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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Entenda o que é estiagem e como ela pode trazer prejuízos para toda a economia

Fonte:http://info.opersan.com.br/bid/203369/Entenda-o-que-estiagem-e-como-ela-pode-trazer-preju-zos-para-toda-a-economia

estiagem 
 
“Por falta d'água perdi meu gado, morreu de sede meu alazão”. O clássico Asa Branca, composto e eternizado por Luiz Gonzaga, traduziu, por muitas décadas, a realidade do nordestino. Em pleno 2014, a população do Sudeste sente-se identificada com o sentimento de impotência ao ver a água cada vez mais escassa e a estiagem castigar toda a cadeia produtiva.
Não é nenhum exagero, pois já são 133 cidades atingidas pelo fenômeno e 27,6 milhões de brasileiros, que representam 23% do PIB do país. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os Estados mais atingidos Destes, São Paulo é, de longe, o que tem a pior situação: 14% dos seus 645 municípios enfrentam algum tipo de dificuldade. O Maranhão é outro exemplo de estado que enfrenta situação semelhante e vê sua piscicultura agonizar. Os peixes estão tão pequenos que não alcançam porte para a venda. A água está tão rasa que a pesca pode ser feita com a mão.

O que é a estiagem

A estiagem é um fenômeno climático que tem como principal consequência a falta de chuva por períodos prolongados. Diferentemente da seca, que tem duração permanente, a estiagem é sazonal. Por conta da falta de água, principal impacto negativo da estiagem, a prioridade de abastecimento passa a ser o ser humano. É aí que a agropecuária, as indústrias e os serviços passam a ficar comprometidos.

Setores atingidos

O setor de energia sofre — para manter as térmicas ligadas e compensar a falta de água nas hidrelétricas, o governo teve que gastar R$ 49,4 bilhões no período de janeiro de 2011 até outubro de 2014. Em São Paulo, somente o setor de cana de açúcar perdeu 18% de sua receita.
Nos casos de redução da oferta de produtos agropecuários, há um aumento de preços, causando ainda impactos no PIB dos municípios. A estiagem levou os preços agropecuários a subirem 2,74%, sendo o grande impacto na inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) em novembro, conforme divulgou a Fundação Getúlio Vargas. Os pastos foram prejudicados, o que tornou os efeitos da entressafra sobre os preços de bovinos mais agudos. No indicador deste mês, a soja subiu 3,69%, o milho avançou 7,42% e os bovinos ficaram 4,44% mais caros.

Possíveis motivos para a estiagem

Os meses de setembro e outubro foram historicamente mais secos, o que, como são meses de transição para a época das chuvas, não é um bom sinal. Um sistema de alta pressão atmosférica que vem do oceano impediu que as frentes frias trouxessem umidade do Sul. Atipicamente, este fato ocorreu durante o verão (de janeiro a março) e ficou parado na região, impedindo as nuvens carregadas de chuva de se aproximar. Quando abril acabou, levou com ele a temporada de chuva. Um relatório recente da ONG WWF Brasil apontou o desmatamento da Amazônia como possível causa do fenômeno. Por conta disso, o Sistema Cantareira, responsável por abastecer São Paulo e a região metropolitana, caiu ao menor nível já registrado desde 1930.
Ainda tem alguma dúvida sobre a estiagem e seus impactos na economia? Deixe um comentário e participe da conversa!

quinta-feira, 17 de maio de 2018

IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES PARA TER ÁGUA DE QUALIDADE.

Pesquisadores explicam a importância das árvores para ter água de qualidade

Bacias hidrográficas recobertas por vegetação florestal fornecem água de qualidade durante o ano todo.
22 de agosto de 2016 • Atualizado às 18 : 08

A floresta ainda contribui para o equilíbrio térmico da água, reduzindo os extremos de temperatura e mantendo a oxigenação do meio aquático. | Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

Trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Florestal (IF) comprovam que a presença de cobertura florestal em bacias hidrográficas promove a regularização do regime de rios e a melhora na qualidade da água. Os pesquisadores científicos da Seção de Engenharia Florestal, do IF, Valdir de Cicco, Francisco Arcova e Maurício Ranzini, embasaram suas teses de doutorado em pesquisas sobre a relação entre a floresta e a água, elucidando dúvidas e provando com números as suas proposições.
“As bacias hidrográficas recobertas por vegetação florestal são as que oferecem água com boa distribuição ao longo do ano, e de melhor qualidade”, enfatiza Arcova, engenheiro florestal, doutor em Geografia Física, pela Universidade de São Paulo, no IF desde 1985. Segundo ele, parte da água da chuva é retida pelas copas das árvores, evaporando em seguida em um processo denominado interceptação. A taxa de evaporação varia com a espécie, idade, densidade e estrutura da floresta, além das condições climáticas de cada região.
“Em florestas tropicais, a interceptação varia de 4,5% a 24% da precipitação, embora tenham sido registrados valores superiores a 30%”, explica. Os pesquisadores ainda dizem que as pesquisas realizadas nos laboratórios em Cunha, no parque Estadual da Serra do Mar, estimam o valor de  18% de interceptação. O restante da água alcança o solo florestal por meio de gotejamento de folhas e ramos ou escoando pelo tronco de árvores. No solo, a água infiltra-se ou é armazenada em depressões, não ocorrendo o escoamento superficial para as partes mais baixas do terreno, como aconteceria em uma área desprovida de floresta.
“O piso florestal é formado por uma camada de folhas, galhos e outros restos vegetais, que lhe proporciona grande rugosidade, impedindo o escorrimento superficial da água para as partes mais baixas do terreno, favorecendo a infiltração. Também a matéria orgânica decomposta é incorporada ao solo, proporcionando a ele excelente porosidade e, consequentemente, elevada capacidade de infiltração.”

Ilustração: Maurício Ranzini
Uma parcela da água infiltrada contribui para a formação de um rio por meio do escoamento subsuperficial, e outra, é absorvida pelas raízes e volta para a atmosfera pela transpiração das plantas. “A interceptação e a transpiração, ou a evapotranspiração, fazem a água da chuva voltar para a atmosfera não contribuindo para aumentar a vazão de um rio.”
Em florestas tropicais, a evapotranspiração varia de 50% a 78% da precipitação anual. Na pesquisa realizada em Cunha, esse número é de aproximadamente 30%. Os pesquisadores explicam que o remanescente da água infiltrada movimenta-se em profundidade e é armazenado nas camadas internas do solo e na região das rochas, alimentando os cursos de água pelo escoamento de base, isto é, do subsolo onde se localizam os lençóis freáticos.
A relação entre árvores e água varia de acordo com o tipo de floresta
Embora os processos que determinam os fluxos de água sejam semelhantes para as diferentes formações florestais, a magnitude desses processos, que depende das características da floresta, da bacia hidrográfica e do clima, influencia a relação floresta-produção de água (escoamento total do rio). Em florestas tropicais, a produção hídrica nas microbacias varia de 22% a 50% da precipitação. “Em Cunha, onde a evapotranspiração anual da Mata Atlântica é da ordem de apenas 30%, a produção de água pela microbacia é de notáveis 70% da precipitação”, afirma Francisco.

Esse mecanismo, em que a água percola o solo e alimenta gradualmente o lençol freático, possibilita que um rio tenha vazão regular ao longo do ano, inclusive nos períodos de estiagem. Nas microbacias recobertas com mata atlântica em Cunha, o escoamento de base é responsável por cerca de 80% de toda a água escoada pelo rio, fato que proporciona a elas um regime sustentável de produção hídrica ao longo de todo o ano.
Consequências da falta de vegetação
Ao contrário, em uma bacia sem a proteção florestal, a infiltração da água da chuva no solo é menor para alimentar os lençóis freáticos. O escoamento superficial torna-se intenso fazendo com que a água da chuva atinja rapidamente a calha do rio, provocando inundações. E, nos períodos de estiagem, o corpo-d’água vai minguando, podendo até secar.
Um outro fator drástico é que, enquanto nas bacias florestadas, a erosão do solo ocorre a taxas naturais, pois o material orgânico depositado no piso impedem o impacto direto das gotas de chuva na superfície do solo, nas áreas desprovidas de vegetação há um intenso processo de carreamento de material para a calha do rio aumentando a turbidez e o assoreamento dos rios.
Segundo Maurício, na microbacia recoberta com Mata Atlântica em Cunha, a perda de solo no rio é da ordem de 162 kg/hectare/ano. “Esse valor é muito inferior à perda de solo registrada para o estado de São Paulo, que varia de 6,6 a 41,5 t/hectare/ano, dependendo da cultura agrícola, algo como 12 toneladas num campo de milho, 12,4 toneladas numa área de cana-de-açúcar, chegando a até 38,1 toneladas numa plantação de feijão”, informa em tom de alerta.
A floresta representa muitos outros benefícios para os sistemas hídricos. Contribui, por exemplo, para o equilíbrio térmico da água, reduzindo os extremos de temperatura e mantendo a oxigenação do meio aquático. Promove, ainda, a absorção de nutrientes pelas árvores, arbustos e plantas herbáceas evitando a lixiviação excessiva dos sais minerais do solo para o rio.
Fonte : CicloVivo

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Estudantes brasileiros criam sistema que descontamina água usando sementes de moringa

Fonte: site ciclo vivo

A dupla de estudantes, que tem 15 e 18 anos, está entre os finalistas do Google Science Fair.


Estudantes brasileiros criam sistema que descontamina água usando sementes de moringa
A Moringa oleífera é um planta local, com poder para filtrar água. | Foto:https://pt.wikipedia.org/wiki/Ac%C3%A1cia-branca#/media/File:Moringa_flower_5.jpg
O Prêmio Impacto na Comunidade, promovido pela Google Science Fair – competição online e global de ciência e tecnologia voltada a jovens entre 13 e 18 anos – acaba de divulgar seus projetos finalistas.  São cinco regiões participantes: África e Oriente Médio, Pacífico Asiático, Europa, América Latina e América do Norte. Entre os cinco estudos finalistas da América Latina está o projeto desenvolvido por estudantes brasileiros do Sistema Ari de Sá, em Fortaleza, Ceará.
João Gabriel Stefani Antunes, de 15 anos, cursa a 1ª série do Ensino Médio, além de curso preparatório para o vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), já Letícia Pereira de Souza, de 18 anos, concluiu os estudos escolares no Colégio Ari de Sá em 2015 e hoje cursa a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Juntos eles pesquisaram sobre o uso da semente da Moringa oleífera – uma planta local – na filtração de águas contaminadas com o intuito de encontrar uma alternativa acessível para a recuperação da água poluída por produtos químicos, situação bastante comum em comunidades brasileiras.
No projeto intitulado “Semente Mágica – Transformando água contaminada em água potável”, João Gabriel e Letícia chegaram à conclusão de que a semente de Moringa pode descontaminar a água num processo de filtragem biodegradável e, ainda, contribuir com o controle de doenças causadas por saneamento básico precário a partir de uma técnica de baixo custo.
Os vencedores regionais do concurso receberão um auxílio de mil dólares e a oportunidade de passar um ano na monitoria de uma organização parceira da Google Science Fair. Além disso, cada ganhador será convidado para o evento Finalistas Globais, que acontecerá em setembro, na Califórnia (EUA).

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