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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

NOVA FEIRA ORGÂNICA EM PORTO ALEGRE

Nova feira orgânica começa a funcionar neste sábado no bairro Petrópolis.

26/10/2016 10:13:24

Foto: Agnese Schifino/Divulgação PMPA
Espaço ficará na rua Rômulo Telles Pessoa, ao lado da praça André Forster Espaço ficará na rua Rômulo Telles Pessoa, ao lado da praça André Forster
A partir deste sábado, 29, a população de Porto Alegre passa a contar com mais uma feira orgânica. O novo ponto de vendas de produtos ecológicos será na rua Rômulo Telles Pessoa, ao lado da praça André Forster, no bairro Petrópolis. Em 24 bancas serão oferecidos hortigranjeiros, frutas, chás, temperos, ovos, geleias, pestos, massas, sucos, feijão, arroz e plantas medicinais, entre outros produtos orgânicos. A feira vai funcionar todos os sábados, das 7h às 13h. A Capital tem outras sete feiras orgânicas (veja quadro abaixo).

Participarão da feira 16 associações e cooperativas, representadas por 107 famílias de produtores de Porto Alegre e de outros 19 municípios: Nova Bassano, Ipê, Morrinhos do Sul, Garibaldi, Farroupilha, Bento Gonçalves, Osório, Carlos Barbosa, Nova Santa Rita, Viamão, Mampituba, Cerro Grande do Sul, Itati, Cotiporã, Barão, Eldorado, Torres, Três Cachoeiras e Antônio Prado.

A abertura da feira orgânica no bairro Petrópolis atende a um movimento de moradores do bairro Petrópolis, liderado por Tânia Bischoff, que coletou 600 assinaturas da comunidade, com o apoio de Bernardo Iochpe, representante dos consumidores no Conselho de Feiras Ecológicas.

O processo de implantação foi conduzido pela Equipe Técnica da Divisão de Fomento Agropecuário da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (SMIC). Os escolhidos estão adequados aos parâmetros exigidos pela legislação de orgânicos e pela Resolução 03/2012 (que regula as feiras ecológicas de Porto Alegre) de forma a garantir a Certificação da Feira aos consumidores.

Os vegetais orgânicos não utilizam agrotóxicos ou adubos químicos, nem se originam de sementes transgênicas. O resultado é a produção de um alimento mais saudável e natural. O cultivo de orgânicos é  conectado à natureza, respeitando seu ciclo de desenvolvimento. O tempo certo de plantar e colher resulta em sabores e cores mais acentuados e em texturas particulares. Se o consumidor não encontra um produto é porque não é o momento adequado de colher, mas pode substituir por outro.


Feiras Ecológicas em Porto Alegre

Terças-feiras

- Auxiliadora: das 7h às 13h
Travessa Lanceiros Negros (passagem de pedestres entre as ruas Mata Bacelar e a Coronel Bordini)

Quartas - feiras


- Petrópolis: das 13h às 18h
Rua General Tibúrcio, parte lateral da praça Ruy Teixeira

- Petrópolis: das 7h às 13h
Rua Rômulo Telles Pessoa, ao lado da praça André Forster

- Menino Deus: das 13h às 19h
Centro Estadual Treinamento Esportivo, na rua Gonçalves Dias, 628 (local provisório) 

Sábados

- Tristeza: das 7h às 12h30
Avenida Otto Niemeyer esquina com a avenida Wenceslau Escobar

- Bom Fim: das 7h às 13h
Avenida José Bonifácio, 675

- Três Figueiras: das 8h às 13h
Rua Coronel Armando Assis, ao lado da praça Desembargador La Hire Guerra

- Menino Deus: 7h às 12h30
Av. Getúlio Vargas (no pátio da Secretaria Estadual da Agricultura)

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Agricultura orgânica: compromisso com a vida

Cerro Grande do Sul: família Stephanowski atribui o sucesso de seu trabalho o respeito com o consumidor | Foto: Kátia Marcon/Divulgação/CR


Certificação participativa integra cadeia produtiva, gera confiança e garante mercado



Produzir, consumir, integrar, confiar. Nessa relação, toda a cadeia produtiva do orgânico é beneficiada: produtor, natureza, consumidor, cultura, arte, vida e futuro. Para fortalecer essa confiança, os próprios agricultores, que têm essa visão da agroecologia e que se dedicam a essa prática de produzir alimentos em harmonia com a natureza, estão se organizando em redes participativas.
O propósito é a certificação da produção por parte dos próprios agricultores, técnicos e consumidores, que visitam uns aos outros e compartilham ideias e conhecimento, se ajudam. “É um trabalho colaborativo”, resume Ari Uriartt, assistente técnico estadual de Agroecologia da Emater/RS-Ascar. Na atualidade, o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg) proporciona duas formas colaborativas de certificação: Organismo Participativo de Avaliação de Conformidade (Opac) e Organizações de Controle Social (OCS).
Entre Opacs e OCs, o Rio Grande do Sul tem vários grupos, com destaque para a Opac Rama, que integra 70 famílias de municípios da região Metropolitana, em especial Porto Alegre e Viamão, reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Mapa), e a Opac Litoral Norte, que reúne seis famílias de agricultores associados à Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafit), ambas com ação direta da Emater/RS-Ascar, na prestação de orientações e Assistência Técnica e Social.
Núcleos - No estado, há ainda A Rede, um núcleo da Rede Ecovida na região de Santa Rosa, “com presença marcante dos escritórios municipais da Emater”, garante Ari Uriartt, que cita também a Ecocitros, no Vale do Caí, cooperativa duplamente certificada: pelo Instituto Brasileiro Biodinâmico (IBD), considerada uma certificação de terceira parte, para exportação de óleos essenciais, e pela Rede Ecovida de Agroecologia, para o mercado interno, que historicamente conta com a Assistência Técnica e Extensão Rural Social pública realizada pela Emater/RS-Ascar, desde sua criação, em 1998.
Atualmente, a Rede Ecovida conta com 23 núcleos regionais, abrangendo cerca de 170 municípios, congrega em torno de 200 grupos de agricultores, 20 organizações não-governamentais (ONGs) e dez cooperativas de consumidores.
Já as OCSs estão organizadas com a finalidade de garantir a comercialização direta em feiras e para os programas federais de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição de Alimentos (PAA). “Há no estado um bom número de OCSs reconhecidas”, afirma Uriartt, ao citar as organizações de agricultores ecológicos/orgânicos sediadas em Pelotas, Lajeado, Porto Alegre e Soledade. “Hoje, mais de 50% das OCSs que estão operando passaram pelas mãos dos nossos colegas da Emater”, complementa, ao citar a OCS Rio Grande Ecológico, de Rio Grande, e a EcoNorte, de São José do Norte, que abrangem os pescadores da Ilha dos Marinheiros e do distrito Povo Novo, que comercializam na feira do Produtor do Cassino, realizada aos sábados, e cuja produção é também entregue para a merenda escolar.
Há ainda no RS as OCs de Arroio do Meio e de Sapiranga, que mantêm visitas periódicas de avaliação de conformidade de produção orgânica, garantindo, para os agricultores e principalmente para os consumidores, alimentos com a qualidade definida pelas normativas e pelo mercado, cada vez mais exigente.
“Produzir de forma ecológica requer conhecimento, dedicação e uma visão da propriedade como um todo, provocando mudanças inclusive de hábitos cotidianos de não desperdício de água e energia elétrica, até de aproveitamento integral dos alimentos”, observa o técnico estadual de Agroecologia. “Produzir orgânicos é uma questão de perfil e de compromisso com a qualidade de vida de todos”, destaca.

 
Produção orgânica no Brasil
A produção orgânica é registrada em 22,5% dos municípios brasileiros e vem crescendo. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2013 havia 6.700 unidades de produção orgânica. Hoje o número chega a 14.449 unidades.
Para a organização da produção orgânica brasileira, o Ministério conta com as Comissões de Produção Orgânica (CPOR) nos estados, formadas por 578 entidades públicas e privadas, entre elas a Emater/RS-Ascar, que coordenam ações de fomento à essa agricultura, sugerindo a adequação das normas de produção e o controle da qualidade, ajudando na fiscalização e propondo políticas públicas para o desenvolvimento do setor.================

solo equilibrado, alimento saudável

A produção orgânica de alimentos tem vários sinônimos, como agroecológica, da permacultura, natural, biodinâmica, ecológica e até mesmo proveniente de agroflorestas. Independente da denominação, produzir e consumir alimentos considerados limpos tem sido priorizado em vários países e inclusive no Brasil. Isso porque a produção de alimentos orgânicos traz consigo valores que ultrapassam o simples ato de produzir mais e com altas produtividades.
Na agricultura orgânica, a qualidade é o princípio fundamental. Nela se insere também o respeito à cultura e aos saberes locais, a preocupação com a preservação da biodiversidade, prioriza os mercados consumidores locais, a não aceitação de trabalho infantil e escravo e, principalmente, não utiliza agrotóxicos e produtos químicos solúveis e não contém Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), ou transgênicos.
Hoje em dia, a produção orgânica engloba todos os alimentos, desde frutas, legumes, grãos e até criações. A avicultura colonial, por exemplo, está crescendo, baseada num sistema de criação em transição para o orgânico, ou seja, os animais são criados soltos e não estabulados, e há maior atenção para a densidade, que é menor do que a criação convencional de aves. Na região de Porto Alegre, há inclusive algumas propriedades com certificação de avicultura orgânica, respeitando o padrão da Instrução Normativa (IN) 46/2011, que estabelece o Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção Animal e Vegetal.
O cultivo de morango em substrato orgânico também é outro trabalho que a Emater/RS-Ascar incentiva, assim como a agrofloresta, proposta que alia produção de hortigranjeiros, ou frutas, ou ainda criações, com a preservação da mata nativa. De acordo com dados do Cadastro Florestal do RS, de agosto de 2015, o estado possui sete Unidades Agroflorestais cadastradas, com registro de manejo junto à Divisão de Licenciamento Florestal (Debio), antigo Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), vinculado à Secretaria Estadual do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. No total, são em torno de 110 hectares de sistemas florestais legalmente manejados.
A posse desse registro na Debio permite ao produtor manejar, cortar e aproveitar na propriedade produtos madeiráveis, como o louro, o angico branco, a cabriúva e a canjerana, e os não madeiráveis, como laranja e bergamota, de onde se extrai suco e óleo essencial, através do raleio, e também como as frutas nativas, como butiá da praia, araçá, pitanga e jabuticaba.
“Todas essas práticas fazem parte do Programa de Agricultura de Base Ecológica, que por sua vez é parte do Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica, também conhecido como Rio Grande Agroecológico, cujas ações são executadas pela Emater”, destaca Ari Uriartt, assistente técnico estadual de Agroecologia da Emater/RS-Ascar.

Espaço de comercialiazação promove cultura e proporciona troca-troca de sementes
Locais tradicionais para escoar essa produção agroecológica, Uriartt cita recente pesquisa que coordenou no estado e que constatou o aumento do número de feiras orgânicas ou ecológicas. Hoje, no Rio Grande do Sul, são 89 feiras no interior e sete em Porto Alegre, registradas e divulgadas pela Comissão Estadual da Produção Orgânica (Ceporg), por Organizações Não-Governamentais (ONGs) e pela Emater/RS-Ascar. “Está em negociação, pelos membros do Ceporg, a realização de um segundo levantamento para atualizar também o número de agricultores ecológicos e disponibilizar esses dados para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec)”, ressalta Uriartt.
As feiras ecológicas têm atraído cada vez mais consumidores, pois são espaços de comercialização de alimentos saudáveis e promovem a cultura, proporcionando troca-troca de sementes e o turismo rural, divulgando atrativos e ainda a possibilidade do público consumidor vivenciar as lidas do campo e as práticas agroecológicas. Mas o principal motivo que fideliza o público é o contato direto entre produtor e consumidor, estreitando conhecimentos, interagindo e criando uma relação de confiança que só pode ser vivida e compreendida na prática.
São várias as oportunidades de ampliar o contato com as práticas ecológicas ou agroecológicas. Nos supermercados, esse consumo também se aplica na comercialização de hortaliças, grãos, farinhas, frutas e carnes, além de chocolates, ervas e cafés, todos produzidos de forma agroecológica e sendo disponibilizados para um público que não consegue ir às feiras, mas que não dispensa um alimento que, além de saudável, contribui com o bem-estar e a preservação do Planeta. “Interessante destacar que hoje 1,8% dos itens comercializados nos supermercados são ecológicos ou agroecológicos”, cita
No Rio Grande do Sul, cresceu o número de feiras orgânicas ou ecológicas. A afirmativa é de Ari Uriartt, assistente técnico estadual da Emater, citando recente pesquisa que coordenou no estado e que constatou esse aumento. Hoje são 89 feiras no interior e sete em Porto Alegre, registradas e divulgadas pela Comissão Estadual da Produção Orgânica (Ceporg), por Organizações Não-Governamentais (ONGs) e pela Emater/RS-Ascar.
“Está em negociação, pelos membros da Ceporg, a realização de um segundo levantamento para atualizar também o número de agricultores ecológicos e disponibilizar esses dados para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec)”, adianta Uriartt.
As feiras ecológicas têm atraído cada vez mais consumidores, pois são espaços de comercialização de alimentos saudáveis e promovem a cultura, proporcionando troca-troca de sementes e o turismo rural, divulgando atrativos e ainda a possibilidade do público consumidor vivenciar as lidas do campo e as práticas agroecológicas.
Para o assistente técnico estadual da Emater, o principal motivo que fideliza o público é o contato direto entre produtor e consumidor, estreitando conhecimentos, interagindo e criando uma relação de confiança que só pode ser vivida e compreendida na prática.
Brasil - A produção orgânica é registrada em 22,5% dos municípios brasileiros e vem crescendo. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2013 havia 6.700 unidades de produção orgânica. Hoje o número chega a 14.449 unidades.
Para a organização da produção orgânica brasileira, o Mapa conta com as Comissões de Produção Orgânica (CPOR) nos estados, formadas por 578 entidades públicas e privadas, entre elas a Emater, que coordenam ações de fomento a essa agricultura, sugerindo a adequação das normas de produção e o controle da qualidade, ajudando na fiscalização.
Redação Jornal Correio Riograndense

sábado, 17 de setembro de 2016

Como criar uma horta orgânica no quintal de casa

Veja como é possível plantar frutos e verduras em casa

Já sabemos que a sustentabilidade está ligada a diversos fatores do nosso dia a dia: hábitos de consumo, mobilidade, estrutura física do prédio… A alimentação saudável também entra na lista de uma vida mais sustentável.  Por esse motivo, muitos estudiosos pregam que plantar os próprios alimentos é parte integrante desse processo, pois oferece uma comida mais fresca, limpa e livre de agrotóxicos. Mas a melhor parte mesmo é não precisar ir até o mercado para comprar, certo? Então hoje a gente mostra como um jovem americano resolveu aderir a esta prática substituindo o jardim que havia no quintal da sua casa por uma horta orgânica.
Confira a evolução da horta através das imagens abaixo:
Antes da horta, o jardim da casa era todo gramado. Colocando molduras de madeira, o proprietário montou pequenos espaços para as plantações e os encheu de adubo.
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Com o crescimento acelerado das sementes, que logo começaram a brotar, foi preciso adaptar um pouco o espaço: o chão foi preenchido com pedaços de madeira, no qual foram semeadas folhas secas.
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A irrigação é toda feita por um processo criado por ele. Na frente da horta, há também pedaços de concreto com sementes plantadas.
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Pouco mais de um mês se passou e os vegetais começaram a parecer… A rúcula foi a primeira folha a brotar. Em seguida, o espinafre, beterrabas, cenouras e diversos outros vegetais: cebolinha, ervilhas, pimentões, pepinos…
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E a plantação foi crescendo de forma incrível, o que o levou a doar aos vizinhos o excesso que não poderia consumir. Criou então uma caixinha especial na horta orgânica, com o título “Vegetais de graça” para que as pessoas da vizinhança pudessem colher dali mesmo.
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E não demorou muito para as flores começarem a brotar também, compondo o espaço e o deixando ainda mais verde e bonito.
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Viram que bacana o exemplo do americano? Hoje ele tem toda essa variedade de alimentos na porta de casa, fresquinhos e na quantidade em que desejar. Tudo isso de forma gratuita e que beneficia a natureza, uma vez que evita o consumo em excesso, a saída de carro para o supermercado, o uso de sacolas plásticas etc.
Quem aí tem um quintal em casa ou no prédio? Uma horta coletiva para condomínios é uma bela pedida! :)
*Fonte e imagens: imgur.com

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

MUROS E CERCAS COMESTÍVEIS EM ÁREAS URBANAS E RURAIS




A maioria dos brasileiros vive hoje em áreas urbanas e periurbanas e precisa de comprar praticamente tudo
que come.

A violência é uma constante e a cada dia tem mais pessoas enjauladas em suas casas: muros de tijolo, grades de ferro e cercas elétricas. O mesmo ocorre nas escolas.

Quase não existe terreno livre e os lotes são cada vez menores, mas é possível aproveitar a estrutura dos muros e cercas e transformá-los em “canteiros” de hortaliças, frutas e remédios.

1 - Muro/cerca de seguranca: usar plantas cin espinho como os cactos (palma) comestiveis e o ora-pro-nobis, O que falta na abóbora (caloria, proteínas e ferro) está na semente e o que falta na abóbora e na semente (cálcio, e vitamina A) está na folha.



Ora-pro-nóbis

3 - Muro/cerca de alimentos: bertalha, cará-do-reino, cará-aéreo, abóbora, bambu, chuchu, cardeal, feijão
de metro, quiabo de metro, capim-cidrão (ervacidreira, capim-limão), palma.

4 - Muro/cerca de remédios: insulina, chuchu, guaco, maracujá, batata-de-purga, aveloz, coroa-de-cristo.

5 - Muro/cerca antipoluente:
- o uso do bambu (chega a crescer até 1,5 cm por hora) além de fornecer brotos como alimento pode eliminar a poluição visual, reduzir a poluição sonora e a fuligem e melhorar a temperatura. Exemplo: creches, escolas, residências ou fábricas ao lado das rodovias movimentadas podem, em alguns meses, contar com a proteção desse maravilhoso muro vivo.

6 - Cerca viva de árvores de pitanga, nin, leucena, sansão-do- campo (sabia), juca, palma.

Cára-do-ar

7 - O ora-pro-nóbis, de árvore, vive 60, 70, 80 anos ou mais, sem nunca ser adubada ou aguada, e, a cada ano, nos presenteia com inúmeros buquês de flores e folhas carnosas, cheias de vida. E quanto mais é podada, mais alimento fornece. Todo galho enterrado “pega”. Produz uma cerca viva belíssima.
É também uma proteção de fato por causa dos espinhos. Come-se crua, cozida, em sucos.
 
FONTE: LIVRO HORTAS PERENES
http://www.multimistura.org.br/livreto%20hortas.pdf

terça-feira, 23 de agosto de 2016

O noroeste gaúcho é campeão nacional no uso de agrotóxicos

Extraído do site:http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude

Alto índice de agricultores gaúchos com câncer 

põe agrotóxicos em xeque

BBC Brasil
Falta da proteção necessária é um dos principais problemas
Falta da proteção necessária é um dos principais problemas
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O agricultor Atílio Marques da Rosa, 76, andava de moto quando sentiu uma forte tontura e caiu na frente de casa em Braga, uma cidadezinha de menos de 4.000 habitantes no interior do Rio Grande do Sul. "A tontura reapareceu depois, e os exames mostraram o câncer", conta o filho Osmar Marques da Rosa, 55, que também é agricultor.
Seu Atílio foi diagnosticado há um ano com um tumor na cabeça, localizado entre o cérebro e os olhos. Por causa da doença, já não trabalha em sua pequena propriedade, na qual produzia milho e mandioca. Para ele, o câncer tem origem: o contato com agrotóxicos, produtos químicos usados para matar insetos ou plantas dos quais o Brasil é líder mundial em consumo desde 2009.
"Meu pai acusa muito esse negócio de veneno. Ele nunca usou, mas as fazendas vizinhas sempre pulverizavam a soja com avião e tudo", diz Osmar.
O noroeste gaúcho, onde seu Atílio mora, é campeão nacional no uso de agrotóxicos, segundo um mapa do Laboratório de Geografia Agrária da USP, elaborado a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para especialistas que lidam com o problema localmente, não há dúvidas sobre a relação entre o veneno e a doença. "Diversos estudos apontam a relação do uso de agrotóxicos com o câncer", diz o oncologista Fábio Franke, coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Hospital de Caridade de Ijuí, que atende 120 municípios da região.
BBC Brasil
Oncologista Fábio Franke vê relação direta entre agrotóxicos e câncer
Oncologista Fábio Franke vê relação direta entre agrotóxicos e câncer
Um dos principais problemas é que boa parte dos trabalhadores não segue as instruções técnicas para o manejo das substâncias.
"Nós sempre perguntamos se usam proteção, se usam equipamento. Mas atendemos principalmente pessoas carentes. Da renda deles não sobra para comprar máscaras, luvas, óculos. Eles ficam expostos", diz Emília Barcelos Nascimento, voluntária da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Ijuí.
Anderson Scheifler, assistente social da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer da cidade (Aapecan), corrobora: "Temos como relato de vida dessas pessoas um histórico de utilização excessiva de defensivos agrícolas e, na maioria das vezes, sem uso de proteção".
'ALARMANTE EPIDEMIA'
Um estudo realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) comparou o número de mortes por câncer da microrregião de Ijuí com as registradas no Estado e no país entre 1979 e 2003 e constatou que a taxa de mortalidade local supera tanto a gaúcha, que já é alta, como a nacional.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o Rio Grande do Sul é o Estado com a maior taxa de mortalidade pela doença. Em 2013, foram 186,11 homens e 140,54 mulheres mortos para cada grupo de 100 mil habitantes de cada sexo.
O índice é bem superior ao registrado pelos segundos colocados, Paraná (137,60 homens) e Rio de Janeiro (118,89 mulheres). O Estado também é líder na estimativa de novos casos de câncer neste ano, também elaborada pelo Inca –588,45 homens e 451,89 mulheres para cada 100 mil pessoas de cada sexo. Em 2014, 17,5 mil pessoas morreram de câncer em terras gaúchas –no país todo, foram 195 mil óbitos.
BBC Brasil
Especialistas ligam uso de agrotóxicos à alta incidência de câncer no RS
Especialistas ligam uso de agrotóxicos à alta incidência de câncer no RS
Anualmente, cerca de 3.600 novos pacientes são atendidos na unidade coordenada por Franke. Se incluídos os antigos, são 23 mil atendimentos. Destes, 22 mil são bancados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) –os cofres públicos desembolsam cerca de R$ 12 milhões por ano para os tratamentos.
Segundo o oncologista, a maioria dos doentes vem da área rural –mas o problema pode ser ainda maior, já que os malefícios dos agrotóxicos não ocorrem apenas por exposição direta pelo trabalho no campo, mas também via alimentação, contaminação da água e ar.
"Se esses números fossem de pacientes de dengue ou mesmo uma simples gripe, não tenho dúvida de que a situação seria tratada como a mais alarmante epidemia, com decreto de calamidade pública e tudo. Mas é câncer. Há um silêncio estranho em torno dessa realidade", afirma o promotor Nilton Kasctin do Santos, do Ministério Público da cidade de Catuípe.
"Milhares de pessoas estão morrendo de câncer por causa dos agrotóxicos", acrescenta ele, que atua no combate aos produtos.
Procurado pela BBC Brasil, o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal), que representa os fabricantes de agrotóxicos, encaminhou o questionamento para a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), que responde basicamente pelas mesmas empresas.
Em nota, a Andef afirma que "toda substância química, sintetizada em laboratório ou mesmo aquelas encontradas na natureza, pode ser considerada um agente tóxico" e que os riscos à saúde dependem "das condições de exposição, que incluem: a dose (quantidade de ingestão ou contato), o tempo, a frequência etc.". O texto afirma ainda que "o setor de defensivos agrícolas apresenta o grau de regulamentação mais rígido do mundo".
SALTO NO CONSUMO
A comercialização de agrotóxicos aumentou 155% em dez anos no Brasil, apontam os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), estudo elaborado pelo IBGE no ano passado –entre 2002 e 2012, o uso saltou de 2,7 quilos por hectare para 6,9 quilos por hectare.
O número é preocupante, especialmente porque 64,1% dos venenos aplicados em 2012 foram considerados como perigosos e 27,7% muito perigosos, aponta o IBGE. O Inca é um dos órgãos que se posicionam oficialmente "contra as atuais práticas de uso de agrotóxicos no Brasil" e "ressalta seus riscos à saúde, em especial nas causas do câncer".
BBC Brasil
Mais de 1.100 pessoas morreram por intoxicação com agrotóxico no país em 8 anos
Mais de 1.100 pessoas morreram por intoxicação com agrotóxico no país em 8 anos
Como solução, recomenda o fim da pulverização aérea dos venenos, o fim da isenção fiscal para a comercialização dos produtos e o incentivo à agricultura orgânica, que não usa agrotóxico para o cultivo de alimentos.
Márcia Sarpa Campos Mello, pesquisadora do instituto e uma das autoras do "Dossiê Abrasco - Os impactos dos Agrotóxicos na Saúde", ressalta que o agrotóxico mais usado no Brasil, o glifosato –vendido com o nome de Roundup e fabricado pela Monsanto - é proibido em toda a Europa. Segundo ela, o glifosato está relacionado aos cânceres de mama e próstata, além de linfoma e outras mutações genéticas.
"A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 80% dos casos de câncer são atribuídos à exposição de agentes químicos. Se os agrotóxicos também são esses agentes, o que já está comprovado, temos que diminuir ou banir completamente esses produtos", defende.
BBC Brasil
Fabricante afirma que glifosato é seguro para a saúde
Fabricante afirma que glifosato é seguro para a saúde
Procurada, a Monsanto afirma que "todos os usos de produtos registrados à base de glifosato são seguros para a saúde e o meio ambiente, o que é comprovado por um dos maiores bancos de dados científicos já compilados sobre um produto agrícola".
A empresa diz ainda tratar-se de "um dos herbicidas mais usados no mundo, por mais de 40 anos e em mais de 160 países", e que "nenhuma associação do glifosato com essas doenças é apoiada por testes de toxicologia, experimentação ou observações".
TRÊS VEZES MAIS
Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o brasileiro consome até 12 litros de agrotóxico por ano. A bióloga Francesca Werner Ferreira, da Aipan (Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural) e professora da Unijuí (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul), alerta que a situação é ainda pior no noroeste gaúcho, onde o volume consumido pode ser três vezes maior.
Ela conta que produtores da região têm abusado das substâncias para secar culturas fora de época da colheita e, assim, aumentar a produção. É o caso do trigo, que recebe doses extras de glifosato, 2,4-D, um dos componentes do "agente laranja", usado como arma química durante a Guerra do Vietnã, e paraquat.
BBC Brasil
A agricultura é uma das atividades mais importantes para a economia do noroeste gaúcho
A agricultura é uma das atividades mais importantes para a economia do noroeste gaúcho
Segundo o promotor Nilton Kasctin do Santos, este último causa necrose nos rins e morte das células do pulmão, que terminam em asfixia sem que haja a possibilidade de aplicação de oxigênio, pois isso potencializaria os efeitos da substância.
"Nada disso é invenção de palpiteiro, de ambientalista de esquerda ou de algum cientista maluco que nunca tomou sol. Também não é invenção de algum inimigo do agronegócio. Sabe quem diz tudo isso sobre o paraquat? O próprio fabricante. Está na bula, no rótulo", alerta o promotor.
No último ano, 52 pessoas morreram por intoxicação por paraquat em terras gaúchas, segundo o Centro de Informação Toxicológica do Estado. No Brasil, 1.186 mortes foram causadas por intoxicação por agrotóxico de 2007 a 2014, segundo a coordenadora do Laboratório de Geografia Agrária da USP, Larissa Bombardi.
A estimativa é que para cada registro de intoxicação existam outros 50 casos não notificados, afirma ela. A pesquisa da professora aponta ainda que 300 bebês de zero a um ano de idade sofreram intoxicação no mesmo período. A Syngenta, fabricante do paraquat, não se manifestou sobre os casos de intoxicação e afirmou endossar o posicionamento da Andef

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Aprenda a fazer uma horta em apenas um metro quadrado

Extraído do site: ciclo vivo


Aprenda a fazer uma horta em apenas um metro quadrado
Muitas pessoas que têm pouco espaço em casa acham que não é possível cultivar seus próprios alimentos. Mas, paisagistas ensinam que mesmo em pequenos ambientes é possível fazer hortas caseiras.
Em 2011, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mostrou que 28% dos vegetais consumidos no Brasil  possuem resíduos de agrotóxicos em níveis inaceitáveis. A alternativa então é cultivar seus próprios orgânicos, mesmo que o espaço seja pequeno.
Hoje, o CicloVivo separou o sistema do SERPAR (Serviço de Parques de Lima, no Peru) que ensina a cultivar uma horta quase completa ocupando apenas um metro quadrado.
Ideal para pequenos espaços, esta horta é cada vez mais popular entre os jardineiros urbanos. Ela é suficiente para o abastecimento diário de legumes de uma pessoa por um mês.
Por ocupar um pequeno espaço, a horta permite que o cultivador alcance toda ela para plantar, regar e colher, sem que precise de muito esforço. Além disso, é possível trabalhar na horta ao nível da cintura, o que facilita o cultivo por deficientes físicos.
Este sistema de cultivo é dividido entre quadrados e retângulos menores. Cada espaço tem um legume ou erva diferente.
Veja quais alimentos você pode cultivar e suas categorias:
Plantas pequenas: Rabanete, cenoura, cebola, espinafre, beterraba, alface e salsa.
Plantas grandes: Repolho, brócolis, couve-flor, berinjela e pimentas.
Plantas verticais: Tomate, pepino, vagem, ervilha e feijão.
Imagem: SERPAR (Serviço de Parques de Lima, Peru)
Na construção da estrutura podem ser usados tubos de ferro ou de PVC utilizados em alambrados ou também é possível adaptar e reutilizar algum outro material, como pedaços de madeira.
As plantas maiores ficam nas fileiras de trás e as menores, na frente, para que todas recebam a luz do sol. As plantas verticais, como os tomates, devem ser penduradas na estrutura. Amarre-as bem para que suportem o peso e o vento.
A rotação de cultivos é automática. Por exemplo, um cultivo que leva mais tempo, como o do tomate, pode ser plantado entre outros cultivos de colheita rápida e que seriam colhidas antes que a planta precise de mais espaço.
Redação CicloVivo

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