sábado, 26 de agosto de 2017

Os Benefícios da Espinheira Santa

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Fonte:https://drjulianopimentel.com.br/artigos/principais-beneficios-da-espinheira-santa/

A Espinheira Santa é uma planta originária da América do Sul e muito presente na região sul do Brasil. Ela é utilizada há muito tempo pelos povos nativos dessas regiões como planta medicinal.
O nome espinheira santa se deve ao formato de suas folhas, que parecem ter vários espinhos e por ser considerada um “santo remédio” na linguagem popular.  Seu uso é muito útil no combate às dores de estômago, gastrite, úlcera, azia e queimação, devido às propriedades medicinais que possui. Ela também pode colaborar na perda de peso.
Neste artigo, eu irei falar mais sobre os benefícios da espinheira santa.
Não deixe de ler e compartilhar.

Propriedades Da Espinheira Santa.

Podendo ser utilizada como chá, as indicações de espinheira santa são várias.
Os usos clássicos são para úlceras gástricas e intestinais, gastrite, dispepsia, indigestão, constipação e problemas no fígado. Outras indicações incluem anemia, câncer e como contraceptivo.
O chá feito a partir das folhas também pode ser aplicado topicamente em lesões da pele e machucados.
Os fitoquímicos presentes na espinheira santa e que são os responsáveis pelas suas atividades biológicas no organismo humano são terpenos, triterpenos, taninos e alcaloides.
A espinheira santa possui boas quantidade de taninos, especialmente epigalocatequina, que têm poder cicatrizante de lesões ulcerosas no estômago por controlar a produção de ácido clorídrico no órgão. Os taninos também são poderosos antissépticos por paralisar as fermentações gastrintestinais (1).
Os óleos essenciais, especialmente o fridenelol, estão presentes na espinheira santa. Este óleo se destaca pelo efeito gastroprotetor. Por fim, a planta possui em sua composição os ácidos tônico e silícico, que possuem ação antisséptica e cicatrizante.

Espinheira Santa Emagrece?

O chá de espinheira santa pode sim te ajudar a emagrecer.
Isto porque ele possui um leve efeito laxativo, junto com a melhora na digestão e uma ação diurética.
Em resumo, a Espinheira Santa serve para emagrecer também por conta da grande melhora na digestão que ela propicia.
A digestão se relaciona diretamente com o acúmulo de gordura localizada. Com a digestão funcionando adequadamente, o seu corpo digere tudo que realmente precisa e tem capacidade de eliminar o que não precisa (2).
Mas é claro que a espinheira santa não é milagrosa, e para emagrecer a alimentação precisa ser rica em nutrientes, proteínas, frutas, verduras e gorduras saudáveis. Não adianta tomar chá e continuar comendo porcarias industrializadas e açucaradas.

Benefícios Da Espinheira Santa

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O Chá De Espinheira Santa Ajuda A Melhorar Os Problemas Gastrointestinais
Dentre os principais benefícios da espinheira santa podemos destacar:
  1. Melhora Gastrointestinal
Pesquisas clínicas a respeito da espinheira santa começaram há muitas décadas e mostram os resultados positivos da planta e sua ação no combate a problemas estomacais, como gastrite, úlcera e gases.
As potentes propriedades antiulcerogências da espinheira santa foram demonstradas por um estudo em que o chá foi tão eficaz quanto dois dos medicamentos mais utilizados no combate às úlceras estomacais, a ranitidina e a cimetidina, aumentando o pH do conteúdo estomacal.
O baixo pH provocado pela secreção de ácido clorídrico naturalmente pelo estômago é o principal agente de úlceras quando essa secreção ocorre em excesso, esse ácido corrói as paredes do órgão levando a gastrite e até à úlcera (3).
Devido aos seus benefícios, o chá de espinheira santa pode ser indicado para os seguintes quadros clínicos:
  •         Má digestão;
  •         Azia e acidez estomacal;
  •         Refluxo;
  •         Gastrites, inclusive as causadas por Helicobacter pylori;
  •         Úlceras gástricas e duodenais;
  •         Perturbações do trato gastrointestinal;
  •         Enterites (inflamações do intestino);
  •         Flatulência;
  •         Mau hálito causado por distúrbios estomacais.
Mesmo com a ação digestiva, cicatrizante, antiinflamatória e protetora da mucosa gástrica, o médico deve sempre ser consultado para avaliar o benefício da inclusão da espinheira santa como auxiliar no tratamento dessas doenças.
  1. Risco Reduzido de Câncer
Estudos demonstraram a atividade de substâncias presentes na espinheira santa contra células cancerosas e tumores em concentrações bastante baixas.
A substância maitansina, um alcaloide, levou a expressivas regressões de carcinoma de ovário e linfomas, mais pesquisas não foram conduzidas pois observou-se alta toxicidade nas doses usadas.
Já um outro alcaloide, maiteína, apresentou baixa ou nenhuma toxicidade e teve excelentes resultados na redução de tumores epidermóides, ou seja, que se originam de células epiteliais, de até 60% com expressiva melhora na condição de vida dos pacientes (4).
Em 1990, pesquisadores japoneses descobriram a ação antineoplásica em um outro grupo de moléculas presente na espinheira santa pertencentes à classe dos triterpenos. Os experimentos mostraram citotoxidade ou inibição de vários tipos de leucemia e tumores.
Apesar da capacidade da espinheira santa em auxiliar nos tratamentos contra o câncer, a utilização dessa planta só deve ser feita com o aval médico.
  1. Outras utilizações
Outros benefícios e efeitos da espinheira santa incluem:
  •         Anticonceptivo;
  •         Antisséptico;
  •         Antiespasmódico;
  •         Diurético;
  •         Antiasmático;
  •         Antitumoral;
  •         Laxativo;
  •         Combate enfermidades do fígado;
  •         Abortivo;
  •         Cicatrizante.

Como Fazer Chá De Espinheira Santa?

As doses recomendadas de chá de espinheira santa são de até três xícaras ao dia.
Para fazer o chá ferva cerca de 30g de folhas picadas em meio litro de água e deixe esfriar.
Se possível, utilize sempre a erva fresca e natural para o preparo do chá, evitando o uso de sachês.

Contraindicações Da Espinheira Santa

Mulheres que fazem tratamento para fertilidade ou que estão tentando engravidar não devem fazer uso de espinheira santa devido ao seu efeito abortivo descrito em pesquisas científicas.
Mulheres amamentando também não devem fazer uso da espinheira santa, pois estudos demonstram que pode ocorrer redução do leite materno (5).
A espinheira santa também não é recomendada para crianças.
Mas de maneira geral a espinheira santa é saudável, benéfica para a sua saúde e emagrecimento.
O chá de espinheira santa é um dos 10 melhores chás termogênicos que te ajudam a secar barriga. Se você quer descobrir quais são os outros nove, basta preencher o formulário abaixo para ter acesso ao meu Guia GRATUITO sobre chás termogênicos.
Abraços e fique com Deus!
Dr. Juliano Pimentel.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Gojiberry, goldenberry, cranberry, blueberry: o que há de especial nesses alimentos?



Nutricionista Paula Castilho explica os super poderes 

dessas frutinhas que caíram na

 graça dos brasileiros!.


Os berries - gojiberry, cranberry, goldenberry e blueberry - caíram no gosto dos brasileiros que buscam uma alimentação saudável, saborosa e rica em nutrientes. Para além de modismos alimentares, essas pequenas frutinhas se revelaram alimentos super poderosos, capazes de fortalecer o sistema imunológico e controlar os níveis de gordura no sangue.
A convite do Guia da Semana, a nutricionista Paula Castilho, da Rede Nação Verde, esmiuçou a composição de cada uma dessas frutas e deu sugestões de como consumi-las, preservando suas propriedades. Confira as dicas abaixo e incremente sua dieta com esses super alimentos!

Cranberry

"Assim como as frutas vermelhas em geral, e por ser rica em propriedades antioxidantes, a cranberry previne o envelhecimento precoce, diminui os riscos de doenças cardiovasculares e o câncer. Ela ainda ajuda a evitar a infecção urinária e é rica em vitaminas, como A, C e D. Outra substância importante presente nessa fruta é o resveratrol, que ajuda a controlar os níveis de gordura no sangue, fazendo com que o coração fique protegido. A cranberry também é rica em fibras e possui frutose, que pode ser usada pelo organismo como fonte de vitamina", explica Paula Castilho.
O melhor é que, mesmo com todos esses poderes, 100 gramas de cranbery possuem somente 46 calorias! E a melhor maneira de consumir a fruta é crua ou como suco feito na hora.

Blueberry

Também conhecida como mirtilo, a blueberry não é apenas uma fruta saborosa. "Ela é rica em antocianos, substâncias com alto poder antioxidante que trabalham para neutralizar radicais livres que prejudicam o nosso sistema imunológico e que conduzem a muitas doenças degenerativas. A blueberry ajuda a combater o envelhecimento precoce e tem baixo índice glicêmico, contribuindo na regulação da glicemia (açúcar do sangue). É uma excelente alternativa para pessoas que apresentam diabetes ou com intolerância à glicose", orienta a nutricionista.
Cada 100g de bluberry possuem apenas 57 calorias, o que significa que essa fruta também é amiga da boa forma. Consuma pura, em suco, iogurte, geleias, tortas e como a sua criatividade mandar!

Gojiberry

A Gojiberry é uma fruta originária da região sul da Ásia (China, Tibete e Índia) e pode ser consumida pura, em iogurte, na salada de frutas, com cuscuz marroquino, na salada e em outros preparos. Uma colher de sopa da fruta seca tem aproximadamente 50 calorias.
"A gojiberry é rica em minerais, ácidos graxos insaturados, antioxidantes e polissacarídeos, além de ter baixa caloria. Cada 100 gramas de gojiberry seca contêm 50 vezes mais vitamina C que uma laranja. Possui ainda alta concentração de outras vitaminas, como B1, B2 e B6, cerca de 20 aminoácidos, potássio, selênio e cálcio. Além de ser rica em proteínas e oligoelementos, como zinco e ferro, deixa o metabolismo acelerado e queima calorias. A gojiberry ainda ajuda na fertilização, no aumento do nível de energia, no desempenho atlético, na qualidade do sono e melhora a concentração. Além disso, pode ajudar na redução da fadiga e do estresse", sublinha a especialista.

Golden Berry

Nativa do Peru, Colômbia e Equador, a mais nova queridinha da família das berries, a golden berry, é considerada um dos mais completos alimentos de origem vegetal por suas propriedades nutricionais. Cada 100g de golden berry tem aproximadamente 49 calorias. A fruta pode ser usada em lanches, tortas, compotas, saladas e smothies. 
"Ela lembra uma uva passa, só que com sabor mais azedo. É um alimento com diversas funcionalidades, indicado principalmente para adeptos da dieta vegetariana, por ser rico em proteínas e susbtituir a carne vermelha, embora tenha menos ferro que um pedaço de carne. Outra vantagem é que o fruto é livre de gorduras saturadas encontradas nas carnes de origem animal que, em excesso, aumentam as chances das doenças cardiovasculares. A golden berry também é rica em aminoácidos, além de ajudar a acelerar o metabolismo e queimar calorias. Contém, ainda, vitaminas A e C, além de cálcio, ferro e fósforo".
Atualizado em 13 Out 2014.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Aprenda a cultivar alecrim dentro de casa!!



Nesta segunda-feira, o Dia Dia vai mostrar que é possível ter uma horta dentro de casa ou em algum cantinho do seu apartamento. Para isso, o programa convocou a especialista no assunto, Silvia Jeha.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Esterco tratado vira fertilizante e evita contaminação de nascentes de água

Fonte: globo rural

Compartilhe:          |  21 de agosto de 2017
Esterco de vaca é um assunto que muita gente acha desagradável, mas o pior mesmo é não falar disso porque, ainda hoje, tem fazenda e sítio que despejam todo o esterco do rebanho na natureza, poluindo o solo e a água. No Paraná, uma tecnologia simples está ajudando criadores a lidar com esse problema.
Tomazina, no norte do Paraná, é um lugar cercado de montanha que produzem cenários dignos de cartão postal. Muitos cursos d’água que formam a bacia do rio nascem nas área mais altas do município, como o bairro da Barra Mansa.
Essa região do município concentra a maior bacia leiteira de Tomazina. Em uma área de pouco mais de 120 hectares, existem perto de 1300 vacas, que produzem por dia 16 mil litros de leite.  São cerca de 12 litros por vaca. Mas tem algo que elas produzem muito mais: resíduo. Uma vaca de leite produz por dia mais de 45 quilos de esterco e urina. Se o animal fica no pasto, o material vai sendo espalhado conforme ele anda, se degrada aos poucos e acaba virando adubo.
Veja mais detalhes da reportagem no vídeo acima.
Mas quando as vacas estão confinadas, fezes e urina se acumulam no chão da instalação, como explica o agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Alfredo Alemão:
“Nesse momento em que elas estão, é o momento em que elas acabam defecando mais. Porque estão se alimentando, já ativa o intestino e elas acabam defecando mais aqui. Assim como também é o momento da ordenha. Ela acaba sendo estimulada a defecar. Então, nesse momento acumula mais”.
Para manter a higiene e evitar doenças, o lugar tem que ser lavado, pelo menos, uma vez por dia. A água misturada com urina e com o próprio esterco cria o chorume. E é aí que começam os problemas. Se o chorume que sai do curral vai direto para o ambiente, pode contaminar o solo e, especialmente, a água.
Esterco é matéria orgânica que, na água, rouba o oxigênio dela para sua decomposição. Roubando oxigênio, ele mata a vida que existe naquela água, ou seja, mata peixes. Veja mais detalhes no vídeo acima.
O chorume que fica depositado diretamente sobre o solo sem nenhuma proteção e não é escorrido, infiltra. Aí chorume infiltrado vai atingir o lençol freático. Se estiver muito próximo a uma lâmina d’água, significa que o lençol freático é raso. Então, isso atinge rapidamente o lençol freático e vai contaminar não só as águas de lá, como qualquer água de nascente ou outra coisa que tiver sendo abastecida por esse lençol.
Esterqueira é solução
Além da contaminação ambiental, o chorume sem tratamento atrai moscas e outros insetos que incomodam o gado e podem transmitir doenças para animais e pessoas.
Para conter o problema, o governo do Paraná criou um programa para construção de esterqueiras modernas e tecnicamente corretas. Veja no vídeo acima.
A esterqueira é uma estrutura bem simples: um buraco escavado no chão, cujo tamanho depende do número de animais da propriedade. O diferencial está no material usado para fazer a impermeabilização, que impede que o chorume passe para o solo e para o lençol freático.
A geomembrana é um tipo de plástico que tem alta resistência tanto a agentes físicos como químicos. Ela é resistente à ação do tempo, e recebe um tratamento com uma substância que faz com que ela fique resistente à ação dos raios de sol. São 5 anos de garantia da empresa.
A geomembrana recomendada pela Emater deve ter 0,8 mm de espessura. Assim, fica mais maleável na hora de revestir o buraco, mas ao mesmo tempo tem resistência suficiente para impedir a infiltração do chorume.
Uma esterqueira como a mostrada no vídeo, do padrão de 65.000 litros, fica em torno de R$3.000 a R$3500, incluindo tudo. Desde a hora da máquina que foi utilizada, mão-de-obra, a própria lona, tudo isso incluso neste valor.
Chorume vira fertilizante
Acumulado na esterqueira, o chorume deixa de ser problema e vira um benefício pro criador.  É que esse material pode usado como fertilizante. Mas para isso, tem que ser bem manejado. Uma vez por semana, o chorume tem que ser revolvido e bem misturado.
São fases diferentes. Se você deixar parado vai acontecer uma decantação. Parte do produto vai pro fundo, outra parte flutua, e fica uma camada líquida no meio. Então, essa agitação é feita para que você tenha um revolvimento disso tudo e, ao mesmo tempo, permite a entrada de oxigênio. A entrada de oxigênio no material permite uma melhor decomposição dele.
Bem manejado, o chorume pode ser usado na adubação das lavouras de milho, para produção de silagem, e também na nutrição das pastagens.
Quando o gado ingere a ração, ele não absorve todos os nutrientes que ela possui. Então, as fezes do gado têm uma alta quantidade de elementos que são nutrientes para o solo. Tem uma quantidade grande de nitrogênio, de potássio, de fósforo e de outros elementos, além de uma quantidade grande de microflora e dos micro-organismos que melhoram a estrutura do solo.
O programa da Emater construiu 25 esterqueiras em 3 comunidades de Tomazina. O projeto já ganhou vários prêmios por causa dos benefícios que traz para o meio ambiente. O Rio das Cinzas, que recebe muita água dessa região, agradece.


Fonte: Globo Rural - Ana Dalla Pria 
http://g1.globo.com/pr/parana/cidade/tomazina.html

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Conheces a Capuchinha (Tropaeolum majus L.)??

Fonte: http://www.fazfacil.com.br/jardim/capuchinha-tropaeolum-majus/
Escrito por 
Conheça a capuchinha, planta inteiramente comestível, incluindo as flores. Aprenda a cultivá-la: ela também possui propriedades medicinais.
Nome botânico: Tropaeolum majus L.
Sin.: Cardaminum majus (L.) Moench
Nome popular: capuchinha, cinco-chagas, agriao-do-mexico
Familia: Angiospermae – Família Tropaeolaceae
Origem: desconhecida, provável  América do Sul

Descrição

Planta herbácea rasteira de caule e talos suculentos de dimensões imensuráveis.
Folhas circulares com pecíolo partindo do meio dando aspecto de sombrinha. Flores de formato original, com uma das pétalas em formato de espora, nas cores creme, amarela, laranja e vermelha.
capuchinhaO florescimento ocorre da primavera até o verão e as flores atraem insetos polinizadores, principalmente abelhas e vespas.
É uma planta considerada ruderal, crescendo em terrenos baldios, sobre qualquer tipo de terreno, inclusive sobre restos de madeira e tijolos de resíduos de construção.
Pode subir em cercas de tela, formando densa cortina. Pode servir como ornamental.

Modo de Cultivo

Pode ser cultivada a partir de sementes em solo úmido de qualquer tipo, em local definitivo, pois mudas transplantadas não se desenvolvem tão bem.
Local de cultivo ao sol com umidade moderada. A duração da muda é variável, de anual a bianual. Sementes caídas e brotadas poderão levar a denso tapete da planta, ficando como permanente no local.
Quando localizada em horta caseira poderá tornar-se invasora, abafando as outras plantas vizinhas.

Propriedades Medicinais do Capuchinho

capuchinha salada comestívelÉ considerada medicinal, com vários usos terapêuticos, como antibiótica, expectorante, digestiva, antisséptica, diurética e cicatrizante de feridas.
A capuchinha está repleta de princípios ativos benéficos, tais como vitamina C, flavonoides, ácidos graxos, oxalatos, óleos essenciais, pigmentos, substâncias bactericidas, ferro, iodo, cálcio, enxofre, potássio, frutose e glicose.
Combate a retenção de líquidos, infecções urinárias, algumas alergias de pele e problemas digestivos. Ajuda a cicatrizar feridas e aliviar a caspa.
Além disso, toda a planta é comestívelAs flores podem ser usadas em saladas e ornamentação de pratos. As folhas em saladas cruas ou empanadas. Os frutos dão saborosos picles, lembrando as alcaparras.
Seu sabor é forte e característico, nem sempre do agrado de todos.
Fotos utilizadas sob licença Creative Commons: costantino.berettadaryl_mitchell

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Agrofloresta como opção para recuperar solos




Estudo da Unesp avalia benefícios da produção rural conjugada com espécies nativas.



Quando um agricultor realiza uma mesma atividade por muito tempo sem o manejo adequado, o solo vai perdendo nutrientes e, aos poucos, fica infértil. Grandes produtores podem utilizar quantidades expressivas de adubos, mas o custo é muito alto para os pequenos proprietários – e também para o meio ambiente, ao receber insumos sintéticos que podem poluir o solo e os lençóis freáticos. Uma alternativa para recuperar a fertilidade do solo é o sistema agroflorestal, que está sendo avaliado por um projeto da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no âmbito da agricultura familiar.

A agrofloresta combina árvores nativas e produção rural. O cultivo é sustentável em relação ao ambiente e à economia, pois garante a fertilidade permanente do solo sem o uso de adubação química e permite a obtenção de uma maior diversidade de produtos ao longo do ano. É o que afirma a coordenadora do projeto, engenheira agrônoma Francisca Alcivânia de Melo Silva: "A produção de cada item por unidade de área pode diminuir, mas a variedade aumenta e é possível ter colheitas diferentes o ano inteiro".

O projeto "Recuperação da Fertilidade do Solo por Sistemas Agroflorestais – Estudos de Casos no Vale do Ribeira" começou em outubro de 2009, com a participação de acadêmicos do curso de Agronomia da Unesp. Eles recolhem para análise amostras do solo e serrapilheira – restos de vegetação, como folhas, ramos, caules e cascas de frutos. "Não vamos comparar a qualidade da terra entre as propriedades, mas entre os talhões da mesma fazenda, incluindo áreas agroflorestais recentes e até porções onde a agricultura tradicional ainda é promovida", explica a pesquisadora.

Os resultados, ainda preliminares, apontam que os lotes com adoção da agrofloresta por mais tempo têm o solo mais nutrido. "Com dados científicos, será mais fácil orientar um número maior de famílias", prevê a professora.

Daninhas do bem
Para empregar o sistema, o terreno é divido e, em alguns lotes, o agricultor planta espécies que pretende comercializar e árvores nativas da Mata Atlântica. A implantação é feita aos poucos e permite manter o cultivo tradicional em parte da propriedade, garantindo a renda dos produtores enquanto o modelo se estabelece por completo. A tática varia de acordo com as características das plantas escolhidas, como período de safras, reação à luminosidade e capacidade de produzir sombra para outras culturas.

"Até as ervas daninhas, que tradicionalmente demandam agrotóxicos e são grandes preocupações do meio rural, na agrofloresta são manejadas para se tornar adubação 'verde'", diz Alcivânia. Para isso, essas plantas invasoras são capinadas com intensidade no início, o que controla seu crescimento. Aos poucos, diminuem e se tornam uma proteção natural para o solo, que passa a acumular mais água e nutrientes.

Os produtores também utilizam outros tipos de adubos naturais, como o feijão-de-porco e a mucuna, leguminosas que agrupam bactérias em suas raízes capazes de fertilizar o solo por meio da retenção do nitrogênio presente no ar.


Produtor agroecológico Renato Leal cultiva bananas, açaí e espécies nativas em agrofloresta no litoral do RS. Na foto, ele mostra o biofertilizante que utiliza (canto esquerdo). Foto: Dilenio Enderle - Vida Orgânica

Alimentos orgânicos
Com a adoção do sistema, os agricultores já pensam em conquistar certificados de produtores orgânicos. A classificação é dada por empresas particulares de auditoria que estabelecem exigências específicas para a concessão dos selos. Uma das plantações está localizada no município paulista de Sete Barras, onde a terra foi usada por anos para a plantação de banana e gengibre, esta última muito degradante para o solo. Atualmente, os produtores permanecem cultivando a banana, mas introduziram outras frutíferas, espécies madeireiras e a juçara, que fornece uma polpa energética semelhante ao açaí.

A pesquisa também recolheu terra de uma localidade em Cananéia, cujo solo tinha "empobrecido" no passado por cultivos agrícolas intensivos e pastagem. Há doze anos, o produtor passou a empregar o sistema agroflorestal, mas ainda há lotes fora do sistema e outros recém incorporados. Lá, são produzidas variedades de citrus (laranja, limão, etc), além de maracujá, café, banana, pupunha, variedades frutíferas e espécies nativas da Mata Atlântica. O mesmo caminho é seguido pela terceira propriedade do estudo, em Cajati, que será a próxima a ter amostras coletadas.

Fonte: Informe da Unesp

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