sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Amendoim Forrageiro como cobertura viva para cultivo de hortaliças

Publicado em: 12/12/2012



O uso de coberturas vivas formadas por gramíneas ou leguminosas aparece como uma prática agrícola promissora para o cultivo de hortaliças, pois promove grande aporte de biomassa, protege o solo de chuvas intensas, mobiliza e recicla nutrientes e favorece a atividade biológica do solo. Essa prática de cultivo mínimo favorece o controle da erosão visto que não há revolvimento do solo como acontece no preparo tradicional (canteiros) em que o solo permanece desnudo por longos períodos de tempo. Nos cultivos em cobertura viva faz-se o corte da planta, deixando a matéria verde na superfície aonde ela vai se decompor, liberando gradativamente os nutrientes e promovendo a sua ciclagem. Em áreas onde há alta infestação de ervas espontâneas persistentes como a tiririca, o cultivo de hortaliças é dificultado em sistema orgânico, visto que não se permite o uso de herbicidas sintéticos. Nesses casos, o cultivo sobre coberturas vivas facilita o controle do mato, reduzindo a necessidade de capinas.

São utilizadas coberturas vivas de diferentes espécies botânicas, porém as de maior destaque são as leguminosas, por formarem associações biológicas com bactérias fixadoras de nitrogênio. O amendoim forrageiro (Arachis pintoi Krapov. & W.C. Gregory) é uma excelente alternativa para cobertura viva de solo. é uma leguminosa herbácea perene, de crescimento rasteiro, estolonífera com 20 a 40 cm de altura e facilmente adaptável a altitudes desde o nível do mar até cerca de 1.800 m.

Recomendações para o plantio da cobertura viva

O amendoim forrageiro produz pequena quantidade de sementes e de difícil extração. Desta forma, para a sua efetiva propagação recomenda-se o uso de mudas ou estolões bem desenvolvidos. O plantio deve ser feito no inicio da época chuvosa em sulcos espaçados de 30 a 50 cm (1 estolão a cada 10 ou 20cm) ou em covas (3 estolões por cova) espaçamento de 0,50 x 0,50m ambos com aproximadamente 15 cm de profundidade. Os estolões devem medir entre 20 a 30 cm e conter pelo menos 4 gemas. Em aproximadamente 6 meses tem-se a cobertura viva completamente estabelecida, cobrindo toda a superfície do solo.

A cobertura viva influencia as características químicas do solo, melhorando sua fertilidade tanto pela fixação de nitrogênio quanto pelo aumento das concentrações de alguns nutrientes (Tabela 1).

O amendoim forragero forma uma cobertura viva perene que pode ser mantida por pelo menos 5 anos na mesma área. Após este período, a cobertura deve ser renovada devido a invasão de ervas espontâneas, o que pode ser feito com mudas obtidas Do próprio local.


Plantio das hortaliças

A cobertura viva com amendoim forrageiro pode ser utilizada para o cultivo de hortaliças tanto em campo aberto quanto em cultivo protegido.
Antes do plantio da hortaliça, a cobertura viva é completamente roçada e são abertos sulcos ou covas de acordo com o espaçamento recomendado para a cultura. As adubações são feitas diretamente nos sulcos ou covas antes do transplante da hortaliça.

Resultados de pesquisas mostraram que o uso de amendoim forrageiro com cobertura viva do solo proporcionou aumento do numero de colheitas de até 20% na produção comercial nas culturas do tomate, pimentão e pepino em relação ao solo descoberto e reduziu a incidência da podridão apical (deficiência de cálcio) em frutos de tomate. Destacou-se também pelo aumento do numero médio de folhas por planta e produção de matéria seca na alface.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Série Cultivares - Arachis Pintoi - amendoim forrageiro uma ótima pastagem

O que é feijão guandu?


Escrito por Megan Martin |

 Traduzido por Maria Antônia Alecyr

         

O que é feijão guandu
O guandu é um alimento importante em muitas culturas
Comstock/Comstock/Getty Images
O feijão guandu é frequentemente chamado de ervilha por causa de seu tamanho pequeno. Utilizado em pratos asiáticos e do Caribe, ele é cozido lentamente em água ou caldo de carne, sendo muitas vezes servido com arroz. Seu sabor amanteigado doce o tornou popular em muitas culturas para usos culinários.

Cultivo

O guandu tem sido cultivado há milhares de anos. O tráfico de escravos trouxe os grãos da Ásia para a África. Ele é cultivado em áreas tropicais, mas também é conhecido por crescer em um clima mais frio. Os grãos também são resistentes à seca. As variedades perenes do feijão desenvolvem-se em árvores de pequeno porte.

Nomes

O guandu é listado com o número de alimentação internacional 5-03-716, mas muitos países têm nomes especiais para os grãos verdes tropicais que não o científico Fabaceae cajanus cajan. Na Índia, onde a maioria da plantação do mundo é cultivada, os locais o chamam de "toor dal" ou "arhar dal". Nas Filipinas, a ervilha é chamada de "kadios". Os jamaicanos o chamam de ervilha "congo" ou "gunga", enquanto os haitianos conhecem-o como "pois Congo". Em Porto Rico, o feijão é conhecido como o "gandul", " gunga pea" ou "no-eye pea".

Usos

O guandu têm muitos usos e aplicações em todo o mundo. Lugares no Caribe, como Porto Rico, República Dominicana, Trinidad e Tobago, integraram o feijão em pratos tradicionais. No extremo oposto do espectro de uso, os moradores da Ásia e da África usam o legume em sua proficiência na criação de um solo rico em nitrogênio para adubação verde. Os caules lenhosos são consumidos ou utilizados como palha ou lenha em outros lugares. O guandu é um alimento, forragem ou cobertura vegetal. Seu valor nutritivo proporciona uma boa alimentação humana ou animal. Os grãos são utilizados em qualquer fase do desenvolvimento, muitas vezes juntamente com os brotos e folhas. Eles são usados ​verdes, secos e brotos. Ele também pode ser enlatado em qualquer uma dessas fases, oferecendo sabores diferentes e interessantes.

Nutrição

Uma xícara ou 205 g de feijões crus e maduros contém 703 calorias, 523 de carboidratos, 25,6 de gordura e 154 de proteína. O guandu é pobre em gordura saturada, colesterol e sódio. Eles são uma boa fonte de fibra dietética, de proteína, tiamina, magnésio, fósforo, potássio, cobre, manganês e estanho. Uma xícara do legume carrega um índice glicêmico de 61.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Técnica francesa de criação de aves - Record News Rural



Na Paraíba avicultores estão ganhando mercado porque utilizam uma técnica francesa para engordar as aves. Quem investe no setor garante que a produtividade é maior e a carne de melhor qualidade.

sábado, 17 de janeiro de 2015

As galinhas criadas a base de amendoim forrageiro.

As pastagens são as principais fontes de alimento dos rebanhos. No entanto, por diversos fatores, como o uso de gramíneas puras e a falta de dinheiro para a correção da fertilidade do solo, levam a uma ausência de proteínas, necessária para a engorda dos animais.



No Acre, a solução tem sido uma forrageira leguminosa muito usada para ornamentar jardins de nome científico Arachis pintoi. O que muita gente não sabe é que a planta é uma rica fonte de proteína para a cadeia alimentar animal.

Judson Ferreira Valentin é engenheiro agrônomo e um dos maiores conhecedores do amendoim forrageiro (nome popular) no Acre. Segundo suas pesquisas, 80% das pastagens do estado, cerca de 1 milhão e meio de hectares, são formadas por braquiarias, mas como metade delas correm sérios riscos de morrerem por falta de adaptação, o pesquisador recomenda o uso da leguminosa em consórcio com outras pastagens. Em 6 anos mais de 2500 produtores já plantaram amendoim forrageiro, variedade Belmonte, em cerca de 90 mil hectares no Acre.

"Em geral as pastagens tem deficiência de proteínas em diversas partes do ano, principalmente no período seco ou quando o pasto está um pouco passado. Ele não consegue suprir a necessidade de proteína para bovino de corte que é em torno de 7% e para o gado de leite, 11%. Os capins geralmente tem em torno de 5 a 11% de proteína enquanto que o amendoin forrageiro possui 22%, ou seja, ele possui quantidade de proteína bem acima da necessária para o ganho de peso e para a produção de leiteque", explica Judson.

Outro benefício do amendoim forrageiro é a fixação de nitrogênio no solo. Consorciado com alguns tipos de braquiárias chega a reter, em um ano, entre 80 e 120 quilos de nitrogênio por hectare.

Amendoim para galinhas

Além de ornamentar jardins e alimentar o gado, o amendoim forrageiro também é usado na alimentação de galinhas, como faz seu João Fleming que, há quatro anos, introduziu o amendoim forrageiro para recuperar o solo degradado de seu sítio. Como já sabia que a leguminosa era rica em proteína, resolveu experimentá-la na dieta alimentar das aves. Os resultados começaram a aparecer.

"Eu só consegui ter as galinhas com produção satisfatória quando introduziu o amendoin, ai a coisa andou bem, tá indo tranqüilo e elas são calmas, uma criação totalmente natural, sem medicamentos, sem nenhum tipo de antibióticos’, afirma João Fleming.

A criação é de galinhas caipira para produção de ovos. São aproximadamente 1200 aves divididas em seis galpões. Onde acontece uma outra surpresa.



Cerca elétrica

Além do amendoim forrageiro, seu João introduziu uma versão para galinhas do sistema de rotação de pastagem com uso de cerca elétrica.



Por incrível que possa parecer o sistema vem dando muito certo, a não ser por algumas aves que, literalmente, pulam a cerca para ciscar o pasto mais novo. A cerca possui cerca de 50cm de altura com dois fios, sendo um eletrificado.



Arachis pintoi

As leguminosas do gênero Arachis são nativas da América do Sul, onde existem mais de 80 espécies. Podendo medir de 20 a 50 centímetros e são muito resistentes inclusive ao fogo. Adaptam-se em quase todos os tipos de solo e em diversas condições, em altitudes de até 1800 metros e intensidade de chuva em torno de 3500 milímetros por ano. No Brasil as mais comuns são do tipo repens e Arachis pintoi, conhecido popularmente como amendoim forrageiro.

fonte: http://portalamazonia-teste.tempsite.ws/sites/rural/noticia.php?p=8&order=&pagesize=2&total_registros=233&idN=1915
Data de Exibição: 04-03-2007


Como plantar abobrinha


Abobrinha
Abobrinha - imagem original: nociveglia - Licença Creative Commons

Clima

A abobrinha (Cucurbita pepo) cresce melhor em clima quente, sendo que a temperatura ideal para o cultivo é de 20°C a 27°C. A temperatura mínima para o plantio é de 15°C, pois a planta não suporta baixas temperaturas.
Moita de abobrinha
A abobrinha forma moitas, ao contrário da abóbora que espalha suas ramas pelo terreno - imagem original: Ting Chen - Licença Creative Commons

Luminosidade

A abobrinha pode ser cultivada em locais ensolarados ou em sombra parcial, desde que haja uma boa luminosidade.
Pés de abobrinha
Deixe apenas uma ou duas plantas se desenvolverem por cova, retirando as plantas excedentes mais fracas - imagem original: Rae Allen - Licença Creative Commons

Solo

Cultive em solo bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica, com pH entre 6,0 e 6,8.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado.
Mudas de abobrinha
Mudas de abobrinha - imagem original: nociveglia - Licença Creative Commons

Plantio

Plante as sementes de abobrinha no local definitivo na horta, colocando 2 ou 3 sementes por cova a cerca de 2 cm de profundidade, seguindo a recomendação de espaçamento para o cultivar utilizado (geralmente vai de 0,9 m x 0,9 m a 1 m x 1,5 m).
As sementes também podem ser plantadas em vasos pequenos, saquinhos plásticos próprios para mudas ou copinhos de 10 cm de altura e 5 cm de diâmetro feitos com papel jornal. O transplante das mudas de abobrinha para a horta pode ser feito quando as mudas têm pelo menos três folhas definitivas.
Alguns cultivares de abobrinha podem crescer bem em vasos grandes, mas não se pode dizer que abobrinhas são plantas apropriadas para cultivo em contêineres.
Flor feminina da abobrinha
Flor feminina da abobrinha - imagem original: net_efekt - Licença Creative Commons
Flor masculina da abobrinha
Flor masculina da abobrinha - imagem original: Andrew_Writer - Licença Creative Commons

Tratos culturais

A presença de insetos polinizadores, principalmente abelhas, é necessária para a polinização das flores e a formação dos frutos. Se não houver abelhas e não houver formação de frutos, realize a polinização das flores manualmente com a ajuda de um pequeno pincel de cerdas suaves, lembrando que a planta produz flores que podem ser masculinas, flores que produzem pólen e não formam frutos, ou femininas, que formam os frutos se polinizadas com o pólen das flores masculinas (a mesma planta têm ambos os gêneros de flores).
Cultivar amarelo ou dourado de abobrinha
Cultivar amarelo ou dourado da abobrinha - imagem original: Anna - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita da abobrinha italiana pode começar de 45 a 80 dias depois do plantio, dependendo do cultivar e das condições de cultivo. Colha a abobrinha quando bem desenvolvida, mas ainda imatura (o tamanho adequado para a colheita varia com o cultivar).
Cultivar de abobrinha Patty Pan
Há uma grande variedade de formas e cores da abobrinha. Aqui um cultivar Patty Pan - imagem original: Anna - Licença Creative Commons

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