segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sumiço das abelhas derruba exportações de mel do Brasil




O Brasil caiu da 5ª para a 10ª colocação mundial em exportação de mel nos últimos dois anos. O motivo foi o abandono das colmeias na região produtora mais importante do país, o Nordeste. Em 2012, alguns estados registraram queda de 90% na produção e o abandono de colmeias chegou a 60%. "A queda no Nordeste reflete diretamente nas exportações nacionais de mel. A região é uma das maiores produtoras e exportadoras do país" explica Maria de Fátima Vidal, coordenadora de estudos e pesquisas do Etene (Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste).
Cerca de 46 mil pequenos apicultores em nove estados nordestinos vivem da atividade e, juntos, respondem por 40% da produção de mel no país -- em épocas com índice normal de chuva. Por trás do sumiço das abelhas está a seca que atinge a região há pelo menos 24 meses. Além das alterações climáticas, bactérias e uso de agrotóxicos são citados como causas da mortalidade das abelhas no Brasil. Mas a falta de documentação sobre o desaparecimento de enxames dificulta o trabalho de controle e monitoramento da situação.

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) prevê que o problema não deve melhorar até 2015. Neste ano, as perspectivas de pouca chuva estão se confirmando e, para o próximo, mesmo que haja precipitação normal, a recuperação das colmeias deve ser lenta. "Isso ocorre porque o período de chuvas no Nordeste é curto sendo que, quando ocorrem as floradas, os novos enxames primeiro puxam cera e fortalecem as famílias e, somente depois, no final do período chuvoso, é que começam a produzir mel", afirma Vidal, em artigo assinado pela Etene, órgão do Banco do Nordeste.

Santa Catarina bate recorde depois de perda histórica

Os produtores de Santa Catarina também sofreram com o desaparecimento dos insetos. Em 2011, pior ano, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o estado produziu cerca de 4 mil toneladas, enquanto a média anual é de 6 mil. "Muitas famílias deixaram a apicultura", lembra Walter Miguel, engenheiro gerente do Centro de Desenvolvimento Apícola da Epagri.

Cerca de 30 mil famílias atuam na atividade no estado do Sul e são responsáveis por cerca de 300 mil colmeias. Em 2011, o desaparecimento de abelhas chegou a quase 100% em algumas regiões. A floração de culturas como maçã e pêra foi prejudicada por causa da ausência das abelhas. "Estima-se que mais de 10% da produção agropecuária tenha sido comprometida pela falta das polinizadoras", destaca Miguel. Nessa parte do Brasil, o frio foi um dos principais motivos que ocasionou o sumiço dos insetos.

Após ações de manejo e orientação dos apicultores, as abelhas retornaram e a produção bateu recorde na última safra: 7 mil toneladas. Além do frio intenso, doenças, manejo inadequado e uso de agrotóxicos contribuíram para a queda da produtividade e sumiço dos insetos. Situação que preocupa pesquisadores, entidades governamentais e apicultores de todo o Brasil.

Síndrome do Colapso das Abelhas

Em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Índia e em nações da União Europeia, o problema é caracterizado como Síndrome do Colapso das Abelhas (CCD, sigla em inglês para Colony Collapse Disorder). Trata-se de um abandono repentino e massivo de colmeias. A situação é grave e, em estados norte-americanos chegou a comprometer a produção agrícola, já que a floração é feita quase que exclusivamente através desse inseto. De acordo com a Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), entre 2007 e 2008 aquele país perdeu cerca de 1 milhão de abelhas.

"Hoje, sabe-se que elas desempenham um papel fundamental na agropecuária. Cerca de 80% de tudo o que é consumido no mundo é polinizado pelas abelhas. A ausência delas reflete-se com impacto direto sobre a agricultura", afirma Walter Miguel, engenheiro agrônomo gerente do Centro de Desenvolvimento Apícola da Epagri.

Agrotóxicos estão entre as causas do sumiço de enxames

Márcio Freitas, coordenador geral de avaliação de substâncias tóxicas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), explica que até o momento há dois casos que se assemelham com CCD no país, em São Paulo e Minas Gerais.

Segundo o especialista, a falta de dados concretos de todas as regiões brasileiras compromete a análise das causas do desaparecimento das abelhas. "Como em muitas regiões do país, a apicultura não ocorre de forma organizada, por isso, muitos casos de desaparecimento não são documentados. Há cerca de cem casos informados ", comenta Freitas.

Apesar de descartar o CCD, o Ibama indica que os defensivos agrícolas estão entre os três principais causadores do desaparecimento de abelhas no Brasil. Eles matam os insetos imediatamente após a aplicação ou afetam seu sistema sensor, fazendo com que ele não consiga retornar à colmeia, enfraquecendo o enxame.

Desde 2010, a entidade analisa três tipos de neonicotinóides, defensivos agrícolas apontados por estudos internacionais como causadores deste fenômeno. Caso se confirme os efeitos nocivos, medidas mais rigorosas para proteger os insetos devem ser adotadas. A expectativa é que, até 2014, os primeiros resultados conclusivos estejam prontos. Em 2012, uma portaria do Ibama restringiu o uso destas substâncias durante o período de floração.

Em abril de 2013, 15 dos 27 países da União Europeia (UE) suspenderam o uso desses defensivos agrícolas. José Cunha, presidente da CBA, garante que existe um esforço conjunto entre os órgãos apícolas e o setor agrícola para mitigar os efeitos dos agrotóxicos sobre os polinizadores.

"O Brasil não pode se desenvolver sem o agronegócio e o meio ambiente não vive sem os polinizadores", analisa, Ele enfatiza que, se forem adotadas medidas de fomento e proteção à atividade, a produção anual pode pular de 50 mil para 200 mil toneladas no país.

FONTE

Deutsche Welle
Autoria: Janara Nicoletti
Edição: Nádia Pontes

Links referenciados

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
www.ibama.gov.br

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
www.epagri.sc.gov.br

Confederação Brasileira de Apicultura
www.brasilapicola.com.br

Banco do Nordeste do Brasil
www.bnb.gov.br

União Europeia
europa.eu/index_pt.htm

Deutsche Welle
www.dw-world.de/dw/0,,607,00.html

Etene
www.bnb.gov.br/content/aplicacao/ETENE/E
tene/gerados/etene_estrutura.asp

Ibama
www.ibama.gov.br

DA TEORIA À PRÁTICA: Projeto utiliza plantas no tratamento de esgoto doméstico


Um sistema compatível com a realidade amazônica, adaptável às comunidades ribeirinhas, que utiliza plantas no pós-tratamento de esgoto doméstico. Em pleno funcionamento em uma casa sobre palafita na comunidade Sagrado Coração de Jesus, no Careiro, o projeto denominado Filtro Raiz, parceria entre a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), entra na terceira fase de execução apresentando resultados promissores.
“Chegamos a 99,99%, até 100 % de remoção de coliformes fecais, o que garante que a água pode ser devolvida ao rio”, comemora a coordenadora do projeto pela FUCAPI, engenheira ambiental Andréa Asmus. O pós-tratamento do esgoto doméstico é feito num sistema denominado wetland, (terra úmida – em inglês), ou Filtro Raiz. De acordo com o projeto, outro protótipo será instalado numa casa flutuante, na mesma comunidade.
A unidade que trata o esgoto resultante da casa tipo palafita é fixa, e alagável no período das cheias. Os protótipos são construídos de forma que apenas a água resultante do tratamento tenha contato com o rio. O líquido sai da fossa séptica, entra pela parte inferior do tanque, passa por camadas de areia e chega à superfície, onde é plantada um tipo de braquiária (gramínia) que auxilia na remoção de nutrientes presentes no esgoto.
O assunto foi tema de reportagens no jornal A Crítica on-line (http://goo.gl/gUoGr) e impresso do dia 8/11/2011; e foi exibida no Jornal da Band do dia 17/11/1011 (http://goo.gl/XortZ).

Uma questão de saúde pública
Segundo Reinier Pedraça, engenheiro sanitarista e supervisor da pesquisa pela Funasa, o projeto tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população que vive em áreas de várzea. “Em muitas dessas áreas é factível a implantação de um sistema de coleta de esgoto, entretanto, a maior dificuldade encontrada refere-se à aplicação dos tratamentos convencionais, visto que a subida das águas inibe ou dificulta essa etapa. Assim sendo, cabe um estudo para verificar a aplicabilidade e adequação do WETLAND (filtro raiz) à situação de áreas de várzea, sujeitas a inundações periódicas. O produto esperado com essa pesquisa é verificar a factibilidade da aplicação desse tipo de solução às características regionais”, explica.
De acordo com o infectologista Rodrigo Leitão, a falta de saneamento básico e o uso da água poluída podem trazer uma série de conseqüências graves à população. “A falta de saneamento básico é um grave problema que, infelizmente, ainda atinge grande parte da população. Doenças como febre tifóide, leptospirose, disenteria e hepatite são transportadas pela água e adquiridas por meio do uso e ingestão de água ou alimentos contaminados por organismos patogênicos. Diarréias e infecções de pele como sarnas e fungos também são doenças decorrentes da falta de saneamento básico”, completa o médico.
Enquanto monitoram os resultados do projeto, os técnicos realizam ações de educação ambiental para conscientizar a comunidade da importância do sistema para o meio ambiente. “Com os resultados, podemos afirmar que esse tipo de sistema pode ser a solução para o tratamento de esgoto doméstico em comunidades ribeirinhas”, diz a engenheira ambiental.
A situação no Brasil
No Brasil, segundo o IBGE, dos 50,3% de esgoto coletado, apenas 31,3% é tratado. Ainda segundo o IBGE (2007), cerca de 23,59% dos domicílios do Amazonas são atendidos por rede coletora de esgoto, sendo que o tratamento de efluentes é praticamente inexistente. Nas comunidades ribeirinhas, situadas em área de várzea ou próximas de rios, a situação é ainda mais precária. Essa situação induz o descarte do esgoto nos rios, lagos e igarapés, em valas a céu aberto, e a contaminação dos lençóis freáticos, através dos sumidouros, favorecendo a ocorrência de doenças de veiculação hídrica. Doenças como a leptospirose, hepatite “A” e febre tifóide são associadas à ausência de tratamento de esgoto.
Segundo dados disponibilizados pela empresa Águas do Amazonas (http://goo.gl/Fbgn4), na cidade de Manaus a coleta de esgoto cobre 11,6% da população, sendo que apenas 2,9% é tratado.
Confira os dados do saneamento básico no Brasil no Atlas IBGE de saneamento: http://goo.gl/jzmJi
Sobre os wetlands
Wetland é a denominação inglesa genérica dada às áreas úmidas naturais onde ocorre a transição entre os ambientes aquáticos e terrestres, reconhecidas como um rico habitat para diversas espécies e capazes de melhorar a qualidade das águas. Os pântanos, brejos, charcos, várzeas, lagos muito rasos e manguezais são exemplos desse tipo de terreno.
Já as wetlands construídas são sistemas naturais de tratamento de esgoto que utilizam plantas para o pós-tratamento de efluentes. Além da melhoria da qualidade do esgoto, a vegetação proporciona apelo estético ao sistema colaborando para a redução nos índices de rejeição ao sistema de tratamento de efluentes por parte da população.
O sistema de wetland permite algumas variações em sua concepção dependendo da orientação do fluxo principal de escoamento, da posição da lâmina d’água em relação ao sistema e o tipo de vegetação utilizado.
No Brasil, segundo artigo de Eneas Salati, Eneas Salati Filho e Eneida Salati, do Instituto Terramax – Consultoria e Projetos Ambientais LTDA, disponível em http://goo.gl/3qzLt,  a primeira tentativa de utilização de sistemas de wetlands construídas foi em 1982, com a construção de um lago artificial nas proximidades de um córrego altamente poluído em Piracicaba/SP.
http://www.fucapi.br/blog/2011/11/da-teoria-prtica-projeto-utiliza-plantas-no-tratamento-de-esgoto-domstico/

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Horta e galinheiro em terraço de edifício na Austrália

Rooftop Chickens

| Chickens, Urban Permaculture | comments | Author :
Rooftop girls
Chickens are an excellent addition to any small-scale growing system, if you have the space. They recycle green waste and produce two very valuable things for the small-scale gardener: fresh eggs, and chicken manure.
In a rooftop garden scenario, there’s no reason that chickens can’t still be a valuable part of the growing system. A great example is at Eagle Street Roofotop Farm in NYC, where Nick recently hung out with some high-rise chickens… 
Eagle Street Rooftop Farm, early Summer
Eagle Street Rooftop Farm, early Summer (chickens are top left)
Seeding asparagus - a perfect and protein-rich chicken food...
Seeding asparagus – a perfect and protein-rich chicken food…
The chicknes are onto it - soon this seesong asparagus will be fresh eggs. And more good manure for the garden
Into the coop, and the chickens are onto it – soon this seeding asparagus will be fresh eggs. And more good manure for the garden
1308 city chickens - 1
City-fresh eggs
City-fresh eggs
Rooftop girls
Rooftop girls
The chicken run at Eagle Street Farm is a simple affair, but it has all the attributes of a good small-scale chicken system:
Shelter: both in the cosy nesting box section, and also along the run as it’s next to a low wall that shields the wind.
Green pick: In the form of regular offcuts, seedheads and leaf material from the garden beds, making for happy, healthy chickens.
Intermittent clean-outs: of the deep litter that builds up in the run as the chickens tread down successive batches of straw and the stems of the green pick.
The deep litter that builds up in the run is perfect for adding to a compost pile, where the nitrogen-rich manure and carbon-rich materials can fast-track a ho-hum compost pile into something that’s ready to return to the garden beds sooner.
And up on a rooftop, every little bit of free nutrient helps, because otherwise you need to bring that nutrient in to grow your next round of veggies, to make up for what you take out in the form of harvest.
The why and how of Eagle Street Rooftop farm. Image © Tom Selby
The why and how of Eagle Street Rooftop farm. Image © Tom Selby
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Annie (Eagle St founder) and the chickens. Image © Tom Selby
You can check out more of Tom Selby’s images of Eagle St Rooftop Farm (shot in 2010) at The Selby. Cheers to the Eagle Street Farm crew for letting Nick check out the action last May.

>> More posts about Urban food growing strategies here…

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Desperdício de alimentos causa prejuízos anuais de US$ 750 bilhões, avalia FAO

Caro visitante, o que você faz para combater o desperdício e reciclar o seu lixo?? Não espere pelos políticos, faça o que é possível no momento.
alexandre
 

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) advertiu ontem (11/09/13), em estudo publicado em Roma, Itália, que os desperdícios com alimentos no mundo podem causar cerca de US$ 750 bilhões anuais de prejuízos. Pelo relatório, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçadas por ano provocam estragos no solo e no meio ambiente. O estudo alerta que o mau uso do lixo alimentar gera prejuízos também à qualidade de vida.

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, disse que medidas preventivas devem ser adotadas por todos -- agricultores, pescadores, processadores de alimentos, supermercados, os governos locais e nacionais, assim como os consumidores. "Temos que fazer mudanças em todos os elos da cadeia alimentar humana para impedir que ocorra o desperdício de alimentos, em seguida temos de promover a reutilização e reciclagem", disse.

Graziano lembrou que há situações que dificultam o desperdício de alimentos devido às "práticas inadequadas" na produção. Ele ressaltou que a FAO criou um manual que mostra medidas adotadas por governos nacionais e locais, agricultores, empresas e consumidores para resolver o problema.

O diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, ressaltou que o ideal é buscar o caminho da sustentabilidade, ao qual devem aderir todos os que participam da cadeia alimentar -- do produtor ao consumidor.

Pelo relatório, 54% dos resíduos dos alimentos no mundo ocorrem na fase inicial da produção -- na manipulação, após a colheita e na armazenagem. Os restantes 46% de prejuízos ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo de alimentos. Os produtos que se perdem ao longo do processo variam em cada região.

Na Ásia, o problema são as perdas envolvendo os cereais, em particular, o arroz. O prejuízo com carne é menor, segundo os dados. Porém, os resíduos de frutas contribuem significativamente para o desperdício de água no Continente Asiático, assim como na Europa e na América Latina.

Nos países em desenvolvimento, os maiores prejuízos ocorrem na fase após a colheita. A FAO recomenda que seja feito um esforço coletivo para orientar as colheitas e equilibrar a produção com a demanda. Também faz sugestões sobre a reutilização e recuperação de alimentos.

FONTE

Agência Brasil
Renata Giraldi - Repórter
Graça Adjuto - Edição

Links referenciados

Cidade do interior de SP recebe programa de compostagem


20 de Agosto de 2013 • Atualizado às 09h00

Um projeto realizado em Mogi Mirim, interior de São Paulo, vai demonstrar a eficiência da compostagem como solução para o acúmulo de lixo nas cidades. A ação depende de um programa de coleta seletiva familiar, o qual deverá fazer a separação e ainda tratar o lixo orgânico produzido por cerca de 5.300 pessoas do município, transformando-o em adubo.
A ação foi idealizada pela BASF, empresa que firmou parceria com a Prefeitura de Mogi Mirim. A compostagem tem como objetivo principal não só a produção do composto natural, mas também mostrar à sociedade que é possível reaproveitar os materiais orgânicos encontrados no lixo. Esta é a primeira vez que o projeto é realizado no Brasil, embora já tenha passado por cinco países anteriormente.
Para Karina Daruich, gerente de biopolímeros da BASF para a América do Sul, os processos de compostagem na cidade do interior paulista têm bastante importância ambiental. “A empresa contribuiu para a redução da quantidade de resíduos orgânicos destinado a aterros, e, além de aumentar a sua vida útil, também ajuda a diminuir a emissão de gases de efeito estufa. Além disso, na compostagem, os nutrientes foram recuperados e devolvidos ao solo como fertilizante para plantas”, explica Karina.
A empresa e as autoridades públicas também se comprometeram a divulgar o programa na cidade, especialmente nas áreas atendidas pela iniciativa. Em conjunto com a BASF, a Prefeitura de Mogi Mirim vai distribuir informativos e realizar treinamentos, workshops e outras atividades direcionadas aos participantes. “O projeto disponibilizará informações úteis sobre a separação dos resíduos sólidos orgânicos domiciliares, contribuindo, assim, para o processo de compostagem”, revelou Gerson Luiz Rossi Junior, vice-prefeito da cidade.
Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

sábado, 7 de setembro de 2013

Biologia na compostagem


A compostagem cria as condições ideais para os processos de decomposição que acontece na natureza. Ela requer o seguinte material:
  • resíduos orgânicos: jornais, folhas, grama, restos de cozinha (frutas, vegetais), materiais de madeira
  • terra: fonte de microorganismos
  • agua
  • ar: fonte de oxigênio

Auditoria do lixo
Quanto lixo você produz em um ano? Que tipo de coisas você joga fora? Quanto pode ser reduzido pela reciclagem ou pela compostagem? Para responder estas perguntas, faça uma auditoria do lixo.
Durante a compostagem, os microorganismos da terra se nutrem dos resíduos orgânicos (contendo carbono) e os decompõem em suas menores partes. Isto produz um húmus rico em fibras, contendo carbono, com nutrientes inorgânicos como nitrogênio, fósforo e potássio. Os microorganismos decompõem o material através da respiração aeróbica e,
portanto, precisam de oxigênio do ar. Eles
também precisam de água para viver e multiplicar. Através do processo da respiração, os microorganismos liberam dióxido de carbono e calor e as temperaturas dentro das pilhas de compostagem podem atingir de 28°C a 66°C. Se a pilha ou recipiente de compostagem for ativamente cuidada, remexida e regada com água regularmente, o processo de decomposição e formação da compostagem final pode acontecer em apenas duas ou três semanas (do contrário, poderá levar meses).
O processo de compostagem
As condições de compostagem devem ser balanceadas para uma decomposição eficiente. Deverá haver:
  • ar em abundância: a mistura deve ser remexida diariamente ou a cada dois dias;
  • água suficiente: a mistura deve ser umedecida, mas não encharcada;
  • mistura apropriada de carbono e nitrogênio: a relação deve ser de aproximadamente 30:1 (consulte o box abaixo);
  • tamanho de partícula pequena: pedaços grandes devem ser desmembrados, pois partículas pequenas se decompõem mais rapidamente;
  • quantidade de terra adequada: deve fornecer microorganismos suficientes para o processo.
Relação Carbono:Nitrogênio
A relação ideal do Carbono para o Nitrogênio (relação C:N) de 30 para 1 (30:1), em uma base de peso medido a seco, é considerado o ideal pelos cientistas para a composto. Mas, não se deixe levar pelos números. O importante é entender como os dois componentes afetam o processo de compostagem e usá-los para gerenciar o seu sistema de compostagem.
Você pode calcular a relação C:N dos seus materiais usando a tabela abaixo, que foi retirada do site Florida´s Online Composting Center.
Material Relação C:N
Grãos de Café 20:1
Espigas de Milho 60:1
Esterco de Vaca 20:1
Restos de Fruta 35:1
Aparas de Grama 20:1
Esterco de Cavalo com Detritos 60:1
Folhas 60:1
Jornal 50-200:1
Folhas de Carvalho (Verde) 26:1
Musgo de Turfa 58:1
Folhas de Pinheiro 60-110:1
Esterco Apodrecido 20:1
Serragem / Madeira 600:1
Serragem exposta ao ar por dois meses 325:1
Palha 80-100:1
Restos de Tábua 15:1
Aparas de Vegetais 12-20:1
Fonte: Florida´s Online Composting Center
Assim, se você tiver dois sacos de aparas de grama (C:N = 20:1) e um saco de folhas (C:N = 60:1) combinados, você terá uma relação C:N de (20:1 + 20:1 + 60:1)/3 = (100:1)/3 = 33:1, que se aproxima bastante do ideal (C:N = 30:1).
Observe que todas as plantas têm mais carbono do que nitrogênio; essa é a razão pela qual a relação C:N está sempre acima de 1.0.

Todas as plantas contêm uma mistura de Carbono e Nitrogênio e todas elas viram adubo com o passar do tempo. Você achará a mistura correta de materiais para as suas necessidades de compostagem pelo método de tentativa e erro. Não se preocupe muito com a relação C:N, apenas tenha em mente que ela pode ser um fator para o seu processo de compostagem.

A pilha de compostagem tem, na verdade, uma organização complexa de organismos vivos ou cadeia alimentar. As bactérias e os fungos decompõem primeiramente a matéria orgânica do lixo. Organismos de uma única célula (protozoários), pequenos vermes (nematódeos) e aracnídeos se alimentam das bactérias e fungos. Nematódeos e aracnídeos predatórios e outros invertebrados (piolhos d'água, miriópodes, besouros) se alimentam dos protozoários. Todos esses organismos trabalham para balancear a população de organismos dentro do composto, o que aumenta a eficiência do processo inteiro.


Por que fazer a compostagem?
O principal objetivo da compostagem é reduzir a quantidade de resíduos sólidos que você produz. Se você reduzir os resíduos sólidos, poupará espaço nos depósitos de lixo municipais, fazendo com que seus impostos sejam reduzidos. O composto acabado tem a vantagem de ser um útil fertilizante natural, sendo ambientalmente mais amigável do que fertilizantes sintéticos.
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FONTE: http://casa.hsw.uol.com.br/compostagem1.htm­

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Decrescimento: ‘Um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito’, por Serge Latouche

 Serge Latouche

Publicado em novembro 24, 2011 por


O que realmente conta na vida não é mensurável, por isso vivemos uma “falência da felicidade quantificável”. Por outro lado, “um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito. Quem acredita nisso ou é louco ou é economista”.
A crítica radical à economia de Serge Latouche, ele mesmo economista, além de sociólogo e antropólogo, visa a descolonizar o imaginário das “ideologias da sociedade moderna”, como indicadores a exemplo do PIB per capita.
Na noite desta segunda-feira, 21 de novembro, no câmpus de Porto Alegre da Unisinos, Latouche fez a sua primeira conferência dentro do Ciclo de Palestras: Economia de Baixo Carbono. Limites e Possibilidades, promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Sua fala, intitulada Desenvolvimento Humano, Decrescimento e a Sociedade Convivial, foi comentada posteriormente por Plinio Alexandre Zalewski Vargas, diretor da Secretaria de Governança da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Nela, o professor de economia da Universidade de Paris XI – Sceaux/Orsay retomou o histórico do seu conceito mais importante: o decrescimento. Seu principal interesse no encontro era apresentar como é possível encontrar, por meio do decrescimento, a “felicidade na frugalidade convivial”.
Latouche começou retomando o histórico do “dispositivo” do PIB (produto interno bruto) per capita, que reduziu a felicidade a um indicador econômico. Historicamente, segundo ele, na passagem da felicidade ao PIB, ocorreu uma tripla redução: 1) a felicidade terrestre passou a ser assimilada ao bem-estar material, em sentido físico, palpável; 2) o bem-estar material foi reduzido ao que pode ser avaliado quantitativamente, estatisticamente, aos bens e serviços comercializáveis e consumíveis; 3) a variação da soma dos bens e serviços caracterizaria a diferença entre o PIB e PIL (produto interno líquido ).
Porém, criticou, o PIB só mede a riqueza comercializável, excluindo-se as transações fora do mercado, como os serviços domésticos, o voluntariado, o mercado negro etc. No caso brasileiro, exemplificou Latouche, a destruição da floresta amazônica não é contada no PIB. “O PIB mede os outputs, ou a produção, e não os outcomes, ou os resultados”, resumindo. Retomando o ex-presidente dos EUA, Kennedy, Latouche afirmou que o PIB também não inclui a saúde das crianças, a beleza da poesia, a solidez do casamento, a integridade, a inteligência e a sabedoria de um povo. “Mede tudo, menos o que faz com que a vida valha a pena de ser vivida”, resumiu.
Por isso, com o passar do tempo, ao experimentarmos que o consumo não faz a felicidade, vivemos uma crise de valores. Algumas tentativas de superar essa mensurabilidade econômica foram, por exemplo, o Genuine Progress Indicator (Indicador de Progresso Autêntico), proposto pelo economista norte-americano Herman Daly, levando em consideração as perdas causadas, por exemplo, pela poluição e pela degradação do meio ambiente. Outra proposta foi a da ONG New Economics Foundation, que, cruzando os resultados das enquetes das organizações da ONU sobre o que os anglo-saxões chamam de sentimento do bem-estar vivido (satisfação subjetiva, esperança média de vida e pegada ecológica per capita), chegaram a um Happy Planet Index (Índice do Planeta Feliz).
Segundo Latouche, também emergiu novamente uma ideia de economia civil da felicidade, desenvolvida a partir dos EUA e que tomou um novo curso na Itália. Para o pensador francês, os teóricos dessa corrente reabilitam uma certa forma de sobriedade, unindo-se a outros movimentos, como o do decrescimento. Mas – e essa é também a sua crítica – veiculam uma certa ambiguidade, deixando sobreviver o “corpo moribundo” daquilo que pretendem destruir: ou seja, uma mentalidade que tudo calcula. Abolindo a fronteira entre o econômico e o não econômico, afirmou Latouche, a teoria da economia civil deixa o caminho aberto a uma forma de pane da economização de tudo, que já estava na ideia de Malthus, tentando incluir dentro dos cálculos o que é incalculável.
Crise de valores
Em síntese, o que essas tentativas demonstram, afirmou Latouche, é que “a sociedade dita desenvolvida, da opulência, se baseia em uma produção massiva, mas também em uma perda de valores”. Assim, retomando um conceito caro a um teólogo amigo seu, Raimon Panikkar, é necessária uma metanoia, ou seja, questionar profundamente o mito do progresso indefinido. É preciso “resistir ao imperialismo da economia para reencontrar o social”. “O que realmente conta na vida não se mede”, sintetiza Latouche.
Portanto, como encontrar a felicidade dentro da frugalidade convivial? Para isso, Latouche reatualiza a intuição do teólogo Ivan Illich, ainda dos anos 1970, do termo convivialidade, que, de certa forma, encontra-se em sintonia com a proposta andina do bem-viver (sumak kawsay), que, afirma, “tem mais coerência do que os economistas, que tentam medir o que não é mensurável”.
Felicidade, para Latouche, é a “abundância frugal em uma sociedade solidária”. Uma prosperidade sem objetivo, uma sobriedade voluntária, segundo Illich. “O projeto de decrescimento que queremos – slogan para marcar uma ruptura com essa lógica do “sempre mais”, do crescimento indefinido – é uma saída do ciclo infernal da criação de necessidades e produtos”.
Esse conceito – decrescimento – nasceu em março de 2002, a partir do colóquio da Unesco “Desfazer o desenvolvimento, refazer o mundo”. Foi a última aparição pública de Ivan Illich. Em síntese, contou Latouche, chegou-se à conclusão de que é preciso combater o desenvolvimento sustentável, que é uma contradição em termos, porque o desenvolvimento “nada mais é do que uma transformação qualitativa do crescimento, e um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito”, afirmou. “Quem acredita nisso ou é louco ou é economista”.
Futuro sustentável
Se o desenvolvimento é uma “palavra tóxica”, Latouche prefere falar de um “futuro sustentável da vida”. E esse, sim, é possível. Por isso, a proposta do decrescimento é a da autolimitação e simplicidade voluntárias, da abundância frugal, da reabilitação do espírito da doação e da promoção da convivialidade. Se na década de 1960 se falava de círculos virtuosos do crescimento, é necessário um círculo virtuoso do decrescimento. Uma “mudança de software”, ilustra Latouche, uma mudança “daquilo que os marxistas chamavam de superestrutura, que leva a uma mudança da infraestrutura”.
E ele propõe, para isso, oito passos:
  1. reavaliar
  2. reconceitualizar
  3. reestruturar
  4. realocar
  5. redistribuir
  6. reduzir
  7. reutilizar
  8. reciclar
Assim, será possível sair do paradigma que nos dominou há dois séculos, o “paradigma da economia”. “Tendemos a ver tudo sob o prisma da economia, que, no entanto, é muito recente e limitado a uma única cultura, uma dentre outras: o Ocidente”. Por isso, para ele, outra contradição em termos é a economia solidária. Em nível teórico, explicou, “é um oximoro, assim como o desenvolvimento sustentável. A economia existente não é solidária, é baseada na avidez, no lucro máximo. Caso contrário, estamos no social, no político, na solidariedade, baseada na lógica da troca, da doação”.
Portanto, sair dessa economicização, para Latouche, é uma conversão ao contrário. “Temos uma relação religiosa com a economia. É preciso nos tornarmos ateus e agnósticos do crescimento. É preciso reencontrar a abundância perdida”. Descolonizar e deseconomizar o imaginário é “redimensionar o papel do econômico no social”, limitar a avidez, limitar o “greed is good” das escolas de administração. É, em suma, reapropriar-se, enquanto sociedade, das três bases do capitalismo: o trabalho, a terra e o dinheiro. “Não é abolir o capitalismo – esclarece Latouche –, é mudar o nosso software, a nossa educação, é possibilitar regulações, hibridações e proposições concretas para chegar à abundância frugal”.
Para ajudar nessa “reformatação”, não basta seguir a “via” do decrescimento. Latouche prefere falar do “tao do decrescimento”, palavra chinesa que, além da dimensão de caminho, percurso, remete também à ética. “Não é possível encontrar a felicidade sem restringir e limitar os nossos desejos – a autolimitação que se encontra nos ameríndios, na África, no passado do Ocidente, no epicurismo. Todas as sabedorias do mundo têm essa ideia fundamental”, explica. É necessário, hoje, dominar o que os gregos consideravam como o perigo por excelência: a hybris, a desmedida.
Aceleração do decrescimento?
Em pleno andamento de um “plano de aceleração do crescimento”, Latouche tem esperança no Brasil. Para ele, o país foi um “precursor do decrescimento”, a partir das propostas nascidas em Porto Alegre, de um outro mundo possível, ou em figuras como Chico Mendes, ou no Manifesto Ecossocialista de Belém, que, segundo Latouche, está bastante próximo das ideias do decrescimento. “O Brasil tem todas as condições favoráveis para uma transição para uma sociedade da abundância frugal”. Para isso, basta superar as condições psicológicas limitadas à colonização do imaginário em torno da economia e do crescimento.
No fim do debate, para os interessados em aprofundar a reflexão, Latouche indicou o site da revista acadêmica Entropia (www.entropia-la-revue.org), dedicada ao estudo do decrescimento, que contém contribuições em francês, inglês, espanhol, italiano e também em português.
A programação do com a presença de Serge Latouche continua nesta terça-feira com a palestra Por outro modo de consumir: Descrição de algumas experiências alternativas, das 16h às 18h, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU. O restante da programação, que vai até a próxima sexta-feira, dia 25, pode ser conferido aqui.
(Por Moisés Sbardelotto)
(Ecodebate, 24/11/2011) publicado pela IHU On-line, parceiro estratégico do EcoDebate na socialização da informação.
[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]
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Nota do EcoDebate: sobre o mesmo tema sugerimos que leiam, também:
O Planeta necessita que mudemos de modelo de vida. Entrevista com Serge Latouche
Decrescimento ou barbárie! Entrevista especial com Serge Latouche
Sociedade do decrescimento: Como se faz uma revolução cultural. Artigo de Serge Latouche
Decrescimento: ‘Um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito’, por Serge Latouche
‘Para construir uma sociedade convivial, é preciso sair do consumo massivo de energia’, por Serge Latouche
Decrescimento: Precisamos ultrapassar a economia e sair dela. Entrevista com Serge Latouche
Pensar diferentemente. Por uma ecologia da civilização planetária, entrevista com Serge Latouche
Como construir uma nova sociedade da abundância. Artigo de Serge Latouche

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Poda da Pereira no sítio em Montenegro


antes da poda, copa fechada
Aproveitei o sábado para realizar uma poda na pereira mais antiga que temos no sítio.
após a poda, copa mais aberta



Com auxílio de uma moto serra, consegui retirar alguns galhos da parte central, como podem ver nas fotos. Detalhe: com esta ferramenta gastei 10 minutos no trabalho, se fosse utilizar um serrote de poda, o tempo seria 5 vezes maior e o cansaço também.

 Vamos aguardar e avaliar a frutificação.








pomar podado














No pomar de laranjeiras do céu, com idade aproximada de 25 anos, desde de maio colhemos laranjas e podamos as árvores, planejando um rebaixamento das copas.







Neste sábado aplicamos calcário no entorno de cada espécie e como adubação utilizamos biofertilizante produzido por minhocário caseiro que tenho em minha residência. Pretendo aplicar o biofertilizante uma vez por mes e avaliar os resultados.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Acidente no Parque, mata uma pessoa e deixa duas feridas!

Árvores caem todos os dias. Mas em áreas de grande circulação de pessoas torna-se um perigo de vida; ainda mais exemplares gigantes de eucalipto.Há anos discuto o planejamento no plantio de árvores em porto alegre, isto quer dizer, plantio de espécies de porte adequado as ruas e parques, remoção de grandes exemplares, isso tudo com divulgação para a comunidade e contando com sua ajuda.

No entanto, hoje em porto alegre, quando poda-se ou corta-se uma espécie vegetal, o galho cai no chão, a prefeitura já está ali para notificar. Enquanto se você fizer o pedido de vistoria, espera meses por um técnico da prefeitura.
Quantas árvores já cairam nesta cidade e a prefeitura já tinha sido informada. Até no meu trabalho já aconteceu isso, olhem só!!
Falta bom senso e planejamento nesta cidade!



Engenheiros agrônomos analisam estado de árvores da Redenção, em Porto Alegre

De 20 vegetais observados, dois apresentam danos irreversíveis e 16 precisam ser monitorados

Engenheiros agrônomos analisam estado de árvores da Redenção, em Porto Alegre Fernando Gomes/Agencia RBS
Engenheiros Lucianita da Silva e Paulo Zanella foram à Redenção na tarde de domingo Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS
A pedido da Zero Hora, a engenheira agrônoma Lucianita da Silva, especialista em fitossanidade, e o engenheiro agrônomo Paulo Zanella acompanharam a reportagem até a Redenção, em Porto Alegre, na tarde deste domingo. A ida ao parque foi motivada pela morte do juiz Leonir Heinen, 64 anos, atingido pela queda de um eucalipto de 25 metros, que feriu outras duas pessoas. De 20 árvores observadas, duas apresentavam danos irreversíveis — uma delas, um cipreste, está escorada por risco de queda —, e 16 precisam ser monitoradas periodicamente em razão da idade ou de sintomas como ramos secundários mortos, presença de cupins ou brocas (um tipo de inseto) ou erva-de-passarinho (planta parasita).
Leia mais:> Após morte de juiz, empresa vai analisar situação dos eucaliptos em Porto Alegre
> Vítima da queda de árvore era juiz de 64 anos
> Moisés Mendes: "O eucalipto, Joaquim e as escolhas"
Lucianita explica que uma das formas de monitorar a saúde das plantas é retirar galhos mortos e monitorar a brotação de novos ramos — a repetição de sintomas pode indicar que a planta está doente. Do universo analisado, dois exemplares que também precisam de acompanhamento periódico apresentam sinais de que o monitoramento já é feito. Já uma palmeira aparentemente sem problemas foi alvo de vandalismo com uso de fogo.
— Algumas dessas árvores precisam de podas de equilíbrio, para que sejam retirados galhos que deixam a planta mais pesada para um lado. Outras precisam de podas de limpeza, cortando ramos mortos. As pessoas muitas vezes consideram esse trabalho uma agressão. É preciso que todos entendam que podas técnicas são necessárias — comenta a engenheira.
Para o secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre, Claudio Dilda, não há motivos para a população entrar em pânico. Ele garante que as árvores da Capital passam por monitoramento constante e considera o acidente de sábado uma fatalidade. Perto de onde o eucalipto despencou, há outros 18 exemplares da mesma espécie e com mais de 50 anos, segundo Dilda. Ao contrário do exemplar que caiu, parte deles traz danos aparentes em razão da presença de insetos ou de plantas parasitas.
O ultrassom, acredita o secretário, ajudaria a detectar se um exemplar aparentemente saudável está oco em razão da ação de insetos. Os exames devem começar pelos locais de maior circulação, como parques, mas nem todos os exemplares serão avaliados. A análise de galhos mortos em laboratório também poderia ajudar a detectar a razão dos danos. A Smam, porém, não realiza este tipo de procedimento:
— O monitoramento é feito pelos servidores. É uma análise mais visual e por detecção. Não há uma prática com esse nível de sofisticação (análise em laboratório).
Hoje, a Smam conta com 30 biólogos, agrônomos e engenheiros florestais que monitoram a situação de cerca de 1,2 milhão de árvores. Em parques como a Redenção, que tem mais de 10 mil exemplares, há equipes fixas. A população também ajuda a identificar problemas. Para Paulo Brack, biólogo e professor do departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o recomendável seria retirar exemplares de eucaliptos dos locais de grande circulação.
árvore que caiu e matou uma pessoa
— Muitos eucaliptos da Redenção estão crivados com erva-de-passarinho (planta parasita). Os galhos ficam pesados. E grande parte dos exemplares do parque está sob estresse, em um solo pisoteado, compactado, sem adubação — avalia.
Vinte exemplares observados
A pedido de Zero Hora, a engenheira agrônoma Lucianita da Silva, especialista em fitossanidade, e o engenheiro agrônomo Paulo Zanella, donos de uma empresa de consultoria na área, observaram 20 exemplares de árvores da Redenção, a maioria eucaliptos que estavam próximos ao local do acidente de sábado. Árvores no caminho entre o cachorródromo e o arco também foram analisados. Confira:
Eucalipto (13)7 apresentam ramos mortos e devem entrar em programa de limpeza. Com isso, será possível monitorar se novos ramos com problemas irão nascer

1 apresenta erva-de-passarinho, uma planta parasita, no tronco e precisa limpeza

1 apresenta parte do tronco morto, possivelmente em razão da ação de insetos. Não é possível identificar a extensão do dano

1 apresenta danos que podem ter sido causados por insetos, como cupins.

1 apresenta danos por broca (um inseto) e pode ser tratada

2 necessitam de poda de equilíbrio

1 tem sinais de que sofreu ferimentos e precisa de investigação para se descobrir a razão dos danos

1 pode receber escora, pois está pendendo a um dos lados

1 não apresenta danos, mas precisa de monitoramento
Jacarandá (3)2 têm galhos grandes e poderiam receber escoras, mesmo sendo saudáveis

1 tem recomendação de avaliação técnica para verificar a necessidade de instalar escoras nos galhos, apesar de saudável
Palmeira (1)1 sinais de vandalismo (fogo)
Cipreste (1)

1 tem danos visíveis e risco de queda. Está escorado e não é recuperável
Pitangueira (1)

1 planta, nativa do Brasil, com provavelmente mais de 50 anos, não tem sintomas aparentes de danos
Não identificada (1)

1 planta morta, sem galhos. Os especialistas não conseguiram identificar a espécie. Aparentemente, não apresenta risco de queda, mas pode ser retirada

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