terça-feira, 14 de março de 2023

Como fazer MUDAS e plantar BATATA-DOCE



Se existisse o título de planta mais “gente boa”, provavelmente quem ganharia por unanimidade seria a batata-doce. Essa é uma planta muito fácil de cultivar, até por quem não tem experiência na jardinagem. A batata-doce adora o nosso clima quente e úmido (é nativa!), cresce rápido, pode ser plantada como planta ornamental de tão bonita que é e, produz alimento em abundância. Nossa jardineira Carol Costa conta todos os segredos dessa planta tão gentil e doce, e ainda assim, cheia de vigor! Nativa do Brasil, a batata-doce (Ipomoea batatas) é cultivada principalmente pelas suas raízes nutritivas. Pois é, o que chamamos de batata-doce é sua raiz adaptada pra armazenar energia e nutrientes pra planta, funcionando como um cofrinho. Se você deixar uma batata-doce em contato com a água em um copo, em poucos dias surgirão raízes fininhas e logo mais desponta um ou mais brotos. Esse é o segredo da planta: guardar sua vitalidade nessa raiz bem desenvolvida pra, em caso de necessidade, rebrotar. É a partir dessa brincadeira de criança que nossa louca das plantas ensina como você pode ter vários pés de batata-doce. Dá pra plantar a batata-doce na terra e ela brotará, mas o truque é deixá-la na água e, a partir das ramas que surgem, cortar estacas e plantar as mudinhas em vasos. Cada uma das estacas gerará um novo pé de batata-doce, inclusive com as raízes suculentas que amamos! Cultivar a planta a partir das ramas é muito mais vantajoso: a planta desenvolve batatas muito mais rápido do que se você tentasse cultivá-la a partir da raiz inteira. É como se aquele raminho só com algumas míseras folhinhas corresse pra armazenar o máximo possível pra ter um estoque de reserva, enquanto a plantada através da batata inteira não tivesse tanta pressa em se desenvolver – a "despensa" da planta já estaria bem cheia, sem necessidade de correria. Pra fazer as ramas, escolha um segmento onde tenha três "nós", que podem ter ou não folhas. Esses nós são gemas, uma parte especial da planta que pode gerar novas folhas ou raízes. Pegue essas estacas e plante-as em um vaso pequeno que servirá de berçário pra suas mudinhas. Carol usa rolinhos de papel higiênico, um reaproveitamento esperto e perfeito pra cultivar mudas. Com quatro cortezinhos e algumas dobras, o rolinho vira um vaso biodegradável na medida. Coloque terra, espete a mudinha e deixe o berçário em um local com claridade e mantenha o substrato úmido. Aguarde a planta começar a soltar raízes pela parte debaixo do rolinho – esse será o momento pra colocar a muda num canteiro ou vaso. Pode colocar com papel e tudo, isso evita que você quebre raízes e o papel se decompõe na terra. Se puder usar um vaso grande, melhor, a planta terá mais espaço pra desenvolver e sua colheita de batatas-doces será um sucesso. Carol usa um vaso Verona, da Vasart, com substrato e no centro, um cilindro feito de arames e preenchido com esfagno. Esse cilindro ajuda a planta a crescer de forma vertical. Em apenas 2 meses, o vaso está tomado por folhas e ramas. O vaso estiloso não foi escolhido pela nossa jardineira piracicabana à toa: a batata-doce fica tão bonita durante o período que cresce suas ramas, que dá pra usá-la como planta ornamental, fazendo bonito em qualquer área interna ou externa. Claro, se quiser deixá-la dentro de casa, escolha um canto com bastante sol. É importante garantir pelo menos, 4 horas de luz solar pra batata-doce se desenvolver bem e ter batatinhas pra colheita daqui a 4 ou 6 meses. Uma curiosidade: não é apenas a batata-doce, a raíz, que é comestível. Suas folhas podem ser refogadas e consumidas assim, ou em outros preparos. Será que você conhece alguma receita bacana com essa planta incrível? Deixa aqui nos comentários e compartilhe, seguindo o exemplo de generosidade da batata-doce. Materiais e plantas mostrados no vídeo: vaso Verona, da Vasart – https://www.instagram.com/vasart_ofic... Universidade Minhas Plantas – http://universidademinhasplantas.com.br/ Loja Minhas Plantas – http://loja.universidademinhasplantas...

domingo, 12 de março de 2023

O que é adubação verde?

Adubação verde: conheça como melhorar a fertilidade do solo

 

O que é adubação verde?

 

Adubação verde é uma técnica agrícola que promove a reciclagem de nutrientes do solo por meio do plantio de determinadas espécies de plantas, preferencialmente espécies que pertencem à família das leguminosas e gramíneas, a fim de tornar o solo mais fértil.

A adubação do solo pode ser aprimorada com a utilização da adubação verde, quer ver como?

Primeiramente, vamos para a definição,

Bem como, visa recuperar solos degradados, melhorar solos pobres e conservar os que já são apresentam boa produtividade.

Essa técnica pode ser utilizada na agricultura em geral.

 

A adubação verde e a fertilidade do solo

 

A adubação verde melhora a fertilidade do solo, porque mobiliza os nutrientes das camadas mais profundas, os deixando disponíveis para o próximo cultivo da cultura de interesse econômico.

Desse modo, os adubos verdes, ao absorverem os nutrientes do solo, contribuem para a redução das perdas por lixiviação.

Da mesma forma, o uso dessa adubação é uma forma viável de amenizar os impactos da agricultura, trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.

Vejamos a seguir, as vantagens da utilização de adubos verdes e de como seus efeitos podem refletir positivamente na fertilidade do solo.

 

http://materiais.agropos.com.br/webinar-recuperacao-de-areas-degradadas

 

Vantagens da adubação verde

 

Com efeito, a adubação verde possui muitas vantagens nos sistemas agrícolas, como, evita o desenvolvimento indesejado de ervas daninhas e diminui as perdas de água no solo.

Logo, a necessidade de se investir em adubos químicoscontrole de plantas daninhas e o uso de manejo para descompactar o solo é reduzido consideravelmente.

Conheça as principais vantagens da adubação verde:

  • Aumento do teor de matéria orgânica;
  • Maior disponibilidade de nutrientes;
  • Maior capacidade de troca de cátions efetiva do solo;
  • O favorecimento da produção de ácidos orgânicos, de fundamental importância para a solubilização de minerais;
  • Descompactação do solo;
  • Diminuição dos teores de Al, com isso, aumento na absorção de fósforo nos solos;
  • Incremento da capacidade de ciclagem e mobilização de nutrientes lixiviados ou pouco solúveis que estejam nas camadas mais profundas do perfil do solo;
  • Redução de pragas e doenças;
  • Combate de nematoides;
  • Aumento da microbiota benéfica dos solos;
  • Controle das plantas daninhas.

Vejamos a seguir como a adubação age no solo.

 

https://materiais.agropos.com.br/checklist-software-agricola

 

Mas como a adubação verde age no solo?

 

O processo de nutrição do solo por meio desta técnica, age como um arado biológico, uma vez que, com suas raízes criam galerias e macroporos, após sua decomposição.

Essas galerias favorecem o crescimento de microorganismos nas camadas mais profundas, rompendo as barreiras físicas do solo.

Algumas espécies de adubos verdes, possuem relação biótica ou associativa com os microorganismos benéficos do solo.

Um exemplo, é a adubação verde à partir de plantas leguminosas. Essas plantas favorecem a absorção de nitrogênio do solo, com auxílio das bactérias (rizóbio) alojadas em suas raízes.

Essas bactérias são especializadas em metabolizar o nitrogênio no solo, ou seja, elas têm a capacidade de absorver o nitrogênio presente na atmosfera e fixá-las no solo.

 

https://materiais.agropos.com.br/pos-graduacao-gestao-ambiental

 

Dentro das plantas utilizadas para adubação verde, está presente também, as gramíneas, elas possuem alto poder de associação com fungos presentes no solo, formando as micorrizas.

Desse modo, com as hifas formadas à partir dessa associação, aumenta o sistema radicular da planta e consequentemente, o seu aumento da absorção de nutrientes e água do solo.

 

adubação verde no solo

 

Escolha da adubação verde

 

Na escolha do adubo verde, é preciso estar atento quanto as condições que interferem diferentemente sobre o rendimento das espécies.

Estas é uma das razões por que há diferenças entre o comportamento das espécies para adubação, quando plantadas em diferentes locais.

Umas dessas condições, seria a do solo. A baixa fertilidade, por exemplo, é um diferencial na produtividade.

Desse modo, a escolha pode se dar devido à maior habilidade da espécie em capturar nutrientes que estejam numa condição menos disponível às plantas.

 

https://agropos.com.br/metodologia/

 

Em razão disso, o conhecimento sobre o comportamento dessas espécies deve ser regionalizado.

Isso para que seja feito a escolha com maior potencial de produção de biomassa, de reciclagem de nutrientes e que melhor se ajuste ao sistema agrícola adotado na produção de culturas comerciais.

Além disso, ainda deve ser considerada a taxa de decomposição do adubo verde, que irá regular a intensidade da liberação dos nutrientes imobilizados na biomassa e que serão absorvidos, na sequência, pela cultura já em crescimento ou cultivada na sucessão.

 

Adubação Verde: Crotalária

                                                                                                                                                                                          Foto: Canal do Horticultor

 

Quais espécies utilizar para a adubação ?

 

As principais espécies para adubação verde são:

  1. Crotalária (Crotalaria juncea)
  2. Guandu (CajanusCajan)
  3. Girassol (Helianthus Annuus)
  4. Feijão de Porco (Canavalia ensiformis)
  5. Macuna Anã (Macuna deeringiana)
  6. Macuna preta (Macuna aterrima)

 

Espécies para adubação verde

Foto: RPAnews

 

Como visto acima, a escolha do adubo verde deve levar em conta alguns fatores, como a possibilidade de acréscimo de nitrogênio proveniente da fixação biológica nas leguminosas, bem como, a capacidade de fornecimento de biomassa.

sábado, 11 de março de 2023

Essas são as principais espécies para adubação verde🍃


Adubação verde é uma prática agrícola que consiste 
no uso de certas plantas que são capazes de reciclar 
os nutrientes presentes em camadas profundas do solo, 
ou na atmosfera, tornando o solo mais fértil e mais produtivo.

sexta-feira, 10 de março de 2023

Adubo verde é forma simples de garantir mais nutrientes para a cultura p...


Adubação verde é uma prática agrícola que consiste
 no uso de certas plantas que são capazes de reciclar
 os nutrientes presentes em camadas profundas do solo,
 ou na atmosfera, tornando o solo mais fértil e mais produtivo.

quarta-feira, 8 de março de 2023

Recheados de "carbono azul", manguezais ganham destaque no combate às mudanças climáticas.. USP

 

Elevação do nível do mar e aquecimento da atmosfera ameaçam a conservação desses ecossistemas costeiros, que são berçários da vida marinha e podem conter duas vezes mais carbono por hectare do que florestas tropicais

  16/12/2022 - Publicado há 3 meses  Atualizado: 19/12/2022 as 15:20

Texto: Herton Escobar

Arte: Guilherme Castro

Nascido e criado na lama, com um pé na terra e outro no mar, hora seco, hora submerso pelo incansável vai-e-vem das marés, o manguezal é um ecossistema acostumado a mudanças e adversidades. Nem mesmo ele, porém, está imune ao impacto das mudanças climáticas que açoitam o planeta com intensidade cada vez maior. “O manguezal aguenta quase tudo, mas até ele tem um limite”, diz a professora Yara Schaeffer Novelli, do Instituto Oceanográfico (IO) da USP, matriarca acadêmica da ecologia de manguezais no Brasil. Modificações ambientais que costumavam ocorrer ao longo de milhares de anos estão ocorrendo, agora, num único ciclo de vida, impulsionadas pela ação humana. “São alterações muito grandes num tempo muito curto. Não há ecossistema que suporte isso”, alerta a professora ao Jornal da USP

Isso é má notícia não só para os bichos e plantas desses ecossistemas costeiros, mas também para os seres humanos em geral, incluindo aqueles que nunca pisaram nem planejam afundar um dia os pés na lama de um manguezal. Distribuídos ao longo das franjas de quase toda a linha de costa brasileira — do extremo Norte do Amapá até meados do litoral de Santa Catarina — os manguezais cobrem apenas 0,16% do território brasileiro, mas possuem uma relevância socioambiental que se projeta muito além de sua extensão territorial. 

Entre os vários serviços ambientais gratuitos que eles prestam à espécie humana, um que vem ganhando destaque nos últimos anos é a sua impressionante capacidade de estocar “carbono azul” — um termo colorido usado para se referir ao carbono de ecossistemas marinhos e costeiros, em contraste com o “carbono verde” associado às florestas e outros ecossistemas terrestres. Estimativas indicam que um hectare de manguezal no Brasil pode armazenar entre duas e quatro vezes mais carbono do que um mesmo hectare de outro bioma qualquer — incluindo a floresta amazônica —, segundo um estudo publicado no início de 2022 na revista Frontiers in Forests and Global Change.  


leia mais em https://jornal.usp.br/ciencias/recheados-de-carbono-azul-manguezais-ganham-destaque-no-combate-as-mudancas-climaticas/

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