quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Pesquisadora da UNICAMP obtém mirtilo em pó e passa.



Também conhecida como blueberry, fruta originária da América do Norte é rica em antioxidantes
LUIZ SUGIMOTO





O mirtilo é uma fruta muito pouco conhecida no Brasil, mas a mais rica em antioxidantes dentre as já estudadas, com conteúdo particularmente elevado dos polifenóis que conferem funções protetoras às paredes das células. Suas propriedades medicinais vão do combate aos radicais livres, efeito anti-inflamatório, melhora da circulação e redução do colesterol ruim, até a prevenção ou reversão de catarata e glaucoma. Seu nome em inglês, blueberry (cereja azul), pode soar mais familiar aos brasileiros. Nos Estados Unidos e Europa, o consumo é elevadíssimo e a fruta ganhou fama de promover a longevidade.



O que americanos e europeus talvez não conheçam é o blueberry nas formas de passa e em pó, produtos obtidos através de processos de secagem na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp. "Eles consomem muito o mirtilo in natura, como suco e adicionado a uma variedade de alimentos como sorvetes, biscoitos, geléias e muffins. Não encontrei a fruta em passa ou em pó na literatura, nem em recente viagem à Europa", afirma Graziella Colato Antonio, que é pesquisadora colaboradora da Feagri e chegou aos dois produtos em pesquisa de pós-doutorado supervisionada pelo professor Kil Jin Park e financiada pela Fapesp.



Graziella Colato informa que o mirtilo começou a ser plantado no Brasil apenas em 2002, a partir de
 sementes trazidas do Chile por um agricultor do Rio Grande Sul, que as distribuiu aos vizinhos. "Em pouco tempo, criou-se a Associação dos Plantadores de Mirtilo da Serra Gaúcha, em Caxias do Sul, visando principalmente à exportação. A nossa safra vai de meados de janeiro ao final de fevereiro, justamente o período de entressafra nos Estados Unidos, o que traz uma boa perspectiva de comercialização".


Segundo a pesquisadora, o mirtilo (Vaccinium myrtillus L.) é uma planta selvagem originária das matas da América do Norte e seu melhoramento genético ainda é alvo de pesquisas recentes. "A aparência da fruta é semelhante à do araçá, mas com a coloração roxo-azulada e o tamanho da uma uva pequena. O sabor é agridoce e de difícil comparação com outros alimentos. Além do consumo in natura, pode ser empregado tanto em pratos doces como salgados".



Por causa da quantidade de água, o mirtilo é bastante perecível, o que vem fazendo com que a associação de produtores gaúchos recorra ao seu congelamento em embalagens de 100 gramas para a comercialização. Daí, a ideia de estudar processos de desidratação da fruta como técnica adicional de conservação. "O professor Kil Jin Park, que é um dos maiores especialistas em secagem de alimentos do país, coordena o projeto no âmbito de um convênio de cooperação técnico-científica entre a Unicamp e a empresa Nutrisaúde Indústria e Comercio de Frutas Ltda., que teve a intermediação da Inova".



De acordo com a autora, seu estudo foi realizado a partir de lotes de três safras enviados pela empresa parceira, com a avaliação de três processos: a desidratação osmótica e a secagem convectiva (com a passagem de ar aquecido ascendente por bandejas contendo a fruta para retirada da água), para a obtenção da fruta em passa, e a secagem por atomização (utilizando o spray dryer) para a produção da polpa em pó. "A secagem é uma técnica milenar e largamente utilizada na indústria. O que buscamos foi o melhor processo de aproveitamento, custo e tempo de secagem. Alcançamos 25% de umidade do mirtilo em passa com cinco horas de processo, o que é pouco em comparação a outros produtos".


A pesquisa incluiu a análise sensorial do mirtilo em passa junto a consumidores potenciais, recebendo excelentes notas por seu sabor peculiar e agradável. "Registramos uma grande intenção de compra, apesar de não haver no Brasil o hábito de consumir frutas desidratadas devido à grande quantidade e variedade de produtos frescos disponíveis durante todo o ano. "Tanto a polpa em pó como o mirtilo desidratado poderão ser utilizados como ingredientes para outras formulações, como biscoitos, bolos etc.".



Antocianina

Graziella Colato Antonio adianta que o próximo passo pensado para o projeto é a extração da antocianina - pigmento vermelho, mas que de tão intenso torna-se violeta, dando a coloração roxo-azulada e que concentra as propriedades medicinais da fruta. "O mirtilo contém 25 tipos de antocianina, uma quantidade impressionante, maior do que em qualquer outra fruta ou legume. Pretendemos extraí-la para destinação a fármacos, estando aí o maior interesse da Nutrisaúde".



A propósito da antocianina, a pesquisadora da Feagri verificou que no processo de secagem para obtenção do mirtilo em passa houve uma redução de 46% do pigmento. Esclarece, entretanto, que isto não significa uma perda equivalente. "Quando retiramos a água da fruta, diminuímos a massa, mas concentramos as propriedades. Isto significa que é preciso consumir menos fruta seca do que a fruta fresca para obter os mesmos benefícios".



Ao seu estudo, Graziella Colato somou informações de análises realizadas por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) comprovando que o mirtilo produzido no Brasil possui as mesmas características do blueberry - a versão original do fruto cultivada nos Estados Unidos e na Europa. Os pesquisadores asseguram que a quantidade de pigmentos antocianos também é a mesma.



Quanto à composição nutricional, o mirtilo é indicado na literatura como uma fruta saudável, com teores baixíssimos de gordura e de sódio, e como boa fonte de fibra e vitamina C. Uma xícara de mirtilo fresco fornece 5 gramas de fibra - mais do que a maioria das frutas e legumes - e 15% da necessidade diária de vitamina C, com valor calórico de apenas 80 calorias.



A Embrapa Clima Temperado, que incentiva o plantio de mirtilo no Rio Grande do Sul e vem atuando no melhoramento das mudas, aponta diferenças na composição química entre produtos de algumas propriedades dos plantadores gaúchos. Contudo, atribui tais diferenças à variedade da planta, tipo de solo, tempo de cultivo e época de colheita.



 
Visão noturna

Além de todas as propriedades medicinais mencionadas no início deste texto, a autora da pesquisa leu sobre a possibilidade de que dietas contendo mirtilo podem prevenir problemas relacionados a doenças neurodegenerativas, o que inclui o mal de Alzheimer, o mal de Parkinson e a esclerose lateral. "Uma matéria publicada na revista Época destaca o sucesso que faz o blueberry entre os esportistas, depois de estudos sugerindo que as antocianinas ajudam na prevenção de câncer e combatem o envelhecimento".



Graziella Colato ressalta que um benefício comprovado está ligado a doenças da visão, como catarata e glaucoma, atribuindo-se ao mirtilo a capacidade de reverter ou evitar tais complicações, melhorando a capacidade de leitura e o foco visual. "O site Bluberries conta a história de que, na Segunda Guerra, os pilotos britânicos comiam a fruta antes dos vôos noturnos, acreditando que assim enxergavam melhor o alvo inimigo".


Avicultura colonial é alternativa para a economia familiar



Criar galinhas está deixando de ser uma atividade de lazer ou passatempo. A avicultura colonial desponta como uma excelente alternativa de renda nas propriedades de economia familiar. Nossa equipe foi conhecer nos municípios de Mariana Pimentel e Guaíba, um exemplo de produção orgânica de frangos, que além de rentável exige pouco investimento.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

COMO PLANTAR BATATA DOCE A PARTIR DA RAMA

Celeiro Sustentável: Compostagem orgânica doméstica é mais fácil do que...

Extraído do blog Celeiro Sustentável: Compostagem orgânica doméstica é mais fácil do que...:

Ligia Nicacio Santos, educadora ambiental, conduziu a oficina Minhocário Doméstico, no Planeta no Parque 2013
Ligia Nicacio Santos, educadora ambiental, conduziu a oficina Minhocário Doméstico, no Planeta no Parque 2013, evento do Planeta Sustentável
Com a mensagem inspiradora de que sustentabilidade começa em casa, o Planeta no Parque, evento do Planeta Sustentável realizado hoje (25) no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, teve início com a oficinaMinhocário Doméstico. Foi ministrada pela Morada da Floresta e levantou pontos importantes para a discussão sobre o meio ambiente, como a reciclagem de materiais orgânicos com o processo de compostagem.
Muitos ainda têm dúvidas e não sabem como colaborar na redução de lixo orgânico. A palestrante Ligia Nicacio Santos, educadora ambiental, mostrou como a compostagem orgânica doméstica pode ser uma saída fácil, prática e muito educativa para esse problema, por diminuir o volume do lixo levado aos aterros sanitários e gerar uma fonte de renda para as famílias.
Com um público diversificado, a oficina explicou como implantar esse sistema em casa através de três possibilidades: leiras – deixa o lixo empilhado em um espaço grande e fechado –, alambrado – também é realizado em um quintal de grandre – e minhocário – feito em três caixas e minhocas californianas, pode ser implantado tanto em espaços grandes, quanto pequenos.
A compostagem com os minhocários podem causar má impressão a primeira vista –justamente por usar as minhocas californianas – mas a Morada da Floresta garante: o processo não leva insetos inconvenientes para sua residência; recicla seu lixo e ainda possibilita a propagação da educação ambiental entre familiares e amigos.
Para fazer é necessário apenas de três caixas, que variam de tamanho de acordo com o espaço destinado a elas, e do lixo produzido pela família. Na primeira caixa e segunda caixa são colocados terra; componentes orgânicos molhados; secos; minhocas californianas e, pronto! É só esperar as minhocas realizarem o resto do trabalho com a transformação do material em adubo – o qual é despejado na terceira caixa.
A fim de incentivar a ação, a família de Júlia, de oito anos, veio em peso ao evento para mostrar aos colegas que é possível, sim, montar um minhocário em casa. “Sempre que posso ajudo a minha mãe a separar os compostos secos – como os papéis que eu junto da escola – dos molhados, e depois colocamos nas caixas e esperamos o resultado”, explica.
Para seu pai, o jornalista Renato Krausz, a implantação do sistema de compostagem doméstica ajudou a reduzir o lixo produzido pela família e contribuiu diretamente na educação de suas duas filhas. Ele aponta que “conscientizar as crianças sobre a importância do meio ambiente é pensar no futuro, e colocar essas ações em prática é uma maneira delas aprenderem em casa”.
Saiba mais sobre como montar um minhocário em casa no site da Morada da Floresta.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Apareceram larvas brancas! E agora?

Extraído do blog cadico minhocas

Muita gente me escreve dizendo: 
Socorro! Apareceram larvas/vermes no meu minhocário!


Por que acontece?

Primeiro, é importante entender que o aparecimento de larvas é a coisa mais normal do mundo em minhocários, assim como outros invertebrados, não se assuste. É um ambiente vivo e a larva vai estar realizando um trabalho muito semelhante ao da minhoca.

O tema se complica quando começa uma grande proliferação de larvas, que são na grande maioria de moscas. Isso acontece quando o minhocário está muito úmido e os resíduos orgânico estão expostos na superfície, sem estar devidamente tapados por material seco.

Isso não significa necessariamente um problema, porém entendo o desagradável que pode ser que seu minhocário se transforme em um “larvário” e que num belo dia você abra a tampa e sua casa fique infestadas de moscas.
Por isso fiz esse post.



Foto do Google

Como resolver?

Se você observar, verá que grande parte das larvas estão na superfície. Pacientemente, retire as que estão na lateral do balde e dê o fim que considere mais correto para elas. Eu coloco elas no jardim.

Uma coisa bem útil, mas sei que nem sempre se pode fazer, é remover o conteúdo de modo que o que está no fundo venha até a superfície e vice-versa. Usando outro balde fica mais fácil.

Como o problema de proliferação ocorre por causa dos resíduos expostos na superfície, você deve cobrir com material seco até estar seguro de que nada irá ficar exposto, até terra vale.

Certifique-se também de que o composto não esteja compactado, os canais de aeração são essenciais para a decomposição aeróbica.

Isso sempre me ajudou a resolver o problema, mas repito, as larvas são parte do sistema, comece a apreciá-las também.


Sobre "mandingas"

Existem métodos alternativos, que eu nunca tentei, mas como teve gente que sim e deu resultado, vou compartilhar.

·       Deixar galhos de alecrim em cima do composto;

·       Jogar três vezes o biofertilizante líquido do último balde sobre o composto;

·       Colocar lagartixas e aranhas dentro do minhocário;

·       Cobrir tudo com folhas e borrifar óleo de citronela ou neem sobre, deixando o sistema parado por uma semana;

·       Armadilha: recipiente com vinagre, açúcar e detergente sobre o composto;


·       Armadilha: recipiente com restos de frutas, tapados com plástico filme e pequenos furinhos.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Embrapa lança a BRS Xingu, uma nova cultivar de amora-preta anti-câncer





A Embrapa Clima Temperado apresentou recentemente sua 7ª cultivar de amora-preta, a BRS Xingu. O período de colheita e o sabor são as principais características que diferem de outras, como a tradicional BRS Tupy.

Cresce o uso de amendoim forrageiro para melhora da qualidade das pastagens

domingo, 25 de agosto de 2013


O uso do amendoim forrageiro para consórcio de pastagens tem sido uma técnica empregada com sucesso no Acre, na Bahia e em Mato Grosso, e também em países como Bolívia, Peru, Colômbia, Costa Rica, Austrália e Estados Unidos. A carência de nutrientes no solo e a baixa qualidade das pastagens tropicais se tornaram desafios para pesquisadores e produtores. São raros os casos de sucesso com emprego de leguminosas consorciadas com capins nas regiões tropicais, diferentemente do que ocorre na Europa e nos Estados Unidos. Na Amazônia, no entanto, já existem dois casos que merecem destaque: a puerária e o amendoim forrageiro.
O primeiro pesquisador a estudar a planta foi Geraldo Pinto, da Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira (CEPLAC) que fez coletas de plantas nativas em 1954, perto da foz do Rio Jequitinhonha, em Belmonte, na Bahia. Desde então, muitos outros pesquisadores se dedicaram ao estudo do amendoim forrageiro.
No Acre, o amendoim apresenta 22% de concentração de proteína, taxa quase três vezes maior que a encontrada normalmente em capins, além de ter uma capacidade de produção de matéria seca em torno de 20 toneladas por ano. Por meio do consórcio de capins e amendoim, somando-se a outras técnicas, pode-se aumentar a capacidade de suporte das pastagens para até três cabeças por hectare.
Trabalhos desenvolvidos pela Embrapa, com pequenos produtores de leite, também têm mostrado que o uso do amendoim forrageiro como banco de proteína quase dobrou a produção de leite das vacas, saindo de 2,5 litros para 4,6 litros por dia.
da redação do Nordeste Rural

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Compostagem - Momento Ambiental





Apesar de abrigar o maior lixão a céu aberto da América Latina, o Distrito Federal é exemplo na produção de adubo a partir da coleta de resíduos orgânicos. O Serviço de Limpeza Urbana, em parceria com a iniciativa privada, produz 150 toneladas de compostos orgânicos todos os dias. A maior parte desse material é doada a agricultores familiares e o que sobra é vendida a produtores convencionais. Em dois anos, cerca de mil famílias foram beneficiadas e receberam, ao todo, 38 mil toneladas de adubo.

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...