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domingo, 16 de novembro de 2014

Minhocas aumentam a produtividade no campo, mostra estudo publicado na revista Scientific Reports


A presença das minhocas no solo aumenta a produtividade agrícola. É o que mostra estudo publicado na revista Scientific Reports. “O resultado já era esperado”, afirma George Brown, pesquisador em ecologia do solo da Embrapa Florestas (Colombo/PR), e um dos coautores do trabalho. “Há centenas de anos as minhocas são consideradas aliadas do agricultor, ajudando no crescimento das plantas. Contudo, o que não sabíamos ainda era a dimensão do efeito positivo nem como ele funcionava”, observa.

A equipe de pesquisa reuniu todos os artigos publicados, o mais velho datando de 1910. Todos os ensaios mediram o efeito das minhocas na produtividade agrícola e biomassa vegetal. Em seguida, foi realizada meta-análise dos dados, que é uma técnica estatística usada para avaliar e buscar padrões em grandes volumes de dados.
O resultado do trabalho foi bastante evidente: “Em média, a presença das minhocas aumentou a produtividade de grãos em 25% e a biomassa aérea de plantas, em especial as utilizadas em pastagens, em 23%. A biomassa das raízes também aumentou em 20%”, revela. Outra conclusão é que as minhocas não afetaram o teor de nitrogênio das plantas, indicando que a qualidade não foi afetada. “Portanto, elas afetam principalmente a produtividade”, completa o pesquisador.


Galerias - Os autores procuraram, ainda, elucidar os mecanismos por trás dos efeitos positivos proporcionados pelas minhocas. “Por meio da construção de galerias, ingestão de solo e produção de coprólitos (excrementos), as minhocas liberam o nitrogênio presente nos resíduos vegetais e na matéria orgânica do solo, transformando o que seria adubo orgânico em mineral”, explica o Dr. Jan Willem van Groenigen, líder da equipe e primeiro autor do trabalho. “E o nitrogênio é um dos nutrientes mais importantes para o crescimento das plantas”, completa.


O efeito positivo desapareceu quando doses maiores de adubo nitrogenado já eram aplicadas pelos produtores, ou quando leguminosas (que fixam nitrogênio do ar) estavam presentes. “Minhocas não produzem nitrogênio, elas apenas ajudam a fazê-lo ficar mais disponível para as plantas”, pondera. O efeito positivo das minhocas foi maior quando retornaram ao solo maiores quantidades de resíduos das culturas, que por sua vez alimentam as minhocas. Os autores concluem, então, que elas são especialmente importantes para agricultores que podem usar somente baixas doses (ou nenhum) de adubo nitrogenado porque não têm condições financeiras ou acesso ao mesmo; e aqueles que não querem usar adubo nitrogenado, pois dependem do processo de decomposição natural da matéria orgânica para liberar nutrientes para as plantas, como no caso da agricultura orgânica.
Para desfrutar de benefícios, produtor deve evitar agrotóxico




Em sistemas intensivos de produção, com alto uso de insumos e adubos químicos, o efeito benéfico das minhocas sobre a produtividade das culturas provavelmente será menor, conforme o estudo. Contudo, ainda há perguntas a serem respondidas. “Encontramos um paradoxo: as minhocas têm maiores benefícios na produção em solos pobres, de baixa fertilidade, onde suas populações também podem estar limitadas por falta de alimento. Portanto, trabalhos futuros devem buscar formas de aumentar as populações de minhocas nesses solos, especialmente através do uso racional de insumos orgânicos. Assim, o agricultor se tornará aliado da minhoca, assim com ela já é aliada do agricultor”, declara George Brown.


Além disso, continua ele, ainda não está claro como as minhocas afetam a disponibilidade de outros nutrientes essenciais para as plantas, especialmente o fósforo.
Estes resultados não significam que o produtor poderá adicionar deliberadamente minhocas ao seu terreno para aumentar a produtividade, pois é uma prática inviável do ponto de vista econômico e ecológico para a maior parte das culturas. “Isso só deve ser realizado excepcionalmente, pois o bom manejo das culturas e da propriedade agrícola já ajudam na manutenção e aumento das populações de minhocas no solo.
Para ser um aliado das minhocas, e desfrutar dos benefícios das mesmas ao solo, o agricultor deve evitar o uso excessivo de agrotóxicos, a movimentação excessiva do solo (por exemplo, inversão do solo com arado), a erosão, compactação e contaminação do solo, e manejar a adição de restos das culturas no solo, visando aumentar a matéria orgânica que serve de alimento para as populações de minhocas”, sentencia Brown.

fonte correio riograndense 
Edição 5.415 – Ano 106 – Caxias do Sul - RS, 01 de outubro de 2014.    

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Compostagem Orgânica em Casa (HD)



Faço compostagem a 10 anos e produzo uma quantidade considerável de humus, que utilizo em meus vasos e canteiros. Todo o lixo orgânico que produzo , mais de alguns vizinhos, trona-se um excelente adubo orgânico.Utilizo a minhoca vermelha da califórnia, que se reproduz muito bem em nosso ambiente.
 Forneço as minhocas para Porto Alegre e região.
email: agropanerai@gmail.com

Quer saber mais sobre compostagem? acesse http://estagiositiodosherdeiros.blogspot.com.br/p/blog-page.html

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Como Hacer Humus De Lombriz || Abono Organico || La Huertina De Toni

En este vídeo explico como podemos hacer para para fabricarnos nuestro propio humus de lombriz, para la huerta, el proceso que lleva el vermicompost , y los primeros pasos en nuestro lombricultivo, espero que os animéis a fabricaros vuestro propio humus , ya que de esta forma ayudamos al medio ambiente y también nos fabricamos nuestro propio abono orgánico.


Mas Info y Preguntas Frecuentes : http://bit.ly/humus2

Como Hacer el Vermicompost : http://www.youtube.com/watch?v=NsW5u-...
Suscribirse al Canal : http://www.youtube.com/user/iNoT1980
Dossier de Vermicompost : http://tinyurl.com/k3ytt2k

terça-feira, 17 de junho de 2014

Solução para o lixo orgânico: Minhocário


projeto minhocasa

Confecção de um minhocário !


fonte: ESAM

Materiais necessários para cada minhocário:

Uma garrafa pet de 2 litros e uma menor de água mineral brita ou pedrinhas, terra, saco de lixo preto, minhocas.

Procedimentos:



No fundo da garrafa pet coloque brita (não há necessidade de furar o fundo da pet).
Sobre a brita coloque a garrafa menor (com água e tampa) dentro da garrafa pet.
Ao redor, despeje a terra e largue as minhocas.
Após terminar, utilize um saco de lixo escuro para envolver a garrafa, pois as minhocas não são acostumadas com claridade.
Não é necessário molhar, pois a garrafinha com água fornece umidade para a terra, a não ser que seja uma região de excessivo calor, molhe de vez em quando, podendo colocar alguns lixos orgânicos sobre a terra para alimento das minhocas.
Depois de dias, ao tirar o saco de volta da garrafa poderemos observar os caminhos das minhocas bem definidos.
Volte a cobrir com o saco de lixo evitando a luz para as minhocas.

Solução para o lixo orgânico: Minhocário

A idéia de fazer um minhocário para a produção de adubo orgânico em casa, está, definitivamente, aprovada pelo nosso Blog Casa Feliz. Confira a dica do Blog Eco Prático, e comece já a fazer o seu:

"Já foi-se o tempo em que o lixo doméstico era considerado um monstro de sete cabeças. Hoje em dia, podemos nos livrar de nossos resíduos pela reciclagem, pela compostagem ou até mesmo por meio de um minhocário.

Ok, minhocas talvez não sejam os animais de estimação preferidos da maioria das pessoas, porém são de extrema utilidade para o meio ambiente. Elas podem não correr atrás de uma bolinha quando você a joga para longe, mas a habilidade que têm em transformar lixo orgânico em adubo é incomparável.


minhocario

A vantagem de uma composteira à base de minhocas é que o húmus (como é conhecido o resultado da decomposição feita por elas) é um dos melhores e mais nutritivos adubos que existem. Além disso, o chorume (parte líquida) proveniente do minhocário também é um excelente biofertilizante.

É importante lembrar que tal como acontece numa composteira tradicional, é recomendável evitar a utilização de alimentos de origem animal, como carne e queijos, por exemplo. Além disso, as minhocas não se adaptam muito bem à luminosidade, por isso é importante deixar o minhocário num local longe do Sol.

Se você ficou interessado, a Morada da Floresta comercializa minhocários prontos para serem usados (apenas para São Paulo). Algumas lojas de jardinagem também vendem modelos similares ao usado no programa, com preços que variam de 180 a 250 reais. Agora, caso você seja do tipo mais independente, você pode construir o seu próprio minhocário." (Veja na postagem "Como fazer seu próprio minhocário").

Fonte: Blog Eco Prático

quarta-feira, 11 de junho de 2014

COMPOSTA SÃO PAULO


1Alegrias Panerai!

Com grande satisfação, nós da Morada da Floresta, comunicamos que na próxima segunda feira, dia 16/06/2014, lançaremos o projeto COMPOSTA SÃO PAULO.

O projeto vai selecionar 2 mil domicílios de diversos perfis para receber uma composteira doméstica e participar de oficinas de compostagem e plantio. Além de fazer parte de uma comunidade online de troca de conhecimento e experiências, os participantes irão ajudar a gerar informações e aprendizados fundamentais para a definição de uma política pública sobre compostagem doméstica para a cidade de São Paulo. 

Trata-se de uma iniciativa da Secretaria de Serviços da Prefeitura de São Paulo, por meio da AMLURB, realizado pelas concessionárias de limpeza urbana LOGA e ECOURBIS. A idealização e execução é da Morada da Floresta. O projeto é uma das ações do programa municipal SP Recicla.

Serão convidadas cerca de 10.000 famílias para participar voluntariamente do Projeto a partir, principalmente de condomínios, escolas e comunidades. Outras famílias interessadas poderão se inscrever por meio de um questionário online disponível no site www.compostasaopaulo.eco.br

Um dos objetivos centrais deste projeto é gerar dados para a construção de uma política pública para estimular a prática da compostagem doméstica na cidade de São Paulo. Para isso, serão realizadas 3 pesquisas ao longo do projeto: a primeira, sobre os hábitos domiciliares, a segunda sobre o uso da composteira e, ao final, uma terceira para verificar e consolidar as mudanças de hábitos e as soluções encontradas em cada domicílio.

Mais do que um projeto, o COMPOSTA SÃO PAULO quer ser um grande movimento. Para isso, lançaremos também a Comunidade Composta São Paulo no Facebook para a troca de conhecimento e práticas sobre compostagem.  A idéia é criar um canal de conhecimento horizontal e coletivo referência em compostagem. Desde já e convidamos para participar da comunidade, contribuir com dúvidas e soluções de compostagem doméstica.

Acesse o site www.compostasaopaulo.eco.br
Conheça melhor o projeto, e nos ajude a divulgar esta iniciativa!

Te convidamos também para celebrar conosco o lançamento do projeto.

Programação:
Dia: 16 de junho de 2014 (segunda-feira)
Horário: 9 às 12hsLocal: CÉU CASA BLANCA (Rua João Damasceno 85, Vila das Belezas, Campo Limpo, São Paulo)
Programação do dia:
9:00 às 10:00hs - Recepção (lista de presença), cadastro de interessados em participar do projeto, estandes explicativos sobre o funcionamento da composteira doméstica e separação dos resíduos domésticos.
10:00 às 10:30hs - Apresentação do vídeo Utopia no Quintal - Permacultura e Cidade
10:30hs - Cerimonial
               - Cláudio Spínola e Guilherme Turri (Morada da Floresta)
               - Silvano Silvério (Presidente da AMLURB)
               - Secretário Simão Pedro (Secretaria de Serviços)
               - Prefeito Fernando Haddad
11:15hs - Entrega da primeira composteira doméstica do projeto
11:30hs - Encerramento

Obs: nesse dia não haverá jogo do Brasil, o primeiro jogo do dia será as 13hs (Portugal x Alemanha).

Agradecemos a todos que contribuíram para esse projeto se tornar uma realidade!

1

FONTE: MORADA DA FLORESTA

terça-feira, 6 de maio de 2014

A Minhoca na Agricultura




As características fisico-químicas e biológicas de um solo influenciam grandemente a qualidade final dos produtos alimentares provenientes da agricultura, pois as culturas agrícolas só poderão produzir em quantidade e qualidade se, além de condições climatéricas favoráveis, tiverem à sua disposição durante o período de crescimento, os vários nutrientes e fauna edáfica (minhocas, insectos,...) nas proporções adequadas, o que implica, em muitos casos, o recurso a fertilizantes químicos para aumentar a fertilidade do solo.

A lentidão de formação de húmus natural para restabelecer a fertilidade de um solo, o elevado custo dos fertilizantes químicos e a contaminação consequente das águas e solo, têm conduzido à procura de outros fertilizantes produzidos biologicamente. Uma das opções de melhoria da qualidade do solo passa pela aplicação, na terra, ou directamente junto às plantas, do húmus produzido pelas minhocas ou vermicomposto.

A minhoca ingere terra e matéria orgânica equivalente ao seu próprio peso e digere e expele cerca de 60% do que comeu sob a forma de excrementos (húmus), em muito menos tempo que a natureza. A minhoca recicla assim
restos de comida e outra matéria orgânica, produzindo um adubo orgânico muito rico em flora bacteriana (cerca de 2000 milhares de bactérias vivas e activas, por cada grama de húmus produzido) e  devolvendo à terra cinco vezes e meia mais azoto, duas vezes mais cálcio, duas vezes e meia mais magnésio, sete vezes mais fósforo e onze vezes mais potássio do que contém o solo do qual se alimenta.

A importância das minhocas para a fertilização e recuperação dos solos já era reconhecida pelo filósofo  Aristóteles, que definia estes seres como "arados da terra", graças à sua capacidade de escavar os terrenos mais duros. Os antigos egípcios atribuíam poderes divinos às minhocas, protegendo-as por lei. A grande fertilidade do solo do vale do Nilo deve-se não só à matéria orgânica depositada pelas enchentes do rio Nilo, como também à sua humificação pelas minhocas que ali proliferam em enormes quantidades.

Animal extremamente útil para a agricultura e que passa quase todo o seu ciclo de vida debaixo da terra, a minhoca melhora as propriedades fisicas, químicas e biológicas do solo: perfura-o, formando galerias subterrâneas e descompacta-o.

Algumas das vantagens da utilização do húmus de minhoca como adubo natural incluem:
·         não agressivo para o ambiente e fonte de nutrientes para as plantas, especialmente de azoto, fósforo, potássio, cálcio e magnésio.
·         Controlo da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e manganês.
·         Contribuição para um pH mais favorável ao desenvolvimento das plantas.
·         Redução da lixiviação e volatilização dos nutrientes das plantas.
·         Entrada de água e ar facilitada.
·         Drenagem controlada, evitando encharcamentos.
·         Alteração da estrutura do solo, suavizando efeitos de erosão, compactação, impermeabilização e desertificação.
·         Promoção da agregação de solos arenosos.
·         População microbiana fixadora de azoto abundante.
·         Aumento da resistência das plantas a pragas e doenças.
·         Absorção favorecida dos nutrientes pelas raízes das plantas.
·         Aplicação possível em contacto directo com raízes, não queimando plantas novas.

A vermicompostagem, isto é, a compostagem realizada quase exclusivamente por minhocas, surge como opção simples de reciclar os restos de resíduos alimentares (cascas, gomos,...) e de obter húmus com excelentes propriedades. Poupam-se recursos, preserva-se o ambiente, evita-se o uso desmesurado de fertilizantes sintéticos e aproveita-se para conhecer melhor este ser vivo.

Para além da produção de húmus, as minhocas podem também ser usadas como isco para a pesca e para produzir farinha, dado o seu elevado teor de proteínas (78%). Além disso, têm uso na medicina, pela sua grande capacidade de cicatrização e regeneração dos tecidos e também na farmacologia, no tratamento de bronquite, asma e hipertensão.

O comércio de minhocas como isco vivo tem sido o grande responsável pelo desenvolvimento da minhocultura (criação de minhocas) na maioria dos países criadores.

Caracterização

A minhoca é um animal invertebrado, aeróbio, pertencente à classe dos anelídeos, visto possuir um corpo segmentado em partes iguais; tem respiração cutânea (respira pela pele) e, apesar de hermafrodita (possui os dois sexos), a minhoca não se auto-fecunda, necessitando de outra minhoca para se reproduzir.

As minhocas, após atingida a maturidade sexual, reproduzem-se durante grande parte do ano, acasalando-se normalmente à noite durante 2 a 3 horas, na superfície do solo. Os óvulos fecundados são libertados no solo no interior de um casulo, dando origem cada um deles a uma minhoca. Oito minhocas adultas podem originar 1500 minhocas em 6 meses desde que as condições de humidade, oxigénio, luminosidade e nutrientes sejam favoráveis.

A boca da minhoca está situada na extremidade que fica mais perto do clitelo (a parte mais espessa do corpo) e como não tem dentes (não morde), só se pode alimentar de material de pequeno tamanho, amolecido pela humidade e pelos microorganismos. As minhocas são capazes de regenerar a cauda mas não a cabeça, ou seja, se uma minhoca tiver sido dividida em duas partes, apenas a parte que contém a cabeça regenera uma nova cauda.

As minhocas são saprófagas, isto é, alimentam-se de matéria orgânica morta, especialmente vegetais, que normalmente transportam para dentro das suas galerias.

As minhocas não possuem olhos, mas os seus fotoreceptores são sensíveis à luminosidade, particularmente à luz do sol. A epiderme que abriga as células fotoreceptoras possibilita à minhoca distinguir a luz diurna da nocturna, perceber pequenas vibrações, seleccionar alimentos e parceiros.

Estes saprófagos podem viver 5 anos ou mais, em condições favoráveis, e quando adultos pesam 1 g, podendo  chegar ao tamanho máximo (12 a 20 cm) aos 7 meses. Quando uma minhoca morre, o corpo é rapidamente degradado.

http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/Pages/minhocaagricultura.aspx

Agradecimentos: a Sandra Barbosa, Dir. Deptº Meio Ambiente, Brasil, pelos esclarecimentos prestados.

terça-feira, 25 de março de 2014

Compostagem e minhocultura



Características das minhocas

A minhoca, classificada entre os invertebrados terrestres, possui corpo alongado, cilíndrico, ligeiramente afilado em ambas as extremidades, com simetria bilateral e segmentado, externa e internamente, por anéis.
Não se distingue a cabeça: numa extremidade, encontra-se a boca e, na outra, o ânus. Na minhoca adulta, diferencia-se a extremidade anterior da posterior pelo clitelo, anel mais longo com função reprodutiva, localizado na extremidade anterior.

Corpo da minhoca adulta
As minhocas, juntamente com as sanguessugas e os poliquetas (minhocas do mar), fazem parte do filo annelida, animais que possuem o corpo dividido em anéis e são, essencialmente, semelhantes.
A maioria das minhocas mede alguns centímetros. Contudo, existem algumas que têm menos de 1 mm de comprimento e outras, como as minhocas gigantes, Megascolides australis, que chegam a medir 3,30 m e os minhocuçus (nome indígena da minhoca grande) de Minas Gerais, que medem cerca de 1,20 m de comprimento e 2,5 cm de diâmetro.
Dentre as mais de 3 mil espécies de minhocas existentes na natureza,  poucas são utilizadas para a criação. No Ceará, as espécies mais indicadas para o cultivo, devido às altas taxas de reprodução, alta produtividade e boa adaptação às temperaturas elevadas são: Eisenia foetida, conhecida como “vermelha da Califórnia” e Eudrillus eugeniae, conhecida como “gigante africana”. Visualmente, a única diferença entre as duas é a conformação da parte terminal.

Diferencial da parte terminal entre as espécies foetida e eugeniase
Dentre as principais diferenças entre as duas espécies podem-se citar:

Órgãos dos sentidos
As minhocas não possuem olhos nem ouvidos; no entanto, fogem da luz e do barulho, devido às muitas células sensitivas localizadas na epiderme.
Nas escolas e laboratórios, as minhocas são muito utilizadas para estudos de biologia e experimentação. Apesar da aparência simples, a minhoca esconde órgãos e sistemas bastante complexos.
Sistema nervoso
O sistema nervoso é composto por um par de gânglios cerebrais superior e frontal, ligado a um cordão nervoso, com pares de nervos laterais em cada segmento do corpo.
As células nervosas epiteliais ficam reunidas em grupos, encontrando-se, principalmente, nas partes mais expostas, recebendo estímulos do ambiente, tais como: a busca de parceiros para o acasalamento, a detecção dos alimentos e as modificações ambientais.
Respiração
As minhocas não possuem pulmões. Sendo sua respiração feita pela epiderme. Elas respiram retirando o oxigênio do ar e do interior do solo através da pele, com o auxílio de uma substância lubrificante.
O sangue, que circula nos capilares próximos à cutícula úmida da parede do corpo, recebe o CO2 e libera o O2. Quando a pele da minhoca fica seca, o oxigênio não consegue passar e a minhoca morre asfixiada.
Locomoção
A epiderme da minhoca é formada por dupla camada muscular, possuindo músculos longitudinais, na parte mais interna, e circulares, na parte mais externa. A contração alternada desses músculos, juntamente com a das cerdas (pelos) presentes nos anéis, são responsáveis pela movimentação das minhocas que podem ir para frente e para trás.
■ O sistema muscular da minhoca lhe confere uma força capaz de deslocar obstáculos 60 vezes superior ao seu próprio peso.
■ A dupla camada muscular da minhoca é responsável pela grande concentração de proteína presente neste animal (70 a 85%).
Para melhor entender a estrutura física da minhoca, deve-se imaginá-la como dois tubos, um dentro do outro, fechados nas extremidades. A epiderme envolveria o tubo por fora e, internamente, tem-se o aparelho digestivo com outra camada muscular ligando a boca ao ânus.
Entre os dois tubos, existe uma cavidade chamada celoma, preenchida pelo líquido celomático, no qual estão distribuídos os demais órgãos.
Não é fácil tirar uma minhoca do seu túnel; ela se parte, mas não se solta, graças às suas cerdas que se prendem fortemente ao solo. Em cada segmento do seu corpo, exceto no primeiro e no último, há quatro pares de cerdas diminutas que podem se mover, em qualquer direção e estenderem-se ou retraírem-se.

Minhoca em seu túnel
Digestão
O sistema digestivo da minhoca é adaptado para materiais orgânicos em decomposição. Na boca, localiza-se uma pequena tromba, sensível a estímulos.
A digestão começa pela secreção salivar, produzida pela faringe. No esôfago, encontram-se as glândulas calcíferas que neutralizam a acidez dos alimentos, produzindo húmus com pH neutro ou ligeiramente alcalino.
O papo, funciona como câmara de armazenamento, enquanto o alimento aguarda para ser triturado pela moela, com a ajuda dos grãos de areia ali presentes. Na sequência, o intestino que se estende pelos restantes ¾ (três quarto) do corpo da minhoca.
A taxa de produção de excrementos depende, em larga escala, do tamanho da minhoca; mas, de maneira geral, as minhocas produzem, diariamente, uma quantidade de dejetos igual ao seu próprio peso.
Reprodução
As minhocas possuem os dois sexos; portanto, são hermafroditas. Contudo, necessitam de um parceiro para se fecundar. Por volta dos 90 dias, diferenciam-se os indivíduos sexualmente maduros, por apresentarem, no terço anterior do corpo, um anel mais ou menos saliente, denominado clitelo, com importante função reprodutora.
A minhoca possui, na parte ventral anterior do corpo, um par de ovários, dois pares de testículos e dois pares de receptáculos seminais (espermatecas) que servem para armazenar o sêmen, recebido de outra minhoca no acasalamento, para posterior fecundação dos próprios óvulos.
Em cada animal, forma-se um par de sulcos seminais que são canais, através dos quais as massas de espermatozóides passam para os receptáculos seminais da outra minhoca.
O acasalamento, em geral, é feito à noite, principalmente em dias quentes e úmidos, na superfície ou pouco abaixo dela, por um período aproximado de quatro horas.
As minhocas se juntam, ventre a ventre em direções opostas, fixando-se com a ajuda das cerdas e, após o ato sexual, se separam. A fecundação é recíproca e cruzada.
Cerca de 48 horas após o acasalamento, o clitelo secreta o casulo que contém alimento e protege os ovos e embriões. O processo se dá da seguinte maneira: através de movimentos corporais, o tubo que vai formar o casulo desliza pelo corpo da minhoca, passa pelos poros da espermateca, onde recebe os espermatozóides, iniciando-se a fecundação e sai pela cabeça. Ao sair, o tubo se fecha, transformando-se em casulo que tem a forma de um minúsculo limão.
As minhocas reproduzem-se com espantosa facilidade. A Eisenia foetida, “vermelha da Califórnia”, deposita um casulo, a cada 7 a 10 dias, de onde, após 21 dias de incubação, eclodem de 2 a 20 ovos. No caso da Eudrillus Eugeniae, “Gigante Africana”, os ovos fecundados são amadurecidos no corpo da minhoca, sendo liberados, no nascimento, 4 a 20 minhoquinhas com 1 mm de comprimento.
Estima-se que duas minhocas, ao final de um ano e em condições normais, produzam cerca de 3.000 descendentes. Esse número, contudo, depende de alguns fatores, tais como: espécie, condições de cultivo, estação do ano, temperatura e regime alimentar. As minhocas podem viver até dez anos ou mais e se reproduzem a vida toda.

Acasalamento das minhocas. Fonte: Rodrigues (1997)
Sistema circulatório
A minhoca possui sistema circulatório fechado, formado por dois vasos longitudinais localizados no dorso e ventralmente, em relação ao intestino, além dos vasos transversais. Alguns desses vasos transversais ganham calibre na região anterior do corpo, formando 10 pequenos corações laterais.

Corpo da minhoca – Sistema circulatório (Corte transversal)
Sistema renal excretor
Cada anel do sistema renal excretor da minhoca possui um par de rins rudimentares, os nefrídeos, que filtram o sangue e as impurezas do líquido celomático, formando a urina, rica em ureia e nitrogênio, que é lançada para o exterior, através dos orifícios uriníferos, enriquecendo o solo com estas substâncias.
Regeneração
As minhocas podem reconstruir o próprio corpo quando perdem os primeiros anéis ou os últimos. A regeneração será tanto mais rápida quanto menor for o segmento a ser regenerado, principalmente se o corte acontecer a partir do trigésimo anel. As pesquisas realizadas sobre a fantástica capacidade regenerativa do minhocuçu revelam que este anelídeo necessita de, apenas, um a três horas para cicatrizar um corte.
Distribuição geográfica e comportamento
As minhocas vivem em quase todas as partes do mundo, inclusive em ilhas vulcânicas e nas regiões subárticas. A grande dispersão das minhocas é atribuída ao costume dos homens de transportarem mudas de plantas de um lugar para outro, contendo minhocas ou casulos.
No Brasil, as minhocas nativas mais comuns são: a minhoca brava ou minhoca do brejo, Pheretyma hawayana; a minhoca mansa ou minhoca da noite, Lumbricus terrestris e os minhocuçus, Rhinodrilus alatus e Glossoscolex spp.
As minhocas são raras em regiões cujos solos são pobres, ácidos, secos ou arenosos e abundantes em terras frescas, úmidas e ricas em matéria orgânica.
As proteínas e os aminoácidos representam, apenas, uma pequena fração da matéria orgânica total existente no solo; enquanto, para as minhocas, representam cerca de 72% do seu peso líquido. Obviamente, para a sobrevivência de qualquer população de minhocas, deve existir boa quantidade disponível de nitrogênio a ser ingerido, digerido e sintetizado em proteína.
Nas matas, onde ocorre queda de folhas, a população de minhocas depende da quantidade de nitrogênio contida nas folhas. Portanto, sempre que o agricultor incorpora matéria orgânica ao solo, fornece condições de alimentar mais minhocas, elevando a sua população.

Resumo da Lição
  • As características biológicas das minhocas são as seguintes: invertebrados, corpo alongado e cilíndrico, simetria bilateral e segmentado.
  • As minhocas possuem: sistema nervoso, de respiração, de locomoção, de reprodução, digestório, circulatório e excretor.
  • As minhocas podem reconstituir o próprio corpo quando perdem os primeiro anéis ou os últimos.
  • As minhocas tem distribuição geográfica mundial.
Fonte: http://fdr.com.br/formacao/compostagem-e-minhocultura/caracteristicas-das-minhocas/

domingo, 16 de fevereiro de 2014

domingo, 22 de dezembro de 2013

Como Hacer Humus De Lombriz || Abono Organico || La Huertina De Toni

En este vídeo explico como podemos hacer para para fabricarnos nuestro propio humus de lombriz, para la huerta, el proceso que lleva el vermicompost , y los primeros pasos en nuestro lombricultivo, espero que os animéis a fabricaros vuestro propio humus , ya que de esta forma ayudamos al medio ambiente y también nos fabricamos nuestro propio abono orgánico.

Lo separo, aunque yo personalmente tampoco me esmero mucho, por que asi incorporo lombrices a los bancales, lo que tienes que hacer es dejarlo destapado al sol durante un día, mas o menos y las lombrices que odian el sol se van al fondo de esta manera el humus esta sin lombrices, y si se cuela alguna tampoco pasa nada!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Passo a passo: como fazer uma composteira em casa


É possível ter flores lindas e alimentos mais saborosos sem precisar de um quintalzão nem sofrer com o cheiro ruim. Descubra como!

Publicado em 07/12/2012
Reportagem: Beatriz Levischi / Edição: MdeMulher
Conteúdo ANAMARIA

Adubo caseiro: um jeito higiênico e simples de eliminar o lixo
Foto: Getty Images
Você já ouviu falar em vermicompostagem? É a transformação dos restos da sua cozinha em adubo realizada por minhocas - não precisa ter nojo nem medo, afinal, elas não mordem! A prática permite, além de "reciclar" o lixo orgânico, encher a casa de vasos coloridos e preparar almoços e jantares com ervas, verduras e legumes mais gostosos. Tudo isso em espaços pequenos e sem insetos nem odor forte! Acredita?
"O equilíbrio entre materiais úmidos e secos garante uma boa decomposição, mantendo moscas, baratas e ratos a distância. Ao abrir a tampa para abastecer o minhocário, você ainda sentirá aquele cheiro gostoso de terra molhada", garante Juliana Valentini, dona do blog De Verde Casa. Saiba como fazer a composteira ideal em casa.
Passo a passo
1. Compre três caixas de plástico empilháveis com tampa, respeitando os seguintes tamanhos: 30 x 40 x 15 cm de altura para famílias com até duas pessoas. / 45 x 60 x 30 cm de altura para famílias com até cinco pessoas.
Na foto, Composteira Doméstica, da Morada da Floresta, R$ 242*
2. Fure o fundo de duas caixas com buraquinhos de aproximadamente meio centímetro de diâmetro. Peça a furadeira emprestada ao marido.
3. Em uma das caixas furadas, coloque um pouco de terra e as minhocas (cerca de meio litro), e enterre o material orgânico (úmido) misturado com o dobro de material seco. Quanto mais picadinho, mais rápido o húmus ficará pronto.
4. Empilhe as três caixas e tampe. A vasilha furada deve ficar em cima, a cheia no meio e a sem furos embaixo, para armazenar o chorume gerado durante a compostagem. Como esse líquido é rico em nutrientes, também serve para adubar as plantas. Basta usar na rega ou borrifá-lo sobre as folhas a cada 20 dias.
5. Empilhe as três caixas e tampe. A vasilha furada deve ficar em cima, a cheia no meio e a sem furos embaixo, para armazenar o chorume gerado durante a compostagem. Como esse líquido é rico em nutrientes, também serve para adubar as plantas. Basta usar na rega ou borrifá-lo sobre as folhas a cada 20 dias.
6. Quando a caixa do meio se encher completamente, passe-a para cima e coloque a que estava em cima no meio. As minhocas ficarão no andar superior, trabalhando para produzir o húmus, enquanto você torna a despejar o lixo orgânico na caixa vazia. E o chorume escorrerá nela, deixando o adubo da caixa de cima sequinho. As minhocas passarão pra baixo. Após 50 dias, tudo terá virado adubo.
Sua composteira está pronta. Ah! as minhocas certamente têm mais medo de você do que você delas. E não sairão da caixa para dar uma voltinha pela sua casa. Na maioria das vezes, aliás, você nem as verá, já que elas não gostam de luz e tendem a se esconder quando a tampa da composteira é aberta. A composteira é bem mais limpa do que você imagina. E últil!
Jamais coloque na composteira...
· Carne de qualquer espécie
Elas não são o alimento preferido das minhocas, têm decomposição lenta e podem atrair moscas.
· Frutas cítricas em excesso
O sumo ácido atrapalha o processo de decomposição. Deixe secar cascas de limão, laranja e abacaxi antes de irem para o minhocário.
· Papel higiênico usado
Apesar de também ser dejeto, não vale a pena misturar as coisas, certo?

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Minhocas se transformam em fertilizantes orgânicos - VIDEO


Fertilizantes orgânicos feitos a partir da produção de humus de minhocas, é o que faz o engenheiro Nelson Baldo.
Os canteiros tem 100 metros X 1,20, cobertos com lonas reutilizadas vindas da construção civil através de catadores de lixo que desenvolvem parcerias com o engenheiro.
O material orgânico é colocado em camadas, as minhocas comem de baixo pra cima e vão formando o humus. Esse processo acontece até chegar a uma altura de 80 cm. Nesse momento entra em ação uma peneira desenvolvida por eles mesmos, que separa o humus para, a seguir, ser ensacado.

SOBRE AS MINHOCAS:
Elas se alimentam de detritos de várias origens, que compõem o humus.Durante o movimento, elas ingerem terra, aproveitando todo material orgânico e eliminando a terra.

As minhocas não possuem sistema auditivo e visual.

Vivem debaixo da terra, onde controem galerias e canais, arejando a terra.

São muito usadas na pesca como iscas pelos pescadores

Seu corpo é formado por anéis. Numa extremidade fica a boca (sem dentes e mandíbulas) e na outra o ânus

A minhoca respira através da pele (respiração cutânea)

Elas são hermafroditas, pois cada uma possui testículos e ovários. Mas não se reproduzem sozinhas, necessitam de uma outra para a troca de espermatozóides.

As minhocas também possuem a capacidade de regeneração.

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    JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

    JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...