Ora-pro-nóbis, a planta que contém 25% de proteína
Ela pode ser usada como cerca viva, ornamentação ou alimento. Mas uma coisa é fato: a ora-pro-nóbis vem conquistando cada dia mais as pessoas. Em especial, os veganos.
A planta é originária do continente americano e seu nome científico é Pereskia aculeata.
Do latim, seu nome significa “rogai
por nós”, e segundo tradições, esse nome foi dado por algumas pessoas
que a colhiam no quintal de um padre enquanto ele rezava em latim.
É encontrada em abundância na região Sudeste do Brasil e muito usada na culinária.
Seu cultivo é fácil e seu valor
nutricional muito alto. Adapta-se facilmente a diversos tipos de solo e
climas. Ela pertence à família das cactáceas. Na idade adulta, sua
estrutura em forma de arbusto torna-se uma excelente cerca viva, tanto
para ser usada como quebra-vento quanto como barreira contra predadores.
A existência de espinhos pontiagudos nos ramos inibe o avanço dos
invasores.
Sua floração ocorre por apenas um
dia, podendo ocorrer de janeiro a abril com flores pequenas e perfumadas
de coloração branca. A produção de seus frutos ocorre de junho a julho
apenas, e são amarelos e redondos. A generosa e bela floração é um
ornamento ao ambiente, ideal para decoração natural de propriedades
rurais, como chácaras, sítios e fazendas. Suas propriedades já são
bastante conhecidas justamente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais,
e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse
conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes
cidades, ainda de forma bastante tímida.
TENHO MUDAS EM PORTO ALEGRE. agropanerai@gmail.com
Um dos alimentos funcionais que não pode faltar na minha casa é, com certeza, o açafrão ou cúrcuma. Pela manhã, ainda em jejum, tudo o que preciso é 200 ml de água morna, 1 colher de chá de açafrão e um limão espremido. A bebida me deixa bem disposta e pronta para encarar os desafios do dia. O sabor é marcante. A cor é vibrante. O cheiro é delicioso. A sensação é de limpeza. Os benefícios da receitinha são muitos: anti-inflamatório, antioxidante, antisséptico, cicatrizante, antimicótico e anti-alergênico. Bom, né? Outra vantagem é a capacidade de alterar positivamente o nosso humor. Sim, açafrão ajuda a controlar a depressão.
Conversei com a nutricionista vegetariana Mônica Vitorino. Veja só o que ela me disse sobre os benefícios do açafrão:
“O açafrão é uma planta medicinal que tem como princípio ativo a curcumina que é a substância que fortalece o sistema imunológico e ajuda estabilizar a microbiota do corpo. A microbiota é hoje o nome dado a flora intestinal e que tem uma série de funções muito importantes para imunidade. O açafrão tem também ação na resposta ao estresse que tem relação com a imunidade. Quanto mais estresse, menos imunidade.
A cúrcuma exerce também um papel importante na proteção e desintoxicação do fígado, retirando as substâncias químicas tóxicas, aumentando a imunidade e protegendo o organismo dos efeitos de muitos poluentes.
Podemos usar o açafrão ou cúrcuma ao cozinhar legumes, ao fazer arroz, além de preparar vitaminas. Podemos também usar a raiz no preparo do feijão, molhos e até colocar em maionese para dar cor. Age na culinária como se fosse um colorau amarelo. Quando cozinhamos junto com os alimentos, podemos perceber uma melhora na digestão de gorduras e proteínas. As pessoas com cálculos biliares, mulheres grávidas e mulheres que amamentam devem consultar um nutricionista antes de usar”.
Alimentos e Propriedades , Bons Hábitos , Alimentação
Você já tentou tomar um copo de água com limão siciliano de manhã, antes do café da manhã? É um simples gesto que ajuda a depurar e a hidratar o organismo de forma natural. Descubra como se faz!
Água e limão siciliano de manhã
São muitos os benefícios da água com limão siciliano. Um copo de água com limão siciliano por dia estimula a desintoxicação do físico e melhora sensivelmente a digestão. Além do mais, o poder alcalinizante do limão siciliano ajuda a compensar eventuais problemas de acidose.
Nós mostraremos à você como iniciar a dieta desintoxicante e remineralizante à base de água com limão siciliano: encha um copo com água à temperatura ambiente ou, se preferir, morna. Esprema meio limão siciliano, tendo o cuidado de utilizar um produto fresco e biológico.
A melhor coisa é habituar-se a tomar um copo de água com limão siciliano, em jejum e de manhã. Ao preparar a bebida, não use água fria para evitar um gaste energético excessivo na sua assimilação.
Os benefícios da água com limão siciliano
As inúmeras propriedades benéficas da água com limão siciliano:
Estimula a digestão e melhora a saúde do sistema imunitário.
Tomar água com limão siciliano é indicada pela American Câncer Society como terapia de suporte, útil para estimular os movimentos intestinais. Na realidade, o sumo do limão siciliano aumenta a produção da bile no fígado e as vitaminas, mais os sais minerais contidos nos limões sicilianos, ajudam a expelir as toxinas acumuladas no trato digestivo. As propriedades digestivas do limão siciliano contribuem para aliviar dores oriundas da azia e do inchaço do estômago. Ricos em vitamina C, os limões sicilianos mostram-se úteis no combate e na prevenção à gripe. O seu alto conteúdo de potássio estimula a boa funcionalidade dos nervos e do cérebro e ajuda abaixar a pressão sanguínea.
Propriedades depurativas e diuréticas.
Estimulando a diurese, a bebida à base de água com limão ajuda o organismo a depurar-se das toxinas, garantindo saúde e eficiência ao aparelho urinário.
Regula o pH.
O ácido cítrico, combinado com as propriedades da vitamina C, contribui a reduzir os níveis de acidez do sangue. Por esse motivo, beber água com limão siciliano, regulamente, previne a condição de acidose no organismo.
Purifica a pele e refresca o hálito.
A vitamina C e os antioxidantes contidos no limão siciliano ajudam a combater os danos causados pelos radicais livres e a formação das rugas. Além disso, refresca o hálito, previne a dor de dente e da gengiva.
Com o objetivo de impulsionar os esforços para conservação do meio ambiente, transformando a ação de cada um em uma força coletiva que tenha um verdadeiro e duradouro legado de impacto positivo para o planeta foi lembrado, no início de junho (05), o Dia Mundial do Meio Ambiente. O tema deste ano foi definido como: “Conectando pessoas à Natureza” com o slogan “Estou Com a Natureza”.
Para mostrar um pouco mais sobre pesquisas relacionadas a esse assunto, nós, daRosal, fomos conversar com a engenheira agroindustrial e especialista em indústrias alimentícias, do município de Santo Antônio da Patrulha – RS, Sara Fraga*. A pesquisadora nos contou sobre o trabalho que vem desenvolvendo com as frutas nativas.
Sara nos relatou que desde de 2010, ela e seu grupo de pesquisa, desenvolvem a atividade com o foco principal nas frutas nativas da região de Santo Antônio da Patrulha, que é rica e diversificada quanto a sua conformação ambiental. O trabalho está relacionado à importância de uma alimentação saudável com produtos locais, associando isso à conservação da biodiversidade.
Conheça agora, um pouco mais sobre essa história…
Rosal: Como surgiu o interesse pelo do tema de pesquisa?
Sara Fraga: Nós temos aqui, Mata Atlântica, um lado de Serra e baixadas, onde têm terras alagadiças. Na nossa região, nós produzimos um dos melhores arroz do mundo, que tem hoje, denominação geográfica. Aqui, tem produção de cana-de-açúcar nos morros, mais nas encostas, na região serrana. O índice de açúcar dessa cana é mais elevado do que na maioria das regiões do Brasil. É uma cana especial. O professor Carlos Peixoto, que é do grupo de pesquisa de produtos naturais, da Universidade Federal do Rio Grande, do Campus de Santo Antônio da Patrulha, pesquisa e cuida dessa parte. Os estudos dele são sobre os produtos oriundos de cana de açúcar como, por exemplo, o melado, a cachaça, o açúcar mascavo e outros que dessa linhagem se originam. A indústria rapadureira do município é extremamente forte em função desse conteúdo especial de sacarose da nossa cana de açúcar. Então, pela própria diversidade geográfica do município de Santo Antônio da Patrulha, acabou despertando muito a nossa curiosidade para o lado das frutas nativas que são dessa região. Aí, nosso trabalho começou em 2010 com a “caferana”, conhecida no município como “guaraná do sul”. É uma frutinha com a polpa bem vermelha e adocicada com um fundo amargo e nós começamos a pesquisar sobre ela.
Rosal: Como você conheceu a “caferana”?
Sara Fraga: Minha avó me apresentou a fruta em 2009, quando iniciei o curso, em função de um grande cansaço causado por muitas horas estudo. Ela disse que iria me dar uma fruta para eu recuperar a saúde, recuperar a energia, principalmente. Minha avó me apresentou aquela fruta e recomendou que eu tomasse o suco com uma fruta só, pela manhã. É claro que eu não obedeci a vovó e coloquei duas frutas no copo. Tomei e fiquei o dia inteiro “a milhão”, com muita energia. A partir daí, começou a bater a curiosidade sobre a fruta. Que fruta é essa? O que ela tem? Nós fomos a campo em busca de pesquisas.
Rosal: Foi fácil encontrar informações sobre a “caferana”?
Sara Fraga: Na época, não encontramos nada publicado sobre ela, nem identificação botânica. Com muito esforço, acabamos chegando no acervo do Jardim Botânico de Nova York, onde tinha uma publicação sobre ela, mas de 1883, de um botânico alemão chamado Jacq Kunth. Daí, nós começamos um trabalho de identificação, de postagem de exsicata** no herbário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com a professora Janete Adamski para identificar e conseguir trabalhar com a fruta.
Rosal: O que vocês descobriram de especial sobre as propriedades da “caferana”?
Sara Fraga: Começamos a pesquisar a fruta “caferana” e o que ela tinha que dava tanta energia. Nós publicamos o artigo dela em 2014 (os links dos artigos estão ao final do texto) mostrando que ela é rica em cafeína, em carotenóides, licopeno. Imagina… licopeno é o elemento da “felicidade”, muito creditado em vários programas de televisão. Quem come tomate, come compostos de felicidade. Hoje, a gente pode dizer que quem come a “caferana” além de aliar cafeína, licopeno, betacaroteno e outros tantos nutrientes que tem nessa fruta, consegue ter um pouco mais de saúde porque a fruta é nutritiva, é nativa.
Rosal: Já existe produção da “caferana”?
Sara Fraga: Por enquanto ela só é produzida em pomares domésticos, ou seja, livre de agrotóxicos e de grande benefício.
Rosal: Vocês trabalharam com outras frutas nativas?
Sara Fraga: Após a busca da “caferana”, começamos a buscar diferentes frutas nativas. E aí, assim, veio parar nas nossas mãos a juçara, ou juçaí ou açaí do Rio Grande do Sul, que é da Mata Atlântica. Nós fizemos bons trabalhos… produção de suco misto de juçara com “caferana”, de geléia sem adição de açúcar e mais algumas outras coisas que estão saindo aí, do forno, com projetos muito bons. Quando nasceu esse projeto, de trabalhar com as frutas nativas da nossa região, começamos uma busca e aí acabamos encontrando uma série, todas ricas em nutrientes e poucas são consumidas aqui. Começamos a trabalhar com um projeto de educação também, com palestras em feiras do município, em escolas para as crianças conhecerem as frutas.
Rosal: O que mais esse trabalho gerou?
Sara Fraga: Nasceu, no ano de 2016, um projeto na escola Escola Estadual de Ensino Fundamental Felisberto Luiz de Oliveira, da localidade do 5º distrito, chamada Monjolo. Lá, a gente trabalhou com uma frutinha chamada “pixirica” que é dos campos, principalmente onde tem criação de gado. Nós conseguimos produzir além do suco da “pixirica”, uma barra nutritiva rica em antocianinas. A gente agregou além da “pixirica”, outras frutas. Tudo roxas.
Rosal: Por que vocês decidiram criar essa barra nutritiva com a “pixirica”?
Sara Fraga: Essa barra foi desenvolvida com o intuito de auxiliar na alimentação de crianças que sofrem do mal de epilepsia. A antocianina presente nas frutas da nossa região, tem um alto valor nutritivo e alguns estudos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul apontam para a potencialidade de reconstrução da malha neuronal. Quando acontece crises de epilepsia, as crianças sofrem perda de neurônios. Esses neurônios não se reconstroem mais. Outros neurônios nascem no lugar, recompondo aquela malha neural perdida. É um estudo muito rico, muito bonito. Tem condições da gente desenvolver produtos para que as crianças possam comer. Produtos que sejam gostosos, que sejam principalmente nutritivos com frutas da nossa região.
Rosal: As pessoas conhecem os benefícios que as frutas nativas da região podem trazer para a sua saúde?
Sara Fraga: A maioria das pessoas desconhece. De lá para cá, começou um trabalho de conscientização mostrando que o consumo de frutas da nossa região tem a ver com a nossa saúde. A sabedoria da natureza é tão divina que quando o nosso Criador formou as nossas regiões, Ele colocou as frutas, os legumes, as verduras e os cereais naquele lugar, porque eles teriam a capacidade de compor nutrientes para suprir as necessidades do povo que ali viveria, em função de defesas das intempéries daquele local. Na nossa região nós temos calor intenso, frio intenso, alta umidade e seca, também. Em cada um desses períodos, se nós observarmos, tem frutas, legumes e cereais que produzem nas diferentes épocas. Então, se conseguirmos conciliar a nossa alimentação com o que a natureza nos dá, nos períodos que ela nos dá, com certeza nossa saúde vai ser mais privilegiada. Vamos ter condições de ter defesas do organismo mais acentuadas para enfrentar as doenças que também são provocadas por essas intempéries. Quando a gente tem uma umidade muito elevada, um frio muito grande, nós temos doenças de fundo respiratório e pulmonar. Nós temos plantas que suprem as necessidades do pulmão e das vias respiratórias para combater essas doenças. Temos alimentos que são muito propícios para isso. Eu defendo muito isso.
Rosal: E o que você acha das PANCs?
Sara Fraga: Hoje nós temos modismos muito grandes. Hoje se fala de PANC. O que é PANC? Planta Alimentícia Não Convencional. Se a gente for ver o que é PANC, que tipo de planta é, nós veremos que são as plantas nativas, os vegetais nativos, a serralha, o radite da roça e outras tantas que tem por aí. Eu não considero PANC, porque os meus antepassados já comiam isso. Há cem anos, os índios já habitavam nessa região. Há duzentos, há quinhentos anos eles estavam por aqui, tinham todas as plantas e se alimentavam delas. Por que eles tinham saúde muito mais forte do que nós temos hoje? Porque eles consumiam o que a região em que eles viviam oferecia. Então, hoje é uma novidade… ah… a gente pode comer serralha. Pode comer serralha há 500 anos. Desde sempre… e ela tem nutrientes que são necessários para combater os males que as intempéries da natureza proporcionam ao ser humano.
Rosal: Podemos comparar o consumo das frutas nativas da nossa região com a dieta mediterrânea?
Sara Fraga: Quanto à dieta do Mediterrâneo… o que é a dieta do Mediterrâneo? A população do Mediterrâneo consome alimentos daquele território, uma alimentação focada em azeite de oliva, por exemplo. O azeite de oliva é da região do Mediterrâneo. Todos os produtos marinhos, principalmente os que eles consomem, frutos do mar e os peixes, são daquelas encostas do Mediterrâneo. Aliado a isso, eles comem muitos produtos oriundos de ovinos, do leite de ovelha que é criada naquele local, que se alimenta do pasto nativo. Eles têm os nutrientes necessários para suprir as necessidades daquela localidade. Se nós trouxermos uma alocação da dieta mediterrânea para a dieta regional, por exemplo, do Rio Grande do Sul, e nós ainda partirmos dentro de nosso estado, as microrregiões, aí, nós vamos ter uma saúde equivalente. Porque nós temos tantas frutas que hoje a gente nem conhece. Se nós pegarmos os estudos do professor Paulo Brack, veremos que temos aqui, 190 espécies de frutas nativas. Dessas, 166 têm relatos de consumo humano com receitas já desenvolvidas. Quando a gente começa a falar sobre frutas nativas, a gente cita mais ou menos umas 20. A gente não sai das 20. Nós temos as frutas amarelas, as frutas, vermelhas, as frutas roxas. As frutas vermelhas agora entraram na moda como “berry”. O Rio Grande do Sul tem as “berry”. Cada região tem a sua“berry”, que é a fruta rica em nutrientes necessários para aquele lugar. Então nós podemos ter sim, uma saúde equiparada com a saúde do povo mediterrâneo. Nós temos hoje, algumas plantas que produzem azeite, que são tão ricas em ácidos graxos insaturados e poliinsaturados quanto o azeite de oliva, porém são frutas na nossa terra. São alimentos da nossa região, são produzidos nas condições climáticas daqui e eles vão ter os elementos necessários para nutrir o povo que aqui reside. Eu acredito muito isso. Prego isso.
Rosal: O que deve ser feito?
Sara Fraga: Quando nós começarmos a cuidar no nosso meio ambiente, de observarmos o que ele nos dá, nós vamos encontrar a real riqueza da nossa nutrição, do nosso povo. Assim, também estaremos “Conectando pessoas à Natureza” .
*Sara Fraga é formada em Engenharia Agroindustrial com especialização em indústrias alimentícias pela Universidade Federal do Rio Grande, FURG, no Campus de Santo Antônio da Patrulha – RS.
** Exsicataé uma amostra (galho ou fragmento acompanhado se possível de frutos e flores) de planta devidamente prensada e seca ao ar livre ou estufa adequada e posteriormente fixada em papel apropriado com identificação sobre a planta como espécie, família botânica, local e data de coleta, nome do coletor, do identificador, entre outras informações relevantes. Normalmente as exsicatas são armazenadas em herbários que compreendem uma coleção científica de plantas secas, organizadas e preservadas segundo um sistema determinado.
A Excicata, utilizada na pesquisa de Sara Fraga, está postada no Herbarium da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sob a identificação “Bunchosia glandulifera (Jacq) Kunth (Malphiguiaceae) ICN 167276.
Quer saber mais sobre a caferana?
Sara Fraga nos indicou os links dos artigos que publicou sobre o tema.
Veja a seguir:
Link do artigo que foi publicado sobre o suco misto de caferana com juçara:
Suas folhas verdes contêm mais cálcio que o leite de vaca e mais ferro que o espinafre
HAROLDO CASTRO & GISELLE PAULINO (TEXTO E FOTOS)| DO VALE DO RIO OMO, ETIÓPIA
24/06/2015 - 15h46 - Atualizado 11/06/2017 13h20
Poucos brasileiros ouviram falar de uma planta chamada moringa. Originária da Ásia e da África, a árvore de até 12 metros de altura fornece abundantes galhos carregados de pequenas folhinhas verdes. Considerada como uma panaceia para muitos males – de tratamento da malária a dores de estômago – e um alimento com alto valor nutritivo e com uma excelente composição de proteínas, vitaminas e sais minerais, a moringa é uma daquelas árvore que todos habitantes dos trópicos deveriam ter no quintal de casa.
Das 14 espécies identificadas, duas são as mais populares. Nativa das encostas do Himalaia, a Moringa oleifera foi reconhecida pela medicina ayurvédica como uma importante erva medicinal há quatro mil anos. A planta indiana acabou sendo disseminada por todo o mundo e chegou até o Brasil.
Uma espécie próxima é a Moringa stenotepala, nativa do leste da África. Segundo pesquisadores da Universidade de Addis Ababa, da Etiópia, que pesquisam a planta há quase duas décadas, a moringa possui uma elevada capacidade para combater diferentes doenças tropicais, tais como a leishmaniose.
Mas o que assombra os nutricionistas é sua composição como alimento. Pesquisadores concluíram que, comparada grama por grama com outros produtos, a moringa possui sete vezes mais vitamina C que a laranja, quatro vezes mais vitamina A que a cenoura, quatro vezes mais cálcio que o leite de vaca, três vezes mais ferro que o espinafre e três vezes mais potássio que a banana. E mais: a composição de sua proteína mostra um balanço excelente de aminoácidos essenciais (aqueles que precisamos ingerir pois o corpo humano não os produz).
Em um país lembrado por imagens de subnutrição, observar que a moringa etíope – a espécie Moringa stenotepala – é fartamente plantada na zona tropical do país nos dá um grande entusiasmo. Na estrada que sai de Arba Minch em direção ao sul, a árvore está espalhada em diversos campos de cultivo de milho, assim como ao redor das cabanas de palha dos habitantes da região.
Cerca de 90 km depois, chegamos em Konso, a porta de entrada para o território nativo dos povos do vale do rio Omo. Os vilarejos tradicionais da etnia Konso foram proclamados Patrimônio Mundial pela Unesco em 2011 devido aos terraços criados para a agricultura e às muralhas de pedras que protegem os assentamentos humanos.
Como se não bastasse a engenhosidade dos Konso com seus terraços, possibilitando uma agricultura sustentável nas encostas áridas das montanhas, os líderes da etnia plantam, há muitas gerações, árvores de moringa ao redor de suas casas. Assim, a folhinha verde tão nutritiva não falta a ninguém na comunidade e traz um mínimo de elementos nutritivos a toda a população, principalmente às crianças.
Graças à moringa abundante e aos cereais e as leguminosas plantados nos terraços Konso, o fantasma da subnutrição afasta-se cada vez mais do sul da Etiópia. De fato, em todos os mercados semanais da região, sempre encontramos pencas e pencas de moringa fresca sendo vendidas para aqueles que não possuem uma árvore em seu quintal.
Thamyres Matarozzi, uma fotógrafa paulistana que viaja com nosso pequeno grupo de brasileiros, já conhecia a fama da moringa desde 2011 quando vivia em Londres. Por ser vegana e buscar uma alimentação consciente, Thamyres comprara na Europa dezenas de saquinhos de pó de moringa para complementar uma possível falta de proteínas ou vitaminas durante sua viagem à Etiópia. Qual não foi sua surpresa ao ver que quase todos os restaurantes onde comemos ofereciam moringa – ou, no idioma local, aleko – nas mais variadas formas, de sopa a refogado!
A moringa oferece ainda mais um presente às comunidades rurais. Devido a uma composição particular dos óleos e das proteínas contidas nas sementes, quando trituradas e misturadas a uma água turva e não potável, uma reação extraordinária é produzida: a água fica limpa. Como isso acontece? O pó das sementes de moringa possui a propriedade de atrair argila, sedimentos e bactérias, os quais acabam indo para o fundo do recipiente e deixando a água clara e potável.
Tanto as sementes da espécie etíope (Moringa stenopatala) como da asiática (Moringa oleífera) possuem as mesmas características de decantar a água. Pesquisadores do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais comprovaram, em testes de laboratório, que as sementes da moringa asiática conseguem remover 99% da turbidez da água.
Com todos esses atributos, não é difícil considerar a moringa como uma das plantas mais generosas do planeta. Por isso, várias ONGs de desenvolvimento humano que combatem a pobreza e a fome a chamam de “super planta”, “árvore milagrosa” ou “folha que salva vidas”.
Depois de saber tudo isso, nosso próximo passo será comprar sementes e plantar moringa em casa!
AEspinheira Santaé uma planta originária da América do Sul e muito presente na região sul do Brasil. Ela é utilizada há muito tempo pelos povos nativos dessas regiões como planta medicinal.
O nome espinheira santa se deve ao formato de suas folhas, que parecem ter vários espinhos e por ser considerada um “santo remédio” na linguagem popular. Seu uso é muito útil no combate às dores de estômago, gastrite, úlcera, azia e queimação, devido às propriedades medicinais que possui. Ela também pode colaborar na perda de peso.
Neste artigo, eu irei falar mais sobre os benefícios da espinheira santa.
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Propriedades Da Espinheira Santa.
Podendo ser utilizada como chá, as indicações de espinheira santa são várias.
Os usos clássicos são para úlceras gástricas e intestinais, gastrite, dispepsia, indigestão, constipação e problemas no fígado. Outras indicações incluem anemia, câncer e como contraceptivo.
O chá feito a partir das folhas também pode ser aplicado topicamente em lesões da pele e machucados.
Os fitoquímicos presentes na espinheira santa e que são os responsáveis pelas suas atividades biológicas no organismo humano são terpenos, triterpenos, taninos e alcaloides.
A espinheira santa possui boas quantidade de taninos, especialmente epigalocatequina, que têm poder cicatrizante de lesões ulcerosas no estômago por controlar a produção de ácido clorídrico no órgão. Os taninos também são poderosos antissépticos por paralisar as fermentações gastrintestinais (1).
Os óleos essenciais, especialmente o fridenelol, estão presentes na espinheira santa. Este óleo se destaca pelo efeito gastroprotetor. Por fim, a planta possui em sua composição os ácidos tônico e silícico, que possuem ação antisséptica e cicatrizante.
Espinheira Santa Emagrece?
O chá de espinheira santa pode sim te ajudar a emagrecer.
Isto porque ele possui um leve efeito laxativo, junto com a melhora na digestão e uma ação diurética.
Em resumo, a Espinheira Santa serve para emagrecer também por conta da grande melhora na digestão que ela propicia.
A digestão se relaciona diretamente com o acúmulo degordura localizada. Com a digestão funcionando adequadamente, o seu corpo digere tudo que realmente precisa e tem capacidade de eliminar o que não precisa (2).
Mas é claro que a espinheira santa não é milagrosa, e para emagrecer a alimentação precisa ser rica em nutrientes, proteínas, frutas, verduras e gorduras saudáveis. Não adianta tomar chá e continuar comendo porcarias industrializadas e açucaradas.
Benefícios Da Espinheira Santa
Dentre os principais benefícios da espinheira santa podemos destacar:
Melhora Gastrointestinal
Pesquisas clínicas a respeito da espinheira santa começaram há muitas décadas e mostram os resultados positivos da planta e sua ação no combate aproblemas estomacais, como gastrite, úlcera e gases.
As potentes propriedades antiulcerogências da espinheira santa foram demonstradas por um estudo em que o chá foi tão eficaz quanto dois dos medicamentos mais utilizados no combate às úlceras estomacais, a ranitidina e a cimetidina, aumentando o pH do conteúdo estomacal.
O baixo pH provocado pela secreção de ácido clorídrico naturalmente pelo estômago é o principal agente de úlceras quando essa secreção ocorre em excesso, esse ácido corrói as paredes do órgão levando a gastrite e até à úlcera (3).
Devido aos seus benefícios, o chá de espinheira santa pode ser indicado para os seguintes quadros clínicos:
Má digestão;
Azia e acidez estomacal;
Refluxo;
Gastrites, inclusive as causadas por Helicobacter pylori;
Úlceras gástricas e duodenais;
Perturbações do trato gastrointestinal;
Enterites (inflamações do intestino);
Flatulência;
Mau hálito causado por distúrbios estomacais.
Mesmo com a ação digestiva, cicatrizante, antiinflamatória e protetora da mucosa gástrica, o médico deve sempre ser consultado para avaliar o benefício da inclusão da espinheira santa como auxiliar no tratamento dessas doenças.
Risco Reduzido de Câncer
Estudos demonstraram a atividade de substâncias presentes na espinheira santa contra células cancerosas e tumores em concentrações bastante baixas.
A substância maitansina, um alcaloide, levou a expressivas regressões de carcinoma de ovário e linfomas, mais pesquisas não foram conduzidas pois observou-se alta toxicidade nas doses usadas.
Já um outro alcaloide, maiteína, apresentou baixa ou nenhuma toxicidade e teve excelentes resultados na redução de tumores epidermóides, ou seja, que se originam de células epiteliais, de até 60% com expressiva melhora na condição de vida dos pacientes (4).
Em 1990, pesquisadores japoneses descobriram a ação antineoplásica em um outro grupo de moléculas presente na espinheira santa pertencentes à classe dos triterpenos. Os experimentos mostraram citotoxidade ou inibição de vários tipos de leucemia e tumores.
Apesar da capacidade da espinheira santa em auxiliar nos tratamentos contra o câncer, a utilização dessa planta só deve ser feita com o aval médico.
Outras utilizações
Outros benefícios e efeitos da espinheira santa incluem:
Anticonceptivo;
Antisséptico;
Antiespasmódico;
Diurético;
Antiasmático;
Antitumoral;
Laxativo;
Combate enfermidades do fígado;
Abortivo;
Cicatrizante.
Como Fazer Chá De Espinheira Santa?
As doses recomendadas de chá de espinheira santa são de até três xícaras ao dia.
Para fazer o chá ferva cerca de 30g de folhas picadas em meio litro de água e deixe esfriar.
Se possível, utilize sempre a erva fresca e natural para o preparo do chá, evitando o uso de sachês.
Contraindicações Da Espinheira Santa
Mulheres que fazem tratamento para fertilidade ou que estão tentando engravidar não devem fazer uso de espinheira santa devido ao seuefeito abortivodescrito em pesquisas científicas.
Mulheres amamentando também não devem fazer uso da espinheira santa, pois estudos demonstram que pode ocorrer redução do leite materno (5).
A espinheira santa também não é recomendada para crianças.
Mas de maneira geral a espinheira santa é saudável, benéfica para a sua saúde e emagrecimento.
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