Mostrando postagens com marcador agricultura familiar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador agricultura familiar. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Criatividade do professor Pardal: Para capina nas culturas de linha para a remoção de ervas daninhas com raízes rasas.

Bom dia! Recebi em um email, a foto desta ferramenta. Parece ser muito útil. 
Alguém sabe se existe fabricação de similar no Brasil??
Por favor avise.
 
Para capina nas culturas de linha para a remoção de ervas daninhas com raízes rasas.
 Foi projetado ergonomicamente para fácil operação.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

SDR realiza atividade comemorativa à Produção Agroecológica em Viamão - COPERAV

Participei desta visita ao assentamento filhos de Sepé, foi uma visita muito interessante!





Criado em 1998, o assentamento Filhos de Sepé abriga 376 famílias, divididas em 4 setores. A vasta área, onde inclusive há uma reserva ecológica intocável, não tinha nada além de grama selvagem. Se hoje você pode escutar o som dos pássaros e caminhar entre frutíferas árvores, dificilmente imaginará que havia apenas duas delas quando os assentados chegaram. Com um área total de 7000 ha, incluindo a reserva de aproximadamente 2000 ha , localizada no banhado do pacheco. Produzem em 1500 ha arroz orgânico e algumas famílias cultivam hortas orgânicas, até com entrega de cestas de produtos. Outras tem pomares, outras são artesãs com trabalho em lã e outros materiais.

A COPERAV tem uma agroindústria produzindo bolachas, biscoitos e outros produtos, pretendem construir um moinho para produzir farinha de arroz. Assim querem incorporar este ingrediente em seus produtos.

Comercializam seus produtos com 80 escolas da região, atingindo aproximadamente 2000 crianças.

Existe um projeto para estas visitas ao assentamento serem mensais, se você concorda ou quer mais informações acesse: http://coperav.com.br/

Viamão - Águas Claras - RS 040 - Rua Florestan Fernandes, 60 - FONE:99054107

Agroecologia será o tema central da atividadeAgroecologia será o tema central da atividade
No próximo dia 17 de outubro, será promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) uma atividade comemorativa à Produção Agroecológica de Alimentos no Assentamento de Reforma Agrária Filhos de Sepé, localizado no município de Viamão. O evento proporcionará visita em áreas de produção agroecológica, ato e almoço de encerramento com alimentos orgânicos.
Participam da organização deste evento a Cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos Ltda. - COPTEC, Assentamento Filhos de Sepé/Viamão, EMATER/RS – ASCAR, e Departamento de Desenvolvimento Agrário – DDA.
A atividade é uma alusão ao Dia Mundial de Alimentação, estabelecido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para o dia 16 de outubro, com o tema “Sistemas Alimentares Sustentáveis para Segurança Alimentar e Nutricional”. No Rio Grande do Sul, para comemorar esta data, diversas entidades governamentais e da sociedade civil promovem a Semana da Alimentação, de 14 a 20 de outubro de 2013.
A SDR convida a todos a vivenciar diretamente com os envolvidos na produção de alimentos sustentáveis, que promove a preservação ambiental e o fortalecimento das comunidades de pequenos agricultores.

Programação:
9:00 – 12:00hs
Visitação em áreas de produção agroecológicas (hortaliças e arroz irrigado) e agroindústria.
12:00 – 12:40hs
Ato e apresentação de ações relacionadas a produção de alimentos desenvolvidas nos assentamentos.
12:40 – 13:30hs
Almoço de encerramento com produtos orgânicos.
Localização:
Assentamento Filhos de Sepé - Sede Social do Setor “A”
RS 040, Km 21, Parada 72 – 600m pela estrada de terra
Viamão/RS

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Abóboras ou cucurbitáceas, sementes crioulas

Reportagem explica o que são cucurbitácias e apresenta o trabalho da Embrapa com os produtores de Pelotas
e Rio Grande, no R.G.do Sul, na conservação de sementes crioulas

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Agricultura urbana no programa de Gabeira


Veja este programa que apresenta dois exemplos de sucesso na agricultura dentro das cidades. Cidades sem fome e horta das corujas.



 clique na figurae assista

http://bandnewstv.band.uol.com.br/colunistas/coluna.asp?idc=182&idn=660769&tt=capital-natural&tc=agricultura-urbana


São Paulo, uma metrópole superlativa, composta por números imponentes que retratam sua grandiosidade, riquezas e também diferenças. Uma cidade que somada a demais 38 municípios formam a região denominada de A Grande São Paulo, o que lhe confere o título de quarta maior do mundo, com 19 milhões de habitantes, sendo que só a cidade de São Paulo abriga 11 milhões de pessoas.
É dentro deste contexto humano que convivemos diariamente, inseridos num cenário de contrastes onde coabitam riqueza e pobreza. E é dentro dessa realidade que a Organização Cidades sem Fome, através do Projeto de Agricultura Urbana e Hortas Comunitárias, busca superar essas diferenças, trabalhando para diminuir a insegurança alimentar e nutricional de comunidades em situação de vulnerabilidade social.
Reduzir a fome e o desemprego por meio de programas de agricultura urbana e hortas são contribuições importantes para o futuro da sustentabilidade das nossas cidades. Essa é a nossa missão, e a sua participação e engajamento tem papel fundamental em toda essa envolvente história de responsabilidade e cidadania.

http://cidadessemfome.org/pt/
Gärten in Sao Paulo
21 núcleos de hortas implantados, mais de 700 pessoas diretamente beneficiadas, perto de 4.000 pessoas indiretamente beneficiadas, 48 cursos de capacitação profissional ministrados.
 

Algumas dicas para plantar na Horta das Corujas

Nossa horta fica num espaço público e por isso todos são bem-vindos para plantar, colher ou apenas passear. Mas precisamos criar alguns acordos de convivência que evitam conflitos e frustrações.
O momento de colocar uma semente ou muda na terra é realmente mágico e todos adoram.  leia mais....

sábado, 29 de junho de 2013

Cerco aos agrotóxicos no RS !!

Supermercados gaúchos aceitam rastrear frutas, verduras e legumes

Associação do setor anunciou que pretende buscar acordo com o Ministério Público para identificar os produtores dos hortigranjeiros vendidos pelas redes


Supermercados gaúchos aceitam rastrear frutas, verduras e legumes Ricardo Duarte/Agencia RBS
No Estado, 25% das amostras analisadas têm resíduos acima do limite permitido, apontam dados da Anvisa Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
Depois de o Ministério Público (MP) iniciar uma ofensiva judicial para tentar obrigar as 10 maiores redes gaúchas de supermercados a cumprir a norma técnica estadual de 2005 que exige rastreamento dos hortigranjeiros, a entidade que representa o setor decidiu ontem buscar uma conciliação.
A iniciativa da promotoria especializada de defesa do consumidor, somada ao programa de análise de resíduos de agrotóxicos em verduras, frutas e legumes, busca identificar produtores que aplicam químicos de forma irregular nos alimentos consumidos in natura.
Apesar da posição da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) em tentar um acordo, o MP sustenta que decidiu ingressar com as ações porque as empresas e a entidade se negaram a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que formalizaria a adesão às regras.
— Estamos entrando em contato com o MP e pedindo uma audiência. Houve um mal-entendido. A Agas quer colaborar. Nossa posição também é de defender o consumidor — diz o presidente da Agas, Antonio Cesa Longo.
Para o dirigente, como foi iniciado o monitoramento dos hortigranjeiros na Ceasa, onde pequenos e médios mercados se abastecem, a tarefa fica facilitada. Os grupos maiores, diz Longo, já têm fornecedores identificados.
Mesmo estranhando a nova posição, o promotor Alcindo Bastos, à frente do caso, considera o recuo positivo:
— Um acordo é sempre possível. Para nós, é interessante. Mas precisamos de uma rastreabilidade de fato. A Agas foi enfática (à época das negociações sobre o TAC) e não houve consenso.
A entidade, por sua vez, questiona a iniciativa do MP de acionar somente as maiores redes. Segundo Alcindo, foi apenas uma estratégia inicial para, posteriormente, forçar outros varejistas a cumprirem a norma. Duas decisões judiciais saíram até agora. Uma, referente à rede Asun, foi favorável ao MP. Na outra, contra o Carrefour, o despacho beneficiou a rede.
A importância de identificar a origem do produto com inconformidade é fazer com que as propriedades sejam fiscalizadas e os erros de aplicação de químicos corrigidos, explica Suzana Nietiedt, coordenadora do Programa Estadual de Monitoramento de Hortigranjeiros.
— Se não chegarmos ao produtor, não resolveremos o problema — diz.
No Estado, 25% das amostras coletadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentam resíduos acima do limite, produtos proibidos ou não permitidos para a cultura. As coletas da Ceasa, ligadas a outra iniciativa, começaram em maio e os resultados ainda não saíram.
O consumo de alimentos contaminados com agrotóxicos ao longo dos anos é relacionado, por exemplo, ao aparecimento de câncer.

MP não aceita adotar programa do setor
Enquanto negociavam com o Ministério Público (MP), as redes propuseram a utilização do Programa de Rastreamento e Monitoramento de Alimentos (Rama), criado ano passado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Apesar de também prever o acompanhamento dos resíduos de agrotóxicos e rastreamentos de frutas, legumes e verduras, o modelo não foi aceito.
— Sem a assinatura do TAC não haveria previsão de multa em caso de descumprimento e várias informações não seriam repassadas ao MP. Seria uma espécie de autocontrole — ressalta o promotor Alcindo Bastos.
Como o programa da Abras prevê a adesão espontânea dos supermercados, até agora apenas 20 redes de Santa Catarina e do Rio Grande do Norte participam, com a inclusão de 230 fornecedores monitorados.
Conforme a entidade nacional, supermercados do Pará e do Maranhão mantêm tratativas para se incorporarem ao programa de rastreamento.
Campeões de irregularidades

Percentual de amostras com resultados insatisfatórios no Estado, segundo a Vigilância Sanitária
Pimentão: 83%
Pepino: 80%
Morango: 60%
Cenoura: 60%
Couve: 50%
Alface: 50%

fonte:
ZERO HORA

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Macadâmia para o mercado interno - Record News Rural


Enviado em 04/03/2011
Pequena e saborosa, a macadâmia é considerada a noz mais nobre do mundo. Apesar de toda essa fama, o alimento não é íntimo da maioria dos brasileiros. Mesmo assim, um produtor de Jaboticabal aposta no mercado interno para vender toda a produção.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Arroz ecológico e agroindustrialização no assentamento Filhos de Sepé - ...





Os agricultores do assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, têm todos os motivos para comemorar. Neste ano, estão colhendo uma baita safra de arroz ecológico. E as agricultoras vão muito bem na agroindústria de panificação. E já pretendem beneficiar os hortigranjeiros, e vender para a alimentação escolar.

Jornalista Taline Schneider
Cinegrafista José Cabral
Viamão - RS

sábado, 30 de março de 2013

Tecnologias simples ajudam agricultores a conviver com a seca

Associações ajudam agricultores a usarem técnicas de baixo custo.

Do Globo Rural
4 comentários
Terra seca, pouco pasto, açudes e barreiros sem água. A estiagem não dá trégua. O semiárido da Paraíba vem sofrendo com a forte estiagem desde o ano passado.
Em março, deveria estar em plena época de chuvas, o chamado inverno, que vai até meados do ano. Deveria, mas o que choveu até agora ainda não foi suficiente para animar os produtores para o plantio.

Os efeitos da pior seca dos últimos anos se propagaram por toda a região. Foram sentidos em maior ou menor intensidade pelas famílias. Em tempos difíceis assim, o que faz toda a diferença é a tecnologia. Adaptada, simples, mas muito eficaz.

Arenilson de Souza e Marinalva moram em um lote de 12 hectares, em um assentamento em Remígio. Como muitos pequenos produtores da região, também sentiram os efeitos da seca, mas estão conseguindo passar por esse período difícil graças às técnicas que aprenderam em treinamentos com associações e trocas de experiências com outros produtores.
Eles usam a palma pra alimentar os animais e a produção aumentou bastante depois que Marinalva aprendeu em um curso que deixar a criação de galinhas na lavoura só faz bem. “A vantagem é porque as galinhas acabam adubando a palma. A galinha ficar no cercado dá uma qualidade de vida melhor pra ela”, explica a agricultora.
Com a ajuda de uma associação, eles construíram duas cisternas - uma para o uso da família e outra para os animais e para aguar as plantas. Também em um curso, eles conheceram a técnica do canteiro econômico. Uma camada  de lona plástica é enterrada para reter a umidade por mais tempo no solo. Assim, dá pra cultivar frutas e hortaliças usando menos água. Também há canteiros que garantem o aproveitamento da água. “Eu molho as plantas de cima, a água cai e já molha as debaixo”, explica Marinalva.

Uma barragem é a principal fonte de abastecimento do sítio. Ela conseguiu atravessar o longo período de estiagem e foi a salvação para o casal de agricultores, Marinalva e Arenilson Souza, e de mais 14 famílias vizinhas.


Foi com a ajuda dos técnicos que Arenilson ampliou a barragem que hoje atende tanta gente. Também foi assim com as outras técnicas que aprendeu ao longo desses anos. Por onde se anda na região, tem um pouquinho do conhecimento e de tecnologia. “A ajuda de algumas pessoas mostrou que seria melhor usar essas tecnologias”, conta o agricultor.
Marinalva consegue melhorar ainda mais as coisas no sítio. Toda semana, ela leva tudo que produz nas hortas para uma feira em Remígio. “Aqui foi um meio de eu ter meu dinheirinho e melhorar a qualidade de vida em casa, com meus filhos. Me sinto valorizada”, diz.
Os agricultores recebem orientação técnica de órgãos oficiais ou de ONGs - Organizações Não-Governamentais, como a ASPTA, uma entidade de apoio à agricultura familiar e a agroecologia.

“Os agricultores vêm demonstrando que a partir das suas experiências, a melhoria da qualidade de vida vem acontecendo no campo. Estão desenvolvendo estratégias que permitam a melhor convivência com essa região seca”, avalia Emanoel Dias, agrônomo – ASPTA.
Os agricultores, Luiz Souza e Eliete, são outro exemplo de pequenos agricultores que usam a tecnologia para enfrentar as dificuldades causadas pela seca. Eles vivem em um sítio de 35 hectares, em Solânea, onde plantam feijão e milho. Além da criação de gado, ovelhas e as cabras que dão o leite para o sustento da família.
Parte do alimento dado aos animais vem da palma que o agricultor plantou  consorciada com algumas árvores e plantas nativas. Só com essa mudança de manejo, o resultado foi surpreendente.

“A palma é uma das plantas que requer um pouco de sombra, porque na época em que a gente pega uma seca terrível, a palma fica quase morrendo. Tendo essas outras culturas, mororó, feijão bravo e outras diversidades de plantas nativas, faz com tenha uma produção maior de palma no próprio terreno”, afirma o agricultor.
Luiz Souza aprendeu outra técnica para alimentar o gado em plena seca. Uma silagem foi feita com palha de milho e sorgo, colhidos no ano passado. Já está no fim, mas ainda garante comida no cocho enquanto a chuva não chega no pasto.
Quando a água chegar, nada melhor do que manter o solo preparado. Por isso, o agricultor aprendeu a técnica da cerca de pedra. “Ela serve de barramento pra não entupir o depósito de água e também pra evitar erosão. No decorrer do tempo, a propriedade vai ficando cheia de erosão e sem esse manejo, nos traz prejuízo, porque a terra, a cada ano, vai enfraquecendo cada vez mais”, comenta.

Outra técnica adotada no sítio é a cerca viva, com dupla função. “Ela serve de quebra vento e de alimentação para os animais. Fica muito mais barato e o meio ambiente agradece”, explica o agricultor.
Duas cisternas garantem o abastecimento de água da casa. Para o gado e a lavoura, Luiz conta com imensos tanques de pedra, formados com a água da chuva e adaptados para o armazenamento. Não tem bomba nem motor, a água desce por gravidade para as torneiras da casa.
São tecnologias simples como estas que estão garantindo ao Luiz e Eliete um bom estoque de comida na despensa. A mesa é farta, mesmo em época de seca severa. “Se não fosse essa tecnologia e o trabalhado junto às essas organizações, há doze anos, acho que a gente não tava nem produzindo mais na própria propriedade, porque a terra já estaria enfraquecida e a produção estaria a zero”, avalia Luiz Souza.
Apesar da chuva ter voltado em algumas partes do Nordeste, 198 municípios da Paraíba ainda estão em estado de emergência por causa da seca, segundo o Ministério da Integração Nacional. Em todo o semiárido nordestino, são quase 1.300 municípios.
 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Video: Embrapa ensina a criar galinha caipira



Matéria importante da Embrapa ensinando a criar galinhas caipiras de forma alternativa onde possa gerar uma renda para o produtor rural. sistema de manejo sustentável onde possa envolver toda a família na criação das galinhas caipiras.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

ALIMENTOS: PRODUÇÃO GLOBALIZADA VERSUS PRODUÇÃO LOCAL


RIO DE JANEIRO 24 JULHO 2012
22° 54′ 30″ S43° 11′ 47″ W
PALESTRA DE CARLO PETRINI NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO NO DIA 26 DE JUNHO DE 2012.

O monopólio da indústria de alimentos, aliado ao desperdício de parte da produção mundial e a importância da economia local foram os principais temas discutidos em palestra de Carlo Petrini, presidente do Slow Food Internacional, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

Carlo Petrini apontou grandes falhas no atual sistema de produção e distribuição de alimentos. Uma delas é o monopólio das empresas do ramo, que favorece a monocultura para a produção em massa. Assim, é desvalorizado o produtor local que acaba abandonando o trabalho no campo, por não conseguir competir em pé de igualdade com a oferta dos grandes grupos. 


Petrini destacou que as grandes empresas buscam um modelo de produto esteticamente perfeito, não valorizando as suas características naturais. Mas, para os alimentos atenderem a tais requisitos, são necessários litros de agrotóxicos no solo. 


Durante a palestra, ele lembrou de uma experiência vivida em Langhe, Piemonte, onde experimentou uma massa com pimentões, em um restaurante de uma determinada região, quando percebeu que o produto não tinha sabor. Perguntou aos funcionários do estabelecimento qual era a procedência dos pimentões e eles contaram que eram importados da Holanda. Vinham todos devidamente embalados com o mesmo tamanho. “Pensaram em tudo, menos no sabor”, disse ele. Com tanta terra disponível, o ativista também se questionou sobre a importação desse tipo de produto que poderia ser cultivado localmente. 


Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura), globalmente são produzidos alimentos para o equivalente a 12 bilhões de pessoas. Mas a população mundial é de sete bilhões de habitantes e, desse total, estima-se que cerca de um bilhão passa fome. Ou seja, 100% a mais de alimento desperdiçado, enquanto grande parte da sociedade sofre a sua falta. Isso é o resultado de uma corrida frenética para suprir uma demanda desnecessária.
 
A busca por uma economia globalizada acaba por fazer sucumbir a produção de alimentos de determinadas regiões, penalizando os produtores locais e enfraquecendo características culturais, segundo mencionou o palestrante.

Outro exemplo citado por Petrini foi um caso de monopólio ocorrido na África. Segundo ele, existia uma população ribeirinha ao longo do Rio Nilo, que dependia da pesca para a sua sobrevivência. O rio possuía cerca de 3,5 mil espécies de peixes, classificados como pequenos. Até que um dia, grandes empresas introduziram uma espécie de grande porte. Primeiramente, os ribeirinhos ficaram animados com a ideia, mas não sabiam que essa espécie era predadora e que, para manter-se dependia de consumir muitos peixes. O resultado dessa experiência desastrosa foi uma grande extinção, reduzindo as espécies locais para cerca de 400. Além disso, os simples pescadores não possuíam mais condições de trabalho, já que as grandes empresas contavam com navios equipados para pegar o pescado que era dividido em porções, embalado e congelado, ficando pronto para ir direto aos supermercados. 




Após apontar os grandes defeitos da produção alimentícia mundial, que denominou de “pornografia alimentar”, o ativista citou algumas formas de mudar esse sistema falho. Como por exemplo, o retorno aos campos em que o agricultor local é valorizado. Ele também defendeu o combate ao desperdício, além de educação e informação para que as pessoas passem a buscar produtos bons, limpos e justos”.


Carlo Petrini valoriza o retorno da agricultura local e incentiva os jovens a pensarem sobre a qualidade do alimento e o trajeto limpo que o produto percorria até chegar à mesa do consumidor antigamente. Apesar da ideia de valorização de formas de produção mais antigas, ele enfatiza que não se pode abrir mão da tecnologia. Para ilustrar esse argumento, contou sobre uma viagem que fez ao Marrocos, onde conheceu um pequeno produtor de geleia que vendia para vários lugares do mundo através da divulgação do produto na internet. Finalizou deixando claro que não possui uma visão romantizada dos tempos antigos, pois em épocas passadas existia uma realidade de muita fome.


Visão crítica da RIO+20

Carlo Petrini veio ao Brasil para participar da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu na cidade no mês de junho. Durante a palestra na UFRJ fez uma reflexão sobre o grande impacto ambiental causado por um evento desse porte. Primeiro, destacou o sistema de refrigeração do RioCentro, onde ar condicionado encontrava-se em temperaturas muito baixas, gerando um grande desperdício de energia. E um segundo ponto mencionado, foi a questão da alimentação no local. Para ele, um evento tão importante para discutir temas relacionados à sustentabilidade, não podia deixar de oferecer opções de restaurantes com produtos orgânicos e estabelecimentos que prezassem pela ideia central da Conferência.  Opinou também que o verdadeiro evento foi a Cúpula dos Povos que reuniu milhares de integrantes de organizações da sociedade.




MAIS INFORMAÇÕES

Carlo Petrini é o fundador do movimento internacional Slow Food e da Fundação ONLUS para a Biodiversidade. Petrini nasceu em Bra, Itália, no dia 22 de Junho de 1949. Tornou-se escritor sobre alimentos e vinho em 1977, e tem colaborado para vários jornais italianos e outras publicações ao redor do mundo.

fonte: http://web.princeton.edu/sites/pei/pdf/CarloPetriniBio.pdf



Fundado por Carlo Petrini em 1986, o Slow Food se tornou uma associação internacional sem fins lucrativos em 1989. Atualmente, conta com mais de 100.000 membros e tem escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, nos Estados Unidos, na França, no Japão e Reino Unido, além de apoiadores em 150 países. O princípio básico do movimento é o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores.


conheça mais em www.slowfood.com e www.slowfoodbrasil.com
  

_________________________________________________________________________________
Paulo de Abreu e Lima é gastrônomo profissional, mestre em cultura & comunicação alimentar e sócio-fundador do estúdio boutique de pesquisa e inovação no agronegócio e gastronomia estilogourmand ltda, com escritórios no Rio de Janeiro e Madrid

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Participando da 36 Romaria da Terra - Bento Gonçalves - RS



 
Neste dia 12 de fevereiro participamos desta romaria, onde havia muito produtores agroecológicos, com distribuição de sementes pela Emater RS, divulgação de trabalhos e ações de várias cooperativas e associações de agricultores.









Encontrei uma banca vendendo mudas da BATATA YACON, quem diria!!! Comprei algumas mudas e vou plantar. 

Também fomos presenteados com mudas de CHIA.

Realizada pela primeira vez em Bento Gonçalves, a Romaria da Terra reuniu mais de 10 mil romeiros, de 50 municípios gaúchos, em sua 36ª edição, na data de ontem, que neste ano teve como palavra acolhida 
“Terra, Vida e Cidadania: princípios do bem viver”. A romaria foi organizada pela Diocese de Caxias do Sul, pela Paróquia Santo Antônio de Bento Gonçalves e com o auxílio da Comissão Pastoral da Terra.

O Bispo Alessandro Rufinoni, da diocese de Caxias do Sul, afirmou que a romaria quer transmitir valores como a terra, a ecologia e difundir o amor à terra e a preservação da saúde dos agricultores. "Queremos ajudar os jovens a permanecer na terra", destacou o bispo.

PARABÉNS AOS ORGANIZADORES PELA ROMARIA!
alexandre


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O modelo da Agricultura Natural em solos arenosos.

 por Adriana Otutumi
 Vista geral da área com os canteiros em produção – Marracuene, Moçambique
A Agricultura Natural em solo arenoso é viável. Uma vez que existem muitos solos desta natureza em todo continente africano, a agricultura neste tipo de solo tornou-se um grande desafio, pelo fato de muitas pessoas não acreditarem no potencial deste solo, classificado como Areia Quartzosa, passando a defini-lo como terra improdutiva.
Cientificamente este tipo de solo apresenta baixa capacidade produtiva, pouca retenção de água e uma pobreza natural em nutrientes para as plantas. Por serem muito arenosos, com baixa capacidade de agregação de partículas, condicionada pelos baixos teores de argila e de matéria orgânica, esses solos são muito suscetíveis à erosão e lixiviação dos nutrientes. Ao mesmo tempo, estes solos apresentam a vantagem de apresentar uma alta permeabilidade o qual facilita o trabalho de manejo do solo.
Aproveitamos este potencial do solo e aprofundamos na sua aptidão agrícola, buscando estudar quais as culturas melhor se adaptavam a ele. Assim, iniciamos a implantação de um modelo de Agricultura Natural em Moçambique, buscando aproveitar o máximo do potencial existente neste solo, através de um manejo onde a biodiversidade de culturas, a proteção do solo e o manejo da matéria orgânica fossem levados em consideração para o sucesso da produção agrícola.
O manejo do solo é feito através da incorporação de muita matéria orgânica, composta por restos de folhas, restos de culturas e podas de árvores durante o preparo do solo e na adubação de manutenção das culturas. Outra prática importante, é manter o solo sempre com uma cobertura morta, de forma a permitir a manutenção da umidade do solo, favorecer a economia de água e garantir sua proteção contra os raios solares intensos.
Introdução de adubação verde em alguns canteiros para permitir um equilíbrio do ambiente
Dentre as hortícolas, fazer um consórcio das mesmas, ou seja, plantar mais de uma cultura em um mesmo canteiro, de forma que as mesmas possam se beneficiar mutuamente é uma boa opção. Veja a experiência abaixo:
Consórcio de alface x rúcula e consórico de diversas variedades de alface no solo arenoso
Vale ressaltar, que existem culturas que não se desenvolvem bem quando são plantadas juntas, então é necessário fazer um estudo prévio das culturas que podem ser consorciadas.
Constatamos também o potencial para a produção de alface, amendoim, batata-doce, beterraba, caju, cebola, cenoura, coco, couve, mandioca, milho, entre outras. Verificadas a melhor época de produção de cada cultura, devemos favorecer a biodiversidade de culturas na produção, introduzindo espécies frutíferas, florestais e hortícolas.
FONTE:
http://www.africarte.org/Cases_Ler.aspx?id=2

domingo, 27 de maio de 2012

Caderno de "Homeopatia Aplicada à Agricultura"


Nós do Programa de Extensão de "Divulgação das Plantas Medicinais, da Homeopatia e da Produção de Alimentos Orgânicos" do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, disponibilizamos cartilhas gratuitamente sobre "Homeopatia Aplicada à Agricultura".

Temos interesse em disponibilizar essas cartilhas online para o maior número de pessoas possível. Temos o foco principal no agricultor.

Também fornecemos estas cartilhas impressas, gratuitamente.
Desde já agradeço e aguardo retorno.

Atenciosamente,  Rafaela Alves.
 
Segue cartilha no link abaixo
Caderno de Homeopatia A5-3[1].pdf - 4shared.com - document sharing - download - alexandre panerai

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Técnica Rural - Produção Agroecológica

Em uma pequena propriedade, é possível implantar culturas diferentes, que convivem de forma harmônica, seguindo os princípios da agroecologia. O Técnica Rural visitou uma fazenda-modelo, instalada no Show Rural, no Paraná, para conhecer tecnologias que diversificam a produção e aumentam a rentabilidade na agricultura familiar




segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Agricultura Urbana , plante verduras e hortaliças em pequenos espaços!

Produzir alimentos e, ao mesmo tempo, ajudar a preservar a natureza. Este é o objetivo da agricultura urbana, uma atividade que a cada dia ganha mais adeptos no Brasil. São tantos os exemplos de hortas dentro das cidades que a iniciativa virou programa de governo. Nesta edição, você aprende como é possível plantar verduras e hortaliças em pequenos espaços sem agredir o meio ambiente.


Agricultura urbana from Momento Ambiental on Vimeo.


Acredite, vale a pena cultivar o seu alimento!
alexandre panerai
eng. agrônomo

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...