44598240@N03
Já o palmito-juçara, originário da mata atlântica, quase desapareceu em razão de seu interesse comercial. Extrair o palmito leva toda a palmeira à morte e são necessários até 12 anos para que a palmeira atinja o período de extração. Alternativas ao palmito-juçara são as espécies de palmito provenientes da pupunha e o do açaí, mesma palmeira da qual é extraída o fruto amazônico.
Outras espécies de árvores ameaçadas de extinção no Brasil são a castanheira, o jequitibá, a andiroba e a araucária. Mas até mesmo plantas vistas nos quintais de casa podem estar entre as ameaçadas. Um exemplo disso é o xaxim ou samambaiaçu, muito cultivado nos jardins para abrigar as samambaias e sua extração é proibida em todo o país.
Existem também arbustos e algumas espécies de bromélias raras que entram na lista. O caso da arnica-brasileira ou candeia, como é chamada por aqui, é um deles. A planta está ameaçada porque é considerada erva daninha. A planta inibe a germinação de outras espécies a sua volta e por essa razão é muito extraída de seu ambiente natural. Essa planta também possui propriedades fitoterápicas, assim como a arnica europeia e norte-americana.
Confira na galeria que preparamos as espécies de plantas em extinção no Brasil:

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Engenheiro agrônomo alerta para risco plantio e poda incorreta de árvores


Profissional da AES Eletropaulo acredita que ainda faltam técnicos especializados para garantir a manutenção das árvores da cidade.

2 DE SETEMBRO DE 2015
PUBLICADO POR
Redação


iStockphoto.com / AlexRathsPoda incorreta pode matar uma árvore.
Plantar árvores, seja para reduzir a poluição, seja para embelezar a cidade, não é tão simples quanto parece. A queda constante de árvores, por conta de fortes ventos e chuvas, tem mostrado que é preciso responsabilidade na hora de cavar o buraco, plantar, monitorar o crescimento e podar uma árvore.
Um corte certo de árvores e galhos exige técnica, de forma que a árvore mantenha-se bonita e sem riscos para a população. Para evitar acidente e livrar a rede elétrica de galhos e folhas, o engenheiro agrônimo da AES Eletropaulo, Luiz Gustavo Ripani, deve mandar podar cerca de 660 mil árvores na região metropólitana de São Paulo até o final do ano. As informações foram divulgadas na palestra “Arborização e Poda Urbana: Árvores para Cidades”, durante a Virada Sustentável 2015.
“Aproximadamente 56% dos desligamentos de rede elétrica são causadas por árvores. No Brasil não houve projeto paisagístico. Em São Paulo, por exemplo, o plantio de árvores se deu após um amplo crescimento populacional. Até então só existia concreto. E cada um plantou um tipo de árvore, sem nenhum planejamento”, explica Gustavo. “Depois de tantas árvores plantadas, não houve manutenção, por isso muitas das árvores caem com o tempo.

A importância da poda para a cidade e para a rede elétrica


iStockphoto.com / Mercedes Lorenzo FinottiUm bom planejamento paisagístico é essencial para não prejudicar a cidade.
Gustavo frizou em sua apresentação que a visão da poda vem mudando. O que era visto como algo errado, cruel, está sendo mais aceito. Porém, é preciso entender de árvores e da técnica para que a prática seja bem sucedida. “Um corte errado pode matar uma árvore. Seja porque a cabeça ou a raíz foi cortada, seja porque o corte impediu uma boa cicatrização, deixando a árvore suscetível a fungos e, consequentemente, a quedas”, diz. “Quando plantadas muito perto de sargetas, elas também correm risco, porque podem tombar”, completa.
Um bom exemplo de planejamento paisagístico citado pelo engenheiro foi a cidade de Roma na Itália. Lá as árvores ganham uma espécie de RG e são monitoradas e podadas constantemente. Após 10 ou 20 anos, dependendo do tipo, uma mesma árvore é plantada em um viveiro, com o mesmo norte magnético e recebendo as mesmas podas. Quando a árvore localizada na rua está para morrer, é rapidamente trocada por aquela que estava sendo cultivada em um viveiro. Todo o processo acontece durante a noite, com a ajuda de um guindaste.
Outro exemplo de planejamento paisagístico dado por Gustavo é de Zurique, na Suíça. Como lá o inverno é muito rigoroso, foram analisadas as rotas dos ventos e plantadas árvores nas vias principais, de forma que as temperaturas pudessem subir de 0,5 a 1 grau. “O Brasil ainda é embrião quando se fala em projetos como esses. Além disso, a avaliação de risco é pouco feita por aqui”, lamenta. “Já houve casos em que uma árvore estava prestes a cair sobre uma fiação que abastecia metade da cidade da São Paulo, incluindo 10 hospitais. Compramos uma briga, mas retiramos a árvore para evitar o pior”, lembra Gustavo.
Acredita-se que a adoção de uma fiação subterrânea seja a solução para reduzir o número de cortes de árvores na cidade, mas para isso é preciso que São Paulo disponha de uma galeria técnica. “Não é apenas abrir um buraco e enterrar os fios. Um caminhão precisa passar por baixo da rua para fazer as devidas manutenções”, esclarece. E é preciso lembrar também que são apenas as empresas de energia elétrica que fazem uso da fiação aérea no Brasil. Há outros tipos de serviço que utilizam este método de abastecimento.

Poda sem autorização é crime ambiental

Para cortar galhos ou retirar uma árvore de lugar é necessário que se tenha uma autorização da prefeitura. Graziela Lourensoni, gerente de produto da Husqvarna, explica que, nestes casos, um engenheiro agrônomo será deslocado até a área para verificar a necessidade de poda ou remoção.
“As legislações ambientais são rigidas no Brasil e ações como essas podem ser consideradas crimes ambientais.”
Dependendo do caso existe uma responsabilidade legal sobre a árvore, mas é dever de todos os que a circundam fazerem a devida manutenção e monitoramento. Caso a prefeitura plante uma árvore na porta da casa de um morador, por exemplo, legamente a responsabilidade pela manutenção e poda é da própria prefeitura, mas nada impede que todos zelem pela planta.

iStockphoto.com / lues01Árvores precisam de manutenção constante para evitar acidentes.
Além de falar sobre os cuidados na hora da poda, Graziela levou para a palestra uma serra elétrica e falou sobre questões de segurança. “Os profissionais que fazem a poda precisam dominar bem a técnica e o funcionamento das ferramentas a serem utilizadas, para que não haja acidentes graves nem por conta de uso incorreto da serra, nem por mau posicionamento da pessoa na árvore”, alerta.

O destino das árvores podadas

Luiz Gustavo Ripani explica que 100% das árvores podadas ou retiradas voltam para o meio ambiente. “Elas viram adubo para novas árvores ou briquet para alimentar processos de biomassa”.
O engenheiro agrônomo acredita que, para avançar neste segmento, o Brasil precisa dar mais valor aos artigos técnicos, dar mais espaço para as acedemias. Isso porque não adiante tantos estudantes e profissionais escrevem trabalhos interessantes, frutos de intensa pesquisa, e a prefeitura não implementã-los.
“O que estamos vivendo hoje é consequência da ausência de planejamento no passado. Não é só plantar e largar. É preciso preparar o solo, monitorar o crescimento e conduzí-lo com podas corretas, de forma que a árvore seja compatível com os equipamentos urbanos (rede elétrica, semáforos, parques). Antes de plantar árvores é preciso consultar um engenheiro agrônomo ou a prefeitura”, finaliza.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Cuidado com árvores que entopem canos como a figueira-de-vaso (o Ficus benjamina!)


Extraído do  blog Jardim de Helena em www.gaucha.com.br/jardimdehelena

Autoria: Eng. Agr. Helena  Schanzer


Ficus-benjamina common wikimediaExistem diversas árvores da espécie Ficus que são nativas do Rio Grande do Sul e são imunes ao corte pela legislação, ou seja, não podem ser cortadas. Em situações especiais podem ser transplantadas mediante autorização da prefeitura. As figueiras nativas do sul* são das espécies: Ficus enormis, Ficus guaranítica, Ficus insipida, Ficus** luschnatiana, F. Monckii** e Ficus organensis**, todas árvores de grande porte que devem ser plantadas na terra em espaços abertos amplos e ensolarados. Farei um post mais adiante sobre esta árvore magnífica.

Neste post falarei sobre uma espécie de figueira exótica, o Ficus benjamina*** que se adaptou muito bem no Brasil. O Ficus benjamina é uma árvore perene de 10-15 metros de altura, nativa da India, China, Filipinas, Tailandia, Austrália e Nova GuinéCuidado ao usar esta árvore! Ela  é muito usada como planta ornamental dentro e fora de casa.  É usada em vasos e tolera ambientes ventosos, frio, inverno rigoroso, verão quente e seco, ou seja, é super resistente e o seu grande problema é o sistema radicular super agressivo.  As raízes desta árvore entopem canos, arrebentam os vasos (mesmo os de cimento), rompem calçadas e as raízes vão causando o maior estrago por onde se alastram. Também é provida de raízes aéreas. Esta espécie de Ficus benjamina,  exótica, quando pequena até se pode cultivar em vasos, mas conforme crescem vão ficando enormes e não se deve replantar em qualquer lugar em função das raízes poderosas e do tamanho adulto da árvore. Se for plantar no solo, plante em locais grandes, sem calçadas, sem redes elétricas aéreas, nem tubulações de qualquer espécie. No final do post mostro para vocês os estragos que uma árvore destas causou numa floreira de um apartamento, entupindo toda tubulação. É impressionante!

Foto: Common wikimedia – Ficus benjamina em vaso.
 Ficus benjamina variegata em vasinho quando pequeno
Foto: PIXABAY – Ficus benjamina variegata pequeno em vaso no interior de casa.





Pixabay Ficus-benjamina
Foto: Pixabay Ficus-benjamina plantado na terra – observe que está pequeno e podado.
Ficus benjaminha da foto abaixo foi plantado na floreira da sacada de um apartamento. Olha as raízes que ocuparam a parte interna da tubulação, obstruindo o cano do pluvial e causando o alagamento da sacada. Foi preciso quebrar o cano para remover do seu interior as raízes do Ficus benjamina. Olha o formato das raízes: ficaram como o cano onde estavam alojadas.
ficus e raízes
Foto: Helena Schanzer – raízes do Ficus benjamina no formato da tubulação de água que o Ficus invadiu.


Foto: Helena Schanzer – raízes do Ficus benjamina como ficaram depois                                                                                               de retiradas de dentro do cano
floreira onde estava o ficus
Foto: Helena Schanzer – Olha a floreira onde foi plantado o Ficus benjamina
LOCAL ONDE O CANO TEVE Q SER QUEBRADO
Foto: Helena Schanzer –  cano que teve que ser quebrado para retirar as raízes da árvore                                                                       Ficus benajmina que estava obstruindo
raízes 2
Foto: Helena Schanzer – raízes da árvore Ficus benjamina no formato da tubulação de água que o Ficus invadiu.

*Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil/Harry Lorenzi. Nova Odessa, SP. Editora Plantarum, 1992. Brasil.
*Árvores do sul:guia de identificação & interesse ecológico. Paulo Backes & Bruno Irgang. Clube da árvore. Instituto Souza Cruz. 2002.
***Árvores exóticas no Brasil, Harry Lorenzi  et alli. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, 2003. Brasil.

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